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Aula 00 Curso: Português p/ ATA-MF (com videoaulas) Professor: Fabiano Sales

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  • Aula 00

    Curso: Portugus p/ ATA-MF (com videoaulas)Professor: Fabiano Sales

  • Lngua Portuguesa para ATA

    Teoria e questes comentadas

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    AULA 00

    Apresentao do curso.

    Ortografia oficial.

    SUMRIO PGINA 01. Apresentao 01 02. Objetivo e cronograma do curso 02 03. Metodologia do curso 03 04. Ortografia oficial 04 05. Emprego das consoantes 04 06. Emprego das vogais 07 07. Questes comentadas 09 08. Emprego de algumas expresses 15 09. Homnimos e parnimos 23 10. Questes comentadas 28 08. Emprego do hfen 34 09. Acentuao grfica 41 10. Regras gerais 41 11. Questes comentadas 43 12. Regras especficas 45 13. Questes comentadas 46 14. Lista das questes apresentadas 55 15. Gabarito 68

    APRESENTAO

    Ol, vitoriosos alunos! Sejam muito bem-vindos!

    com imensa alegria e empolgao que recebo o convite da coordenao do Estratgia Concursos para elaborar o curso de Portugus (Teoria e Questes Comentadas), destinado ao concurso de Assistente Tcnico-Administrativo, do Ministrio da Fazenda! Primeiramente, farei uma sucinta apresentao sobre mim: Meu nome Fabiano Sales. Tenho formao em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciei minhas atividades docentes em 2004, no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de gramtica, de tcnicas de redao, de compreenso e interpretao de textos e de redao de correspondncias oficiais. Atualmente, participo da equipe Estratgia Concursos, elaborando cursos para os principais concursos pblicos do pas, tais como Receita Federal, Senado Federal, Tribunais de Contas, BACEN, CEF, INSS, Tribunais Regionais, entre outros. Tenho experincia com as principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam Cesgranrio, FCC, CESPE/UnB, FGV e ESAF, sendo esta a tradicional organizadora dos certames para o Ministrio da Fazenda. Desde j, coloco-me inteira disposio de vocs para ajud-los a conquistar a almejada CLASSIFICAO. Sempre que for preciso, faam contato por meio do frum de dvidas. Responderei o mais breve possvel!

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    OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO

    Meus amig(o)s, o objetivo do presente curso apresentar aspectos tericos e auxili-los na resoluo de questes anteriores de Lngua Portuguesa, expondo os assuntos mais recorrentes nas provas da ESAF. Sendo assim, o curso destina-se tanto queles que iniciam os estudos na matria, necessitando de uma preparao objetiva do contedo, quanto aos concurseiros experientes que desejam revisar os temas ou atualizar o conhecimento. Nos recente edital, a ESAF exigir o conhecimento acerca dos seguintes tpicos de Lngua Portuguesa:

    LNGUA PORTUGUESA

    1. Compreenso e interpretao de textos.

    2. Ortografia e acentuao grfica.

    3. Semntica

    4. Emprego das classes de palavras.

    5. Emprego do sinal indicativo de crase.

    6. Sintaxe da orao e do perodo.

    7. Pontuao.

    8. Concordncia nominal e verbal.

    9. Regncia nominal e verbal.

    10. Significao das palavras.

    11. Redao oficial (Manual de Redao da Presidncia da Repblica).

    12. Redao de correspondncias oficiais: documentos oficiais utilizados pelas instituies pblicas brasileiras.

    Sendo assim, proponho o cronograma de aulas abaixo:

    AULA CONTEDO DATA

    Aula 0

    Ortografia oficial. Emprego de palavras e expresses. Semntica: homnimos e parnimos. Acentuao grfica (conforme o Novo Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa).

    14/02/13

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    AULA CONTEDO DATA

    Aula 1 Redao Oficial (Manual de Redao da Presidncia da Repblica) Parte 1. 21/02/14

    Aula 2 Redao Oficial (Manual de Redao da Presidncia da Repblica) Parte 2. 28/02/14

    Aula 3 Emprego das classes de palavras - Verbos: emprego de modos e tempos verbais; flexo verbal; vozes do verbo.

    07/03/13

    Aula 4 Conectivos: valores semnticos. 14/03/13 Aula 5 Concordncia nominal e verbal. 21/03/14 Aula 6 Regncia nominal e verbal. Crase. 28/03/14 Aula 7 Pontuao. 03/04/14

    Aula 8

    Compreenso textual. Semntica: denotao e conotao; sinnimos e antnimos. Mecanismos de coeso textual. Ordenao de frases. Continuao coesa, coerente e correta de trechos.

    09/04/14

    Aula 9 Provas da ESAF comentadas: Auditor-Fiscal da Receita Federal (2009). Analista-Tributrio da Receita Federal (2009).

    12/04/14

    Aula 10 Provas da ESAF comentadas: Auditor-Fiscal do Trabalho (2010). Assistente Tcnico-Administrativo do Ministrio da Fazenda (2009).

    14/04/14

    Aula 11 Provas da ESAF comentadas: Auditor-Fiscal de Rendas da SEFAZ-RJ (2010). Ministrio da Integrao Nacional (2012).

    17/04/14

    Aula 12 Provas da ESAF comentadas: Auditor-Fiscal da Receita Federal (2012). Analista-Tributrio da Receita Federal (2012).

    20/04/14

    Aula 13 Prova da ESAF comentada: Analista de Comrcio Exterior do MDIC (2012). 23/04/14

    A seguir, vejam a didtica que ser empregada no decorrer do preparatrio.

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    ORTOGRAFIA OFICIAL

    No Brasil, as normas ortogrficas so regidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL), por meio do Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa, conhecido como VOLP. Em 27 de dezembro de 2012, o Decreto n 7.875 entrou em vigor, alterando o perodo de transio do Novo Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa. Nesse documento, a presidente Dilma Rousseff estabeleceu um novo perodo de transio, insculpido no artigo 2, pargrafo nico:

    A implementao do Acordo obedecer ao perodo de transio de 1o de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistiro a norma ortogrfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.

    No decorrer desta aula, veremos que algumas questes elaboradas pela ESAF so anteriores ao Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa. Sendo assim, apresentarei as regras antigas e, quando for necessrio, as novas normas ortogrficas.

    Comearemos nossa aula de regras ortogrficas pelo emprego das consoantes e das vogais.

    EMPREGO DAS CONSOANTES

    Emprega-se S (em) ... Exemplos - vocbulos iniciados por I, O e U.

    isento, Isabel, Osrio, Osias, usina, usura.

    Exceo: oznio.

    - sufixos -OSO e -OSA.

    brilhoso, dengoso, saborosa, jeitosa, formosa.

    - sufixos -S (adjetivos que indicam nacionalidade ou procedncia).

    dinamarqus, japons, chins, ingls, portugus.

    - sufixos -ESA e ISA (formam o feminino de substantivos concretos ou designam ttulos).

    marquesa, baronesa, duquesa, consulesa, poetisa.

    - terminaes ASE, ESE, ISE e OSE.

    frase, crase, nfase, tese, sntese, catequese, anlise, catlise, hidrlise, hipnose, sacarose, apoteose.

    Excees: gaze, deslize.

    - depois de ditongos.

    lousa, aplauso, maisena.

    - verbos PR e QUERER (e nos respectivos derivados).

    pus, pusera, puseram; quis, quisera, quiseram.

    - prefixo TRANS-.

    transatlntico, transpor.

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    Emprega-se S (em) ... Exemplos

    - palavras derivadas de verbos que possuem D, ND, RG, RT, PEL, CORR (no radical).

    colidir, coliso; aludir, aluso.

    pretender, pretenso; suspender, suspenso.

    imergir, imerso; emergir, emerso.

    perverter, perverso; converter, converso.

    repelir, repulsa; compelir, compulso.

    recorrer, recurso; incorrer, incurso.

    Emprega-se SS (em) ... Exemplos

    - palavras derivadas de verbos que possuem CED, GRED, PRIM, MET e CUT (no radical).

    ceder, cesso; exceder, excesso.

    agredir, agresso; transgredir, transgresso.

    imprimir, impresso; reprimir, represso.

    prometer, promessa; intrometer, intromisso.

    - vogal + sufixo -TIR.

    admitir, admisso; demitir, demisso.

    - prefixo finalizado por vogal + palavra iniciada por S.

    pressentir, pressentimento.

    Emprega-se (C) (em) ... Exemplos - palavras africanas, rabes ou indgenas.

    aa, aoite, ara, babau, caula, Iguau, Itaipuau.

    - aps ditongos.

    afeio, beio, correio.

    Excees: coice, foice.

    - sufixos -AA, -AO, -IA, -UO, -ANA, -ENA, -O.

    barcaa, balao, carnia, crena, dentuo, esperana, petio.

    - palavras derivadas do verbo TER.

    ater, ateno; abster, absteno; reter, reteno.

    - palavras derivadas do verbo TORCER.

    torcer, toro; contorcer, contoro; distorcer, distoro.

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    Emprega-se (C) (em) ... Exemplos - palavras derivadas de outras que possuem T no radical.

    optar, opo; cantar, cano; exceto, exceo; isento, iseno; correto, correo; setor, seo.

    Emprega-se Z (em) ... Exemplos

    - palavras iniciadas pela slaba A.

    azar, azado (oportuno), azia, azedo, azeite, azmola, aziago, azul.

    Excees: asa, asado (provido de asas), sia, asilo, asinino.

    - palavras derivadas de outras que contenham Z no radical.

    baliza, abalizado; revezar, revezamento; cruzar, cruzamento; paz, apaziguar; deslizar, deslize.

    - antes dos sufixos - AL, -ADA e -INHO(A).

    bambu, bambuzal; boto, botozinho, botezinhos; caf, cafezal, cafezinho; p, pazinha, pazada.

    Observao!

    Em regra, grafam-se com S os derivados de palavras cuja forma primitiva contenha S.

    Exemplos:

    lpis - lapisinho, lapiseira mesa mesinha, mesada casa - casinha, casebre japons - japonesinho parafuso parafusinho

    - sufixos -EZ e EZA (formadores de substantivos abstratos derivados de adjetivos).

    lmpido, limpidez; macio, maciez; tmido, timidez; belo, beleza; franco, franqueza; gentil, gentileza.

    - sufixos -IZAR e -IZAO.

    utilizar, utilizao; dinamizar, dinamizao; centralizar, centralizao; legalizar, legalizao.

    Observao!

    Alguns verbos recebem apenas -AR como sufixo. Portanto, devem ser grafados com S.

    Exemplos:

    frisar (de friso), pesquisar (de pesquisa), pisar (de piso), bisar (de bis), irisar (de ris), analisar (de anlise), improvisar (de improviso), paralisar (de paralisao).

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    Emprega-se Z (em) ... Exemplos

    - segmento final da palavra, se o fonema /z/ no estiver entre vogais.

    audaz, sagaz, loquaz, voraz, veloz, algoz, atroz, albatroz, giz, cicatriz, matriz, chafariz, cuscuz, mastruz.

    Excees: abatis, anans, anis, aps, atrs, atravs, gs, ilhs, invs, lils, quis, retrs, revs, vis.

    - verbos finalizados em -ER e -IR.

    fazer, dizer, trazer, cozer (cozinhar), produzir, abduzir.

    Excees: coser (costurar), transir (arrepiar).

    Emprega-se G em... Exemplos

    - aps A inicial.

    agente, gil, agiota, agir, agouro.

    Observao!

    Grafam-se com J os derivados de palavras que contenham J no radical.

    Exemplos: jeito, ajeitar; jesuta, ajesuitar; juzo, ajuizar.

    - aps R, geralmente.

    aspergir, convergir, divergir, sargento, submergir, virgem.

    Excees: gorjeio, gorjeta (de gorja); sarjeta (de sarja).

    - finais -GIO, -GIO, -GIO, -GIO, -GIO.

    sufrgio, colgio, litgio, relgio, refgio.

    - finais dos substantivos -AGEM, -EGE, -IGEM, -OGE, -UGEM.

    garagem, herege, vertigem, paragoge, ferrugem.

    Excees: pajem, lajem (ou laje), lambujem.

    - formas infinitivas de verbos terminados em -ER e -IR.

    constranger, viger, fingir, fugir, infrigir (transgredir), infligir (aplicar).

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    Emprega-se J (em) ... Exemplos

    - vocbulos derivados de palavras que contenham J no radical.

    jeito, ajeitar; majestade, majestoso; gorja, gorjeta, gorjeio; sarja, sarjeta; laranja, laranjeira; cereja, cerejeira; granja, granjeiro; igreja, igrejeiro; lisonja, lisonjeado, lisonjeiro.

    - palavras amerndias, rabes e latinas.

    paj, jiboia, jirau, jil, jequitib, jenipapo, jerimum, canjica, cafajeste, manjerico, alforje, hoje, objeto.

    - terminao -AJE.

    laje, traje, ultraje.

    - formas verbais terminadas em -JAR.

    arranjar, arranjei, arranjemos, arranjem; bocejar, bocejei, bocejemos, bocejem; despejar, despejei, despejemos, despejem; viajar, viajei, viajemos, viajem.

    Observao!

    Cuidado os parnimos viagem (substantivo) e viajem (verbo viajar).

    Exemplos:

    Os caminhoneiros fizeram uma viagem cansativa. (substantivo)

    Desejo que eles viajem hoje noite. (verbo)

    Importante!

    Tenham ateno especial grafia das seguintes palavras: berinjela, enrijecer, injeo, interjeio, jejuar, jejum, lambujem, ojeriza, projtil, trejeito.

    Emprega-se X (em) ... Exemplos

    - aps ditongos.

    ameixa, caixa, eixo, encaixe, frouxo, queixo, seixo.

    Excees: recauchutar, recauchutagem (de caucho).

    - palavras de origem africana ou indgena.

    abacaxi, caxumba, capixaba, muxoxo, Xavante, Xingu.

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    Emprega-se X (em) ... Exemplos

    - depois das slabas iniciais:

    Me-

    La-

    Li-

    Lu-

    Gra-

    Bru-

    En-

    mexerico, mexicano, mexer, mexa (verbo).

    Exceo: mecha (substantivo).

    laxante.

    lixa, lixo.

    luxo, luxria.

    graxa.

    bruxa, Bruxelas, bruxels.

    enxada, enxuto, enxame, enxaqueca, enxoval, enxurrada, enxaguar, enxerto, enxergar, enxotar, enxugar.

    Excees: enchova, encher, encharcar e derivados desses vocbulos.

    Observao!

    Quando en- for prefixo, prevalecer a grafia da palavra primitiva.

    Exemplo: enxadrista (de xadrez), engraxar, engraxate (de graxa).

    Importante!

    Fiquem atentos grafia das seguintes palavras: esplndido, estender, estendido, estourar, esterno (osso), estranho e estratificar (dispor em camadas ou estratos).

    Emprega-se CH (em) ... Exemplos

    - cognatos das palavras com CH- .

    chamariz (de chamar), chinelada (de chinelo), chifrada (de chifre), chaveiro (de chave), pichao (de piche).

    - segmentos iniciais CHAM- e CHO- .

    chamuscar, champanha, chamin, chocalho, chocolate, choupana.

    Exceo: xampu.

    - sufixos -ACHO, -ICHO e UCHO(A).

    riacho, esguicho, gacho, gacha.

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    Dicas estratgicas!

    1) Quando en- for prefixo, prevalecer a grafia da palavra primitiva: encharcar (de charco), enchapelar (de chapu), enchiqueirar (de chiqueiro), enchumbar (de chumbo), enchouriar (de chourio), enchumaar (de chumao), enchente (de encher).

    2) Ateno especial escrita correta das seguintes palavras: chave, chuchu, chicote, chifre, chimarro, chimpanz, cochilo, chulo, chumao, chacina, chantagem, chibata, brocha (prego), bucho (estmago de animais), ch (arbusto), cheque (ordem de pagamento), tacha (prego ou verbo tachar - apelidar), flecha, cartucho.

    Emprega-se H (em)... Exemplos

    - compostos ligados por hfen em que o segundo elemento comea com H.

    anti-higinico, pr-histrico, pseudo-homrico, super-homem, infra-heptico, sobre-humano, arqui-herana, proto-histria, mini-hotel, ultra-humano.

    Ateno grafia correta das seguintes palavras: desarmonia, desumano, lobisomem.

    - verbo HAVER (e em suas flexes).

    havemos, haveis, haveria, houve, houvesse, houver.

    - substantivo prprio BAHIA (Estado do Brasil).

    Observao!

    Os derivados da palavra Bahia so grafados sem H.

    Exemplos: baiano, baianinha, baianada.

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    EMPREGO DAS VOGAIS

    Emprega-se E (em)... Exemplos

    - Presente do Indicativo: na 2 e 3 pessoas do singular (tu e ele) e na 3 pessoa do plural (eles) dos verbos terminados em IR.

    Reunir tu renes, ele rene, eles renem. Partir tu partes, ele parte, eles partem.

    - Presente do Subjuntivo: em todas as pessoas dos verbos terminados em -OAR e -UAR.

    Magoar - (que) eu magoe / tu magoes / ele magoe / ns magoemos / vs magoeis / eles magoem.

    Pontuar - (que) eu pontue / tu pontues / ele pontue / ns pontuemos / vs pontueis / eles pontuem.

    - formas rizotnicas (slaba tnica dentro do radical) dos seguintes verbos terminados em -IAR: mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar.

    Os demais so regulares: Arriar (abaixar-se) - arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam.

    Arrear (pr o arreio) termina em EAR: arreio, arreias, arreia, arreamos, arreais, arreiam.

    M ediar eu medeio, tu medeias, ele medeia, eles medeiam. A nsiar eu anseio, tu anseias, ele anseia, eles anseiam. R emediar eu remedeio, tu remedeias, ele remedeia, eles remedeiam. I ncendiar eu incendeio, tu incendeias, ele incendeia, eles incendeiam. O diar eu odeio, tu odeias, ele odeia, eles odeiam.

    Observao! O verbo intermediar segue o paradigma do verbo mediar.

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    Reforando...

    Emprega-se a vogal E nos:

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    Ateno!

    As seguintes palavras devem ser grafadas com e: beneficncia, cadeado, candeeiro, creolina, cumeeira, descortinar, descrio (descrever), descriminar (inocentar), desperdcio, despensa (depsito), empecilho, emprio, espontneo, encarnao, palet, peo (pessoa), periquito, prazerosamente, rdea, terebintina. Memorizem isso!

    Emprega-se I (em)... Exemplos

    - Presente do Indicativo: na 2 e 3 pessoas do singular (tu e ele) dos verbos terminados em -UIR, -AIR e -OER.

    -UIR: tu possuis, ele possui; tu contribuis, ele contribui; tu constris, ele constri. -AIR: tu extrais, ele extrai; tu retrais, ele retrai; tu distrais, ele distrai. -OER: tu ris, ele ri; tu mis, ele mi; tu remis, ele remi.

    - formas rizotnicas (slaba tnica dentro do radical) dos verbos terminados em -EAR.

    Recear eu receio, tu receias, ele receia, eles receiam. Frear eu freio, tu freias, ele freia, eles freiam. Passear eu passeio, tu passeias, ele passeia, eles passeiam. Arrear eu arreio, tu arreias, ele arreia, eles arreiam.

    As seguintes palavras devem ser grafadas com i: aborgine, aoriano, camoniano, calcrio, casimira, cordial, corrimo, crnio, crioulo, digladiar, discernir, discrepncia, discrio (discreto), discriminar (isolar), disenteria, dispensa (licena), displicncia, erisipela, escrnio, impigem, inclinar, inquirir, invlucro, lampio, manteiga, manteigueira, meritssimo, pio (brinquedo), privilgio. Sempre aparece alguma em prova.

    1. (ESAF-2009/Ministrio da Fazenda) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical ou de grafia.

    A economia brasileira entrou na crise internacional em melhores condies do que(1) no passado, mas a exportao caiu, a atividade recuou desde o(2) fim de 2008 e o desemprego tem(3) crescido. As primeiras tentativas de reativar a economia por meio de facilidades fiscais deram resultado modesto, mas j(4) afetaram a arrecadao tributria. Alm disso, o manejo da poltica oramentria foi limitado pelo aumento de gastos com pessoal. preciso continuar

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    usando os estmulos fiscais, mas com melhor planejamento e com mais esforo de contenso(5) das despesas improdutivas.

    (O Estado de S. Paulo, 3/3/2009) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

    Comentrio: H erro gramatical na assertiva E. O vocbulo contenso foi incorretamente grafado com S. No contexto, a acepo da palavra ato ou efeito de conter, devendo, portanto, ser grafada com : conteno. A questo tambm poderia ser resolvida por meio da regra do paradigma, em que os vocbulos derivados do verbo ter so grafados com :

    ater, ateno; abster, absteno; reter, reteno; conter, conteno.

    importante frisar que tambm existe o vocbulo contenso (grafado com S). Segundo o Dicionrio Eletrnico Houaiss, essa palavra significa tenso ou esforo considervel, mas no se enquadra no contexto da questo.

    Gabarito: E.

    2. (ESAF-2006/IRB) Assinale o trecho do texto que apresenta erro gramatical.

    Machado de Assis Um gnio Brasileiro, de Daniel Piza

    a) Na apresentao da biografia de Machado de Assis (1839-1908), o jornalista Daniel Piza observa que o autor foi, ao mesmo tempo, uma expresso de sua poca e uma exceo a ela. b) Em seus contos e romances, ele deixou um retrato acurado do Rio de Janeiro do sculo XIX, mas sua crtica cida sociedade brasileira nem sempre foi percebida pelos seus contemporneos. c) Piza busca demonstrar que Machado era muito diferente do protagonista de seu ltimo romance, Memorial de Aires. d) O escritor no tinha tdio a controvrsias, pois, na verdade, participou dos grandes debates pblicos de sua poca. e) A asceno social do mulato no Brasil escravista e a epilepsia esto entre os aspectos de sua vida examinados no livro.

    (Adaptado de Revista VEJA, 28 de dezembro de 2005, p.196)

    Comentrio: H erro gramatical na alternativa E. O vocbulo asceno foi incorretamente grafado com . Conforme estudamos nas lies acerca do emprego das consoantes, palavras derivadas de outras que contenham ND no radical devem ser grafadas com S:

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    pretender, pretenso; suspender, suspenso; ascender, ascenso.

    Gabarito: E.

    3. (ESAF-2007/SEFAZ-CE) Assinale a opo que contm erro de grafia ou inadequao vocabular. (Artigo extrado, com modificaes, do Estatuto dos Funcionrios Pblicos Civis do Estado do Cear).

    Art. 192 - O funcionrio deixar de cumprir ordem de autoridade superior quando:

    a) a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente; b) no se contiver a ordem na rea da competncia do rgo a que servir o funcionrio seu destinatrio, ou no se referir a nenhuma das atribuies do servidor; c) for a ordem expendida sem a forma exigida por lei; d) no tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pblica, ou visar a fins no estipulados na regra de competncia da autoridade da qual promanou ou do funcionrio a quem se dirige; e) a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade;

    Comentrio: O erro encontra-se na assertiva C. O vocbulo expendida foi grafado em desobedincia s prescries gramaticais. O correto expedida, que significa remeter, destinar, despachar. Portanto, a alnea c, do artigo 192, deve ser reescrita da seguinte forma:

    c) for a ordem expedida sem a forma exigida por lei;

    Vale chamar a ateno para a grafia da palavra excesso, constante da alternativa E. Conforme apresentamos nas lies, palavras derivadas de verbos que possuem CED- no radical devem ser grafadas com SS:

    ceder, cesso; exceder, excesso.

    Gabarito: C.

    4. (ESAF-2011/CVM) Analise se o fragmento abaixo, extrado de um texto de Jos Carlos Moutinho, foi transcrito de forma gramaticalmente correta.

    A histria da Internet demonstra que esta surgiu primeiramente nos meios militares norte- -americanos, no auge da Guerra Fria, tendo sido ento extendida para os meios acadmicos. Desde os seus primrdios (Arpanet), a Internet visa processamento e transmisso de grande quantidade de informaes e dados, para a formao de conhecimento.

    (Disponvel em http://www.correiocidadania.com.br/content/view/5162/9/)

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    Comentrio: O fragmento apresenta erro de ortografia. O vocbulo extendida foi grafado de maneira incorreta. Segundo as lies gramaticais, essa palavra deriva de estender, devendo, portanto, ser grafada com S: estendida. preciso no confundi-la com o vocbulo extenso, grafado com X.

    Gabarito: Errado.

    5. (ESAF-2004/CGU) Assinale a opo que corresponde a palavra ou expresso do texto que contraria a prescrio gramatical.

    No sculo XX, a arte cinematogrfica introduziu um novo conceito de tempo. No mais o conceito linear, histrico, que perspassa(1) a Bblia e, tambm, as pinturas de Frei Anglico ou Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as barreiras entre tempo e espao. O tempo adquire carter espacial, e o espao, carter temporal. No filme, o olhar da cmera e do espectador(4) passa, com toda liberdade, do presente para o passado e, desse, para o futuro. No h continuidade ininterrupta(5).

    (Adaptado de Frei Betto)

    a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

    Comentrio: A opo que apresenta erro refere-se assertiva A. Provavelmente o examinador da banca tentou induzir os candidatos ao erro, levando-os a acreditar que a grafia do verbo perpassar se assemelhasse das palavras perspectiva e perspicaz. No texto, foi grafada a forma perspassar, mas o correto perpassar. Segundo o Dicionrio Eletrnico Houaiss, esse verbo, ao assumir transitividade direta (a qual foi empregada no contexto), significa deixar para trs ou de lado; preterir. Fcil demais, no ? Chamo a ateno de vocs, tambm, para a palavra espectador, constante do item 4. Esse vocbulo significa aquele que presencia um fato, no devendo ser confundido com expectador (aquele que permanece na expectativa).

    Gabarito: A.

    6. (ESAF-2003/MPOG) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical ou de grafia das palavras.

    Considerando que a constituio de uma nova cultura do trabalho nos empreendimentos populares s pode ser(1) compreendida como um processo que perspassa(2) o conjunto mais amplo das relaes sociais, seria(3) uma iluso imaginar que possvel encontrar no interior da sociedade capitalista uma organizao econmica que, mesmo gerida(4) pelos prprios trabalhadores, pudesse se(5) caracterizar, em seu conjunto, como cultura de novo tipo.

    (Adaptado de Lia Tiriba) a) 1 b) 2

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    c) 3 d) 4 e) 5

    Comentrio: Novamente, a banca trabalhou a grafia do verbo perpassar. Os assuntos se repetem na ESAF. Vejam o comentrio da questo anterior.

    Gabarito: B.

    7. (ESAF-2010/ISS-RJ) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical ou de grafia de palavra inserido na transcrio do texto.

    Se, numa regio que dispe dos(1) mais sofisticados equipamentos do mundo, as informaes sobre a amplitude do acidente do Golfo do Mxico no so precisas(2), e as tentativas de conter o vazamento, infrutferas(3), de se imaginar o que aconteceria se(4) desastre semelhante atingisse a costa brasileira, com as previsveis limitaes dos rgos do pas ligados ao problema. Um acidente como o do Golfo do Mxico atingiria em cheio a regio que concentra parte importante do PIB do pas, afetaria fortemente a indstria do turismo e teria repercues(5) econmicas e sociais proporcionalmente mais graves que as provocadas nos EUA.

    (O Globo, Editorial, 27/5/2010, com adaptaes)

    a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

    Comentrio: H erro de grafia na assertiva E. Conforme estudamos nas lies acerca do emprego das consoantes, quando a palavra primitiva for composta por vogal + sufixo -TIR, emprega-se SS, e no . Vejam:

    admitir, admisso; demitir, demisso; repercutir, repercusso.

    Gabarito: E.

    8. (ESAF-2010/CVM) Assinale o trecho em que a transcrio do texto adaptado de Conjuntura Econmica, de setembro de 2010, vol. 64, n. 9, desrespeita as regras gramaticais no uso das estruturas lingusticas.

    a) H evidncias de que a economia brasileira passa por um processo de transformao estrutural, em direo a um juro neutro mais baixo. Na verdade, a maior dificuldade para se projetar a trajetria de juros no Brasil o desempenho da economia do resto do mundo. b) Caso haja, de fato, um segundo mergulho ressessivo nos Estados Unidos, como previnham importantes analistas, os efeitos deflacionrios seriam considerveis e iriam alm das fronteiras americanas.

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    c) Se isso ocorrer, provvel que contribua para reduzir a taxa de juros do Brasil no curto e mdio prazo. No h absolutamente nada de trivial no atual momento da poltica monetria. d) importante ter em mente, por outro lado, que a dificuldade, neste caso, no deve ser tomada de forma dramtica. A economia brasileira passa por uma excelente fase cclica, em que o crescimento no acompanhado por nenhuma grande ameaa de exploso inflacionria ou de crise nas contas externas no horizonte visvel. e) Na verdade, o cenrio externo mais preocupante do que o interno. Em uma situao desse tipo, os erros e os acertos devem ser encarados mais como uma sintonia fina de um momento amplamente favorvel do que como decises que podem salvar o pas.

    Comentrio: Os erros encontram-se na assertiva B. Primeiramente, o adjetivo ressessivo foi incorretamente grafado. Esse vocbulo deriva de recesso, devendo, por conseguinte, apresentar-se sob a seguinte forma: recessivo. Ainda nesta opo, h outro equvoco: a forma verbal previnham, conjugao de prever. Por ser um verbo derivado de ver, deve seguir o paradigma (modelo) de conjugao deste ltimo:

    Ver eu vi, ele viu, eles viram, quando eu vir, se ele visse ...

    Prever eu previ, ele previu, eles previram, quando eu previr, se ele previsse ...

    Portanto, o correto previam (pretrito imperfeito do indicativo).

    Observao: O paradigma de conjugao dos verbos ser estudado em aulas futuras.

    Gabarito: B.

    9. (ESAF-2010/SUSEP) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical ou de grafia de palavra inserido no texto.

    A manuteno dos empregos um atestado de que(1) os agentes econmicos, embora(2) assustados com as repecursses(3) da crise nos pases mais desenvolvidos, no perderam a confiana na economia brasileira. No foi sem motivo. Graas aos sinais emitidos pelo prprio governo de que a crise seria encarada sem abalos na estrutura do combate (4) inflao, no cmbio flutuante e com o menor sacrifcio possvel da poltica de supervits primrios, j se sabia que a economia brasileira teria condies inditas de escapar dos piores efeitos da situao. Mesmo tendo enfrentado(5) uma recesso, caracterizada pelo desempenho negativo do PIB por dois semestres seguidos, e de sofrer forte presso por mudanas no cmbio, o governo sustentou a poltica econmica.

    (Adaptado de Estado de Minas, Editorial, 19/02/2010)

    a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

    Comentrio: Novamente, veremos como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. H erro de grafia no item relativo na assertiva C. Conforme estudamos nas lies acerca do emprego

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    das consoantes, quando a palavra primitiva for composta por vogal + sufixo -TIR, emprega-se SS. Vejam:

    admitir, admisso; demitir, demisso; repercutir, repercusso.

    Na questo, o erro deveu-se ao deslocamento inadequado da consoante r: repecuRsses. Entretanto, o correto repeRcusses.

    Vale chamar a ateno de vocs, tambm, para uma temtica que ser vista em aulas futuras: o emprego do acento grave indicativo de crase. No item 4, h dois elementos: o termo regente combate, e o termo regido inflao. Conforme estudaremos em momento oportuno, veremos que o substantivo combate rege emprego da preposio a. Por sua vez, o nome inflao admite a anteposio do artigo definido feminino a, acarretando a fuso entre esses dois elementos, denominada crase: combate inflao. Veremos isso mais detalhadamente no decorrer de nosso curso.

    Gabarito: C.

    EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSES

    A partir deste momento, chamo a mxima ateno de vocs para o emprego de algumas expresses que podem gerar dvida. Isso recorrente nas provas da ESAF. Vamos l!

    A (preposio/artigo) x H (verbo)

    A (preposio) indica relao de distncia ou de tempo futuro.

    Exemplos: A espi trabalha a dois quarteires dos inimigos. (preposio= relao de distncia) Comearei a trabalhar daqui a uma semana. (preposio= ideia de futuro)

    A (artigo) determina nomes femininos.

    Exemplo: A prova de Portugus para o Ministrio da Fazenda ser fcil.

    H (verbo) indica tempo passado ou a existncia de algo/algum. Nestas acepes, deve permanecer na terceira pessoa do singular, pois um verbo impessoal.

    Exemplos: Fiz a prova h dois dias. (= Fiz a prova faz dois dias.) H dois carros para o leilo. (Existem dois carros para o leilo.)

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    AO ENCONTRO DE X DE ENCONTRO A

    AO ENCONTRO DE em direo a, favoravelmente.

    Exemplo: Fui ao encontro de minha namorada. (= Fui em direo minha namorada.)

    DE ENCONTRO A ir contra; choque.

    Exemplo: Fui de encontro opinio de sua esposa. (= Fui contra a opinio de sua esposa.)

    AFIM X A FIM

    AFIM indica semelhana, parentesco.

    Exemplo: Nossa meta afim: sua aprovao. (= Nossa meta semelhante: sua aprovao.)

    A FIM indica finalidade. Equivale conjuno final para.

    Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.)

    ACERCA DE X H CERCA DE X CERCA DE

    ACERCA DE - significa a respeito de, sobre.

    Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.)

    CERCA DE transmite ideia durante, aproximadamente.

    Exemplo: Jogamos cerca de trs horas. (= Jogamos durante trs horas.)

    H CERCA DE - significa faz aproximadamente, indicando tempo passado.

    Exemplos: H cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) Chegou ao Brasil h cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.)

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    EM VEZ DE X AO INVS DE

    EM VEZ DE indica em lugar de.

    Exemplo: Em vez de batata frita, comeu um sanduche. (= No lugar de batata frita, comeu um sanduche.)

    AO INVS DE indica ao contrrio de.

    Exemplo: Ao invs de trabalhar, dormiu. / Ao invs de subir, desceu.

    Importante!

    A expresso ao invs de s deve ser empregada quando houver ideias contrrias. No segundo quadrinho, h ideia de em lugar de. Por essa razo, a frase da atendente est errada. O correto : Oi, Ju, bom dia! Em vez de ir com a Lu, vou com voc.

    MAL X MAU

    MAL (advrbio/substantivo) - oposto de bem.

    Exemplos: Ele fez o servio mal. (= Ele fez o servio bem.) Ele tem um mal incurvel. (= Ele tem um bem incurvel.)

    MAL - conjuno subordinativa temporal equivalente a logo que, assim que.

    Exemplo: Mal ele chegou, todos saram. (= Logo que ele chegou, todos saram.)

    MAU (adjetivo) contrrio, antnimo de bom.

    Exemplo: Ele um aluno mau. (= Ele um aluno bom.)

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    ONDE X AONDE X DE ONDE

    ONDE empregado com verbos que exprimem ESTADO ou PERMANNCIA.

    Exemplos: A cidade onde estou linda. Onde voc deixou os culos ?

    Cuidado!

    Onde deve ser empregado somente quando houver referncia a lugar:

    A cidade onde estou linda.

    incorreto o emprego em outros contextos, tais como A situao onde me encontro favorvel. Notem que, no exemplo apresentado, no h referncia a lugar, razo por que o emprego de onde est incorreto. Nesse caso, correto o emprego das expresses em que ou na qual:

    A situao em que me encontro favorvel. / A situao na qual me encontro favorvel.

    AONDE empregado com verbos que exprimem MOVIMENTO.

    Exemplo: Aonde voc quer chegar ?

    No exemplo acima, o verbo chegar indica movimento, regendo o emprego da preposio a. Esta, por sua vez, anteceder o advrbio onde, originando a forma aonde.

    DE ONDE empregado com verbos que exprimem ORIGEM, PROCEDNCIA.

    Exemplo: De onde voc veio ?

    No exemplo acima, o verbo vir indica origem, procedncia, regendo o emprego da preposio de. Esta, por sua vez, anteceder o advrbio onde, originando a expresso de onde ou a contrao donde (de + onde).

    OS PORQUS

    POR QUE (separado e sem acento) - usado em:

    a) interrogativa direta.

    Exemplo: Por que voc faltou aula ontem?

    b) interrogativa indireta.

    Exemplo: Gostaria de saber por que voc faltou aula ontem.

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    Dica!

    A forma POR QUE (separada e sem acento) tambm pode ser empregada nos seguintes contextos:

    Preposio + pronome interrogativo, equivalente a por qual razo.

    Exemplo: No sei por que insisto; s sei que serei aprovado. (= No sei por qual razo insisto; s sei que serei aprovado.)

    Preposio + pronome relativo, equivalente a pelo qual (e flexes).

    Exemplo: Passarei no concurso por que tanto luto. (= Passarei no concurso pelo qual tanto luto.)

    Aps as palavras denotativas EIS e DA.

    Exemplos: Eis por que seremos aprovados. Da por que dizemos que seremos aprovados.

    Cuidado!

    Se a forma por que estiver substantivada (antecedida de determinantes), o correto empregar porqu (junto e com acento). Neste caso, ser equivalente a motivo, razo.

    Exemplos: Eis o porqu de nossa aprovao. Da um porqu de seu sucesso: o estudo.

    POR QU (separado e com acento) usado quando no final da frase.

    Exemplo: No fez a prova? Por qu? (o qu tnico; por isso, acentuado graficamente)

    Pode ser usado no final da orao, antes de pausa (no necessariamente em final do perodo), quando for equivalente a motivo, razo pela qual.

    Exemplo: No conseguimos saber por qu, mas tentamos. (o qu tnico)

    PORQUE (junto e sem acento) - usado em respostas. Dependendo do contexto em que estiver inserido, indicar uma:

    a) explicao (= pois)

    Exemplo: A moa chorou porque os olhos esto vermelhos. (= A moa chorou pois os olhos esto vermelhos.)

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    b) causa (= j que)

    Exemplo: A moa chorou porque foi aprovada no concurso. (= A moa chorou, j que foi aprovada no concurso.)

    c) finalidade ( = para que).

    Exemplo: Fiz-lhe sinal porque se calasse. (= Fiz-lhe sinal para que se calasse.)

    Observao!

    A forma porque (junta e sem acento) deve ser usada em frases interrogativas, quando for uma conjuno causal (relao de causa e efeito).

    Exemplo: No amos demonstr-la porque nossa habilidade no era valorizada?

    PORQU (junto e com acento) um substantivo usado sempre que vier precedido de determinante. Significa motivo, razo, causa.

    Exemplos: Gostaria de entender o porqu de suas faltas. (= Gostaria de entender o motivo de suas faltas.)

    Desejo saber os porqus de tanto estudo. (= Desejo saber as razes de tanto estudo.)

    Curiosidade!

    Na primeira estrofe da msica Gostava tanto de voc, cuja autoria pertence a Tim Maia, houve o emprego da forma porque. O emprego foi correto ?

    Gostava Tanto de Voc

    No sei porque voc se foi Quantas saudades eu senti

    E de tristezas vou viver E aquele adeus no pude dar...

    (Tim Maia)

    Resposta: No! A forma correta seria por que, pois uma sequncia composta por uma preposio + pronome interrogativo, equivalente a por qual razo:

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    Gostava Tanto de Voc

    No sei por que voc se foi Quantas saudades eu senti

    E de tristezas vou viver E aquele adeus no pude dar...

    (Tim Maia)

    SE NO X SENO

    Letra:Chico da Silva

    SE NO - formado por "SE" (conjuno condicional) + "NO" (advrbio). Equivale a "CASO NO".

    Exemplo: Se no estudarem, no passaro no concurso. (= Caso no estudem, no passaro no concurso.)

    SENO - equivalente a "CASO CONTRRIO", "EXCETO".

    Exemplos: Estude bastante, seno voc no ter sucesso. (= Estude bastante, caso contrrio voc no ter sucesso.)

    Todos foram convidados para a festa, seno ela. (= Todos foram convidados para a festa, exceto ela.)

    Aluno(a)s, espero que tenham compreendido a explicao, seno (= caso contrrio) explicarei novamente. Se no (= Caso no) conseguirmos isso na prxima explicao, retomaremos o tema quantas vezes forem necessrias! :-)

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    AGENTE X A GENTE

    AGENTE - aquele que atua, exerce certo cargo ou determinada funo (p. ex. procurador, delegado, administrador etc.).

    Exemplo: O agente chegou cedo repartio.

    A GENTE - uma expresso que representa a ideia de primeira pessoa do plural (ns), sendo de uso comum entre os falantes do portugus brasileiro. Entretanto, a forma verbal associada deve permanecer na 3 pessoa do singular.

    Exemplo: A gente vai praia amanh.

    DIA-A-DIA X DIA A DIA (segundo o Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa)

    Antes do Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa, a expresso dia-a-dia era grafada com hfen (ou trao de unio).

    Exemplos: Nas escolas pblicas, o dia-a-dia (= cotidiano) dos professores brasileiros rduo.

    Com a promulgao do mencionado acordo, o hfen (ou trao de unio) foi abolido: dia a dia.

    Exemplos: Nas escolas pblicas, o dia a dia dos professores brasileiros rduo. (equivalendo a cotidiano, a expresso ser um substantivo)

    Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expresso ser locuo adverbial de tempo)

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    TAMPOUCO X TO POUCO

    TAMPOUCO - uma conjuno coordenativa aditiva. Equivale a "TAMBM NO", "NEM".

    Exemplo: Eles no trabalham tampouco estudam. (= Eles no trabalham nem estudam.)

    TO POUCO - expresso equivalente a "MUITO POUCO".

    Exemplo: Ele dormiu to pouco, que logo sentir sono. (= Ele dormiu muito pouco, que logo sentir sono.)

    HOMNIMOS E PARNIMOS

    Homnimos so palavras que, embora tenham significados diferentes, tm a mesma estrutura fonolgica. Tripartem-se em:

    Homnimos homFONOS mesmo som (pronncia) e grafias diferentes.

    Exemplos: coser (costurar) / cozer (cozinhar); expiar (pagar a culpa) / espiar (observar secretamente); cela (quarto de dormir) / sela (pea de couro posta sobre o lombo da cavalgadura);

    Homnimos homGRAFOS mesma grafia (escrita) e pronncias diferentes.

    Exemplos: colher (verbo) / colher (substantivo); sede // (lugar principal) / sede // (secura, necessidade de ingerir lquido).

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    Homnimos perfeitos - pronncia e grafia iguais.

    Exemplos: so (verbo ser) / so (adjetivo = sadio).

    Os alunos do Estratgia Concursos so demais! (verbo ser) Mente s no corpo so. (adjetivo = sadio)

    cedo (advrbio de tempo) / cedo (verbo ceder).

    Chegarei cedo ao local de prova. (advrbio de tempo) Neste instante, eu cedo o apartamento para vocs. (verbo ceder)

    importante diferenciar os homnimos perfeitos das palavras polissmicas.

    Homnimos perfeitos so nomes que tm mesma grafia e pronncia, mas que pertencem a classes gramaticais distintas.

    Exemplos:

    Os alunos do Estratgia Concursos so demais! (verbo ser) Mente s no corpo so. (adjetivo = sadio)

    Nos exemplos acima, houve alterao da classe gramatical. Logo, temos homnimos perfeitos.

    Por sua vez, termos polissmicos so vocbulos que apresentam uma s forma com mais de um significado, pertencendo mesma classe gramatical.

    O cabo obedeceu s ordens dos superiores. (cabo = patente militar substantivo) A cozinheira pegou a faca pelo cabo. (cabo = parte do instrumento substantivo)

    Nos exemplos acima, no houve alterao da classe gramatical. Logo, temos vocbulos polissmicos.

    PARONMINA

    Parnimos a relao entre palavras que so parecidas, mas que possuem significados diferentes. Aproveitando o ritmo da aula, apresentarei uma sucinta lista com os homnimos e parnimos recorrentes nos certames organizados pela ESAF.

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    Ascender: subir, elevar-se. Acender: atear fogo, abrasar.

    Acento: inflexo de voz, sinal grfico. Assento: base, cadeira, apoio; registro, apontamento.

    Acerca de: a respeito de, sobre. A cerca de: a uma distncia aproximada de. H cerca de: faz aproximadamente, existe(m) perto de.

    Acerto: estado de acertar; preciso, segurana; ajuste. Asserto: afirmao, assero.

    Aferir: medir. Auferir: obter, ganhar.

    Afim: parente por afinidade; semelhante, anlogo. A fim (de): para (locuo conjuntiva final).

    Amoral: indiferente moral, que no se preocupa com a moral. Imoral: contrrio moral, indecente.

    Ao encontro de: para junto de, favorvel a. De encontro a: contra, em prejuzo de.

    Ao invs de: ao contrrio de. Em vez de: em lugar de.

    A par: ciente, ao lado, junto. Ao par: de acordo com a conveno legal; equivalncia.

    Aprear: marcar o preo de, avaliar, ajustar. Apressar: acelerar, dar pressa a, instigar.

    Arrear: pr arreios a; aparelhar. Arriar: abaixar, descer, inutilizar, desaminar.

    Arrochar: apertar muito. Arroxar: tornar roxo.

    s: pessoa notvel em sua especialidade; carta de jogo. Az: esquadro, ala do exrcito, fileira.

    Asado: que tem asas, alado. Azado: oportuno, propcio.

    Avocar: atrair, atribuir-se, chamar. Evocar: trazer lembrana.

    Caar: perseguir, apanhar. Cassar: anular, suspender.

    Cavaleiro: homem a cavalo. Cavalheiro: homem gentil, de boas maneiras e aes.

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    Cela: aposento de religiosos, cubculo. Sela: arreio de cavalgadura.

    Censo: recenseamento, contagem. Senso: juzo, discernimento.

    Cerrar: fechar, apertar, encerrar. Serrar: cortar, separar.

    Cesso: ato de ceder, cedncia. Seo ou seco: setor, corte, subdiviso, parte de um todo. Sesso: espao de tempo em que se realiza uma reunio; reunio.

    Cheque: ordem de pagamento. Xeque: chefe rabe; lance de xadrez; perigo.

    Comprimento: extenso, tamanho, distncia. Cumprimento: saudao, ato de cumprir.

    Concertar: combinar, harmonizar, arranjar. Consertar: remendar, restaurar.

    Conjetura: suposio, hiptese. Conjuntura: oportunidade, momento, ensejo, situao.

    Coser: costurar. Cozer: cozinhar.

    Deferir: atender, conceder, anuir. Diferir: divergir; adiar, retardar, dilatar.

    Delatar: denunciar, acusar. Dilatar: adiar, prorrogar.

    Descrio: ato de descrever; explanao. Discrio: moderao, reserva, recato, modstia.

    Despensa: depsito de mantimentos. Dispensa: escusa, licena, demisso.

    Despercebido: no visto, no notado, ignorado. Desapercebido: desprevenido, desguarnecido, desprovido.

    Destratar: ofender, insultar. Distratar: desfazer um trato ou contrato.

    Emergir: vir tona, aparecer. Imergir: mergulhar, penetrar, afundar.

    Eminente: alto, elevado; sublime, clebre. Iminente: imediato, prximo, prestes a acontecer.

    Emigrar: sair da ptria. Imigrar: entrar (em pas estranho) para viver nele.

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    Esbaforido: cansado, ofegante. Espavorido: apavorado, espantado.

    Espectador: testemunha, assistente. Expectador: aquele que tem expectativa, esperanoso.

    Esperto: fino, inteligente, atilado, ativo. Experto: perito, experiente.

    Espiar: espreitar, olhar. Expiar: pagar, resgatar (crime, falta, pecado).

    Estada: permanncia, demora de uma pessoa em algum lugar. Estadia: permanncia paga do navio no porto para carga e descarga. Aplica-se a veculos.

    Estncia: morada, manso. Instncia: pedido urgente e repetido; jurisdio, foro.

    Estrato: nuvem; camada. Extrato: perfume, loo; resumo.

    Flagrante: evidente, manifesto. Fragrante: aromtico, perfumoso.

    Incerto: duvidoso, indeciso, no certo. Inserto: inserido, includo.

    Incipiente: principiante, iniciante. Insipiente: ignorante.

    Indefeso: desarmado, fraco. Indefesso: incansvel, infatigvel.

    Infligir: aplicar (pena, castigo, multa, etc.). Infringir: transgredir, desrespeitar, desobedecer.

    Intercesso: interveno, mediao. Interse(c)o: ponto em que se cruzam duas linhas ou superfcies.

    Intimorato: sem temor, destemido. Intemerato: puro, ntegro, incorrupto.

    Lao: laada; traio, engano. Lasso: fatigado, cansado, frouxo.

    Mandado: ato de mandar. Mandato: autorizao que se confere a outrem, delegao.

    Pao: palcio, palcio do governo; a corte. Passo: ato de andar, caminho, marcha; episdio.

    Preceder: anteceder, vir antes. Proceder: descender, provir, originar-se; comportar-se. realizar; caber, ter fundamento.

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    Presar: capturar, apresar, agarrar. Prezar: estimar muito, amar, respeitar, acatar.

    Prescrever: determinar, preceituar, ordenar, receitar. Proscrever: condenar a degredo, desterrar; proibir, abolir, suprimir.

    Ratificar: validar, confirmar autenticamente. Retificar: corrigir, emendar.

    Ruo: pardacento; desbotado; grisalho. Russo: referente Rssia; natural ou habitante da Rssia; lngua da Rssia.

    Sortir: abastecer, prover. Surtir: ter como resultado, produzir efeito.

    Sustar: deter, suspender, interromper. Suster: sustentar, manter, alimentar.

    Tacha: pequeno prego; mancha, ndoa. Taxa: preo ou quantia que se estipula como compensao de certo servio; razo do juro.

    Tachar: pr prego em; notar defeito em, censurar, criticar, acusar. Taxar: regular o preo; lanar imposto sobre; moderar, regular.

    Vultoso: grande, volumoso. Vultuoso: vermelho e inchado (diz-se do rosto).

    10. (ESAF-2006/ENAP) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical, no texto abaixo.

    H(1) os que defendem um governo universal; essa seria, de acordo com certos tericos, a nica forma de eliminar as guerras, de construir uma paz durvel, se no(2) eterna. Outros tericos apontam a impossibilidade de governo universal sobre(3) uma Histria construda nos fundamentos da desigualdade. A paz s pode ser obtida entre sociedades iguais, e as sociedades nunca sero(4) iguais. Se houver a provvel igualdade econmica, sempre haver a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses to pouco(5) so iguais.

    (Adaptado de Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 11/03/2006)

    a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

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    Comentrio: A opo que corresponde a erro gramatical a letra E. No item 5, a forma to pouco (equivalente a muito pouco) deve ser substituda por tampouco. No contexto, esta expresso apresenta o significado tambm no, o que justifica a substituio:

    (...) sempre haver a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tampouco so iguais.

    (...) sempre haver a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tambm no so iguais.

    Chamo a ateno de vocs para o item 2, em que h a forma se no. No contexto, essa expresso composta pela conjuno condicional SE, seguida do advrbio NO. Equivale a caso no, estando, pois, grafada corretamente.

    Gabarito: E.

    11. (ESAF-2005/STN-Adaptada)

    Os administradores de sociedades limitadas podem responder solidariamente perante a sociedade pelo mal desempenho de suas atribuies. Uma dessas hipteses justamente no comunicar aos demais associados a cesso das cotas por parte de alguns scios a terceiros que no dispe de patrimnio apto a honrar o compromisso.

    Julgue a afirmao a seguir.

    I. H erro no emprego do substantivo mal (linha 2) adjetivando desempenho; o correto empregar o adjetivo mau.

    Comentrio: No contexto, a forma mal no advrbio ou adjetivo, pois est modificando o substantivo desempenho. Portanto, deve ser substituda por mau, contrrio de bom. Vejam:

    (...) responder (...) pelo bom desempenho (...)

    (...) responder (...) pelo mau desempenho (...)

    Gabarito: Certo.

    12. (ESAF-2005/MPU) Marque o item em que uma das sentenas no est gramaticalmente correta.

    a) A literatura depende muito de condies subjetivas, raramente satisfaz apenas os sentidos, exige colaborao, embora muitos acreditem que as obras literrias possam brotar de crebros insulados./ A literatura depende muito de condies subjetivas, raramente satisfaz apenas aos sentidos, exige colaborao, embora muitos acreditem que as obras literrias possam brotar de crebros insulados. b) Um povo no perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e pratica a pintura e a msica de outra origem, mas dificilmente adotar literatura estranha sem perda de alguns de seus valores. / Um povo no perder os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e praticar a pintura e a msica de outra origem, mas dificilmente adotar literatura estranha sem perda de alguns de seus valores.

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    c) J tive ocasio de mostrar quanto me parecem precrias trs afirmativas de Euclides da Cunha: a questo do cruzamento; a fatalidade da luta das raas e o autoctonismo do homem americano. / J tive ocasio de mostrar como me parecem precrias trs afirmativas de Euclides da Cunha: a questo do cruzamento; a fatalidade da luta das raas e o autoctonismo do homem americano. d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao sistema de que falei h pouco. / Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao sistema de que faz pouco falei. e) No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um sistema interessantssimo, que a cerca de trezentos anos desenvolve-se. / No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um sistema interessantssimo, que h cerca de trezentos anos se desenvolve.

    (Baseado em Roquette Pinto)

    Comentrio: H erro gramatical na assertiva E. A expresso a cerca de deve ser substituda por h cerca de, pois, no contexto, h ideia de tempo decorrido, passado. Vamos relembrar as lies? Acompanhem comigo!

    ACERCA DE - significa a respeito de, sobre.

    Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.)

    A CERCA DE - ideia de aproximadamente, perto de.

    Exemplo: Estive a cerca de 50 metros da linha de chegada. (= Estive distncia de 50 metros da linha de chegada.)

    CERCA DE transmite ideia durante, aproximadamente.

    Exemplo: Jogamos cerca de trs horas. (= Jogamos durante trs horas.)

    H CERCA DE - significa faz aproximadamente, indicando tempo passado.

    Exemplos: H cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) Chegou ao Brasil h cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.)

    Portanto, no contexto em anlise, o segmento correto (...) a nacionalidade e a literatura formaram um sistema interessantssimo, que h cerca de trezentos anos desenvolve-se.

    Gabarito: E.

    13. (ESAF-2006/ANEEL) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical.

    H pelo menos duas compreenses a cerca do(1) Estado e sua natureza: ou ele seria um produto da razo pura ou tica do homem em busca de(2) construir na Terra um regime de ordem, de paz e de justia assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrrio, seria uma criao socioeconmica de base poltica e militar organizada juridicamente conforme o(3) interesse material dos grupos ou classes sociais que(4) dominam efetivamente as relaes econmicas de produo da riqueza de um pas determinado.

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    Para o pensamento moderno oficial, o Estado uma entidade socioeconmica e poltica criada racional e conscientemente pelo homem, situando-se(5) acima dos interesses das classes, que busca a ordem e a paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justia legal.

    (Oscar dAlva e Souza Filho)

    a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

    Comentrio: O contexto nos transmite a ideia de sobre, a respeito de, ou seja, o assunto de que se fala. Portanto, no excerto H pelo menos duas compreenses a cerca do Estado e sua natureza, a expresso em destaque deve ser substituda por acerca de. Fcil demais, no ?!

    Gabarito: A.

    14. (ESAF-2009/ANA-Adaptada) Em relao ao texto, assinale a opo correta.

    O Rio Paraba do Sul tem cerca de 2/3 de suas guas retiradas do seu leito por uma obra de transposio em Santa Ceclia (RJ). Essas guas so utilizadas para gerar energia eltrica e para abastecer a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhes de pessoas). Havia conflitos pelo uso dessas guas entre as diferentes regies. Tambm nesse caso, a ao da ANA se pautou por definir um arcabouo tcnico e institucional, estabelecendo regras de operao para o reservatrio e de vazo mnima a ser liberada a jusante (rio abaixo), em determinadas pocas do ano, de forma a compatibilizar os usos.

    (Jos Machado http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf)

    Analise a proposta a seguir.

    I. A substituio de cerca de (linha 1) por acerca de mantm a correo gramatical do perodo.

    Comentrio: Vejam como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. Novamente, foi exigida a diferenciao entre as expresses cerca de e acerca de. No contexto, a primeira transmite ideia de aproximadamente, estando corretamente empregada no texto. Por sua vez, a segunda traz a noo de assunto, significando a respeito de. Portanto, a substituio no mantm a correo gramatical do perodo.

    Gabarito: Errado.

    15. (ESAF-2010/MTE) Assinale a opo que indica onde o texto foi transcrito com erro gramatical.

    A lio reafirmada pela crise a da (1) instabilidade como pressuposto da economia de mercado, transmitida por dois canais. O primeiro o da confiana dos agentes aspecto crucial nas observaes de John Maynard Keynes -, que volvel e sujeita a mudana repentina em

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    momentos de incerteza. Tal instabilidade pode ainda ser catalisada (2) pelo canal financeiro, como ficou claro, de forma dramtica, em 2008. Falhas de mercado e manifestaes de irracionalidade so comuns no capitalismo, sem dvida, mas a derrocada recente no repe (3) a polarizao entre Estado e mercado. Refora, isso sim, a necessidade de aperfeioar instituies, afim de (4) preservar a funcionalidade dos mercados e a concorrncia, bens pblicos que o mercado, deixado (5) prpria sorte, incapaz de prover.

    a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

    Comentrio: No excerto (...) a necessidade de aperfeioar instituies, afim de preservar a funcionalidade (...), transmite-se a noo de finalidade. Sendo assim, a expresso destacada deve ser substituda pela locuo conjuntiva final a fim de, equivalente a para que. Vamos rever as lies:

    AFIM indica semelhana, parentesco.

    Exemplo: Nossa meta afim: sua aprovao. (= Nossa meta semelhante: sua aprovao.)

    A FIM indica finalidade. Equivale conjuno final para.

    Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.)

    Vale chamar a ateno de vocs para o item 2. O vocbulo catalisada provm do verbo catalisar (grafado com S). Seguindo a regra dos paradigmas, palavras derivadas de outras que contm S no radical devem manter essa consoante.

    Gabarito: D.

    16. (ESAF-2002/MDIC-Adaptada)

    Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando , sem dvida, um dos mais srios, sobretudo porque dele decorrem inmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o contrabando j faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no suprimento da rede formal de comrcio, tomando o lugar de produtos legalmente comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilcitas proporcionam, aliados ao baixo risco a que esto sujeitas, favorecem e intensificam a formao de verdadeiras quadrilhas, at mesmo com participao de empresas estrangeiras. So organizaes de carter empresarial, estruturadas para promover tais prticas nos mais variados ramos de atividade.

    (Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000)

    Em relao s estruturas do texto, julgue a afirmao que segue.

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    I. A expresso dia-a-dia (linha 2) corresponde idia de o viver cotidiano, e dia a dia corresponde idia de passagem do tempo, ou seja, dia aps dia.

    Comentrio: A questo foi elaborada antes do Novo Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa. Sendo assim, devemos analis-la luz das regras anteriores ao Decreto n 6.583/08. Anteriormente Reforma Ortogrfica, a expresso dia-a-dia, pertencente classe dos substantivos e significando cotidiano, era grafada com hfen (ou trao de unio). Por sua vez, grafava-se a locuo adverbial dia a dia sem hfen, significando diariamente. Portanto, a afirmao est correta. Vale frisar que, com a promulgao do mencionado acordo, o hfen (ou trao de unio) foi abolido: dia a dia. A identificao dar-se- pelo contexto. Vejam:

    Exemplos: Nas escolas pblicas, o dia a dia dos professores brasileiros rduo. (equivalendo a cotidiano, a expresso ser um substantivo)

    Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expresso ser locuo adverbial de tempo)

    Gabarito: Certo.

    17. (ESAF-2003/Receita Federal) Indique o item em que todas as palavras esto corretamente empregadas e grafadas.

    a) A pirmide carcerria assegura um contexto em que o poder de infringir punies legais a cidados aparece livre de qualquer excesso e violncia. b) Nos presdios, os chefes e subchefes no devem ser exatamente nem juzes, nem professores, nem contramestres, nem suboficiais, nem pais, porm avocam a si um pouco de tudo isso, num modo de interveno especfico. c) O carcerrio, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder tcnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento em um e de arbitrrio no outro, atenuando os efeitos de revolta que ambos possam suscitar. d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados. e) A existncia de uma proibio legal cria em torno dela um campo de prticas ilegais, sob o qual se chega a exercer controle e aferir lucro ilcito, mas que se torna manejvel por sua organizao em delinqncia.

    (Itens adaptados de Michel Foucault)

    Comentrio: importante o conhecimento dos parnimos. Esta questo trabalhou alguns apresentados em nossa lista. Vejamos. Na assertiva A, o vocbulo infringir (transgredir, violar) foi empregado incorretamente. O certo infligir (aplicar). Por sua vez, a assertiva D empregou equivocadamente a palavra iminente (prestes a acontecer), pois o correto eminente (importante, ilustre). J a alternativa E utilizou de modo incorreto a palavra aferir (medir) em lugar de auferir (obter, ganhar). Na letra C, por fim, o correto homogeneizar (fuso de homogneo com o sufixo izar). Portanto, as palavras esto corretamente grafadas e empregadas na assertiva B. Nessa alternativa, o vocbulo avocar (chamar para si) foi empregado corretamente, no devendo ser confundido com o parnimo evocar (trazer lembrana).

    Gabarito: B.

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    EMPREGO DO HFEN (OU TRAO DE UNIO)

    A seguir, apresentarei a vocs um ponto que no muito cobrado nas provas da ESAF, mas que deve ser estudado: o emprego do hfen (ou trao de unio). Primeiramente, demonstrarei as regras antigas e, quando necessrio, apresentarei as mudanas trazidas pelo Novo Acordo Ortogrfico. Sempre me dizem: Professor, so muitas regras. Como decor-las?. Fiquem tranquilos, meus amigos! Para facilitar a vida de vocs (rs...), trouxe algumas tcnicas mnemnicas que facilitaro a memorizao.

    ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRFICO

    Emprega-se hfen:

    - nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por H, R, S e vogais diferentes.

    Para memorizar:

    P SEUDO- S EMI- I NTRA- C ONTRA- A UTO- N EO- que antecedem palavras iniciadas por H, R, S e vogais diferentes. E XTRA- P ROTO- I NFRA- U LTRA- S UPRA-

    Exemplos: pseudo-homrico, neo-republicano, proto-revoluo, pseudo-sbio, semi-selvagem, ultra-secreto, intraauricular, autonibus, contra-indicao, intra-ocular, extra-oficial, supra- -excitao.

    Exceo: extraordinrio.

    APS O NOVO ACORDO ORTOGRFICO

    Emprega-se hfen:

    - nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por H e vogal igual ltima do prefixo.

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    Para memorizar:

    P SEUDO- S EMI- I NTRA- C ONTRA- A UTO- N EO- antes de H e de vogal igual ltima do prefixo E XTRA- P ROTO- I NFRA- U LTRA- S UPRA-

    Se os prefixos acima antecederem palavras iniciadas por R e S, estas consoantes sero duplicadas, ou seja, no se emprega o hfen.

    Exemplos: pseudo-homrico, neorrepublicano, protorrevoluo, pseudossbio, semisselvagem, ultrassecreto, intra-auricular, auto-nibus.

    Dica!

    Os prefixos CO-, RE-, DES- e IN- no se enquadram na regra acima.

    Exemplos: coerana (co + herana), coerdeiro (co + herdeiro), coabitar (co + habitar), coordenar (co + ordenar), cooperar (co + operar), cosseno (co + seno), cossecante (co + secante), correlao (co + relao), reabilitar (re + habilitar), reeditar (re + editar), reeleio (re + eleio), desonra (des + honra), desumano (des + humano), inbil (in + hbil), inabitvel (in + habitvel).

    ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRFICO

    Emprega-se hfen:

    - nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas por H, R e S.

    Para memorizar:

    A NTE-

    A NTI- que antecedem palavras iniciadas por H, R e S. S OBRE- A RQUI-

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    Exemplos: ante-histrico, anti-higinico, sobre-humano, arqui-herana, arqui-rival, ante-sala, anti- -semita, sobre-saia.

    Excees: sobressair, sobressalente, sobressaltar, sobressalto.

    APS O NOVO ACORDO ORTOGRFICO

    Emprega-se hfen:

    - nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas por H e por vogal idntica ltima do prefixo.

    A NTE-

    A NTI- antes de H e vogal idntica ltima do prefixo S OBRE- A RQUI-

    * Diante de R e S, duplicam-se estas consoantes.

    Exemplos: ante-histrico, anti-higinico, sobre-humano, arqui-herana, anti-inflamatrio, arqui- -inimigo, anteontem, antiareo, arquirrival, antessala, antissemita, sobressaia, sobressalente, sobressaltar, sobressalto.

    Emprega-se hfen:

    - nos prefixos SUPER-, INTER- e HIPER- que antecedem palavras iniciadas por H e R (regra mantida pelo novo acordo ortogrfico).

    S UPER- H IPER- antes de H e R I NTER-

    Exemplos: super-requintado, hiper-humano, inter-resistente.

    Emprega-se hfen:

    - nos prefixos SOB-, AB-, AD- e OB- que antecedem R (regra mantida pelo novo acordo ortogrfico).

    Para memorizar: SOBABADOB

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    S O B-

    A que antecedem R B-

    A D-

    O B-

    Exemplos: sob-roda, ab-rogar, ab-rupto, ad-renal, ob-reptcio.

    Emprega-se hfen:

    - no prefixo SUB- que antecede B , R e H. (regra mantida pelo novo acordo ortogrfico)

    Exemplos: sub-base, sub-bibliotecrio, sub-reino, sub-reptcio, sub-humano.

    O Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa (VOLP) tambm admite a grafia subumano.

    ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRFICO

    Emprega-se hfen:

    - nos prefixos CIRCUM-, PAN- e MAL- que antecedem palavras iniciadas por H e vogais.

    Para memorizar: Lembrem-se de CPM.

    C IRCUM-

    P AN- que antecedem palavras iniciadas por H e vogais

    M AL-

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    Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispnico, mal-humorado, circum-escolar, pan-americano, mal-educado.

    APS O NOVO ACORDO ORTOGRFICO

    Emprega-se hfen:

    - nos prefixos CIRCUM- e PAN- ,que antecedem H, M, N e vogais, e no prefixo MAL-, que antecede palavras iniciadas por H, L e vogais.

    C IRCUM- antes de H, M, N e vogais P AN-

    M AL- antes de H, L e vogais

    Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispnico, circum-escolar, pan-americano, circum-murado, pan-mgico, circum-navegao, pan-negritude, mal-humorado, mal-entendido, mal-limpo, mal-lavado, malsucedido.

    Quando o prefixo MAL- formar um composto que designe doena, deveremos empregar o hfen: mal-caduco (epilepsia), mal-francs (sfilis).

    Emprega-se hfen:

    - nos prefixos PS-, PR- e PR-, quando estes forem tnicos e conservarem autonomia vocabular (regra mantida pelo novo acordo ortogrfico).

    P S- P R- quando tnicos e conservarem autonomia vocabular P R-

    Neste caso, os prefixos sero acentuados graficamente.

    Exemplos: pr-histrico, pr-eleitoral, pr-escolar, ps-meridiano, ps-moderno, ps-eleitoral, ps-guerra, pr-europeu, pr-ativa.

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    Mas (sem hfen): prever, predeterminar, preestabelecer, preencher, preeminente, preeminncia, preexistir, prefcio, posfcio, pospor.

    Emprega-se hfen:

    - nos prefixos SEM-, SOTA-, SOTO-, VICE-, VIZO- e EX- , em qualquer caso (regra mantida pelo novo acordo ortogrfico).

    S EM- S OTA- S OTO- em qualquer caso V ICE- V IZO- E X-

    Exemplos: sem-cerimnia, sota-piloto, soto-ministro, vice-diretor, vizo-rei, ex-presidente.

    Emprega-se hfen:

    - nos prefixos os prefixos BEM-, ALM-, RECM- e AQUM-, em qualquer caso. (regra mantida pelo novo acordo ortogrfico).

    Exemplos: bem-aventurado, bem-vindo, bem-sucedido, alm-mar, recm-nascido, aqum-fronteiras.

    Excees: benfazejo (benfazer), benfeito, benfeitor, benquerena (benquerer).

    Emprega-se hfen:

    - nos sufixos -AU, -GUAU e -MIRIM, quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogal acentuada graficamente ou quando a pronncia exigir (eufonia). (regra mantida pelo novo acordo ortogrfico).

    -AU -GUAU quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogal acentuada -MIRIM graficamente ou quando a pronncia exigir (eufonia).

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    Exemplos: ara-guau, ara-mirim, anaj-mirim, capim-au.

    Emprega-se hfen:

    - nas formas compostas por GR- ou GRO-, quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. (regra mantida pelo novo acordo ortogrfico)

    GR- quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. GRO-

    Exemplos: Gr-Bretanha, Gro-Par, Passa-Quatro, Trs-os-Montes, Baa de Todos-os-Santos.

    Importante: O vocbulo Guin-Bissau deve ser grafado com hfen por se tratar de forma consagrada pelo uso, mesmo aps o Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa.

    Emprega-se hfen:

    - nas palavras compostas por justaposio que constituem unidade sinttica e semntica.

    Exemplos: arco-ris, amor-perfeito, ano-luz, decreto-lei, guarda-chuva, guarda-roupa, manda-tudo, pra-brisa, pra-choque, pra-lama, pra-raios, professor-adjunto, secretrio-geral, tenente-coronel.

    O novo acordo ortogrfico aboliu o emprego do hfen em palavras compostas que perderam a noo de composio.

    Exemplos: mandachuva, paramdico, paraquedas, paraquedista, madressilva, girassol, pontap.

    Emprega-se hfen:

    - nos compostos que designam espcies zoolgicas e botnicas.

    Exemplos: andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, joo-de-barro, bico-de-papagaio, no-me-toques.

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    ACENTUAO GRFICA

    Agora, estudaremos as regras de acentuao grfica.

    Inicialmente, pergunto: vocs sabem a diferena entre acento tnico e acento grfico ?

    Vejam:

    Acento tnico Acento grfico

    Determina a slaba tnica de um vocbulo.

    Exemplos: ruim, gratuito, amigo.

    Sinal empregado sobre a slaba tnica da palavra (de acordo com as regras de acentuao). Pode ser agudo ou circunflexo.

    Exemplos: sade, nterim, histria, lmpada.

    REGRAS GERAIS

    PROPAROXTONAS so palavras em que o acento tnico recai na antepenltima slaba. Todas as proparoxtonas so acentuadas graficamente.

    Exemplos: lmpada, pssego, autgrafo, hbitat, dficit.

    PAROXTONAS so palavras em que o acento tnico recai na penltima slaba. Acentuam-se graficamente as paroxtonas terminadas em:

    L, N, R, X (Para memorizar: LoNaRoXa).

    Exemplos: til, hfen, ter, nix.

    UM(NS).

    Exemplos: mdium, lbuns.

    U e I(S).

    Exemplos: vrus, jri, libis.

    (S), O(S).

    Exemplos: rf(s), bno(s).

    ON(S)

    Exemplos: eltron(s), prton(s).

    PS

    Exemplos: frceps, Quops.

    Ditongo.

    Exemplos: histria, srie, imveis.

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    Alguns gramticos, entre eles Celso Cunha, consideram proparoxtonos eventuais os vocbulos terminados em ditongos crescentes (glria, srie, sbio, mgoa, histria etc.). Porm, a ESAF considera tais vocbulos como PAROXTONOS terminados em ditongo crescente oral.

    No se acentuam os prefixos paroxtonos terminados em -r e -i: super-homem, hiper-requintado, semi-intensivo.

    No se acentuam os vocbulos paroxtonos finalizados em -ens: polens, hifens, abdomens. Estas palavras tambm admitem os respectivos plurais sob a forma proparoxtona: plenes, hfenes, abdmenes.

    Tambm no se acentua o vocbulo item, tampouco sua forma pluralizada (itens).

    OXTONAS so palavras em que o acento tnico recai na ltima slaba. Acentuam-se graficamente as oxtonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens).

    Exemplos: maracuj, anans, picol(s), voc, portugus, palet(s), armazm, parabns.

    Dica!

    Tambm se acentuam as formas verbais terminadas em a, e, o tnicos, seguidas de -lo(s) e -la(s): jog-las (jogar + as), faz-la (fazer + a), comp-lo (compor + o).

    MONOSSLABAS TNICAS so palavras que apresentam acento tnico e que constituem uma nica slaba. So acentuadas graficamente as monosslabas tnicas terminadas em a(s), e(s), o(s).

    Exemplos: j, ps, p(s), s(s).

    Dicas!

    Tambm se acentuam as formas verbais tnicas terminadas em a, e, o tnicos, seguidas de -lo(s) e -la(s): d-lo (dar + o), f-lo (fez + o), p-los (pr + os).

    No se acentuam as formas verbais terminadas em i seguidas de -lo(s) ou -la(s): fi-lo (fiz + o), qui-lo (quis + o).

    Conhecidas as regras gerais, podemos sintetiz-las da seguinte forma:

    TERMINADAS EM... A(S) E(S) O(S) EM(ENS) OUTRAS TONICIDADE

    Acentuada? Proparoxtonas Sim Sim Sim Sim Sim

    Paroxtonas No No No No Sim Oxtonas Sim Sim Sim Sim No

    Monosslabas Tnicas Sim Sim Sim No No

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    preciso ter ateno pronncia correta de algumas palavras. O equvoco ao pronunci- -las caracteriza a chamada silabada. Portanto, apresentarei uma lista dos vocbulos mais recorrentes em concursos:

    18. (ESAF-2006/SUSEP) Assinale a opo que corresponde a erro de grafia ou de desobedincia s regras da norma escrita padro.

    A crise da esquerda mundial, consubstanciada(1) sobretudo como a crise do socialismo real e, em menor intensidade, do modelo social-democrata de gesto humanizada do mercado, encontra-se ainda em pleno desdobramento. uma crise profunda, de largo espectro(2) histrico, que se confunde plenamente com a crise de civilizao, resultante, entre outras causas, do auge da hegemonia(3) do sistema capitalista de produo e da conseqente exacerbao(4) de todas as suas contradies. A crise da esquerda mundial, que tambm a crise do iderio e da experincia socialistas no mundo, torna-se duradoura, sobretudo se estivermos a med-la(5) com a escala individual de nossas vidas.

    (Adaptado de Anivaldo de Miranda)

    PROPAROXTONAS PAROXTONAS OXTONAS aerdromo alanos cateter aerlito austero cister gape avaro condor lcool aziago fidel alcolatra batavo gibraltar mago caracteres hangar arete ciclope mister arqutipo decano nobel bvaro edito (lei) novel bgamo exegese obus bmano fortuito recm crisntemo gratuito ruim dito (ordem judicial) ibero ureter gide ltex sutil eltrodo libido hierglifo maquinaria mprobo meteorito nterim necromancia muncipe pudico priplo recorde prottipo rubrica revrbero tulipa znite

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    a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

    Comentrio: H erro de grafia na opo correspondente letra E. O trecho destacado em med-la uma palavra oxtona. Por terminar na vogal i, no deve ser acentuada graficamente. Portanto, o correto medi-la (sem acento agudo). Vale, tambm, chamar a ateno de vocs para os vocbulos hegemonia, corretamente grafado com h, e espectro, escrito perfeitamente com s. Isso muito recorrente na ESAF. Ento, fiquem atentos!

    Gabarito: E.

    19. (ESAF-2004/IPEA-Adaptada) Em relao s estruturas do texto, julgue a assertiva abaixo.

    I. A palavra esteretipos acentuada pela mesma regra gramatical que exige acento em metfora e em cientfica.

    Comentrio: O vocbulo esteretipos (es-te-re--ti-pos) proparoxtono (a tonicidade recai na antepenltima slaba), razo por que deve ser acentuado graficamente. O mesmo ocorre com as palavras metfora (me-t-fo-ra) e cientfica (ci-en-t-fi-ca). Portanto, a assertiva est correta.

    Gabarito: Certo.

    20. (ESAF-2010/MTE) O texto a seguir foi transcrito com erros. Assinale o nico trecho que atende plenamente s prescries gramaticais.

    a) Constroe-se o espao social de tal modo que os agentes ou grupos so a distribudos em razo de sua posio nas distribuies estatsticas de acordo com os dois princpios de difere