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COVID-19 Compilado de Normas

Banking & Finance Abril de 2020

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SUMÁRIO

1 Presidência da República ............................................................................................................... 1

1.1 Medida Provisória 931/2020 - Altera a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código

Civil, a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, e a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de

1976, e dá outras providências. ............................................................................................ 1

2 Comissão de Valores Mobiliários (CVM)......................................................................................... 4

2.1 Ofício-Circular/CVM/SNC/SEP/n° 02/2020 - Efeitos do Coronavírus nas Demonstrações

Financeiras ........................................................................................................................... 4

2.2 Ofício-Circular n° 2/2020-CVM/SMI - Plano de Contingência para Intermediários .............. 6

2.3 Ofício-Circular n° 2/2020-CVM/SRE – Efeitos do Coronavírus nas Ofertas Públicas

Registradas ........................................................................................................................... 9

2.4 Deliberação CVM n° 846 – Prorroga o período de interrupção do prazo de análise das

ofertas públicas ................................................................................................................... 10

2.5 Portaria CVM/PTE/n° 31 – Atendimento e Regime de Trabalho dos Servidores .............. 11

2.6 Ofício-Circular n° 03/2020-CVM/SRE – Interpretação do art. 48 da

Instrução CVM 400/03 ........................................................................................................ 13

2.7 Deliberação CVM nº 848 – Prorroga determinados prazos com vencimento no

exercício de 2020 ................................................................................................................ 14

2.8 Deliberação n° 849 – Estabelece prazos para apresentação de informações .................. 18

2.9 Ofício Circular CVM/SRE nº 04/2020 - Esclarecimentos acerca dos itens IV da

Deliberação CVM nº 848/20 e VIII da Deliberação CVM nº 849/20 ................................... 20

3 Conselho Monetário Nacional (CMN) e Banco Central do Brasil (BACEN) ................................. 22

3.1 Resolução n° 4.782 – Reestruturações de Operações de Créditos ................................... 22

3.2 Circular n° 3.991 – Horário de atendimento de Instituições Financeiras ........................... 23

3.3 Carta Circular n° 4.017 – Protocolo Digital ......................................................................... 24

3.4 Resolução n°. 4785 – Autorizar captação de DPGE em favor do FGC ............................. 35

3.5 Resolução n° 4.786 – Autoriza BACEN a conceder operações de empréstimo por meio de

Linha Temporária Especial de Liquidez .............................................................................. 37

3.6 Resolução n°. 4.787 – Flexibilização da LCA ..................................................................... 41

3.7 Resolução n°. 4788 – Emissão de Letra Financeira .......................................................... 42

3.8 Circular n° 3.995 – Altera declaração anual referente à 2019 ........................................... 43

3.9 Resolução n° 4.791 – Altera Resolução n° 4.782 .............................................................. 44

3.10 Resolução nº 4.800 – Dispõe sobre as operações de crédito para

financiamento da folha salarial ........................................................................................... 45

4 B3 .................................................................................................................................................. 48

4.1 Ofício-Circular 036/2020-PRE – Alteração dos Limites de Oscilação Diária ..................... 48

4.2 Comunicado B3 009/2020-VPC – Esclarecimentos sobre Limites de Oscilação e Circuit

Breaker................................................................................................................................ 50

5 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)........................................... 52

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6 Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP) .................................................................. 53

6.1 Decreto Estadual n° 64.881 – Atendimento Presencial ...................................................... 53

7 Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (JUCERJA) .......................................................... 55

7.1 Decreto Estadual n° 46.980 – Atendimento Presencial ...................................................... 55

8 Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (JUCEMG) ............................................................. 60

8.1 Comunicado JUCEMG - Atendimento ................................................................................ 60

9 Serviços Extrajudiciais de Notas e de Registro do Estado de São Paulo .................................... 61

9.1 Provimento CG 07/2020 – Medidas de Prevenção a serem adotadas .............................. 61

9.2 Provimento CG 08/2020 – Autorização para Suspensão ................................................... 63

10 Serviços Extrajudiciais de Notas e de Registro do Estado do Rio de Janeiro ............................. 66

10.1 Provimento CGJ n° 22/2020 – Autorização para suspensão ............................................. 66

11 Serviços Extrajudiciais de Notas e Registro do Estado de Minas Gerais .................................... 69

11.1 Portaria Conjunta n°. 950/PR/2020 – Suspensão Atendimento Presencial ....................... 69

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1 Presidência da República

1.1 Medida Provisória 931/2020 - Altera a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil,

a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, e a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e

dá outras providências.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 931, DE 30 DE MARÇO DE 2020

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota

a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º A sociedade anônima cujo exercício social se encerre entre 31 de dezembro de 2019 e 31 de

março de 2020 poderá, excepcionalmente, realizar a assembleia geral ordinária a que se refere o art.

132 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, no prazo de sete meses, contado do término do seu

exercício social.

§ 1º Disposições contratuais que exijam a realização da assembleia geral ordinária em prazo

inferior ao estabelecido no caput serão consideradas sem efeito no exercício de 2020.

§ 2º Os prazos de gestão ou de atuação dos administradores, dos membros do conselho fiscal

e de comitês estatutários ficam prorrogados até a realização da assembleia geral ordinária nos

termos do disposto no caput ou até que ocorra a reunião do conselho de administração,

conforme o caso.

§ 3º Ressalvada a hipótese de previsão diversa no estatuto social, caberá ao conselho de

administração deliberar, ad referendum, assuntos urgentes de competência da assembleia

geral.

§ 4º Aplicam-se as disposições deste artigo às empresas públicas, às sociedades de economia

mista e às subsidiárias das referidas empresas e sociedades.

Art. 2º Até que a assembleia geral ordinária a que se refere o art. 1º seja realizada, o conselho de

administração, se houver, ou a diretoria poderá, independentemente de reforma do estatuto social,

declarar dividendos, nos termos do disposto no art. 204 da Lei nº 6.404, de 1976.

Art. 3º Excepcionalmente durante o exercício de 2020, a Comissão de Valores Mobiliários poderá

prorrogar os prazos estabelecidos na Lei nº 6.404, de 1976, para companhias abertas.

Parágrafo único. Competirá à Comissão de Valores Mobiliários definir a data de apresentação das

demonstrações financeiras das companhias abertas.

Art. 4º A sociedade limitada cujo exercício social se encerre entre 31 de dezembro de 2019 e 31 de

março de 2020 poderá, excepcionalmente, realizar a assembleia de sócios a que se refere o art. 1.078

da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil no prazo de sete meses, contado do término

do seu exercício social.

§ 1º Disposições contratuais que exijam a realização da assembleia de sócios em prazo inferior

ao estabelecido no caput serão consideradas sem efeito no exercício de 2020.

§ 2º Os mandatos dos administradores e dos membros do conselho fiscal previstos para se

encerrarem antes da realização da assembleia de sócios nos termos previstos no caput ficam

prorrogados até a sua realização.

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Art. 5º A sociedade cooperativa e a entidade de representação do cooperativismo poderão,

excepcionalmente, realizar a assembleia geral ordinária a que se refere o art. 44 da Lei nº 5.764, de 16

de dezembro de 1971, ou o art. 17 da Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, no prazo de

sete meses, contado do término do seu exercício social.

Parágrafo único. Os mandatos dos membros dos órgãos de administração e fiscalização e dos

outros órgãos estatutários previstos para se encerrarem antes da realização da assembleia geral

ordinária nos termos previstos no caput ficam prorrogados até a sua realização.

Art. 6º Enquanto durarem as medidas restritivas ao funcionamento normal das juntas comerciais

decorrentes exclusivamente da pandemia da covid-19:

I - para os atos sujeitos a arquivamento assinados a partir de 16 de fevereiro de 2020, o prazo

de que trata o art. 36 da Lei nº 8.934, de 18 de dezembro de 1994, será contado da data em que

a junta comercial respectiva restabelecer a prestação regular dos seus serviços; e

II - a exigência de arquivamento prévio de ato para a realização de emissões de valores

mobiliários e para outros negócios jurídicos fica suspensa a partir de 1º de março de 2020 e o

arquivamento deverá ser feito na junta comercial respectiva no prazo de trinta dias, contado da

data em que a junta comercial restabelecer a prestação regular dos seus serviços.

Art. 7º A Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 1.080-A. O sócio poderá participar e votar a distância em reunião ou assembleia, nos termos do

disposto na regulamentação do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração da Secretaria

Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia." (NR)

Art. 8º A Lei nº 5.764, de 1971, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 43-A. O associado poderá participar e votar a distância em reunião ou assembleia, nos termos do

disposto na regulamentação do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração da Secretaria

Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia." (NR)

Art. 9º A Lei nº 6.404, de 1976, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art.121 ............................................................................................................

§ 1º Nas companhias abertas, o acionista poderá participar e votar a distância em assembleia geral, nos

termos do disposto na regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários.

§ 2º Nas companhias fechadas, o acionista poderá participar e votar a distância em assembleia geral, nos

termos do disposto na regulamentação do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração da

Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia." (NR)

"Art.124. .......................................................................................................

................................................................................................................................

§ 2º A assembleia geral deverá ser realizada, preferencialmente, no edifício onde a companhia tiver sede

ou, por motivo de força maior, em outro lugar, desde que seja no mesmo Município da sede e indicado com

clareza nos anúncios.

§ 2º-A Regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários poderá excepcionar a regra disposta no § 2º

para as sociedades anônimas de capital aberto e, inclusive, autorizar a realização de assembleia digital.

............................................................................................................................." (NR)

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Art. 10. Fica revogado o parágrafo único do art. 121 da Lei nº 6.404, de 1976.

Art. 11. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 30 de março de 2020; 199º da Independência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Paulo Guedes

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2 Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

2.1 Ofício-Circular/CVM/SNC/SEP/n° 02/2020 - Efeitos do Coronavírus nas Demonstrações

Financeiras

Ofício-Circular/CVM/SNC/SEP/n°. 02/2020

Rio de Janeiro, 10 de março de 2020

Assunto: Efeitos do Coronavírus nas Demonstrações Financeiras

Senhor Diretor de Relações com Investidores e Senhor Auditor Independente,

A Comissão de Valores Mobiliários tem acompanhado atentamente os impactos do Coronavírus nos

mercados de capitais mundiais e, em especial, no mercado brasileiro. Dada a interconectividade da

cadeia produtiva global, alguns regulados da CVM podem estar sujeitos a impactos econômico-

financeiros advindos da epidemia. Tais impactos devem ser, na medida do possível, refletidos nas

demonstrações financeiras das companhias registradas na CVM.

Para tanto, as Áreas Técnicas da CVM destacam a importância de as Companhias Abertas e seus

Auditores Independentes considerarem cuidadosamente os impactos do COVID-19 em seus negócios e

reportarem nas demonstrações financeiras os principais riscos e incertezas advindos dessa análise,

observadas as normas contábeis e de auditoria aplicáveis.

Nesse sentido, dentre os diversos riscos e incertezas aos quais as companhias estão expostas, especial

atenção deve ser dada àqueles eventos econômicos que tenham relação com a continuidade dos

negócios e/ou às estimativas contábeis levadas à efeito, como, por exemplo, nas seguintes áreas:

Recuperabilidade de Ativos, Mensuração do Valor Justo, Provisões e Contingências Ativas e Passivas,

Reconhecimento de Receita e Provisões para Perda Esperada.

Em relação às Companhias que encerraram o exercício em 31 de dezembro de 2019, esses impactos

devem ser registrados como eventos subsequentes em consonância com o disposto na Deliberação

CVM nº 593 de 15 de setembro de 2009, que aprova o CPC 24 - Evento Subsequente.

Já em relação àquelas que possuem data de encerramento de exercício posterior a 31 de dezembro de

2019 ou que já estejam em processo de preparação da 1ª ITR de 2020, ressalta- se que os riscos e

incertezas aqui referidos podem impactar diretamente a elaboração das demonstrações financeiras do

período.

Adicionalmente, é importante que as Companhias avaliem, em cada caso, a necessidade de divulgação

de fato relevante, nos termos da Instrução nº 358 de 03 de janeiro de 2002, e de projeções e estimativas

relacionados aos riscos do COVID-19 na elaboração do formulário de referência, nos termos da Instrução

CVM nº 480 de 7 e dezembro de 2009.

As Áreas Ténicas da CVM entendem que, apesar da difícil tarefa de quantificação monetária dos

impactos futuros, é necessário que as Companhias Abertas e seus Auditores Independentes, cada qual

exercendo o seu papel, empenhem os melhores esforços para prover informações que espelhem a

realidade econômica da entidade que reporta e que possuam potencial preditivo. Nesse sentido, a CVM

ratifica a necessidade de manutenção da qualidade do processo de elaboração e auditoria das

demonstrações financeiras, em consonância com os padrões internacionais de contabilidade e de

auditoria.

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Por fim, as Áreas Técnicas da CVM informam que continuam observando atentamente o

desenvolvimento dessa situação e estão em contato direto com outros Reguladores de Mercado de

Capitais de forma a alinhar entendimentos e a garantir a adequada proteção dos que investem no

mercado de valores brasileiro.

Atenciosamente,

Original assinado por

JOSÉ CARLOS BEZERRA DA SILVA

Superintendente de Normas Contábeis e de

Auditoria

Original assinado por

FERNANDO SOARES VIEIRA

Superintendente de Relações com Empresas

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2.2 Ofício-Circular n° 2/2020-CVM/SMI - Plano de Contingência para Intermediários

Ofício-Circular nº 2/2020-CVM/SMI

Rio de Janeiro, 12 de março de 2020.

Aos

Diretores responsáveis pela Instrução CVM nº 505/11 junto aos intermediários

Assunto: COVID-19 - Plano de contingência

Senhores Diretores,

Este Ofício-Circular tem como objetivo trazer recomendações para os intermediários sobre adoção de

plano de contingência em razão de possível situação de estresse operacional causada pela

disseminação do COVID-19, bem como sobre possíveis medidas que podem se fazer necessárias na

adoção de um plano de contingência dessa natureza.

1 Introdução

É certo que grande parte dos investidores, até por iniciativa dos próprios intermediários, buscam

realizar suas operações por meio de equipamentos conectados à internet.

Ocorre que, durante situações de estresse do mercado em razão do COVID-19, o volume de

operações tende a crescer, podendo superar a capacidade suportada pela atual estrutura de

tecnologia da informação do intermediário.

Acrescente-se que, além das operações realizadas por meio de canais tecnológicos, há aqueles

clientes que preferem realizar suas operações por telefone, ou mesmo porque, determinada

operação não é oferecida pelo ‘home broker’ do intermediário.

Adicionalmente, é possível que, caso esse tipo de situação de estresse se materialize, boa parte

da força de trabalho do intermediário tenha de trabalhar remotamente por razões de segurança

sanitária.

Assim, seja pelo aumento no volume de operações por meio de canais tecnológicos, seja pelo

atendimento telefônico, seja por restrições de pessoal, o intermediário deve colocar à disposição

de seus clientes canais de atendimento alternativos que garantam o melhor interesse do cliente

para a execução de ordens por ele comandadas.

Deste modo, a SMI entende que o intermediário deve estar preparado para uma situação extrema

como a descrita, elaborando para tal um plano de contingência que contemple as alternativas

para continuar prestando seus serviços adequadamente nesse tipo de cenário. Tal plano de

contingência deve ser discutido e aprovado pela alta administração do intermediário,

comunicado aos funcionários e prever a forma, conteúdo e timing de eventual comunicação aos

clientes e público em geral.

1.1 Instrução CVM nº 612/2019

Com a entrada em vigor das alterações normativas introduzidas pela Instrução CVM nº 612/2019,

conforme alterada pela Instrução CVM nº 618/2020, os intermediários deverão implementar

planos de continuidade de negócios que estabeleçam procedimentos e prazos estimados para

reinício e recuperação das atividades em caso de interrupção dos processos críticos de negócio,

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bem como ações de comunicação internas e externas necessárias e os casos em que a

comunicação deve se estender aos clientes (art. 35-A, inciso II).

Dentre os processos considerados críticos, os planos de continuidade de negócios devem

abranger os processos de recepção e execução de ordens, com o objetivo de preservar o

atendimento aos clientes (art. 35-A, §1º, inciso I).

E ainda exige que a estrutura de tecnologia da informação deve ser compatível com o volume,

natureza e complexidade de suas operações, de forma a preservar o atendimento aos clientes

inclusive em períodos de picos de demanda (art. 32, §1º).

1.2 Instrução CVM nº 505/2011

De todo modo, independentemente das alterações previstas na Instrução CVM n° 612/2019, a

Instrução CVM nº 505/2011 já contempla uma série de procedimentos e controles e disciplina

deveres que devem nortear os procedimentos a serem adotados pelos intermediários no referido

contexto.

A Instrução CVM nº 505/2011 define ‘ordem’ como sendo o ato pelo qual o cliente determina

que um intermediário negocie ou registre operação com valor mobiliário, em seu nome e nas

condições que especificar (art. 1º, inciso V).

A mesma Instrução, em seu art. 12, determina que o intermediário só poderá executar ordens

transmitidas por (I) escrito; (II) telefone ou outros sistemas de transmissão de voz; ou (III)

sistemas eletrônicos de conexões automatizadas.

Uma vez recebida uma ordem do cliente, nas condições acima, o intermediário deve registrá-la,

identificando o horário do seu recebimento, o cliente que a tenha emitido e as condições para a

sua execução (parágrafo único do art. 12).

Após registrada, a ordem deve ser arquivada pelo intermediário, indicando as condições em que

ela foi executada, devendo, ainda, o intermediário, garantir que seu sistema de arquivamento

está protegido contra adulterações, permitindo a realização de auditorias e inspeções (art. 13,

‘caput’ e parágrafo único).

Especificamente quanto às ordens transmitidas por telefone ou outros sistemas de transmissão

de voz, o intermediário deve manter sistema de gravação de todos os diálogos mantidos com

seus clientes, seja por intermédio de agentes autônomos de investimento, seja por intermédio

de operadores de mesa (art. 14, ‘caput’).

E, por fim, o intermediário deve exercer suas atividades com boa fé, diligência e lealdade, sempre

no melhor interesse dos seus clientes (art. 30, ‘caput’ e parágrafo único).

2 Como os Intermediários devem atender o Melhor Interesse dos seus Clientes em Caso de

Implementação de Plano de Contingência

O principal dever do intermediário em caso de estresse do mercado em decorrência da

disseminação do COVID-19 é o de comunicar prontamente sua base de clientes sobre essa

situação, inclusive em relação a possíveis impactos nos níveis de serviço oferecidos (SLAs),

colocando à disposição dos clientes os contatos que devem ser utilizados e as formas de

interação para a colocação de ordens de operações.

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Esses contatos podem ser tanto números telefônicos, incluindo aqueles com facilidades para

aplicativos de mensagens eletrônicas, quanto endereços de correio ou outro meio de

comunicação eletrônico, que permitam a gravação e o arquivamento das ordens recebidas.

2.1 Atendimento telefônico

Caso o intermediário necessite implementar o plano de contingência elaborado, em razão do

avanço do COVID-19, uma primeira opção poderia ser manter o atendimento telefônico pelos

operadores de mesa, mesmo que atuando em local diverso da sede da organização.

Porém, esse atendimento telefônico deverá ser acoplado a um mecanismo de comprovação e

formalização das ordens, que pode ser, por exemplo, realizado por meio de sistema de gravação

disponibilizado, pelo intermediário, a cada um dos seus operadores.

Outra opção seria a de redirecionar as ligações telefônicas, realizadas à mesa de operações do

intermediário, para o aparelho telefônico do operador, que estaria atuando em local diverso da

sede da organização.

Nessa situação, o operador orientaria o cliente a transmitir a ordem de operação por correio

eletrônico ou por outros sistemas de mensagens eletrônicas.

2.2 Atendimento por correio eletrônico ou por outros sistemas de mensagens eletrônicas

Para essa opção, caso o intermediário implemente um plano de contingência, em razão do

avanço do COVID-19, o intermediário deve, previamente à adoção do plano de contingência,

comunicar toda a sua base de clientes sobre essa situação de estresse, esclarecendo que as

operações pela mesa de operações, a partir de determinada data, passarão a ser realizadas por

sistemas de correio eletrônico ou de mensagens eletrônicas, estando as ligações telefônicas

para sua mesa, temporariamente, desabilitadas, enquanto durar o plano de contingência

implementado.

3 Conclusão

Assim agindo, seja adotando a opção de atendimento telefônico, seja adotando o atendimento

por correio eletrônico ou por outros sistemas de mensagens eletrônicas, o que se espera do

intermediário é que desenvolva um plano de contingência que contemple pelo menos as

questões aqui mencionadas, dentre outras que considerar relevantes para a manutenção de sua

operação nesse cenário de agravamento dos desdobramentos decorrentes da pandemia de

COVID-19, comunicando e treinando a sua força de trabalho, bem como interagindo e orientando

os clientes, de modo a manter um nível de serviço adequado para a situação de stress, bem

como mitigar eventuais riscos para si e para os seus clientes.

Atenciosamente,

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2.3 Ofício-Circular n° 2/2020-CVM/SRE – Efeitos do Coronavírus nas Ofertas Públicas

Registradas

Ofício-Circular nº 2/2020-CVM/SRE

Rio de Janeiro, 13 de março de 2020.

Assunto: Efeitos do Coronavírus nas Ofertas Públicas registradas

Prezados Senhores,

1 A Comissão de Valores Mobiliários tem acompanhado atentamente os impactos do coronavírus

nos mercados de capitais mundiais e, em especial, no mercado brasileiro. No caso específico da

SRE, verificando a possibilidade de impacto direto nas ofertas públicas de valores mobiliários em

andamento, entende-se relevante a orientação a seguir.

2 O contexto atual enquadra-se na hipótese prevista no art. 25 da Instrução CVM nº 400/03 (“ICVM

400”), configurando, alteração substancial, posterior e imprevisível nas circunstâncias de fato

existentes quando da apresentação do pedido de registro de distribuição.

3 Nesse sentido, em caráter excepcional, para as ofertas públicas de distribuição já registradas na

presente data, pleitos de modificação relacionados exclusivamente à deterioração e volatilidade

do cenário de investimentos e devidamente fundamentados, serão considerados

automaticamente aprovados pela SRE com a concessão de prorrogação do prazo da distribuição

por 90 dias adicionais, com base no §2º do citado art. 25, podendo tais modificações serem

imediatamente implementadas mediante envio da documentação modificada à SRE e divulgação

de comunicado ao mercado.

4 Importante salientar que deverá ser observado o rito previsto no art. 27 da ICVM 400, de modo

que os ofertantes deverão facultar aos investidores que já tenham aderido à oferta a possibilidade

de desistência, em prazo de 5 dias contados do recebimento da comunicação sobre a

modificação, e se acautelar de que os novos investidores estejam cientes da modificação da

oferta, notadamente por meio do documento de aceitação.

5 O rito previsto neste Ofício-Circular somente poderá ser utilizado para os pleitos protocolados no

prazo de 30 (trinta) dias corridos a partir da presente data. 6. Finalmente, informamos que

continua sendo possível seguir o rito ordinário previsto no art. 25 da ICVM 400 em relação aos

pleitos de modificação de oferta.

Atenciosamente,

LUIS MIGUEL R. SONO

Superintendente de Registro de Valores Mobiliários

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2.4 Deliberação CVM n° 846 – Prorroga o período de interrupção do prazo de análise das

ofertas públicas

DELIBERAÇÃO CVM Nº 846, DE 16 DE MARÇO DE 2020

Prorroga o período de interrupção do prazo de análise das ofertas públicas de distribuição de valores

mobiliários submetidas a registro bem como aquele referente ao registro de emissor.

O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM, com base no art. 19, § 5º, inciso

II, da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e no uso da competência que lhe conferem os arts. 16,

inciso XI, e 17, inciso XIII, do Regimento Interno, aprovado pela Portaria nº 327, de 11 de julho de 1977,

do Ministro da Fazenda, torna público que o Colegiado, em reunião realizada nesta data, e considerando

que:

(i) diariamente se observa a ampliação de medidas restritivas, relacionadas principalmente ao fluxo

de pessoas, impostas pelos governos de diversos países em face da ampla e corrente

disseminação do coronavírus, sendo notórios os severos impactos para a atividade econômica

que decorrerão de tais medidas;

(ii) as Instruções CVM nos 400/03 e 480/09 preveem a possibilidade de interrupção, mediante

solicitação dos ofertantes, da análise dos pleitos de registro de oferta pública de distribuição de

valores mobiliários e de emissor; e

(iii) a edição desta Deliberação se coaduna com o mandato legal da CVM, notadamente aquele

contido na Lei 6.385/76, art. 4º, incisos I e II, no sentido de promover o desenvolvimento do

mercado de capitais, com vistas a estimular a formação de poupança e a sua aplicação em

valores mobiliários, a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações;

Deliberou:

alterar o prazo máximo de duração da interrupção do período de análise, pela SRE, dos pedidos de registro de ofertas públicas de distribuição contido no art. 10 da Instrução CVM nº 400/03, passando para até 180 (cento e oitenta) dias úteis, mantendo as demais disposições do referido artigo; (iv) alterar o prazo máximo de duração da interrupção do período de análise, pela SEP, dos pedidos

de registro de emissor contido no art. 6º da Instrução CVM nº 480/09, que tenham sido

apresentados com concomitante pedido de registro de oferta pública, passando para até 180

(cento e oitenta) dias úteis, mantendo as demais disposições do referido artigo; e

(v) que esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação e será revista em 30 dias corridos

da presente data.

Original assinado por

MARCELO BARBOSA

Presidente

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2.5 Portaria CVM/PTE/n° 31 – Atendimento e Regime de Trabalho dos Servidores

PORTARIA CVM/PTE/Nº 31, DE 17 DE MARÇO DE 2020

O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, no uso das atribuições que lhe são

conferidas pelo art. 17, item V do Regimento Interno, aprovado pela Portaria MF nº 327, de 11 de julho

de 1977, e com base nas Orientações Normativas Nº 19 - ME de 12 de março de 2020, Nº 20 - ME de

13 de março de 2020 e Nº 21 - ME de 16 de março de 2020, que estabelecem orientações aos órgãos

e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública Federal - SIPEC, quanto às medidas

de proteção para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional

decorrente do Coronavírus (COVID-19),

Resolve:

Iniciar, a partir de 17/03/2020, o regime de trabalho remoto para os servidores enquadrados nas seguintes situações:

Grupo de Risco

• indivíduos acima de 60 anos;

• portadores de doenças crônicas (cardiológicas, respiratórias, endocrinológicas, etc.);

• imunodeprimidos (doenças autoimunes, em vigência de quimioterapia ou radioterapia,

transplantados, uso regular de imunossupressores, etc.);

• gestantes; - lactantes.

Grupo Prioritário

• com filhos em idade escolar, e que não possuam meios para mantêlos sob cuidados em

seu lar, tornando indispensável a presença do servidor fora do ambiente de trabalho;

• que possuem idosos em sua residência sob seus cuidados exclusivos.

Servidores lotados na Regional São Paulo

• mediante negociação com os respectivos gestores, desde que não haja prejuízos às

atividades desenvolvidas pela CVM, tendo em vista a maior propagação da pandemia no

município de São Paulo.

(vi) Estender, a partir de 18/03/2020, o regime de trabalho remoto para todos os servidores, mediante

negociação com os respectivos gestores, desde que não haja prejuízo às atividades

desenvolvidas pela CVM.

(vii) Definir a Gerência de Recursos Humanos - GAH/SAD como área responsável pela gestão da

comprovação dos enquadramentos previstos no item I, que poderá ser realizada mediante

autodeclaração.

(viii) Definir a Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos - ASA como área responsável

pelo acompanhamento e avaliação da efetividade da realização das atividades consideradas

essenciais ou estratégicas, enquanto durar o regime de trabalho remoto.

(ix) Suspender, a partir do dia 17/03/2020, o atendimento presencial na Sede e nas Regionais da

CVM.

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(x) Limitar, a partir de 18/03/2020, os atendimentos telefônicos ao canal atualmente disponibilizado

mediante o número 0800-025-9666 (SAC - Serviço de Atendimento ao Cidadão), permanecendo

ativo apenas o atendimento ao público por e-mail ou outro meio eletrônico.

(xi) Suspender, a partir de 18/03/2020, o recebimento de documentos físicos no Protocolo da CVM,

devendo os interessados utilizar o serviço de Protocolo Digital.

(xii) Os documentos porventura recebidos pelos Correios somente serão distribuídos às áreas

responsáveis após finda a situação emergencial de saúde pública decorrente do Coronavírus

(COVID-19).

(xiii) Suspender a realização presencial das sessões de julgamento, as quais deverão ser realizadas

por meios eletrônicos, desde que garantido o acesso às partes e a participação dos respectivos

advogados.

(xiv) Suspender a realização presencial de reuniões internas ou externas, inclusive as do Colegiado,

as quais devem ser realizadas por meios eletrônicos.

(xv) Suspender a realização de viagens internacionais.

(xvi) Determinar às áreas técnicas que mantenham apenas as viagens nacionais que forem

imprescindíveis

(xvii) Suspender o acréscimo de produtividade estabelecido nos planos de trabalho dos servidores que

já estavam enquadrados no regime de teletrabalho previsto na Portaria CVM/PTE/Nº 42, de 04

de abril de 2018.

(xviii) O prazo de vigência das medidas estabelecidas nesta Portaria é indeterminado, podendo ser

revogadas total ou parcialmente em função da evolução da pandemia do COVID-19 e seus

impactos.

(xix) Esta portaria entra em vigor a partir de 17/03/2020.

Documento assinado eletronicamente por Marcelo Santos Barbosa, Presidente, em 17/03/2020, às

21:54, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

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2.6 Ofício-Circular n° 03/2020-CVM/SRE – Interpretação do art. 48 da Instrução CVM 400/03

Ofício-Circular nº 3/2020-CVM/SER

Rio de Janeiro, 18 de março de 2020.

Assunto: Interpretação do art. 48 da Instrução CVM nº 400/03 à luz da edição da Deliberação CVM

nº 846/2020

Prezados Senhores,

1 Em face da edição da Deliberação CVM nº 846/2020 no dia 16/03/2020 (“Deliberação 846”),

apresentamos esclarecimentos adicionais com relação às disposições contidas no art. 48 da

Instrução CVM n° 400/03 (“ICVM 400”).

2 Nesse sentido, informamos que diante da situação extraordinária que ensejou a edição da

referida deliberação e levando em consideração o longo intervalo de tempo em que as análises

poderão ficar interrompidas, entende-se que para as ofertas em que haja protocolo de pedido de

interrupção de análise, nos termos do art. 10 da ICVM 400 c/c a Deliberação 846, a expressão

“decidida ou projetada” contida no caput do art. 48 da ICVM 400 será considerada,

excepcionalmente, como o momento em que haja a decisão, por parte do ofertante, de retomar

a análise do pedido de registro da oferta pública de distribuição.

3 Dessa forma, ao decidir pela interrupção da oferta, o ofertante deverá, além de protocolar

requerimento na CVM, comunicar ao mercado tal decisão pelos meios aplicáveis ao caso,

devendo adotar o mesmo procedimento ao deliberar pela retomada da oferta ou pelo seu

cancelamento definitivo, sendo que no caso de retomada, a comunicação ao mercado sobre tal

decisão será considerada para fins da delimitação a que se refere o art. 48 da ICVM 400.

Atenciosamente, (assinado eletronicamente)

LUIS MIGUEL R. SONO

Superintendente de Registro de Valores Mobiliários

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2.7 Deliberação CVM nº 848 – Prorroga determinados prazos com vencimento no exercício de

2020

DELIBERAÇÃO CVM nº 848, DE 25 MARÇO DE 2020

Prorroga determinados prazos com vencimento no exercício de 2020 previstos em regulamentação

editada pela CVM, bem como o término do período de vacância da Instrução CVM nº 617, de 6 de

dezembro de 2019, dispõe sobre a suspensão dos prazos dos processos administrativos sancionadores,

de que trata a Medida Provisória n° 928, de 2020, enquanto perdurar o estado de calamidade de que

trata o Decreto Legislativo nº 6, de 2020, e promove alterações temporárias na Instrução CVM nº 476,

de 16 de janeiro de 2009 e na Instrução CVM nº 566, de 31 de julho de 2015.

O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM, com base no art. 8, inciso I, da

Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, no art. 6-C da Lei 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, com

redação dada pela Medida Provisória nº 928, de 23 de março de 2020, e no uso da competência que lhe

conferem os arts. 16, inciso XI, e 17, inciso XIII, do Regimento Interno, aprovado pela Portaria nº 327,

de 11 de julho de 1977, do Ministro da Fazenda, torna público que o Colegiado, em reunião realizada

nesta data, e considerando que:

(i) diariamente se observa a ampliação de medidas restritivas, relacionadas principalmente ao fluxo

de pessoas, impostas pelos governos de diversos países em face da ampla e corrente

disseminação do novo coronavírus, causador da Covid-19, sendo notórios os severos impactos

para a atividade econômica que decorrerão de tais medidas;

(ii) as medidas restritivas mencionadas têm impactos adversos e inesperados na elaboração e

envio, por parte de agentes de mercado, de informações periódicas exigidas, bem como no

cumprimento de outros prazos e obrigações previstas na regulamentação editada pela CVM; e

(iii) à luz do interesse público, cabe à CVM contribuir para mitigação dos referidos impactos por meio

de prorrogações ou ampliações temporárias de prazos regulamentares, ao mesmo tempo em

que assegura o pleno funcionamento em suas atividades de regulação, supervisão e fiscalização

do mercado de capitais e seus diversos participantes;

Deliberou:

explicitar estarem suspensos, por força do art. 6-C da Lei 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, com redação dada pela Medida Provisória n° 928, de 2020, enquanto perdurar o estado de calamidade de que trata o Decreto Legislativo nº 6, de 2020, os prazos processuais que transcorram em desfavor dos acusados em processos administrativos sancionadores, em especial aqueles previstos no inciso II do § 2º e inciso IV do § 3° do art. 23, no inciso I do § 2° do art. 24, no caput do art. 29, no parágrafo único do art. 38, no § 1º do art. 39, no caput do art. 46, no caput do art. 47, no caput do art. 70 e no § 1º do art. 74, nos §§ 5º e 6º do art. 83 da Instrução da CVM nº 607, de 17 de junho de 2019; (iv) postergar o vencimento das prestações dos parcelamentos deferidos na forma da Deliberação

CVM nº 447, de 24 de setembro de 2002, e celebrados na fase administrativa, para o dia 31 de

julho de 2020, a partir das prestações com vencimento em 31 de março de 2020;

(v) suspender, até 31 de julho de 2020, a emissão de notificações de lançamento, excetuando-se

as hipóteses que poderão resultar na configuração de decadência ou prescrição do crédito

tributário, conforme o disposto no inciso V do art. 156 da Lei nº 5.172, de 25 e outubro de 1966;

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(vi) suspender, pelo prazo de 4 (quatro) meses, a eficácia do art. 9º da Instrução CVM nº 476, de 16

de janeiro de 2009, e do parágrafo único do art. 6º da Instrução CVM nº 566, de 31 de julho de

2015;

(vii) postergar, por 120 dias, o vencimento das obrigações assumidas em Termos de Compromisso

celebrados pela CVM não quitadas cujos vencimentos ainda não tenham ocorrido até a data de

publicação da presente Deliberação, com exceção das obrigações de afastamento, tendo em

vista o disposto no § 3º do art. 3º da Deliberação CVM Nº 390, de 8 de maio de 2001, mantida a

eventual atualização monetária prevista em cada Termo;

(viii) prorrogar por 30 (trinta) dias, a partir da data de publicação desta Deliberação, o prazo para envio

das demonstrações financeiras auditadas de todos os fundos de investimento regulados por esta

Autarquia e dos patrimônios separados de Certificados de Recebíveis Imobiliários e do

Agronegócio emitidos por companhias securitizadoras registradas na CVM;

(ix) prorrogar, por 3 (três) meses, os prazos abaixo listados que estejam previstos para se encerrar

ou que venham a se iniciar enquanto perdurar o estado de calamidade de que trata o Decreto

Legislativo nº 6, de 2020:

(a) o prazo previsto no inciso VI do art. 12 da Instrução CVM nº 265, de 18 de julho de 1997;

(b) o prazo previsto no art. 16 da Instrução CVM nº 308, de 14 de maio de 1999;

(c) o prazo previsto no inciso I do art. 26 da Instrução CVM nº 356, de 17 de dezembro de

2001;

(d) o prazo previsto no art. 43 da Instrução CVM nº 398, de 28 de outubro de 2003;

(e) o prazo previsto no inciso I do art. 38 da Instrução CVM nº 399, de 21 de novembro de

2003;

(f) o prazo previsto no art. 4º, § 5º da Instrução CVM nº 505, de 27 de setembro de 2011;

(g) o prazo previsto no inciso II do art. 1º da Instrução 510, de 5 de dezembro de 2011;

(h) o prazo previsto no caput do art. 22 da Instrução CVM nº 541, de 20 de dezembro de

2013;

(i) o prazo previsto no caput do art. 17 da Instrução CVM nº 542, de 20 de dezembro de

2013;

(j) o prazo previsto no caput do art. 29 da Instrução CVM nº 543, de 20 de dezembro de

2013;

(k) os prazos previstos no inciso V, “b”, do art. 56 e no caput do art. 68 da Instrução CVM nº

555, de 17 de dezembro de 2014;

(l) os prazos previstos no § 5º do art. 1º, no caput do art. 15 e no caput do art. 22 da

Instrução CVM 558, de 26 de março de 2015;

(m) os prazos previstos no inciso I do art. 24 e no inciso II do art. 46 da Instrução CVM nº

578, de 30 de agosto de 2016; e

(n) o prazo previsto no caput do art. 14 da Instrução CVM 592, de 17 de novembro de 2017;

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(x) estabelecer que ficam dobrados os prazos adiante listados que estejam previstos para se

encerrar ou que venham a se iniciar enquanto perdurar o estado de calamidade de que trata o

Decreto Legislativo nº 6, de 2020:

(a) os prazos previstos nos incisos II, III e IV do art. 30-B, no art. 31 e no art. 33 da Instrução

CVM nº 279, de 14 de maio de 1998;

(b) o prazo previsto no caput e no parágrafo único do art. 28 da Instrução CVM nº 280, de

14 de maio de 1998;

(c) os prazos previstos no caput do art. 17 e no § 9º do art. 31-C da Instrução CVM nº 308,

de 14 de maio de 1999;

(d) os prazos previstos no parágrafo único do art. 26, no caput do art. 40, no caput do art.

47, no caput do art. 57 e no parágrafo único do art. 57-A da Instrução CVM nº 356, de

17 de dezembro de 2001;

(e) os prazos previstos no parágrafo único do art. 31, no parágrafo único do art. 34, no caput

e § 4º do art. 35, no inciso II, “b”, do art. 43, no § 4º do art. 58, no caput e § único do art.

68, no caput do art. 69, no caput e § único do art. 70 da Instrução CVM nº 359, de 22 de

janeiro de 2002;

(f) os prazos previstos no § 1º do art. 28, no caput do art. 29, no parágrafo único do art. 39,

no caput do art. 85 e no caput e do art. 87 da Instrução CVM nº 398, de 28 de outubro

de 2003;

(g) os prazos previstos no caput do art. 17, no parágrafo único do art. 32, no caput do art.

37, no § 1º do art. 38, no parágrafo único do art. 40, no caput do art. 42, no § 1º do art.

50, no caput do art. 62, no caput do art. 64, no inciso I do art. 65 e no caput do art. 73

da Instrução CVM nº 399, de 21 de novembro de 2003;

(h) o prazo previsto no inciso I do art. 7º da Instrução CVM nº 401, de 29 de dezembro de

2003;

(i) os prazos previstos nos §§ 2º e 3º do art. 2º e nos incisos II, III e IV do art. 3º da Instrução

CVM nº 423, de 28 de setembro de 2005;

(j) o prazo previsto no caput do art. 36 da Instrução CVM nº 462, de 26 de novembro de

2007;

(k) os prazos previstos no parágrafo único do art. 4º, no § 1º do art. 17-A, no § 1º do art. 26-

A, nos incisos I e VII do art. 39, nos incisos II e VII do art. 41, e no inciso I do art. 51 da

Instrução CVM nº 472, de 31 de outubro de 2008;

(l) o prazo previsto no parágrafo único do art. 2º da Instrução CVM nº 504, de 21 setembro

de 2011;

(m) o prazo previsto no inciso I do art. 1º da Instrução CVM nº 510, de 5 de dezembro de

2011;

(n) os prazos previstos no inciso II do § 2º e nos §§ 3º e 8º do art. 22, no § 1º do art. 24, no

caput do art. 26, no caput do art. 28, no § 2º do art. 39, no § 1º do art. 47, no inciso II do

art. 59, no parágrafo único do art. 69, no § 2º do art. 71, no caput do art. 77, no caput e

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§ 1º do art. 94, no caput e § 1º do art. 105, no § 2º do art. 134, no caput do art. 138, no

caput e § 6º do art. 139 e no caput e parágrafo único do art. 140 da Instrução CVM nº

555 de 17 de dezembro de 2014;

(o) os prazos previstos nos incisos I e II do art. 14 da Instrução CVM nº 560, de 27 de março

de 2015;

(p) os prazos previstos no § 5º do art. 11, no § 1º do art. 25, no caput do art. 42, no inciso I

do art. 52 da Instrução CVM nº 578, de 30 de agosto de 2016;

(q) os prazos previstos nos incisos I e IX-A da Deliberação CVM nº 463, de 25 de julho de

2003;

(xi) prorrogar, para 1º de outubro de 2020, o término do período de vacância para a entrada em vigor

dos dispositivos ainda não vigentes da Instrução CVM nº 617, de 5 de dezembro de 2019; e

(xii) que esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Original assinado por

MARCELO BARBOSA

Presidente

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2.8 Deliberação n° 849 – Estabelece prazos para apresentação de informações

DELIBERAÇÃO CVM Nº 849, DE 31 DE MARÇO DE 2020

Estabelece o prazo para apresentação, pelas companhias abertas, de informações com vencimento no

exercício de 2020 e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM, com base no art. 8, inciso I, da

Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, nos arts. 1º e 3º da Medida Provisória nº 931, de 30 de março

de 2020, e no uso da competência que lhe conferem os arts. 16, inciso XI, e 17, inciso XIII, do Regimento

Interno, aprovado pela Portaria nº 327, de 11 de julho de 1977, do Ministro da Fazenda, torna público

que o Colegiado, em reunião realizada nesta data, e considerando que:

(i) diariamente se observa a ampliação de medidas restritivas, relacionadas principalmente ao fluxo

de pessoas, impostas pelos governos de diversos países em face da ampla e corrente

disseminação do novo coronavírus, causador da Covid-19, sendo notórios os severos impactos

para a atividade econômica que decorrerão de tais medidas;

(ii) as medidas restritivas mencionadas têm impactos adversos e inesperados na produção de

informações e realização de atos societários ordinários de funcionamento das sociedades

anônimas previstos na Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

(iii) em vista desta circunstância, foi editada a Medida Provisória nº 931, de 2020, que prorroga o

prazo máximo para a realização de assembleias gerais ordinárias e confere competência à CVM

para excepcionalmente, durante o exercício de 2020, prorrogar prazos fixados na Lei n° 6.404,

de 1976;

(iv) à luz do interesse público, cabe à CVM contribuir para a mitigação dos impactos adversos acima

referidos, ao mesmo tempo em que promove o adequado funcionamento do mercado de capitais

por meio de suas atividades de regulação, supervisão e fiscalização;

Deliberou:

I – determinar, com base no art. 3º, parágrafo único, da Medida Provisória nº 931, de 2020, que as

companhias abertas com exercícios sociais findos entre 31 de dezembro de 2019 e 31 de março de 2020

apresentem as correspondentes demonstrações financeiras em até 5 (cinco) meses a contar do término

do respectivo exercício social;

II – determinar, com base no art. 3º, caput, da Medida Provisória nº 931, de 2020, que o relatório anual

previsto no art. 68, § 1º, “b”, da Lei n° 6.404, de 1976, referente às companhias abertas com exercícios

sociais findos entre 31 de dezembro de 2019 e 31 de março de 2020 seja apresentado em até 6 (seis)

meses após o término do respectivo exercício social;

III – prorrogar, por 2 (dois) meses, os prazos abaixo listados que se encerrem ou venham a se iniciar no

exercício de 2020: a) os prazos previstos nos seguintes dispositivos da Instrução CVM nº 480, de 7 de

dezembro de 2009: 1. no parágrafo único do art. 23; 2. no § 1º do art. 24; 3. no § 2º do art. 25, em relação

aos emissores nacionais; 4. na alínea “a” do inciso II do caput do art. 28; 5. no § 1º do art. 29-A; b) o

prazo previsto no art. 15 da Instrução CVM nº 583, de 20 de dezembro de 2016;

IV – prorrogar por 45 (quarenta e cinco) dias o prazo previsto no inciso II do caput do art. 29 da Instrução

CVM nº 480, de 2009, com relação ao formulário de informações trimestrais referente ao primeiro

trimestre do exercício social das companhias com exercício social findo em 31 de dezembro de 2019;

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V – prorrogar, por 3 (três) meses, o prazo previsto no art. 7º, § 2º, da Instrução CVM nº 539, de 13 de

novembro de 2013;

VI – autorizar que todos os fundos de investimento regulamentados pela CVM realizem assembleias

gerais, ordinárias ou extraordinárias, de forma virtual, independentemente de previsão em regulamento,

para todas as matérias elegíveis ao longo do exercício de 2020, desde que seja dada ciência e seja

facultada a participação dos cotistas nos prazos previstos da regulamentação vigente;

VII – autorizar que as demonstrações financeiras de todos os fundos de investimento regulamentados

pela CVM, relativas aos exercícios sociais encerrados entre 31 de dezembro de 2019 e 31 de março de

2020, possam ser consideradas automaticamente aprovadas caso a assembleia correspondente,

convocada nos termos do inciso VI, não seja instalada em virtude do não comparecimento de quaisquer

investidores, desde que o relatório de auditoria correspondente não contenha opinião modificada;

VIII – suspender, pelo prazo de 4 (quatro) meses, a eficácia do art. 13 da Instrução CVM nº 476, de 16

de janeiro de 2009, quando, alternativa ou cumulativamente:

(i) o adquirente for investidor profissional; e

(ii) tratar-se de valor mobiliário emitido por companhia registrada na CVM;

IX – que esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Original assinado por

MARCELO BARBOSA

Presidente

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2.9 Ofício Circular CVM/SRE nº 04/2020 - Esclarecimentos acerca dos itens IV da Deliberação

CVM nº 848/20 e VIII da Deliberação CVM nº 849/20

Ofício-Circular CVM/SRE nº04/2020

Rio de Janeiro, 09 de abril de 2020

Assunto: Esclarecimentos acerca dos itens IV da Deliberação CVM nº 848/20 e VIII da Deliberação

CVM nº 849/20

Prezados Senhores,

1 Em face da edição das Deliberações CVM nº 848/2020 e 849/2020, nos dias 25 e 31/03/2020,

respectivamente (“Deliberação 848” e “Deliberação 849”), apresentamos esclarecimentos que

entendemos pertinentes no tocante aos aspectos relativos à Instrução CVM nº 476/09 ("Instrução

CVM 476").

2 Nos termos do item IV da Deliberação 848, foi suspensa, pelo prazo de 4 meses, a eficácia do

art. 9º da Instrução CVM 476, que trata da vedação à realização de nova oferta pública de

distribuição com dispensa de registro de oferta, da mesma espécie de valores mobiliários e do

mesmo emissor, em prazo inferior a 4 meses contados da data do encerramento ou do

cancelamento da oferta anterior.

3 Nesse sentido, informamos que a suspensão mencionada alcança todas as ofertas públicas de

valores mobiliários distribuídas com esforços restritos iniciadas durante a vigência do item IV da

Deliberação 848, ou seja, iniciadas no período de 27/03/2020 a 27/07/2020, desde que eventual

oferta imediatamente anterior já tenha sido encerrada. Ofertas iniciadas após o término da

vigência do referido item deverão respeitar a vedação do art. 9ª contando o prazo a partir do

encerramento da oferta imediatamente anterior.

4 No tocante à suspensão, pelo prazo de 4 meses, da eficácia do art. 13 da Instrução CVM 476

(item VIII da Deliberação 849), dispositivo que prevê que os valores mobiliários ofertados

somente podem ser negociados nos mercados regulamentados de valores mobiliários depois de

decorridos 90 dias de cada subscrição ou aquisição pelos investidores, é importante esclarecer

que a referida suspensão de efeitos somente é válida para os valores mobiliários objeto de

ofertas públicas distribuídas com esforços restritos subscritos ou adquiridos (i) antes da vigência

da Deliberação 849, iniciada em 01/04/2020, desde que ainda aplicável a regra de lockup de

negociação de 90 dias previsto no art. 13 ou (ii) durante o período de vigência do item VIII da

Deliberação 849, ou seja, de 01/04/2020 até 01/08/2020 (inclusive).

5 Importante observar que em uma mesma oferta pública de distribuição é possível que a

subscrição ou aquisição dos valores mobiliários ofertados se prolongue no tempo, fazendo com

que eventualmente ocorram subscrições durante ou após a vigência da Deliberação 849. Deste

modo, esclarecemos que os valores mobiliários subscritos ou adquiridos durante a vigência da

Deliberação 849 deixarão de estar sujeitos à regra de lockup de negociação de 90 dias prevista

no art. 13 da ICVM 476, nos termos do item VIII da Deliberação 849, e assim permanecerão,

ainda que o prazo original de lockup se prolongue para além da vigência da citada deliberação.

Por outro lado, valores mobiliários dessa mesma distribuição, subscritos ou adquiridos após a

vigência da Deliberação 849, ou seja, a partir de 02/08/2020 (inclusive) estarão sujeitos à regra

de lockup prevista no art. 13 da ICVM 476. Nesse sentido, inclusive, alertamos ser importante

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que tal situação seja adequadamente informada aos investidores no âmbito dos esforços de

colocação.

6 Por fim, esclarecemos que para os valores mobiliários ofertados por emissores registrados na

CVM, o mencionado item VIII suspende integralmente a eficácia do art. 13 da Instrução CVM

476. Entretanto, para os valores mobiliários ofertados por emissores não registrados na CVM,

considera-se suspensa a eficácia do art. 13 da Instrução CVM 476 apenas para as negociações

em que adquirentes forem investidores profissionais.

Atenciosamente,

ELAINE MOREIRA M. DE LA ROCQUE

Superintendente de Registro de Valores Mobiliários (em exercício)

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3 Conselho Monetário Nacional (CMN) e Banco Central do Brasil (BACEN)

3.1 Resolução n° 4.782 – Reestruturações de Operações de Créditos

RESOLUÇÃO N° 4.782, DE 16 DE MARÇO DE 2020

Estabelece, por tempo determinado, em função de eventuais impactos da Covid-19 na economia,

critérios temporários para a caracterização das reestruturações de operações de crédito, para fins de

gerenciamento de risco de crédito.

O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público

que o Conselho Monetário Nacional, em sessão extraordinária realizada em 16 de março de 2020, com

base nos arts. 4º, inciso VIII, da referida Lei, 2º, inciso VI, e 9º da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965,

20, § 1º, da Lei nº 4.864, de 29 de novembro de 1965, 7º e 23, alínea “a”, da Lei nº 6.099, de 12 de

setembro de 1974, 1º, inciso II, da Lei nº 10.194, de 14 de fevereiro de 2001, 6º do Decreto-Lei nº 759,

de 12 de agosto de 1969, e 1º, § 1º, da Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009,

Resolveu:

Art. 1º Para fins do gerenciamento do risco de crédito, as reestruturações de operações de crédito

realizadas até 30 de setembro de 2020, inclusive, ficam dispensadas de observar o disposto nos incisos

I e III do § 1º do art. 24 da Resolução nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017.

§ 1º O disposto no caput não se aplica à reestruturação de operações:

I - já caracterizadas como ativos problemáticos na data de publicação desta Resolução; ou

II - com evidências de ausência de capacidade financeira da contraparte para honrar a obrigação

nas novas condições pactuadas.

§ 2º Deve ser mantida à disposição do Banco Central do Brasil por cinco anos a documentação

de análise de crédito relativa às reestruturações realizadas no âmbito desta Resolução.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROBERTO DE OLIVEIRA CAMPOS NETO

Presidente do Banco Central do Brasil

Este texto não substitui o publicado no DOU de 17/3/2020, Seção 1, p. 23, e no Sisbacen.

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3.2 Circular n° 3.991 – Horário de atendimento de Instituições Financeiras

CIRCULAR N° 3.991, DE 19 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre o horário de atendimento ao público nas dependências das instituições financeiras e

demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil enquanto perdurar a situação

de risco à saúde pública decorrente do novo Coronavírus (Covid-19).

A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em 19 de março de 2020, com

base no art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e tendo em vista o art. 7º, inciso II, da

Resolução nº 2.932, de 28 de fevereiro de 2002,

Resolve:

Art. 1º Assegurada a prestação dos serviços essenciais à população, as instituições financeiras e demais

instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem *ajustar o horário de

atendimento ao público de suas dependências enquanto perdurar, no País, a situação de risco à saúde

pública *decorrente do novo Coronavírus (Covid-19), dispensada a antecedência de comunicação de

alteração, de que trata o art. 4º da Resolução nº 2.932, de 28 de fevereiro de 2002.

Parágrafo único. Os bancos múltiplos com carteira comercial, os bancos comerciais e as caixas

econômicas estão dispensados do cumprimento, em suas agências, do horário obrigatório e

ininterrupto de que trata o art. 1º, § 1º, inciso I, da Resolução nº 2.932, de 2002.

Art. 2º As instituições de que trata o art. 1º devem afixar aviso em local visível em suas dependências,

bem como comunicar os clientes, pelos demais canais de atendimento disponíveis, sobre o horário de

atendimento e caso venham a instituir limitação de quantidade de clientes e usuários ou outras condições

especiais de acesso às suas dependências, destinadas a evitar aglomeração de pessoas.

Art. 3º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação.

OTÁVIO RIBEIRO DAMASO

Diretor de Regulação

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3.3 Carta Circular n° 4.017 – Protocolo Digital

CARTA CIRCULAR N° 4.017, DE 20 DE MARÇO DE 2020

Estabelece procedimento de encaminhamento de documentos para instrução dos pleitos relativos às

autorizações cuja análise técnica tenha sido atribuída ao Departamento de Organização do Sistema

Financeiro (Deorf), nos termos do Regimento Interno desta Autarquia, por meio do Protocolo Digital do

Banco Central.

O Chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro (Deorf), no uso da atribuição que lhe

confere o art. 23, inciso I, alínea “a”, do Regimento Interno do Banco Central do Brasil, anexo à Portaria

nº 84.287, de 27 de fevereiro de 2015,

Resolve:

Art. 1º Para fins de instrução dos pleitos relativos a autorizações cuja análise técnica seja realizada

pelo Deorf, na forma do Regimento Interno do Banco Central do Brasil, as instituições financeiras, as

demais instituições por ele autorizadas a funcionar e as instituições integrantes do Sistema de

Pagamentos Brasileiro (SPB) deverão encaminhar os documentos e as informações necessárias por

meio do Protocolo Digital do Banco Central (Protocolo Digital).

Art. 2º Na instrução dos pleitos referidos no art. 1º, o interessado deverá:

I - acessar o Protocolo Digital com a conta de usuário institucional;

II – adotar as seguintes providências na tela do sistema:

a) preencher o campo “Descrição”, mediante a utilização dos seguintes componentes, no

formato “xx.xxx.xxx - Instituição - assunto”, sendo que o componente:

1. “xx.xxx.xxx” deve corresponder ao número de inscrição (oito primeiros dígitos) da instituição

no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);

2. “Instituição” deve corresponder à denominação social da instituição que apresentar o pleito;

e

3. “assunto” deve corresponder ao tipo de pleito de autorização apresentado, conforme

especificado no Anexo I a esta Carta Circular;

b) selecionar “Autorizações e Licenciamentos para Instituições Supervisionadas e para

Integrantes do SPB”, no campo “Selecione um assunto”; e

c) selecionar, no campo “Destino”, o componente organizacional do Deorf ao qual o pleito deve

ser apresentado, conforme relação contida no Anexo II a esta Carta Circular; e

III – enviar um único arquivo, no formato PDF/A, contemplando todos os documentos previstos

na regulamentação específica.

§ 1º Os documentos deverão ser inseridos no arquivo referido no inciso III do caput,

preferencialmente, na ordem em que estiverem apresentados na lista de documentos e

informações necessários à instrução de processo, constante da regulamentação relativa ao tipo

de pleito de autorização a ser apresentado, observado o disposto nos §§ 3º e 4º, quando

aplicáveis.

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§ 2º Na hipótese de apresentação de requerimento relativo a pleitos referidos nos itens I e II do

Anexo I a esta Carta Circular:

I - o acesso ao Protocolo Digital deverá ser realizado com a conta de usuário pessoa física (perfil

cidadão); e

II - o campo “Descrição” deverá ser preenchido mediante a utilização dos seguintes

componentes, no formato “xxx.xxx.xxx-xx - Requerente - assunto”, sendo que o componente:

a) “xxx.xxx.xxx-xx” deve corresponder ao número de inscrição completo do representante da

requerente no Cadastro de Pessoa Física (CPF);

b) “Requerente” deve corresponder à denominação social pretendida para a instituição ou

integrante do SPB que apresentar o pleito; e

c) “assunto” deve corresponder ao tipo de pleito de autorização apresentado, nos termos dos

itens I e II do Anexo I a esta Carta Circular; eIII - o arquivo encaminhado deverá observar o

disposto nas alíneas “b” e “c” do inciso II e o inciso III do caput e nos §§ 1º, 3º e 4º, quando

aplicável o particionamento referido nesses dois últimos dispositivos.

§ 3º Na hipótese de o arquivo com os documentos para a instrução dos pleitos superar o tamanho

máximo permitido pelo sistema, o arquivo deverá ser particionado, devendo, nesse caso, o

campo “Descrição” ser preenchido mediante a utilização do formato “xx.xxx.xxx -Instituição -

assunto - Parte 1”, “xx.xxx.xxx - Instituição - assunto - Parte 2”, e assim sucessivamente.

§ 4º Na hipótese prevista no parágrafo anterior, todos os arquivos subsequentes deverão ser

associados ao primeiro arquivo protocolado, sendo o arquivo:

I - “xx.xxx.xxx - Instituição - assunto - Parte 1”, para os pleitos referidos no caput; e

II - “xxx.xxx.xxx-xx - Requerente - assunto - Parte 1”, para os pleitos referidos no § 2º.

Art. 5º Ficam revogados:

I - o art. 4º da Carta Circular nº 3.949, de 30 de abril de 2019;

II - o Comunicado n° 34.669, de 12 de novembro de 2019.

Art. 6º Esta Carta Circular entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ REYNALDO DE ALMEIDA FURLANI

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ANEXO I À CARTA CIRCULAR Nº 4.017, DE 20 DE MARÇO DE 2020

Relação dos pleitos cuja análise técnica tenha sido atribuída ao Departamento de Organização do

Sistema Financeiro (Deorf), nos termos do Regimento Interno do Banco Central do Brasil

(i) autorização para funcionamento, no caso das sociedades de crédito direto, das sociedades de

empréstimo entre pessoas, das sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de

pequeno porte e de arranjos de pagamento, de sistemas de liquidação, inclusive sob a forma de

depósito centralizado, câmaras e prestadoras de serviços de compensação e de liquidação e de

sistemas de registro de ativos financeiros, no âmbito do SPB;

(ii) autorização para constituição e funcionamento, no caso das demais instituições financeiras e

das demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil;

(iii) autorização para funcionamento, no caso das instituições de pagamento;

(iv) autorização para alterações de regulamentos relacionadas com os aspectos indicados no artigo

22 do Regulamento anexo à Circular nº 3.057, de 31.8.2001, ou no parágrafo 3º do artigo 3º do

Regulamento anexo à Circular nº 3.743, de 8.1.2015, no caso de sistemas integrantes do SPB;

(v) autorização para os arranjos de pagamento integrantes do SPB autorizados a funcionar pelo

Banco Central do Brasil, para alterações de documentos e de informações requeridos no pedido

de autorização para funcionamento, quando se referirem aos aspectos relacionados nos incisos

de I a VI e parágrafo único do art. 18 do Regulamento anexo à Circular nº 3.682, de 4.11.2013;

(vi) autorização, no caso de instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar

pelo Banco Central do Brasil, dos seguintes assuntos:

(a) alteração do capital social;

(b) transferência da sede social para outro município;

(c) alteração do objeto social para outro tipo de instituição integrante do sistema financeiro

nacional;

(d) criação ou cancelamento de carteira operacional de banco múltiplo;

(e) mudança de categoria de cooperativa de crédito;

(f) prática de operações de câmbio, de crédito rural ou de arrendamento mercantil;

(g) prestação de serviços de pagamentos;

(h) alteração da denominação social;

(i) alteração dos estatutos sociais ou dos contratos sociais;

(j) transferência ou qualquer outro tipo de alteração no controle societário da instituição, de

forma direta ou indireta;

(k) ingresso de acionista ou quotista com participação qualificada, assunção da condição de

acionista ou quotista titular de participação qualificada e expansão da participação

qualificada;

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(l) fusão, incorporação, cisão ou desmembramento, inclusive de instituição financeira ou

assemelhada subsidiária ou objeto de participação societária, direta ou indireta, no

exterior;

(m) transformação societária;

(n) instalação de agências no país e de dependências no exterior;

(o) alocação de recursos para dependências no exterior;

(p) constituição de subsidiária no exterior;

(q) participação em outras empresas direta ou indiretamente, no país e no exterior, para

subscrição de aumento de capital e para aumento da posição relativa no capital;

(r) funcionamento, alteração do regulamento interno e cancelamento da autorização para

funcionamento de filiais, no País, de instituições financeiras sediadas no exterior;

(s) representação, no País, de instituições financeiras ou assemelhadas sediadas no

exterior, bem como o cancelamento dessa autorização, o credenciamento e o

descredenciamento de representantes dessas instituições;

(t) elegibilidade de instrumentos de capital e de dívida para composição do Patrimônio de

Referência – PR, na qualidade de Capital Principal, Complementar e Nível II, de que trata

a Resolução nº 4.192, de 1º de março de 2013;

(u) recompra ou resgate, pelo emissor, dos instrumentos autorizados a compor o Patrimônio

de Referência-PR, de que trata a Resolução nº 4.192, de 1º de março de 2013;

(v) acordo de acionistas ou de quotistas;

(w) autorização para atuar em nova modalidade de instituição de pagamento;

(x) alteração da estrutura de cargos de administração prevista no estatuto ou contrato social

de instituição de pagamento.

(vii) demais pleitos especificados no Manual de Organização do Sistema Financeiro – Sisorf,

disponível para acesso na página do Banco Central do Brasil na internet:

(a) Sisorf 3.4.20.20 (instituições financeiras e demais instituições regidas pela Lei nº 4.595,

de 31.12.1964, exceto cooperativas de crédito);

(b) Sisorf 3.4.20.30 (cooperativas de crédito);

(c) Sisorf 3.4.20.40 (administradoras de consórcio);

(d) Sisorf 3.4.20.50 (instituições de pagamento);

(e) Sisorf 3.4.20.52 (arranjos de pagamento);

(f) Sisorf 3.4.20.60 (infraestruturas de mercado financeiro);

(g) Sisorf 3.4.20.70 (outros segmentos).

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ANEXO II À CARTA CIRCULAR Nº 4.017, DE 20 DE MARÇO DE 2020

Relação das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central

do Brasil, inclusive integrantes do SPB e dos componentes organizacionais do Deorf para os quais

devem ser destinados os documentos e informações para a instrução dos pleitos:

1 Administradoras de consórcio

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Gerência Técnica em Curitiba

(GTCUR)

Todas as unidades da Federação, exceto administradoras

integrantes de conglomerado financeiro cuja instituição líder tenha

sede no estado de São Paulo

Gerência Técnica em São Paulo

(GTSPA)

Administradoras integrantes de conglomerado financeiro cuja

instituição líder tenha sede no estado de São Paulo

2 Bancos

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Divisão de Organização do

Sistema Financeiro (Difin)

Distrito Federal, exceto bancos cooperativos

Gerência Técnica em Belo

Horizonte (GTBHO)

Goiás, Minas Gerais, Tocantins e bancos cooperativos sediados no

Distrito Federal

Gerência Técnica em Curitiba

(GTCUR)

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná

Gerência Técnica em Porto

Alegre (GTPAL)

Rio Grande do Sul e Santa Catarina

Gerência Técnica no Recife

(GTREC)

Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba,

Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Roraima

Gerência Técnica no Rio de

Janeiro (GTRJA)

Espírito Santo e Rio de Janeiro

Gerência Técnica em Salvador

(GTSAL)

Bahia e Sergipe

Gerência Técnica em São Paulo

(GTSPA)

São Paulo

3 Sociedades corretoras de câmbio

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Gerência Técnica em Curitiba

(GTCUR)

Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio de

Janeiro

Gerência Técnica em Porto

Alegre (GTPAL)

Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa

Catarina e Tocantins

Gerência Técnica no Recife

(GTREC)

Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará,

Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia,

Roraima e Sergipe

Gerência Técnica em São Paulo

(GTSPA)

São Paulo

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4 Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Gerência Técnica no Rio de

Janeiro (GTRJA)

Todas as unidades da Federação, exceto São Paulo

Gerência Técnica em São Paulo

(GTSPA)

São Paulo

5 Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Gerência Técnica no Rio de Janeiro

(GTRJA)

Todas as unidades da Federação, exceto São Paulo

Gerência Técnica em São Paulo

(GTSPA)

São Paulo

6 Sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Gerência Técnica no Recife

(GTREC)

Todas as unidades da Federação, exceto Bahia, Goiás, Minas

Gerais, São Paulo, Sergipe e Tocantins

Gerência Técnica em Salvador

(GTSAL)

Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Sergipe e Tocantins

7 Sociedades de crédito, financiamento e investimento

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Gerência Técnica em Porto Alegre

(GTPAL)

Todas as unidades da Federação, exceto Espírito Santo, Rio de

Janeiro e São Paulo

Gerência Técnica em São Paulo

(GTSPA)

Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo

8 Sociedades de crédito direto e sociedades de empréstimos entre pessoas

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Divisão de Organização do Sistema

Financeiro (Difin)

Distrito Federal

Gerência Técnica em Belo

Horizonte (GTBHO)

Goiás, Minas Gerais, Tocantins

Gerência Técnica em Curitiba

(GTCUR)

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná

Gerência Técnica em Porto Alegre

(GTPAL)

Rio Grande do Sul e Santa Catarina

Gerência Técnica no Recife

(GTREC)

Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará,

Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e

Roraima

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Destino Local da Sede ou do Domicílio

Gerência Técnica no Rio de Janeiro

(GTRJA)

Espírito Santo e Rio de Janeiro

Gerência Técnica em Salvador

(GTSAL)

Bahia e Sergipe

Gerência Técnica em São Paulo

(GTSPA)

São Paulo

9 Confederações de crédito, cooperativas centrais de crédito e cooperativas de crédito

singulares não filiadas a centrais

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Gerência Técnica em Belo

Horizonte (GTBHO)

Minas Gerais e São Paulo

Gerência Técnica em Curitiba

(GTCUR)

Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Tocantins

Gerência Técnica em Porto Alegre

(GTPAL)

Rio Grande do Sul e Santa Catarina

Gerência Técnica no Recife

(GTREC)

Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará,

Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e

Roraima

Gerência Técnica no Rio de Janeiro

(GTRJA)

Espírito Santo e Rio de Janeiro

Gerência Técnica em Salvador

(GTSAL)

Bahia, Distrito Federal e Sergipe

10 Cooperativas de crédito singulares filiadas a cooperativas centrais de crédito

Destino Local da Sede da cooperativa central de crédito à qual a cooperativa

singular é filiada ou do Domicílio do grupo organizador do pleito

Gerência Técnica em Belo

Horizonte (GTBHO)

Minas Gerais e São Paulo

Gerência Técnica em

Curitiba (GTCUR)

Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Tocantins

Gerência Técnica em Porto

Alegre (GTPAL)

Rio Grande do Sul e Santa Catarina

Gerência Técnica no

Recife (GTREC)

Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba,

Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Roraima

Gerência Técnica no Rio

de Janeiro (GTRJA)

Espírito Santo e Rio de Janeiro

Gerência Técnica em

Salvador (GTSAL)

Bahia, Distrito Federal e Sergipe

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11 Arranjos de pagamento integrantes do SPB

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Divisão de Arranjos de Pagamento

(Dipag)

Todas as unidades da Federação

12 Câmaras e Prestadores de Serviços de Compensação e de Liquidação

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Divisão de Infraestruturas do

Mercado Financeiro (Dimef)

Todas as unidades da Federação

13 Entidades Registradoras de Ativos Financeiros

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Divisão de Infraestruturas do

Mercado Financeiro (Dimef)

Todas as unidades da Federação

14 Entidades de Depósitos Centralizados de Ativos Financeiros

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Divisão de Infraestruturas do

Mercado Financeiro (Dimef)

Todas as unidades da Federação

15 Instituições de Pagamento

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Divisão de Organização do Sistema

Financeiro (Difin)*

Distrito Federal

Gerência Técnica em Belo Horizonte

(GTBHO)

Goiás, Minas Gerais e Tocantins

Gerência Técnica em Curitiba

(GTCUR)

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná

Gerência Técnica em Porto Alegre

(GTPAL)

Rio Grande do Sul e Santa Catarina

Gerência Técnica no Recife (GTREC) Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba,

Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima

Gerência Técnica no Rio de Janeiro

(GTRJA)

Espírito Santo e Rio de Janeiro

Gerência Técnica em Salvador

(GTSAL)

Alagoas, Bahia e Sergipe

Gerência Técnica em São Paulo

(GTSPA)

São Paulo

(*) A Divisão de Organização do Sistema Financeiro (Difin) analisará todos os processos de autorização para

funcionamento de Instituições de Pagamento (IPs), autorização para a prestação de serviços de pagamento por

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instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil e autorização para prestação de nova modalidade de

serviço de pagamento, independentemente da unidade da Federação em que estiver localizada a sede ou domicílio

da IP. Demais pleitos relacionados a IPs devem ser direcionados aos respectivos componentes do Deorf

apresentados na tabela acima.

16 Demais instituições pleiteantes

Destino Local da Sede ou do Domicílio

Divisão de Organização do

Sistema Financeiro (Difin)

Distrito Federal

Gerência Técnica em Belo

Horizonte (GTBHO)

Goiás, Minas Gerais, Tocantins

Gerência Técnica em Curitiba

(GTCUR)

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná

Gerência Técnica em Porto

Alegre (GTPAL)

Rio Grande do Sul e Santa Catarina

Gerência Técnica no Recife

(GTREC)

Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba,

Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Roraima

Gerência Técnica no Rio de

Janeiro (GTRJA)

Espírito Santo e Rio de Janeiro

Gerência Técnica em Salvador

(GTSAL)

Bahia e Sergipe

Gerência Técnica em São Paulo

(GTSPA)

São Paulo

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ANEXO III À CARTA CIRCULAR Nº 4.017, DE 20 DE MARÇO DE 2020

Relação dos componentes organizacionais do Deorf

1 Gerência Técnica de Organização do Sistema Financeiro em Belo Horizonte (DEORF/GTBHO)

Telefone:(31)3253–7448

E–mail: [email protected]

2 Gerência Técnica de Organização do Sistema Financeiro em Curitiba (DEORF/GTCUR)

Telefone: (41) 3281–3350

E–mail: [email protected]

3 Gerência Técnica de Organização do Sistema Financeiro em Porto Alegre (DEORF/GTPAL)

Telefone: (51) 3215–7241

E–mail: [email protected]

4 Gerência Técnica de Organização do Sistema Financeiro em Recife (DEORF/GTREC)

Telefone: (81) 2125–4117

E–mail: [email protected]

5 Gerência Técnica de Organização do Sistema Financeiro no Rio de Janeiro (DEORF/GTRJA)

Telefone: (21) 2189–5020

E–mail: [email protected]

6 Gerência Técnica de Organização do Sistema Financeiro em Salvador (DEORF/GTSAL)

Telefone: (71) 2109–4660

E–mail: [email protected]

7 Gerência Técnica de Organização do Sistema Financeiro em São Paulo I (DEORF/GTSP1)

Telefone: (11) 3491–6115

E–mail: [email protected]

8 Gerência Técnica de Organização do Sistema Financeiro em São Paulo II (DEORF/GTSP2)

Telefone: (11) 3491–6415

E–mail: [email protected]

9 Gerência Técnica de Organização do Sistema Financeiro em São Paulo III (DEORF/GTSP3)

Telefone: (11) 3491–6516

E–mail: [email protected]

10 Divisão de Organização do Sistema Financeiro (DEORF/DIFIN)

Telefone: (61) 3414–1170 / 3414-1350

E–mail: [email protected]

11 Divisão de Arranjos de Pagamento (DEORF/DIPAG)

Telefone: (61) 3414-1350

E–mail: [email protected]

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12 Divisão de Infraestruturas do Mercado Financeiro (DEORF/DIMEF)

Telefone: (61) 3414–3355 / 3414-1350

E–mail: [email protected]

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3.4 Resolução n°. 4785 – Autorizar captação de DPGE em favor do FGC

RESOLUÇÃO N° 4.785, DE 23 DE MARÇO DE 2020 Altera a Resolução nº 4.222, de 23 de maio de

2013, para autorizar a captação de Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) sem cessão

fiduciária em favor do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e para ajustar a contribuição adicional das

instituições associadas e dá outras providências.

O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público

que o Conselho Monetário Nacional, em sessão extraordinária realizada em 20 de março de 2020, com

base nos arts. 3º, inciso VI, e 4º, inciso VIII, da referida Lei, no art. 28, § 1º, da Lei Complementar nº 101,

de 4 de maio de 2000, e no art. 1º, § 1º, inciso XIII, da Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de

2001, R E S O L V E U :

Art. 1º A Resolução nº 4.222, de 23 de maio de 2013, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 2º-A

§ 3º O Valor de Referência será apurado considerando a exposição do FGC aos instrumentos objeto da

garantia ordinária, excluídos do cálculo:

I - os instrumentos relacionados no art. 2º, incisos I, II e IV do Anexo II; e

II - os instrumentos relacionados no art. 2º, incisos III, V, VI, VII, VIII e IX do Anexo II, sem garantia especial,

cuja transferência de titularidade requeira a interveniência do emissor, até o limite de R$5.000,00 (cinco mil

reais) por cliente.

§ 4º A contribuição adicional deverá ser recolhida a partir de 1º de julho de 2021.

...........................................................” (NR)

“Art. 3º Como condição para dispor da garantia especial de que trata o Capítulo IV do Regulamento, as

instituições associadas devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente a 0,03% a.m. (três

centésimos por cento ao mês) do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia Especial

(DPGE) do FGC.

§ 1º A contribuição de que trata o caput deste artigo será de 0,02% a.m. (dois centésimos por cento ao

mês):

I - para os DPGE em que o FGC aceitar em cessão fiduciária recebíveis de operações de crédito e de

arrendamento mercantil originadas pela instituição emitente;

II - para o estoque de DPGE de que trata o caput deste artigo para os quais o FGC aceitar em cessão

fiduciária recebíveis de operações de crédito e de arrendamento mercantil originadas pela instituição

emitente. ................................................................

§ 3º Os contratos relativos aos depósitos de que trata a contribuição prevista no caput devem ter valor

mínimo de R$1.000.000,00 (um milhão de reais) e prever prazo mínimo de doze meses e prazo máximo de

vinte e quatro meses. ................................................................ § 8º ..........................................................

................................................................

II - a captação de novos DPGE quando atingido o limite fixado no art. 4º.

...........................................................”(NR)

“Art. 4º O montante das captações por meio de DPGE está limitado ao maior dos seguintes valores, não

podendo exceder a R$2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais):

I - o total do PLA; ou

II - o resultado da diferença entre cinco vezes o PLA e o Valor de Referência referido no art. 2º-A.

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§ 1º O valor do PLA utilizado no cálculo do limite referido no caput deste artigo deverá corresponder ao

maior valor entre o último PLA disponível e o resultado da média aritmética do PLA nos últimos 12 (doze)

meses ou no número de meses disponível, se menor que 12 (doze).

§ 2º O Valor de Referência utilizado no cálculo do limite referido no caput deste artigo deverá ser o do mês

do último PLA disponível.

§ 3º O limite referido no caput deste artigo deve ser apurado de forma consolidada pelas instituições

associadas ao FGC que sejam integrantes de um mesmo conglomerado financeiro.” (NR)

“Art. 5º O limite para captação dos DPGE sem cessão fiduciária deve ser reduzido de acordo com o seguinte

cronograma:

I - em 50% (cinquenta por cento), a partir de 1º de janeiro de 2021;

II - em 80% (oitenta por cento), a partir de 1º de julho de 2021; e III - em 100% (cem por cento), a partir de

1º de janeiro de 2022.

Parágrafo único. O cronograma para redução do limite de captação de DPGE refere-se às operações

contratadas a partir de cada uma das datas-base em que será aplicada essa redução, respeitados os saldos

dos contratos em curso.” (NR)

Art. 2º Ficam revogados os seguintes dispositivos da Resolução nº 4.222, de 2013:

I - os incisos I e II do caput do art. 3º;

II - as alíneas “a” e “b” do inciso II do § 8º do art. 3º;

III - o § 11 do art. 3º;

IV - as alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I do art. 4º;

V - as alíneas “a” e “b” do inciso II do art. 4º;

VI - os incisos I e II do § 1º do art. 4º;

VII - os incisos I, II e III do § 2º do art. 4º;

VIII - o § 4º do art. 4º;

IX - o inciso IV do art. 5º; e X - o art. 5º-A.

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Roberto de Oliveira Campos Neto

Presidente do Banco Central do Brasil

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3.5 Resolução n° 4.786 – Autoriza BACEN a conceder operações de empréstimo por meio de

Linha Temporária Especial de Liquidez

RESOLUÇÃO N° 4.786, DE 23 DE MARÇO DE 2020

Autoriza o Banco Central do Brasil a conceder operações de empréstimo por meio de Linha Temporária

Especial de Liquidez. O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro

de 1964, torna público que o Conselho Monetário nacional, em sessão extraordinária realizada em 20

de março de 2020, com fundamento no art. 4º, inciso XVII, da referida Lei, no art. 1º da Lei 11.882, de

23 de dezembro de 2008, tendo em vista o disposto no art. 66-B da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965,

no art. 68, parágrafo único, da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995, e nos arts. 26, § 1º, e 28, § 2º, da

Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000,

Resolveu:

CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Art. 1º Esta Resolução autoriza o Banco Central do Brasil a conceder operações de empréstimo, sob

condições específicas, por meio de Linha Temporária Especial de Liquidez, em moeda nacional.

Art. 2º As operações de empréstimo de que trata esta Resolução estarão disponíveis até 30 de abril de

2020 para contratação por bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento e caixas

econômicas titulares de Conta Reservas Bancárias que aderirem às condições contratuais e aos

procedimentos operacionais estabelecidos pelo Banco Central do Brasil para formalização das

operações e mobilização dos ativos garantidores.

Parágrafo único. A contratação de operações na forma do caput é condicionada à apresentação

de ativos elegíveis, mantidos em depositário central de valores mobiliários, que devem ser

gravados em favor do Banco Central do Brasil em momento anterior à contratação, para fins de

cálculo do limite financeiro de cada operação.

Art. 3º As operações de que trata esta Resolução poderão ser contratadas por prazo de até 125 (cento

e vinte e cinco) dias úteis, admitindo-se, a critério do Banco Central do Brasil, uma prorrogação por até

125 (cento e vinte e cinco) dias úteis, observado o prazo total máximo de 359 (trezentos e cinquenta e

nove) dias corridos e as demais condições estabelecidas pela Autarquia.

Art. 4º As operações de que trata esta Resolução sujeitam-se à cobrança de encargos diários

correspondentes à aplicação, sobre o saldo devedor, da taxa obtida pela composição da Taxa Selic,

definida consoante a regulamentação em vigor, apurada para cada dia útil do período da operação, com

acréscimo fixado pelo Banco Central do Brasil e válido na data da contratação da operação.

CAPÍTULO II DAS CONDIÇÕES DE ACEITAÇÃO DE ATIVOS GARANTIDORES

Art. 5º Poderão ser aceitos como garantia do empréstimo de que trata esta Resolução debêntures

adquiridas no mercado secundário que:

I - tenham como emissor sociedades anônimas que não sejam instituição financeira, nem

empresas direta ou indiretamente controladas por instituições financeiras ou controladoras de

instituições financeiras;

II - não sejam emitidas por entidades que atuem como veículo de securitização de créditos;

III - não tenham cláusula de subordinação ou conversão em ações;

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IV - sejam emitidas de forma escritural e estejam depositadas em depositário central autorizado

pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários, em consonância com a

Lei nº 12.810, de 15 de maio de 2013;

V - apresentem fluxo de caixa com regras de pagamento de juros e amortização de baixa

complexidade, de forma a permitir seu apreçamento por modelo do Banco Central do Brasil;

VI - não tenham sido adquiridas anteriormente à data de publicação desta Resolução pela

instituição requerente do empréstimo, nem por qualquer entidade integrante do conglomerado

da instituição requerente do empréstimo.

§ 1º O Banco Central do Brasil poderá divulgar a relação de ativos que serão elegíveis para os

fins do caput, podendo adotar critérios mais restritivos do que os previstos neste artigo, inclusive

com base em sua classificação de risco.

§ 2º Deverá ser observado, quanto ao conjunto de ativos oferecidos na forma deste artigo, o

índice máximo de 25% (vinte e cinco por cento) de concentração por emissor.

§ 3º O Banco Central do Brasil disporá sobre a metodologia de precificação dos ativos

garantidores, para fins de cálculo do limite financeiro para contratação das operações de que

trata esta Resolução.

§ 4º Fica o Banco Central do Brasil autorizado a dispor sobre eventual aplicação de deságios

(haircuts) sobre o preço dos ativos garantidores.

CAPÍTULO III DA GARANTIA POR RECOLHIMENTO COMPULSÓRIO E DO

LIMITE FINANCEIRO TOTAL

Art. 6º Além dos ativos garantidores de que trata o art. 5º, as operações contratadas no âmbito da Linha

Temporária Especial de Liquidez serão igualmente garantidas por recolhimentos compulsórios mantidos

em contas Reservas Bancárias, em montante equivalente, no mínimo, ao total das operações.

Art. 7º O Banco Central do Brasil definirá as modalidades de recolhimento compulsório que poderão

constituir garantia nos termos do art. 6º. Parágrafo único. O Banco Central do Brasil disporá sobre o

critério para cálculo do limite financeiro total de contratações, por instituição financeira, em função das

garantias constituídas por ativos garantidores e recolhimentos compulsórios.

CAPÍTULO IV DA LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA DAS OPERAÇÕES E DOS EVENTOS

FINANCEIROS DAS GARANTIAS

Art. 8º Os recursos financeiros correspondentes às operações de que trata esta Resolução serão

depositados diretamente na conta Reservas Bancárias da instituição contratante, sem liquidação

financeira em sistema de compensação e liquidação do depositário central.

Art. 9º Os recursos provenientes de eventos financeiros relacionados aos ativos garantidores, inclusive

os correspondentes a juros, amortizações e resgates no vencimento, deverão ser direcionados pelos

depositários centrais às instituições financeiras que os houverem oferecido. Parágrafo único. Para os

fins do caput, as instituições financeiras deverão providenciar, de acordo com o montante do evento

financeiro recebido, a utilização dos correspondentes recursos para pagamento parcial ou total das

operações de que trata esta Resolução que se encontrem em aberto.

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CAPÍTULO V DA LIBERAÇÃO E DA RECOMPOSIÇÃO DE GARANTIA

Art. 10. O Banco Central do Brasil deverá efetuar a liberação de ativos garantidores, a requerimento da

instituição financeira que os houver oferecido, sempre que:

I - não houver saldo em aberto de operações de que trata esta Resolução; ou

II - a liberação dos ativos garantidores não comprometer a suficiência do conjunto de ativos

necessários para garantir as operações em aberto.

Art. 11. A liberação de recursos de recolhimentos compulsórios mantidos em contas Reservas Bancárias

que estejam garantindo as operações de que trata esta Resolução ocorrerá em montante equivalente

ao da liberação dos ativos garantidores de que trata o art. 10.

Parágrafo único. A liberação de recursos de que trata o caput será realizada de ofício pelo Banco

Central do Brasil: I - ao processar a liberação de ativos garantidores na forma do art. 10; ou II -

sempre que verificar a ausência de saldo em aberto de operações.

Art. 12. Na hipótese de os ativos garantidores se apresentarem insuficientes para garantir as operações

realizadas, fica a instituição contratante obrigada a promover recomposição de garantias, por meio de

pagamento total ou parcial de operações contratadas, constituição de garantias adicionais ou

substituição de ativos.

Art. 13. Nas hipóteses de não pagamento de operação de que trata esta Resolução, na data de seu

vencimento, e de não atendimento a requisição de recomposição de garantias, na forma do art. 12, ficam

vedadas:

I - a concessão de novas operações; e

II - a liberação de garantias pelo Banco Central do Brasil.

Art. 14. Sobre as operações em aberto não pagas, contratadas por instituição financeira declarada

devedora, incidirão os encargos de que trata o art. 4º.

CAPÍTULO VI DA INADIMPLÊNCIA

Art.15. A instituição devedora que não atender a regularização de pagamentos, ou de recomposição ou

substituição de garantias poderá ser declarada inadimplente pelo Banco Central do Brasil e, nessa

condição, todos os vencimentos de operações serão antecipados.

Art.16. A declaração de inadimplência será realizada por decisão do Banco Central do Brasil, e poderá

ensejar, a seu critério:

I - a execução, total ou parcial, e alienação dos ativos garantidores;

II - a utilização de saldo de recolhimentos compulsórios que estiver garantido as operações.

§ 1º Na execução e alienação de ativos com garantia constituída mediante cessão fiduciária de

direitos sobre coisas móveis, conforme previsto no artigo 66-B da Lei n° 4.728, de 14 de julho de

1965, o resultado de eventual excedente de garantias será restituído à instituição financeira

contratante.

§ 2º Os instrumentos contratuais que formalizarão as operações de empréstimo deverão conter

cláusula prevendo a possibilidade de o Banco Central do Brasil, a seu critério, receber os ativos

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garantidores em pagamento da dívida caso sua alienação não se concretize, sem prejuízo do

disposto no §4º.

§ 3º A medida prevista no inciso II somente poderá ser aplicada na hipótese em que a execução

e alienação de ativos com garantia forem insuficientes para cobrir o montante inadimplido.

§ 4º Eventual resultado negativo decorrente da alienação de ativos, de sua apropriação na forma

do §2º ou da utilização de saldo de compulsórios constituirá crédito do Banco Central do Brasil

contra a instituição financeira, a ele se aplicando o disposto no art. 1º-A da Lei nº 11.882, de 23

de dezembro de 2008.

CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES GERAIS

Art.17. Para as operações contratadas no âmbito desta Resolução ficam afastadas, pelo prazo de um

ano, observado o disposto no § 3º do art. 195 da Constituição, as exigências de regularidade fiscal

previstas no art. 62 do Decreto-Lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967, no art. 1º, § 1º, do Decreto-Lei nº

1.715, de 22 de novembro de 1979, no art. 27, alínea “b”, da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, e na

Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002.

Art.18. Fica o Banco Central do Brasil autorizado a editar normas complementares para a execução do

disposto nesta Resolução.

Art. 19. Esta Resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação.

Roberto de Oliveira Campos Neto

Presidente do Banco Central do Brasil

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3.6 Resolução n°. 4.787 – Flexibilização da LCA

RESOLUÇÃO N° 4.787, DE 23 DE MARÇO DE 2020

Promove ajustes na base de cálculo do direcionamento dos recursos captados por meio de emissão de

Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), de que trata a Seção 7 do Capítulo 6 do Manual de Crédito

Rural (MCR).

O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público

que o Conselho Monetário Nacional, em sessão extraordinária realizada em 22 de março de 2020, tendo

em vista as disposições dos arts. 4º, inciso VI, da referida Lei, 4º e 21 da Lei nº 4.829, de 5 de novembro

de 1965,

Resolveu:

Art. 1º A Seção 7 (Letra de Crédito do Agronegócio - LCA) do Capítulo 6 (Recursos) do Manual de

Crédito Rural (MCR) passa a vigorar com as seguintes alterações: “3 - Até 31/05/2021, a base de

cálculo do direcionamento dos recursos captados na forma do item 1 corresponde:

a) para as instituições financeiras com Patrimônio de Referência nível 1 (PR1) médio

mensal superior a R$5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais), à média aritmética dos

saldos diários das LCA, apurados no período de cálculo de que trata o item 6-”a”;

b) para as instituições financeiras com Patrimônio de Referência nível 1 (PR1) médio mensal

igual ou inferior a R$5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais), à média aritmética dos saldos

diários das LCA, apurados no período de cálculo de que trata o item 6-”a”, deduzida de

R$500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais).” (NR)

“3-A - A partir de 01/06/2021, a base de cálculo do direcionamento dos recursos captados na forma

do item 1 corresponde:

a) para as instituições financeiras com Patrimônio de Referência nível 1 (PR1) médio mensal

superior a R$1.500.000.000,00 (um bilhão e quinhentos milhões de reais), à média aritmética dos

saldos diários das LCA, apurados no período de cálculo de que trata o item 6-”a”;

b) para as instituições financeiras com Patrimônio de Referência nível 1 (PR1) médio mensal igual

ou inferior a R$1.500.000.000,00 (um bilhão e quinhentos milhões de reais), à média aritmética dos

saldos diários das LCA, apurados no período de cálculo de que trata o item 6-”a”, deduzida de

R$100.000.000,00 (cem milhões de reais).” (NR)

“3-B - O período de apuração do PR1 médio mensal, de que tratam os itens 3 e 3-A, será idêntico

ao período de cálculo de que trata o item 6-”a”.” (NR)

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROBERTO DE OLIVEIRA CAMPOS NETO

Presidente do Banco Central do Brasil

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3.7 Resolução n°. 4788 – Emissão de Letra Financeira

RESOLUÇÃO N° 4.788, DE 23 DE MARÇO DE 2020 Altera a Resolução nº 4.733, de 27 de junho de

2019, que dispõe sobre as condições de emissão de Letra Financeira por parte das instituições

financeiras que especifica.

O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público

que o Conselho Monetário Nacional, em sessão extraordinária realizada em 22 de março de 2020, com

base nos arts. 4º, incisos VI e VIII, da referida Lei, 10 da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, e 41 da

Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010,

Resolveu:

Art. 1º A Resolução nº 4.733, de 27 de junho de 2019, passa a vigorar com a seguinte alteração:

“Art. 5º ....................................................... .................................................................

§ 7º Nas emissões destinadas exclusivamente à realização de operações junto ao Banco Central do Brasil

voltadas a atender necessidades de liquidez da instituição emissora, o prazo de vencimento mínimo da

Letra Financeira é de doze meses, não se aplicando a vedação de que trata o caput.” (NR)

“Art. 10. ...................................................... .................................................................

§ 5º Nas emissões referidas no art. 5º, § 7º, desta Resolução, a totalidade das Letras Financeiras emitidas

pode ser recomprada a qualquer tempo, não se aplicando os limites e as condições de recompra de que

trata o caput.

§ 6º O limite de que trata o caput, inciso I, não se aplica, excepcionalmente, às recompras realizadas entre

23 de março de 2020 e 30 de abril de 2020, por instituição emissora enquadrada no Segmento 1 (S1),

conforme regulamentação que disciplina a segmentação do conjunto de instituições financeiras e demais

instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil para fins de aplicação proporcional da

regulação prudencial, desde que se observe:

I - o limite específico de recompra de 20% (vinte por cento) do valor contábil das Letras Financeiras por ela

emitidas sem cláusula de subordinação; e

II - as demais condições estabelecidas neste artigo.

§ 7º As Letras Financeiras recompradas na forma dos §§ 5º e 6º podem ser extintas, a critério da instituição

emissora, a partir:

I - da data de recompra, no caso das recompras referidas no § 5º; e

II - do primeiro dia útil subsequente ao término do período excepcional de recompra, no caso das recompras

referidas no § 6º.” (NR)

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROBERTO DE OLIVEIRA CAMPOS NETO

Presidente do Banco Central do Brasil

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3.8 Circular n° 3.995 – Altera declaração anual referente à 2019

CIRCULAR Nº 3.995, DE 24 DE MARÇO DE 2020

Altera, para a declaração anual referente à data-base de 31 de dezembro de 2019, e para a declaração

trimestral referente à data-base de 31 de março de 2020, os prazos de que trata a Circular nº 3.624, de

6 de fevereiro de 2013, que estabelece períodos de entrega da declaração de Capitais Brasileiros no

Exterior (CBE).

A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em 24 de março de 2020, com

base nos arts. 2º, § 2º, e 11 da Resolução nº 3.854, de 27 de maio de 2010, e tendo em vista o disposto

no art. 1º do Decreto-Lei nº 1.060, de 21 de outubro de 1969, e na Medida Provisória nº 2.224, de 4 de

setembro de 2001,

Resolve:

Art. 1º Fica estendido para as 18 horas de 1º de junho de 2020 o prazo final para apresentação ao

Banco Central do Brasil da declaração anual referente à data-base de 31 de dezembro de 2019 de que

trata o inciso I do art. 1º da Circular nº 3.624, de 6 de fevereiro de 2013.

Art. 2º Fica compreendido entre 15 de junho de 2020 e as 18 horas de 15 de julho de 2020 o período

de que trata o inciso II do art. 1º da Circular nº 3.624, de 2013, para a declaração trimestral referente à

data base de 31 de março de 2020.

Art. 3º Esta Circular entra em vigor em 1º de abril de 2020.

OTÁVIO RIBEIRO DAMASO

Diretor de Regulação

FABIO KANCZUK

Diretor de Política Econômica

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3.9 Resolução n° 4.791 – Altera Resolução n° 4.782

RESOLUÇÃO Nº 4.791, DE 26 DE MARÇO DE 2020

Altera a Resolução nº 4.782, de 16 de março de 2020, que estabelece, por tempo determinado, em

função de eventuais impactos da Covid-19 na economia, critérios temporários para a caracterização das

reestruturações de operações de crédito, para fins de gerenciamento de risco de crédito.

O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público

que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 26 de março de 2020, com base nos arts.

4º, inciso VIII, da referida Lei, 2º, inciso VI, e 9º da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, 20, § 1º, da Lei

nº 4.864, de 29 de novembro de 1965, 7º e 23, alínea "a", da Lei nº 6.099, de 12 de setembro de 1974,

1º, inciso II, da Lei nº 10.194, de 14 de fevereiro de 2001, 6º do Decreto-Lei nº 759, de 12 de agosto de

1969, e 1º, § 1º, da Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, resolveu:

Art. 1º A Resolução nº 4.782, de 16 de março de 2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 1º Para fins do gerenciamento do risco de crédito, as reestruturações de operações de crédito

realizadas até 30 de setembro de 2020, inclusive:

I - ficam dispensadas de ser consideradas como indicativo para fins do disposto no § 1º do art. 24 da

Resolução nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, e no § 1º do art. 27 da Resolução nº 4.606, de 19 de

outubro de 2017, com vistas à caracterização da respectiva exposição como ativo problemático; e

II - possibilitam a imediata reversão da caracterização da exposição como ativo problemático que tenha

sido efetuada com base exclusivamente no inciso I do § 1º do art. 24 da Resolução nº 4.557, de 2017, ou

no inciso I do § 1º do art. 27 da Resolução nº 4.606, de

2017.............................................................................." (NR)

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROBERTO DE OLIVEIRA CAMPOS NETO

Presidente do Banco Central do Brasil

Page 48: COVID-19...(COVID-19). advogados

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3.10 Resolução nº 4.800 – Dispõe sobre as operações de crédito para financiamento da folha

salarial

RESOLUÇÃO Nº 4.800, DE 6 DE ABRIL DE 2020

Dispõe sobre as operações de crédito para financiamento da folha salarial realizadas, pelas instituições

financeiras, no âmbito do Programa Emergencial de Suporte a Empregos, instituído pela Medida

Provisória nº 944, de 3 de abril de 2020.

O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público

que o Conselho Monetário Nacional, em sessão extraordinária realizada em 6 de abril de 2020, com

base nos arts. 4º, incisos VI, VIII e XII, da referida Lei, e 15 da Medida Provisória nº 944, de 3 de abril

de 2020,

Resolveu:

Art. 1º As instituições financeiras poderão participar do Programa Emergencial de Suporte a Empregos,

nos termos da Medida Provisória nº 944, de 3 de abril de 2020, e desta Resolução.

Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º que participarem do Programa Emergencial de Suporte a

Empregos poderão financiar a folha salarial de empresários, sociedades empresárias e sociedades

cooperativas, excetuadas as sociedades de crédito, observado que:

I - a respectiva folha de pagamento deve ser processada pela instituição financeira, nos termos

da Resolução nº 3.402, de 6 de setembro de 2006;

II - a receita bruta anual das pessoas financiadas deve ser superior a R$360.000,00 (trezentos

e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$10.000.000,00 (dez milhões de reais), calculada com

base no exercício de 2019.

Parágrafo único. Para fins de apuração da receita bruta das pessoas elegíveis nos termos do

inciso II do caput, as instituições financeiras deverão considerar o conceito de grupo econômico

conforme definido em sua política de crédito.

Art. 3º As operações de crédito contratadas no âmbito do Programa Emergencial de Suporte a Empregos

devem observar as seguintes condições:

I - o valor a ser financiado abrangerá a totalidade da folha de pagamento das pessoas

mencionadas no art. 2º, na condição de contratantes, pelo período de 2 (dois) meses, limitado

ao valor equivalente a até 2 (duas) vezes o salário-mínimo por empregado em cada folha de

pagamento processada;

II - o prazo total deverá ser de 36 (trinta e seis) meses, dos quais os 6 (seis) primeiros serão de

carência;

III - a taxa de juros deverá ser de 3,75% a.a. (três inteiros e setenta e cinco centésimos por cento

ao ano); e

IV - o saldo devedor e as parcelas devidas da operação de crédito deverão ser apurados

conforme:

a) o Sistema Francês de Amortização (Tabela Price) mensal, com base de cálculo anual de 360

(trezentos e sessenta) dias; ou

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b) o Sistema de Amortização Constante (SAC) mensal, com base de cálculo anual de 252

(duzentos e cinquenta e dois), 360 (trezentos e sessenta) ou 365 (trezentos e sessenta e cinco)

dias.

Parágrafo único. As operações de crédito de que trata o caput poderão ser formalizadas pelas

instituições financeiras por meio de instrumentos assinados digital ou eletronicamente.

Art. 4º O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mediante instrumento

contratual de adesão prévio com a instituição financeira participante, poderá repassar os recursos da

União a esse participante para cobrir operações de crédito contratadas com recursos próprios

anteriormente à realização do protocolo da operação no BNDES.

§ 1º No instrumento contratual de adesão de que trata o caput, o BNDES deverá prever valores

máximos que poderão ser repassados à instituição financeira participante, observado o limite

global dos recursos efetivamente transferidos ao BNDES pela União e disponíveis à execução

do Programa Emergencial de Suporte a Empregos.

§ 2º As operações de crédito de que trata o caput deverão:

I - estar aderentes a todas as condições estabelecidas na Medida Provisória nº 944, de 2020, e

nesta Resolução; e

II - ser formalizadas em data posterior à de entrada em vigor desta Resolução. § 3º Desde que

observado o disposto no § 1º, a operação de crédito protocolizada no BNDES:

I - seguirá todo o regramento estabelecido para as operações concedidas no âmbito do

Programa Emergencial de Suporte a Empregos, inclusive no que se refere à constituição de

provisão para fazer face à perda provável, de que trata o art. 5º desta Resolução; e

II - o BNDES repassará os recursos da União às instituições financeiras participantes

remunerados pela taxa fixa de 3,75% a.a. (três inteiros e setenta e cinco centésimos por cento

ao ano), considerando como termo inicial a data da formalização da contratação da operação de

crédito informada ao BNDES pela instituição financeira participante.

§ 4º Caso a operação não atenda o disposto neste artigo, não será considerada realizada no

âmbito do Programa Emergencial de Suporte a Empregos e deverá observar toda a

regulamentação em vigor aplicável às operações de crédito.

Art. 5º As instituições mencionadas no art. 1º deverão aplicar os percentuais definidos no art. 6º da

Resolução nº 2.682, de 21 de dezembro de 1999, para a constituição da provisão para fazer face à perda

provável das operações realizadas ao amparo do Programa Emergencial de Suporte a Empregos,

somente sobre a parcela do crédito cujo risco de crédito é assumido pelas instituições.

Art. 6º As instituições mencionadas no art. 1º deverão divulgar em nota explicativa a classificação por

nível de risco das operações de que trata o art. 5º, acompanhada do montante da provisão constituída

para cada nível.

Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se somente a partir das demonstrações financeiras anuais

relativas ao ano de 2020.

Art. 7º As instituições mencionadas no art. 1º deverão incluir as operações de crédito realizadas no

âmbito do Programa Emergencial de Suporte a Empregos no escopo do plano anual de auditoria interna

e no relatório anual de auditoria interna, elaborados conforme a regulamentação em vigor.

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Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se, inclusive, ao plano e ao relatório relativos ao

exercício de 2020.

Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROBERTO DE OLIVEIRA CAMPOS NETO

Presidente do Banco Central do Brasil

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4 B3

4.1 Ofício-Circular 036/2020-PRE – Alteração dos Limites de Oscilação Diária

18 de março de 2020

035/2020-PRE

Participantes dos Mercados da B3 – Segmento BM&FBOVESPA

Ref.: Alteração dos Limites de Oscilação Diária – Contrato Futuro de Taxa Média de Depósitos

Interfinanceiros de Um Dia (DI1)

A B3 informa que, exclusivamente para a sessão de negociação de hoje, 18/03/2020, a partir das 16h10,

expandirá os limites de oscilação diária do Contrato Futuro de Taxa Média de Depósitos Interfinanceiros

de Um Dia (DI1) sobre o preço de ajuste do dia anterior, conforme tabela abaixo.

Intervalo Atual limite máximo de

oscilação (bps)

Limite máximo de oscilação

(bps) em 18/03/2020

Até 1 mês 35 49

Entre 1 mês e 2 meses 43 60

Entre 2 meses e 3 meses 50 70

Entre 3 meses e 4 meses 57 79

Entre 4 meses e 5 meses 64 89

Entre 5 meses e 6 meses 70 98

Entre 6 meses e 7 meses 74 104

Entre 7 meses e 8 meses 78 109

Entre 8 meses e 9 meses 82 114

Entre 9 meses e 10 meses 85 119

Entre 10 meses e 11 meses 89 125

Entre 11 meses e 12 meses 93 130

Entre 12 meses e 1 ano e 3 meses 97 136

Entre 1 ano e 3 meses e 1 ano e 6 meses 102 142

Entre 1 ano e 6 meses e 1 ano e 9 meses 106 148

Entre 1 ano e 9 meses e 2 anos 110 154

Entre 2 anos e 2 anos e 3 meses 112 157

Entre 2 anos e 3 meses e 2 anos e 6 meses 114 160

Entre 2 anos e 6 meses e 2 anos e 9 meses 116 162

Entre 2 anos e 9 meses e 3 anos 118 165

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Intervalo Atual limite máximo de

oscilação (bps)

Limite máximo de oscilação

(bps) em 18/03/2020

Entre 3 anos e 3 anos e 3 meses 119 165

Entre 3 anos e 3 meses e 3 anos e 6 meses 119 167

Entre 3 anos e 6 meses e 3 anos e 9 meses 120 167

Entre 3 anos e 9 meses e 4 anos 120 168

Entre 4 anos e 4 anos e 3 meses 121 169

Entre 4 anos e 3 meses e 4 anos e 6 meses 122 170

Entre 4 anos e 6 meses e 4 anos e 9 meses 122 171

Entre 4 anos e 9 meses a 6 anos 123 172

Entre 6 anos e 7 anos e 6 meses 124 174

Acima de 7 anos e 6 meses 125 175

Esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos com a Diretoria de Negociação Eletrônica, pelo telefone

(11) 2565-5023 ou pelo e-mail [email protected].

GILSON FINKELSZTAIN

Presidente Cícero

AUGUSTO VIEIRA NETO

Vice-Presidente de Operações, Clearing e Depositária

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4.2 Comunicado B3 009/2020-VPC – Esclarecimentos sobre Limites de Oscilação e Circuit

Breaker

20 de março de 2020

009/2020-VPC

COMUNICADO EXTERNO

Participantes dos Mercados da B3 – Segmento BM&FBOVESPA

Ref.: Esclarecimentos sobre Limites de Oscilação e Circuit Breaker nos Mercados da B3

Tendo em vista as condições de mercado e a amplitude das variações de preços e taxas verificadas

recentemente, as quais levaram ao acionamento de suspensões temporárias de negociação (circuit

breaker) no mercado a vista de ações e ao atingimento de limites de oscilação no mercado de derivativos,

a B3 traz abaixo alguns esclarecimentos pontuais sobre o funcionamento desses mecanismos.

Mercado a vista

Não há limites para negociação de títulos públicos e câmbio spot.

No caso de ação a vista, não há limite de oscilação de preços, mas sim um mecanismo de circuit breaker

com objetivo apenas de “cool down” (acalmar) o mercado.

Os circuit breakers atualmente existentes no segmento de ações:

• Ibovespa com -10% de variação: negócios suspensos (e não limite de variação) por 30 minutos

e reabertos em seguida;

• Ibovespa atinge -15% de variação após o 1º circuit breaker. Nova suspensão de negócios, agora

por 1 hora e reabertos em seguida;

• Ibovespa atinge -20% de variação após 2º circuit breaker, nova suspensão com reabertura à

discrição do Presidente da B3;

• Não há acionamento de circuit breaker nos últimos 30 minutos da sessão de negociação. o Pode

haver regras específicas para momentos de pregão em que: ▪ ocorra exercício de opções;

• ocorra definição de preço de ajuste de contratos derivativos. 2 009/2020-VPC Mercado de

derivativos o Há limites de oscilação, e não interrupção dos negócios. Ou seja, caso haja desejo

de negociar novamente dentro dos limites de variação positiva ou negativa, o negócio será

admitido normalmente.

Não há limite de oscilação no último dia de negociação para não impedir a convergência do preço do

futuro para o preço do ativo-objeto ou indexador do contrato. o As regras de fixação dos limites, bem

como seus processos de alteração durante o pregão, estão descritos no documento Perguntas

Frequentes (Q&A) publicado em 2018, anexo a este Comunicado Externo e disponível em:

http://www.b3.com.br/data/files/02/40/22/A9/6114661000A35266AC094EA8/Respostas%20a%20P

erguntas%20Frequentes%20Limites%20Oscilacao% 20Diaria.pdf.

Conforme descrito no Q&A mencionado acima, alguns fatores tendem a aumentar ou diminuir a

probabilidade de o limite de oscilação de um contrato ser alterado durante a sessão de negociação na

qual foi acionado (ver resposta para a pergunta 8 do Q&A).

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Por exemplo, um dos fatores que tendem a aumentar a probabilidade de o limite de oscilação ser alterado

durante a sessão de negociação seria a continuidade da negociação dos ativos nos mercados à vista.1

A consideração desse fator está alinhada com a possibilidade de execução de cobertura de posição,

desmontagem ou montagem de estratégias combinadas entre derivativos e mercados a vista, dentre

outras.

Entendemos esse ponto ser de fundamental importância para os gestores de recursos de terceiros,

buscando sempre, e na medida do possível, a execução dos desejos de seus investidores.

Vale lembrar que a eventual flexibilização desses limites tem um efeito secundário positivo, mas não

fundamental, que é a definição de um preço de ajuste mais próximo às condições de mercado.

Nesse sentido, vale destacar que o preço para marcação a mercado das posições e preço de ajuste para

liquidação financeira não possuem exatamente a mesma função na valorização de uma carteira de ativos

financeiros. Em condições normais de mercado, seus valores podem ser os mesmos. Em situações

extremas, entretanto, seus valores podem se distanciar.

Esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos com Diretoria de Negociação Eletrônica, pelo telefone

(11) 2565-5023 ou pelo e-mail [email protected].

JOSÉ RIBEIRO DE ANDRADE

Vice-Presidente de Produtos e Clientes

1 Limites de Oscilação Diária de Preços – Respostas a Perguntas Frequentes, de 04/10/2018, p 5, pergunta 8:

“(...) Os seguintes fatores, isoladamente, tendem a aumentar a probabilidade do limite de oscilação de um contrato ser alterado durante a sessão de negociação na qual foi acionado: (...) • A existência de contratos altamente correlacionados (que compartilham de forma relevante fatores de risco com o contrato impactado) que não tiveram a negociação afetada pelos limites de oscilação;”

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5 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

O BNDES aprovou, em março de 2020 e em caráter emergencial, medidas socioeconômicas de

execução imediata que têm por objetivo ajudar a mitigar os efeitos da pandemia do novo

coronavírus no Brasil.

Uma das medidas é a possibilidade de concessão da suspensão temporária por prazo de até

seis meses de amortizações de empréstimos contratados junto ao BNDES, nas modalidades

direta e indireta às empresas afetadas pela crise – medida conhecida no mercado como

standstill. Nas operações diretas, o pedido de suspensão deve ser encaminhado ao BNDES.

Em operações indiretas, a interrupção deverá ser negociada com o agente financeiro que

concedeu o financiamento. O prazo total do crédito será mantido e não haverá a incidência de

juros de mora durante o período de suspensão.

Para acessar clique aqui.

Para nosso newsletter relacionado a atuação do BNDES clique aqui.

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6 Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP)

6.1 Decreto Estadual n° 64.881 – Atendimento Presencial

DECRETO Nº 64.881, DE 22 DE MARÇO DE 2020. Decreta quarentena no Estado de São Paulo, no

contexto da pandemia do COVID-19 (Novo Coronavírus), e dá providências complementares. JOÃO

DORIA, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais,

Considerando a Portaria MS nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, por meio da qual o Ministro de Estado

da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da

Infecção Humana pelo Novo Coronavírus;

Considerando que a Lei federal nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, ao dispor sobre medidas para o

enfrentamento da citada emergência, incluiu a quarentena (art. 2º, II), a qual abrange a “restrição de

atividades [...] de maneira a evitar possível contaminação ou propagação do coronavírus”;

Considerando que, nos termos do artigo 3º, § 7º, inciso II, da aludida lei federal, o gestor local de saúde,

autorizado pelo Ministério da Saúde, pode adotar a medida da quarentena;

Considerando que nos termos do artigo 4º, §§ 1º e 2º, da Portaria MS nº 356, de 11 de março de 2020,

o Secretário de Saúde do Estado ou seu superior está autorizado a determinar a medida de quarentena,

pelo prazo de 40 (quarenta) dias;

Considerando o disposto no Decreto federal nº 10.282, de 20 de março de 2020, em especial o rol de

serviços públicos e atividades essenciais de saúde, alimentação, abastecimento e segurança;

Considerando a recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus, instituído pela Resolução nº

27, de 13 de março de 2020, do Secretário de Estado da Saúde, que aponta a crescente propagação do

coronavírus no Estado de São Paulo, bem assim a necessidade de promover e preservar a saúde

pública;

Considerando a conveniência de conferir tratamento uniforme às medidas restritivas que vêm sendo

adotadas por diferentes Municípios,

Decreta:

Artigo 1º - Fica decretada medida de quarentena no Estado de São Paulo, consistente em restrição de

atividades de maneira a evitar a possível contaminação ou propagação do coronavírus, nos termos deste

decreto.

Parágrafo único – A medida a que alude o “caput” deste artigo vigorará de 24 de março a 7 de

abril de 2020.

Artigo 2º - Para o fim de que cuida o artigo 1º deste decreto, fica suspenso:

I - o atendimento presencial ao público em estabelecimentos comerciais e prestadores de

serviços, especialmente em casas noturnas, “shopping centers”, galerias e estabelecimentos

congêneres, academias e centros de ginástica, ressalvadas as atividades internas;

II – o consumo local em bares, restaurantes, padarias e supermercados, sem prejuízo dos

serviços de entrega (“delivery”) e “drive thru”.

§ 1º - O disposto no “caput” deste artigo não se aplica a estabelecimentos que tenham por objeto

atividades essenciais, na seguinte conformidade:

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1. saúde: hospitais, clínicas, farmácias, lavanderias e serviços de limpeza e hotéis;

2. alimentação: supermercados e congêneres, bem como os serviços de entrega (“delivery”) e

“drive thru” de bares, restaurantes e padarias;

3. abastecimento: transportadoras, postos de combustíveis e derivados, armazéns, oficinas de

veículos automotores e bancas de jornal;

4. segurança: serviços de segurança privada;

5. demais atividades relacionadas no § 1º do artigo 3º do Decreto federal nº 10.282, de 20 de

março de 2020.

§ 2º - O Comitê Administrativo Extraordinário COVID-19, instituído pelo Decreto nº 64.864, de 16

de março de 2020, deliberará sobre casos adicionais abrangidos pela medida de quarentena de

que trata este decreto.

Artigo 3º - A Secretaria da Segurança Pública atentará, em caso de descumprimento deste decreto, ao

disposto nos artigos 268 e 330 do Código Penal, se a infração não constituir crime mais grave.

Artigo 4º - Fica recomendado que a circulação de pessoas no âmbito do Estado de São Paulo se limite

às necessidades imediatas de alimentação, cuidados de saúde e exercícios de atividades essenciais.

Artigo 5º - Este decreto entra em vigor em 24 de março de 2020, ficando revogadas as disposições em

contrário, em especial:

I – o inciso II do artigo 4º do Decreto nº 64.862, de 13 de março de 2020;

II – o artigo 6º do Decreto nº 64.864, de 16 de março de 2020, salvo na parte em que dá nova

redação ao inciso II do artigo 1º do Decreto nº 64.862, de 13 de março de 2020;

III – o Decreto nº 64.865, de 18 de março de 2020.

Palácio dos Bandeirantes, 22 de março de 2020.

JOÃO DORIA

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7 Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (JUCERJA)

7.1 Decreto Estadual n° 46.980 – Atendimento Presencial

DECRETO Nº 46.980 DE 19 DE MARÇO DE 2020

ATUALIZA AS MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO DA PROPAGAÇÃO DECORRENTE DO NOVO

CORONAVÍRUS (COVID-19) EM DECORRENCIA DA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE E DÁ

OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições constitucionais, legais e

considerando: - que o Estado do Rio de Janeiro reconheceu a situação de emergência em saúde por

meio do Decreto nº 46.973, de 16 de março de 2020;

• a necessidade de atualizar as medidas de proibição para o enfrentamento do coronavírus

(COVID-19) em decorrência de mortes já confirmadas e o aumento de pessoas contaminadas;

• que a omissão do Estado do Rio de Janeiro poderá gerar um grave transtorno à saúde coletiva

e a responsabilização de seus agentes e do próprio Estado decorrente dessa omissão;

• que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e

econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal

e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, na forma dos

artigos 196 e 197 da Constituição da República;

• as diretrizes de atendimento integral, universal e igualitário no SUS, que compreendem as ações

de proteção e recuperação de saúde individual e coletiva, conforme o artigo 289, inciso IV, da

Constituição do Estado do Rio de Janeiro; - a necessidade de regulamentação, no Estado do Rio

de Janeiro, da Lei Federal nº 13.979/2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da

emergência de saúde pública decorrente do “coronavírus” responsável pelo surto de 2019;

• o Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011, que dispõe sobre a Declaração de Emergência

em Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN e a Declaração de Emergência em Saúde

Pública de Importância Internacional OMS em 30 de janeiro de 2020;

• as medidas de emergência em saúde pública de importância nacional e internacional, ou seja,

as situações dispostas no Regulamento Sanitário Internacional, promulgado pelo Decreto

Federal nº 10.212, de 30 de janeiro de 2020;

• a Portaria nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, do Ministério da Saúde, que dispõe sobre a

Declaração de Emergência em Saúde pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência

da Infecção Humana pelo novo coronavírus (COVID-19), especialmente a obrigação de

articulação dos gestores do SUS como competência do Centro de Operações de Emergências

em Saúde Pública (COE-nCoV); e

• o estado de exceção em decorrência da emergência de saúde pública decorrente do

“coronavírus” (2019-nCoV);

Decreta:

Art. 1º - Este Decreto estabelece novas medidas temporárias de prevenção ao contágio e de

enfrentamento da emergência em saúde pública de importância internacional, decorrente do novo

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coronavírus, vetor da COVID-19, bem como, reconhece a necessidade de manutenção da situação de

emergência no âmbito do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 2º - Qualquer servidor público, empregado público ou contratado por empresa que presta serviço

para o Estado do Rio de Janeiro, que apresentar febre ou sintomas respiratórios (tosse seca, dor de

garganta, mialgia, cefaleia e prostração, dificuldade para respirar e batimento das asas nasais) passa a

ser considerado um caso suspeito e deverá adotar o protocolo de atendimento especifico a ser informado

por ato infralegal a ser expedido pelo Secretário de Estado de Saúde em 48 (quarenta e oito horas),

após a expedição do presente Decreto.

§1º - Nas hipóteses do caput deste artigo, qualquer servidor público, empregado público ou

contratado por empresa que presta serviço para o Estado do Rio de Janeiro, deverá entrar em

contato com a Administração Pública para informar a existência de sintomas.

§2º - Os gestores dos contratos de prestação de serviços deverão notificar as empresas

contratadas quanto à responsabilidade destas em adotar todos os meios necessários para

conscientizar seus funcionários quanto aos riscos do COVID-19 e quanto à necessidade de

reportarem a ocorrência de sintomas de febre ou sintomas respiratórios, estando as empresas

passíveis de responsabilização contratual em caso de omissão que resulte em prejuízo à

Administração Pública.

Art. 3º - O servidor público deverá exercer suas funções laborais, preferencialmente, fora das instalações

físicas do órgão de lotação, em trabalho remoto - regime homeoffice -, desde que observada a natureza

da atividade, mediante a utilização de tecnologia de informação e de comunicação disponíveis.

§1º - A autoridade superior em cada caso deverá expedir ato de regulamentação do trabalho

remoto em atenção à manutenção da continuidade e essencialidade das atividades da

Administração Pública.

§2º - Poderá, ainda, a autoridade superior conceder antecipação de férias ou flexibilização da

jornada com efetiva compensação.

§3º - As reuniões administrativas serão preferencialmente não presenciais (virtuais) utilizando-

se dos meios tecnológicos de informação e de comunicação disponíveis.

Art. 4º - De forma excepcional, com o único objetivo de resguardar o interesse da coletividade na

prevenção do contágio e no combate da propagação do coronavírus, (COVID-19), diante de mortes já

confirmadas e o aumento de pessoas contaminadas, DETERMINO A SUSPENSÃO, pelo prazo de 15

(quinze) dias, das seguintes atividades:

I - realização de eventos e atividades com a presença de público, ainda que previamente

autorizadas, que envolvem aglomeração de pessoas, tais como: evento desportivo, show, salão

de festa, casa de festa, feira, evento científico, comício, passeata e afins, bem como,

equipamentos turísticos, Pão de Açúcar, Corcovado, Museu, Aquário do Rio de Janeiro -

AquaRio, Rio Star roda-gigante e demais pontos turísticos;

II - atividades coletivas de cinema, teatro e afins;

III - visitação às unidades prisionais, inclusive aquelas de natureza íntima. A visita de advogados

nos presídios do Estado do Rio de Janeiro deverá ser ajustada pelo Secretário de Estado de

Administração para possibilitar o atendimento das medidas do presente Decreto.

Page 60: COVID-19...(COVID-19). advogados

© Lefosse Advogados 57

IV - transporte de detentos para realização de audiências de qualquer natureza, em cada caso,

o Secretário de Estado de Administração Penitenciária deverá apresentar justificativa ao órgão

jurisdicional competente;

V - visita a pacientes diagnosticados com o COVID-19, internados na rede pública ou privada de

saúde;

VI - aulas, sem prejuízo da manutenção do calendário recomendado pelo Ministério da

Educação, nas unidades da rede pública e privada de ensino, inclusive nas unidades de ensino

superior, sendo certo, que o Secretário de Estado de Educação e o Secretário de Estado de

Ciência, Tecnologia e Inovação deverão expedir em 48 (quarenta e oito horas) ato infralegal para

regulamentar as medidas de que tratam o presente Decreto, bem como, adotar medidas para

possibilitar o ensino a distância;

VII - curso do prazo processual nos processos administrativos perante a Administração Pública

do Estado do Rio de Janeiro, bem como, o acesso aos autos dos processos físicos;

VIII - a partir da 0h (zero hora) do dia 21 de março de 2020, a circulação do transporte

intermunicipal de passageiros que liga a região metropolitana à cidade do Rio de Janeiro, à

exceção do sistema ferroviário e aquaviário, que operarão com restrições definidas pelo governo

do Estado em regramento específico, para atendimento a serviços essenciais nas operações

intermunicipais entre a capital e os municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro;

IX - a partir da 0h (zero hora) do dia 21 de março de 2020, a circulação de transporte interestadual

de passageiros com origem nos seguintes Estados: São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo,

Bahia, Distrito Federal e demais estados em que a circulação do vírus for confirmada ou situação

de emergência decretada. Compete à Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT

ratificar esta determinação até o início da vigência do presente dispositivo;

X- a partir da 0h (zero hora) do dia 21 de março de 2020, a operação aeroviária de passageiros

internacionais, ou nacionais com origem nos estados São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo,

Bahia, Distrito Federal e demais estados em que a circulação do vírus for confirmada ou situação

de emergência decretada. A presente medida não recai sobre as operações de carga aérea.

Compete à Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC ratificar esta determinação até o início da

vigência do presente dispositivo. O Estado do Rio de Janeiro deverá ser comunicado com

antecedência nos casos de passageiros repatriados para a adoção de medidas de isolamento e

acompanhamento pela Secretaria de Estado de Saúde;

XI - a partir da 0h (zero hora) do dia 21 de março de 2020, atracação de navio de cruzeiro com

origem em estados e países com circulação confirmada do coronavírus ou situação de

emergência decretada. A presente medida não recai sobre a operação de cargas marítimas.

Compete à Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ ratificar a presente

determinação até o início da vigência do presente dispositivo;

XII - a partir da 0h (zero hora) do dia 21 de março de 2020, o transporte de passageiros por

aplicativo, apenas, no que tange ao transporte de passageiros da região metropolitana para a

Cidade do Rio de Janeiro, e vice-versa;

XIII - funcionamento de academia, centro de ginástica e estabelecimentos similares;

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XIV - funcionamento de “shopping center”, centro comercial e estabelecimentos congêneres. A

presente suspensão não se aplica aos supermercados, farmácias e serviços de saúde, como:

hospital, clínica, laboratório e estabelecimentos congêneres, em funcionamento no interior dos

estabelecimentos descritos no presente inciso;

XV - frequentar praia, lagoa, rio e piscina pública;

XVI - funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos congêneres com

capacidade de lotação restringida a 30% (trinta por cento) da sua lotação, com normalidade de

entrega e retirada de alimentos no próprio estabelecimento. A presente medida não se aplica

aos estabelecimentos sediados no interior de hotéis, pousadas e similares, que deverão

funcionar apenas para os hospedes e colaboradores, como forma de assegurar a quarentena;

§1º - Em função do isolamento da Cidade do Rio de Janeiro, o Governo do Estado emitirá

regramento específico para funcionamento dos sistemas de transporte intermunicipal ferroviário

e aquaviário para exclusivo atendimento a serviços essenciais nas operações intermunicipais

entre a capital e os municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os serviços

considerados essenciais serão definidos em regramento próprio, assim como as forças de

segurança pública na garantia do cumprimento das regras estabelecidas neste Decreto;

§2º - Recomendo que a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e as demais Prefeituras do

Estado do Rio de Janeiro, em atenção ao princípio da cooperação, adotem medidas de igual

teor como única forma de preservar vidas e evitar a proliferação do coronavírus (COVID-19). A

adoção das medidas aqui recomendadas, após a sua formalização, deverão ser encaminhadas

ao Governo do Estado do Rio de Janeiro por intermédio da Secretaria de Estado de Governo e

Relações Institucionais;

§3º - As forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro deverão atuar para manter o

cumprimento das disposições do presente Decreto, sendo certo que para tal fim, poderão

fotografar e filmar todos aqueles que descumprirem as medidas previstas no presente artigo, a

fim de instruir ato de comunicação ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, sem

prejuízo da instauração de procedimento investigatório para apurar a ocorrência de crime e

infração administrativa. A administração Pública deverá assegurar o sigilo das informações.

Dessa forma, fica vedada a divulgação da fotografia e filmagem.

Art. 5° - Determino o funcionamento de forma irrestrita dos serviços de saúde, como: hospital, clínica,

laboratório e estabelecimentos congêneres.

Art. 6° - As Secretarias de Estado e os demais órgãos integrantes da Administração Pública poderão

expedir atos infralegais em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde para regulamentar o presente

Decreto, nos limites de suas atribuições.

Art. 7° - Determino a manutenção da avaliação da suspensão total ou parcial do gozo de férias dos

servidores da Secretaria de Estado de Saúde, Secretaria de Estado da Polícia Civil, Secretaria de Estado

de Polícia Militar, Secretaria de Estado de Defesa Civil e Secretaria de Estado de Administração

Penitenciária, a fim de que não se comprometam as medidas de prevenção.

Art. 8° - As pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviços à população deverão observar as

boas práticas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde e, ainda, realizar rotina de assepsia

para desinfecção de torneiras, maçanetas, banheiros e de suas dependências, além de disponibilizar

equipamento de proteção individual e antissépticos à base de álcool para uso do público em geral.

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Art. 9° - Recomendo que as pessoas jurídicas de direito privado em atenção ao princípio da solidariedade

efetuem a venda do álcool em a preço de custo para o consumidor.

Art. 10° - Em caso de descumprimento das medidas previstas neste Decreto, as autoridades

competentes devem apurar as eventuais práticas de infrações administrativas no artigo 10 da Lei Federal

n° 6.437, de 20 de agosto de 1977, bem como do crime previsto no artigo 268 do Código Penal.

Art. 11° - Este Decreto entra em vigor a conta da sua publicação e tem seu prazo de vigência limitado

ao disposto nos §§ 2° e 3° do artigo 1°, bem como do artigo 8° da Lei Federal n° 13.979, de 6 de fevereiro

de 2020.

Rio de Janeiro, 19 de março de 2020

WILSON WITZEL

Governador do Estado

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8 Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (JUCEMG)

8.1 Comunicado JUCEMG - Atendimento

Senhores Usuários,

A Junta Comercial informa que está descontinuando o serviço de atendimento telefônico. A partir do dia

19/03/2020 o atendimento se dará somente pelos seguintes canais:

(i) Atendimento Virtual:

(a) Faleconosco: Destina-se a esclarecer dúvidas de documentação para registro,

procedimentos sobre registro empresarial e uso dos sistemas: módulo integrador,

viabilidade e registro digital. link: Clique Aqui - Prazo máximo de resposta: até 2 dias úteis

(b) Pendências de processos - atendimento via e-mail (processos): exclusivamente para

sanar dúvidas sobre pendências de processos manuais e

[email protected], informando a dúvida e indicando nº de

protocolo do processo. Prazo máximo de resposta: até 2 dias úteis

(c) Pendências de livros - atendimento via e-mail (livros): exclusivamente para sanar dúvidas

sobre envio e pendências de livros manuais e digitais. [email protected],

informando a dúvida e indicando nº de protocolo do livro. Prazo máximo de resposta: até

2 dias úteis

(d) Chat Online: Atendimento via chat disponível na página da Jucemg. Destina-se a

solucionar as dúvidas simples que possam ser resolvidas de maneira rápida e

informações sobre serviços. Atenção, quando a dúvida depender de uma análise mais

detalhada o canal adequado deverá ser o Faleconosco.

(e) Bloqueio de CPF: a partir do dia 23/3/2020 todas as solicitações de bloqueio de CPF

deverão ser através do e-mail: [email protected], apresentando como

anexo cópia do formulário preenchido e assinado (link: Solicitar bloquei do CPF), cópia

do Boletim de Ocorrência e cópia de um documento de identificação com foto e

assinatura.

(f) Compra de informações: atendimento via e-mail: a aquisição de informações e o

esclarecimento de dúvidas sobre esse serviço ocorrerão exclusivamente por meio do e-

mail [email protected]. Para a compra de informações deve ser enviado

requerimento padrão preenchido, que pode ser encontrado em compra de informações

sobre empresas e cooperativas.

(ii) Atendimento presencial: Sede da Jucemg na Rua Sergipe, 64 - Centro - Belo Horizonte - de

segunda a sexta, de 13 às 17h, excepcionalmente no período de prevenção do Covid-19,

mediante prévio agendamento disponível através do site “www.mg.gov.br” ou através do Portal

de Serviços da JUCEMG, para questões não resolvidas nos meios do item 1 acima.

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9 Serviços Extrajudiciais de Notas e de Registro do Estado de São Paulo

9.1 Provimento CG 07/2020 – Medidas de Prevenção a serem adotadas

PROVIMENTO CG N° 07/2020

PROVIMENTO CG N° 07/2020 – Dispõe sobre medidas de prevenção a serem adotadas nos Serviços

Extrajudiciais de Notas e de Registro do Estado de São Paulo contra a infecção pela COVID-19.

O Desembargador RICARDO MAIR ANAFE, Corregedor Geral da Justiça do Estado de São Paulo, no

uso de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO a definição como pandemia da COVID-19, pela Organização Mundial da Saúde,

decorrente da infecção de grande número de pessoas em países distintos;

CONSIDERANDO o alto risco de disseminação do novo coronavírus nos locais de circulação e de

concentração de pessoas;

CONSIDERANDO as cautelas a serem adotadas em relação aos prepostos e colaboradores sujeitos a

maior risco decorrente da infecção pelo novo coronavírus;

CONSIDERNADO a necessidade de adoção de medidas complementares para evitar a elevação

drástica da demanda pelos serviços de saúde, públicos ou privados;

CONSIDERANDO a variação das taxas de mortalidade entre diferentes grupos de pessoas classificadas

em razão de sua faixa etária e condições pessoais de saúde;

CONSIDERANDO que os serviços extrajudiciais de notas e de registro são essenciais para o exercício

de determinados direitos fundamentais, para a circulação da propriedade e para a obtenção de crédito

com garantia real;

CONSIDERANDO o disposto no Provimento CSM n° 2545/2020 e na Resolução n° 45/2020 da

Corregedoria Nacional de Justiça;

Resolve:

Artigo 1° - O atendimento ao público será de no mínimo quatro horas diárias;

§ 1° - O atendimento ao público nas unidades que adotarem o horário reduzido de funcionamento

será ininterrupto.

§ 2° - Este Provimento não se aplica aos plantões dos Oficiais de Registro Civil de Pessoas

Naturais e dos Tabeliães de Protesto de Letras e Títulos.

Artigo 2° - Os prazos de validade do protocolo, de qualificação e de prática dos atos notariais e de registro

serão contados em dobro.

Parágrafo único – A prorrogação dos prazos não incide para:

os registros de nascimento e de óbito; (iii) os editais de proclamas e as habilitações para o casamento;

(iv) os registros de contratos que abranjam garantias reais sobre bens móveis e imóveis;

(v) a purgação da mora nos contratos em que constituída garantia real e nos sujeitos à Lei

n° 6.766, de 19 de dezembro de 1979;

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(vi) o oferecimento de impugnação em procedimentos de retificação de área, de usucapião

extrajudicial, de registro de parcelamento de solo urbano;

(vii) as unidades em que não houver redução da carga horária ou implantação do rodízio que

abranja ao menos um terço dos prepostos.

Artigo 3° - Os responsáveis pelas delegações de notas e de registro deverão afixar cartaz em local de

fácil acesso e divulgar por meio eletrônico, se disponível, o horário de funcionamento, os horários com

maior afluxo de usuários visando evitar aglomerações, as cautelas para prevenção e os riscos de

contágio pelo novo coronavírus.

Artigo 4° Este provimento terá vigência pelo prazo de sessenta dias contados da data de sua publicação.

São Paulo, 17 de março de 2020

RICARDO MAIR ANAFE

Corregedor Geral de Justiça

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9.2 Provimento CG 08/2020 – Autorização para Suspensão

PROVIMENTO CG Nº 08/2020 – Dispõe sobre medidas de prevenção a serem adotadas nos Serviços

Extrajudiciais de Notas e de Registro do Estado de São Paulo em relação ao vírus COVID-19.

O Desembargador RICARDO MAIR ANAFE, Corregedor Geral da Justiça do Estado de São Paulo, no

uso de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO a definição como pandemia da COVID-19, pela Organização Mundial da Saúde,

decorrente da infecção de grande número de pessoas em países distintos;

CONSIDERANDO o alto risco de contaminação pela COVID-19 nos locais de circulação e de

concentração de pessoas;

CONSIDERANDO a necessidade de adoção de medidas para a preservação da saúde dos responsáveis

pelas delegações, de seus prepostos e colaboradores e de todos os usuários dos serviços extrajudiciais

de notas e de registro;

CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 13.979/2020, no Decreto nº 10.282/2020 e nos Decretos

Estaduais nºs 64.879/2020 e 64.881/2020;

CONSIDERANDO que os serviços extrajudiciais de notas e de registro são essenciais para o exercício

de determinados direitos fundamentais, para a circulação da propriedade e para a obtenção de crédito

com garantia real;

CONSIDERANDO o disposto na Resolução nº 45/2020 e no Provimento nº 91/2020, ambos da

Corregedoria Nacional de Justiça, nos Comunicados CGJ nºs 231/2020, 235/2020, no Provimento CGJ

nº 07/2020 e no art. 28, inciso XXV, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de São

Paulo;

Resolve:

Art. 1º - Autorizar a imediata suspensão do funcionamento das unidades dos Serviços Extrajudiciais de

Notas e de Registro do Estado de São Paulo

Parágrafo único. A suspensão do atendimento nas Unidades Interligadas situadas nos

estabelecimentos de saúde que realizam partos será comunicada, pelo Oficial de Registro Civil

das Pessoas Naturais, ao Juiz Corregedor Permanente e à Corregedoria Geral da Justiça pelo

endereço eletrônico [email protected]

Art. 2º. Os prazos para a prática dos atos de notas e de registro, incluídos os do protocolo e os de

validade das habilitações de casamento, não terão curso durante o período de suspensão do expediente,

o que deverá ser objeto das anotações cabíveis.

Art. 3º. Os responsáveis pelas unidades em que ocorrer a suspensão do funcionamento deverão prestar

atendimento em regime de plantão que poderá ser presencial, virtual, ou por outro modo de atendimento

a distância.

§ 1º. Todos os meios de comunicação que forem adotados para o atendimento a distância,

nesses incluídos os números dos telefones fixo e celular, os endereços de WhatsApp, Skype, e

os demais que estiverem disponíveis para atendimento ao público, serão divulgados em cartaz

a ser afixado na porta da unidade, facilmente visível, nas páginas de Internet e, quando possível,

nas Centrais Eletrônicas das respectivas especialidades dos serviços.

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§ 2º. Fica autorizado o uso do Correio, mensageiros, ou qualquer outro meio seguro para o

recebimento e a devolução de documentos físicos destinados à prática de atos durante o

atendimento em regime de plantão, com emissão de comprovante do recebimento de

documentos e manutenção de controle dos documentos devolvidos aos usuários do serviço.

§ 3º. Os usuários deverão ser informados dos serviços prestados por intermédio das Centrais

Eletrônicas das respectivas especialidades dos serviços extrajudiciais, com esclarecimento

sobre a incidência, ou isenção, das taxas autorizadas por ato normativo específico.

§ 4º. Nas hipóteses em que houver cobrança de taxa, ou reembolso de despesa, pela Central

Eletrônica, não poderá ser recusada a prática do ato diretamente pela unidade do Serviço

Extrajudicial, desde que abrangido no regime de plantão.

§ 5º. Não haverá cobrança a título de reembolso de despesa ou de qualquer espécie de taxa por

custo adicional decorrente da adoção do regime de plantão a distância.

§ 6º. O atendimento virtual, ou a distância, será compulsório nas unidades em que o responsável,

ou seu preposto ou colaborador, estiver infectado pelo vírus COVID-19 (soropositivo).

Art. 4º. Será implantado sistema de distribuição de senhas, ou equivalente, para o controle do ingresso

nas unidades dos Serviços Extrajudiciais, a fim de que sejam mantidos entre os usuários, e entre estes

e os prepostos, distância seguro para o atendimento, com fornecimento de luvas e máscaras, a critério

do responsável pela delegação.

Parágrafo único. As pessoas portadoras de sintomas da COVID-19 serão preferencialmente

atendidas por meio remoto, ou por intermédio de representantes que constituírem. Na

impossibilidade, e desde que respeitem as orientações das autoridades de saúde, poderão ser

atendidas sem ingressar nas dependências da serventia, em local com proteção contra

intempéries.

Art. 5º. O plantão presencial terá duração não inferior a duas horas e o plantão a distância terá duração

não inferior a quatro horas, podendo o responsável pela unidade do serviço extrajudicial adotar qualquer

uma dessas modalidades de atendimento, ou ambas, a seu critério.

§ 1º. Os Registros Civis das Pessoas Naturais que adotarem o plantão presencial deverão

manter, de forma complementar, plantão a distância para os registros de nascimento e de óbito,

até que seja completado o período total de quatro horas de atendimento diário, ressalvados,

quanto aos óbitos, os convênios celebrados com as funerárias.

§ 2º. Este Provimento não se aplica aos plantões dos Registros Civis das Pessoas Naturais

previstos no item 7 do Capítulo XVII do Tomo II das Normas de Serviço da Corregedoria Geral

da Justiça, que serão realizados a distância, ressalvados os convênios celebrados com os

serviços funerários locais.

§ 3º. O atendimento no plantão a distância poderá ser promovido mediante direcionamento do

interessado ao uso da Central Eletrônica da respectiva especialidade, para as solicitações e atos

que abranger, desde que isentos do pagamento de taxas ou reembolso de despesas.

Art. 6º. Os plantões pelas unidades que suspenderem o funcionamento abrangerão:

I. as emissões de certidões;

II. os registros de nascimento e de óbito;

Page 68: COVID-19...(COVID-19). advogados

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III. as habilitações e os registros de casamento quando justificada a urgência;

IV. os registros de contratos de garantias reais sobre bens móveis e imóveis que sejam condição

para a liberação de financiamentos concedidos por instituições de crédito, observados o controle

do contraditório e a ordem cronológica de apresentação dos títulos;

V. as sustações de protesto;

VI. os repasses das parcelas dos emolumentos aos credores previstos na Lei Estadual nº

11.331/2002;

VII. as comunicações ao Portal do Extrajudicial necessárias para a geração de guias e

recolhimento dos emolumentos devidos ao Fundo Especial de Despesa do Tribunal de Justiça

do Estado de São Paulo;

VII. os demais atos notariais e de registro que forem compatíveis com a estrutura de funcionários.

Art. 7º. As Centrais Eletrônicas poderão implantar módulos para o encaminhamento de documentos

digitalizados que forem destinados ao protocolo de títulos, à emissão de certidões e aos cancelamentos

de protestos, desde que isentos de taxas.

§ 1º. O apresentante será informado do prazo de quinze dias, contados do término do prazo da

suspensão do serviço, para a entrega do documento original quando for requisito para o seu

registro, pena de cancelamento do protocolo.

§ 2º. O acesso aos módulos que forem implantados pelas Centrais Eletrônicas, para o

encaminhamento de documentos digitalizados, será gratuito e aberto a qualquer interessado que

deverá fornecer os elementos indispensáveis para a sua identificação.

§ 3º. A autorização para o protocolo de documento digitalizado prevista neste artigo, que abrange

os títulos não previstos nos itens 365 e seguintes do Capítulo XX do Tomo II das Normas de

Serviço da Corregedoria Geral da Justiça, é restrita ao período de vigência deste Provimento.

Art. 8º. No período de suspensão do expediente aplicam-se, no que forem compatíveis, o Provimento

CG nº 07/2020 e os Comunicados CG nºs 231/2020 e 235/2020.

Art. 9º - Este Provimento terá vigência pelo prazo de trinta dias contados da data de sua publicação.

São Paulo,

RICARDO MAIR ANAFE

Corregedor Geral da Justiça

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10 Serviços Extrajudiciais de Notas e de Registro do Estado do Rio de Janeiro

10.1 Provimento CGJ n° 22/2020 – Autorização para suspensão

PROVIMENTO CGJ nº 22/2020

Autoriza temporariamente a suspensão das atividades dos Serviços Extrajudiciais e o atendimento virtual

ao público; prorroga os prazos de validade dos protocolos, de qualificação, de prática dos atos notariais

e de registro, bem como a eficácia do certificado de habilitação de casamento que expirar no período da

vigência do Provimento CGJ nº 19/2020.

O CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, Desembargador

BERNARDO GARCEZ, no exercício das atribuições conferidas pelo artigo 22, inciso XVIII, da Lei de

Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Rio de Janeiro – LODJ,

CONSIDERANDO que compete à Corregedoria Geral da Justiça orientar, normatizar e fiscalizar as

atividades das serventias extrajudiciais, nos termos dos artigos 103-B, § 4º, incisos I e III, e 236, § 1º, da

Constituição da República;

CONSIDERANDO a Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para

enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus

(COVID19), responsável pelo surto de 2019;

CONSIDERANDO a Declaração de Pandemia de COVID-19 pela Organização Mundial da Saúde, em

11 de março de 2020; CONSIDERANDO o Provimento CGJ nº 19, de 16 de março de 2020;

CONSIDERANDO o Decreto Estadual nº 46.973, de 13 de março de 2020, que reconhece a emergência

na saúde pública do estado do Rio de Janeiro, em razão do contágio e adota medidas de enfrentamento

da propagação decorrente do novo coronavírus (COVID-19), e dá outras providências;

CONSIDERANDO a Recomendação CNJ nº 45, de 17 de março de 2020, que dispõe sobre as medidas

preventivas para redução dos riscos de contaminação com o novo coronavírus, causador da COVID-19,

no âmbito das serventias extrajudiciais e da execução dos serviços notariais e de registro;

CONSIDERANDO o Decreto Fluminense nº 46.980, de 19 de março de 2020, que atualiza as medidas

de enfrentamento da propagação decorrente do novo coronavírus (COVID-19) em decorrência da

situação de emergência em saúde, e dá outras providências, incluindo a suspensão de atividades como

a circulação do transporte intermunicipal em algumas áreas;

CONSIDERANDO a Resolução CNJ nº 313, de 19 de março de 2020, que estabelece, no âmbito do

Poder Judiciário, regime de Plantão Extraordinário, para uniformizar o funcionamento dos serviços

judiciários, com o objetivo de prevenir o contágio pelo novo Coronavírus – Covid-19, e garantir o acesso

à justiça neste período emergencial; CONSIDERANDO o agravamento da situação envolvendo o novo

coronavírus (COVID-19) e o aumento de casos confirmados pelo Ministério da Saúde;

CONSIDERANDO o estado de exceção em decorrência da emergência de saúde pública decorrente do

novo coronavírus (COVID-19); CONSIDERANDO a necessidade da manutenção da prestação dos

serviços extrajudiciais de modo eficiente e adequado, nos termos do artigo 4º da Lei nº 8.935, para o

atendimento das medidas urgentes;

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Resolve:

Artigo 1º. Os Serviços Extrajudiciais poderão suspender o atendimento ao público presencial ou o

funcionamento da serventia, em consonância com as orientações das autoridades locais da sede da

serventia, estaduais e nacionais de Saúde Pública.

§1º. O serviço que apenas suspender o atendimento presencial deverá realizá-lo remotamente

pelos meios tecnológicos disponíveis.

§2º. O serviço que suspender o funcionamento da unidade deverá manter plantão diário para

atender as medidas urgentes dos usuários e da Corregedoria Geral da Justiça, na forma do

artigo 8º, parágrafo único, da Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça – Parte

Extrajudicial.

§3º. O regime de plantão será realizado nos termos do artigo 14, parágrafos 6º e 8º, da

Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça – Parte Extrajudicial.

§4º. Fica facultada aos Serviços Extrajudiciais, com exceção do RCPN, a realização do plantão

por meio de formas alternativas que dispensem o comparecimento físico, como telefone, e-mail,

aplicativo multiplataforma de mensagens instantâneas e chamadas de voz, desde que garanta

a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos, nos termos do artigo 1º da

Lei nº 8.935.

§5º. A suspensão de quaisquer das atividades, o atendimento exclusivamente remoto e o regime

de plantão deverão ser informados ao público em aviso afixado em local de maior visibilidade no

Serviço e divulgados por meio eletrônico, este último, se possível.

§6º. Os Serviços Extrajudiciais que adotarem a medida prevista neste artigo deverão comunicar

à Corregedoria, por meio de malote digital endereçado à Divisão de Monitoramento Extrajudicial

– DIMEX.

Artigo 2º. É facultada a suspensão do funcionamento da Unidade Interligada (U.I.), mantendo-se o

atendimento na sede do Serviço Extrajudicial.

Artigo 3º. A eficácia do certificado de habilitação de casamento que expirar no prazo de vigência deste

ato fica prorrogada por mais noventa dias a contar do prazo em que se daria a sua expiração.

Artigo 4º. Ficam suspensos os prazos de validade dos protocolos, de qualificação e de prática dos atos

notariais e de registro, devendo ser consignado, nos respectivos livros e assentamentos, o motivo da

suspensão.

Parágrafo único. A suspensão dos prazos não incide para:

I. registro de nascimento e óbito;

II. repasse das parcelas dos emolumentos aos credores previstos na Lei Estadual nº 3.350;

III. transmissão dos resumos dos atos à Corregedoria Geral da Justiça e o recolhimento dos

emolumentos devidos ao Fundo Especial de Despesa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio

de Janeiro.

Artigo 5º. Ficam prorrogados os Provimentos CGJ nº 19 e 20/2020 até 30 de abril de 2020, naquilo que

não conflitar com este ato.

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Artigo 6º. Este ato terá vigência no período entre sua publicação e 30 de abril de 2020, podendo ser

revisto, em eventual regressão ou evolução da situação excepcional que levou à sua edição, por ato da

Corregedoria Geral da Justiça.

Rio de Janeiro, 20 de março de 2020.

Desembargador BERNARDO GARCEZ

Corregedor-Geral da Justiça

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11 Serviços Extrajudiciais de Notas e Registro do Estado de Minas Gerais

11.1 Portaria Conjunta n°. 950/PR/2020 – Suspensão Atendimento Presencial

DJe disponibilizado em 19/03/2020

PORTARIA CONJUNTA Nº 950/PR/2020

Dispõe sobre a suspensão do atendimento presencial no âmbito dos Serviços Notariais e de Registro do

Estado de Minas Gerais.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS e o CORREGEDOR-

GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso das atribuições que lhes conferem o

inciso II do art. 26 e os incisos I e III do art. 32 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado

de Minas Gerais, aprovado pela Resolução do Tribunal Pleno nº 3, de 26 de julho de 2012,

CONSIDERANDO que compete à Corregedoria-Geral da Justiça orientar, normatizar e fiscalizar as

atividades das serventias extrajudiciais;

CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (??2019-nCoV) como

pandemia significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população mundial de forma

simultânea, não se limitando aos locais que já tenham sido identificados como de transmissão interna;

CONSIDERANDO a Portaria do Ministério da Saúde nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, que ``Declara

Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana

pelo novo Coronavírus (2019- nCoV)'';

CONSIDERANDO os ditames da Recomendação da Corregedoria Nacional de Justiça nº 45, de 17 de

março de 2020;

CONSIDERANDO a necessidade de conter a propagação da doença, a transmissão local, a preservação

da saúde dos delegatários e prepostos dos serviços notariais e de registros, bem como dos usuários em

geral;

CONSIDERANDO a necessidade de manter o atendimento de medidas urgentes;

CONSIDERANDO que, embora o art. 21 da Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, disponha que o

gerenciamento administrativo e financeiro dos serviços notariais e de registro é da responsabilidade

exclusiva do respectivo titular, cabe ao Poder Público reduzir as possibilidades de contágio do

Coronavírus (Sars-COV-2), causador da doença COVID19;

CONSIDERANDO os requerimentos apresentados pelo Colégio Registral Imobiliário de Minas Gerais -

CORI MG, pelo Instituto dos Registradores de Títulos e Documentos e Civil das Pessoas Jurídicas de

Minas Gerais - IRTDPJ Minas e pelo Sindicato dos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais de

Minas Minas - RECIVIL;

CONSIDERANDO o que constou no Processo do Sistema Eletrônico de Informações - SEI nº 0035395-

21.2020.8.13.0000, RESOLVEM: Art. 1º Fica suspenso o atendimento presencial no âmbito dos Serviços

Notariais e de Registro do Estado de Minas Gerais, no período de 19 a 27 de março de 2020.

Parágrafo único Durante o período estabelecido no ``caput'' deste artigo, ficam suspensos os

prazos dos serviços notariais e registrais, salvo os plantões do Registro Civil das Pessoas

Naturais de que trata o art. 2º desta Portaria Conjunta, podendo, a critério do titular ou

Page 73: COVID-19...(COVID-19). advogados

© Lefosse Advogados 70

responsável, ser realizados trabalhos internos ou em “home office”, desde que não coloquem

em risco a saúde de qualquer pessoa.

Art. 2º Os serviços de Registro Civil das Pessoas Naturais deverão fazer atendimento presencial em

regime de plantão, nos termos dos arts. 47 e seguintes do Provimento da Corregedoria-Geral de Justiça

n° 260, de 18 de outubro de 2013, para fins de registro de nascimento e óbito.

Parágrafo único. O sistema de plantão não deve acarretar filas ou aglomerações de pessoas no

interior da serventia.

Art. 3º Os titulares, interinos e interventores, com mais de 60 anos, portadores de doenças crônicas,

gestantes e/ou lactantes, ficam dispensados do comparecimento à serventia, podendo ser nomeado

outro preposto para responder pelo serviço.

Art. 4º Os delegatários, interinos, interventores e demais responsáveis pelo expediente deverão observar

rigorosamente as orientações das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, bem como do Ministério

da Saúde, sobre medidas de prevenção à disseminação do Coronavírus (SARS-COV-2), causador da

doença COVID-19.

Art. 5º De forma excepcional, as serventias que atuam em unidades interligadas poderão suspender o

atendimento nas unidades hospitalares durante o período crítico de contágio do COVID-19.

Art. 6º Fica suspensa, “sine die”, a realização da Correição Ordinária Geral, prevista no art. 26, § 1º do

Provimento da Corregedoria-Geral de Justiça nº 355, de 18 de abril de 2018.

Art. 7º Esta Portaria Conjunta entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 18 de março de

2020.

Desembargador NELSON MISSIAS DE MORAIS,

Presidente Desembargador

JOSÉ GERALDO SALDANHA DA FONSECA,

Corregedor-Geral de Justiça

Republica-se por conter erro material na versão disponibilizada no DJe do dia 18 de março de 2020.