- curso delegado - inquérito e provas - prof. andreucci

156
Prof. Ricardo Andreucci INQUÉRITO POLICIAL Prof. Ricardo Andreucci

Upload: paulist-pessoa-batuta

Post on 25-Nov-2015

13 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Prof. Ricardo AndreucciINQURITO POLICIALProf. Ricardo Andreucci

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciConceito:O inqurito policial um procedimento administrativo que no se sujeita s mesmas frmulas do processo judicial. realizado pela Polcia Judiciria e tem como escopo reunir elementos de convico que habilitem o rgo de acusao propositura da ao penal (pblica ou privada).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciNatureza e finalidade: um procedimento administrativo informativo, destinado a fornecer ao rgo da acusao o mnimo de elementos necessrios propositura da ao penal.No se confunde com a instruo criminal.Tem carter nitidamente inquisitivo.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPersecuo penal:

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciSegurana Pblica:Art. 144 da Constituio Federal:A segurana Pblica, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, exercida para a preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio, atravs dos seguintes rgos:I polcia federal;II polcia rodoviria federal;III polcia ferroviria federal;IV polcias civis;V polcias militares e corpos de bombeiros militares.(...)

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEstrutura bsica da polcia:

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciArt. 4 do Cdigo de Processo Penal:

    A polcia judiciria ser exercida pelas autoridades policiais no territrio de suas respectivas circunscries e ter por fim a apurao das infraes penais e sua autoria.

    Pargrafo nico: A competncia definida neste artigo no excluir a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma funo.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPoderes de investigao:Polcia Judiciria (civil e federal).Ministrio Pblico (infraes penais e inqurito civil).Juiz (inqurito judicial falncia revogado Dec.-lei 7.661/45).Comisses Parlamentares de inqurito (art. 58, 3, CF).Polcia Militar (inqurito policial militar).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPoderes de investigao:STF (infrao penal cometida em sua sede ou dependncias).Cmara dos Deputados e Senado Federal (infrao penal cometida em suas sedes ou dependncias).Ministrio Pblico (crime praticado por Promotor de Justia).Poder Judicirio (crime praticado por Juiz de Direito).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCaractersticas do inqurito policial:

    formado de peas escritas (art. 9, CPP).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCaractersticas do inqurito policial: sigiloso (art. 20, CPP) sigilo necessrio elucidao do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.O sigilo no se aplica ao advogado, quando possua legitimatio ad procedimentum STF C 82.354-PR, 1 T., 10.08.2004, v.u..Art. 7, XIII e XIV, do Estatuto da OAB.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCaractersticas do inqurito policial: inquisitivo, ou seja, nele no se desenvolve o contraditrio. A autoridade policial, embora atue com discricionariedade, est sujeita aos limites da lei. No h contraditrio no inqurito policial e nem tampouco pode a parte exercer a ampla defesa, que so garantias constitucionais que se aplicam apenas aos processos;

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCaractersticas do inqurito policial: realizado pela Polcia Judiciria (art. 4 do Cdigo de Processo Penal).Polcia Federal: polcia judiciria da Unio (art. 144, 1, IV, da Constituio Federal).Polcias Civis: polcia judiciria, ressalvada a competncia da Unio (art. 144, 4, da Constituio Federal).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCaractersticas do inqurito policial: dispensvel, ou seja, no obrigatrio, uma vez que o Ministrio Pblico ou o ofendido podero iniciar a ao penal com base em peas de informao. Nesse sentido, o art. 27 do CPP.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCaractersticas do inqurito policial:

    indisponvel (art. 17 do CPP), uma vez que a autoridade policial no poder mandar arquivar autos de inqurito;

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCaractersticas do inqurito policial:Tem contedo informativo, pois visa dotar o Ministrio Pblico ou o ofendido de elementos suficientes para a propositura da ao penal.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPERGUNTAAs provas colhidas na fase inquisitria (sem contraditrio e ampla defesa) podem ser utilizadas em juzo?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciRESPOSTASIM, desde que obedecidas as formalidades legais para sua obteno.Ex.: provas periciais, apreenses em geral, reconhecimento, acareaes etc

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciDestinatrios do inqurito policial:Destinatrio Imediato: o Ministrio Pblico ou o ofendido (formao da opinio delicti)Destinatrio Mediato: Juiz de Direito (pode encontrar no IP fundamentos para julgar)

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciIncio do inqurito policial:

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProcedimento do inqurito policial:No h forma procedimental rigorosa a ser seguida no inqurito policial. Entretanto, algumas providncias so imprescindveis por parte da autoridade policial, conforme determina o art. 6 do CPP.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProvidncias imprescindveis:

    Dirigir-se ao local da infrao penal, providenciando para que no se alterem o estado e conservao das coisas, at a chegada dos peritos criminais;

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProvidncias imprescindveis:Apreender os objetos que tiverem relao com o fato, aps liberados pelos peritos criminais;

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProvidncias imprescindveis:Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstncias;

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProvidncias imprescindveis:

    Ouvir o ofendido;

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProvidncias imprescindveis:

    Ouvir o indiciado;

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProvidncias imprescindveis:

    Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareaes;

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProvidncias imprescindveis:Determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras percias;

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProvidncias imprescindveis:Ordenar a identificao do indiciado pelo processo datiloscpico, se possvel, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciIndiciamento:CONCEITO: a imputao a algum, no inqurito policial, da prtica do ilcito penal investigado.O indiciamento no ato discricionrio ou arbitrrio da autoridade policial. obrigatrio se existentes indcios razoveis de autoria e prova suficiente da infrao penal.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPERGUNTA:Qual a medida cabvel contra o indiciamento ilegal ou indevido?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciRESPOSTA:Habeas corpus vrios precedentes do STF cessar os efeitos do indiciamento ou trancar a investigao.Tribunal de Justia de So Paulo: Mandado de segurana.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciIdentificao criminal:Art. 5, LVIII, CF O civilmente identificado no ser submetido a identificao criminal, salvo nas hipteses previstas em lei.(norma constitucional de eficcia contida)

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciIdentificao criminal:Smula 568 do STF: A identificao criminal no constitui constrangimento ilegal, ainda que o indiciado j tenha sido identificado civilmente.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciLei n 10.054/00:Art. 3: excees previstas pela regra constitucional:a) Indiciado ou acusado pela prtica de:- homicdio doloso;- crimes contra o patrimnio praticados com violncia ou grave ameaa;- crime de receptao qualificada;- crimes contra a liberdade sexual;- crime de falsificao de documento pblico.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciIdentificao criminal:b) Fundada suspeita de falsificao ou adulterao do documento de identidade;c) Estado de conservao ou documento antigo que impossibilite a completa identificao dos caracteres essenciais;d) Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificaes;e) Houver registro de extravio do documento de identidade;f) No comprovao, em 48 horas, da identificao civil.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCrime organizado:Art. 5 da Lei n 9.034/95:Identificao criminal das pessoas envolvidas com a ao praticada por organizaes criminosas, independentemente da identificao civil.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciIndiciado menor de 21 anos:Art. 15 do CPP: Se o indiciado for menor, ser-lhe- nomeado curador pela autoridade policial.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciIndiciado menor de 21 anos:Posio que prevalece na doutrina e jurisprudncia: Em face da nova regra do art. 5 do CC, no se justifica mais a especial proteo que a lei processual confere aos indiciados menores de 21 anos.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciIndiciado menor de 21 anos:NO INTERROGATRIO JUDICIAL:A Lei n 10.792/03 revogou o art. 194 do CPP, que exigia a presena de curador no interrogatrio judicial do acusado menor de 21 anos.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProvidncias imprescindveis:Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condio econmica, sua atitude e estado de nimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contriburem para a apreciao do seu temperamento e carter.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCrime organizado:Lei n 9.034/95 - outras providncias:Captao e interceptao ambiental de sinais eletromagnticos, pticos ou acsticos;Interceptao telefnica;Infiltrao por agentes de polcia ou de inteligncia

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCrime organizado:Observao: Todas essas providncias dependem de circunstanciada autorizao judicial.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciReconstituio: a reproduo simulada dos fatos. De acordo com o art. 7 do CPP, a autoridade policial poder proceder reconstituio dos fatos, desde que no contrarie a moralidade e a ordem pblica, a fim de verificar a possibilidade de haver a infrao penal sido praticada de determinado modo.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPERGUNTAO indiciado obrigado a participar da reconstituio?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciRESPOSTANO. Porque esse fato pode influir negativamente na sua defesa, no estando ele obrigado a fazer prova contra si mesmo.Entretanto, ele obrigado, se for o caso, a comparecer ao local da reconstituio, ainda que precise ser conduzido coercitivamente pela autoridade policial.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciDeveres da autoridade policial:Alm das diligncias referidas nos arts. 6 e 7 do CPP, incumbe autoridade policial, nos termos do art. 13 do CPP:Fornecer s autoridades judicirias as informaes necessrias instruo e julgamento dos processos;Realizar diligncias requisitadas pelo juiz ou pelo Ministrio Pblico;Cumprir os mandados de priso expedidos pelas autoridades judicirias;Representar acerca da priso preventiva.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPrazo para concluso do inqurito:

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPrazo para concluso do inqurito:

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEncerramento do inqurito policial:Minucioso relatrio;Indicao de testemunhas que no tiverem sido inquiridas;Envio dos instrumentos do crime e objetos que interessarem prova;Ofcio ao Instituto de Identificao com indicao do juzo a que tiver sido distribudo o IP, alm dos dados relativos infrao penal e pessoa do indiciado.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciArquivamento do inqurito policial:

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciArquivamento do inqurito policial:

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciArquivamento do inqurito policial:

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:

    As provas colhidas no inqurito policial so vlidas para a condenao?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: Depende. So vlidas para embasar a condenao apenas as provas que no puderem ser refeitas em juzo, sob o crivo do contraditrio e da ampla defesa, como acontece com as percias em geral, laudos de exame de corpo de delito etc.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:

    Pode a autoridade policial indeferir o pedido de instaurao de inqurito policial?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: Sim. Nos casos em que falte justa causa ao penal; em que o ofendido apresente requerimento sem os elementos indispensveis ao incio das investigaes; em que a autoridade policial no tiver atribuio para a investigao etc.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Nesse caso, nos termos do art. 5, 2, do CPP, caber recurso para o Chefe de Polcia atualmente o Secretrio de Segurana Pblica.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Pode o membro do Ministrio Pblico presidir o inqurito policial, ou este ato privativo da autoridade policial?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: Em regra, somente os delegados de polcia de carreira podem presidir o inqurito policial.Excepcionalmente, outros rgos podem presidi-lo, como, por exemplo, no caso de infrao penal envolvendo titulares de prerrogativa de funo, quando, ento, a investigao caber ao prprio foro (STF, STJ, TJ etc.)

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:O Promotor de Justia no pode mais assumir a direo de inquritos policiais quando designados pelo Procurador-Geral, onde no haja delegado de polcia de carreira, como previa o art. 15, III e V, da Lei Complementar n 40/81 LONMP.Essa regra no foi reeditada pela Lei n 8.625/93 LONMP.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:A requisio de instaurao de inqurito policial pode ser feita por autoridades judicirias ou promotores de justia atuantes na rea cvel?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: No. A requisio de instaurao de inqurito policial atribuio exclusiva de magistrados e membros do Ministrio Pblico criminais, como desdobramento lgico de suas funes.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:As autoridades judicirias e promotores de justia atuantes na esfera cvel podero comunicar autoridade policial a ocorrncia de crime (notitia criminis). Essa comunicao no ter carter de requisio.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Qual a medida cabvel contra inqurito policial indevidamente instaurado por requisio de autoridade judiciria ou membro do Ministrio Pblico?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: Cabe habeas corpus para o trancamento do inqurito policial.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Nesse caso, quem autoridade coatora?A que rgo jurisdicional ser dirigido o HC?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:O habeas corpus ser dirigido ao Tribunal competente, pois, no caso, a autoridade coatora no o delegado de polcia (que limitou-se a cumprir a exigncia legal de outra autoridade), mas sim o Juiz de Direito ou o Promotor de Justia requisitantes.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:

    possvel o desindiciamento?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: Sim. Ocorre quando o juiz determina o cancelamento de um indiciamento abusivo ou ilegal.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:O que notitia criminis inqualificada?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: a notcia annima de um crime dada autoridade policial.Neste caso, deve a autoridade policial agir com cautela, discrio e sigilo, verificando a verossimilhana da informao, para, somente ento, instaurar inqurito policial.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:O prazo para a concluso do inqurito policial prazo penal ou prazo processual? Ser contado de acordo com o art. 10 do Cdigo Penal ou de acordo com o art. 798, 1, do Cdigo de Processo Penal?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: A questo controvertida na doutrina.Prevalece o entendimento majoritrio de que se trata de prazo processual, contado de acordo com o disposto no art. 798, 1, do CPP.H, entretanto, autores que consideram o prazo penal, contando-se de acordo com a regra do art. 10 do CP.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Pode o Juiz indeferir o requerimento de novas diligncias feito pelo Promotor de Justia aps a concluso do inqurito policial?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: No. Caso haja o indeferimento, estar o Juiz sujeito a correio parcial, uma vez que incorre em error in procedendo.Caso o Juiz entenda que as diligncias so desnecessrias, dever aplicar analogicamente o disposto no art. 28 do CPP.Nada impede que o MP requisite diretamente as diligncias autoridade policial.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:O que ocorre com o inqurito policial encaminhado ao frum, quando o crime apurado for de ao penal privada?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: o inqurito policial deve ser distribudo e, nos termos do art. 19 do CPP, ficar aguardando a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou ser entregue ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Pode o ofendido, no caso de crime de ao penal privada, pedir o arquivamento do inqurito policial?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: Sim. Neste caso, o pedido de arquivamento do ofendido equivale renncia tcita ao direito de queixa.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Em que consiste o Princpio da Devoluo?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: Consiste na possibilidade conferida ao Juiz de Direito de, discordando do requerimento de arquivamento do inqurito policial feito pelo Promotor de Justia, transferir (devolver) a anlise do caso ao Procurador-Geral de Justia, chefe do Ministrio Pblico

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:O membro do Ministrio Pblico designado pelo Procurador-Geral de Justia para oferecer denncia, nos termos do art. 28 do CPP, obrigado a propor a ao penal?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: Sim. Neste caso o Promotor de Justia designado no age em nome prprio e sim no do chefe do Ministrio Pblico, do qual longa manus, por delegao interna de atribuies.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Cabe recurso do despacho do Juiz que ordena o arquivamento do inqurito policial ou peas de informao?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: No. Esse despacho irrecorrvel.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciRECURSO DE OFCIOEntretanto, deve o Juiz recorrer de ofcio sempre que ordenar o arquivamento de inqurito policial referente a crime contra a economia popular ou contra a sade pblica (art. 7 da Lei n 1.521/51).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciRESECabe recurso em sentido estrito no caso das contravenes de jogo do bicho e aposta em corrida de cavalo (arts. 58 e 60 do Dec.lei n 6.259/44).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Anulado o processo a partir da denncia, inclusive, pode o Promotor de Justia decidir-se, agora, pelo arquivamento do inqurito policial?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes sobre inqurito policial:Resposta: Pode. Anulado o processo a partir da denncia, inclusive, surge para o Ministrio Pblico o ensejo de reanlise do caso, nada impedindo que requeira o arquivamento do inqurito policial.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes para anlise em casa:Pode o ofendido, depois de pedido e ordenado o arquivamento do inqurito policial versando sobre crime de ao penal privada, propor, dentro do prazo decadencial, queixa-crime com base em novas provas?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQuestes para anlise em casa:O pedido de arquivamento formulado por um representante do Ministrio Pblico, impede que outro, que o suceda, oferea denncia, ainda no proferido o despacho de arquivamento pelo Juiz?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPROVASProf. Ricardo Andreucci

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCONCEITO DE PROVAProva todo elemento trazido ao processo, pelo Juiz ou pelas partes, destinado a comprovar a realidade de um fato, a existncia de algo ou a veracidade de uma afirmao.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciFINALIDADESua finalidade fornecer subsdios para comprovar a verdade dos fatos que foram alegados pelas partes na formao da convico do julgador.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciOBJETO DA PROVA aquilo que se quer demonstrar (fatos capazes de influir no julgamento da causa).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciFATOS QUE NO NECESSITAM SER PROVADOSa) fatos axiomticos (intuitivos): so evidentes. A evidncia afasta a dvida e se no h dvida o fato no precisa ser provado.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciFATOS QUE NO NECESSITAM SER PROVADOSb) fatos notrios: so os fatos cujo conhecimento faz parte da cultura do povo.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciFATOS QUE NO NECESSITAM SER PROVADOSc) fatos inteis: so os fatos que no tem qualquer relao com o crime.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciFATOS QUE NO NECESSITAM SER PROVADOSd) fatos que decorrem de presunes legais: pois as concluses decorrem da lei.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciFATOS QUE DEPENDEM DE PROVATodos os fatos restantes, no mencionados anteriormente, precisam ser provados.Precisam ser provados, inclusive, a critrio do juiz, os fatos admitidos ou aceitos, denominados fatos incontroversos.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciFATOS INCONTROVERSOSSo aqueles que foram aceitos pela parte como verdadeiros. No processo penal, ao contrrio do que ocorre no processo civil, os fatos incontroversos precisam ser provados, pois em razo do princpio da verdade real, o juiz no est obrigado a aceitar como verdadeiro aquilo que as partes admitem.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPROVA DO DIREITOEm regra, o direito no precisa ser provado, pois vale o brocardo latino iure novit curia, ou seja, o juiz conhece o direito.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPRECISAM SER PROVADOSDireito Estadual.Direito Municipal.Direito aliengena.Direito Consuetudinrio.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPERGUNTA:A previso legal das provas, nos arts. 158 a 250 do CPP, taxativa ou exemplificativa?

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciRESPOSTAO rol EXEMPLIFICATIVO, uma vez que so admitidas as provas inominadas, que so aquelas no previstas expressamente na legislao.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCLASSIFICAO DAS PROVASAs provas podem ser classificadas:Em razo do objeto.Em razo o efeito ou do valor.Em razo do sujeito ou causa.Em razo da forma ou aparncia.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEM RAZO DO OBJETODiretas: quando se referem diretamente ao fato cuja prova desejada (fato probando).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEM RAZO DO OBJETOIndiretas: quando se referem a um outro fato que no aquele que se quer provar, mas que, por via do raciocnio, permite chegar quele que se quer provar (Ex.: libi).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEM RAZO DO EFEITOPlenas: so as provas concludentes, convincentes, que produzem um estado de certeza no julgador. So as provas exigidas para a condenao.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEM RAZO DO EFEITONo plenas: so as provas que revelam probabilidade e no certeza. So insuficientes para a condenao, em razo do princpio in dbio pro reo. Todavia, suficiente para que medidas cautelares sejam tomadas, como por exemplo, a decretao da priso preventiva.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEM RAZO DO SUJEITOreais: so as provas que consistem em coisa externa e distinta da pessoa (ex: arma, lugar do crime, cadver).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEM RAZO DO SUJEITOpessoais: so as provas realizadas atravs da narrao do que se sabe, feita por uma pessoa (ex: interrogatrio, testemunhos).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEM RAZO DA FORMATestemunhal: resultante do depoimento prestado por sujeito estranho ao processo, sobre fatos de seu conhecimento pertinentes ao litgio.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEM RAZO DA FORMADocumental: produzida por meio de documentos.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEM RAZO DA FORMAMaterial: obtida por meio qumico, fsico ou biolgico (Ex.: exames, vistorias, corpo de delito etc).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciMEIOS DE PROVASo as coisas ou aes utilizadas pelas partes para demonstrar a verdade de um fato. No processo penal, em razo do princpio da verdade real, no h limitao dos meios de prova (princpio da liberdade probatria).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciMEIOS DE PROVAEsse princpio no absoluto, uma vez que o artigo 155 do CPP determina que somente quanto ao estado das pessoas sero observadas as restries prova estabelecidas pela lei civil.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciNUS DA PROVA a faculdade que a parte tem de demonstrar a real ocorrncia do fato que alegou em seu interesse. O art. 156, 1 parte, do CPP dispe que a prova da alegao incumbir a quem a fizer. Cabe ao rgo da acusao provar a existncia do fato e a sua autoria pelo acusado.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciNUS DA PROVACabe defesa provar os fatos que alegar em seu beneficio (ex: causa excludente de antijuridicidade, causas excludentes de culpabilidade, circunstncias atenuantes). Segundo o art. 156, 2 parte, CPP, o juiz poder determinar, de ofcio, provas para esclarecer dvida relevante.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciMOMENTOS DA PROVAPara a acusao:Para a acusao as provas devem ser requeridas por ocasio do oferecimento da denncia ou da queixa, prevendo a lei, ainda, que podero ser requeridas tambm na fase do art. 499 do CPP (fase de diligncias complementares que ocorre no rito ordinrio).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciMOMENTOS DA PROVAPara a defesa:Para a defesa as provas devem ser requeridas na defesa prvia, podendo, ainda, ser requeridas na fase das diligncias complementares (art. 499 do CPP).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciINDEFERIMENTO O indeferimento, pelo juiz, das provas requeridas pelas partes irrecorrvel, pois no se trata de deciso definitiva. Em eventual apelao da sentena desfavorvel poder ser argida, em preliminar, a nulidade do processo por cerceamento da defesa ou da acusao.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciSISTEMAS DE APRECIAO DAS PROVASSistema da certeza moral do juiz (ou da ntima convico): a lei nada diz sobre o valor das provas. A deciso funda-se na certeza moral do juiz, que decide sobre o seu valor. o sistema que vigora no Brasil no Tribunal do Jri os jurados no precisam motivas sua deciso.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciSISTEMAS DE APRECIAO DAS PROVASSistema tarifado (sistema da prova legal, da certeza moral do legislador, da verdade legal ou da verdade moral): a lei impe ao juiz certos preceitos que atribuem prova o seu valor. Neste sistema o juiz no tem qualquer liberdade de apreciao valorativa.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciSISTEMAS DE APRECIAO DAS PROVASSistema da livre convico (ou do livre convencimento motivado ou da persuaso racional): o juiz aprecia livremente prova, no estando vinculado a critrios fixados pela lei, possuindo liberdade de valorao. Todavia, o juiz precisa fundamentar sua deciso. o sistema adotado pelo nosso CPP. Art. 157: o juiz formar sua convico pela livre apreciao da prova.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPRINCPIOS APLICVEIS S PROVASprincpio da auto-responsabilidade: no processo penal as partes arcam com as conseqncias de sua inao.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPRINCPIOS APLICVEIS S PROVASprincpio da audincia contraditria: toda produo de prova por uma das partes permite a contraprova pela outra. As partes devem ter conhecimento das provas produzidas por uma parte para que possam contradit-la.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPRINCPIOS APLICVEIS S PROVASprincpio da aquisio ou comunho da prova: a prova no pertence parte que a produziu, podendo servir a ambas as partes.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPRINCPIOS APLICVEIS S PROVASprincpio da publicidade: a prova, como ato processual que , pblica, como regra. Excepcionalmente ter publicidade restrita (somente para as partes) quando configurar segredo de justia.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo Andreucci PROVA PERICIALProf. Ricardo Andreucci

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPERCIAPercia: o exame realizado por pessoa que tem determinados conhecimentos especficos acerca dos fatos relacionados ao crime, tendo a funo de comprov-los.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPERITOPerito: a pessoa que realiza o exame. o auxiliar da justia que tem a funo de fornecer ao juiz dados instrutrios de ordem tcnica, auxiliando o julgamento da causa.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPERITOS OFICIAISOs exames de corpo de delito e as outras percias sero feitos por dois peritos oficiais. Os peritos oficiais no precisam ser nomeados pelo juiz, nem precisam prestar compromisso de bem e fielmente exercer suas funes, valendo o compromisso prestado quando da investidura no cargo.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPERITOS LOUVADOSNo havendo peritos oficiais, o exame ser realizado por duas pessoas idneas, portadoras de diploma de curso superior, escolhidas, de preferncia, entre as que tiverem habilitao tcnica relacionada natureza do exame.Os peritos no oficiais prestaro compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciLAUDO PERICIALLaudo: o resultado da percia. Art. 160 do CPP: Os peritos elaboraro o laudo pericial, onde descrevero minuciosamente o que examinarem, e respondero aos quesitos formulados.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciQUESITOSQuesitos: so perguntas pertinentes percia e que versam sobre pontos a serem esclarecidos. Art. 176: A autoridade e as partes podero formular quesitos at o ato da diligncia.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPRAZOPrazo: 10 dias, prorrogveis Art. 160, par. nico do CPP: O laudo pericial ser elaborado no prazo mximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciASSISTENTE TCNICOAssistente tcnico: no processo penal no h a figura do assistente tcnico.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciAPRECIAO DO LAUDOExistem 2 sistemas:a) vinculatrio: o juiz fica adstrito ao laudo, ou seja, est obrigado a aceit-lo.b) liberatrio: o juiz tem a liberdade de aceitar ou no o laudo. o sistema adotado pelo nosso CPP, no artigo 182: o juiz no ficar adstrito ao laudo, podendo aceit-lo ou rejeit-lo, no todo ou em parte.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCORPO DE DELITOCorpo de Delito: o conjunto de vestgios deixados pelo crime, ou seja, so todas as alteraes causadas pelo delito. O corpo de delito comprova a existncia do fato criminoso ( a materialidade do crime).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciCORPO DE DELITONem todo delito deixa vestgios. Existem delitos transeuntes e delitos no transeuntes. Delitos transeuntes so os que no deixam vestgios. Delitos no transeuntes, por sua vez, so os que deixam vestgios.Sempre que a infrao deixar vestgios, o exame pericial obrigatrio.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEXAME DE CORPO DE DELITOExame de Corpo de Delito: a atividade destinada verificao dos vestgios deixados pelo crime, com a elaborao de um documento (laudo) que registre a existncia desse crime. Visa comprovar a materialidade do crime.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEXAME DE CORPO DE DELITOO exame de corpo de delito pode ser:a) direto: quando realizado sobre o prprio corpo de delitob) indireto: realizado sobre dados e vestgios paralelos.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEXAME DE CORPO DE DELITOIndispensabilidade do exame de corpo de delito - art. 158 do CPP: o exame de corpo de delito obrigatrio quando a infrao deixar vestgios, no podendo ser suprido pela confisso do acusado. Sua falta gera nulidade da ao penal (art. 564, III, b CPP).

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciEXAME DE CORPO DE DELITOSe os vestgios desapareceram, no sendo possvel a realizao de exame, dispensa-se a percia, e a materialidade do crime pode ser comprovada a partir de prova testemunhal (art. 167) corpo de delito indireto.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo Andreucci PROVAS PROIBIDASProf. Ricardo Andreucci

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciPROVAS ILEGAIS OU ILEGTIMASAquelas que contrariam a lei processual: ouvir mais testemunhas do que as previstas em lei; provar propriedade com documento particular etc. A violao aqui da norma processual. PROVAS ILCITASAquelas que contrariam a lei material de natureza, penal, civil, administrativo, constitucional, etc. Falsificao de documento, induzimento a manifestao de vontade em erro, violar direito intimidade, etcProvas ilcitas e ilegtimas

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProva ilcita:

    A ilicitude da prova pode ser em si ou em relao forma como foi produzida:

    do modo como ela foi obtida, ou

    do meio usado para a demonstrao do fato.

    A causa mais freqente de ilicitude a obteno da prova por meio antijurdico, como as interceptaes de conversas telefnicas

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciExemplos de provas ilcitas:

    gravao de conversa telefnica sem o consentimento dos partcipes; a exibio de fotografia com ofensa aos direitos gerais da personalidade; leitura indevida de dirio pessoal; o depoimento de algum que observou ilegalmente o cnjuge-ru em sua prpria casa. STF: ilicitude por contaminaoilicitude dos frutos da rvore contaminada. (the fruits of the poisons tree doctrine) HC. n 69.912-0-RS, Min. Seplveda Pertence

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciProva ilcita:

    matria controvertida. teoria da proporcionalidade direito alemoConcede eficcia jurdica prova, se sua ilicitude causar uma ofensa menor ao ordenamento jurdico que a que poderia advir da sua no-produo.

    Gravao de conversa telefnica ou ambientalFeita por um dos partcipes, lcita, mesmo sem consentimento do outro. Igual a carta postal. Para o crime Lei n 9296/96: vlida se autorizada pelo juiz. Admite-se o uso para o processo civil, como prova emprestada

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciSem violar a privacidade, pode:

    Buscar informaes sobre pessoas fsicas ou jurdicas em cartrios, DOU, tribunais e juntas comerciais;

    Seguir, fotografar ou filmar algum em lugar pblico;

    Colher informaes sobre algum com base em notcias publicadas em jornais e revistas;

    Pedir informaes a pessoas prximas, como vizinhos ou colegas de trabalho

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciSem violar privacidade, no pode:

    Instalar busca telefnica, escuta telefnica ou ambiental;

    Interceptar correspondncia postal, eletrnica, ou outra forma impressa;

    Usar cmeras ou microfones escondidos em locais privados e sem aviso;

    Pedir informaes mediante pagamento;

    Preparar flagrante da ilicitude civil, penal, etc.

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciExemplos:

    Militar que teve o carro danificado na garagem do Condomnio, instalou cmera escondida e descobriu o autor, que disse ser prova ilcita, ferindo seu direito privacidade.

    Subalterno grava conversa com ministro de Estado que prope participao em esquema de propina. Processado o Ministro alega violao de sua intimidade e ilicitude da prova

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciExemplos:

    Presidente da Repblica tem computador apreendido e contedo degravado. Em juzo alega ilicitude por violao de sua privacidade e ilicitude da prova porque no autorizada judicialmente.

    Cantora internacional presa engravida, culpa carcereiros e nega submeter-se a exame de DNA que identificaria o pai e presumvel autor de estupro, invocando direito a sua intimidade

    Prof. Ricardo Andreucci

  • Prof. Ricardo AndreucciExemplos:Marido suspeitando da fidelidade da esposa, rompe fecho de dirio e constata que ela teve caso amoroso com um vizinho. Mulher alega ilicitude da prova porque violadora de sua intimidade.

    Mulher examina e-mails do marido e descobre que ele participa de chats de sexo virtual e pede separao litigiosa por injria grave. Ele diz que sua intimidade foi violada e que tal prova ilcita.

    Prof. Ricardo Andreucci

    *