( espiritismo) - e a e - aula 69 - a doutrina de tiago sobre a salvacao # 1

32
DOUTRINA DE TIAGO SOBRE A SALVAÇÃO

Upload: taila-andrade

Post on 25-Sep-2015

109 views

Category:

Documents


8 download

TRANSCRIPT

  • DOUTRINA DE TIAGO SOBRE A SALVAO

  • Epstola Universal

    Cap. 1 Provas e TentaesCap. 2 Condenao Acepo das PessoasCap. 3 Tropeo na PalavraCap. 4 Resistncia s PaixesCap. 5 Condenao aos Opressores

  • Captulo 1

    A Tentao pode ser produto de nossa imperfeio, porque cada um tentado quando atrado e engodado pela sua prpria concupiscncia... Depois, havendo a concupiscncia concebido, d luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte... No erreis, meus amados irmos.

    A tentao (a provao) pode ser produzida por nossas aes e pensamentos, funcionando como meio de resgate. De lado ela pode apresentar-se em forma de esclarecimento e de aquisies no campo da experincia e da pacincia.

  • As Provas e Tentaes funcionam como adestramento para o esprito em evoluo, mas podem tambm ser processo ligado aos imperativos de resgate com vistas correo de Eros praticados anteriormente.

    Precisamos nos enquadrar na Lei do Trabalho as oportunidades que vo surgindo e atravs delas aprender a desvendar o vu de nossa ignorncia a encobrir as verdades encerradas nas varias Leis Naturais. Quando infringimos essas Leis, provocamos o desequilbrio e ento as provaes assumem carter de resgate porque preciso restabelecer o equilbrio da Lei. Ora, esse equilbrio s se faz de uma forma: Pela reconstruo do que se destruiu.

  • Se nos acharmos com falta de sabedoria, isto , entendimento, devemos pedir a Deus, que a todos d liberalmente. Devemos pedir com f, isto , com confiana inabalvel, porque o homem que duvida semelhante onda do mar, que levada pelo vento e lanada de uma para a outra parte.

    O volvel, inconstante ou descrente no o assimilar.

    Se soubermos ouvir, falando com prudncia e bom senso, sem nos irarmos, poderemos manter-nos em equilbrio, porque a ira dos homens no opera a justia de Deus.

  • Com nossos coraes isentos de malicia e maldade, poderemos ouvir sensatamente sem nos enganarmos com falsos discursos. Os ensinamentos podem fazer guarida em nossos coraes e germinaro com a fora da verdade. Poderemos cumprir e atuar de acordo com esse sbio entendimento, refreando nossa palavra e guardando-nos da corrupo.

    Aquele que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, no sendo ouvinte esquecido mas fazedor da obra, esse tal ser bem-aventurado no seu feito.

  • Liberdade Responsabilidade

    As duas conquistas mais elevadas

    Deveremos ser julgados pela lei da liberdade, porque, pelo livre arbtrio, exercemos nossa liberdade, e as transgresses sero julgadas sem misericrdia se tivermos agido sem misericrdia.

  • Captulo 2

    No devemos nos impressionar com as aparncias, a fim de no fazermos julgamentos prvios, porque os homens no so como aparentam externamente. A vestimenta e a posio nem sempre dizem as qualidades espirituais de que cada um portador. Se cumprirdes a Lei Real Amars a teu prximo como a ti mesmo estareis praticando o que certo.

  • Cumpre-nos atentar para o valor da Liberdade, a fim de que tambm possamos valorizar nossa conduta no relacionamento com nossos semelhantes. O Aprendiz do Evangelho no far acepo de pessoas nem partilhar das transgresses que os indivduos ao seu redor porventura venham a cometer. O comportamento cristo autentico ser regido por acrisolada conduta mental que o mantenha definitivamente afastado dos males que afligem o mundo.

    S ter valor aquele que, tendo passado pelo fogo, no saiu queimado, mas sim retemperado, fortalecido ou purificado.

  • Captulo 3

    Para que nossa palavra no seja tropeo, -nos preciso vigiar constantemente nossos pensamentos. Se formos moderados e prudentes, no tropearemos em palavra, e, se conseguirmos refrear a lngua, conseguiremos dominar o corpo. A disciplina proporcionar esse equilbrio. Nossa palavra pode bendizer ou maldizer, abenoar ou amaldioar, consoante o nosso grau de evoluo.

    De acordo com o procedimento e as palavras do interlocutor, saberemos se estamos lidando com quem pactua com o Evangelho ou no, porque de um mesmo manancial no pode vir gua doce e gua amargosa.

  • Captulo 4

    Nosso comportamento e o produto de nosso trabalho refletiro nosso conhecimento. Se formos facciosos, mentirosos, hipcritas e invejosos, no estaremos com a sabedoria divina. Seremos centro de toda perturbao.

    Se nossa obra e nosso comportamento se pautarem pela mansido e pela pureza cheia de misericrdia, estaremos certos de que a sabedoria divina est conosco.

    A sabedoria divina no pactua com o egosmo, a vaidade e o orgulho, porque o fruto da justia semeia-se na paz e para aqueles que exercitam a paz.

  • De onde vem s guerras e as contendas entre os homens se no de nossas imperfeies? Cobiamos e nada temos, somos invejosos e nada temos, combatemos e guerreamos e nada temos. Pedimos ao alto e nada alcanamos, porque no sabemos pedir, porque quase sempre o fazemos para agradarmos nossos sentidos e no para nos integrarmos na harmonia celestial. A humildade pouco cultivada. Aquele que se prende matria distancia-se da Divindade.

    Qualquer que quiser sem amigo do mundo inimigo de Deus.

  • Captulo 5

    Eis agora vs, que dizeis: Hoje ou amanh iremos cidade e l passaremos um ano, contrataremos e ganharemos. Digo-vos que no sabeis o que acontecer amanh. Porque, que a vossa vida? um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.

  • Quantos alegam no ter tempo disponvel para seu aprimoramento espiritual, ou para o trabalho em favor do prximo, ou para o adestramento que lhe permitir rasgar o vu da ignorncia e contemplar as inefveis belezas das Leis Divinas? Alegam que vrias circunstancias os impedem agora de fazer isto ou aquilo, mas amanh comearo. Quantos pequeninos problemas materiais acabam para essas pessoas sendo mais importantes que sua prpria transformao! Quanta hesitao, quanta dvida! O momento de luta, de remodelao, de trabalho no campo da reforma intima da evangelizao. No esperemos o amanh! Faamos hoje mesmo, incansavelmente, por nosso semelhante e assim por ns mesmos, o que estiver ao nosso alcance!

  • Comparando os Ensinamentos de Paulo e Tiago

    Paulo fala no s da recompensa pela f, como tambm da recompensa pelas obras (Romanos 2:6, 2:9, 2:10 e 15:18). Em 1. Corntios 3:9,13 e 14 diz: Porque ns somos cooperadores de Deus; vs sois lavoura de Deus e edifcio de Deus. A obra de cada um se manifestar; na verdade , o dia a declarar, porque pelo fogo ser descoberta e o fogo provar qual seja a obra de cada um.

    Paulo ainda falou sobre o assunto em 2. Corntios, em Colossenses, em Tessalonicenses, a Timteo, em Tito e em Hebreus.

  • Assim chegamos concluso de que todos tm razo, pois quem tenha f inabalvel em Deus far boas obras e tudo o que empreender estar em harmonia com as Leis Naturais criadas pelo Pai. Ademais, tudo o que o homem realiza sua obra. E todo aquele que edificar sem impregnar sua obra de amor e de f inabalvel no ter feito boa obra, e, ela no ter valor.

    De nada vale uma obra sem amor, como tambm impossvel a quem ama deixar de edificar.

  • Chegaremos de mos vazias se tivermos trabalhado e edificado sem amor, sem nos termos preocupado com nossa reforma ntima e sem termos vencido os vcios e as paixes. Igualmente chegaremos de mos vazias se, tendo sabido o que bom para a edificao de nosso semelhante, nos tivermos omitido. Com efeito, no s falha aquele que comete erros em seus pensamentos e aes, como tambm aquele que se omite.

  • Doutrina de Pedro, Joo e Judas

  • Epstolas de Pedro

  • Incentivo aos seguidores do Cristo em manter conduta capaz de refletir os ensinamentos do Mestre em seu viver dirio.

    A herana de Jesus incorruptvel, incontaminvel e imarcescvel (no murcha), pois no representa conquistas materiais, mas transcende s necessidades terrenas, e, portanto, imperecvel. Consubstancia-se em avanos definitivos consentneos ao desabrochar de todas as virtudes que trazemos latentes em nosso ser.

  • Como filhos obedientes agora no devemos perma-necer impassveis ante a concupiscncia (desejo se-xual) a que outrora a ignorncia nos compelia. Isto porque a palavra e o testemunho no s de Jesus, como tambm dos Apstolos, foram eminentemente esclarecedores. A ignorncia j no pode prevale-cer, pois a luz resplandeceu sobre as trevas.

    Todos os que, conscientemente, se empenham nessa transformao, compreendem os preciosos ensinamentos evanglicos e apresentam comporta-mento de acordo com suas conquistas. Eis por que Pedro incita o Cristo a obedecer s leis dos ho-mens e a cultivar o respeito ao prximo, dando as-sim testemunho compatvel com sua vivencia crs-tica.

  • Como no poderia deixar de ser, esse comportamento comea no lar, no relacionamento entre os cnjuges e entre estes e os filhos.

    Exorta simplicidade, para que, em virtude de seu aprimoramento intimo, a aparncia exterior reflita os avanos obtidos no campo da evoluo espiritual, deixando de refletir o orgulho, a vaidade e a simulao.

  • Os quais ho de dar conta ao que est preparado para julgar os vivos e os mortos. Porque por isto foi preparado o Evangelho tambm aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em esprito; e j est prximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sbrios e vigiai em oraes.

    certo que a mensagem trazida por Cristo foi endereada a todos, encarnados ou no, estivessem onde estivessem, para que pudessem, pelo esclarecimento, pelo trabalho e pela reconstruo do que tivessem destrudo, conquistar o equilbrio necessrio que levar a todos para os caminhos da evoluo.

  • No captulo 2 de sua 2. Epstola, Pedro refere-se aos falsos mestres e aproveita a oportunidade para ministrar ensinamentos de elevada significao para todos os que esto travando a grande batalha: A TRANSFORMAO DO HOMEM VELHO NO HOMEM NOVO.

  • Nos versculos 18 a 22 l-se: Engodam com as concupiscncias da carne e dissolues aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo que eles mesmos servos da corrupo. Porque de quem algum vencido, do tal se faz tambm servo. Porquanto, se, depois de terem escapado das corrupes do mundo pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o ltimo estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora no conhecerem o caminho da justia do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo, sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provrbio se diz: O co voltou a seu prprio vomito, e a porca lavada ao espojadouro da lama.

  • Quando entramos em contato com os ensinamentos apostlicos comeamos a vislumbrar a possibilida-de dessa libertao, rompendo com isso os grilhes que nos prendem a um passado primitivo, marcado por necessidades primrias que no representam a essncia do esprito, embora necessria ao impul-sionamento para a evoluo.

    O grande escudo do aprendiz o trabalho. Nos bancos dos Aprendizes do Evangelho, o partici-pante vincula-se ao trabalho que o mantm unido aos ideais da reforma espiritual. Estar lado a lado com pessoas que vibram na mesma sintonia, e, mesmo depois de afastado desse convvio inspira-dor, o trabalho o manter na conduta correta e o far mais que vencedor por Aquele que nos amou.

  • As Epstolas de Joo e Judas

  • Joo conclama todos ao amor e alerta-nos vrias vezes para o maior ensinamento, que o de nos amarmos uns aos outros.

    Adverte-nos acerca dos prazeres materiais, dizendo que eles nos mantm presos, esclarecendo que quem ama o mundo (as coisas materiais) ainda est distante da libertao.

    Todas as coisas que o mundo oferece devem ser utilizadas para nossa libertao e no para nossa escravido. No devemos ser conquistados pelo mundo, mas antes aproveitar as lies e oportunidades que nos oferece para evoluirmos.

  • Joo aproveita o exemplo de Jesus para definir o que entendo por caridade, dizendo que Jesus deu Sua vida por ns e que ns devemos dar a nossa por nossos semelhantes com desprendimento total, sem murmuraes, fazendo o bem pelo bem e sem intenes subalternas.

    Meus filhinhos, no amemos de palavras, nem de lngua, mas por obra e em verdade.

    E esta a confiana que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.

  • A f traduz-se por confiana. Quando oramos com f, poderemos atingir nosso objetivo, mas nossa pretenso dever enquadrar-se na vontade do Pai, guardando conformidade com as Leis Divinas. Assim, se soubermos pedir, seremos ouvidos. No nos iludamos pretendendo obter vantagens materiais. Nada alcanaremos se no fizermos por conquistar o que almejamos. No s a orao nos aproxima do Pai, mas tambm todas as oportunidades em que praticamos a Leis Divinas em sua essncia. Quando somos teis aos nossos semelhantes, praticando assim a Lei do Amor, aproximamo-nos do Pai em verdadeira orao e nossa ao acabar por provocar a reao recompensadora do ato cometido.

  • Joo, tanto quanto os demais autores das Epstolas, chamam-nos a ateno para os falsos mestres ou doutores. A Epstola Universal de Judas ocupa-se integralmente deste assunto, classificando-os de murmuradores, queixosos da sorte, manchas em festas de caridade, nuvens sem gua, rvores murchas, infrutferas. No possuem o Esprito, isto , no tem sabedoria divina. Falam apenas de coisas suprfluas, procurando conspurcar as conquistas alheiras.

  • Cuidemos de manter distancia dos jactanciosos, dos vaidosos, dos orgulhosos, dos que acham que somente seu semelhante tem que fazer o que eles dizem, mas eles mesmos no so capazes de faz-lo. O verdadeiro mestre exemplifica, nada pede se no for capaz de faz-lo, exorta todos ao trabalho comum da reforma intima, no se coloca num pedestal, humilde.

    ilgica a luta que travamos para conquistarmos as coisas materiais, porque, mais tarde, travaremos maior luta para nos despojarmos dessas conquistas que na verdade marcavam nossa inferioridade Emmanuel