“ isto ” de fernando pessoa

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Língua Portuguesa Escola Secundária da Mealhada 2011/2012 Isto” de Fernando Pessoa Análise e escanção do poema

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“ Isto ” de Fernando Pessoa. Análise e escanção do poema. ISTO. Estrutura externa. Três estrofes. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: “ Isto ” de Fernando Pessoa

Língua Portuguesa Escola Secundária da Mealhada 2011/2012

“Isto” de Fernando Pessoa

Análise e escanção do poema

Page 2: “ Isto ” de Fernando Pessoa

Maria Trindade, 9ºB1 nº232

ISTO

Dizem que finjo ou minto Por isso escrevo em meio

Tudo que escrevo. Não. Do que não está ao pé,

Eu simplesmente sinto Livre do meu enleio,

Com a imaginação. Sério do que não é.

Não uso o coração. Sentir? Sinta quem lê!

Tudo o que sonho ou passo, Fernando Pessoa

O que me falha ou finda,

É como que um terraço

Sobre outra coisa ainda.

Essa coisa é que é linda.

Page 3: “ Isto ” de Fernando Pessoa

Maria Trindade, 9ºB1 nº233

•Três estrofesDizem que finjo ou mintoTudo que escrevo. Não.Eu simplesmente sintoCom a imaginação.Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,O que me falha ou finda,É como que um terraçoSobre outra coisa ainda.Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meioDo que não está ao pé,Livre do meu enleio,Sério do que não é.Sentir? Sinta quem lê!

Estrutura externa

Page 4: “ Isto ” de Fernando Pessoa

Maria Trindade, 9ºB1 nº234

•Três estrofes

•Quintilhas

•Hexassílabos

Dizem que finjo ou mintoTudo que escrevo. Não.Eu simplesmente sintoCom a imaginação.Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,O que me falha ou finda,É como que um terraçoSobre outra coisa ainda.Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meioDo que não está ao pé,Livre do meu enleio,Sério do que não é.Sentir? Sinta quem lê!

Estrutura externa

Page 5: “ Isto ” de Fernando Pessoa

Maria Trindade, 9ºB1 nº235

•Três estrofes

•Quintilhas

•Hexassílabos

•Rima cruzada e emparelhada

Estrutura externaDizem que finjo ou mintoTudo que escrevo. Não.Eu simplesmente sintoCom a imaginação.Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,O que me falha ou finda,É como que um terraçoSobre outra coisa ainda.Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meioDo que não está ao pé,Livre do meu enleio,Sério do que não é.Sentir? Sinta quem lê!

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Page 6: “ Isto ” de Fernando Pessoa

Maria Trindade, 9ºB1 nº236

Estrutura interna1 parte: Negação de que finge ou mente;

Justificação de que o que faz é a racionalização

dos sentimentos…

procurando algo mais belo, mas inacessível.

2 parte: O sujeito poético recusa a poesia como

expressão imediata dos seus sentimentos,

concluindo que é somente racional;

O sentir, no sentido convencional do termo, é

remetido para o leitor

Dizem que finjo ou mintoTudo que escrevo. Não.Eu simplesmente sintoCom a imaginação.Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,O que me falha ou finda,É como que um terraçoSobre outra coisa ainda.Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meioDo que não está ao pé,Livre do meu enleio,Sério do que não é.Sentir? Sinta quem lê!

Page 7: “ Isto ” de Fernando Pessoa

Maria Trindade, 9ºB1 nº237

Ideias principais do poema

É apresentada uma tese

Essa tese é discutida

É apresentada uma conclusão

.

• Fingir não é o mesmo que mentir é a tese defendida• É ilustrada uma teoria poética: o fingimento, resultante da racionalização dos sentimentos• O sujeito poético nega, portanto, o "uso do coração", e é apresentada uma síntese onde a sensação surge filtrada pela imaginação

Page 8: “ Isto ” de Fernando Pessoa

Maria Trindade, 9ºB1 nº238

ConclusãoEste é um poema baseado no fingimento e na racionalização

dos sentimentos (sentir com a imaginação, não usando o

coração). Está ligado ao conhecimento humano através da

linguagem.