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PESQUISA E CONSULTORU: Flq4 A W Nora Anruna
DMor do CmM & CIâ1cba3 Maan&icrn,
F&km r i"md&s do PUCSP
m(-) ' Col&m@b de Mmgarhia Fonseca
COPYRIOHI MUNDIAL 1913 ABRIL SA. CULTURAL
E INDUSTRIAL , . CAMA POSTAL 2372 -
a0 PAVU> - BRASIL
Ciulnnnalmnte, a c o l ~ "OS Ckntlnad' a ~ n w n u umfaackulo, um "W para aqmiiônclsr e um Manual de 1nnniFd.r O primeiro con tad i v& a r obn & um gnnd. homam do mundo cientüico. A O "Kit" pnnltid que v o d malin exgeiiôncka, qua comprovam na pratica rlgumaadu m i a Imponantead..COb.RIsou 1.I8anaWwid.s d o ciantlstefowllzado. O Manual *lnnni*s, &m de oriantá-io na n a i w o das axo.rl)nciaa. I.w-lo4. am cada ~ u o . a conoluir mzinho M princldosqua &o sendo daminandor. Ao Rnal da col.çlo, v o d ted fonmdo n u pequeno Iaborat6rio - pwnltindo a - malimão de Inúmam aqmHnclaa no campo da Fídca, Qulmica e Blolooia -. al(m de três volumea comwnoa d a s ~ o g n i i a s incadém&a doa ciantinai. cada f is i ieu~o i& Vlnh p(ginac quatro capas a d e m d s páginas I n t a m ~ : apenas estas devedo r r anud.m.d.a. R.tlnd.a n capar do8 hackuios, enwd.rne-0~ em wqübncla cmnoMgica. seguindo a ordem & numanão dar páglna8.A. capa r d o ponaa I vanda nas bencaa l o w a d a o últimofrackulo de ud. volunw.
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COM ESTE F ~ C U L O . UM* CAIXA DE EXPERIINCIAS: =I
CORRENTE ELÉTRICA I -1
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lados, A possibilidade de uma interliga- ção escapava aos modelos estáticos, tão de acordo com a física newtoniana Isso levara Coulomb a negar radicalmente tal possibilidade. I
Em 1820, porém, .o dinamarquês Hans Christian Oersted (1777-1851) tem a idéia de "estender uma porção retilínea de um fio (percorrido por uma
I corrente produzida por uma pilha) 1 acima de uma agulha imantada e para- lelamente à sua direção". Observa então
I que "a agulha sai de sua posição, o pólo i que se acha sob a parte do fio wnjun- tivo mais próxima do p61o negativo do aparelho galvânico desvia-se para oes- te. . . Se o fio estiver disposto horizon-
I talmente debaixo da agulha, os efeitos serão os mesmos, a menos que sejam de sentido contrário".
F'ublicados em Copnihague, a 21 de julho de 1820, os esquemas de Oersted representaram a primeira evidência con- creta da interação campo magnético- corrente elétrica. Provocaram também grande celeuma, abalando as imagens eletrostáticas concebidas pela mecânica newtoniana: a nova força não parecia Pmrindo de mna analogia com a agir segundo a concepção de "ação a grm>iahk Coulomb concluiia distância", isto é, não parecia atuar segundo a reta que une os dois corpos.
Na França, essa polêmica teve uma repercussão particularmente positiva A 4 de setembro de 1820, François Arago apresentava à Academia de Ciências as deriu experiências de Oersted. O ceticismo que acompanhou a leitura do trabalho só não foi compartilhado por um dos membros da Academia: Andrt-Marie Ampère, que, duas semanas após, expu- nha, para o mesmo auditório perplexo, suas primeiras obsmrapõcs sobre a ação magnética das correntes elétricas.
'kilho de um comerciante abastado, hdré-Marie Ampère - nascido em
*. Lyon, a 22 de janeiro de 1775 - teve, dcsde cedo, acesso ao mundo do conhe- cimento. Aiida garoto, leu a HBidr& Nahcrai de ButTon, alguns volumes da Enclclopédla e trabalhos sobre Descar- tes. Interessou-se também pela teoria dos números, de Euler e Bernoulli. E o fato de essas obras haverem sido edita- das em latim não constiiuiu barreira para o jovem Ampère: no decurso de poucas semanas, aprendeu o idioma . '3
1' com o pai. Com o bibliotecário do colQ
P gio de Lyon, adquiriu os rudimentos de Análise Infiitesimal básicos para a compreensão dos modelos de Euler e Bernouili.
Seu interesse pela Matemática não 3 parou aí: aos dezoito mos de idade, leu $ a rbccm-editada Mecânica Analfika de
La je, refazendo, sem qualquer
orientação, todos os cálculos constantes do texto. I
Desde cedo, também, Ampère tentou I em vá0 conciliar o fanatismo religios* . herdado da mãe com o racionalismq dos cnciclopedistas. Encontrou uma fuga no misticismo e na mais tarde, na própria campo em que sempre co acima dos preconceitos e das alimentadas pela tradição.
Alheio à agitação que envolveu França pré-revolucionária e cimentos que se seguiram à tomada da Bastilha, Ampère ficou profundamente chocado com a execução do pai - um simpatizante da aristocracia, guilhoti- nado pelos jacobinos. Durante um ano, refugiou-se entre seus mitos religiosos, seus fuósofos cnciclopedistas e sua Hie tória Naiural.
Em 1801, quebrando o isolamento - por motivos ligados à própria sobrevi. vência -, aceitou a cadeira de Física
Dispondo umjio metálico percorrido por uma corrente elbtrica acima de I uma bússola, oJXsico dinamarquês Oersted (acima) ver@ou
que a agulha imantada sofri um desvio (ao lado). Aparentemente simples, essa observação abalou as explicações mecânicas ' dos fen6menos elbtricos. E a celeuma foigrande. ' Na Franqa, entretanto, não tardou a ser abdada. duas semanas após a
! leitura da obra de Oersted na Acaabnia de Ciências, André- I Mmle Ampère divulgava suas prdprias "observações eletrodinâmicas': I ' 13%-g
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na Escola Central de Bourgcn-Bresse. No ano seguinte. publicou sua primeira obra matemática: Conside7aç6es sobre a Teoria Makemática do Jogo. Esse tra- balho valeu-lhe um lugar de professor de Matemática num colégio de Lyon e, em 1805, uma vaga de instrutor de Aná- lise Matemática na Escola Politécnica de Paris. No campo da Análise, publi- caria, em 1814, uma Memória sobre a Integraçüo das Equ<rpDes & Derivadas Parciais.
Desde sua chegada a Paris, até 1820, Ampère dispersou-se por vários ramos do conhecimento, sem produzir qual- quer trabalho ~ i g ~ c a t i v o . Dividia o tempo entre as atividades da Academia de Ciéncias, o cargo de Inspetor Geral da Universidade e a cadeira de Filosofia na Faculdade de Letras. A descoberta de Oersted e a celeuma que ela criou foram o estímulo decisivo para a fume penetração de Ampère no terreno da Física
ENTRE AS "FORÇAS TRANSVERSAIS"
E O DOGMA NEWTONIANO
As observaçóes de Oersted orienta- vam-se num nível qualitativo, como se depreende do texto de 1820:
"Daremos às ações de que o condu- tor e o espaço circundante são sede o nome de coflito elétrico . . ..
"O conílito elétrico atua apenas sobre as partículas magnéticas da maté- ria. . . (Estas) opõem uma resistência à pass&em do conflito e, no choque, as a$& contrárias são anuladas.
"Parece, seguncto os fatos expostos, que o conflito não fica circunscrito ao fio condutor, mas que há em tomo dele uma esfera de atividade bastante exten- sa. . . Ele forma um turbilhão em redor dofio.. ."
Nessa linguagem cartesiana, per- meada de turbilhões e atmosferas de influência, Oersted prossegue a descri- ção de seu sistema mecanicista:
302 "Todos os fatos observados expli-
Na primeira memória apresentada d Academia de Ciências, Ampère
(acima, num desenho atribuido a ele mesmo) expôs os efeitos magnéticos '
da corrente elbtrica e as leis que regem a interação de duas
correntes. Estabeleceu, por exemplo, que as ações entre circuitos
el6tricos SÜO determinadas pe10 . i sentido da corrente que os percorre .
(esquema ao lado). Quant~cou tambem a ação de um condutor f i o I sobre outro móvel (mima, d direita,
aparelhagem usada pelo cientista 1 para executar esta Última tarefa). I
cam-se facilmente se supusemios que a .
Ampère soube, porém,. extrair da- obra do cientista dinamarquês seus e l e *,
exercida por uma delas sobre a outra seja igual e oposta B que esta Última exerce ao mesmo tempo sobre a primei- ra".
O MODELO MOLECULAR E A TEORIA DO SPIN
. Na série de "observapoes eletrodinâ- , .;micas" que expôs B Academia até 1827,
. . Ampère revela um metodo organizado 'de trabalho. Verificava cuidadosamente, - através de uma experiência direta, cada .-=- um dos resultados de seus cálculos.
, , Seu raciocínio fundamentava-se :. numa lógica muito rígida - reflexos ; talvez do pensamento cartesiano que
* tanto admirava É ele auem descreve: "A ação mútua enbe uma comnte
el&ica. . . e um ímã, bem como a de dois ímãs. . . entram, uma e outra, na lei da ação mútua de duas correntes elé- tricas. . . concebendo-se sobre a super- ficie e no interior de um ímã tantas correntes elétricas em planos perpendiculares ao eixo desse ímã, quanto se pode imaginar aí de l i a s
Orientado por Fresnel (acima), Ampère elaborou a teoria das
comntes moleculares, que explica o comportmnento dos imãs conto resultante de correntes el4tricas
em tomo de suas mol6culas.
que formam. sem se cortarem mutua- mente, awas fechadas; de modo que não me parece quase possível duvidar que não existam realmente tais corren- tes em tomo do eixo dos ímãs". E prossegue:
I "As partículas de aço têm a proprie- dade de produzir.. . a mesma ação
I eletromotriz que se veriiica na pilha voltaica. . . Mas ela não pode produzir qualquer tensão elétrica". I É essa analogia com piha que me- lhor define a posição de Ampère frente às propriedades magnéticas: ele admite a existência de uma espécie de movi- mento perpétuo. macroscópico, cuja sede seriam os ímãs; esse movimento. entretanto, não se constituiria em "cor- rentes de condução", j4 Que não haveria transporte de carga elttrica de um a outro ponto do condutor.
Mais tarde, orientado por Jean Fres- nel (1788-1827). abandona a hipótese das correntes C S ~ ~ c ó p f c a r a favor das correntes moleeulmes - definidas como movimentos em torno de cada uma das moléculas do ímã Tão logo publicada, a teoria molecular
sofreu inúmeros e violentos ataques. J.B. Biot, em seu tratado Sobre a Imm- taçüo Impressa aos Meta& pela EleMci- d<rdc em Movimento, editado em cola-
reta uma cgmplicação de arranjos e suposiç& tao grande que ela se torna quase inexprimi'vel. enquanto esses fe- nômenos,-não ainda calcul4vds por sua composição, quando os fazunos depen- d a da imantação molecular impressa pela corrente elétrica, nada oferecem por si mesmos que não se possa muito feilmente conceber".
Na realidade, o modelo de Ampère não acarreta qualquer "complicação", nem suas correntes moldares mantêm qualquer paralelo com os "turbiihás de Descartesn. .
A teoria m o l d a r de Ampère fome -: " ce a explicação básica para a equiva- lência entre correntes elétricas e folhas magnéticas (lâminas de espessura redu- zida, imantadas em todos os pontos). Numa malha magnética - em que cada unidade C ocupada por uma molC- cula -, as correntes moldares orien- tam-se no medmo sentido., são opostas. portanto, na junção de cada duas molb culas. Conseqüentemente, as magnéticas exteriores de cada molécula interna H malha são nulas: sb se mani- festam as agões das moléculas petiféri- cas. O efeito combiiado de todas as moléculas equivale assim ao de uma única corrate, circulando nas bordas da folha mamética
boração com Savart, comenta: "O Sr. Ampère. . . C forçado a consi-
derar todas as apões mútuas entre os corpos imantados como produzidas por correntes voltaicas que circulam em tomo das moléculas. quase maneira dos turbilhões de Dacartw o aue atar- - -
i Com A-te de L. Rive.pmewa
I ,.
saóer se seria possível produzir uma corrente eldMcapor i ~ u ê n c i a & ouha. Mm o mcilogro foi t o d : esperava a produção de corrente permanentes, mcflogai ds cargas permanentes induzidos pela e/etriffdude estática ?com aparelhagem máioga d dajigurbl). E a descoberta da induçio teve
- Embora num nível molecular, a ko-
ria de Ampère representou também a primeira aproximação do modelo ele- tromagnético moderno - elaborado na década de 20.
Descobriu-se que o elétron possui um momento angular, como se estivesse girando em torno de seu eixo. Asso- ciado a esse momento - o spln - h4 um momento dipolar magnético. portandese o elCtron como um pequena ímã 15 justamente esse momento mag nético o respons4vel pelas propriedader das substâncias fmmagnéticas: em presença de um campo magnético, os elétrons de alguns 4tomos apresentam spins alinhados na mesma direção e sentido. A presença, nos corpos ferro-
que aguardar o trabalho de Fmdqv. de I& grande número de 306
.-
"r . 'm L . - h:. ., #+.. , :. . - .. . . . - . .
P
Interligando grandezas jb dqfüridas por Ampère, Ohm chegou ao
conceito de resistência el6trica. e formulou as leisfwidamentais
que regem apassagem da corrente afrav6s de corpos met61icos (acima,
Ci direita, aparelhqem usada pelo cientista). No entanto, sua obra
passou despercebida durante anos. só alcançando o merecido ' destaque graças 00 egorço de outros
flsicos, entre eles Kirchhoff (acima). Em homenagem ao .I flsico alemão, a unidode de
, I : ' resistência el4trica foi denominada ohm (ao lado, aparelho projetado por Lord Kelvin para determinar a unidade-padrão de resistência).
e i h m s desemparelhados permite ainda que & se conservem magnetizados ''-e na ausência de um campo W i c o . Líwa colocação inversa do problema
seria, por exemplo, esclarecer a configu- ação eletrônica do íon férrico FeS+ e saber se ela contém elétrons desempare- tbados. Através de dados colhidos no estudo das propriedades magnéticas de sais f'ÉÉicos, concluiu-se que somente a configuração que exiba cinco elétrons desemparelhados deve ser tomada como a mais provável.
Sob o titulo Teoria Matemática dos Fenoenomenos Eleírodinâmicos, Deduzido Unbamente da Experiência, Ampère publicou em 1827 a síntese de seus tra- balhos sobre eletricidade e magnetismo. Nela enuncia quatro princípios básicos, extraídos de experiências simples que versam "sobre quatro casos de equilí- brio": - As ações de uma corrente ficam invertidas quando se inverte o sentido da corrente. - São iguais as ações exercidas sobre um condutor móvel por dois outros fixos, situados a igual distância do primeiro. - A ação de um circuito fechado, ou de um conjunto de circuitos fechados, sobre um elemento infmitésimo de uma corrente elétrica é perpendicular a esse elemepto. - Com intensidades constantes, as in te raes de dois elementos de corrente não mudam quando suas dimendes lineares e suas distâncias são m d i - cadas em uma mesma proporção.
Ainda na síntese de 1827 exprime matematicamente a ação de um circuito fechado C, percorrido por uma corrente i, sobre um elemento de corrente i'ds': dF = 112 @i) i'ds' sen 0 - onde D tra- duz a diretriz das ações eletrodinâmicas do circuito C no ponto ds'; e 0 o ângulo entre Die i'ds'.
É justamente a consideração do ân- gulo 8 que caracteriza o novo modo de encarar a interação entre elementos de corrente, distinguindo-a da ação newto- niana - que se processa ao longo de uma reta
Em linguagem moderna, a diretriz D representa o. campo magnético produ- zido pelo circuito C, suposto percorrido por uma corrente igual à unidade.
Ampère estabelece também a regra que permite conhecer o sentido do des- vio sofrido pela agulha magnética sob efeito de uma corrente elétrica: um observador (que ficou sendo conhecido como "observador de Ampère") dis- posto ao longo do fio percorrido pela corrente, com esta entrando pelos pés e saindo pela cabeça, fixando a agulha verá o pólo norte desta deslocar-se para a sua esquerda
IDÉIAS PRECONCEBIDAS: A CAUSA DO MALOGRO
Em 1821, no início, portanto, de suas pesquisas sobre magnetismo, Ampère procurou determinar se seria possível produzir uma corrente elétrica por in- fluência de outra No ano seguhte, em colaboração com Auguste de La Rive, fez várias experiências visando a esse resultado. A aparelhagem usada era bem simples: um circuito fechado de cobre era suspenso por um fio no inte- rior e no plano de uma bobina, pela qual era possível passar uma corrente elétrica O conjunto todo ficava sujeito à ação do campo magnético de um ímã. Estabelecendo uma corrente na bobina, e interrompendo-a logo em seguida, verificaram que "o circuito fechado era atraído ou repelido alternadamente pelo ímãn. Nenhum dos dois, entretanto, analisou corretamente o fenômeno: es- peravam a produção de correntes per- manentes, segundo um esquema aná- logo ao das cargas permanentes induzidas pela eletricidade estática
A descoberta das correntes induzidas esperou assim até 1831, ano em que
O conceito de resistlncia deftridopor Ohm favoreceu a evolução dos rudimentares modelos de Iâmpadas incandescentes, de Swan e Edison (abaixo), para as modernas Iâmpadas comJiIamentos de Iigas de tungstênio.
Michael Faraday elucidou o fenômeno. No entanto. também nas pesquisas do fisiw inglês, a mesma idéia preoonce bida, herdada da eletrostática, explica o malogro inicial.
A partir de 1827, a produção cientí- fica de Ampère reduz-se gradativa- mente. Iduenciado pelas leituras de Kant, empreende a classificação d- tica do conhecimento humano. E ~ I 1834 - dois mos antes de sua morte - publica um tratado a respeito. En- sah sobre a FiIos& de< Ciências.
dade de tensão elétrica, mas n&FWi- sara qualquer relação entre as grandezas, isto C, não chegara B de resistência eUtrlca
Os poucos trabalhos orientados Qthss sentido - por Priestley e Davy, entre outros - forneciam dados quantitati- vamente imprecisos, insuficimtes para o estabelecimento de qualquer lei Uma
"I das razóes para essa falta de precisão pode ser encontrada na natureza das fontes de comte , as mdiientsrts pi- lhas de Volta, que geravam "comentes - - inconstantes".
NAS LEIS, A PRECISO Em 1822, o problema da '%wnsr QUANTiTATIVA tância" foi resolvido: T. J. Se&ecknioa
trava que era possível produzir m e u - _ Ampère formulara o conceito eletro- tes "perfeitamente wnstantes" em um
dinâmico de intensidade de uma wrren- Çircuito constituído por deis metais, te, chegando A f6rmula que fornece sua aujas soldas fossem mantidas a tuap
308 medida. Distinguira também inteasi- ratwasdiferentes.
As reis de Ohm podem ser verflcadas num circuito el4trico elementar. Aos extremos do condutor AB é aplicado um voltímetro e, que indica a dgerença depotencial entre os pontos A e B; com o ampedmetro a, mede-se a intensidade da corrente fornecido pelo gerador G. Comprova-se que a intensidade da corrente kproporcional <i dferença de potencial entre A e B. Essa constante de proporcionaIidade - denominada resistência R - varia na razão direta do comarimento A B e na
A tarefa de precisar a interação dife- rença de potencial-intensidade de cor- rente tomava-se agora mais fácil. Vinha, no entanto, acrescida de uma outra: saber se eram da mesma natureza os dois tipos de correntes - termelé- tricas e eletroquímicas. Coube ao ale- mão Georg Simon Ohm a execução des- ses dois trabalhos.
Filho de operário, Ohm viu-se obri- gado a ganhar a vida desde cedo, não abandonando, porém, os estudos. Sua habilidade experimental revelou-se ex- traordinária logo nas primeiras pesqui- sas. realizadas com instrumentos aue
Para ores metálicos e solu- çóes ele .icas, se a temperatura for mantida istante, a intensidade da corrente I que passa pelo circuito é proporcional à diferença de potencial existente: d.d.p. = RI. 4 constante de proporcionalidade R (resisrência) de- pende das dimensões e do estado fisico do material usado. E é dada pela fórmu- la: R= D IIs, em que I traduz o compri- mento do fio e s a área de sua seção transversal; p é uma propriedade ca- racterística do material que constitui o condutor, denominada resistividade.
Da mesma forma que a intensidade de uma corrente passou a ser medida
310 em ampères, a unidade de resistência de
um circuito foi denominada ohm. Após algumas experiências, Ohm
concluiu também pela identidade entre ' as correntes produzidas por pilhas ele- troquímicas e termelétricas: ambas obe- decem às mesmas leis.
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AS "FORÇAS ELETROSCÓPICAS" i \
Em sua obra fundamental - Teoria Matemática dar Correntes Elhicas -, escrita em 1827, Ohm estabelece um paralelo entre seus conceitos e aqueles expostos por Fourier na Teoria Analí- tica do C a l a a intensidade da corrente, ou fluxo de eletricidade, é o análogo do cal&; o correspondente da tempe&ra
\ . . , ,
,. - . . .
Nos planos teórico e experimental, o estudo das ciênciasjlsicas atingiu progresso considerável ao longo do século XZX. Nos domínios da eletricidade, do magnetismo e das teorias da
é o que denomina j; . . iica em um ponto dado.
Apresenta a hipótese de que "uma molécula eletrizada d pode comunicar eletricidade às moléculas contíguas. . . a grandeza do fluxo entre duas molécu- las contíguas é proporcional, em cir- cunstâncias iguais, à diferença das for- ças eletrosoópicas que as duas moléculas possuem, da mesma maneira que, na teoria do calor, o fluxo de calor é considerado como proporcional à diferença de suas temperaturas".
Ainda para Ohm. "a tensão (ou força eletromotriz) é defmida pelo seguinte princípio: quando dois corpos se tocam, fica estabelecida no ponto de contato
y luzi esse avanço está intimamente do aos nomes de ia. Oersted, Ampère, Ohm,
Faraday, Fresnel e Arago. (Ao lado, imagem do @teatro dejlsica da Sorbonne, sic. XIX.)
uma diferença constante entre sur ças eletroscópicas".
Descreve também esquematicamentc como medir a força eletroswpica, atra- vés de um eletroscópio. Caracteriza este aparelho como sendo um simples plano de prova "de pequeníssimas dimensões, de tal modo que, quando é posto em contato com a parte do condutor (per- corrida por uma corrente) que se pre- tende explorar, seja possível. . . consi- derá-lo como substituído nessa parte; então, acontece que as forças eletrosd- picas (desse plano de prova), medidas da maneira quejá descrevi @ela força que exercem sobre uma espécie de balança de Coulomb), são diferentes 31 1
para os diversos pontos tocados e das dão a conhecer as diferenças que exis, tem no estado elétrico desses pontos".
Despercebidos durante muito tempo os trabalhos de Ohm d ganharam pio jgão após confmados por fisico: como Fechncr (1829) e Pouillct (1837) Em 1845. Kirchhoff identificava a "força eletrosoópican com o potencial elétrico.
Com o rau>nheciento da obra, che- garam condecoraqóes e cargos de desta- que: uma medalha da Royal Academy de Londres. e a cadeira de Física Exm &aital na Ünivcrsidade de ~ k i q k . Este lugar Ohm ocupou até a morte, em 7 de julho de 1854.
Além do tratado sobre comentes elé- tricas, o cientista nascido em Erlangen, em março de 1789, deixou diversas ou- tras obras, entre as quais um tratado de Geometria (Erlangen, 1818). um traba h sobre Geometria Analitica (Nurem k g , 1849) e um tratado de nique, 1854). r i .
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CRÉDITO DAS
ILUSTRAÇ6ES
(de cima para baixo. da
aqueda para a direha)
csps - AndrbMarie Ampère. 6ieo. Foto The M a n d l ~olieotlon -
Londres. PAg. 297 - Andd-Merie Amdre. Foto Bibiiothòaue Nationelede
- Geog Simon 0hm. Foto l h e Bsnr&" ~ n h l v i - ~i Ma. 298 - Balança da toiçlo: sewe para detenninar e f o w com que se I
araem ou repdem corpos detrlrados. Ofíicine Gallleo. Foto Fnndll Fabbri Mltori - Mll8o.
plg. w9 I
- Oetmdp io de folhas. Foto Rous~aulSnark Intematlonal - I Paris. I
Mg. 300 I
- Facíímlle da aoarelhewm inicialmente usada oor Oenned ~ a r s I srtudar M) ecbis magnkicas da cgnente el8trlca.Foto ~ic'haei HoUordlThe Sclence Museum - Londres. I ~. ~~
Mg. 301 - Hans Christian Oersted. Academia Sueca de Ci6nclas -
Estocolmo. Hg. 302
- Ampère, num despnho a bico de pena atribuldo a ele meamo. I ; .; Foto RigaVBiMlothBque Nationds de Paris.
Pbg. 303 .
- Aparelho usado por Ampdre para estabelecer a a@o de um I '
condutor fixo sobre outro m6vel. Foto Mlchad Holfordmie . .I
k lence Museum - Londm. I 1 "Retânaulos de Amoère": as acbea'entre cimultos eiétrlcoa d o .
determinadas paio ientldo da Corrente. Do Ilvro de R. Wonndl. I -. Elefricitv In The Sewke of Msn, Londres (1896). Foto Ronan I . '-1 ~icture úbraw. I . ' C
Mg. 304 , ? ' ! - Jean Augustin Franei (1825). -gravura a? A. Tadeu. Foto 1 . ,
. GlnudodBlMlothbque Naionale de Paris. 1 ' .
- Aparelhagem detroiitica. pare detrização por indução. Foto I Cado Bevilacwa -Milho. I
PAg. 306 I
- Gustav Kiffihhoff. Foto Melaenbach - Leiodo. 1 - Aparelho usado por Ohm no estudo de ; ~ - ~ n c l a détrica de
I ' fios ma6llcos. Foto Mlched Holfodíhe Sclence M m u m - Londres.
- Apareiho projetado por Wllllam Thomron (Lod Keivln) para determinar a unidadepadr8o de mln8ncia. Foto Michad HoHodihe Science Museum - Londra. 1
-. PAg. 308 - Umpada de Swen, const~ lda em 1878: Ibmpada de Mlson, da 1 ,-
1879. Foto The Science Museum - Londres.