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- ""' PETROBRAS técnico, com uma consultoria de abrangência internacional do tipo das que fazem trabalhos de due diligence, para acompanhamento técnico local dos projetos. Em nenhum momento foi feita a sugestão de contratação de empresa para a execução centralizada dos projetos. O Diretor concordou com a proposta. A determinação às empresas no exterior foi para que não parassem o tratamento dos passivos de SMS e demais prioridades de SMS identificadas. Foi constituída uma comissão pelo INTER·CORP, pelo Alexandre Pena, sob coordenação do declarante. Era composto por representantes da INTER-CORP e um de FINANÇAS. A comissão não pensou em nenhum momento em fazer a execução centralizada, que o entendimento naquele momento era de que a melhor prática seria a contratação local, em cada um dos países. A idéia era a centralização orçamentária, na PIBV, e não de execução do prqjeto. A comissão durou cerca de seis meses. Foram minutados memoriais descritivos do processo de contratação, obtidos do Jurídico pareceres com as minutas de contrato a serem utilizadas, além do estabelecimento de uma relação de empresas com know-how para os serviços a serem contratados. O valor estimado para esses contratados era da ordem de cinco ou seis milhões de reais ou dólares, não sabendo informar ao certo qual a moeda. O Zacarias não concordou com a idéia original de utilizar recursos da PIB-BV para estas contratações das consultorias (para o PMO e o acompanhamento técnico dos projetos), o que resultou na extinção da Comissão por DIP do GE da INTER-CORP. Já em 2010 foi formada outra comissão pelo INTER- CORP, coordenada pelo Aluísio, GG da INTER-AL, e representantes de cada uma das gerências executivas. Houve uma reunião de abertura na qual foram entregues os documentos elaborados pela comissão anterior ao coordenador Aluísio. Não participou de qualquer etapa da montagem dos JD memoriais descritivos e PPU, o que foi feito somente pelo coordenador, o/ sem a participação de nenhum dos membros da comissão. Que Sobral, ;;:f, mesmo não sendo membro da comissão, demandava informações ao {// ! 37 CÓPIA 37 Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro DELFAZ/CIDPOL

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Page 1: politica.estadao.com.br · Não entende o motivo de ter sido promovida a mobilização integral no início do contrato, já que o entendimento era de que a mobilização ocorreria

-""' PETROBRAS

técnico, com uma consultoria de abrangência internacional do tipo das que

fazem trabalhos de due diligence, para acompanhamento técnico local dos

projetos. Em nenhum momento foi feita a sugestão de contratação de

empresa para a execução centralizada dos projetos. O Diretor concordou

com a proposta. A determinação às empresas no exterior foi para que não

parassem o tratamento dos passivos de SMS e demais prioridades de SMS

já identificadas. Foi constituída uma comissão pelo INTER·CORP, pelo

Alexandre Pena, sob coordenação do declarante. Era composto por

representantes da INTER-CORP e um de FINANÇAS. A comissão não

pensou em nenhum momento em fazer a execução centralizada, já que o

entendimento naquele momento era de que a melhor prática seria a

contratação local, em cada um dos países. A idéia era a centralização

orçamentária, na PIBV, e não de execução do prqjeto. A comissão durou

cerca de seis meses. Foram minutados memoriais descritivos do processo

de contratação, obtidos do Jurídico pareceres com as minutas de contrato a

serem utilizadas, além do estabelecimento de uma relação de empresas

com know-how para os serviços a serem contratados. O valor estimado

para esses contratados era da ordem de cinco ou seis milhões de reais ou

dólares, não sabendo informar ao certo qual a moeda. O Zacarias não

concordou com a idéia original de utilizar recursos da PIB-BV para estas

contratações das consultorias (para o PMO e o acompanhamento técnico

dos projetos), o que resultou na extinção da Comissão por DIP do GE da

INTER-CORP. Já em 2010 foi formada outra comissão pelo INTER-

CORP, coordenada pelo Aluísio, GG da INTER-AL, e representantes de

cada uma das gerências executivas. Houve uma reunião de abertura na

qual foram entregues os documentos elaborados pela comissão anterior ao

coordenador Aluísio. Não participou de qualquer etapa da montagem dos JD memoriais descritivos e PPU, o que foi feito somente pelo coordenador, o/ sem a participação de nenhum dos membros da comissão. Que Sobral, ;;:f, mesmo não sendo membro da comissão, demandava informações ao {//

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dos trabalhos. Foi-lhe esclarecido que o Aluísio coordenaria a comissão

em razão da participação no PEGASO, além da experiência que detinha

em relação a passivos de SMS como gerente executivo de SMS da

TRANSPETRO. Não houve debate com os técnicos sobre a adoção da

centralização da execução dos projetos levantados pelas empresas da

INTER em um único contrato na sede. O que incomodou o declarante em

relação a essa nova abordagem, que pareceu ser decisão do coordenador

Aluísio, possivelmente discutida em nível superior ao da Comissão e sem

nenhum envolvimento do SMS, foi a falta de discussão quanto às

possíveis vantagens e desvantagens associadas à essa mudança de viés,

assim como a desconsideração ao tratamento proposto inicialmente pelo

grupo de SMS. Informou tanto ao GG Venâncio quanto ao Alexandre

Pena que não tinha interesse nem condições, como gerente de SMS, de

gerenciar um contrato desse tamanho, não possuindo experiência

suficiente nesse tipo de atividade nem equipe qualificada e suficiente para

o gerenciamento do que seria equivalente a um empreendimento de

razoável porte da Engenharia. Propôs que a Engenharia fosse a

responsável pelo trabalho, por sua vocação e atribuições. Não participou

do gerenciamento do contrato. Participou da comissão licitatória que

terminou por contratar a Odebrecht. Essa comissão foi coordenada pelo

Gatto, sendo a maior parte de seus membros da área de contratação. A

comissão de licitação teve bastante rigor na observância dos ritos. Não se

recorda de ter havido discussão acerca das empresas que participariam da

licitação, tampouco sobre o memorial descritivo, a PPU e o instrumento

contratual, os quais já chegaram definidos. Os convites foram emitidos

pela comissão. Não entende o motivo de ter sido promovida a mobilização

integral no início do contrato, já que o entendimento era de que a

mobilização ocorreria proporcionalmente à demanda. A execução do

contrato ficou bem distante da área de SMS da INTER-CORP, tendo

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gerado um desconforto nas unidades no exterior, já que diferente do que ~

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 21 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Pedro Paulo Lofego Lobo, Economista Pleno, matrícula

978071-1, lotado na INTER-CORP/EPL/GPI, que uma vez instado a

esclarecer os fatos objeto da presente apuração, instituída pelo DIP

PRESIDENCIA 12112013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na presença

das testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Foi indicado pelo Venâncio para participar de comissão especial

coordenada pelo Aluísio Teles, cujo escopo era a contratação de

serviços para remediação ambiental na área Internacional. Foi

convidado para a reunião de abertura, sem saber exatamente

quais eram os objetivos e os próximos passos. Não foi elaborada

ata dessa reunião. Não participou de nenhuma outra reunião.

Não sabe dizer se houve encerramento formal da comissão, nem

os rumos que ela seguiu.

Posteriormente, foi indicado pelo Venâncio para compor a

comissão de licitação, cuja coordenação foi do Gatto. Não se

recorda de ter participado de qualquer das reuniões da comissão

de licitação, nem da escolha das empresas ou da abertura de

envelopes. Recebia periodicamente as informações referentes ao

processo licitatório diretamente do Gatto. Nunca se envolveu a

fundo na licitação. Não conhece o João Augusto.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o

presente termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente

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assinado pelo Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de

Apuração e pelas testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Rio de Janeiro, 21/08/2013.

P~~;!~~g~ ~=oloeclarante Matrícula 978071-1

li Pedro Aramis de Lima Arruda -

Matricula: 021006

---"-'br --- - .-" '-~~---- ~ -Gerson Luiz Gonçalves - membro

Matrícula: O 11326-4

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-~ PETROBRAS

T ERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 21 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Luciano Seixas Pereira, Matrícula 9635556 , que uma vez

instado a esclarecer os fatos objeto da presente apuração, instituída pelo DIP

PRESIDENCIA 121/2013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na presença das

testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Patticipou da comissão coordenada pelo Aluísio Telles, CUJO escopo era a

contratação de serviços para remediação ambiental na área Intemacional. Foi

convidado para a reunião de abertura, sem saber exatamente qual era o objetivo.

Foi feita apresentação com os dados da licitação. Não se recorda do nome do

empregado que fez a apresentação, mas sabe dizer que ele era da Transpetro. Não

patticipou de nenhuma outra reunião. Não foi elaborada ata dessa reunião. Não

sabe dizer se houve encenamento formal da comissão, nem os rumos que ela

seguiu. Não conhece o João Augusto.

Perguntado, ainda, se tem algo mats a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado. dá-se por encenado o presente

tenno, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão lntema de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que finnam o presente.

Rio de Janeiro, 21/08/2013. .,

{tu.Jttl JlJ (' f Luciano Seixas Peereira - Declarante

Matr~a 9~

~~~~ Pedro Aramis de Lima Arruda - oordenador

Matrícula: 02 I 006-4

C2 íT~· -ç Gerson Luiz Go1~111bro

Matrícula: O I 1326-4

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 22 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Levi Rodrigues de Oliveira Junior, administrador pleno,

matrícula 969480-8, lotado na INTER-CORP/GGC/ADCT que uma vez instado

a esclarecer os fatos objeto da presente apuração, instituída pelo DIP

PRESIDENCIA 12112013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na presença das

testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Participou da comissão especial constituída para analisar a questão

do SMS, a qual foi coordenada pelo Aluísio. Essa reunião teve uma

única reunião. Foi reaJizada na sobreloja do Metropolitan. Aluísio

justificou a coordenação em razão da participação no projeto

PEGASO. Estavam presentes, dentre outros, Sobral e um

contratado chamado Pinaud. Não foi realizada nenhuma outra

reunião. Não conhece qualquer formalização da constituição da

comissão especial, nem mesmo o encerramento dela. Não se

recorda se houve ata dessa reunião.

Em relação à comissão de licitação, questionou junto ao Venâncio

a sua participação, já que não tinha experiência como requisitante

em SMS. Venâncio justificou a participação do declarante em razão

da confiança nele depositada. Reconhece que apenas assinou os

documentos da comissão, com a condução ficando a cargo do

Gatto, do Mateus e do Pedro. Sobral era o responsável técnico

nessa contratação. O declarante nunca participou da elaboração ou

discussão sobre as minutas e a PPU. Aluísio disse que o modelo

que foi aplicado era o mesmo do projeto PEGASO e de outro usado

na Transpetro. Percebia um sentimento de urgência nessa

contratação, porém recomenda que esse questionamento seja feito

ao Gatto. Não participou de nenhuma reunião após a abertura da

proposta da Odebrecht.

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Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Jorg~~~embro Matrícula: 011509-7

~Sl?:t-lí-t André Lima Cordeiro- membro

Matrícula: 032335-9

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 22 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro, compareceu o Sr. Roberto Gonçalves, matrícula O 139218, lotado no AB­LO/LOGUM, que uma vez instado a esclarecer os fatos objeto da presente apuração, instituída pelo DIP PRESIDENCIA 12l/2013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na presença das testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

A dinâmica para aprovação se projetos seguia a seguinte etapa de

aprovação: a questão era submetida ao comitê de gerentes gerais;

aprovado, seguia ao comitê de gerentes executivos para, caso

validado, ser encaminhado ao diretor.

Em outubro de 2009 assumiu a gerência executiva da INTER-DN.

A primeira vez que teve contato com o contrato da Odebrecht foi

em 20 lO quando substitui o diretor Zelada em reunião da Diretoria

Executiva. Na reunião prévia feita com os assistentes, o assistente

responsável pela América Latina foi quem apresentou o projeto ao

declarante. A diretoria resolveu manter o assunto em pauta.

Posteriormente, o declarante foi informado pelo Primo que o

contrato ficaria sob a sua condução. Ele chegou a questionar,

diretamente ao diretor, essa decisão. Enquanto o contrato esteve

sob a responsabilidade de sua gerência executiva, tratou de

fiscalizar o exato cumprimento de seus termos.O contrato saiu da

responsabilidade da INTER -DN na mesma época em que o

declarante saiu da área Internacional. Sua saída da INTER foi em

razão de convite para ser Gerente Executivo na Engenharia, o que

se deu em março de 20 11.

A venda de San Lorenzo decorreu da análise de que esse ativo não

apresentava resultados satisfatórios. A refinaria seria incluída no

portfólio de desinvestimentos. Não sabe dizer se o comprador teve

conhecimento do interesse da Petrobras em se desfazer desse ativo.

Fato é que houve essa proposta de compra da retinaria. Foi

montado um pequeno grupo para negociar, destacando a atuação de

Sebástian, atualmente na PAI. Nessa época o diretor comercial da

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PESA era o Clóvis. O declarante não se recorda se ainda estava na

ârea Internacional quando houve o fechamento da venda. Esse tipo

de assunto não passa pelo encaminhamento de pr~jetos ordinário.

Não participou da negociação da EDESUR nem da aquisição do

bloco da Namíbia.

Não se recorda sobre o processo de contratação da sonda Titanium

Explorer.

Conheceu o João Augusto na época em que este esteve na

Engenharia. Conhece o Jorge Rottemberg em razão da negociação

relativa à refinaria San Lorenzo.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dâ-se por encerrado o presente termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Rio de Janeiro, 22/08/2013.

ordenador

ú Gerson Luiz Gonça s ':::..-membro

Matrícula: 011326-4

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 22 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Demarco Jorge Epitànio, lotado na INTER-AL, matrícula

031655-3, que uma vez instado a esclarecer os fatos objeto da presente apuração,

instituída pelo DIP PRESIDENCIA 12112013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido

e na presença das testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

O contrato estava a cargo da gerência INTER-AL, sob os cuidados do Venâncio Igrejas, que estava montando um grupo de fiscalização para tal. Atuava como gerente e fiscal do contrato, respectivamente, Aluísio Teles e Sobral. Os três primeiros Boletins de Medição foram aprovados pelos Gerente e Fiscal do contrato, referentes à mobilização no Brasil, na Argentina e no Uruguai. A mobilização consumiria cerca de 40% do valor do contrato. Não havia previsão orçamentária para esse contrato no P AN. Em outubro de 20 I O o contrato foi transferido para a gerência do declarante. Os pagamentos dos três BM's mencionados anteriormente foram feitos pelo declarante. A primeira coisa com que se deparou e com a qual não concordou foi a moeda de pagamento (dólar) já que o contrato foi celebrado entre empresas brasileiras. Foi necessário aditivo para alterar a moeda. As empresas do exterior não sabiam da existência do contrato de SMS com a Odebrecht e ficaram surpresas, inclusive em razão da dificuldade em tramitar internamente a questão. Da forma em que estava o contrato quando chegou ao declarante, não era possível executá-lo, por isso foi necessário celebrar aditivos e buscar a forma de implementação do contrato. A mobilização aconteceu antes mesmo de as empresas no exterior serem informadas. Logo que o contrato chegou ao declarante ele providenciou o levantamento dos serviços que seriam executados, tendo feito contato com cada unidade no exterior que seria objeto da prestação de serviços, ocasião em que observou que a maioria já havia reaJizado os trabalhos previstos no contrato. Além desse fato, a própria Diretoria Executiva havia tomado a decisão de deixar condicionada a sua prévia autorização, os trabalhos nas refinarias do Japão, USA e Argentina. Em razão disso, determinou que não houvesse qualquer outra mobilização sem a prévia verificação da real necessidade. A Odebrecht questionou a não mobilização nos demais países, inclusive fazendo certa pressão. Esta situação levou

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o declarante a negociar o pagamento a menor do valor da

mobilização, uma vez que o contrato estabelecia o valor da

mobilização como um percentual do valor total estimado do

contrato e o mesmo já mostrava possibilidades de não atingir o valor total. No caso em tela, foi negociada com a Odebrecht a

aceitação de uma redução do valor a ser pago a título de

mobilização, e caso a Diretoria Executiva aprovasse os trabalhos

nas refinarias, a diferença seria paga. Após 2 meses de trabalho implementando o contrato e montando todo o acervo documental e

de execução do mesmo, foi comunicado de que o contrato estava

voltando para a INTER-AL, para a gerência do Aluísio Teles. Todo

o acervo documental montado durante sua gestão à frente do

contrato foi encaminhada para a INTER-AL, INTER-CORP e

Arquivo. Acredita que a decisão de retornar o contrato para a INTER-AL foi do diretor Zelada. Conhece o João Augusto de vista.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Rio de Janeiro, 22/08/2013.

Pedro Arami.tdiB..~oordenM.or Matrícula: 021 0;6~~·

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Matrícula: O 11326-4

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 23 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Agostinho Candido Gatto, Técnico de Suprimento de Bens e

Serviços Sênior, lotado no FINCORP/CSA, matrícula 514959-9, que uma vez

instado a esclarecer os fatos objeto da presente apuração, instituída pelo DIP

PRESIDENCIA 12112013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na presença das

testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Ingressou na Companhia como auxiliar de suprimento em 1975, ficando

na REDUC até 1977. Posteriormente foi trabalhar em MATERIAIS, lá

permanecendo até 1982. Em seguida trabalhou no Grupo Executivo de

Perfurações Marítimas, GEPEM. Em 1990 foi trabalhar no

DEPER/SEDE. Retomou para MA TERIAS em 1992. Em 2007 foi

trabalhar na área Internacional, especificamente na contratação de bens e

serviços, sendo que essa gerência tinha característica normativa. Em 20 l 1

ingressou no FINCORP, lá permanecendo até os dias atuais. Disse que ao

ser informado pelo Pinaud que seria o coordenador da comissão de

licitação e tomar conhecimento do escopo do serviço ponderou que a

contratação desse serviço não deveria ser promovida na área Internacional

e sim por um órgão estruturado para contratação e que o prazo para

entrega das propostas era muito pouco assim como o prazo para

colocação do contrato. Mesmo assim o declarante foi designado como

coordenador da comissão. Não sabe dizer quem assinou o DIP de

designação da comissão, podendo levantar a informação posteriormente.

Comentou com os membros da comissão que pelo escopo do serviço o

valor seria alto e que o declarante não sairia do Decreto 2.745. Toda a

licitação observou o decreto. Recebia pressão do Pinaud para que os

trabalhos tossem céleres. Se a contratação ocorresse num órgão

estruturado ela levaria muito mais tempo. A comissão não foi atípica já

que foi observado todo o rito processual. O comparecimento dos

membros da comissão era mínimo. A maioria da comissão era composta

por gerentes. Quem efetivamente

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declarante, Mateus e Sobral. A relação de fornecedores já estava no DIP

SIC emitido pelo Alexandre. Não sabe dizer quem escolheu as empresas

que participariam da licitação. O escopo foi estabelecido pelo usuário, no

cac;o o Sobral. A definição do escopo e das empresas que participaram da

licitação ficou a cargo da comissão especial. Considerou o prazo para

apresentação de propostas muito curto. Queriam que fossem 1 O ou 15

dias e o declarante conseguiu aumentar para 20. O Pinaud e o Sobral

defendiam esse prazo curto. Das empresas convidadas, três apresentaram

propostas, quatro declinaram formalmente e uma não respondeu. Em

relação às propostas apresentadas, a análise pela comissão foi quanto ao

preço global. Foi Sobral quem deu orientação para que se considerasse o

preço global. Desde a primeira reunião o declarante deixou claro que

seria seguido o rito. Todos os membros que assinaram a ata de abertura

dos envelopes participaram da reunião de abertura. As respostas aos

questionamentos dos licitantes eram feitas pelas áreas técnicas, sendo que

os membros da comissão eram informados. No global, a proposta

vencedora foi a que apresentou o menor preço. A comissão não entrou no

detalhamento item a item do DFP. A estimativa de preço era de cerca de

setecentos e tantos milhões, o que levou à negociação com a Odebrecht,

já que a proposta apresentada superava a estimativa. Todo

questionamento técnico foi encaminhado para as áreas técnicas, com

posterior divulgação. Não sabe dizer quem montou a PPU. Não sabe dizer

como foi operacionalizada a medição do contrato. Não houve

questionamento, no âmbito da comissão de licitação, quanto aos critérios

de medição contidos no contrato. Venâncio, Pinaud e Sobral

acompanhavam os trabalhos da comissão. Os membros da comissão eram

Mateus, Sobral, Pedro Paulo, Levi e Teófanes. O declarante, Sobral e

Mateus discutiram com a Odebrecht a redução do preço, em reunião para

a qual todos os membros foram convidados, mas da qual somente

participaram o declarante, Sobral e Mateus. Dentre os membros da

comissão de licitação, somente o declarante tinha experiência em

contratação. Quem estabeleceu o prazo para encerramento do processo

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Sobral. A alegação era de que havia vazamento no tanque de um posto

localizado numa cidade grande, o que poderia trazer sérias conseqüências.

Somente teve contato com Sócrates quando da emissão do DIP SAC. Não

conhece o João Augusto.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Rio de Janeiro, 23/08/2013 .

. I~ Pedro Aramis de Lima ~~t.:-Acfdenador

Matrícula: 021 006-4

~~//'/~ c;1 .J_~ _c C.:..c ~

lles''ciúnafgo Neto- membro Gerson Luiz Gonçatves - m€tniJY>o Matrícula: 01 1509-7 Matrícula: 011326-4

.ó&~~~~~~~~~a~ia- membro -8

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 23 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Renato Pires de Oliveira, Economista Sênior, lotado no

COMPARTILHADO/RBG, matrícula 021743-4, que uma vez instado a

esclarecer os fatos objeto da presente apuração, instituída pelo DIP

PRESIDENCIA 121/2013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na presença das

testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Venâncio Igrejas era o Gerente Geral do Controle Corporativo da

Gestão na área Internacional e possuía equipe composta por 7

empregados com função gerencial, sendo 4 gerentes (Comunicação,

SMS, Contratos e RH), 2 gerentes setorias (Segurança e Mobilidade

Internacional) e o declarante na qualidade de Coordenador de

Controles Internos. O declarante assinou o contrato com a Odebrecht

visto que era o substituto no momento em que lhe foi apresentado o

Contrato. Havia rodízio entre os gerentes na substituição do gerente

geral quando esse se ausentava de suas funções, quer em missões ao

exterior ou em férias. O sentimento era que havia urgência na

assinatura desse contrato em razão dos riscos em SMS que levaram à

aprovação dessa contratação. Estava confortável em assinar o contrato

em razão de o assunto ter sido apreciado pelo corpo jurídico da

empresa, ser analisado pelos assistentes dos diretores e ter sido

aprovado na Diretoria Executiva. Nunca tinha assinado um contrato.

Acredita que Sobral tenha levado o instrumento contratual até o

declarante para que fosse assinado. Entendo que era o Sobral quem

estava fazendo a tramitação desse processo de contratação. Quando

Venâncio reassumiu o posto, o declarante não se recorda de ter sido

apresentado qualquer questionamento em relação à assinatura do

contrato. Não conhece o João Augusto.

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Perguntado, aind~ se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que ftrmam o presente.

Renato Pires de Oliveira - Declarante Matrícula 021743-4

Pedro Aram~~Coordenador Matricul: ~~~

Gerson Luiz Gonç Matricula: 011326-4

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 23 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Alexandre Penna Rodrigues, Engenheiro de Equipamentos

Sênior, lotado no RH/UPIECTGE, matrícula 011529-4, que uma vez instado a

esclarecer os fatos objeto da presente apuração, instituída pelo DIP

PRESIDENCIA 12112013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na presença das

testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Era gerente executivo da INTER-CORP na época da contratação da

Odebrecht. Quando surge um projeto, há normalmente toda uma

governança na área Internacional. Primeiro tem que haver adequação

estratégica, depois o projeto tem que ser alocado em alguma carteira.

Dentro dessa carteira era feita análise de risco e portfólio. Somente

depois disso é que entrava no orçamento. Muito raramente a área

Internacional fazia contratações, afetas a serviços nas Empresas no

Exterior, aqui na sede. Em razão de diagnóstico realizado na área

Internacional em 2008, no ano de 2009 se iniciou busca de não

conformidades nas Empresas no Exterior. Foi detectada pelo gerente

de SMS Teófanes a necessidade de revisão da segurança de processo

das Empresas, com vários casos de não conformidade crítica, de alto

risco. Essa questão foi levada ao diretor numa reunião, na qual foi

apresentado relatório que continha o levantamento de riscos em

segurança de processo. O diretor determinou que o acompanhamento

do SMS fosse apresentado na próxima RAC trimestral, em que

participavam os dirigentes das empresas. Ficou claro ao declarante que

a postergação da correção dos problemas pelos dirigentes das empresas

no exterior decorria de maus resultados operacionais. O diretor decidiu

centralizar o controle e a execução da remediação desse problema em

razão disso, e por entender ser responsabilidade dele pela gravidade do

risco. Houve uma tentativa pelo diretor de que essa centralização

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esse entendimento não prevaleceu na diretoria, o diretor Zelada decidiu

que essa questão ficaria centralizada na área Internacional. Foi pensada

a alternativa de fazer essa contratação na PIB-BV, o que não foi

possível em razão, inclusive, do risco de repercussões tributárias. O

estudo do gerente de SMS T eófanes ficou restrito ao levantamento dos

problemas em SMS das empresas no exterior. Não foi apresentada

nenhuma proposta, nesse estudo, para solução da questão. Mencionou

o declarante que cabe à INTER-CORP indicar as não-conformidades,

que são normalmente corrigidas pelas próprias Empresas no Exterior.

O declarante apresentou ao diretor que não havia competência técnica

ou estrutural na sede da área Internacional para fazer essa contratação

e supervisionar o trabalho. Sugeriu a criação de uma estrutura à

semelhança de Empreendimentos. Participou de reuniões com o GE da

OGG Washington para criação dessa estrutura, inclusive com a

discussão acerca do quantitativo de pessoas que seria necessário. Este

órgão não foi criado naquele momento, segundo o diretor por não

contar com apoio da Diretoria, nem mais à frente como se esperava.

Designou, a pedido do diretor, comissão especial para analisar mais

profundamente as questões ligadas aos problemas em SMS das

empresas no exterior. Solicitou às demais gerências da Sede indicação

de gerentes para constituir essa comissão. O coordenador foi indicado

pelo diretor, ficando a cargo do GG do Cone Sul Aluísio, pela sua

experiência anterior no Projeto Pégaso na Transpetro, conduzir os

trabalhos. O grupo não se reportava ao declarante, mas sim ao gabinete

do diretor. Acredita que Sócrates fosse o contato do grupo. Na

primeira etapa foi feito um levantamento mais aprofundado.

Utilizaram, inclusive, os relatórios de due diligence. Constataram que,

das pendências registradas nas due diligences, apenas uma parcela

muito pequena havia sido sanada. A segunda etapa foi a elaboração da ({}> planilha e do contrato, a partir de modelo da Transpetro. Nada disso foi /

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declarante tem decorre de informações que lhe foram repassadas por

Teófanes, representante da INTER-CORP na Comissão. O DIP de

encaminhamento para o diretor, minutado peJo GG Aluisio, foi emitido

pelo declarante. Essa atribuição ficou a cargo da INTER-CORP em

razão da ausência de estrutura específica na área Internacional. Nunca

foi chamado para nenhuma reunião da Diretoria Executiva nas quais

foram discutidas as propostas. Quem deu suporte ao diretor nestas

reuniões foi o GG Aluísio. Como o GG Venâncio tem formação

jurídica, além de gerenciar as áreas de SMS e contratação, acredita que

o próprio diretor o tenha colocado como responsável pelos aspectos

contratuais e pela licitação desse processo. O DIP que solicitou

autorização para início do processo de licitação designava o GG

Venâncio como Autoridade Competente para constituir comissão de

licitação e tomar decisões quanto a recursos. Venâncio foi quem

apresentou ao declarante a minuta de DIP com a composição da

comissão de licitação, com pessoas da gerência de contratação e o

gerente de SMS Teófanes. Quanto à licitação, não houve recurso ou

reclamação por nenhum proponente, a Comissão foi acompanhada

pelo Jurídico e não indicou nenhum problema. O DIP de

encaminhamento ao diretor solicitando a contratação foi então emitido

pelo declarante. Na INTER-DN tinha um órgão que possuía equipe

com formação e competência para gerir um grande contrato de

construção e montagem, o que o levou a sugerir que o contrato ficasse

sob a responsabilidade desse grupo. O contrato chegou a ser posto sob

a gestão da INTER-DN, porém houve algum atrito, sem saber

especificar qual foi, que fez com que a gestão voltasse para a INTER­

AL (novo nome do antigo Cone Sul). Acha estranha a forma como o

contrato foi gerido. Conheceu o João Augusto no GECAM, em 1980.

Posteriormente, trabalharam juntos no SEGEM e na BR. Depo·s que

ele saiu da Petrobras, teve contatos esporádicos em razão os filhos Â

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freqüentarem a mesma escola. A relação era de camaradagem. Em

momento algum João Augusto lhe fez qualquer tipo de proposta.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Rio de Janeiro, 23/08/2013.

Alexandre Penna odrigues- Declarante Matrícula O 11529-4

Pedro Aramis de Lima Arruda -Matrícula: 021006-

~%~~ es Cámar eto ~ ~mbro

Matrícul . O 11509-7

~~-- ( Gerson Luiz Gonçalves - membro

Matrícula: 011326-4

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 26 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Clóvis Correa de Queiróz, Engenheiro de equipamentos Sênior,

lotado no INTER-AL, matrícula 801926-4, que uma vez instado a esclarecer os

fatos objeto da presente apuração, instituída pelo DIP PRESIDENCIA 12112013,

de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na presença das testemunhas adiante

nomeadas respondeu que:

Sempre foi do Abastecimento. Foi para a área Internacional, pois tinha interesse em trabalhar no Uruguai. Não havia grandes negócios no Uruguai, já que era uma unidade pequena. Não sabe dizer como surgiram os projetos de aquisição no Uruguai. Acreditava que a grande saída para o Uruguai era ter uma planta de Gás liquefeito. O projeto nunca chegou a decolar, apesar de muitas apresentações e estudos. Todo projeto era centralizado na sede, inclusive com o estabelecimento das diretrizes negociais. Qualquer negócio de compra e venda de ativos que tinha na área internacional era sempre conduzido e coordenado pela sede da companhia, seguindo as diretrizes por ela estabelecidas, e nunca pela empresa do exterior. Os estudos sobre a refinaria de San Lorenzo apresentavam que ela destruía valor, já que ela tinha dificuldade de andar. A proposta de venda foi submetida ao diretor Zelada, já que toda a negociação era promovida na sede da empresa. Conhece João Augusto, já que estudaram juntos na faculdade. Após a faculdade, perderam totalmente contato. Vieram a se reencontrar muito tempo depois. João não intermediava nenhum negócio, já que o relacionamento era diretamente entre a empresa no exterior e o diretor. Não sabe dizer como o diretor estabelecia os estudos do negócio. Sempre houve um boato de que a Petrobras iria sair da Argentina. Sempre que havia alguma proposta de compra de ativo na Argentina, a questão era encaminhada para a sede. Não conhece Sérgio Tourinho. Quanto a Rottemberg, o declarante foi procurado com proposta para compra da refinaria de San Lorenzo, oportunidade em que o orientou a encaminhá-la para a sede da Petrobras. A Oil M&S é um grupo com vários segmentos na produção de petróleo. Acredita que a proposta de compra da refinaria de San Lorenzo seja fruto desses boatos de que a Petrobras iria sair da Argentina. Conheceu Rottemberg num evento, mantendo contato esporádico. O declarante retornou da Argentina em 2012, já pensando em se aposentar. Ficou bastante constrangido com as declarações falsas e levianas de João Augusto que sugeriam o envolvimento do declarante. Acredita que não estava mais na Argentina quando houve a venda da EDESUR. participou dessa venda. Não conhece Bruno Queiroga, Felipe

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Tiago Cedraz. No Uruguai, morou o tempo todo em hotel. Na Argentina, ficou grande parte do tempo residindo em hotel. No último encontro com João Augusto este perguntou em qual área o declarante queria trabalhar quando voltasse ao Brasil. Respondeu que não queria lugar nenhum, já que pretendia se aposentar. Caso se desligue da Companhia, declara desde já que está à disposição da comissão a qualquer tempo.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

RiodeJaneiro, 26/08; 1~ L//~

Clévis~rrea deQueiróz-Jkclarante Matrícula 80 1926-4

~~ Pedro Aramis de Lima Arruda - Coordenador

Matrícula: 021 006-4

f/Ux-N/t: Jorge Salles Camargo Neto - membro

Matrícula: O 11509-7

fnJ.>~N-fE André Lima Cordeiro - membro

Matrícula: 032335-9

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 27 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

através de audioconferência, o Sr. Aluísio Telles Ferreira Filho, Engenheiro de

Equipamentos Sênior, lotado no INTER-AL/INTEG, matrícula 015744-5, que

uma vez instado a esclarecer os fatos objeto da presente apuração, instituída pelo

DIP PRESIDENCIA 121/2013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na presença

das testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

F oi convidado pelo Zelada para assumir uma gerência geral na área

Internacional. Conhece o João Augusto da época em que trabalhou na

ENGENHARIA. É mais próximo do Zelada. F oi uma surpresa para o

declarante essa história toda contada na revista Época. Todos os assuntos

para a Diretoria Internacional eram pautados pelo Canellas. O declarante

era convocado para reuniões com os assistentes do diretor, conforme o

assunto estivesse afeito à sua gerência. Nesse contexto eram os contatos

com Sócrates. Pinaud era contratado e trabalhava com o declarante desde

a Transpetro. Não é amigo pessoal do Venâncio, nem de nenhuma das

pessoas citadas anteriormente. Coordenou o grupo de um dos capítulos do

projeto PEGASO. Em razão desse trabalho, foi convidado pelo Mauro

Campos para implantar esse sistema na Transpetro. De volta à Petrobras,

foi trabalhar na área Internacional. Após um tempo de seu retomo, foi

chamado pelo Zelada para implantar o PEGASO na área Internacional.

Dentro dos moldes do PEGASO, foi constituído um grupo para criar as

especificações técnicas desse trabalho. Em qualquer programa ambiental,

grande parte dele é de manutenção industrial. A especificação técnica do

trabalho desenvolvido na área Internacional é baseada nessa

confiabilidade operacional. Teve um grupo, criado por DIP, que trabalhou

nessa especificação técnica. Esse grupo se reunia com freqüência. A

especificação foi um corte colagem do projeto PEGASO. A queixa do

Zelada é que fazia dois anos que ele tentava implantar um programa de Ú confiabilidade através das unidades no exterior e não :~~gu~ 1..-o/

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surgm a idéia de concentrar num único contrato. O levantamento das

demandas era muito primário, sem detalhamento. A solução adotada foi a

realização de uma grande planilha unitária, contendo itens que poderiam

eventualmente ser necessários. Dessa planilha constam itens que não

existiam na área Internacional, mas que poderiam existir em razão de

possíveis aquisições. A idéia era não celebrar aditivos. Pela experiência do

declarante, foi uma boa solução técnica. A Petrobras utiliza muito o

contrato turn key. Quando a questão chegou ao declarante, a idéia já era de

se fazer um contrato único, por isso uma planilha tão extensa. A

justificativa era manter um mesmo padrão e começar em todos os lugares

ao mesmo tempo. Não participou da comissão de licitação. Participou do

trabalho técnico que a precedeu. Elaborou o memorial descritivo. Não

participou da elaboração da planilha de preços unitários. Acredita que os

preços tenham sido feitos pela comissão de licitação. Quando assumiu a

gerência do contrato, teve muita dificuldade em conhecer a montagem

desse preço. O declarante já recebeu a demanda com a abrangência

definida, pois seria um contrato que precisaria pegar todo o levantamento

que havia sido definido antes. Esse levantamento precede o declarante. Já

recebeu isso pronto. Acredita que a montagem da planilha tenha sido feita

pela INTER-CORP, já na comissão de licitação. Não sabe o motivo de ter

sido solicitado o preenchimento manual da planilha. Acredita que todas as

questões que estavam no contrato poderiam ser realizadas pelas unidades,

sejam essas questões corriqueiras ou não. O que o Diretor afinnou é que

ele queria o controle dessa situação. Como foi pedido um contrato

abrangente, com levantamento muito básico, a única fonna de equacionar

isso era definir um memorial que cobrisse tudo, com uma planilha que

cobrisse tudo. Se não usar, você remaneja o item dentro da planilha. Era

uma fonna de não precisar negociar posteriormente com a empreiteira. O

padrão de planilha, inclusive com a previsão de pagamento de

mobilização com base no valor global do contrato, é padrão nos cont»fratos rq de turn key. Essa fórmula de contratação já foi definida pela · ea

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corporativa. Essa composição foi feita pelo grupo de licitação criado lá. O

declarante checou e verificou que esses percentuais são padrão na

Petrobras. Não participou do processo de seleção das empresas para essa

contratação. Só participou desse processo na fase de elaboração do

memorial descritivo e, posteriormente, quando o contrato foi para gestão

do gerente Amigo. Nesse momento, o declarante foi o gerente do contrato.

O documento formal de encerramento da comissão especial foi o

memorial descritivo. Essa comissão pegou o projeto PEGASO e fez corte

colagem. A minuta do contrato foi feita pela INTER-CORP. Essa

comissão especial foi criada pela área Corporativa. Coube também à área

Corporativa fazer a licitação. A comissão de licitação foi que analisou a

proposta da Odebrecht. A justificativa para que o contrato fosse colocado

sob a gestão do declarante é que a maior parte dos contratos seria da área

do Amigo - América Latina. Parecia também que o contrato não estava

andando. Todo contrato de obra, como é o caso desse, tem um custo

inicial de mobilização. Pode ter recebido visitas da Odebrecht, não por

esse trabalho, mas pelo do Peru. Alguns contratos eram acompanhados por

Ronaldo, outros por Sócrates. Essa da área ambiental estava sob a

responsabilidade do Sócrates. Na opinião do declarante, o agrupamento de

serviços em grandes contratos geraria menor custo. Venâncio foi o

responsável tecnicamente pelo processo, já que a INTER-CORP estava

sob sua gestão. Já trabalhou com vários contratos de turn key que

continham planilha de preços unitários. O projeto foi apresentado à

diretoria executiva pelo INTER-CORP. O declarante participou de

apresentações à diretoria depois que o contrato já tinha sido licitado,

quando o contrato foi submetido ao colegiado e não obtinha a aprovação.

O diretor pediu ao declarante para que ele desse suporte técnico, em razão

da experiência do PEGASO. A apresentação era do INTER-CORP. O

custo de supervisão normalmente está incluído nos custos indiretos. Pode

ser que tenha havido o pagamento de supervisão dissociada da realizaçã

de serviços no projeto PEGASO. Não se recorda de nenhum con

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especificamente. O valor estimado do contrato considerou o orçamento

feito por cada país no levantamento inicial.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas testemunhas adiante

relacionadas, que firmam o presente.

Rio de Janeiro, 27/08/2013.

oordenador Matrícula: 02 1 O -4

/1 t/ ;c N -"2.-Jorge Salles Camargo Neto- membro

Matricula: O 11509-7

1 aia - membro Matrícula: O 15679-

~>e.t·fÍç;_ André Lima Cordeiro - membro

Matrícula: 032335-9

~~( Gerson Luiz Gonçalves- membro

Matrícula: O 11326-4

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 29 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Carlos Alberto da Costa, Geotlsíco Sênior, lotado na INTER­

AL, matrícula 154259-1, que uma vez instado a esclarecer os fatos objeto da

presente apuração, instituída pelo DIP PRESlDENCIA 121/2013, de 13/08/2013,

o qual lhe foi lido e na presença das testemunhas adiante nomeadas respondeu

que:

Perguntado quando começou a trabalhar na Área Internacional respondeu

que atua na área Internacional há mais de 15 anos. Ingressou na época da

Bmspctro em razão de convite pam assumir a Gerência Geral da Petrobras

Argentina. Anteriormente foi Gerente de Divisão de Geofísica do DEPEX

e Gerente de Exploração da U.O. Bahia (antigo DEXBA). Passou por

várias funções na Argentina, inclusive como Diretor de E&P da PESA.

Perguntado sobre como era aprovação de projetos respondeu que a

governança societélria da empresa na Argentina é bastante sólida. A PESA

é uma empresa de capital aberto e que tem suas ações negociadas na bolsa

de Nova York e de Buenos Aires, tendo que atender aos critérios da SEC e

da CNV, respectivmnente.

A PESA tem uma matriz de decisão aprovada pela Diretoria da Petrobras.

Qualquer projeto relevante relacionado à PESA passa antes pela D.E. da

Petrobras, que orienta o voto dos seus membros no Conselho ela PESA.

Ao princípio das operações na Argentina, os membros do Conselho da

PESA eram os próprios diretores da Petrobras. Todas as úreas de negócio,

Abast, Gás e Energia, E&P, Finanças, Serviços, incluso a Presidência,

estavam representadas neste Conselho. Posteriormente, a reestruturação

societária ocorrida em 2009/10 reduziu o número de conselheiros da

Petrobras na PESA para 6 (mais 3 Conselheiros independentes). Isto fez

com que nem todas as áreas de negócio podiam estar representadas no

Conselho da PESA. Para mitigar a questão decidiu-se adotar a prática de

que os Conselheiros da PESA teriam mandatos com rotaçã~;•:re »

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c, posteriormente, pela criação de um Comitê Assessor, coordenado pelo

Gerente Executivo da Inter-AL, do qual faziam parte representantes do

E&P, Abast, Gapre, Finanças c de outras áreas da Petrobras. As pautas

relacionadas às questões da PESA, que eram submetidas à Diretoria

Executiva da Petrobras, eram analisadas previamente por esse Comitê

Assessor. Note-se que o escopo deste Comitê não era decisório e sim de

assessoramento.

Sabe dizer que o contrato da Odebrechl surgiu em razão de um pedido de

levantamento de passivos ambientais em vários países, inclusive na

Argentina. A recomendação da área de Conformidade da ANI era para que

não houvesse preocupação com a época prevista para remediação ou com

a quantidade de recursos disponíveis. Foi montada uma carteira de

passivos ambientais para toda a ANI. Não se recorda de ter participado de

reunião na qual tivesse havido apresentação do pr~jeto. Recebeu

recomendação, via DJP, para que fosse provisionado, no orçamento de

20 li, montante para cumprir com os passivos ambientais. Em relação ao

levantamento de passivos ambientais, nesse momento já tinham sido

promovidos serviços de remediação, além de não mais tigurar ativos da

Companhia, tais como a Fábrica de Fertilizantes, Refinaria de San

Lorenzo, Estacoes de Serviço, e outros. Posteriormente, recebeu a

informação de que havia sido assinado um contrato global da Petrobras

com a Odcbrecht, abrangendo além do Brasil, outros países com atuação

da Petrobras no exterior, entre estes a Argentina. Em nov/20 11, Sobral foi

até a PESA para explicar o contrato. Da forma como o Contrato global

tinha sido assinndo, não dava para usá-lo no exterior, inclusive por

questões referentes ã legislação local e por não respeitar a individualidade

societária das empresas Na reunião com Sobral ficou claro que não havia

como operacionalizar os pagamentos desse contrato na Argentina. Para

implementar o contrato , foi proposta pela Sede a cessão parcial desse

contrato global, à PESA. Para reduzir o escopo do contrato, a PESA

promoveu a retirada de

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remediados, além de unidades que não mms faziam parte da empresa.

Outra modificação promovida toi a redeflnição o conceito de "sites" que

estava no contrato original, já que era inadequada a forma como estes

"sites " estavam descritos e oneravam o contrato. Essas alterações fizeram

com que o valor do contrato, em relação à PESA, caísse de

aproximadamente 300 milhões de dólares para 182 milhões de dólares. A

aprovação da Cessão parcial do contrato da Petrobras para a PESA, seguiu

a governança da empresa, sendo analisada pelo Comitê Assessor

previamente à aprovação pela D.E da Petrobras. A aprovação no Conselho

da PESA foi por maioria dos votos e estabeleceu que o avanço deste

contrato devesse ser apresentado, periodicamente, nas thturas reuniões de

Conselho ela PESA.

A Odcbrccht já tinha escritório em Buenos Aires O Gerente da Inter~

AL!lnteg, Aluísio, era quem programava reuniões com a participação de

representantes dos países onde se realizavam os serviços para verificar

execução dos mesmos em razão do contrato. O declarante, no âmbito das

suas atribuições, criou nm Grupo de Trabalho (GT) conformado pelo

Gerente de SMS e referentes das áreas de negócios, para gerenciar este

contrato e apresentar seu andamento conforme solicitado pelo Conselho

da PESA. A orientação do declarante ao GT foi no sentido de que a

execução dos serviços na Argentina somente aconteceria se os valores

apresentados pela Odebrechl estivessem compatíveis com os valores

praticados pelo mercado. I-louve grande discordância dos preços

praticados pela PESA em relação aos preços constantes do contrato. lsto

fez com que o início dos trabalhos se demorasse. Em razão de reunião

coordenada pela INTEG/Aiuisio ocorrida nos escritórios da Odcbrccht na

Argentina, l'oi minutada ata na qual constava que a PESA estava atrasando

a execução dos serviços. O declarante concordou que nunca viu um

contrato que contenha mobilização e não preveja a desmobilização. ~unja ./ 0 teve nenhuma reuuião com o Sr. João Augusto. )J!ã' I I

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Era Diretor de E&P da PESA na época da venda da refinaria de San

Lorcnzo. Da análise de portfólio, concluiu~se que esse ativo era um dos

piores da PESA. Era uma refinaria velha, com baixa conversão e logística

complicada. Acredita que a estratégia de desinvestimcnto da PESA tenha

sido apresentada à diretoria da Petrobras em junho de 2009,

aproximadamente. Entre junho e fevereiro foi recebida uma carta oferta

vinculante da empresa Oil M&S. As condições da venda foram objeto de

"tàirness oppinion" exarada pela Ernest& Young. O assunto também foi

examinado pelo Comitê de Auditoria da PESA (composto pelos

conselheiros independentes). A atuação do declarante nesse negócio foi,

como Gerente Geral da PESA, t~tzcr o closing da operação, a qual já havia

sido aprovada pela Petrobras. O closing demorou aproximadamente um

ano após a aprovação do Conselho de Administração da Petrobras. A

negociação foi conduzida pela Sede através da INTER-DN. Na PESA os

responsáveis pelo closing eram os Diretores Industriai/Valdison Moreira e

Comercial/Clóvis Queiroz. Como as condições precedentes ao closing

eram muito técnicas e operacionais, sentavam~se à mesa referentes das

áreas mencionadas quais sejam Paulo Lopes/Comercial) Abel

Fraire/Jndustrial, assessorados por advogados da PESA. Participaram,

ainda, Pllblio e Sebástian Passadore. Tanto o Diretor Industriai/Valdison

como o Diretor Comercial/Clóvis participaram pouco desse processo.

Paulo Lopes era quem conduzia o processo pela área comercial. Ele era da

BR e estava expatriado na Argentina há muito tempo e tinha grande

conhecimento técnico sobre a distribuição de combustíveis. Pela área

Industrial, o referente nas negociações de closing foi o eng. Abel Fraire,

com experiência em refino e conhecedor das características de operação

da retinaria em questão. A operação envolvia, não somente entrega das ~

instalações da Refinaria, mas também, a cessão de aproximadamente 350 ~

postos de gasolina, a maioria operados por terceiros, além da tirma de

contrato comercial de longo prazo de intercâmbio de nalla virgem e bases. a ;/; ctânicas obtidas de re!Orma, dada as cspeciticidades enh~~ R~finar~ I

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Planta Petroquímica General San Martin (a Petroquímica não foi incluída

na transação). O ponto que gerou maior debate dizia respeito às garantias

contratuais necessárias à concretização do negócio. A exigência era que

essas garantias fossem de primeira linha, o que os compradores não

estavam conseguindo. Foi necessário que os compradores apresentassem

nova proposta, em razão dessa dificuldade. A nova proposta foi de que os

estoques e a refinaria seriam pagos à vista, eliminando a necessidade de

garantias. Para o contrato da Refinaria com a Petroquímica Porto General

San Martin, os compradores conseguiram a garantia do Banco de La

Nacion da Argentina, que era a melhor garantia que, dada as condições

econômicas do país, poderia ser obtida localmente. Essa mudança foi

aprovada pela Petrobras e determinou que a PESA emitisse garantia

"espelho", também no mercado local e não de primeira linha conforme

negociação original. A aprovação da Petrobras contou com pareceres

tàvoráveis das áreas jurídica e financeira. Não sabe dizer se Clóvis teve

alguma participação na avaliação econômica da refinaria. Perguntado a

respeito, declarou que o Sr. Rotten1berg integrava o grupo que negociava,

pelos compradores, a compra da refinaria. Nunca participou de reunião

com o Sr. Rottemberg. Perguntado se conhecia o advogado Tourinho,

declarou que não conhece ninguém citado na reportagem da revista Época,

salvo os empregados da Petrobras.

A EDESUR era um ativo que nunca fez parte do "core business" da

PESA. No ano de 2012 gerou um pr~juízo para a PESA de

aproximadamente 50 milhões de dólares. Isto porque desde que a

Petrobras comprou a PECOM (a Edesur era parte do negocio), nunca foi

autorizado um aumento de tarità de energia elétrica, em beneficio da

Edesur. A venda da participação da PESA na EDESUR foi coordenada

pela Gerência de Novos Negócios corporativo da Sede.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

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- PETROBRAS

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que tirmam o presente.

Rio de Janeiro, 29/08/2013.

~A--, I

Carlos Alberto da Costa - Declnrante Matrícula 154259-l

~ Pedro Aramis de Luna Arruda - oordenador

Matrícula: 021006

(/ u ~e: /V' 7t=-Jorge Saltes Camargo Neto -membro

M<llrícula: O 11509-7 And~~~~~>bro ~·~!~rícula: 032335-9

Gerson Luiz Gonçalves - membro Matrícula: 011326-4

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-~ PETROBRAS

TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 30 dias do mês de agosto do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Sócrates José Fernandes Marques da Silva, Engenheiro de

Equipamentos Sênior, identidade 2894948-5 IFP/RJ, que uma vez instado a

esclarecer os fatos objeto da presente apuração, instituída pelo DIP

PRESIDENCIA 12112013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na presença das

testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Conhece João Augusto há 40 anos, desde quando cursaram universidade. A seguir, em 1980, trabalharam juntos no GECAM, ocasião em que conheceu Zelada. Posteriormente, voltaram a trabalhar juntos na BR. O convite para trabalhar como assistente foi feito diretamente pelo Zelada. Não houve qualquer interferência de João Augusto. Em relação ao contido na reportagem da revista Época, o declarante foi procurado pela repórter da revista na sexta-feira que precedeu a edição 794. Foi perguntado se era amigo de João Augusto, no que respondeu que eram amigos fazia quarenta anos. Foi questionado, ainda, se seria o responsável por receber os políticos que procuravam o diretor. Relatou situação em que recebeu deputado do PMDB mineiro com o objetivo de patrocinar revista, ocasião em que orientou a procurar a Comunicação Institucional. Ao relatar ao diretor Zelada que o deputado teria ficado satisfeito com o tratamento recebido, o diretor estabeleceu que o declarante ficaria responsável por atender os políticos dali em diante. João Augusto nunca trouxe negócio para o declarante. Não sabe dizer se João Augusto apresentou ao declarante a contratação da empresa Vantage, mas se recorda de ter sido por ele consultado informalmente sobre a necessidade de contratação de sonda. Respondeu a João Augusto que a Petrobras está sempre contratando sondas. Questionado pela repórter sobre o valor da contratação, respondeu que esse tipo de contratação sempre envolve muito dinheiro, nunca menos de um bilhão. Respondeu à repórter que nunca prestou favores a João Augusto. Acha que João Augusto o consultou informalmente sobre a venda da refinaria de San Lorenzo. O declarante afirmou que a refinaria estava no projeto de desinvestimento da área Internacional. Levou a questão ao diretor Zelada, que ficou animado com a possibilidade de fazer negócio, já que o ativo não tinha valor, apresentando dificuldade para ser vendida. Se recorda de ter recebido visita de um grupo de negociadores, no qual estavam Jorge Rottemberg e Cristóbal. Essa reunião foi com o diretor Zelada. A proposta apresentada seguiu a governança normal da Internacional: comitê dos (} gerentes gerais, posteriormente o dos gerentes executivos, a seguir ao diretor. Essa seqüência era sempre seguida, mesmo quando o projeto era capitaneado pelo diretor. Se recorda que o diretor capitaneou o contrat~s~ SMS em 2009. Numa das RACs foi apresentada a situação de passiv~

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remediações de todas as unidades. O diretor ficou preocupado, já que as aquisições tinham acontecido fazia muito tempo. Nessa RAC o diretor encomendou que a INTER-CORP fizesse levantamento geral de todos os passivos ambientais e tudo que precisava ser remediado em todas as unidades da Internacional. Esse levantamento foi feito pelo Téo e levou por volta de um ano. Numa RAC no final de 2009, aproximadamente, foi apresentado o resultado do levantamento, oportunidade em que o diretor detenn.inou que fosse feita a remediação, gerida de forma centralizada na Petrobras. A verba central sairia daqui. O diretor garantiu que haveria remanejamento de verba. caso necessário. A idéia foi do diretor. O conceito seria utilizar um contrato centralizado para a coordenação da execução dos trabalhos. A empresa que faria os projetos aqui seria a mesma que iria lá fiscalizar os serviços feitos. Acompanhou pouco esse contrato. Não sabe os detalhes, já que quem acompanhava esse projeto era a INTER-CORP, com participação dos interessados {INTER-AL e INTER-AFE). A Odebrecht participou da licitação. Não sabe dizer quem elaborou a lista das empresas que participaram do processo Iicitatório. Muita coisa relativa ao memorial descritivo e PPU foi utilizada do PEGASO. O conhecimento que o declarante tem desse assunto é decorrente do que foi passado em RAC. O diretor definiu que seria um único contrato. O diretor perguntou se o declarante conhecia Aluísio, já que seria importante o conhecimento que Aluísio tinha em relação ao PEGASO. O convite ao Aluísio foi exatamente em razão desse conhecimento. Aluísio foi alocado na fNTER-AL em razão de ajuste feito com o diretor Zelada. Não recebeu nenhuma visita que tivesse correlação com essa licitação. Até onde sabe, a relação que previa as empresas que participariam da licitação foi elaborada por uma comissão específica. Em razão das dificuldades de operacionalização, o contrato ficou uns dois ou três meses em banho-maria, até serem feitos ajustes na documentação. Houve discussão sobre o pagamento de mobilização nesse contrato, sendo que o declarante se recorda que houve diminuição do percentual previsto num primeiro momento. Não se recorda quem foi que brecou a mobilização da Odebrecht. Sabe que isso foi no início do contrato. A Odebrecht pressionava muito para iniciar o contrato. A pressão era sobre o gestor e o fiscal do contrato. Pode ser que tenha sido Demarco quem brecou a mobilização. Nunca viu a Odebrecht pressionando o diretor para que fosse feita a mobilização. A turma do Venâncio e do Aluísio estava envolvida com a elaboração do escopo e da contratação. O DIP encaminhado à Diretoria Executiva foi consolidado pela gerência do Venâncio e assinado pelo Alexandre Penna. Canellas é que era o responsável pela área da INTER-CORP. Não sabe o motivo pelo qual o Demarco foi retirado da gestão do contrato. Acredita que isso tenha acontecido em razão da maior parte dos serviços estarem ligados à INTER-AL. Não se recorda de nenhum contratado chamado Pinaud. O assistente lrineu foi contrário a essa contratação. A resposta aos questionamentos apresentados pelos assistentes dos diretores fi ou

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centralizada no declarante. Salvo Irineu, os demais aceitaram as respostas aos questionamentos apresentados. Não contestou nem percebeu eventual favorecimento na contratação. Em relação à mobilização, a utilização de percentual sobre o valor global, numa planilha abrangente, deveria ter sido objeto de análise pela INTER-CORP, provavelmente pelo Aluísio. Conversou com João Augusto há cerca de três meses sobre a venda da refinaria de San Lorenzo, questionando se o indicado de João era quem havia sido o comprador. A resposta foi afirmativa, porém João Augusto afirmou que havia saído do negócio em razão da quantidade de picaretas envolvidos. O processo de venda da refinaria foi conduzido pela Argentina. A INTER-DN dava o suporte. Em assuntos relacionados à Argentina, a INTER-DN mandava pouco. Não se recorda de Eduardo Cedras. Sobre Sérgio Tourinho, sabe dizer que foi recebido pelo declarante em visita feita juntamente com Rottemberg. Não sabe associar a visita à resposta da Petrobras à proposta da Oil M&S. Não faz idéia sobre a participação de Clóvis nessa negociação. O diretor resolveu retirar o Clóvis da Argentina em razão de problemas que estavam acontecendo com ele lá. Lembra que havia problemas entre Clóvis e Carlos Alberto. Não foi perguntado pela repórter sobre EDESUR ou o sobre aquisição de campo na Namíbia. Em relação à EDESUR, havia uma série de questões relacionadas à forma de venda do ativo, por exemplo, qual seria a empresa a ser vendida: se a própria EDESUR ou se a holding. O declarante desistiu de entender o negócio. Sobre a aquisição do campo na Namíbia, não se lembra do percentual de participação que seria adquirido pela Petrobras. Houve uma reunião aqui na sede com os sócios da empresa que detinha a concessão do bloco. Não sabe dizer se João Augusto tinha interesse nessa negociação ou se ele representava alguém que tivesse interesse. Também não sabe afirmar se João Augusto intermediou essa negociação. Abi Ramia era o gerente da fNTER-DN à época. A INTER-TEC sempre fazia um trabalho de cenário de sondas, no qual era apresentada a situação atual e a projeção da necessidade. Rudimar era o responsável por esse trabalho. Quando há necessidade de uma sonda com planejamento de médio e longo prazo, recorre-se ao mercado. Num encontro com João Augusto o declarante foi questionado sobre a necessidade de a Companhia contratar sonda. A resposta foi que a Petrobras contrata sonda sempre. Quem contratava sonda, ultimamente, era a INTER-TEC/SOP. A contratação da Vantage foi promovida pela INTER-DN, a cargo do Eduardo Musa. É normal a inclusão de empresa durante o processo de contratação de sonda, já que as empresas acabam divulgando o interesse da Petrobras.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que ficou indignado

com a reportagem e a forma como a repórter se referiu ao declarante. Informou,

ainda, ter encaminhado mensagem de texto reportando a desonestidade

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-~ PETROBRAS

repórter em relação ao que foi publicado, já que distorcia o conteúdo da conversa

que tiveram. Ressaltou, também, ter ficado ofendido com a imagem que foi

passada a seu respeito.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Rio de Janeiro, 30/0812p13.

cP ~ --· r:-4:-~/L Sócrates-ffls€.Fétl-{àndes Marques da Silva - Declarante

. IdefilÍ<.Íade 2894948-5 IFP!RJ

t? Pedro Aramis de Lima Arruda - oordenador

Matrícula: 021 006-4

~~~membro MatrícZ: Ol l S09-7

A....:.íd~~~~E\)a:7:ia - membro 8

·~ENíE André Lima Cordeiro - membro

Matrícula: 032335-9

Gerson Luiz Gonçalves - membro Matrícula: 011326-4

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-lilii PETROBRAS

TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 02 dias do mês de setembro do ano de 2013 , na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Ulisses Sobral Calile, Técnico de Inspeção de Equipamentos,

Identidade 110645744, que uma vez instado a esclarecer os fatos objeto da

presente apuração, instituída pelo DIP PRESIDENCIA 121/2013, de 13/08/2013,

o qual lhe foi lido e na presença das testemunhas adiante nomeadas respondeu

que:

Era da gerência de planejamento da Transpetro. Entre dezembro de 2009 e

janeiro de 20 I O recebeu convite para trabalhar no projeto de SMS da área

Internacional. O convite foi feito pelo Diretor Zelada.Veio para a

Petrobras em maio de 2010. Ficou informalmente vinculado ao SMS da

área Internacional até dezembro de 201 O. Participou do processo

licitatório da contratação da Atnas.

Logo que o declarante chegou, foi-lhe entregue uma minuta de memorial

descritivo e PPU referentes ao projeto de SMS. Não sabe dizer quem

estabeleceu a estratégia de contratação de uma única empresa para

execução desse projeto. A orientação que se tinha era que seriam feitos

dois contratos: um de gestão e outro de execução. Estava vinculado ao

CCG (Venâncio) nessa época. F oi transferido de gerência, sempre

acompanhando a que estivesse responsável pelo contrato. Não sabe dizer

quem preparou o memorial descritivo, nem a PPU. Não percebeu

nenhuma anormalidade nesse material. Esse tipo de contratação era muito

parecido com o PEGASO.

O declarante não sabe dizer se os documentos utilizados na licitação dessa

contratação foram elaborados na comissão de licitação. Não sabe dizer

quem estabeleceu o prazo para a licitação. O preenchimento a mão da

PPU foi orientação do gerente de contratação Pinaud. A análise da

proposta foi simplificada, já que a verificação item a item era impossível,

o que levou a comissão a utilizar o preço global como critério. Não sabe

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dizer o motivo que levou à utilização de uma planilha com cerca de novel

mil itens, com prazo tão exíguo para as empresas apresentarem a proposta,

para ao fmal ser utilizado o preço global. A rotina do declarante era

entender o contrato, o memorial descritivo, a licitação, compreender a área

Internacional, o trabalho direto na comissão de licitação. Teve uma

comissão especial que trabalhou na montagem dessa contratação. Talvez

tenha sido nela que houve a montagem da minuta contratual, da PPU e do

memorial descritivo. Recebeu toda a documentação da CCG. Esse projeto

ficou sob a responsabilidade do declarante e do CCG/SMS. Não se

recorda da rotina de trabalhos da comissão de licitação. Não tinham

muitas reuniões formais, já que todos os membros da comissão

trabalhavam no mesmo andar. Nem todos os membros participaram das

reuniões marcadas. O Gatto era o presidente da comissão e o declarante

era a parte técnica. Os questionamentos apresentados pelas empresas

ficaram centralizadas no declarante. Aluísio não tinha participação na

comissão de licitação. Acredita que os preços em dólar tenham sido

estabelecidos para uniformização das propostas. Posteriormente,

reconheceu-se que essa idéia era equivocada. Não sabe dizer quem foi que

indicou o declarante para a comissão de licitação. O declarante foi até a

Argentina e Uruguai informar sobre o contrato, inclusive quanto aos

custos decorrentes da mobilização. O declarante ficou na gerência do

contrato cerca de dezesseis dias. Nesse período foram assinados três

boletins de medição que continham a mobilização no Brasil, na Argentina

e no Uruguai. Não achou que estava tora da lógica de mobilização o

pagamento a esse título para uma empresa já sediada no país. Não sabe

dizer como se chegou ao montante referente à mobilização. O critério de

medição para o pagamento de mobilização já constava do pacote dessa

contratação. Com base no memorial descritivo, o próprio declarante

elaborou o check list que serviu de base para a verificação das condições

de pagamento da mobilização. Houve a negociação de desconto com a

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valor global do contrato. A revisão do valor global ocorreu em razão da

retirada de determinados serviços e sites do escopo do contrato. No

momento em que se mobilizou o contrato o declarante não tinha

informação se o escopo iria aumentar ou diminuir. Havia rumores de que

iria aumentar. Na medida em que se teve a certeza, houve a negociação de

redução do valor devido a título de mobilização. Os EUA, o Paraguai e o

Uruguai aceitaram bem o contrato, na visão do declarante. Formalmente o

declarante era subordinado ao AL-INTEG. Não sabe dizer o motivo que

levou o contrato da INTER-CORP para a INTER-DN. Tampouco sabe as

razões da ida do contrato para a INTER-AL. A idéia era que constassem

na PPU serviços que poderiam ser eventualmente necessários. Só

percebeu determinados problemas dessa contratação quando a

AUDITORIA apresentou seus levantamentos. O declarante ficou o tempo

todo dedicado a esse contrato, desde que ingressou na área Internacional.

A filosofia era ter preço, já que se tratava de um contrato guarda-chuva.

Não se lembra com detalhes como foi o episódio da assinatura do

contrato. Não se preocupou com o fato de a assinatura do contrato ter sido

promovida pelo substituto. A semelhança do projeto PEGASO da

Transpetro com a contratação da Odebrecht, foi a quantidade e os tipos de

serviços necessários. Não foi utilizado um contrato único no PEGASO da

Transpetro. Não se recorda de já ter visto contrato com pagamento de

supervisão sem a prestação do serviço. A Odebrecht não cobrava nada do

declarante, era ela quem cobrava agilidade, serviços etc. Contratualmente,

o contato com a Odebrecht era com Marcos Duran e Daniel Alegria. O

fato de ter uma recomendação da Diretoria de que seria necessária

autorização específica para as refinarias não significa, na visão do

declarante, necessidade de revisão dos valores relativos à mobilização. Do

processo licitatório até a INTER-DN, a gestão do processo era do

Venâncio. Não percebia nenhuma interferência externa na área

Internacional. Teve contato com o João Augusto logo que chegou na área

Internacional, em um almoço.

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Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Rio deJaneíro, 02/09/2013. / /-

Uiis~l~ ile-~.:te Identidade 110645744

Pedro Aramis d:f~denador Matrícula: 021006-4

/l LJ .:>t: <tJ L Jorge Salles Camargo Neto - membro

Matrícula: O 11509-7 AnA~~rQ: ~:::ro

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 02 dias do mês de setembro do ano de 2013, na cidade do Rio de

Janeiro, compareceu o Sr. Carlos Alberto Pereira de Oliveira, Engenheiro

de Petróleo Sênior, lotado no E&P-PDP, matrícula 031848-0, que uma vez

instado a esclarecer os fatos objeto da presente apuração, instituída pelo

DIP PRESIDENCIA 121/2013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na

presença das testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Trabalhou na Área Internacional de maio de 2003 a maio de 2012. Voltou para a sede da Área Internacional em 2008. Nesse período o Comitê de gerentes executivos foi fortalecido, mas alguns negócios associados a refino e à INTER-AL não circulavam nesse comitê executivo. Questões bem operacionais da INTER-AL ainda eram submetidas ao Comitê. Os demais projetos da INTER-AL tramitavam fora desta govemança. Lembra que os projetos de SMS, asfalto encapsulado e xisto na Jordânia, por exemplo, não seguiram a govemança da Área Internacional. A INTER-AL era a gerência que menos apresentava projetos no comitê. O projeto de SMS teve participação do Aluísio e do Venâncio. O projeto do Peru era conduzido pelo Aluísio e pelo Marcos João. O projeto do asfalto foi conduzido peJo Moro e Sócrates. O do xisto na Jordânia era conduzido pelo Demarco. A INTER-DN frequentemente apresentava projetos que não se encaixavam no alinhamento estratégico. Havia grande empenho para viabilização desses projetos. Exemplo disso é o projeto de exploração na República Democrática do Congo. Era um projeto on-shore, na selva africana e sem alinhamento estratégico. Deu muito trabalho para demonstrar a inviabilidade do projeto, mesmo sendo claro que a necessidade de construir um navio sonda em um porto praticamente inexistente num lago no interior do continente tomava o negócio pouco interessante. Não sabe dizer se chegou a ser celebrado algum contrato em relação ao projeto de construção de plantas e de gasoduto no Peru. Havia empenho do Aluísio para levar a frente o projeto e para que a Petrobras participasse no projeto do duto de quase 900km de extensão. Não sabe dizer se este projeto contava com o patrocínio do Amigo. Sempre que procurado, o Amigo sinalizava que esse projeto estava com o Aluísio. Não percebia se havia alguma participação do PMDB mineiro na Área Internacional. A INTER-TEC não sofria nenhuma

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pressão sobre as suas atividades ou para que o parecer técnico fosse direcionado. Talvez por isso alguns projetos não tenham sido submetidos à avaliação da INTER-TEC, já que ela tinha independência técnica, o que poderia inviabilizar alguns interesses. Interesses políticos não chegavam até a INTER-TEC. Não conhece o João Augusto. O declarante teve contato com o projeto de SMS quando já havia sido aprovado. Recebeu a visita de representante da empresa San Antonio, o qual informou que achou estranho ter sido contatado pela Odebrecht dizendo que a partir dali o abandono de poços na Argentina ficaria a cargo da Odebrecht. O declarante achou estranha essa informação. Viu o DIP de encaminhamento à Diretoria Executiva, através de despacho da então assistente do GE da INTER­CORP. O DIP havia sido assinado pelo Alexandre, com cópia apenas para o Aluísio e o Venâncio. Era um DIP simples. Não encontrou no anexo a informação de que o abandono de poços ficaria a cargo da Odebrecht. O Venâncio havia informado em RAC que estavam sendo levantados os passivos ambientais na Área Internacional, mas nada foi detalhado sobre o que se pretendia fazer com aquela informação. Em relação à contratação da sonda Titanium Explorer, esclarece que nessa época a INTER-TEC elaborava o Cenário de Sondas, que permitia planejar a utilização e disponibilidade de sondas na Área Internacional. Esse trabalho era apresentado ao diretor. Quando era necessária uma contratação de longo prazo, o diretor encaminhava para a INTER-DN, mas o único momento em que houve a sinalização de contratação de sonda foi no final de 2008, já que ainda havia uma perspectiva de crescimento da Área Internacional. Acredita que a INTER-DN usou esse trabalho como argumento para a contratação da sonda Titanium Explorer. Nessa época, Musa era quem estava na INTER-DN. A carteira de ativos da Área Internacional era diferente da do E&P, sendo mais concentrada em perfurações exploratórias e novas áreas. Em razão disso, a depender do cenário utilizado, poderia haver diferenças no quantitativo de sondas indicadas como necessárias na Área Internacional. A utilização no E&P era o back-up para o caso dos programas exploratórios se mostrarem mal sucedidos. Não chegou a acompanhar a venda da refinaria de San Lorenzo. Acha que esse assunto surgiu dentro da PESA. Não se recorda de ter visto material sobre a venda no Comitê de gerentes executivos. A exploração na Namíbia tramitou dentro deste Comitê, tanto na entrada, quanto na fase de exploração. F oram emitidas orientações para alteração do negócio na entrada. O Comitê não viu problema no fato do bloco

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estar na mão de uma empresa pequena. Uma das condições impostas pelo Comitê foi que a Petrobras fosse a operadora do bloco. A denúncia na revista ajudaria a elucidar situações que na ocasião pareciam fazer pouco nexo.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o

presente termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente

assinado pelo Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de

Apuração e pelas testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Rio de Janeiro, 02/09/2013.

_c~ .~>~> -­Carlos Alberto Pereira de Oliveira - Declarante

Matrícula 031848-0

f! Pedro Aramis de L -Coordenador

Matrícula: 021006-4

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 03 dias do mês de setembro do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Rudimar Andreis Lorenzatto, Engenheiro de Petróleo Sênior,

matrícula 033102-2, que uma vez instado a esclarecer os fatos objeto da presente

apuração, instituída pelo DIP PRESIDENCIA 12112013, de 13/08/2013, o qual

lhe foi lido e na presença das testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Foi trabalhar na área Intemacional(INTER) em abril/2008. Nessa época foi criado o comitê dos gerentes executivos, que tinha como um dos principais objetivos, garantir a devida governança de projetos na INTER. O declarante informa que priorizou organizar os processos e a govemança das atividades sob sua gestão. Percebeu que as unidades de negócio tinham elevada autonomia para a contratação de sonda. Praticamente, todas as unidades tinham blocos exploratórios com compromissos a serem cumpridos com prazos definidos, sob pena de incorrer em multas contratuais da concessionária. Houve a demanda de criação de um cronograma de poços na INTER, assim como existe na área doméstica, para se ter uma visão integrada dos poços. Em paralelo, para cumprimento do cronograma, era necessário que fosse verificada a disponibilidade das sondas sob contrato na INTER, para atendimento ao cronograma de poços. Desse estudo foi elaborado o processo, e então as apresentações do cenário das sondas. Na apresentação abordada durante o depoimento, foram considerados três cenários nesse estudo, cada um com suas premissas. O estudo foi validado pelos GGs e GEs da INTER, e depois apresentado e validado pelo diretor da Inter em 14/07/2008. A governança na INTER foi posteriormente aprimorada, tendo sido criado o comitê de gerentes gerais. Assim, os projetos deveriam passar pelo comitê de gerentes gerais. A seguir, deveriam seguir para o comitê de gerentes executivos. Aprovado, seguia ao diretor e, conforme o caso, era pautado na Diretoria Executiva. A demanda contida no DIP INTER-DN 324/08 não foi devidamente entendida, pois as premissas que deveriam ser usadas não estavam definidas no DIP, o que levou o declarante a encaminhar e­mail solicitando ao GG Eduardo Musa da INTER-DN que confirmasse o entendimento. Em razão da confirmação do entendimento, foi elaborado novo cenário, com novas premissas adotadas, sem as sondas BSRC e POG 10000. O estudo citado, com o novo cenário de sondas, foi apresentado aos GEs Carlos Alberto Pereira e Abi Ramia. Esse estudo foi encaminhado à INTER-DN, INTER-TEC e INTER-AFE através do DIP INTER-TEC/PRO 53/2008. Não entende a ausência do cenário de sondas

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como anexo e argumento do DIP INTER-DN 27/2009, que solicitou à Diretoria autorização para contratação da sonda Titanium Explorer. A INTER-DN não tinha corpo técnico para especificação detalhada sonda. A especificação técnica para contratação da sonda contou com participação de empregados da gerência do declarante( INTER-TEC/PRO), que tinha como atribuição prover suporte técnico as áreas de negocio da INTER. As contratações eram muitas vezes descentralizadas, havendo situações de contratação pelas próprias unidades no exterior.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Rio de Janeiro, 03/09/20 1 3 .~

~· -1f:_c· .cz==? ' Rudimar ~pdre· Lorenzatto- Declarante

{; Ma cuia 033102-2

Pedro Aramis li ~ordenador Matricula: 021006-4

/-L-(/-r-- - ( Gerson Luiz Gonça?ves - me mbro

Matricula: O 11326-4 An~~~9;rro~bro d~é~atricula: 032335-9

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 04 dias do mês de setembro do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro, compareceu o Sr. Eduardo Costa Vaz Musa, identidade 6107069 SSP/SP, que uma vez instado a esclarecer os fatos objeto da presente apuração, instituída pelo DIP PRESIDENCIA 121/2013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido e na presença das testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Recorda-se que houve a constituição de grupo de trabalho, o qual foi coordenado pelo

declarante, com o objetivo de estudar a contratação de sonda para a área Internacional.

Sabe dizer que essa demanda tem origem na cessão de sonda da área Internacional para

o E&P da Petrobras. Não se recorda dos motivos que levaram à diferença entre o

ranqueamento contido no primeiro relatório do grupo de trabalho que coordenou e o que

consta no DIP encaminhado à Diretoria Executiva. Não se recorda do trabalho

elaborado pela INTER-TECIPRO no qual era estabelecido o cenário de sondas da

INTER. Não tem nenhuma lembrança de ter sofrido qualquer tipo de pressão durante

esse processo. Não sabe dizer se houve alguma negociação com a Pride, primeira

colocada no ranqueamento inicial. Acredita que as mesmas pessoas que compunham o

grupo de trabalho tenham continuado os trabalhos que levaram à elaboração do DlP à

Diretoria Executiva.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Rio de Janeiro, 04/09/2013.

sta az Musa - Declarante Identidade

I fi'& Pedro Aramis de Lima~ ~nador

Matrícula: 021 006-4

f G.ei'SOÍÍ Luiz Gonçalves - embro

Matrícula: O 11326-4 ima Cordeiro - membro atrícula: 032335-9

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos 04 dias do mês de setembro do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Mário Luis de Oliveira, lotado no E&P-PGSU/CS-11, matrícula

033059-6, que uma vez instado a esclarecer os fatos objeto da presente apuração,

instituída pelo DIP PRESIDENCIA 12112013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido

e na presença das testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Trabalhava na gerência do Musa. Foi trabalhar na área Internacional por

volta de 2006. O principal projeto era o navio sonda Petrobras 10.000.

Logo em seguida apareceu outro navio, conhecido como Vitória 10.000. O

final de 2008 foi extremamente tumultuado na gerência, com várias

atividades concomitantes. Tradicionalmente era a INTER-TEC quem

contratava sondas na INTER. A modificação para a INTER-DN foi

acordada entre os gerentes executivos da INTER-TEC e INTER-DN.

Nesse contexto é que houve a contratação pela INTER-DN da sonda

Titanium Explorer. Foi constituída comissão para analisar as propostas,

sendo resultado dela a confecção de relatório com as planilhas de

ranqueamento. O mercado estava extremamente aquecido. Para elaborar a

planilha houve o auxílio do pessoal da INTER-TEC. Recorda-se que eram

várias propostas em papel. Essa documentação ficou registrada na área

Internacional, sendo possível que estejam em sistema digital atualmente.

F oram analisadas duas possibilidades: um modelo de contratação

semelhante ao utilizado na Petrobras 10.000, a outra era o modelo

tradicional de contratação, no qual há o fornecimento da sonda e da

operação. O relatório foi encaminhado ao gerente executivo de contato em

16 de outubro. Pelo que pode levantar de documentos, verificou a

existência de minuta de DIP, elaborada em 21 de outubro, a qual foi

encaminhada ao Sócrates e ao Musa. A minuta contém o resultado da

comissão. Elaborou, ainda, apresentação à Diretoria Executiva, nos

mesmos moldes do conteúdo do relatório. Logo a seguir, foi enviado em

missão no exterior. Não foi criada nova comissão. Localizou e-mail deq

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Musa, datado de 30 de outubro, no qual a Pride era convidada para

negociar as condições da proposta que ela havia apresentado. No dia 04 de

novembro Musa encaminhou correio para o Abi Ramia no qual consta

planilha que incluía a proposta da Vantage (Titanium e Platinum). Nos

documentos recuperados pelo declarante, há uma proposta da Vantage em

03 de dezembro. Acredita que não tenha havido uma nova proposta da

Pride. Não faz ideia do motivo que teria levado João Augusto a fazer

denúncias sobre a contratação da sonda Titanium Explorer. A taxa que

estava sendo oferecida nessa contratação estava dentro da praticada pelo

mercado, conforme verificado em publicações especializadas. O

declarante entrega ao coordenador desta CIA, nesta data, os documentos

que conseguiu levantar previamente.

Perguntado, ainda, se tem algo mais a declarar, respondeu que não.

E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dá-se por encerrado o presente

termo, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo

Declarante, pelo Coordenador da Comissão Interna de Apuração e pelas

testemunhas adiante relacionadas, que firmam o presente.

Rio de Janeiro, 04/09/2013.

M~~nte Matrícula 033059-6

Pedro Aramis de Lima Arruda - oordenador Matrícula: 021006 4

erson Luiz Gonçal - membro AnkE:iord~~= Matricula: O 11326-4 Matrícula: 032335-9

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TERMO DE DECLARAÇÃO

Aos OS dias do mês de setembro do ano de 2013, na cidade do Rio de Janeiro,

compareceu o Sr. Darcy Ferraço Júnior, lotado na INTER-AL, matrícula 517209-

3, que uma vez instado a esclarecer os fatos objeto da presente apuração,

instituída pelo DlP PRESIDENCIA 12l/2013, de 13/08/2013, o qual lhe foi lido

e na presença das testemunhas adiante nomeadas respondeu que:

Foi trabalhar na INTER em 2012 a convite do Bobsin. A partir de janeiro

de 2013 assumiu o gerenciamento da carteira de SMS com a CNO. O

contrato já possuía quatro aditivos, sendo que este ano foi celebrado o

quinto. Foi elaborado um plano de trabalho, discutido com as unidades do

exterior, no qual foi estabelecida uma metodologia para acompanhar o

desenvolvimento desse projeto nas referidas empresas. Foi estabelecido

um cronograma de reuniões com as unidades do exterior que vai até 2014.

Foi promovida uma série de alterações na gestão do contrato. A atividade

de gerenciamento do contrato no Brasil é reduzida em razão da extinção

dos pagamentos mensais à CNO a título de supervisão. Desde janeiro de

2013 não está sendo feito o pagamento de supervisão, no Brasil, nesse

contrato. Houve uma amortização no custo fixo de cerca de 75 milhões de

dólares. A Petrobras ficou com um crédito de cerca de 32 milhões de

dólares. Todas essas mudanças constam do aditivo cinco. Acompanha

mensalmente a evolução do projeto nas unidades no exterior. As

informações são consolidadas pela Odebrecht. Há apoio da Atnas nesse

trabalho. Nas videoconferências feitas com as unidades é feito o

monitoramento e controle dos avanços fisicos e financeiros. O declarante

orientou as empresas no exterior a negociarem com a Odebrecht sempre

que houver divergência entre as informações da Odebrecht e das

empresas. Mensalmente o declarante apresenta aos gerentes executivos o

monitoramento e controle dos avanços f1sicos e financeiros mencionados

anteriormente. Os contatos com a Odebrecht são feitos através do Marcos

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