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Ecodesign O Ecodesign, ou projeto para o meio ambiente, avalia o efeito que um produto tem sobre o meio ambiente em todos os estágios do seu ciclo de vida, ou seja, desde a escolha da matéria prima, produção e distribuição até o seu uso e pós-uso. Gestão Ambiental e Competitividade O tema discute como a gestão ambiental pode tornar uma organização mais competitiva. São apresentadas inovações desenvolvidas para reduzir os impactos ambientais, relatos de casos utilizando as técnicas de produção mais limpa, as relações entre qualidade e qualidade ambiental, etc. Gerenciamento de Resíduos Sólidos Este tema aborda questões relativas ao gerenciamento de resíduos sólidos urbanos e industriais. São analisadas algumas experiências de municípios que se destacam na busca de um destino adequado para o denominado "lixo urbano", bem como a cadeia de reciclagem de plásticos, papel, alumínio, etc.. Algumas pesquisas investigam o problema do lixo industrial e a reciclagem dos diversos tipos de plásticos Agronegócios A seção Agronegócios aborda os impactos ambientais das atividades agro-industriais, bem como análises e dados sobre o mercado de produtos orgânicos, cadeias de suprimentos, etc. Turismo Sustentável O Turismo Sustentável (TS) é um fenômeno relativamente novo, pois sua discussão efetiva começa em meados da década de 90. Sua base teórica está relacionada ao conceito mais amplo de Desenvolvimento Sustentável (DS), oriundo do Relatório Our Common Future. Como a área do TS ainda é muito carente em pesquisas, na verdade ainda não existe um conceito definitivo sobre o mesmo. Entretanto, admite-se que o TS possui três dimensões:

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Ecodesign

O Ecodesign, ou projeto para o meio ambiente, avalia o efeito que um produto tem sobre o meio ambiente em todos os estágios do seu ciclo de vida, ou seja, desde a escolha da matéria prima, produção e distribuição até o seu uso e pós-uso.

Gestão Ambiental e Competitividade

O tema discute como a gestão ambiental pode tornar uma organização mais competitiva. São apresentadas inovações desenvolvidas para reduzir os impactos ambientais, relatos de casos utilizando as técnicas de produção mais limpa, as relações entre qualidade e qualidade ambiental, etc. 

Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Este tema aborda questões relativas ao gerenciamento de resíduos sólidos urbanos e industriais. São analisadas algumas experiências de municípios que se destacam na busca de um destino adequado para o denominado "lixo urbano", bem como a cadeia de reciclagem de plásticos, papel, alumínio, etc.. Algumas pesquisas investigam o problema do lixo industrial e a reciclagem dos diversos tipos de plásticos

Agronegócios

A seção Agronegócios aborda os impactos ambientais das atividades agro-industriais, bem como análises e dados sobre o mercado de produtos orgânicos, cadeias de suprimentos, etc.

Turismo Sustentável

O Turismo Sustentável (TS) é um fenômeno relativamente novo, pois sua discussão efetiva começa em meados da década de 90. Sua base teórica está relacionada ao conceito mais amplo de Desenvolvimento Sustentável (DS), oriundo do Relatório Our Common Future. Como a área do TS ainda é muito carente em pesquisas, na verdade ainda não existe um conceito definitivo sobre o mesmo. Entretanto, admite-se que o TS possui três dimensões: 1. A do meio ambiente - natural e construído; 2. A da vida econômica de comunidades e empresas; 3. Os aspectos sociais do turismo, em termos de seus impactos sobre culturas locais e turistas e o modo como são tratados os que trabalham na indústria do turismo.

 Produção Mais Limpa

O entrave da política Sabe, quando você se depara com àquelas situações em que a política prevalece aos interesses sociais.A sensação é extremamente desagradável! Você se sente impotente, pois isto não aparece de forma clara, muito pelo contrário,

fica mascarado no benefício coletivo, do povo e para o povo. As questões ambientais têm sido tratadas desta forma. A inserção de políticas para o desenvolvimento sustentável aparece como promoção de algumas pessoas que se aproveitam das possibilidades de melhoria efetiva para a sociedade, para as empresas e para o planeta em prol de sua projeção política ou pessoal. Até quando teremos que conviver com estas situações! Até quando teremos que conviver com pessoas que se utilizam as outras e das "coisas"! Até quando vamos conviver com isto e aceitar como algo normal, sem brigar pelo que efetivamente é moral e decente! 

2020 Sustentável

Maior reserva de água potável no mundo é brasileira

A Região Norte é, sem dúvida, um dos maiores símbolos da riqueza natural do Brasil. Agora, além de abrigar a Floresta Amazônica e o Rio Amazonas, ela pode ser conhecida também por possuir a maior reserva mundial de águas subterrâneas. Um volume equivalente a 29 milhões de Maracanãs cheios, ou de 35 mil vezes a baía de Guanabara. Essa impressionante reserva de água, que está guardada no aqüífero de Alter do Chão, é hoje justamente o foco de um dos maiores esforços de estudos já feitos pela Faculdade de Geologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), que aponta o Aqüífero Alter do Chão como o de maior volume de água potável do mundo. A reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá e tem volume de 86 mil km³ de água doce. Atualmente, o maior aqüífero do mundo é o Guarani, situado no Paraná. Estudos mostram que essa formação possui uma reserva de água estimada em 45 mil km³. Mas os pesquisadores paraenses querem provar que a reserva de água do aqüífero de Alter do Chão é duas vezes maior que a do Guarani, com um volume que alcançaria 86,4 mil km³, (86,4 quatrilhões de litros).No caso de comprovação, os benefícios em possuir o maior aqüífero do mundo serão imensuráveis, principalmente para a Amazônia, que já possui status valiosos como o maior depósito mineral do planeta, o maior volume de água doce do mundo e a maior floresta tropical do globo. As águas amazônicas têm um valor estratégico para o país e para a humanidade que ainda é pouco compreendido pelos gestores brasileiros, É um absurdo faltar água na Amazônia. Estudos mostram que a quantidade de água do aqüífero de Alter do Chão é suficiente para abastecer toda a população do planeta por pelo menos 400 anos. 

ECODESIGN

Trabalho com reaproveitamento de materiais:

Bamboo Bike, bicicleta feita de bamboo

A BambooBike é uma empresa que se coloca no papel de espalhar o amor por produzir bicicletas, através de workshops sobre "como montar sua própria bicicleta" e "como vender a bicicleta que você criou". Já ministraram palestra para mais de 250 pessoas e ajudaram a iniciar com uma fábrica em Gana (em setembro), proporcionando um preço baixo com alta qualidade a quem interessa este produto.

Dá pra ver que a idéia é ajudar. Ainda assim, se colocam, também, como empresa de design e desenvolvimento, que se financia através dos workshops citados. Por isso, dedicam pelo menos 50% do tempo no desenvolvimento de projetos baseados em três vertentes:

1. Impulsionar as capacidades da Bamboo Bike em usar materiais e processos de desempenho elevado, em relação ao seu caráter funcional, ambiental e econômico;

2. Usar esses recursos para promover a acessibilidade e interesse pelas bicicletas, através da disseminação do conhecimento e habilidade sobre a fabricação de bicicletas;

3. Desenvolver programa para promover o engajamento dos jovens na fabricação, engenharia e design ambiental.

Os modelos variam de preço, desde se você já tem os materiais para construir, como o modelo que se pretende fazer.

THIS, escova de dente sustentável

Já pensou em escovar os dentes com um pedaço de graveto? Pois esta é a sugestão da libanesa Leen Sadder para diminuir o impacto das nossas atividades de higiene bucal. Após muita pesquisa, a jovem – que é estudante de design – descobriu que há um tipo de graveto capaz de substituir, de forma eficaz, a escova e, também, a pasta de dentes: omiswak, um ramo da árvore Salvadora Pérsica.

De acordo com as pesquisas de Sadder, é cientificamente comprovado que o Miswak possui, em seu interior, cerdas naturais com propriedades antimicrobianas, que limpam a boca e evitam o mau hálito. Logo, basta cortar o graveto e esfregar suas cerdas nos dentes – ou, para os mais ousados, também é possível mastigá-las.

Os benefícios

O uso do graveto não só reduziria a utilização de água para higiene bucal – e, também, com a contaminação do recurso, já que dispensa a utilização de cremes dentais –, como também diminuiria a produção de lixo. Isso porque, após ser utilizado, o Miswak pode ser enterrado no quintal para se decompor na natureza, como qualquer outro galho. Em suas pesquisas, Sadder ainda descobriu que o Miswak já era utilizado por povos da Antiguidade na hora da higiene bucal. Sendo assim, a estudante de design, apenas, deu um “toque de modernidade” à técnica: ela desenvolveu uma embalagem (reutilizável) para o graveto que, além de facilitar o transporte da “escova de dente”, vem com uma espécie de cortador de charutos. Assim, após utilizar o graveto, o usuário pode cortá-lo e deixá-lo pronto para a próxima “escovada”.

Por enquanto, o produto desenvolvido por Sadder é, apenas, um protótipo – batizado por ela de THIS –, mas, segundo a pesquisa da estudante, o Miswak já é vendido pela internet em sites especializados. Você toparia trocar sua escova de dente por um graveto? 

Tênis Biodegradável

O que fazer com aquele tênis que já não serve mais? Que tal enterrá-lo? 

Isso já é possível, e sem comprometer o ambiente. A fabricante de calçados holandesa OAT Shoes desenvolveu a primeira linha de tênis biodegradáveis do mundo. O objetivo do designer e fundador da marca, Christiann Maats, é quebrar a percepção de que a moda não precisa ser sustentável. Ou seja, tudo a ver com Ecomoda. A coleção, chamada Virgins Collection, já ganhou segundo lugar no Amsterdã Green Fashion por desenvolver alguns materiais dentro da própria fábrica e também pela idéia inovadora de inserir sementes de árvores no forro do calçado. Dessa forma, quando os tênis forem descartados no meio ambiente, o material servirá para adubar a terra e plantar novas mudas de árvores.Enquanto a novidade ainda não chega por aqui, só nos resta destinar nossos tênis para o descarte correto...

Timberland promove consciência em reflorestamento

O "Arbor Day" é comemorado em datas diferentes, ao redor do mundo. No Brasil, por exemplo, é dia 21 de setembro, marcando um novo ciclo do ano - a primavera - e ficou mais conhecido em 1997, quando foi comemorado o 125º Dia da Árvore.

Para este ano, a Timberland preparou uma "surpresa" para o público: criou um aplicativo no Facebook, que permite que as pessoas plantem árvores virtualmente - e ainda completa: para cada três árvores plantadas virtualmente, uma será plantada no Haiti. A ação faz parte de uma campanha de longo prazo da Timberland. O aplicativo mesmo já havia sido utilizado ano passado, quando a Timberland se comprometeu a plantar 5 milhões de árvores nos próximos 5 anos."Estamos usando o Dia da Árvore para trazer o tema de  ainda que objetivo final seja bem sério (...). Queremos trazer conhecimento sobre a crítica necessidade de árvores e esperando que se forme um engajamento das pessoas com o esforço da Timberland com o reflorestamento global."

Jim Davey, Vice Presidente Global de Marketing da Timberland

Estilista francesa usa bitucas de cigarro para confecção

Estudo publicado no jornal British Medical revelou que, anualmente, cerca de 845 mil toneladas de bitucas de cigarro são jogadas no chão, emporcalhando o mundo e, ainda, contaminando o solo e a água do planeta. O que fazer com todo esse lixo? A jovem francesa, de 22 anos, Flore Garcia-Bour tem a resposta na ponta da língua: um vestido! Incomodada com a hipocrisia de seus vizinhos – que se empenhavam em fazer coleta seletiva

em casa, mas viviam jogando bitucas de cigarro na rua –, Flore decidiu se mexer para diminuir a quantidade de lixo na sua cidade e, ao mesmo tempo, conscientizar a vizinhança para o problema que estavam criando: ela saiu pelas ruas de Paris recolhendo todas as pontas de cigarro que encontrava pela frente e está criando um vestido com o material coletado. A ação ganhou um blog, batizado pela francesa de Le Mégot Défi* (O Desafio da Bituca de Cigarro, em tradução livre), e conquistou a simpatia dos moradores da cidade. Vários franceses acessam a página para acompanhar a jornada de Flore por uma Paris com menos bitucas de cigarro: em três semanas, a jovem conseguiu coletar cerca de 2.850 pontas e está finalizando seu primeiro vestido! — Já imaginou o cheiro dessa roupa? Flore, claro, tem consciência de que, sozinha, não resolverá o problema das bitucas de cigarro em Paris, mas acredita que, com o Le Mégot Défi, pode fazer a sua parte e, ainda, inspirar outros cidadãos a fazer o mesmo. Se não for para criar um vestido, pelo menos para jogar as bitucas no lixo!

Grampeador sem grampos

Sim! Ele existe! Ao invés de usar grampos a que todos estamos acostumados, ele recorta pequenas tiras de papel e as usa para costurar até cinco folhas juntas. Assim evita-se o uso de grampos ajudando a preservar o ambiente.

Copo comestível de alga pode substituir descartável

Copo descartável, que gera lixo e demora centenas de anos para se decompor, ou copo de vidro, que constantemente precisa ser lavado com água e detergente? Em meio às discussões sobre a forma mais sustentável de consumir líquidos, o escritório de design norte-americano The Way We See The World desenvolveu um copo que pode, finalmente, encerrar esse debate: o Jelloware.

Feito de ágar-ágar, um tipo especial de gelatina de algas, o copo é comestível e, por isso, resolve todos os problemas relacionados à produção de lixo, desperdício de água e poluição, debatidos no consumo dos demais tipos de copo.

Coloridos e maleáveis, os Jellowares são fabricados em três versões – limão e manjericão, gengibre e hortelã e alecrim e beterraba –, dando ao consumidor a chance de escolher o sabor que melhor combina com a sua bebida.O produto só requer dois cuidados: se não for consumido imediatamente, ele deve ser guardado na geladeira, ao invés do bom e velho armário de louças, e a sua ingestão deve ser controlada. Isso porque, segundo os fabricantes, comer mais do que três Jellowares por dia pode trazer prejuízos à saúde, já que o ágar-ágar possui propriedades laxativas.Quem não quiser correr o risco de passar o resto do dia no banheiro ou estiver de regime, não precisa comer o copo: o Jelloware é biodegradável e, por isso, segundo os fabricantes, pode ser enterrado em qualquer área verde, que se transformará em adubo para as plantas. Boa ideia ou não?

 

 

Garrafas PET como matéria prima na construção

Angustiado com a falta de escolas de ensino básico em algumas províncias filipinas, o conterrâneo Illac Diaz resolveu dar um jeito no problema e fundou o Bottle School Project, que, como o próprio nome diz, pretende construir escolas de uma forma bem barata – e que, de quebra, ainda ajuda o meio ambiente: com garrafas PET usadas.

Para quem achou a idéia maluca, Diaz já tem a prova de que seu projeto não é nem um pouco utópico. A primeira escola da iniciativa está pronta, em San Pablo, e foi construída com milhares de garrafas PET de 1,5 e 2 litros, que foram preenchidas com adobe líquido – uma substância feita com terra crua, água e fibras naturais ou palha – para dar consistência às paredes. Segundo Diaz, além de ser mais barato do que o concreto, o adobe é cerca de três vezes mais forte do que o cimento. O visionário, no entanto, não conseguiu a proeza sozinho. Para que o projeto desse certo, ele contou com a ajuda da My Shelter Foundation (Fundação Meu Abrigo, em português), que promoveu uma corrida beneficente, no início da obra, para coletar garrafas PET usadas.

Além disso, dezenas de voluntários botaram a mão na massa e ajudaram na construção da escola, cujo terreno foi doado pelo governo local de San Pablo, que foi outro colaborador.

Após a conclusão da primeira obra, Diaz pretende expandir o projeto para construir outras “escolas de garrafa” nas Filipinas, na Ásia e, quem sabe, no restante do mundo. Mas, mais do que isso, a partir de seu esforço para erguer instituições de ensino básico em lugares onde a educação ainda é precária, ele espera conscientizar os governos a respeito da importância e da urgência em se investir mais no ensino.

Loja com latas e garrafas recicladas

A Coca-Cola inaugurou recentemente uma loja em Israel com diversos produtos feitos a partir de latas e garrafas recicladas. Os clientes foram convidados a trazer embalagens da bebida para a loja e, com de um pequeno valor em dinheiro, trocá-las por produtos novos, entre roupas, jóias, acessórios, bolsas e até mobília.

Osklen e os 4 R´s - desde 2000

Em 2000, Oscar Mestavaht, criador da Osklen, uniu pessoas que acreditam em um estilo de vida urbano, integrado à natureza e que decidiram tomar atitudes concretas para lutar contra a degradação do meio ambiente, valorizando este lifestyle integrado à natureza. Nascia assim o Instituto e-brigader, que se orienta pela Carta da Terra, pratica Agenda 21, defende o Protocolo de Kyoto e respeita a Convenção da Biodiversidade. Essa postura tem base nos 4 Rs:repensar, reduzir, reutilizar e reciclar, quatro passos para preservar os recursos naturais que utilizamos. A função do movimento é informar, sensibilizar e promover ações que disseminem uma cultura orientada para a responsabilidade individual e para o desenvolvimento sustentável do planeta, transformando conceitos em atitudes. Mais de 100 mil peças já foram vendidas com o conceito e-brigade, revertendo-se em pesquisas e projetos (dados de 2007).

Alguns projetos coordenados pelo Instituto e Extração responsável de látex - Desenvolvido pela Universidade de Brasília com apoio do IBAMA, o projeto permite que os seringueiros trabalhem com as suas famílias e extraiam o látex das árvores de modo que elas não sejam prejudicadas.Algodão orgânico - O cultivo de algodão orgânico incorpora bases biológicas e evita a destruição do meio ambiente provocada por pesticidas e agentes químicos.Seda orgânica – A produção manual de fios de seda não utiliza agrotóxicos e ainda aproveita casulos de seda descartados pela indústria.Couro de tilápia - Os principais resíduos gerados no acabamento dos couros tradicionais poluem solos e rios, emitem gases nocivos à atmosfera e podem causar doenças graves aos trabalhadores. Ao invés de ser descartado, o couro do peixe oferece ao mercado de moda um material de qualidade e estética diferenciada.Lã orgânica – Na produção, o número de ovelhas é limitado por área, sua alimentação é essencialmente orgânica, não há química nos pastos e o tingimento é feito com corantes naturais para não contaminar o solo e os lençóis freáticos.Poliéster reciclado – Uma garrafa PET leva 300 anos para se decompor. No Brasil, estima-se que seis bilhões delas são produzidos por ano. Entretanto, é possível transformá-las em fibras de poliéster que podem ser utilizadas pela indústria têxtil. A economia de energia na produção reciclada é de 76% e a redução de emissões de CO2 é de 71%.

2020 Sustentáveis - Emissão Zero e Permacultura

Design social

No caso da embalagem, vejo que o aspecto social tem sido pouco discutido. Tem se discutido muito mais os seus impactos ambientais, e as medidas que as empresas estão tomando tem sido mais nesse sentido. A embalagem, para esse atual momento do nosso desenvolvimento, pode ser uma ótima ferramenta de comunicação e de mudança de atitudes que visem a sustentabilidade. PAPANEK em seu polêmico livro Design for the real Word, tentou mostrar um caminho alternativo para o designer, o desenvolvimento de um design não para o mercado e sim para o individuo, para a comunidade. Papanek também incentivava aos designers a passarem em países subdesenvolvidos aperfeiçoando produtos que realmente satisfazem as necessidades locais.

Vejam alguns exemplos de embalagens voltadas para o social:

Dream Ball – Unplug

Ecodesign é a mesma coisa que design sustentável? E green design? Muitas dúvidas surgem quando começamos a estudar o assunto, inclusive alguns autores ou sites na internet acabam confundindo os termos – por isso vou tentar esclarecer um pouco esses termos que é a base deste blog.

ECODESIGN

Surgiu em 1992, por iniciativa de empresas norte-americanas do setor eletrônico que buscavam métodos para projetar produtos ecoeficientes.

Foi definido como — “um conjunto de práticas de projeto usadas na criação de produtos e processos ecoeficientes” ou “um sistema de projetar onde o desempenho respeita o meio ambiente, a saúde e segurança em todo o ciclo de vida do produto e do processo” (FIKSEL, 1995).Resumindo, o objetivo principal do Ecodesign é projetar lugares, produtos e serviços levando em consideração a integração dos aspectos ambientais em todas as fases de seu sistema que, de alguma forma, reduzam o uso de recursos não-renováveis ou minimizem o impacto ambiental.

Princípios do Eco-Design

Escolha de materiais de baixo impacto ambiental: menos poluentes, não-tóxicos ou de produção sustentável ou reciclados, ou que requerem menos energia na fabricação. Eficiência energética: utilizar processos de fabricação com menos energia. Qualidade e durabilidade: produzir produtos que durem mais tempo e funcionem melhor a fim de gerar menos lixo; Modularidade: criar objetos cujas peças possam ser trocadas em caso de defeito, pois assim não é todo o produto que é substituído, o que também gera menos lixo.

Reutilização/Reaproveitamento: Propor objetos feitos a partir da reutilização ou reaproveitamento de outros objetos; projetar o objeto para sobreviver seu ciclo de vida, criar ciclos fechados sustentáveis.

Idéias para a sustentabilidade econômica e ambiental

Se a biodiversidade da Amazônia tem sido um dos ingredientes dos debates e palestras, a diversidade de idéias tem deixado otimistas os participantes do Fórum Internacional de Sustentabilidade, em Manaus. Empresários de diferentes setores, organizações não-governamentais e representantes do governo tentam oferecer alternativas em busca de atitudes, planos e projetos pelo desenvolvimento sustentável da região Amazônica."As idéias têm sido muito importantes, porque converge para um único objetivo: reunir a sustentabilidade ambiental com a sustentabilidade econômica", disse o organizador do fórum, o empresário João Dória Jr.Do setor comercial, o presidente do grupo Walmart Brasil, Héctor Nuñez, anunciou um projeto de compra de pescado oriundo de manejo de lagos do Amazonas. Os produtos poderão ser vendidos na rede, em mais de 500 estabelecimentos espalhados pelo país. Uma experiência parecida já é feita em Manaus por uma rede local de supermercados.

Empresários do setor de comunicação também participam. O presidente da Rede Record, Alexandre Raposo, reforçou o que ele mesmo descreveu como uma iniciativa já tomada pela empresa. "A rede Record sairá daqui com o objetivo de inserir dentro de nossas empresas essa cultura da sustentabilidade ambiental. É uma questão de preservação, não é mais modismo", afirmou o empresário que anunciou também o aumento da cobertura sobre a Amazônia na emissora. Pela internet, a TERRA é o parceiro do fórum e também ampliou o leque de possibilidades visando à divulgação das idéias geradas nos debates. "Pela internet a gente cria um espaço que muitas vezes a mídia tradicional não consegue ter, talvez por não ser um assunto de maior audiência possível, mas que engaja muita gente. Neste aspecto, a internet pode ser uma ferramenta para as comunidades que estão na floresta e que podem, com isso, ter mais um instrumento de sustentabilidade. Você traz cultura e informação a quem está vivendo na floresta e pode compartilhar melhores práticas, elevando o nível de cultura e educação. É a inclusão digital como instrumento de inclusão social", avalia Paulo Castro, diretor geral do portal. Representantes do governo também tentam apresentar suas alternativas para uma Amazônia viável economicamente. "A Zona Franca de Manaus é um modelo sustentável. As indústrias daqui são de baixo impacto ambiental. Na hora em que vier uma fábrica de pneus pra cá, nós vamos utilizar matéria-prima regional. É um meio sustentável, porque o amazonas entra na floresta e apenas retira a seiva da árvore. E a árvore não é prejudicada", disse a superintendente da Zona Franca de Manaus, Flávia Grosso. Ela se referia à vinda da Levorin Pneus, fabricante de pneus de motocicleta e bicicleta, que deve começar a produzir na cidade a partir do segundo semestre de 2010."Ainda é possível criar outras unidades extrativistas com a participação da comunidade. Nós temos a castanha no rio Madeira, por exemplo, o pescado e outros produtos. É só haver incentivo do governo e investimentos do setor privado", diz o empresário amazonense Pauderney Havelino, consultor da Samsung Electronics. No final do encontro, marcado para a noite deste sábado, está prevista a formulação e apresentação da carta de Manaus. Um manifesto conjunto que reunirá o compromisso das empresas participantes em nome de atitudes sustentáveis, mas que sejam realmente práticas.

Itapema será a primeira praia de SC a ter um banheiro seco, que não polui os rios nem o mar

Uma equipe do Núcleo de Educação Ambiental (Neamb), do Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – em parceria com o Instituto Çara-Kura e a Prefeitura de Itapema – vai construir o primeiro banheiro seco do Litoral de Santa Catarina. A ação faz parte de uma etapa das oficinas sobre sistemas ecológicos de saneamento básico. O protótipo foi desenvolvido pelo grupo, que tem como objetivo criar um sistema funcional e de rápida montagem, com custo baixo. A região escolhida se deve à presença de comunidade de baixa renda com problemas sérios de infra-estrutura e saneamento.O sistema consiste na desidratação ou com postagem dos resíduos sanitários, com a destinação do resíduo sem o uso de água potável. Com a comprovação da eficácia do sistema, o modelo poderá ser implantado em outras

cidades. O tema faz parte da pesquisa da pesquisa da doutoranda em Engenharia Sanitária e Ambiental, Maria Elisa Magri.O banheiro seco é uma alternativa de saneamento ambiental que usa matéria orgânica seca em vez de água. Uma das vantagens é que não mistura fezes com água potável e, assim, não gera a enorme quantidade de esgoto, que na maioria das vezes acaba poluindo rios e outras fontes de água. O sanitário evita o emprego de redes de esgoto, pois os dejetos são tratados no local e depois podem ser usados como adubo.

Zero Hora vence prêmio nacional de sustentabilidade

‘Dunas - Proteção Costeira em Xeque’, reportagem de Kamila Almeida em conjunto com o departamento de Arte de Zero Hora, foi a vencedora no Prêmio Jornalistas &Cia /HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, na categoria Mídia Regional.Publicada em março em zerohora.com, a matéria ressalta a importância das dunas para o ecossistema do litoral do Estado. Zero Hora mostrou a origem, o ecossistema, o movimento e as funções desta porção tão visível e, ao mesmo tempo, quase ignorada das praias gaúchas. O trabalho também recebeu destaque internacional este ano, sendo finalista do concurso da Society for News Design (SND).Com o prêmio voltado para a imprensa e a sustentabilidade, o HSBC e a publicação Jornalistas &Cia vão distribuir R$ 89 mil em três categorias: mídia nacional, mídia regional e Grande Prêmio.

Casa ecologicamente correta tem emissão zero de carbono

Em 2016, a legislação do Reino Unido exigirá que as novas casas construídas sejam energeticamente mais eficientes e neutras no tocante à emissão de carbono. Hoje as residências são responsáveis por 27% da emissão de CO2 dos cinco países que compõem aquele bloco.

Auto-geração de energia

Para auxiliar a alcançar esse objetivo, a empresa Kingspan Lighthouse apresentou a primeira residência que alcança o nível 6 nas exigências impostas pela nova legislação, chamada de Código para Residências Sustentáveis. O nível 6 é o mais alto e significa que a residência é totalmente neutra quanto à emissão de carbono e gera toda a energia de que necessita para que seus moradores vivam confortavelmente.Para gerar sua própria energia, a casa de dois quartos conta com painéis solares fotovoltaicos e um biodigestor. As paredes têm um isolamento térmico que não apenas protege seus moradores contra o frio do inverno, mas que também impede que a casa perca calor. Quando os moradores estão fora, a energia gerada pode ser enviada para a rede de distribuição da cidade, gerando uma receita extra.No verão, um equipamento de coleta e direcionamento do vento faz a refrigeração da casa, que conta ainda com um sistema de coleta de água da chuva. Um sistema informatizado informa aos ocupantes quando alguma energia está sendo desperdiçada na casa.Segundo a empresa, o custo de construção da nova casa ecologicamente correta e auto-suficiente em energia elétrica é cerca de 40% superior ao de uma casa tradicional com as mesmas dimensões.

Cidades verdes e com emissão zero de carbono

As cidades são consideradas por muitos como verdadeiras vilãs do meio ambiente e concentram as maiores fontes de poluição e desperdício do Planeta. Algumas pessoas defendem à volta ao meio rural e a reversão da transição urbana que já colocou mais da metade da humanidade vivendo em cidades. Contudo, as cidades podem deixar de ser um problema e se tornarem uma solução. Será que existe a possibilidade de haver cidades com emissão zero de carbono.Pode parecer sonho, mas já estão em construção projetos de cidades que se pretendem verdes e sustentáveis, ou ecópoles, como as cidades de Dongtan, na China, e Masdar, em Abu Dhabi.O primeiro exemplo vem do governo de Xangai que está tentando erguer um projeto inovador em Dongtan, no sentido de tornar o local uma cidade totalmente ecológica. Localizada na ilha de Chongming, que possui 86 quilômetros quadrados de área, semelhante à de Manhattan, em Nova York. A cidade de Dongtan pretende ser auto-suficiente em energia e água e utilizar somente fontes alternativas e renováveis de energia, como solar, a força dos ventos, além de biogás e de biomassa. O transporte não permitirá os veículos tradicionais à combustão, mas sim bicicletas e motos movidas a bateria ou carros à base de hidrogênio e outras energias alternativas. Apenas 7

minutos de caminhada separarão as casas da infra-estrutura da cidade, como escolas, hospitais e transporte público. Cerca de 80% do lixo deverá ser reciclado e os dejetos processados e reutilizados como adubo.O segundo exemplo acontece nos Emirados Árabes onde o governo de Abu Dhabi está constuindo a cidade considerada a mais verde do mundo, chamada Masdar (“A cidade fonte” em árabe). A cidade foi concebida para ter: carbono zero, zero de resíduos e a não existência de carros. A eletricidade será gerada por energia solar e eólica, a água será fornecida através de processos de dessalinização e o paisagismo será feito com água residuais produzidas pela cidade. A maioria das ruas da cidade, por exemplo, terão apenas 3 metros de largura e 70 de comprimento para facilitar a passagem do ar e incentivar a caminhada. Segundo os idealizadores do projeto, a construção da cidade de Masdar foi concebida para atender 10 princípios de sustentabilidade:

1) 100% da energia fornecida virá de fontes renováveis;

2) 99% dos resíduos serão reutilizados, reaproveitados ou usados de maneira ecologicamente correta;

3) O transporte da cidade será inteiramente público e sem emissão de carbono;

4) Só será usado material ecologicamente correto, como recicláveis e materiais certificados;

5) Apenas alimentos biológicos e orgânicos farão parte do cardápio de Masdar;

6) Consumo de água será reduzido em 50% da média mundial e todas as águas residuais serão reaproveitadas e reutilizadas;

7) Haverá preocupação e cuidado com as espécies (fauna e flora) locais;

8) A arquitetura integrará os valores locais;

9) Bons salários e condições de trabalho para todos, conforme definido pelas normas internacionais do trabalho;

10) Investimentos na qualidade de vida e eventos para todos os tipos de habitantes.

Ainda falta um longo caminho para estes projetos visionários se tornarem realidade e uma referência para as demais cidades do mundo. Mas só a concepção e a tentativa de se construir ecópoles já é um passo à frente, significando uma esperança para que um dia, junto com

mudanças culturais e nos hábitos de consumo, possamos ter uma sociedade que tenha como base uma economia urbana verde, limpa e sustentavel.

Marketing Verde

A medida que a humanidade vai tomando consciência de seu papel social, muito tem-se questionado acerca da responsabilidade social de algumas empresas, perante o impacto ambiental negativo decorrente das atividades produtivas e mercadológicas. O processo de industrialização percorrido pelas nações ao longo dos últimos séculos, trouxe, de um lado, diversos benefícios econômicos e, de outro, sérias conseqüências ambientais. Se é permitido à humanidade usufruir, nesta era virtual, do conforto proporcionado por uma vasta gama de produtos e serviços, não se pode esquecer que muitos destes benefícios tiveram um custo ambiental bastante elevado. Nos últimos anos, os governos de diversos países em parceria com a iniciativa privada, tem se mobilizado em busca de soluções para o conflito desenvolvimento econômico & preservação ambiental. O chamado Desenvolvimento Sustentável, ainda está longe de ser alcançado pelos países e suas organizações, tendo em vista os inúmeros problemas ambientais decorrentes das atividades produtivas tais como: efeito estufa, chuva ácida, lixo nuclear, poluição atmosférica e aquática, entre outros. Exatamente por isto, é preciso repensar a atividade produtiva e mercadológica, a fim de que se possa encontrar soluções viáveis para o conflito capital & natureza e também conciliar os interesses de governos, empresas e sociedade neste processo. E um dos recursos mercadológicos, que à princípio, permite que as organizações sejam lucrativas e ao mesmo tempo ambientalmente responsáveis é a implantação do chamado marketing verde.O MARKETING ECOLÓGICO E A PRESERVAÇÃO AMBIENTALO termo marketing verde, ecológico ou ambiental, surgiu nos anos setenta, quando a AMA (American Marketing Association) realizou um Workshop com a intenção de discutir o impacto do marketing sobre o meio ambiente. Após esse evento o Marketing Ecológico foi assim definido : “O estudo dos aspectos positivos e negativos das atividades de Marketing em relação à poluição, ao esgotamento de energia e ao esgotamento dos recursos não renováveis.” Posteriormente, o marketing ambiental também foi discutido por Kotler que o definiu como sendo : “(...) um movimento das empresas para criarem e colocarem no mercado produtos ambientalmente responsáveis em relação ao meio ambiente”. Polonsky, autor de várias obras sobre o tema, propõe um conceito para o marketing verde, que ele próprio considera como sendo o conceito mais abrangente: “Marketing Verde ou Ambiental consiste em todas as atividades desenvolvidas para gerar e facilitar quaisquer trocas com a intenção de satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores, desde que a satisfação de tais desejos e necessidades ocorra com o mínimo de impacto negativo sobre o meio ambiente.”O marketing ecológico consiste, portanto, na prática de todas aquelas atividades inerentes ao marketing, porém, incorporando a preocupação ambiental e contribuindo para : A conscientização ambiental por parte do mercado consumidorAo adotar o marketing verde, a organização deve informar a seus consumidores acerca das

vantagens de se adquirir produtos e serviços ambientalmente responsáveis, de forma a estimular (onde já exista) e despertar (onde ainda não exista) o desejo do mercado por esta categoria de produtos. O marketing moderno consiste em criar e ofertar produtos e serviços capazes de satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores. No marketing verde, os consumidores desejam encontrar a qualidade ambiental nos produtos e serviços que adquirem. Percebemos assim, que nenhum esforço por parte das empresas tem sentido, se os consumidores insistirem em continuar consumindo determinados bens que agridam a natureza. Por exemplo, uma indústria têxtil pode substituir peles de ursos, ovelhas, tigres e outras espécies por fibras sintéticas; mas se o desejo dos consumidores for o de continuar adquirindo vestimentas feitas a partir da pele destes animais, o esforço da organização, por mais bem intencionado que seja, não causará nenhum impacto positivo sobre a demanda.A preservação das espécies e seus habitats naturaisApesar da importância da flora e da fauna para gerar produtos que atendam às necessidades dos consumidores, sabemos que muitas espécies estão em processo de extinção e portanto, precisam ser poupadas. A preservação de espécies animais e vegetais quando o marketing verde é adotado por uma empresa, pode ocorrer de duas formas. A primeira é quando durante o processo produtivo a empresa não causou danos a estas espécies ou pelo menos procurou minimizá-los. Podemos citar como exemplo, a L’ácqua di Fiori, empresa do setor de cosméticos, que garante que seus produtos não são testados em animais. A segunda forma é quando uma empresa realiza ou patrocina um projeto com o objetivo de salvaguardar determinada espécie animal em extinção ou recuperar determinada área ambientalmente degradada. Neste caso, não há necessidade da empresa que desenvolveu a ação ambiental corretiva, ser a própria empresa responsável pela degradação ou uma empresa cujas atividades possam impactar negativamente o meio ambiente. Tal ação pode ser promovida por qualquer empresa, independentemente do setor econômico do qual ela faça parte, como é o caso do Unibanco com o programa Unibanco Ecologia, responsável por patrocinar projetos ecológicos. Contudo, algumas ações ecológicas, em nível de fortalecimento da imagem institucional, costumam surtir mais efeito quando são realizadas por empresas cujas atividades estão diretamente relacionadas ao meio ambiente. Exemplo disto é a MBR (Minerações Brasileiras Reunidas) com a recuperação da Praça da Liberdade em Belo Horizonte. O fato da empresa ter literalmente destruído a Serra do Curral deixou-a numa posição desfavorável em relação à sua imagem no mercado; como pode ser confirmado com as comunidades adjacentes à area onde a empresa minera. Entretanto, parte desta credibilidade corporativa perante à opinião pública foi resgatada após a recuperação da praça, sendo que o trabalho foi muito bem desenvolvido e apreciado pela maioria da população que teve este importante espaço público revitalizado. Contudo, uma questão problemática referente ao patrocínio de projetos, e que não pode deixar de ser considerada, é que assim como ocorre nas outras formas de marketing institucional como o marketing esportivo e o cultural, em que a organização somente patrocina o atleta ou o artista que já tem uma certa projeção no mercado, no marketing verde costuma ocorrer o mesmo. Muitas empresas dão prioridade a projetos ecológicos que tem como alvo áreas que possuem forte imagiabilidade e destaque na cidade, como os chamados cartões-postais, quando nem sempre estas áreas são as prioritárias. Não é raro constatar a existência de outras áreas, cujo estado de degradação se encontra em

nível muito mais avançado e portanto, necessitando urgentemente de serem recuperadas. Porém, se forem áreas periféricas e de pouco destaque dificilmente despertarão a atenção das empresas. Aliás, as áreas periféricas, devido à maior concentração de miséria, geralmente são as mais ambientalmente degradadas. Neste caso, o problema ambiental torna-se difícil de ser resolvido, porque o Poder Público, que na verdade é o responsável por gerir o meio ambiente, promove ações paliativas e sem continuidade. Além destes problemas que envolvem o patrocínio de projetos, existem alguns feitos ecológicos realizados por algumas empresas, que não passam de cumprimento a determinadas penalidades, aplicadas exatamente pelo fato delas terem agredido o meio ambiente. Exemplo disto é o de uma empresa que devastou uma área proibida na capital mineira e por isso foi penalizada pela PBH, tendo que refazer o plantio das mudas arrancadas por toda a cidade. Para aqueles que transitam por Belo Horizonte e não sabem do que está por trás das inúmeras árvores, que exibem a marca da empresa em suas redes de proteção, pode parecer que esta preocupou-se com a natureza e com a qualidade de vida de seus consumidores, quando na realidade, o que ocorreu foi o contrário. Este é um exemplo de penalidade que acabou se transformando numa ferramenta da propaganda verde. E assim como o marketing não se resume em propaganda (ao contrário do que muitos pensam),o marketing verde também não está restrito à propaganda ecológica. No marketing verde, o ideal é que as empresas adotem a chamada comunicação de atitude, ou seja, divulguem o que elas realmente tem desenvolvido em prol do meio ambiente e não, o que existe de belo na natureza para ser explorado em mera campanha publicitária. A despeito disto, muitas empresas associam suas marcas à imagens ecológicas como: matas, cachoeiras, pássaros, montanhas etc, sem nada contribuírem para a preservação destes ecossistemas. Tais empresas, não estão realizando, de fato, o marketing ecológico, pois suas ações se restringem à mera propaganda. Além disto, as ações de marketing ambiental devem estar integradas às ações de marketing social e de marketing de relacionamento, porque o marketing verde propõe uma abordagem integrada das relações da empresa com seus públicos internos e externos, buscando assim a satisfação de todos: empresas, consumidores e meio ambiente.A preservação dos recursos escassosSe formos analisar o conceito de escassez na òtica econômica, percebemos que de um lado, temos os recursos naturais que são limitados e de outro, as necessidades humanas, que são ilimitadas. Como os recursos são escassos, torna-se uma condição indispensável ao pleno desenvolvimento econômico de um país, a maximização da eficiência produtiva através da correta alocação destes recursos para satisfazer as demandas sociais, que como já vimos, estão em constante evolução. Contudo, sabemos que exatamente por estes recursos serem escassos, eles devem ser racionalmente utilizados de modo que não se esgotem rapidamente, o que prejudicaria a própria capacidade econômica e também as condições que geram e preservam a vida no planeta. Assim, quando uma empresa adquire consciência preservacionista e resolve implantar o marketing verde, ela muda sua postura face às questões ambientais, pois entende que qualquer ação desenvolvida hoje no sentido de preservar os recursos escassos, trará no futuro, além de benefícios à natureza e à sociedade, vantagens à própria organização. Entre estas vantagens, podemos citar algumas, somente para efeito de exemplificação: redução dos custos de produção através da utilização de materiais e resíduos reciclados; redução de desperdícios;

redução dos custos incorridos em multas pelo desrespeito a algumas normas ambientais; aumento de competitividade no mercado podendo, inclusive, canalizar o montante economizado a longo prazo para investimentos em outras atividades.A incorporação de características ambientais aos produtosA incorporação de características ambientais aos produtos é uma tarefa que envolve, em alguns casos, mudanças drásticas no processo produtivo, visando o abandono de tudo aquilo que possa comprometer a qualidade ambiental do que está sendo produzido. O controle do processo produtivo no Marketing Ecológico,envolve a análise de todo o ciclo de vida dos produtos, desde sua produção, embalagem, transporte e consumo até sua utilização e posterior descarte. Isto significa que durante todas as etapas do ciclo de vida de um produto, seus impactos ambientalmente negativos foram avaliados e corrigidos para que ele se tornasse não somente mais saudável para o consumo, como também menos agressivo ao meio ambiente. Para isso, são controladas as formas como as matérias-primas são extraídas da natureza e as formas como elas são trabalhadas no processo produtivo, tendo em vista a redução da emissão de poluentes para o meio ambiente. O produto final, também deve ter qualidade ambiental agregada, sendo um produto não-poluente e que, além de não provocar danos à saúde das pessoas, quando de sua utilização, também não provocará efeitos ambientais negativos, quando de seu descarte.Enfim, o marketing ecológico envolve a adoção de diversas práticas preservacionistas, por parte das organizações, visando a eliminação ou, pelo menos, redução dos danos ecológicos em todas as fases do ciclo de vida dos produtos.A COMUNICAÇÃO VERDE DAS EMPRESA objetivo principal da comunicação verde é mostrar ao consumidor que um artigo ecologicamente correto, é também mais saudável para o consumo, a partir do momento em que reduzindo-se os danos ambientais, a qualidade de vida das pessoas, indiretamente, sofre melhorias. Ou seja, no Marketing Verde, a empresa divulga o que tem feito em prol do meio ambiente e, desse modo, procura sensibilizar o consumidor para que ele também participe deste processo, já que a responsabilidade de preservar os recursos escassos é de todos.Vejamos alguns exemplos de mensagens informativas e educativas que os fabricantes poderiam incluir nos rótulos de seus produtos:“Esta embalagem é biodegradável. Apesar disso, você deve descartá-la em um local adequado...”“Não jogue sua latinha no chão pois ela pode ser reciclada. Procure em sua cidade um posto de coleta .....”“ Você sabia que o vidro é 100 % reciclável ? Se você deseja contribuir para a coletiva seletiva de lixo, procure em sua cidade....”“ Nosso produto não contém CFC´s. Saiba aqui o que o CFC pode causar ao meio ambiente e à sua saúde...”“Veja o que acontece com a natureza toda vez que você joga lixo no chão....”“Nossas lâmpadas foram fabricadas....Saiba mais como economizar energia.... ““Nosso produto possui um rótulo ecológico. Isto significa que ele foi desenvolvido.....”“Esta embalagem é fotodegradável. Isto quer dizer que....”Num país como o Brasil, marcado por uma baixa distribuição de renda e por diversos planos econômicos mal-sucedidos, que deixaram o mercado em situação instável, os consumidores ainda têm orientado seus hábitos de consumo de acordo com a melhor

relação-custo benefício que um artigo pode trazer. Pesquisas indicam que as motivações consumistas em nosso contexto sócio-econômico ainda não abarcam completamente a qualidade ambiental dos produtos - quando comparadas ao fator “preço”, apesar de uma pequena parcela do mercado já começar a se preocupar com a questão ambiental. Assim torna-se difícil transplantar certos conceitos como o do Green Marketing para a nossa cultura, sendo de extrema importância esclarecer que o maior lucro do marketing ambiental vem a longo prazo, com a adoção da referida comunicação de atitude. Nesta a imagem das empresas será fortalecida perante um mercado que já tem consciência das questões ecológicas.CONCLUSÃONão basta os fabricantes serem verdes, se o consumidor final ainda estiver limitado pelo fator renda no momento da aquisição dos produtos. O mercado para os produtos ecológicos ainda é constituído por uma elite que se preocupa com a natureza e com a saúde ao mesmo tempo em que possui condições financeiras para optar por empresas e produtos ambientalmente responsáveis. Assim, tentar usar a comunicação de marketing verde de forma persuasiva constitui um equívoco, pois seu caráter é muito mais de educação ambiental do que mero estímulo à compra imediata.No Brasil, o lucro através da venda de produtos com eco-qualidade será uma conseqüência da mudança de valores por parte das organizações e seus mercados. A educação ambiental assume um importante papel como uma ferramenta do marketing verde capaz de fazer o mercado internalizar mensagens de conteúdo informativo e participar do processo de construção das relações de troca do futuro, onde produtos existirão não somente para satisfazer as necessidades e expectativas humanas, mas também as necessidades da natureza em todas as suas formas.

Marketing Verde: Engodo ou Legítimo

Na agenda do mundo dos negócios hoje um compromisso mais que presente é a sustentabilidade. Tema explorado de maneira recorrente na mídia – em alguns casos, para falar a verdade, sem muita propriedade sobre o assunto -, a sustentabilidade é muitas vezes confundida com o polêmico “marketing verde”.Para discutir a questão, resgatei trechos de uma reportagem de julho de 2010 da “Folha de S. Paulo” (intitulada “Produto sustentável ainda gera confusão”), que, apesar de alguns meses de publicação, continua extremamente atual.A matéria trabalha a tese de que “a oferta crescente de bens ecologicamente corretos esconde uma espécie de ‘lavagem verde’, na qual a sustentabilidade é mero marketing.”De cara, vemos que o marketing é abordado de maneira pejorativa, o que reforça a idéia que tenho de que o “marketing precisa de marketing”. De fato muitas empresas que se auto-intitulam sustentáveis não são mesmo. Só passam um verniz de ‘sustentabilidade’ em suas peças de comunicação, sem ter algo concreto, que justifique a adoção do discurso ‘sustentável’. Mas, por outro lado, empresas que tornam público o que de fato fizeram em termos sustentáveis agem de maneira legítima.

A reportagem assinala que uma das maiores dificuldades é conseguir diferenciar quem é realmente sustentável de quem só usa esse argumento para vender mais. A matéria cita pesquisa que incluiu a visita a 15 lojas (supermercados, farmácias, livrarias etc.) em busca de rótulos com apelo socioambiental. Foram encontrados 501 produtos de diferentes categorias, que, juntos, somaram 887 apelos.Por fim, a reportagem apura

que empresas que usam argumentos sustentáveis em seus produtos devem ficar atentas para a desconfiança do consumidor em relação ao tema. Segundo diversas pesquisas, diz a matéria, a maior parte dos consumidores acredita que as empresas não transmitem suas informações de caráter socioambiental de modo apropriado. Ou seja: usam esse tipo de informação apenas para aparecer bem na foto e vender mais produtos.Bem, podemos pegar esta matéria e discutirmos a questão do “marketing verde”. Em que situações ele é legítimo e em quais é engodo? Por exemplo, convido o leitor a pensar em empresas que parecem só divulgar que são “sustentáveis”, mas que não passam credibilidade com relação a isso. E, por outro lado, pensar em quais transmitem credibilidade.

Sustentabilidade periférica

O que vejo é que como a coisa é incipiente a maioria das empresas trata a sustentabilidade como um assunto, uma ação periférica, compartimentada, isolada, alheia à estratégia de negócios.Existem empresas que adotam o discurso sustentável apenas como subterfúgio para provocar aderência do tema à sua imagem. Por outro lado, outras abordam a questão de forma ainda tímida porque estão se familiarizando com o assunto antes de procurar colocar a sustentabilidade na espinha dorsal de seus respectivos negócios.Um ponto é que a sustentabilidade para ser legítima e realmente fazer diferença precisa estar nas empresas de maneira transversal, permeando todas as áreas e assim fazendo parte de tudo o que a empresa pensa e faz. O caminho é esse aí

Sustentabilidade custa

Contudo, o produto que de fato tem algo de concreto e genuíno em termos de sustentabilidade a oferecer ainda é mais caro que produtos ditos “insustentáveis”. O preço tem peso significativo como critério de compra. Todavia, acredito que isso lentamente, de maneira gradual, vai mudar.As pessoas passarão a valorizar os atributos de sustentabilidade como fator de decisão de compra e ao mesmo tempo, a empresa que investe em processos e produtos sustentáveis passará a colher resultados em termos de redução de custos também, o que acarretará em preços mais competitivos.Não sei se estou sendo otimista demais, mas o item “redução de custos”, a partir da sustentabilidade, pode se refletir no preço futuramente. Ademais, hoje a sustentabilidade pode não ser um diferencial significativo para o consumidor final, mas para outros públicos já é.

Por exemplo, para concessão de crédito, critérios sustentáveis são considerados. Vejo muito isso no agronegócio, um dos setores em que presto serviço na área de comunicação. Em algumas situações, Banco do Brasil e BNDES só dão crédito para empreendimentos que respeitam, por exemplo, a legislação trabalhista e ambiental. A despeito destas leis precisarem de ajustes, atrelá-las à liberação de recursos é um princípio de mudança. Já atualizar as leis é outra história…

Brasil larga na vanguarda do plástico verde

Braskem inaugura fábrica de R$ 500 milhões de resina obtida da cana-de-açúcar; infográfico mostra como funciona a produção

Alguns anos atrás, o Brasil assumiu a liderança do mercado mundial de bicombustíveis com a cana-de-açúcar, matéria-prima mais eficiente e barata na produção de etanol. A tecnologia fez com que o modelo brasileiro fosse estudado em todo o mundo. A partir desta sexta-feira, a planta vai colocar o País mais uma vez em destaque, só que desta vez com um novo produto: o plástico verde.

A petroquímica Braskem vai inaugurar oficialmente nesta sexta-feira no pólo de Triunfo, no Rio Grande do Sul, uma fábrica com capacidade para produzir 200 mil toneladas de resina plástica feito a partir da cana-de-açúcar. "O plástico verde vai colocar o Brasil numa posição privilegiada no mercado", disse José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). "Vamos oferecer plástico comum, feito com combustível fóssil, e plástico verde, produzido a partir de cana-de-açúcar".

Sustentabilidade aumenta valor de mercado em até 4%, diz estudo. Projetos socioambientais aumentam em até 4 por cento o valor de mercado das empresas, segundo um levantamento da consultoria espanhola Management & Excellence.

Isso é uma pequena amostra de como é possível realizar boas práticas com valorização financeira. Quebra um pouco com aquele paradigma que "ser verde é mais caro". Quanto mais a sociedade preferir consumir o "mundo verde", mais verde serão as empresas. Por essas razões que cada um de nós mudamos o mundo. Mudando cada consumo que fazemos, mudando o destino de cada real que temos na mão, mudando a maneira de viver o mundo.

Educação Ambiental

01. Honrarás a cidade preservando o ambiente.02. Não desperdiçarás água.03. Reduzirás, reciclarás e reaproveitarás o lixo.04. Não poluirás o ar e as águas.05. Colocarás o lixo no lugar certo.06. Não desonrarás a natureza.07. Evitarás as queimadas.08. Informarás ao próximo o que aprenderes (multiplicarás).09. Honrarás o patrimônio público.10. Consultarás o Comitê Gestor de Educação Ambiental para sanar suas dúvidas.

LOGISTICA REVERSA

Capital quer ser pioneira em reciclagem de resíduos

Porto Alegre pode ser a primeira cidade brasileira a implantar um sistema de coleta, triagem e reaproveitamento de resíduos tecnológicos. Um projeto piloto vem sendo organizado pelo Gabinete de Inovação e Tecnologia de Porto Alegre (Inovapoa) em parceria com a Cetrel, empresa baiana do Grupo Braskem. A idéia foi apresentada nesta terça-feira (17), durante o Meeting de Tecnologia da Federasul, que recebeu o coordenador-geral do Inovapoa, Newton Braga Rosa, e o líder de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Cetrel, Alexandre Machado.Conforme os palestrantes, a Capital gaúcha foi selecionada para a implementação por estar avançada em relação ao processo de logística, com as cooperativas de triagem e reciclagem já existentes. Eles afirmaram que a logística este ainda é o grande empecilho para o Brasil investir nesse processo, que há anos é aplicado em outros países mais desenvolvidos, e por isso estão buscando parceria com diversas entidades. "Atualmente um metro cúbico de resíduos eletrônicos vale de 20 a 25 mil dólares. Isso significa que reciclar é ainda mais vantajoso, sobretudo por causa dos metais nobres, como ouro, cobre e paládio contidos nas placas eletrônicas, explicou Alexandre. De acordo com Newton Rosa, além de ser economicamente rentável, a iniciativa atende a Lei Federal da Logística Reversa, de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

"A prefeitura de Porto Alegre está empenhada neste projeto e já em dezembro do ano passado deu o primeiro passo, com a realização de uma feira de recolhimento de computadores descartados", lembrou. Na ocasião, foram recolhidos cerca de 10 toneladas de resíduos eletrônicos, todos com uma média de três anos de uso.

O representante da Cetrel apresentou ainda um levantamento mostrando que, com o volume de lixo eletrônico descartado no Brasil, que atualmente é de 996,8 mil toneladas por ano, seria possível um faturamento de no mínimo R$ 6 bilhões ao ano se for processado apenas o ouro contido nestes resíduos. "Estamos vendendo para o exterior ouro, prata, e uma lista de 14 metais nobres contidos nas placas eletrônicas

como lixo, que poderiam ser reaproveitados produzindo riqueza para o nosso país", reforçou Alexandre.

Jovens dão soluções para problemas urbanosO Estado de S.Paulo, por Edison Veiga

Alunos de escolas técnicas e faculdades de tecnologia desenvolvem projetos alinhados à sustentabilidade com foco nos novos desafios ambientais e urbanos. Os projetos foram apresentados na 4ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza, em São Paulo. Os projetos vão desde tijolos feitos com restos de couro a sensores de irrigação sensíveis à humidade da terra.

Deputado reconhece que faltam recursos e conhecimento para eliminar lixões ate 2014

Pessoal, veja abaixo uma reportagem da revista "Sustentabilidade" sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos Urbanos. O presidente da Câmara de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, Manoel Alves da Silva Junior falou em entrevista sobre a PNRS e as implicações financeiras para a adoção de medidas que esta determina o prazo dado pela Política Nacional de Resíduos (PNRS) para eliminar os lixões até 2014 é inexeqüível porque a maioria dos municípios não dispões de recursos financeiros e humanos para elaborarem planos de gerenciamento de resíduos e implantar novas tecnologias, disse o presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados (CDU), Manoel Alves da Silva Júnior (PMDB/PB) à Revista Sustentabilidade.Para Alves, é preciso mudar o prazo para iniciar a contagem a partir da publicação do Plano Nacional de Resíduos e, principalmente, garantir recursos financeiros.“É preciso discutir melhor o tema e encontrar parcerias e financiamento real para que a gente possa realmente efetivar a política”, explicou.Para ajudar a implementação da PNRS, a CDU deve começar este ano uma série de seminários para discutir a implementação da PNRS e identificar os gargalos.

Leia abaixo a íntegra da entrevista.

Como será feita a fiscalização do cumprimento das normas do PNRS, de forma

descentralizada ou sob gestão federal? Os recursos para assegurar o funcionamento do aparato de fiscalização viriam de onde?

Bom, de acordo com a lei e o decreto que regulam o setor, primeiro a União elabora um Plano Nacional que está sendo discutido pelo Comitê Interministerial. É importante ressaltar que os municípios que, de fato, irão fazer a execução da Política, não participam desse Comitê. Após o Plano, os estados e municípios precisam elaborar seus Planos locais. A não elaboração desses Planos impede que o município tenha acesso aos recursos da União. (vide regulamentação da Lei, Título X). E com relação à fonte de recursos não está claro de onde virá o dinheiro. Agora eu faço um alerta sobre esse ponto que considero fundamental: se a União, maior detentora do bolo arrecada tório nacional, não custear a implantação da Lei, ela não vai funcionar por que a realidade dos municípios é outra, bem diferente do que se imagina. Todos os procedimentos relacionados à destinação adequada dos resíduos são caros, demorados e as prefeituras não possuem nenhuma estrutura financeira e nem de pessoal para essa implantação.

A CDU tem alguma proposta para uma implementação eficaz da Logística Reversa?

Não existe uma só proposta de logística reversa e nós como parlamentares nem teríamos competência para tal. A logística precisa e deve ser discutida com cada setor. Por exemplo, com as Associações (Associação Nacional de Embalagens Pet, Associação Nacional de Papéis recicláveis, Associação Brasileira das Indústrias Químicas, etc). A Logística reversa pode ser feita por dois caminhos: via edital sugerido pelas próprias empresas organizadas nessas associações e/ou via decreto do executivo. Por isso existe dentro do organograma de discussão do Comitê Interministerial um Comitê Orientador que está organizando a logística reversa em diversos grupos de trabalho. (isso pode ser mais facilmente compreendido consultando as portarias do ministério ambiente de números 112, 113 e 114 de 8 de abril de 2011) , agora se vai funcionar só iremos saber com o tempo.

Qual seria a sua previsão factível para o fim dos lixões? Existe uma tecnologia

que transforma o lixo em energia, com baixo dano ambiental?

As tecnologias, a construção de aterros sanitários, a destinação correta dos resíduos, tudo isso requer um gasto muito elevado que mais da metade dos municípios brasileiros ainda não dispõe. Os prefeitos não querem mais ter lixões nas suas cidades,ninguém quer. Eu também já fui prefeito por três vezes e não consegui acabar com um lixão que ficava na porta da minha pequena cidade Pedras de Fogo (PB). Mas é preciso discutir melhor o tema e encontrar parcerias e financiamento real para que a gente possa realmente efetivar a política. De qualquer forma a lei já dá um passo importante ao incentivar a coleta seletiva. Com isso a gente já consegue reduzir e muito a quantidade de lixo gerado.

Como os municípios poderão montar seu próprio plano de gestão de resíduos sólidos já que muitos não têm sequer recursos financeiros ou humanos?

Os municípios não devem ter uma receita pronta para elaborarem esses Planos. O Brasil é um País enorme com diversidades gigantes e que precisam ser consideradas. Eu, pessoalmente acredito que o prazo definido na lei para essa elaboração é insuficiente, e digo mais, acho que se 20% dos 5.565 municípios conseguirem concluir esses planos será um ganho. Agora acho que o nosso papel aqui da Comissão de Desenvolvimento Urbano é abrir o dialogo, buscar os atores envolvidos e interessados no tema para juntos encontrarmos alternativas para que essa lei seja eficiente e eficaz. Como? Estamos iniciando uma mobilização pelas cinco regiões do País realizando seminários preparatórios para a Conferencia das Cidades, e junto com a sociedade e os municípios queremos encontrar alternativas para implementação da Lei e também propor mudanças se for o caso.

Como vê a atuação dos comitês Interministerial e de Orientação para logística reversa?

Acho que esses comitês deveriam ter uma interação maior com as entidades que representam os estados e municípios, e, dependendo do que sair de lá, será decisivo para que a lei pegue ou não. Inicialmente considero que o tempo para a adequação

dos municípios é inexeqüível e considero um equivoco que a participação das prefeituras no processo de elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos seja tão modesta. Na minha avaliação esse prazo de dois anos deveria entrar em vigor a partir da publicação do Plano Nacional. Afinal não é justo ligar o taxímetro antes do carro começar a andar.

O senhor já disse que o Congresso Nacional 'ficou meio de lado' nessas discussões para adoção do PNRS. Na sua opinião, os parlamentares deveriam participar das atividades dos grupos de trabalho instituídos por portarias pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA)?

Não, acho que o Congresso Nacional fez sua parte e fez muito bem. Conseguimos depois de quase vinte anos produzir um documento que é um primeiro passo para acabarmos com a realidade perversa de lixões, de cidades sem saneamento básico, de lençóis freáticos do mar e das encostas contaminadas. Graças ao esforço de todos conseguimos produzir uma lei que aposta numa mudança importante de paradigmas. Mas a gente quer avançar e quer sim e vamos durante todo esse ano discutir a regulamentação da lei para podermos dar uma resposta para o povo brasileiro, e se for necessário, após a realização da Conferencia das Cidades, vamos através de um Projeto de Lei propor as alterações que ficarem decidas após a realização dos Seminários e da Conferencia aqui na Câmara.

Qual seria contribuição da Subcomissão especial, criada para acompanhar a implantação do PNRS?

Essa Subcomissão acabou por fortalecer ainda mais a nossa proposta de discutir a Lei de Resíduos Sólidos esse ano durante a XII Edição da Conferencia das Cidades que a CDU realiza anualmente aqui na Câmara . Este ano o tema será a PNRS. A Conferência é um evento grande e um dos mais importantes que o Parlamento realiza. Queremos fazer dela um fórum apropriado e legítimo de discussões da PNRS. Por isso estamos realizando também seminários preparatórios. O primeiro será em Curitiba dia 20 de maio e o último deve ser em Brasília em agosto.

Idéias para reaproveitar o lixo produzido diariamente por cada um de nós, local para o descarte de resíduos que não podem ser descartados no lixo comum, impactos ambientais que o lixo pode causar para a sociedade...Mas porque tanta preocupação com o lixo? Qual a situação do Brasil em relaçao a coleta seletiva e separação seletiva?- O Brasil produz cerca de 100 toneladas de lixo por dia, e recicla menos de 5%. Já os Estados Unidos e a Europa reciclam cerca de 40%.- De tudo que é jogado diariamente no lixo, pelo menos 35% poderia ser reciclado ou reutulizado e outros 35% poderiam ser transformados em adubo orgânico. Isso não ocorre porque misturamos o lixo, descartamos lixo tóxico ou especial no lixo comum...- Cerca de 50,8% do lixo brasileiro vai parar em lixões a céu aberto, local totalmente impróprio para receber esses resíduos (maiores informaçoes no artigo "caminho do lixo", postado em setembro.)- De tudo que é jogado diariamente no lixo, pelo menos 35% poderia ser reciclado ou reutulizado e outros 35% poderiam ser transformados em adubo orgânico. Isso não ocorre porque misturamos o lixo, descartamos lixo tóxico ou especial no lixo comum...- Cerca de 50,8% do lixo brasileiro vai parar em lixões a céu aberto, local totalmente impróprio para receber esses resíduos (maiores informaçoes no artigo "caminho do lixo", postado em setembro.)

Quando percebermos o impacto ambiental que o lixo mal descartado pode gerar, bem como a grande fonte de renda que o lixo pode ser, quando bem reaproveitado, algo que hoje não tem valor nenhum poderá ser encarado como um negócio muito lucrativo.

Crise: Autarcas de Nápoles, Italia, rejeitam acordo sobre o lixo

Domingo calmo na província de Nápoles, em Itália, após vários dias de confrontos e protestos contra a abertura de mais uma estação de depósito de lixos urbanos.

O responsável da Protecção Civil, em representação do primeiro-ministro, reuniu-se, no sábado à noite, com as autoridades locais. Na reunião tinha sido estabelecido um acordo para adiar a abertura de um novo depósito se os protestos terminassem, mas os autarcas recusaram o acordo esta manhã.

As populações, por seu turno, já não conseguem suportar as condições em que vivem:“Estamos sujeitos a tumores cancerígenos e temos em permanência este cheiro sórdido, 24 horas por dia”, explica uma residente de Terzigno.

A crise levou ao acumular de toneladas de lixo nas ruas das principais localidades da província. Esta é uma situação recorrente desde 2007.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro, Sílvio Berlusconi, prometeu uma compensação de 14 milhões de euros aos municípios afectados pelo novo depósito de lixos urbanos e mostrou-se confiante que o problema se resolve em dez dias.

tomar para que isso não aconteça? O mundo está em nossas mãos

Dez Princípios Básicos Para a Mobilidade Urbana Sustentável

De acordo com o International Transport Forum, o setor de transporte é responsável por cerca de 1/4 das emissões dos chamados Gases do Efeito Estufa – GEE, na maior parte devido ao grande crescimento da frota de carros e caminhões, e o aumento de usuários no transporte aéreo. Um crescimento de 45% de 1990 a 2007. Até aí, acho que nenhuma novidade. Sabemos que a forma como transportamos mercadorias e a nós próprios tem um impacto considerável ao meio ambiente: quer

seja na emissão dos GEE, na construção de rodovias e na urbanização não planejada que este processo acarreta.Tomemos o exemplo do Brasil: a malha rodoviária recebeu grandes incentivos a partir da década de 50, o que possibilitou o seu rápido crescimento, principalmente devido a inserção da indústria automobilística no país. Na última crise, o Governo Lula optou pela baixa nos preços dos automóveis para salvar a economia do país. Segundo dados de Abril do Departamento Nacional de Trânsito – DNT, o país possui uma frota de mais de 61 milhões de veículos e este número cresce a cada dia.A falta de planejamento urbano é também um agravante à sustentabilidade urbana: há um crescimento que não considera condições básicas à vivência, e muito menos, a sustentabilidade. Podemos citar aqui o crescimento populacional nas grandes cidades: estima-se que em 2030, 60% da população mundial, cerca de 5 bilhões de pessoas, viverão em áreas urbanas – e a maioria delas em países em desenvolvimento. Ou seja, é urgente criarmos condições para um equilíbrio entre moradia, transporte, circulação de carros e pedestres, manutenção de áreas verdes, etc. Em relação ao impacto do crescimento populacional na qualidade do transporte nas cidades, o Institute for Transportation and Development Policy (ITDP) desenvolveu uma publicação que apresenta 10 princípions para que as cidades possam encarar estes desafios que falei e chegar a esse equilíbrio. “Our Cities Ourselves: 10 Principles for Transport in Urban Life” é uma publicação para auxílio em um planejamento urbano mais inteligente.Veja abaixo estes 10 princípios:A.Andar a pé: é preciso garantir espaços seguros, desobstruídos e de qualidade aos pedestres;B.Não-poluentes: deve-se criar condições ao uso de transportes não-poluentes, como a criação de ciclovias;C.Transporte público: oferecer transporte público de qualidade, que supra as necessidades dos passageiros;D.Controle de tráfego: criar restrinções a carros em locais de grande circulação de pedestres;E.Serviços delivery: fazer as entregas da forma mais segura e limpa possível;F.Integração: é preciso integrar pessoas e construções, possibilitando lazer, trabalho e outras atividades em espaços próximos;G.Preencher espaços: com o preenchimento de espaços vazios, como terrenos baldios, possibilita essa integração do item F, tornando as atividades possíveis a pé, por exemplo;

H.Preservação dos bens: preservar a diversidade sociocultural, os ambientes e belezas naturais da cidade;I.Diminuir distâncias: criar conexões entre lugares, possibilitando caminhos diretos e livres;J.Durabilidade: planejamento e uso de materiais de qualidade, posterior manutenção.

Holanda - o país das bicicletas

A Holanda é um dos países que mais utiliza e estimula o transporte ciclístico.

NUREMBERG: exemplo de mobilidade urbana sustentável

“Como fazer com que as pessoas entendam que o ônibus não é um meio de transporte de pobre, mas uma forma sustentável de deslocamento capaz de mitigar as emissões de gases de efeito estufa”.Uma boa questão que gostaria de abordar neste artigo sobre a cidade de Nuremberg na Alemanha. Eu poderia respondê-la em poucos minutos mas eu estaria desrespeitando os mais de 10 anos de estudos e planejamento de mobilidade que Nuremberg levou para conseguir mudar a cultura de mobilidade na cidade.Nuremberg é considerada uma cidade média para os padrões brasileiros, mas para a Alemanha é uma cidade grande. Nuremberg tem aproximadamente 600 mil habitantes. E um belo projeto de mobilidade que começou a mais de 30 anos atrás . Para se ter uma idéia Nuremberg tem mais de 300 km de ciclovias que cortam toda a cidade, a cidade de São Paulo tem 13 milhões de habitantes e não mais de 19 km de ciclovias

( a maioria dentro de parques) 1/3 da população da cidade de Nuremberg tem acesso ao Metrô, com o mesmo sistema “Ultra-moderno” da recém inaugurada Linha amarela com o tão comentado sistema driveless e o sistema inteligente de gerenciamento de demanda de passageiros. Outros 1/3, tem acesso aos VLT’s e o restante da população tem acesso a um sistema de ônibus de qualidade e aos trens metropolitanos. 34% dos deslocamentos da cidade, são realizados através do carro. 64% destes deslocamentos são realizados em distâncias curtas com menos de 5 km.Vamos comparar estes dados de Mobilidade de Nuremberg com a pesquisa OD (Origem e Destino) do metrô em São Paulo, ela demonstra que 31% de todos os deslocamentos de São Paulo são realizados por carro, sendo que 70% destes deslocamentos são realizados por ocasião de trabalho. 34% dos deslocamentos são realizados a pé e o restante por diferentes meios.Mas o dado que surpreende é que dos 34% dos deslocamentos que são realizados a pé, são de pessoas que não tem acesso a transporte público por falta de dinheiro. Enquanto que em Nuremberg 66% do restante da população que não utilizam o carro, combinam seus deslocamentos com os 300 km de ciclovias e com o transporte público da cidade, não por falta de dinheiro mas pela cultura de mobilidade, eles optaram por levar uma vida mais saudável. Sendo que os 34% de Nuremberg que se deslocam por carro não o fazem para todos os seus deslocamentos diários, existe um revezamento modal que permite o uso do carro de forma sustentável. Estes 34% de deslocamento da população a pé de São Paulo que não utilizam transporte público representa uma demanda reprimida extremamente perigosa, pois se o Brasil continuar crescendo a uma taxa de 5, 6% do PIB ao ano, teremos nos próximos anos um potencial de compradores de carros novos e usados que a cidade não tem condições de comportar.A resposta que a ONU quer escutar, Nuremberg respondeu em mais de 10 anos, tempo que levou para que os cidadãos da cidade optassem por meios de transportes mais sustentáveis. Mas isso só foi conseguido graças aos programas que incentivaram a população a utilizarem o carro de forma mais sustentável, paralelo ao estudo de demanda de mobilidade, priorizando o transporte público coletivo e sinalização das faixas de veículos nas ruas, gestão de estacionamentos, restrição de caminhões e transporte de mercadorias na cidade, orientação para o tráfego pesado, maior distribuição modal, Estratégias inteligentes específicas para centros de pólos geradores de tráfego, melhor distribuição destes pólos.Uma parte da frota de ônibus de Nuremberg utilizam Gás Natural e uma pequena parte deles utilizam o diesel dentro da especificação Euro 5/EVV cumprindo os critérios de baixa emissão de gases tóxicos da comunidade Européia. Os Novos ônibus bi-articulados estão adequados para a norma

Euro 6, que o restante dos países Europeus só Irão implementar em 2014, prazo estabelecido pela União Européia, mas que Nuremberg decidiu antecipar.Um comitê de Mobilidade Sustentável da cidade, está avaliando quais são os impactos para mudança de matriz energética dos ônibus para o motor elétrico , já que eles estão no mínimo 5 anos adiantado em relação ao restante da Europa. Querem saber se o investimento versus resultados são compensatórios. Desde os anos 70 a prefeitura local vem desenvolvendo projetos de mobilidade sustentável no centro da cidade na tentativa de melhorar a qualidade do Ar. A prefeitura decidiu transformar algumas ruas em “Calçadões” para pedestres, alguns especialistas previram que o trânsito seria “empurrado” para vias secundárias crescendo o tráfego em 4% nestas ruas , mas a previsão de caos não se confirmaram , pois os cidadãos adotaram meios alternativos ao transporte individual por automóvel. Após um ano da implementação das ruas exclusivas para pedestres, o trânsito local havia caído em mais de 25% , conseguindo conquistar a meta de redução de gases poluentes em menos de uma ano. Alinhado com outras políticas de redução de gases tóxicos veiculares.Em 2003, a Conferência de Ministérios dos Transportes da Comunidade Européia premiou a cidade de Nuremberg pelas três décadas de compromisso com as necessidades das pessoas com deficiência através do prêmio, o "Acesso e Inclusão, Prêmio de Serviços de Transporte e Infraestrutura". Mobilidade Sustentável CorporativaEm 2004 as empresas da cidade de Nuremberg adotaram a carta nacional de desenvolvimento sustentável com foco em Mobilidade para que as empresas se comprometessem em desenvolverem programas de redução de deslocamentos de seus funcionários, encorajando-os a adotarem meios alternativos de transportes. O projeto incluiu cerca de 2.500 empresas.Projeto Mobilidade para Todos Em 2009, cerca de 97% dos trabalhadores de Nuremberg tinham acesso a transporte público de qualidade.Nuremberg está trabalhando para bater um novo recorde de mobilidade. Fazer com que cerca de 20% das pessoas que utilizam transportes públicos hoje, passem a utilizar a bicicleta como meio de transporte e pelo que tudo indica, vai conseguir.

O sucesso dos negócios depende da acessibilidade dos funcionários ao trabalho

Qual o principal fator responsável pelo sucesso de uma empresa ? Localização? O fluxo de caixa? O acesso ao mercado? Diferenciar um produto ou serviço?

Estes podem ser alguns dos fatores que vêm à mente de qualquer pessoa. Mas a Cidade de Boulder pensa diferente “você já pensou como o transporte dos seus funcionários afetam a linha de produção interna da sua empresa” anuncia o título de um folheto da cidade cujo foco são as empresas circunvizinhas. Para a cidade de Boulder o sucesso dos negócios depende da acessibilidade dos funcionários ao trabalho, é desta forma que eles avaliam se negócio será bem sucedido ou não. É por isso que empresas de todo os E.U.A. Canadá e Europa estão oferecendo opções de transporte de baixo custo, elas já entenderam que nenhum trabalhador consegue ser produtivo passando 1, 2 ou 3 horas parados em congestionamentos e é por isso que as cidades médias estão melhorando sua mobilidade e tornando-se muito mais atrativas para estas empresas. Boulder é o melhor exemplo disso.Acesso fácil, sem stress e congestionamentos, transporte de qualidade e baixo custo, pode ser um benefício e tanto para os funcionários aliado ao benefício fiscal para as empresas, é assim que a cidade de Boulder vem atraindo empresas para sua cidade. Estes programas de transportes aumentam o recrutamento e a retenção de trabalhadores e ainda proporcionam melhora no acesso a venda de produtos e serviços para os clientes.Não existe redução de Trânsito sem o Gerenciamento da demanda de DeslocamentosMas não espere apenas o esforço do governo local, as empresas são incentivadas a criarem um departamento de Mobilidade Sustentável e ter um coordenador de Transportes, cujo objetivo é aperfeiçoar os deslocamentos dos funcionários, evitando deslocamentos desnecessários e maior ocupação se a opção é viajar de carro.Um programa de Transportes é estruturado e cabe ao coordenador, treinar e garantir que as pessoas tenham melhores atitudes em relação aos seus deslocamentos, estabelecendo metas realistas de deslocamentos e redução de gases tóxicos e CO2. Avaliar o crescimento da empresa e impacto nos deslocamentos, ser preventivo, fazer a gestão de estacionamentos, supervisionar as comissões de transportes internos e medir o impacto da empresa na comunidade local.Este trabalho tem tornado os meios de transportes públicos mais eficientes e a cidade tem evitado de construir infra-estrutura voltado para os carros. A Infra-estrutura é voltado para transportes públicos e sustentáveis e melhor uso do solo, evitando a construção de estacionamentos.

Benefícios para a Comunidade

• Aumento da mobilidade das pessoas, maior acesso aos bens e serviços necessários para uma economia próspera e vigorosa na vida da comunidade.• Redução de congestionamento do tráfego e a poluição atmosférica.

• Melhor saúde dos cidadãos.• Aumento da qualidade de vida.• Redução da dependência do petróleo estrangeiro.• Redução de gastos na infra-estrutura de automóvel (alargamentos de pista, pontes, estruturas de estacionamento).• Melhor uso do solo a terra disponível para usos produtivos, em vez de estacionamento.

Bicicultura 2010

Entre os dias 1º e 4 de dezembro, Sorocaba será sede do Bicicultura 2010, evento organizado pela União de Ciclistas do Brasil (UCB) e que reunirá representantes desse segmento de mobilidade urbana de todo o País. A programação inclui realização de palestras, oficinas e vivências, pedaladas e confraternizações, destinadas ao aprimoramento no conhecimento do ciclismo.De acordo com os organizadores, a escolha de Sorocaba para sediar esta nova etapa da Bicicultura ocorreu justamente por causa das políticas públicas do município voltadas ao incentivo desse meio de transporte. A cidade possui atualmente 65 quilômetros de ciclovia e promove frequentemente eventos para incentivar o uso da bicicleta.

Seminário sobre mobilidade urbana e inclusão social em Porto Alegre

Ocorreu nesta semana (22 a 24 de novembro de 2010), o seminário sobre Mobilidade Urbana e Inclusão Social no Hotel Embaixador. Participaram do encontro técnicos da área das aréas de trânsito, transporte e desenvolvimento urbano de diversas cidades brasileiras além de representantes dos países do Mercosul.Com aproximadamente 70 técnicos, o seminário debateu as realidades de Porto Alegre e região metropolitana e analisou soluções implantadas em Buenos Aires, Santiago do Chile, Montevideu, Bahia Blanca (Argentina), La Victoria (Peru), Caxias do Sul, Recife, Belo Horizonte, São Bernardo do Campo e Diadema no interior de São Paulo. O prefeito José Fortunati disse que “iniciativas como esta nos fazem refletir sobre o futuro e realizar as modificações necessárias para qualificar ainda mais a vida dos cidadãos.”