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EFEITO DO VOLEIBOL ADAPTADO E CAMINHADA SOBRE A RESISTENCIA CARDIORRESPIRATORIA, FORÇA DE MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES
DE MULHERES IDOSAS.Linea Larissa Calixto Soares- [email protected]
Luis Gustavo Januário- [email protected] Hugo Umbelino- [email protected]
Graduandos em Educação Física Bacharel – UNISALESIANO Lins Prof.° Ms. João Rufino da S. Jr – UNISALESIANO LINS –[email protected]
Prof.° Ms. Leandro Paschoali Rodrigues Gomes – UNISALESIANO LINS - [email protected] Prof.° Esp. Osvaldo Tadeu da Silva Junior – UNISALESIANO LINS – osvaldotadeu.gmail.com
RESUMOA atividade física é uma excelente aliada ao processo do envelhecimento saudável, visto que quando realizada regularmente e de forma sistêmica auxilia na promoção da saúde. Objetivo geral da pesquisa foi de comparar a força de membros superiores e inferiores junto da resistência cardiorrespiratória em idosos fisicamente ativos praticantes de atividades diferentes e idosos inativos. A amostra foi composta por 18 mulheres com idade entre 65 a 75 anos. Foram divididas em três grupos composto por 6 integrantes: grupo voleibol adaptado (GVA), grupo caminhada orientada (GCO) e o grupo controle (GC) de sedentários ou inativos. Os três grupos foram submetidos as coletas de dados, através dos testes TC6M, Sargente Jump Test e ao Teste da Medice Ball. Para avaliação dos resultados foi utilizado a análise estatística através do teste t de Student, na qual foram demostrados em forma de tabela. Concluiu-se que os valores coletados e comparados não apresentaram diferença significativa em nenhuma das variáveis pesquisadas.
Palavra-chave: Idoso. Qualidade de vida. Voleibol adaptado. Caminhada. Envelhecer.
ABSTRACT
Physical activity is an excellent associate to the process of healthy aging, since when performed regularly and systemically helps in the health promotion, maintaining and/or improving physical and functional abilities of elderly and providing a better quality of life. The general purpose of research was to compare the upper and lower limbs strength associate to cardiorespiratory resistance in physically active elderly and inactive elderly. The sample was composed by 18 women between 65 and 75 years. They were divided into three groups composed by 6 members each: adapted volleyball group (AVG), guided walking group (GWG) and control group (CG) composed by sedentary or inactive people. The three groups were submitted to data collection through the TC6M, Sargent Jump Test and the Medicine Ball Test. For evaluation results was used the statistical analysis through the Student’s T Test, in which they were demonstrated in table form. The results showed that the values collected and compared didn’t present a significant difference in any of the variables researched.
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Key words: Elderly. Quality of Life. Adapted Volleyball. Walking. Get old.
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, o envelhecimento biológico causa manifestações no
organismo, o que contribui para perda da massa muscular, aumentando sarcopenia,
falta de elasticidade na pele e diminuição das capacidades físicas. O envelhecer é
um processo fisiológico que afeta todos os indivíduos, pois contribui para mudanças
nas características de cada espécie durante seu ciclo de vida. (SILVA, 2003).
O envelhecimento não é apenas um processo fisiológico, também é um
processo gradual, universal e irreversível, pois ocasiona perda funcional progressiva
no organismo como a redução do equilíbrio, da mobilidade e causa modificações
psicológicas, deixando o indivíduo mais vulnerável a depressão (MACIEL, 2010).
As modificações morfológicas e funcionais que se relacionam como
envelhecimento, gera uma das maiores preocupações para os profissionais da área
da saúde, principalmente quando se refere à prevenção de doenças e melhora da
qualidade de vida.
Portando torna-se fundamental buscar ferramentas que possibilitam uma
melhor qualidade de vida, desta forma, as atividades físicas regulares e
sistematizadas têm demonstrado sua capacidade em diminuir os efeitos deletérios
do envelhecimento. (MACIEL, 2010), o mesmo autor relata que a prática de
exercício físico previne as alterações do envelhecimento e auxilia na prevenção de
doenças como o diabete, acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão, e outras
doenças, consequentemente proporcionando melhor qualidade a vida. Segundo
Silva (2003), o exercício físico tem como objetivo desenvolver estratégias para
permitir um envelhecimento saudável, produtivo, ativo e bem-sucedido. O foco
principal é associar a qualidade de vida com a independência do indivíduo idoso na
realização das suas atividades diárias.
O processo de envelhecimento não é um processo unilateral, mas a soma de
vários processos entre si, os quais envolvem os aspectos biopsicossociais.
(CAMPOS, 2007). O voleibol foi adaptado para idosos a fim de que estes pudessem
praticá-lo utilizando de menos força física, resultado em um exercício que não
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propiciasse o surgimento de lesões, uma vez que o esporte praticado na terceira
idade é considerado recreativo entre outros benefícios para a saúde física e mental,
envolvendo atividades de ordem aeróbica e anaeróbica sendo uma combinação do
laser com atividade física, resultando em uma perceptível melhora na qualidade de
vida dos idosos. Outras pesquisas mostram-nos que a busca por tal esporte se dá
além do bem-estar mental dos indivíduos, mas também por benefícios físicos e
sociais, tais como a perda de peso, redução considerável do uso de medicamentos,
diminuição do índice de alta pressão arterial, melhora na aptidão física, coordenação
motora, agilidade, velocidade e flexibilidade (SANTOS; AINHAGNE, 2005).
A caminhada exercida por idosos visa melhorar a qualidade de vida por meio
dos benefícios físicos e incremento social, sendo uma atividade que permite interagir
com as demais pessoas. É perceptível o progresso da capacidade funcional e do
sistema esquelético, tornando o idoso mais independente aumentando
consequentemente sua autoestima (BERNARDO, 2014).
De acordo com Correia et al (2006) durante o processo de envelhecimento
verificam-se importantes alterações no sistema neuromuscular que se traduzem
numa tendência para atrofia muscular, conhecida por sarcopenia, e se manifestam
numa redução de capacidades como a força máxima, a potência, a velocidade, a
flexibilidade ou a precisão dos movimentos. A sarcopenia é um termo genérico que
indica a perda da massa, força e qualidade do músculo esquelético e que tem
impacto significante na saúde públicas, pelas suas reconhecidas consequências
funcionais no andar e no equilíbrio, aumentando o risco de queda e perda da
independência física funcional, mas também contribuem para aumentar o risco de
doenças crônicas, como diabetes e osteoporose (MATSUDO et al 2000).
Reforçando tal afirmação Rebelatto et al (2006), diz que a velhice é uma
etapa da vida em que ocorrem transformações no indivíduo, como modificações na
composição do corpo, aumento do peso, da altura, da densidade mineral óssea, nas
necessidades energéticas e no metabolismo, devido a uma vida sedentária e ao
decréscimo da massa muscular.
Segundo Araújo (2002), atividade aeróbia pode ser a habilidade de realizar
atividades físicas como os esportes, as caminhadas, as artes marciais, danças,
atividades recreativas, as atividades ocupacionais (trabalho), as atividades da vida
diária (deslocamentos a pé, tarefas domésticas e etc), de modo dinâmico, com
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participação de grandes massas musculares com intensidade moderada e por
períodos de tempo mais prolongados.
A atividade física sistematizada junto ao idoso promove a redução do
cansaço, eleva o trabalho total, com importante melhoria da capacidade aeróbia
(GORZONI E RUSSO, 2002).
Neste sentido o presente estudo tem a intenção de responder a seguinte
questão: A atividade física orientada desenvolve força de membros superiores,
inferiores e resistência cardiorrespiratória em mulheres idosas com idade entre 65 a
75 anos, proporcionando melhor qualidade de vida? Acredita-se que uma das
formas de enfrentar o envelhecimento, buscando uma melhor qualidade de vida é
através de exercícios físicos.
Sendo assim, por ser pautado o exercício físico como aliado do bem no
processo de envelhecimento, proporcionando a melhora da qualidade de vida de
indivíduos idosos, nosso presente estudo tem por hipótese firmar que a caminhada
como o voleibol adaptado proporciona melhorias sobre as capacidades físicas de
mulheres idosas.
1 EXPERIMENTO
1.1 Conceitos e Métodos1.2 Condições ambientais
O presente estudo foi desenvolvido através de observações de indivíduos
praticantes de voleibol adaptado; praticantes da caminhada orientada, pelo
Programa Escola Aberta da Cidade de Lins-SP e o grupo controle que era composto
por indivíduos que não realizavam nenhum tipo de exercício físico. Sendo todas
mulheres, com idades entre 65 a 75 anos. O grupo praticante de voleibol adaptado
(GVA) exercia suas atividades na Quadra Manoel do Careno “Quadra do Ribeiro”; o
grupo de caminhada orientada (GCO) praticava suas atividades na UBS Tangará.
Ambos acontecem nas terças e quintas, durante 02 horas por dia, no período da
manhã.
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1.3 Amostra Experimental
Participaram do presente estudo 18 voluntárias do gênero feminino com faixa
etária de 65 a 75 anos de idade. Foram informadas sobre todo procedimentos do
estudo permitindo-as consentir ou não sua participação do mesmo à partir de um
termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
1.4 Procedimentos MetodológicosNa gênese da pesquisa foram recrutados grupos de indivíduos do gênero
feminino, com idade entre 65 -75 anos. Estabelecendo três grupos, Grupo
caminhada orientada (GCO), Grupo voleibol adaptado (GVA) ambos experimentais e
Grupo Controle (GC), sendo idosas sedentárias. Após o recrutamento dos grupos
foram realizadas as seguintes avaliações para coleta de dados: teste de caminhada
(TC6M), teste de salto vertical (Sargent jump test) e teste de medicine ball.
1.4.1 TC6M
Este teste tem como objetivo avaliar a capacidade física de pacientes com
patologias cardíacas e pulmonares, bem como para avaliar a capacidade
submáxima do exercício. (ENRIGHT et al., 2003). O
indivíduo tem que caminhar o mais rápido possível durante seis minutos e o mesmo
é quem determina a velocidade de caminhada. As atividades de vida diária em sua
maioria são executadas em nível submáximo de exercício, portanto a distância
percorrida em seis minutos retrata melhor as atividades físicas diárias do que testes
de exercício máximo (SOLWAY et al.,2001). O ambiente para se realizar o TC6M
deve ter uma temperatura confortável, podendo ser ao ar livre ou em ambiente
fechado, desde que o piso seja nivelado em toda a extensão e que não seja muito
percorrido para que não haja interrupções do teste. O local é demarcado com 30
metros de comprimento, sendo demarcado de 3 em 3 metros sem obstáculos, e o
cone demarca o local da curva. O avaliado terá que caminhar em ritmo próprio e
sozinho o mais longe possível durante os seis minutos, deve-se orientar e esclarecer
as possíveis alterações cardiorrespiratórias que podem surgir, sendo permitido
andar devagar, parar e relaxar se necessário. Deve-se caminhar sem se comunicar
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com pessoas ao seu redor. O caminho deve ser demostrado pelo examinador e
após isso o avaliado poderá iniciar a caminhada (ATS, 2005). Ao termino dos seis
minutos, verifica-se quantos metros foi percorrido pelo avaliado.
1.4.2 Teste salto vertical
Para realização deste teste é necessário estabelecer a posição inicial onde os
pés estejam unidos a uma distancia de 30 centímetros da tabua de marcação; a
mesma deve ter 1,50 metros de comprimento e 30 centímetros de largura. A tabua
deverá ser fixada na parede com altura de 2 metros. O avaliado deverá “sujar” a
ponta dos dedos com giz ou com pasta de dentes. A primeira marcação na tábua
deverá ser feita procurando o ponto mais alto (envergadura) sem o salto (em
centímetros). Logo após essa marcação deverá ser realizado o salto pelo avaliado. .
(LOURENÇO et al., 2013)
O avaliado deve partir com o corpo na posição ereta e lateralmente a tábua,
executando o contramovimento antes do salto, utilizando das dinâmicas negativa
(descida) e positiva (subida) do salto. Os braços devem auxiliar na dinâmica positiva,
maximizando a impulsão do salto e tocar com as pontas dos dedos na tábua. .
(LOURENÇO et al., 2013)
Após isso mede-se a diferença em centímetros da altura alcançada etre a
envergadura inicial e o salto.(LOURENÇO et al., 2013)
Tomaram-se medidas para que o avaliado não dessem os saltos precedidos
de marcha, corrida ou outro salto. (LOURENÇO et al., 2013)
Figura 1.Demonstrativo do protocolo Teste de salto Vertical.
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O individuo avaliado parte da posição ereta para executar o salto, devendo
realizar contramovimento (transição da descida para a subida) da maneira mais
rápida possível.
Fonte: LOURENÇO et al., pg 29, 2013.
1.4.3 Teste Medicine Ball
Este teste tem por objetivo avaliar a força explosiva de membros superiores.
(LOURENÇO et al., 2013).
O avaliado deverá estar sentado no chão com as pernas estendidas e unidas
e com as costas apoiadas. Com o tronco imobilizado e ereto, e com a medicine ball
nas mãos junto a altura do peito, o avaliado deverá executar um movimento de
extensão máxima e rápida dos cotovelos, procurando lançar a medice ball à maior
distância possível (em metros). (LOURENÇO et al., 2013)
O peso da medicine ball fica a critério do avaliador, o mesmo deve levar em
consideração a faixa etária dos avaliados. ). (LOURENÇO et al., 2013)
Foi orientado que o avaliado permanecesse com as costas apoiadas evitando
o contramovimento do tronco durante o movimento dos braços. (Figura 2). Devem
ser permitidas duas tentativas de arremesso por avaliado, considerando a maior
distância obtida nos dois arremessos. Se por acaso algum arremesso for realizado
de forma incorreta deve anular este arremesso e realizar outro, normalmente. ).
(LOURENÇO et al., 2013)
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Figura 2.Representação da execução do protocolo arremesso de medicine ball.
Fonte: LOURENÇO et al., pg 30, 2013.
1.5 Procedimentos
Iniciou-se comas coletas de dados, que foram obtidas através dos testes
mencionados acima. Após a coleta iniciaram as observações dos grupos GVA e
GCO no período de quatro semanas, afim de compreender os objetivos nas aulas
ministradas pelos professores de Educação Física.
No GCO observou-se que no início do exercício físico era realizada uma
sessão de dez minutos de alongamento, em seguida era realizado a caminhada
orientada com os membros do grupo durante quarenta minutos. Após o término da
caminhada, iniciava-se a sessão de dez minutos de relaxamento (volta calma). Essa
rotina seguiu-se durante as quatro semanas.
Já no GVA iniciou-se com uma sessão de cinco minutos de alongamento. Em
seguida, realizava-se o aquecimento utilizando técnicas do voleibol adaptado como:
passes, deslocamento lateral e frontal, levantamento, ataque, saques, agilidade e
deslocamento para defesa, este aquecimento geralmente era em torno de quinze
minutos. Logo, iniciava-se a divisão dos times, acontecendo o jogo coletivo do
voleibol adaptado, durante trinta e cinco minutos. Finalizava-se com relaxamento de
cinco minutos. Seguiu-se essa rotina durante as quatro semanas.
As duas modalidades mostraram semelhanças no plano de aula.
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1.6 Analise EstatísticaPara análise dos dados coletados foi utilizado o método de variância ANOVA.
1.7 ResultadoNa tabela são apresentados os dados do grupo voleibol adaptado (GVA),
grupo caminhada orientada (GCO) e grupo controle (GC), nas variáveis resistência
cardiorrespiratória (RCAR), salto vertical (SVER) e arremesso (ARR).
Tabela 1 - Resultados
GVA
MÉDIA ± DP
P GCO
MÉDIA ± DP
P GC
MÉDIA ± DP
P
RCAR (MIN) 497,67±33,3
8
495,67±30,16 470,41±71,6
3
SVER (CM) 2,15±0,12 2,07±0,09 2,89±0,59
ARR (CM) 3,44±0,70 2,06±0,04 3,02±0,39
Fonte: elaborado pelos autores, 2016 *P≤ 0,05 em relação ao pré treinamento.
1.8 Discussão
O presente estudo demonstrou que tanto o grupo controle (GC), voleibol
adaptado (GVA) e a caminhada orientada (GCO) não obtiveram diferenças
significativas em relação ás variáveis pesquisadas. Porém, é válido ressaltar que a
pesquisa foi de caráter observacional não intervindo com treinamentos.
Portanto a pesquisa será discutida com os parâmetros representada na tabela
e com trabalhos semelhantes. Com relação ao Teste TC6M (resistência
cardiorrespiratória) as voluntarias do GC apresentaram um tempo menor, quando
comparada aos demais grupos, porém com diferença mínima. Lima et al (2012)
afirma que a caminhada traz benefícios aos idosos, como a melhora do
condicionamento físico cardiorrespiratório desde que seja feita de maneira correta.
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Torres et al, (2012) complementa dizendo que a caminhada proporciona benefícios a
quem à pratica, como, melhor funcionamento corporal, preservação da
independência, redução de doenças cardiovasculares, melhora na postura e o
equilíbrio, bem como o aumento da autoestima. Porém, exercícios de baixa
intensidade, tais como caminhada e hidroginástica, apesar de muitas vezes serem
indicados, não oferecem tantas melhorias como a musculação moderada, pois esta
atividade quando aplicada à terceira idade fortalece integralmente músculos e ossos.
Atualmente um novo conceito, em reabilitação geriátrica é o de não recomendar
caminhadas para idosos enfraquecidos, antes de um programa de fortalecimento
muscular com pesos, evitando assim quedas e fraturas graves. (SIMÃO et al., 2012).
Em relação ao teste de caminhada (TC6M) verificou-se nesta pesquisa uma
diferença menor da força muscular de membros inferiores na comparação entre
grupos, no entanto segundo Rikli e Jones (2008) salientam a importância do trabalho
de força muscular considerando-o um trabalho fundamental no processo de
envelhecimento, pois ocorre um declínio de 15 a 20% após os cinquenta anos de
idade, por década.
Fachineto et al (2016) em sua pesquisa teve como resultado o ganho de força
muscular e da saúde cardiorrespiratória em mulheres idosas praticantes de voleibol
adaptado, no entanto houve uma intervenção junto a modalidade, sendo com
treinamento funcional.
O mesmo autor afirma que, para indivíduos de meia e terceira idade,
independentemente do tipo de exercício físico que participam, o exercício sempre irá
preservar ou melhorar a saúde fisiológica, muscular e metabólica.
Nascimento RJ, et al. (2011) também concluiu em seu trabalho com mulheres
idosas que praticavam exercícios físicos de baixa intensidade que atividades físicas
oferecidas aos idosos contribuem para melhorar a aptidão física cardiorrespiratória
em idosas, porém deve haver implementação de intervenção de profissionais
qualificados.
Tratando-se da força de membros superiores na qual usou-se o teste de
medicine Ball neste último teste o grupo de caminhada teve um declínio mínimo
comparado ao grupo de voleibol adaptado e grupo controle.
Mesmo que a caminhada não tenha apresentado dados estatísticos
expressivos no presente estudo, não se pode deixar de ressaltar seu benefício
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quando esta atividade é prescrita de forma sistêmica e regular por profissionais
qualificados. Portanto, segundo Lima et al, (2012) a caminhada auxilia na diminuição
do processo de degeneração, preserva as funções orgânicas e proporciona a
sociabilização, proporcionando benefícios que contribuem para qualidade de vida.
Tavares (2005), observou que a caminhada é a atividade física comum entre os
idosos, pois sua forma de movimento é a mais natural dos seres humanos e cada
um tem a capacidade de controlar sua intensidade, duração e frequência. Segundo o
mesmo autor, os efeitos da caminhada vão desde o aumento da força muscular, a
minimização da imobilidade, a preservação da independência, até a possibilidade de
estabelecer contado e relações com outras pessoas, pois ao caminhar este sujeito a
maioria das vezes está acompanhado.
Laurindo (2009) ressalta que o voleibol adaptado praticado por idosas ajuda a
manter os níveis de flexibilidade, coordenação, força, agilidade e resistência, o que
torna uma velhice mais confortável e permite o idoso ser mais independente, além
de auxiliar na autoestima por trazer um resgate social e interdisciplinar.
Okuma (2008), salienta a importância da prática de atividades físicas por
pessoas idosas e que a inatividade física pode provocar aumento da obesidade e o
surgimento de doenças como as cardiovasculares, a hipertensão, diabetes ou a
osteoporose.
Portanto segundo Kuhnen (2002) o planejamento adequado de exercícios
físicos pode favorecer a para manutenção, diminuição da perda e ganho de força
muscular, interferido nas atividades diárias como agachar e levantar, subir e descer
escadas, vestir-se, carregar peso, entre outros. Isso possibilita maior autonomia para
a realização das atividades diárias do idoso, melhorando assim sua qualidade de
vida.
1.9 Conclusão
O presente estudo verificou que o voleibol adaptado e a caminhada orientada
não obtiveram resultados significantes para a melhoria da capacidade
cardiorrespiratória e força de membros superiores e inferiores comparados com
idosas não praticantes de exercícios físicos. Acredita-se que aplicando treinamentos
específicos juntamente com as atividades físicas já praticadas ou fortalecendo a
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intervenção durante as modalidades na qual já participam os resultados podem ser
melhores.
Porém, já se está comprovada por meio de vários estudos que a atividade
física traz resultados benéficos a saúde da terceira idade, proporcionando melhorias
sobre a qualidade de vida. Diante disso, abrem-se novas investigações para
melhores esclarecimentos sobre o voleibol adaptado e caminhada orientada em
idosos.
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