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Engenharia Ciências Ambientais Professora Escola de Engenharia e

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Engenharia Civil

Ciências AmbientaisProfessora PatríciaTavoloniGentili

Escola de Engenharia e Tecnologia

Crise AmbientalCrise Ambiental é a condição extrema que o Meio ambiente (Bioma) tem capacidade de suportar. Neste momento é necessário sanar o problema antes que ocorra um colapso ambiental.Principais Componentes da Crise Ambiental.

PopulaçãoIndivíduos da mesma espécie dentro de uma área prescrita geograficamente ou arbitrariamente

A Teoria Populacional Malthusiana que observa que o crescimento populacional dobrou decorrente do aumento da produção de alimentos, das melhorias das condições de vida nas cidades, do aperfeiçoamento, do combate as doenças, das melhorias no saneamento básico, fazendo-se com que a taxa de mortalidade declinasse, ampliando assim o crescimento natural. Preocupado-se com o crescimento populacional acelerado, Malthus publica uma série de ideias alertando a importância do controle da natalidade, afirmando que o bem estar populacional estaria intimamente relacionado com crescimento demográfico do planeta. Assim alertando que o crescimento desordenado acarretaria na falta de recursos alimentícios para a população gerando como consequência a fome.A Teoria de Miller foi desenvolvida sob o pensamento que nosso planeta (Terra) seria uma astronave a 100.000 km/h pelo espaço, sem poder parar para reabastecimento, mas dispondo de um eficiente sistema de aproveitamento de energia solar e de reciclagem de matéria. Onde existem atualmente disponível na astronave, ar, água e comida suficientes para manter seus passageiros. Tendo em vista o progressivo aumento do número desses passageiros, em forma exponencial, e a ausência de portos para reabastecimento, podem-se vislumbrar, a médio e longo prazo, problemas sérios para a manutenção da população. Os habitantes de países desenvolvidos são passageiros de primeira classe, enquanto os demais viajam no porão.

Recursos NaturaisRecursos naturais são elementos da natureza que são úteis ao Homem no processo de desenvolvimento da civilização. Recursos Renováveis que pode ser recolocado na natureza ou se regenerar através de processos naturais a uma taxa equivalente ou maior em que o consumo humano. (Ex. Ar, Água, Biomassa, vento etc.)Recursos Não-Renováveis não pode ser produzido, regenerado ou reutilizado a uma escala que possa sustentar a sua taxa de consumo. Esses recursos existem

muitas vezes em quantidades fixas, ou são consumidos mais rapidamente do que natureza pode produzi-los. (ex. Minerais não-energéticos e Minerais energéticos)

Um recurso renovável passa a ser não renovável quando a taxa de utilização supera a máxima capacidade de sustentação do sistema.

Tragédia dos Recursos Públicos (Garret Hardin, 1968): ‘Se eu não usar tal recurso outra pessoa vai fazê-lo’ ou ‘O pouco que uso ou poluo não faz diferença, e estes recursos são renováveis’.

PoluiçãoA Poluição é qualquer acréscimo a algum meio natural que ameace a saúde, a sobrevivência ou as atividades de seres humanos ou de outros organismos vivos. Os poluentes podem entrar no meio ambiente de forma:Natural: erupções vulcânicas Atividades Humanas: queima de carvão

A poluição pode ser:Pontual/Localizada Difusa/Dispersa

As fontes pontuais podem ser identificadas e controladas mais facilmente que as difusas, cujo controle eficiente ainda é um desafio.

Efeitos da Poluição Podem ser:Local Regional Global

Os mais conhecidos são os efeitos locais ou regionais, que em geralmente, acontece em áreas de grande população ou atividade industrial.

Prejuízos causados pela poluição:Danos a Fauna e Flora; Prejuízos Materiais, Econômicos, Culturais, a Saúde; desfiguração da paisagem & desvalorização de áreas.Sensibilização:

Os resíduos podem ser incorporados ao meio para serem posteriormente utilizados?Sim por meio da reciclagem e na natureza por Ciclos Biogeoquímicos, no entanto quando não há equilíbrio entre o consumo e a reciclagem pode advir consequências desastrosas ao meio ambiente.

Leis de conservação de Massa1ª Lei de Conservação de Massa (Lei de Lavoisier): Nada se cria, Nem se destrói Apenas se transforma.1ª Lei de Conservação de Energia na Termodinâmica: A energia pode se transformar de uma forma em outra, mas não pode ser criada nem destruída.2ª Lei de Conservação de Energia na Termodinâmica: Quando a energia muda de uma forma para outra, alguma quantidade de energia útil sempre se degrada em energia de baixa qualidade, mais dispersa e menos útil.

Não existe processo 100% eficiente. Em qualquer sistema, nunca se cria ou se elimina matéria; apenas é possível transformá-la de uma forma em outra. Sempre haverá geração de resíduos indesejáveis em todas as atividades dos seres vivos.Desequilíbrio Ambiental é a geração de resíduos maior do que a capacidade de reciclagem do meio.

Ciclo Biogeoquímico

Fluxos de energia e matéria: como os recursos na terra são finitos e a vida depende do equilíbrio natural dos ciclos, esse processo de reciclagem da matéria é de suma importância. Porque auxiliam na manutenção da disponibilidade de nutrientes, e o equilíbrio entre os elementos biológicos, físicos e químicos no ambiente.

Ciclo Biogeoquímico: É o caminho percorrido ciclicamente entre o meio abiótico e o biótico pela água e por elementos químicos conhecidos, como C, N, P e S.Importância: para avaliar o impacto ambiental que um material potencialmente perigoso, possa vir a causar no meio ambiente e nos seres vivos que dependem direta ou indiretamente desse meio para garantir a sua sobrevivência.

Ciclo do Carbono (C)

CO2: 0,038% do volume da troposfera; dissolvível em água; componente-chave do termostato da natureza.Produtores terrestres: Com a fixação do Carbono em sua forma orgânica (fotossíntese); Com a energia solar armazenada como energia química nas moléculas orgânicas da glicose. Por meio da fotossíntese e da respiração, o carbono passa de sua fase inorgânica à fase orgânica e volta para a fase inorgânica, completando, assim, seu ciclo biogeoquímico.Interferências Antrópicas:Com a Revolução Industrial o uso intenso dessa energia armazenada e, no processo de queima (respiração), passou a devolver o CO2 à atmosfera a uma taxa superior à capacidade assimiladora das plantas e dos oceanos. Esse desequilíbrio do ciclo natural pode ter implicações na alteração do chamado ‘efeito estufa’, com consequente aumento na temperatura global da Terra.

Ciclo do Nitrogênio (N)

78% do volume da Troposfera, mas elemento estável e que não reage facilmente e nem pode ser utilizado diretamente pelos organismos; Mas a partir de descargas elétricas e por meio de bactérias há a conversão de N2 em nutrientes úteis para as plantas e animais.Interferências Antrópicas: Queima de combustíveis fósseis: combinação de N2 e O2 = NO (óxido nítrico); Transformação do NO em NO2 (dióxido de nitrogênio) e HNO3 (ácido nítrico) & Retornam a superfície da Terra = Chuva ácidaAdição de fertilizantes: aumento das ações das bactérias & lixiviação através do solo e contaminação das águasDesmatamento: liberação de nitrogênio armazenado no solo esse gás pode esquentar a atmosfera e esgotar o ozônio da estratosfera.

Ciclo do Fósforo (P)

É um elemento fundamental na transferência de caracteres no processo de reprodução dos seres humanos. Fator limitante à produtividade primária.Interferências AntrópicasExtração de rochas de fosfato: fertilizantes inorgânicosDesmatamento: redução de fosfato disponível no soloDestruição de ecossistemas aquáticos: interferindo no equilíbrio do sistema e ciclo.

Ciclo do Enxofre (S)

S = maior parte encontra-se sedimentado (rochas e minerais)Na Atmosfera: Sulfeto de hidrogênio (H2S) – vulcões e quebra de matéria orgânica de pântanos; Dióxido de enxofre (SO2) – gerado naturalmente por vulcões; convertido em trióxido de enxofre (SO3); em gotículas de ácido sulfúrico (H2SO4); e ainda pode combinar com amônia formando pequenas partículas de sais de sulfato. Transformando-se em Chuva Ácida; Sais de sulfato (SO42-) – ondas do mar, tempestades e incêndios – raízes das plantas incorporam o enxofre (proteínas); Dimetil Sulfeto (CH3SCH3) – condensação de água em pequenas nuvens – é convertido em SO2Interferências Antrópicas Queima de carvão e petróleo para produção de energia elétrica, Refinamento de petróleo para fabricação de gasolina, óleo...; Conversão de minérios de minerais metálicos em metais livres (zinco, cobre, chumbo).

EcossistemasEcossistema: sistema: sistema onde há interação entre o meio biótico e abiótico, onde a ciclagem de nutriente e fluxo de energia.Biótico: são os organismos vivos do sistema. (Animais & Plantas)Abiótico: são os aspectos físico-químicos do meio ambiente que influenciam a vida no sistema (Solo; Chuva e Clima).Habitat: é um conceito usadoque inclui o espaço físico e os fatores abióticos que mantém um ecossistema e assim determinam a distribuição das populações de determinada comunidade.Nicho Ecológico: é a função do biótico no ecossistema em que vive.Homeostase: Estado de equilíbrio do sistema.Sucessão ecológica: padrão de colonização e extinção por populações de especies em uma determinada área.Hotspot: Área rica em biodiversidade, com cerca de 1.500 espécies endêmicas de plantas e que tenham a vegetação original de sua região reduzida a menos de 70%.Lixiviação:é o processo de extração de nutrientes presentesno solo através da sua dissolução água.Ecótonos: consistem em áreas de transição ambiental, onde comunidades ecológicas diferentes entram em contato.

Regiões Climáticas Zona Polar - Entre os Pólos e os Círculos polares. Com temperaturas negativas (geralmente, inferiores a 10ºC). Zona Temperada - Entre os Círculos polares e os Trópicos. Com temperaturas médias moderadas, tem estações climáticas bem definidas.Zona Tropical - Entre os Trópicos. Com temperaturas elevadas (geralmente superiores a 18ºC), tem basicamente duas estações Verão (Época de seca) e Inverno (Época de Chuvas).

BiomasFloresta Tropical: se desenvolvem em baixas altitudes e próximas do equador, estando presente em ambos os hemisférios e encontradas principalmente na África, Austrália, Ásia e Américas Central e do Sul. Savanas: localizam-se em regiões quentes da América do Sul, África e Austrália. No entanto, como as chuvas não são distribuídas uniformemente podem ocorrer longos períodos de seca, que constitui um fenômeno importante deste ambiente, principalmente, na estrutura da vegetação. Florestas temperadas: situadas entre os pólos e os trópicos e abrange o oeste e o centro da Europa, leste da Ásia e o leste dos Estados Unidos, embora algumas fontes citem que no Chile as possua. As árvores dominantes das florestas temperadas são as que perdem suas folhas durante o outono ficando em seguida dormentes. Por este motivo, também recebem o nome de floresta decídua caducifólia. Esse bioma recebe de 750 a 1.500 mm de chuva por ano distribuído uniformemente. Campos Temperados: ocorrem em todos os continentes, como as pradarias da América do Norte e os pampas da América do sul. Esses biomas possuem precipitação anual de 250 a 750 mm e os verões são muito mais quentes que os invernos, com nítida diferença nas estações podendo sofrer secas sazonais. De todos os biomas esse é o mais utilizado e transformado por ações humanas, muitos dos alimentos são produzidos nestes biomas, como plantações de arroz e milho e criação de bovinos para leite e corte.Desertos: Regiões que recebem anualmente menos de 250 mm de chuva por ano. Nos desertos, o clima é geralmente quente, mas existem desertos frios. Devido às grandes temperaturas nos desertos quentes as chuvas raras, fortes e de pequena duração não se infiltram no solo, evaporando rapidamente. Ocorre uma grande oscilação de temperatura variando em até 30° C entre a manhã e a noite.Tundra: é encontrada na região do Círculo Polar Ártico, acima dos 57° Norte. É característica do seu clima possuir apenas duas estações; um inverno longo e frio, com noites contínuas e um verão curto com temperaturas amenas. Taiga/Floresta Setentrional de Coníferas:constitui-se de um cinturão abaixo do Círculo Polar Ártico que limita o domínio da Tundra ocorrendo entre os paralelos 45° N e 70° Norte, da América do Norte até a Eurásia e não existem no Hemisfério Sul. Chaparral/“macchie”: como é conhecido na região do mediterrâneo, distribuem-se em regiões com clima temperado ameno. Estas áreas se caracterizam por possuir o inverno chuvoso e o verão seco. Montanhas: ocorre uma grande diversidade de condições físicas, com isso em uma dada montanha podem existir um mosaico biomas subdivididos em muitas zonas. Como as serras geralmente não são contínuas podem ocorrer isolamentos entre comunidades, por outro lado o intercâmbio de espécies entre biomas diferentes pode ser maior que em regiões não montanhosas.

Biomas BrasileirosCaatinga:presente na região do sertão nordestino (clima semi-árido), caracteriza-se por uma vegetação de arbustos de porte médio, secos e com galhos retorcidos. Há também a presença de ervas e cactos.Campos:presente em algumas áreas da região Norte e também no Rio Grande do Sul. A vegetação dos campos caracteriza-se pela presença de pequenos arbustos, gramíneas e herbáceas.Cerrado: com uma rica biodiversidade, caracteriza-se pela presença de gramíneas, arbustos e árvores retorcidas. As plantas possuem longas raízes para retirar água e nutrientes em profundidades maiores.Floresta Amazônica:é considerada a maior floresta tropical do mundo com uma rica biodiversidade. É o habitat de milhares de espécies vegetais e animais. Caracteriza-se pela

presença de árvores de grande porte, situadas bem próximas umas das outras. Como o clima na região é quente e úmido, as árvores possuem folhas grandes e largas.Mata Atlântica:neste bioma há a presença de diversos ecossistemas. No passado, ocupou quase toda região litorânea brasileira. Com o desmatamento, foi perdendo terreno e hoje ocupa somente 7% da área original. Rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais. A floresta é fechada com presença de árvores de porte médio e alto.Pantanal: este bioma está presente nos estados de Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul. Algumas regiões do pantanal sofrem alagamentos durante os períodos de chuvas. Presença de gramíneas, arbustos e palmeiras. Nas regiões que sofrem inundação, há presença de árvores de floresta tropical.

Dinâmica PopulacionalEspécie: são grupos de populações naturais que podem cruzar entre si e que são reprodutivamente isoladas de outros grupos.

DiversidadesRiqueza de espécies:Diversidade de espécies:

Tipos de EspéciesEspécies nativas: é a que ocorre de forma natural em um determinado ecossistema ou região.Espécies exóticas: é uma espécie de organismo que vive fora da sua área de distribuição nativa que tenha sido acidental ou intencionalmente para aí levada pela atividade humana, podendo ou não ser prejudicial para o ecossistema em que é introduzido.Espécies endêmicas: grupos de espécies que se desenvolveram numa região restrita.Espécies indicadoras: são usadas como um índice de atributos muito difíceis, inconvenientes ou caros de se medir para outras espécies ou condições ambientais de interesse. Entretanto, existem algumas variações desta definição de acordo com o objetivo específico do que se quer avaliar. Espécies chaves:é uma espécie cujo impacto ao seu ecossistema é desproporcionalmente grande relativamente à sua abundância. O desaparecimento de uma espécie-chave do seu ecossistema pode ter conseqüências dramáticas neste último.Espécies fundadoras:

Interação Entre EspéciesCompetição interespecífica: é uma competição onde duas espécies diferentes disputam um mesmo nicho ecológico no mesmo sítio e quando espécies diferentes disputam uma mesma fonte de alimentos, sendo que uma delas inevitavelmente será favorecida e assumirá vantagens em relação à outra.Comensalismo: é uma das relações entre organismos de espécies diferentes que se caracteriza por ser benéfica para uma espécie, não causando prejuízo para a outra espécie.Parasitismo: é a associação entre seres vivos, na qual existe uma unilateralidade de benefícios, sendo um dos associados prejudicado nessa relação. Desse modo, surge o parasita, agente agressor e o hospedeiro, agente que abriga o parasita.O parasita por sua vez, retira os nutrientes do ser o qual está hospedado, representando uma relação desarmônica.Mutualismo: é uma interação ecológica interespecífica harmônica obrigatória na qual há vantagens recíprocas para as espécies que se relacionam. Essa associação é permanente, causando dependência, ou seja, indispensável à sobrevivência das partes, que não podem viver separadas.

Predação: é uma relação ecológica em que muitos animais procuram ativamente as suas presas, que são outros animais, os perseguem, capturam e comem.

PopulaçãoEstrutura genética: descreve padrões na freqüência de genes e genótiposEstrutura espacial: descreve a variação da densidade de indivíduos dentro da populaçãoEstrutura etária: que descreve o número relativo de indivíduos jovens e velhosEstrutura de tamanho: que descreve o número relativo de indivíduos grandes e pequenos.

Natalidade: É a capacidade de aumentar o número de indivíduos em certa área, em condições favoráveis.Fatores Limitantes: É qualquer fator ecológico, biótico ou abiótico que condiciona as possibilidades de sucesso de um organismo em um ambiente, impedindo que a população cresça acima de certos limites. Cada espécie possui, em relação a cada fator ambiental, um nível mínimo e um máximo, entre os quais os indivíduos se desenvolvem bem. Intervalo de Tolerância:Intervalo entre o nível máximo e mínimo, os organismos podem possuir grandes intervalos de tolerância para alguns fatores e pequenos intervalos para outros, sendo que as espécies com grande tolerância para todos os fatores são aquelas que se distribuem pela maioria dos ecossistemas.

Variações dos Organismos com o seu AmbienteDensidade:É o tamanho do grupo populacional: nº de indivíduos / por unidade de espaço.Taxa de natalidade: É a velocidade com que os indivíduos nascem e são adicionados à população, dependendo do potencial biótico da população.Taxa de mortalidade: Éa velocidade com que os indivíduos morrem e são eliminados da população.

CompetiçãoPredação e Parasitismo

DoençasAlimentação

Taxa de imigração: É a velocidade com que indivíduos provenientes de outras áreas entram numa populaçãoTaxa de emigração: É a velocidade com que indivíduos deixam uma população e dirigem-se para outras áreasDistribuição: É o alcance geográfico e ecológico da espécie definido pela presença de habitats adequados englobam todas as áreas ocupadas durante um ciclo de vida.Dispersão: Caracteriza a distância entre os indivíduos com respeito uns aos outros representa a heterogeneidade do ambiente e as interações sociais leva a padrões de distribuição formando desde agregados em manchas, a distribuições aleatórias e uniformes.Crescimento: Quando uma população inicia a colonização de um ambiente propício ao seu desenvolvimento, verifica-se que o crescimento inicial é lento, pois há pequeno número de indivíduos e, conseqüentemente, a taxa de reprodução é pequena. À medida que aumenta o número de organismos, a taxa de reprodução também aumenta O crescimento da população aumenta se não houvesse os fatores de resistência do meio, o crescimento da população seria exponencial, Representa o seu potencial biótico, amedida que a população cresce, aumenta a resistência ambiental, reduzindo o potencial biótico, Isso ocorre até que se estabeleça um equilíbrio entre a resistência ambiental e o potencial biótico, a partir de então, tem-se uma população cujo tamanho é máximo para aquele ambiente, em função da resistência do meio.

Podemos distinguir três tipos de pirâmidesTipo base larga: Grande número populacional de jovensTipo médio: Moderada porcentagem de jovens

Tipo de base estreita: Presença maior de idosos que jovens

Desenvolvimento Sustentável

HistóricoNo final dos anos 1950s, Rachel Carson bióloga americana virou sua atenção para

conservação e para os problemas ambientais causados pelos pesticidas sintéticos. O resultado foiPrimavera Silenciosa (Silent Spring) publicado em 1962, que trouxe preocupações ambientais sem precedentes para uma parcela da opinião pública americana.

Por este e outros estudos, o Dicloro-Difenil-Tricloroetano (DDT) foi banido de vários países na década de 1970 e tem seu uso controlado pela Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes.

Foi fundado em 1968 pelo industrial italiano AurelioPeccei e pelo cientista escocês Alexander King, o Clube de Roma que era um grupo de pessoas ilustres que se reúnem para debater um vasto conjunto de assuntos relacionados a política, economia internacional e, sobretudo, ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Tornou-se muito conhecido a partir de 1972, ano da publicação do relatório intitulado Os Limites do Crescimento. Quatro pontos foram levantados como questões que deveriam ser solucionadas para que se alcançasse a sustentabilidade; o controle do crescimento populacional; o controle do crescimento industrial; a insuficiência da produção de alimentos & e o esgotamento de recursos naturais.

Em 1972 inicia-se a Conferência sobre o Ambiente Humano das Nações Unidas (Estocolmo) foi a primeira atitude mundial em tentar organizar as relações de Homem e Meio Ambiente. OS pontos Apontados na Conferencia foram o aumento da cooperação científica nos anos 60 (em relação a água e clima); o aumento da publicidade dos problemas ambientais (catástrofes); o crescimento econômico acelerado (êxodo rural) & efeitos globais (chuvas ácidas, a acumulação de metais pesados e de pesticidas que impregnavam peixes e aves). Porém houve contestações os países do Norte sobre as necessidade de implementações de políticas ambientais rigorosas e os países do sul (Liderados Pelo Brasil) o direito de perseguir o desenvolvimento econômico e investir na industrialização. Assim concluindo em Resultados poucos praticos, a Carta de princípios: necessidade de transferir tecnologia e dar apoio financeiro aos países dispostos a adotarem medidas ambientais corretas, contudo, em contradição, a conquista do desenvolvimento econômico era uma meta tão prioritária quanto a preservação do meio ambiente.

Em 1973 nasce o termo "Eco Desenvolvimento" lançado por Maurice Strong.Em Outubro de 1973 foi lançado no Brasil o Decreto nº 73.030 que Instituiu a

Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) com os objetivos de:a) acompanhar as transformações do ambiente; b) assessorar órgão e entidades incumbidas da conservação do meio

ambiente, tendo em vista o uso racional dos recursos naturais; c) promover a elaboração e o estabelecimento de normas e padrões relativos

à preservação do meio-ambiente;

d) realizar diretamente ou colaborar com os órgãos especializados no controle e fiscalização das normas e padrões estabelecidos;

e) promover, em todos os níveis, a formação e treinamento de técnicos e especialistas em assuntos relativos à preservação do meio ambiente;

Em 1979 foi lançada a Noção DS que discutia o trabalho "A Busca de PadrõesSustentáveis de Desenvolvimento".

Em agosto de 1981 assinada a Lei Brasileira nº 6.938, de Política Nacional do Meio Ambiente, Que dispõe sobre a política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, instituiu, através de seu artigo 6º, o Sistema Nacional do Meio ambiente - SISNAMA

Em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), recomendou a criação de uma nova declaração universal sobre a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável - o Relatório Brundtland. Foi publicado com o título "Nosso Futuro Comum". Este documento a presentou a proposta de integrar a questão ambiental no desenvolvimento económico, surgindo não apenas um novo termo, mas uma nova forma de progredir. Para isso, o governo deve adoptar as seguintes medidas:

Limitar do crescimento populacional; Garantir de alimentação em longo prazo; Preservar da biodiversidade e dos ecossistemas; Diminuir o consumo de energia e promover o desenvolvimento de tecnologias que admitem o uso de fontes energéticas renováveis; Aumentar a produção industrial nos países não-industrializados à base de tecnologias ecologicamente adaptadas; Controlar a urbanização selvagem e integração entre campo e cidades menores.

Também em 1987 foi criado o Protocolo de Montreal sobre substâncias que empobrecem a camada de ozônioqueé um tratado internacional em que os países signatários se comprometem a substituir as substâncias que se demonstrou estarem reagindo com o ozônio (O3) na parte superior daestratosfera. Ele teve adesão de 150 países e foi revisado em 1990, 1992, 1995, 1997 e 1999.

Em 1988 foi adicionado o Artigo 225 – MEIO AMBIENTE a Constituição Federal Brasileira, fundamenta que "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações."

Em 1992 ocorreu A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida também como ECO-92, Rio-92, realizada no Rio de Janeiro, reuniu mais de cem chefes de Estado que buscavam meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra. Os debates culminaram na elaboração de documentos oficiais como:

- Agenda 21: É um dos principais documentos que resultaram da Conferência. Trata-se, portanto, de um detalhado plano de ação com intuito de modificar os padrões de consumo e produção em escala mundial, na tentativa de minimizar impactos ambientais sem deixar de atender as necessidades básicas da humanidade. O novo padrão que busca a conciliação da justiça social, eficiência econômica e equilíbrio ambiental passou a ser chamada de Desenvolvimento Sustentável. É como um guia que consegue explicar porque, como e o que fazer, adaptado para alcance de objetivos locais.

- Convenção da Biodiversidade:O objetivo era fazer cumprir o tratado elaborado, com disposições sobre a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa dos benefícios dos recursos genéticos, estabelecendo assim normas e princípios para reger o uso e a proteção da diversidade biológica em cada país signatário. A convenção assegura a soberania dos países sobre seus recursos naturais, que devem ser explorados de forma racional. O documento previa que ajustes e revisões complementares estariam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional de cada nação e que a autonomia dos países sobre seus territórios seria respeitada. As áreas protegidas estão relacionadas à biotecnologia, ecossistemas, habitats naturais,

diversidade biológica, material genético animal ou vegetal e organização regional de integração econômica. O Brasil foi o primeiro país signatário, exemplo que foi seguidos por outras 152 nações. O então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se recusou a assinar, alegando prejuízos econômicos. Mas, um ano depois, os americanos passaram a participar e o instrumento entrou em vigor.

- A Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento:Foi a declaração final da ECO-92, que contém 27 princípios que buscam reafirmar a Declaração aprovada em Estocolmo, em 1972. Acenando para um mundo inspirado pelo ativismo ambiental, verde e utópico, porém vigilante. Dentre os princípios adotados, os países acordavam que tinham direitos soberanos sobre seus territórios, mas que deveriam aplicar políticas de preservação do meio ambiente, sustentabilidade e cooperar com o espírito de solidariedade mundial para conservar, proteger e restabelecer a saúde e a integridade do ecossistema da Terra. O documento foi ratificado em 12 de agosto de 1992.

- Carta da Terra: A Carta da Terra é um manifesto por escrito de princípios éticos, imprescindíveis para a formação de uma sociedade universal que seja justa, sustentável e pacífica. Como principios a carta busca inspirar todos os indivíduos do mundo à responsabilidade compartilhada, buscando o bem-estar da raça humana. É uma visão de esperança e um chamado à ação de proteção ecológica, à erradicação da pobreza, à promoção do desenvolvimento econômico, ao respeito aos direitos humanos, à democracia e à paz. A proposta da carta é também de oferecer um novo marco, inclusivo e integralmente ético, para guiar a transição para um futuro sustentável.

- Convenção das Mudanças Climáticas: A proposta entre os signatários era de estabilizar a concentração de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera, para evitar interferências no sistema climático. A convenção entrou em vigor em 1994. Os países considerados historicamente como maiores emissores deveriam ter o maior índice de redução. O acordo foi firmado após a realização de 17 conferências. A partir das negociações, foram elaborados importantes documentos, como o Protocolo de Kyoto, em 1997, que chegou a ficar mais conhecido do que a própria Convenção do Clima.

Em 1997 foi lançado o Protocolo de Kyoto é o protocolo ou ata de um tratado mundial que abriga rígidas obrigações de países participantes quanto à redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa. Foi um dos protocolos mais polêmicos já propostos. Lançado em 1997, entrou em vigor somente a partir de 2005. O Brasil só adotou em 2002 e os líderes americanos não aceitaram assinar. Diferentes níveis de redução são propostos às nações e variam de acordo com o histórico de emissão. Nações em desenvolvimento têm uma meta menor do que os desenvolvidos. Na proposta, a diminuição deveria acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a promover cooperação mútua, através de ações básicas.

Direito AmbientalDireito ambiental: é um Direito Fundamental de 3ª Geração tido como transindividuais e difusos, do ponto de vista jurídico, o meio ambiente, além de ser elemento essencial para a manutenção da sadia qualidade de vida no planeta.

Direitos difusos são transindividuais; são de natureza indivisível; de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato.

Os Princípios do Direito AmbientalPrincípios: regras fundamentais a serem observadas pelos operadores, sob pena, inclusive de praticar algum ato de forma antiética.

Implícitos: decorrem do sistema constitucional, mesmo que não escritos, se fundando basicamente na ética.Explícitos: claramente escritos no texto constitucional ou nas leis infraconstitucionais vigentes.

Princípios do Direito Ambiental: visa proteger a vida, em qualquer forma que esta se apresente, e garantir um padrão de existência digno para os seres humanos, das presentes e futuras gerações, sem se perder de vista o desenvolvimento sustentável.

Acesso equitativo aos recursos naturais;Democrático;In dúbio pro natura;Precaução;Prevenção;

Equilíbrio;Publicidade;Responsabilidade;Poluidor pagador;Usuário pagador;

Constituição Federal, art. 225, que dispõe:"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações."

Primeiras Leis e DecretosLei n° 4.771/65 (Código Florestal); A Medida Provisória n. 2.166-67, de 2001, traz obrigações importantes para a conservação: Reserva Legal; Áreas de Preservação Permanente.Decreto n° 1.282/94 também traz regras claras com respeito à exploração de florestas, manejo florestal sustentável, princípios e fundamentos técnicos para o manejo.Lei n° 5.197/67 (Lei da Fauna) Os animais são patrimônio nacional, proíbe a caça profissional e veda o comércio de animais. Decreto - Lei n° 221/67 (Código de Pesca), pretende disciplinar cuidados acerca dos animais aquáticos, pesca, suas modalidades, sanções, cuidados, entre outros.

Política Nacional do Meio AmbienteA Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, Política Nacional do Meio Ambiente, PNMA tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar ao País, condições de desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.

SISNAMA - rede de órgãos e instituições ambientais que, por sua vez, são compostas:Poder Executivo: controle das atividades potencialmente poluidores, a exigência do EIA e fiscalização.Poder Legislativo: elaborar leis e regulamentos ambientais, aprovar os orçamentos dos órgãos ambientais, exercer o controle dos atos administrativos do Executivo, etc.Poder Judiciário: compete julgar as ações de cunho ambiental

Outras Leis e DecretosLei N° 7.347 de 1985 (Lei de Ação Civil Pública), Atribui legitimidade ao Ministério Público e as Entidades Civis (ONG's) para ajuizar ações contra os infratores da legislação ambiental e de outros direitos e interesses chamados difusos e coletivos.

Lei n° 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) ressaltou alguns aspectos importantes como o crime ocorre por ação ou omissão;a responsabilidade é pessoal (física) e também jurídica; sanções alternativas; o funcionário público responde na medida do dano (corresponsabilidade por omissão). Além de reafirmar outras as sanções; os agravantes e atenuantes; e os crimes em espécie e o cálculo das multas.

Lei nº 9.605/98 (Lei Dos Crimes Contra O Meio Ambiente)Seção I Dos Crimes contra a Fauna

Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.Seção II Dos Crimes contra a FloraFloresta de preservação permanente, floresta nativa ou plantada: dano ou destruição, madeira de lei: corte ou transformação em carvão, plantas de ornamentação: dano ou destruição, produtos de origem vegetal, lenha e carvão, vegetação fixadora de dunas dano ou destruição.Seção III Da Poluição e outros Crimes AmbientaisConstruir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes.Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas.

Lei 6.902 – de 27 de ABRIL de 1981 (Criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental)Estações Ecológicas são áreas representativas de ecossistemas brasileiros, destinadas à realização de pesquisas básicas e aplicadas de Ecologia, à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação conservacionista. Sendo 90% Proteção integral e 10% Pode haver alterações para pesquisa desde que haja um plano de zoneamento.

Lei Nº 9985 de 18 de julho de 2000 (Sistema Nacional de Unidades de Conservação)Esta Lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação.

Unidades de Conservação: São áreas espacialmente definidas, criadas e regulamentadas por meio de leis ou decretos. Seus objetivos são a conservação da biodiversidade e da paisagem, bem como a manutenção do conjunto dos seres vivos em seu ambiente de modo que possam existir sem sofrer grandes impactos das ações humanas.Proteção Integral: Têm como objetivo básico preservar a natureza, livrando-a da interferência humana; nelas, como regra, só se admite o uso indireto dos recursos naturais, isto é, aquele que não envolve consumo, com exceção dos casos previstos no SNUC. Uso Sustentável: Visam conciliar a exploração do ambiente com a garantia de perenidade dos recursos naturais renováveis considerando os processos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável.

Código Florestal

O Código Florestal Brasileiro foi criado pela Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965. O Código estabelece limites de uso da propriedade, que deve respeitar a vegetação existente na terra, considerada bem de interesse comum a todos os habitantes do Brasil.

Art. 1° As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem.

§ 1o  As ações ou omissões contrárias às disposições deste Código na utilização e exploração das florestas e demais formas de vegetação são consideradas uso nocivo da propriedade, aplicando-se, sanções

DefiniçõesÁrea de Preservação Permanente (APP)Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;Com algumas especificações dispostas no Art. 2º desta Lei:

a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será:

1 - de 30 m - cursos d'água de menos de 10 m de largura;2 - de 50 m - cursos d'água que tenham de 10 a 50 m de largura;3 - de 100 m - cursos d'água que tenham de 50 a 200 metros de largura;4 - de 200 m - cursos d'água que tenham de 200 a 600 m de largura;5 - de 500 m - cursos d'água que tenham largura superior a 600 m;

b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura;d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de maior declive;f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer  que seja a vegetação.

Reserva Legal (RL)área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas;

I - 80%, na propriedade rural situada em área de floresta localizada na Amazônia Legal;II - 35%, na propriedade rural situada em área de cerrado localizada na Amazônia Legal, sendo no mínimo 20% na propriedade e 15% na forma de compensação em outra área, desde que esteja localizada na mesma microbacia;III - 20%, na propriedade rural situada em área de floresta ou outras formas de vegetação nativa localizada nas demais regiões do País; IV - 20%, na propriedade rural em área de campos gerais localizada em qualquer região do País.

Utilidade Públicaas atividades de segurança nacional e proteção sanitária; as obras essenciais de infraestrutura destinadas aos serviços públicos de transporte, saneamento e energia e aos serviços de telecomunicações e de radiodifusão; demais obras, planos, atividades ou projetos previstos em resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA;

Interesse Socialas atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como: prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, conforme resolução do

CONAMA; as atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas na pequena propriedade ou posse rural familiar; e demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resolução do CONAMA;

Alterações no Código Florestal Rios deveriam ter, no mínimo, 30 m de APP (mata ciliar) e áreas desmatadas

precisariam ser recuperadas. A área mínima de preservação das margens caiu para apenas 7,5 metros e os

Estados podem propor diferentes medidas de acordo com levantamentos locais. Áreas de Preservação Ambiental (APA), áreas de encosta, topos de morros e

várzeas eram regiões de preservação permanente, ou seja, não poderiam ser desmatadas.

Cada Estado poderá propor plantio em encostas e topos de morros de acordo com a necessidade. Áreas de várzea não são mais consideradas de proteção permanente e podem, quando necessário, ser utilizadas para fins agropecuários.

Áreas de proteção permanente não faziam parte do cálculo da reserva legal. Áreas de proteção permanente podem ser descontadas do cálculo da reserva legal

obrigatória. Todo proprietário rural era obrigado a manter no mínimo 20% da propriedade

com vegetação original; na Amazônia, o percentual era de 80%. A recuperação de áreas desmatadas era feita com espécies nativas.

Propriedades de até quatro módulos rurais (diferente em cada região do País) não precisam de reserva legal. Dependendo do caso, propriedades no cerrado amazônico podem ter apenas 20% de reserva. A recuperação da área pode utilizar espécies exóticas.

Todo proprietário precisava registrar a área de RL e, em caso de devastação, era obrigado a recompor a área de proteção estando sujeito à multa e a outras sanções.

Estão proibidos “novos” desmatamentos durante cinco anos, mesmo período em que cada Estado definirá programas específicos para o tema. A princípio os proprietários estão desobrigados de recuperar áreas desmatadas até julho de 2008.

Eram previstas multas e sanções econômicas para o proprietário que não respeitasse a legislação.

O proprietário poderá ter até 20 anos para recuperação de áreas desmatadas, além da possibilidade de compensação ambiental em outras áreas, substituindo multas e sanções.

Serviços AmbientaisServiços ambientais: São os benefícios que as pessoas retiram dos ecossistemas.

Problemas mais sérios identificados devido às alterações nos ecossistemas: As condições drásticas de várias espécies de peixes; A alta vulnerabilidade de dois bilhões de pessoas vivendo em regiões secas de

perder serviços providos pelos ecossistemas, como o acesso à água; E a crescente ameaça aos ecossistemas das mudanças climáticas e poluição.

Funções Ecossistêmicas

Regulação: Regulação de gás, regulação climática, regulação de distúrbios, regulação e oferta de água, retenção do solo, formação do solo, regulação de nutrientes, tratamento de resíduos, polinização, controle biológico.

Hábitat : Refúgio e berçário.

Produção: Alimentos, matéria orgânica em geral, recursos genéticos, recursos ornamentais.

Informação: Recreação, informação estética, informação artística e cultural, informação histórica e espiritual, ciência e educação.

Serviços Ecossistêmicos

Provisão: Alimentos, água, madeira para combustível, fibras, bioquímicos, recursos genéticos.

Regulação: Regulação climática, regulação de doenças, regulação biológica, regulação e purificação de água, regulação de danos naturais, polinização.

Cultural: Ecoturismo e recreação, espiritual e religioso, estético e inspiração, educacional, senso de localização, herança cultural.

Suporte: Formação do solo, produção de oxigênio, ciclagem de nutrientes, produção primária.

Serviços Ecossistêmicos e Bem-estar humano

Constituem o Bem-estar HumanoSegurança Segurança Pessoal; Acesso seguro aos Recursos; Segurança contra Catástrofes e

Acidentes.

Liberdade de Escolha e AçãoOportunidades para os indivíduos

serem capazes de conseguir o que lhes tem valor.

Materiais Básicos para uma Boa Vida Sobrevivência Adequada; Alimentos nutritivos suficientes; Abrigo; Acesso a bens materiais.

Saúde Ter força; Sentir-se bem; Acesso a água e ar limpos.

Boas Relações Sociais Coesão Social; Respeito Mútuo; Capacidade de ajudar os outros.

Condições Atuais dos Serviços da Natureza

SERVIÇOS DE PROVISÃO BÁSICAServiços Subcategorias Condições Observações

AlimentosLavouras

Aumento substancial na produção

GadoAumento substancial na produção

Atividade Pesqueira

Produção em declínio por plantio excessivo

AquaculturasAumento substancial na produção

Alimentos não cultivados

Produção em Declínio

Fibras

Madeira +/-Perda florestal em algumas regiões, crescimento em outras

Algodão, Cânhamo, Seda

+/-Produção de algumas fibras em declínio, aumento de outras

Lenha Produção em Declínio

Recursos Genéticos

Perda devido a extinção e perda de material genético da espécie vegetal

Bioquímicos, remédios naturais,

farmacêuticos

Perda devido a extinção, plantio excessivo

Água Água Doce

Uso não sustentável para consumo humano, industrial e irrigação; quantidade de energia hídrica estável, mas represas aumentam capacidade de uso desta energia

SERVIÇOS DE CONTROLEServiços Subcategorias Condições Observações

Controle da Qualidade do Ar

Declínio na capacidade da atmosfera de se auto limpar

Controle do Clima

GlobalFonte liquida de sequestro

de carbono a partir da metade do século

Regional e LocalPreponderância de aspectos

negativos

Controle da Água +/-Variação dependendo das

mudanças e localização dos ecossistemas

Controle da Erosão

Aumento na degradação do solo

Purificação da Água e

Tratamento de Resíduos

Declínio na qualidade da água

Controle de Doenças

+/-Varia de acordo com

mudanças nos ecossistemasControle de Controle natural degradada

Pragas através do uso de pesticidas

PolinizaçãoAparente declínio global

com abundancia de polinizadores

Controle de Perigos Naturais

Perda de zonas de tamponamento (áreas úmidas, manguezais)

SERVIÇOS CULTURAISServiços Subcategorias Condições ObservaçõesValores

Espirituais e Religiosos

Rápido declínio de locais e espécies sagrados

Valores EstéticosDeclínio na quantidade e qualidade de terras naturais

Lazer e Ecoturismo

+/-Mais áreas accessíveis, mas muitas degradadas

Medidas Essenciais para reduzir a Degradação dos Serviços dos Ecossistemas

Mudar as bases econômicas que orientam a tomada de decisões Certifique-se de que o valor de todos os serviços de todos os ecossistemas,

não somente aqueles comprados e vendidos no mercado, são considerados ao se tomar qualquer decisão.

Retire subsídios a agricultura, pesca e energia que causem qualquer dano as pessoas e ao meio ambiente.

Dê aos proprietários de terra algum pagamento em troca do manejo de suas terras de modos tais que projetam os serviços de ecossistemas, como a qualidade da água e o armazenamento de carbono, que são valiosos para a sociedade.

Estabeleça mecanismos de mercado para reduzir emissões de nutrientes e de carbono da maneira mais economicamente eficaz.

Melhore as políticas, o planejamento e a gestão. Promova a tomada de decisões integrando diferentes departamentos e

seções, assim como instituições internacionais, para garantir que as políticas foquem a proteção dos ecossistemas.

Inclua uma gestão solida dos serviços dos ecossistemas em todo o planejamento regional e em todas as estratégias de redução da pobreza preparadas por vários países em desenvolvimento.

Dê a grupos marginalizados o poder de influenciar as decisões que afetem os serviços dos ecossistemas e reconheça legalmente a propriedade das comunidades locais sobre os recursos naturais.

Estabeleça áreas de proteção adicionais, principalmente em sistemas marinhos e dê um maior apoio financeiro e gerencial as áreas já existentes.

Use todas as formas de conhecimento e informação relevantes sobre os ecossistemas ao tomar decisões, incluindo o conhecimento local e os grupos indígenas.

Influencie o comportamento individual Promova a educação publica sobre o porque e como reduzir o consumo de

serviços ameaçados dos ecossistemas. Crie sistemas de certificação confiáveis para oferecer as pessoas a escolha de

comprar produtos produzidos sustentavelmente. Facilite o acesso das pessoas a informação sobre ecossistemas e as decisões

que afetem seus serviços.

Desenvolva e use tecnologias que não agridam o meio ambiente Invista em ciência e tecnologia agrícolas que aumentem a produção de

alimentos com um mínimo de danos a natureza. Recupere ecossistemas degradados. Promova o uso de tecnologias que aumentem a eficiência da energia e

reduzam as emissões de gases causadores do efeito estufa.

Alternativas Industriais

Mosaicos Florestais Sustentáveis (Código Florestal, Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965):

O conceito dos mosaicos florestais sustentáveis considera a paisagem florestal como um “quebra-cabeça” de diferentes usos do solo, trabalhando na escala de paisagens para planejar as atividades produtivas e ao mesmo tempo proteger os ecossistemas florestais e os serviços ambientais que estes fornecem.

Os mosaicos florestais sustentáveis encaixam as “peças do quebra-cabeça” – tais como reservas naturais e áreas protegidas, plantações, áreas de produção agrícola, infraestrutura e assentamentos - para criar uma paisagens que satisfaça simultaneamente várias necessidades. Para atingir este objetivo, os atores envolvidos consideram uma paisagem ampla e fazem perguntas como: que áreas são mais adequadas para plantações florestais, agricultura ou pecuária? Que locais precisamos proteger para conservar nossos recursos hídricos? Que locais são importantes para armazenamento de carbono? Que habitat é crítico para as espécies das quais dependemos?

ICMS Ecológico (Art. 158 da Constituição Federal):Nasceu como uma forma de compensar os municípios pela restrição de uso

do solo em locais protegidos (unidades de conservação e outras áreas de preservação específicas). Parte de ICMS arrecadado pelo governo federal é repassado para os municípios que possuem Unidades de Conservação. Esse recurso deve ser usado em ações de educação ambiental, na construção de novos pontos de coleta de lixo na zona rural, bem como na coleta seletiva da zona urbana.

Ar AtmosféricoPoluição do ar

A presença de substâncias em certas quantidades, concentrações ou características em desacordo com os níveis estabelecidos em legislação, e que acabam interferindo na saúde, na segurança, e bem estar do homem, dos animais, dos vegetais ou materiais. A poluição do ar não é recente, as primeiras reclamações surgiram na Roma Antiga, a 2000 anos atrás.

O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de substâncias poluentes presentes no ar.

Interação Ar - PoluiçãoAs interações entre as Fontes de poluição e a atmosfera vai definir o nível de

qualidade do ar, que determina por sua vez o surgimento de efeitos adversos da poluição do ar sobre os receptores, que podem ser o homem, os animais, as plantas e os materiais.

Classificação dos PoluentesApesar da variedade das substâncias ser grande, os poluentes podem ser

divididos em duas categorias:Poluentes Primários: Aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emissão.Exemplos: CO2; CO; NOx; SO2; Hidrocarbonetos e material particulado.Poluentes Secundários: Aqueles formados na atmosfera através da reação química entre poluentes primários e componentes naturais da atmosfera.Exemplos: SO3 (reação entre SO2 e O2); Ácido Sulfúrico (reação entre o SO3 e vapor d’água); Ozônio (reação entre óxidos de nitrogênio e oxigênio na presença de luz solar).

Principais Poluentes

PoluenteFontes

Concentração EfeitosNaturais Artificiais

Dióxido de Carbono

(CO2)

Respiração, decomposição;

queimadas naturais de florestas;

Queima de biomassa e

combustíveis fósseis,

desflorestamento, fabricação de

cimento

1750 – 280 ppm

Principal gás do Efeito Estufa

1958 – 315 ppm

1992 – 355 ppm

2006 – 381,2 ppm

2009 – 397,0 ppm

Metano (CH4)

Matéria orgânica em

decomposição, cultivo de

arroz

Queima de biomassa e de combustíveis

fósseis

Atual: 1,72 ppmv Afeta os

pulmões, o Sistema

cardiovascular e sistema nervoso

Antes da Revolução

Industrial: 0,8 ppmv

Óxidos de Nitrogênio (NO2, NO)

Oceanos, florestas tropicais

(60%)

Produção de nylon, ácido

nítrico, atividades agrícolas, queima de biomassa e de

combustíveis fósseis

Em 1993: 312 ppb Inflamações do

sistema respiratório;

Reduz fotossíntese

Antes da Revolução Industrial:

275 ppb

Halocarbonos (CFCs,

HCFCs, HFCs)

Produção de aerossóis,

espuma, indústria de ar

condicionado

Destruição da camada de

ozônio;Efeito estufa

Monóxido de Carbono (CO)

VegetaçãoTráfego

(veículos), Indústrias

Década de 70: 33 gCO/Km

Depende da concentração. pode causar

dores de cabeça e até morte

A partir dos anos 80: 0,43

gCO/Km

Dióxido de Enxofre

(SO2)

Combustão (petróleo e

carvão mineral)Veículos à diesel

Sistema respiratórioProblemas

cardiovasculares

Chuva ácida

Setor de construção civil: 8% do total das emissões no país (McKinsey, 2009) caracteriza-se peculiarmente pelas emissões ramificadas: Produção de Cimento: A produção do clínquer, base da fabricação do

cimento comum (Portland) emite grandes quantidades de CO2 na calcinação, devido à queima de combustíveis fósseis para obtenção das altas temperaturas necessárias para o processo, que libera o carbono antes contido no calcário sob a forma de CO2.

Produção de Aço (ferro): Libera CO2 na queima de combustíveis fósseis para obter altas temperaturas e também à emissão do carbono utilizado como redutor do minério de ferro.

Transporte; Extração Madeireira: A exploração florestal, muitas vezes devastadora,

retira do meio natural sorvedouros de carbono para alcançar espécies de árvores com valor comercial.

- 100 m² de área construída em edifícios verticais no município de SP necessita de 6 m³ de madeira;

- No ano de 2001 = 1 milhão de m3 madeira em tora - 60% são de origem amazônica e 40% de origem de reflorestamentos (Sobral, 2002).

Efeitos Globais Aquecimento Global - A alteração do clima causa alterações no período

reprodutivo de diversas espécies, podendo levar a extinção se a mesma não se adaptar.

Efeito Estufa: é um processo que ocorre quando uma parte da radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como consequência disso, o calor fica retido, não sendo libertado para o espaço.

Emissões e Remoções de GEE pelos Solos Agrícolas Decomposição Materia

Organica do Solo (Solos Minerais)

Calagem Animais em Pastagem Esterco Decomposição Materia

Organica do Solo (Solos Organicos)

Fertilizantes Sintéticos Fixação Biológica

Nitrogênio Residuos de Colheita Voletilização e

Subsequente Deposição atmosferica de Nitrogênio

Lixiviação e Escoamento seperficial Nitrogênio

Buraco na Camada de Ozônio: descoberto em 1983, o buraco na camada de ozônio, tem cerca de 10 milhões de quilômetros quadrados e se localiza na estratosfera na região antártica.

Chuva Acida: precipitação atmosférica cuja acidez seja substancialmente maior do que a resultante da dissociação do dióxido de carbono (CO2) atmosférico dissolvido na água precipitada.

Inversão Térmica: Fenômeno natural meteorológico (característico do inverno). Manifesta-se quando o ar quente retido nas altitudes impede a elevação do ar frio que por ser mais denso e pesado encontra dificuldades ainda maiores para subir. Esse processo ainda faz com que os poluentes lançados na atmosfera permaneçam retidos nela juntamente com o ar frio.

Impactos sobre o ciclo hidrológico: Derretimento das geleiras; Maior potencial de evaporação; 20% de aumento da precipitação em regiões úmidas; Redução equivalente em regiões mais secas; Enchentes e secas com maior frequência Eutrofização – excesso de nutrientes Ação antrópica (fósforo e nitrogênio) Aumento da produção de fitoplâncton e, consequentemente, de seus

consumidores primários e secundários (aumento da biomassa), mas somente até certo ponto.

Recursos Hídricos

Bacia HidrográficaConjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e

subafluentes. A idéia de bacia hidrográfica está associada à noção da existência de nascentes, divisores de águas e características dos cursos de água, principais e secundários, denominados afluentes e subafluentes.

Processos Verticais - Vegetação Precipitação; Interceptação;

Evapotranspiração; Evaporação;

Infiltração; Percolação.

EscoamentoO escoamento num curso d’água é condicionado a diversos fatores:

Fatores Climáticos: PrecipitaçãoFatores Físicos: 1. uso do solo, 2. tipo do solo, 3. área, 4. forma, 5. declividade da bacia, 6. elevação, 7. declividade do curso d’água, 8. tipo de rede de drenagem e 9. densidade de drenagem.

Distribuição Hidrográfica Brasileira (Resolução do CNRH N° 32, de 15 de outubro de 2003)

Bacias Amazonica Tocantins Araguaia Atlântico NE Ocidental Atlântico NE Oridental Parnaíba São Francisco Atlântico Leste Atlântico Sudeste Paraná Paraguai Uruguai Atlântico Sul

Presença de Comitê de Bacias HidrográficasEstágio de implementação da Política de Recursos Hídricos no PaísFonte: dados extraídos do SIAPREH, SRHU (2007)

Situação Atual das Águas no Brasil

Uso da Água - Demandas Consuntivas e Não-consuntivasUsos Não Consuntivos Hidrelétricas

Navegação: Vias navegáveis no Brasil: 40.000 Km.Atualmente apenas 28.834 km, são considerados, destes apenas 8.500 são efetivamente navegáveis durante todo o ano, e 5.700 km encontram-se na bacia Amazônica.

Demandas Consuntivas no PaísA vazão de retirada para usos consuntivos no País, é de 1.841 m³/s (2006).

Saneamento Atendimento Coleta Destino

Qualidade das Águas SuperficiaisDificuldades no Monitoramento: Tamanho, heterogeneidade de redes de

monitoramento, número variável de parâmetros analisados e freqüências de coleta;

Atualmente 17 das 27 Unidades da Federação possuem redes de monitoramento da qualidade da água, totalizando 2.259 pontos.

A ANA possui uma rede com 1.340 pontos monitorados: pH, Oxigênio Dissolvido, Condutividade e Temperatura.

Índice de Qualidade da Água - IQAAvalia a qualidade das águas para o abastecimento público. É composto por

nove parâmetros:1. Oxigênio dissolvido, 2. Coliformes fecais, 3. PH - potencial hidrogeniônico,

4. Demanda bioquímica de oxigênio (dbo),

5. Temperatura,

6. Nitrogênio total, 7. Fósforo total,

8. Turbidez, 9. Resíduo total.

Classificação do IQACategoria Ponderação

Ótima79 < IQA ≤

100Boa 51 < IQA ≤ 79

Regular 36 < IQA ≤ 51Ruim 19 < IQA ≤ 36

Péssima IQA ≤ 19

Água x Sociedade x Ambiente

Dados da utilização da Água na Construção Civil

Na compactação de um metro cúbico de aterro, podem ser consumidos até 300 litros de água;

16% da água doce mundial são utilizadas na construção civil; Consumo diário por operário não alojado chega a 45 litros por dia; Para a confecção de um metro cúbico de concreto, gasta-se em média de 160 a

200 litros de água doce; Um edifício residencial convencional tem nos sanitários os grandes

consumidores – responsáveis por aproximadamente 70% de toda a água utilizada em um condomínio.

Medidas para a redução do consumo de água em obras Utilização de torneiras com acionamento e desligamento automático; Instalação de temporizadores nos chuveiros, determinando o tempo de

banho; Utilização de água da chuva para descargas, limpeza da obra e etc... Estudos para utilização de fontes alternativas de água para consumo em

serviços de construção civil. Por exemplo, utilização de água da chuva na cura do concreto ou dosagem de argamassas;

Palestras para conscientização dos funcionários, com relação à fonte finita de recursos naturais.

Programas e Novas Idéias Agência Nacional de Águas (ANA) lançou o programa “Desempenho e

Inovação de Sistemas e Componentes para Uso Eficiente de Água em Edifícios”.O objetivo é estimular experiências voltadas à economia de recursos hídricos, que minimizem perdas e maximizem a eficiência;

Sistemas LEED e AQUA, que exigem baixo consumo de água para que reconheçam uma edificação com o selo de prédio verde;

Lei municipal em São Paulo e Curitiba que obriga o reuso da água de chuva em imóveis novos;

MÍDIA Atualmente se fala em construção sustentável, buscando incentivar o desenvolvimento de projetos e de novas tecnologias que proporcionem, entre outros, o uso racional de recursos naturais.

Vantagens do Reuso da Água da Chuva Redução do consumo de água da rede pública e do custo de fornecimento da

mesma; Evita a utilização de água potável onde esta não é necessária, como por

exemplo, na descarga de vasos sanitários, irrigação de jardins e lavagem de pisos;

Os investimentos de tempo, atenção e dinheiro são mínimos para adotar a captação de água pluvial na grande maioria dos telhados, e o retorno do investimento ocorre a partir e 2 anos e meio;

Faz sentido ecológica e financeiramente não desperdiçar um recurso natural escasso em toda a cidade, e disponível em abundância no nosso telhado;

Ajuda a conter as enchentes, represando parte da água que teria de ser drenada para galerias e rios;

A instalação do sistema, que é modular, pode ser realizada tanto em obras em andamento, como em obras finalizadas.

Energias

A ENERGIA é um dos vetores básicos de infraestrutura necessária para o desenvolvimento humano, seja do ponto de vista global, regional ou mesmo de uma pequena comunidade isolada.

Fontes de Energia

Energia Renovável: é a energia que vem de recursos naturais como sol, vento, chuva, marés e energia geotérmica, que são recursos renováveis (naturalmente reabastecidos).Energia Não Renovável: é um recurso natural que não pode ser extraido dos biscoitos, regenerado ou reutilizado a uma escala que possa sustentar a sua taxa de consumo. Esses recursos existem muitas vezes em quantidades fixas, ou são consumidos mais rapidamente do que natureza pode produzi-los. Os combustíveis fósseis são um exemplo, enquanto que recursos como madeira (quando colhida de forma sustentável) ou metais (que podem ser reciclados) são considerados recursos renováveis[

Energia Não RenováveisPetróleo: é uma substância oleosa, inflamável. O petróleo é um recurso natural abundante, porém sua pesquisa envolve elevados custos e complexidade de estudos. É também atualmente a principal fonte de energia, servindo também como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais destacam-se benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. Já foi causa de muitas guerras e é a principal fonte de renda de muitos países.Camada do Pré-Sal: Em geologia, camada pré-sal refere-se a um tipo de rochas sob a crosta terrestre formadas exclusivamente de sal petrificado, depositado sob outras lâminas menos densas no fundo dos oceanos e que formam a crosta oceânica. Segundo os estudiosos no assunto, esse tipo de rocha mantem aprisionado o petróleo recentemente descoberto. As reservas de petróleo encontradas na camada pré-sal do litoral brasileiro estão dentro da área marítima considerada zona econômica exclusiva do Brasil. São reservas com petróleo considerado de média a alta qualidade. O conjunto de campos petrolíferos do pré-sal se estende entre o litoral dos estados do Espírito Santo até Santa Catarina, com profundidades que variam de 1.000 a 2.000 metros de lâmina d'água e entre 4.000 e 6.000 metros de profundidade no subsolo, chegando portanto a até 8.000 metros da superfície do mar, incluindo uma camada que varia de 200m a 2.000m de sal.

Impactos das Atividades PetrolíferasProcesso Aspecto ImpactoExploração Levantamentos

SismográficosInfluencia no Ambiente Natural

Perfuração Descarte de Fluidos e Cascalhos

Contaminação dos Recursos Hídricos, do solo e habitat natural

Produção Descarte de água e resíduos oleosos

Contaminação de recursos hídricos

Refino Descarte de água do processo e emissão de efluentes de gasosos na refinaria

Contaminação dos Recursos Hídricos e Poluição atmosférica

Transporte Vazamento de Óleo Contaminação dos Recursos Hídricos

Energias RenováveisBiomassas: Do ponto de vista da geração de energia, o termo biomassa abrange os derivados recentes de organismos vivos utilizados como combustíveis ou para a sua produção. Biomassa Energética Florestal: biocombustíveis oriundos dos recursos

florestais. Incluem basicamente biomassa lenhosa produzida de forma sustentável (cultura ou extrativismo). Está associada à indústria de papel e celulose, serrarias, etc. Rota tecnológica mais comum: combustão direta e pirólise. Rotas mais complexas também são empregadas para a produção de combustíveis líquidos e gasosos (p.ex. licor negro e gaseificação de resíduos de madeira).

Biomassa Energética Agrícola: biocombustíveis oriundos das plantações não florestais, originados de colheitas anuais. P.ex. cana-de-açúcar, mamona (para produção de biodiesel), casca de arroz, etc

Biocombustíveis: Ésteres mono alquila, é um combustível diesel de queima limpa derivado de fontes naturais e renováveis como os vegetais.Etanol: Álcool, um composto orgânico oxigenado (C2H5OH). No Brasil o etanol é utilizado como combustível automotivo de duas formas: álcool hidratado, para carros a álcool ou flex fuel, e álcool anidro, que é adicionado a gasolina, atualmente na proporção de 25%. A diferença entre os dois é o teor de água presente no produto: o álcool hidratado possui cerca de 7% de água, enquanto o álcool anidro possui apenas 0,7%, no máximoBiogás: Combustível gasoso, com conteúdo energético elevado semelhante ao gás natural (hidrocarbonetos de cadeia curta e linear). Pode ser utilizado para geração de energia elétrica, térmica ou mecânica.Energia Eólica: é a energia que provém do vento. Energia Geotérmica: Calor nas camadas profundas da crosta terrestre. Em algumas regiões, a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas podem utilizar este calor para acionar turbinas elétricas e gerar energia. Ainda é pouco utilizada.Energia Maremotriz: é o modo de geração de energia através da utilização da movimentação da água dos oceanos, provocada pelas marés. Forma-se um reservatório junto ao mar, através da construção de uma barragem com casa de força (turbina + gerador). Aproveitamento nos 2 sentidos: na maré alta a água enche o reservatório, passando através da turbina, e produzindo energia elétrica, na maré baixa a água esvazia o reservatório, passando novamente através da turbina, agora em sentido contrário ao do enchimento, e produzindo energia elétrica.Energia Solar: Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de aproveitamento da energia proveniente do sol. Produção de energia térmica: aproveita-se a força do sol para aquecer

determinadas superfícies, é um princípio utilizado em aquecedores. Produção de Energia Elétrica: Uso de painéis fotovoltaicos. Um conjunto de

células fotoelétricas, onde cristais de silício estimulados pelos fótons da luz solar geram energia elétrica.

Energia Hidrelétrica: Uma usina hidrelétrica é um complexo arquitetônico, um conjunto de obras e de equipamentos, que tem por finalidade produzir energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico existente em um rio. As centrais hidrelétricas geram, como todo empreendimento energético, alguns tipos de impactos ambientais como o alagamento das áreas vizinhas, aumento no nível dos rios, em algumas vezes pode mudar o curso do rio represado, prejudicando pontualmente a fauna e a flora da área inundada para a formação do reservatório, e as presentes nos trechos à montante e à jusante da usina. PCH - Pequenas Centrais Hidrelétricas: O funcionamento é o mesmo: a força

da água gira pás de turbinas que, ligadas à geradores, geram eletricidade. A diferença é que enquanto as grandes usinas se baseiam no represamento de rios, formando grandes lagos, as PCH's operam em "fios d'água", podendo ser instaladas em uma grande variedade de locais.Benefício ambiental: não criar lagos gigantescos significa também uma grande preservação do meio ambiente. Os lagos criados pelas pequenas

centrais não ultrapassam 3 km².

Sustentabilidade na Construção CivilImpactos da Construção Civil75% dos RNs extraídosApenas 20-50% da MP extraída é utilizada60% do total de resíduos vem da CCApenas 30% das grandes obras

SP = 17 mil toneladas/diaFabricação do materiais utilizados (CO2)40% da Energia mundial44% do total de energia Elétrica do país50%-84% do consumo de água potável

Arquitetura Ecológica

Obtida através da conjugação de recursos tecnológicos e naturais, sem ferir o ambiente e sem desperdiçar materiais, visando sempre à otimização da qualidade de vida.Edifício ecológico: projeto de arquitetura que contempla um posicionamento correto do edifício no terreno, tratamento das fachadas para controle do nível de insolação e tratamento de materiais, utilizando sempre os recursos tecnológicos quando os naturais não forem suficientes.

Viabilidade

1ª etapa: internalizar nos participantes do processo de planejamento, construção e habitação os conteúdos ecológicos, reconhecendo que os edifícios podem ter um funcionamento semelhante ao dos ecossistemas ditos naturais.

''Não é copiar a natureza, mas criar a partir da compreensão de suas leis e funcionamentos'‘

Green Building

Construção Verde: série de estratégias de utilização do solo, projeto arquitetônico e construção em si, que reduzem o impacto ambiental, tendo como benefício o menor consumo de energia, a proteção dos ecossistemas e mais saúde para os ocupantes. Resultando em presença cada vez mais marcante de edifícios orgânicos e estreitos, privilegiando a maior quantidade de fachadas possível, para que se tenham mais espaços iluminados e ventilados naturalmente.

Recomendações do Protocolo de Kyoto sobre as Edificações (1992/1997/1999)

Edifícios novos devem reduzir 40% as emissões de CO2. Edifícios existentes devem reduzir 15% destas emissões.

*Isto corresponde a reduzir nos próximos 10 anos, 50% das emissões de CO2, em pelo menos 30% dos edifícios.

Eficiência Energética na Construção

Objetivo principal da arquitetura sustentável é obter eficiência energética no ‘ciclo de vida’ de um edifício, principalmente nos países onde a energia não é de fonte renovável ocasionando a emissão de gases do efeito estufa em sua produção. Iluminação Natural: utilização de vidros duplos insulados (baixa transmissão

de calor e alta transmissão de luminosidade) e de iluminação zenital (porção de luz natural produzida pela luz que entra através dos fechamentos superiores dos espaços internos).

Ventilação: utilização de forma correta da ventilação elimina ou minimiza a necessidade de ar condicionado.

Uso da Água: Projeto deve prever a redução no consumo de água e uma gestão inteligente deste recurso, através de tecnologias de reutilização da água (a água utilizada retorna ao edifício, normalmente para ser utilizada nas bacias sanitárias e irrigação de jardins), utilização da águas pluviais e equipamentos de redução de consumo tais como torneiras e chuveiros com temporizadores ou sensores, válvulas de descarga dual-flush e redutores de vazão.

Resíduos da Construção Civil

RESOLUÇÃO DO CONAMA – 307Define; Classifica; Estabelece os possíveis destinos finais dos rccd; Atribui responsabilidades para o poder público municipal e também para os geradores de resíduos no que se refere à sua destinação.

Plano Integrado de Gerenciamento; Projetos de Gerenciamento em Obras; Normas Técnicas

Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação – NBR 15112:2004.

Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes (Classe A) – Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação – NBR 15113:2004

Resíduos sólidos da construção civil - Áreas de reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação – NBR 15114:2004.

Especificações técnicas para o uso de agregados reciclados: Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Execução de

camadas de pavimentação – Procedimentos – NBR 15115:2004. Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização em

pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos – NBR 15116:2004

Gestão dos Resíduos Da Construção Civil

Fornecedores de dispositivos e acessórios Empresa Transportadora Destinatários dos resíduos (Pontos de entrega, áreas de Transbordo e Triagem,

Áreas de reciclagem, Aterros de RCC, Aterros para resíduos industriais, Agentes diversos)

Gestão do Canteiro de Obras (não geração, organização, dispositivos e acessórios, limpeza, fluxo, transporte interno, acondicionamento final, reutilização, reciclagem, destino final).

Economia de água e energia, utilização de recursos renováveis; uso de materiais naturais e não tóxicos, inserindo no sistema o conceito de reciclagem da matéria- prima e recursos; e redução de emissões de poluentes são temas cada vez mais discutidos pelos profissionais do ramo da arquitetura.

CertificaçõesProporcionam uma escala para se avaliar a incorporação de estratégias sustentáveis a uma edificação em comparação com outras mais convencionais

Processo AQUA - Alta Qualidade Ambiental é um Processo de Gestão do Projeto visando obter a Qualidade Ambiental de um empreendimento de Construção ou de reabilitação Processo AQUA.Certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) é uma certificação para edifícios sustentáveis, concebida e concedida pela ONG americana U.S. Green Building Council (USGBC), de acordo com os critérios de racionalização de recursos (energia, água etc.) atendidos por um edifício.

O desenvolvimento sustentável traz benefícios econômicos, ambientais e sociais fundamentais para o crescimento do pais. As práticas sustentáveis tem como objetivo a redução dos impactos ambientais, porém seu desenvolvimento e aplicação envolve práticas de planejamento e gestão, o que favorece o custo benefício da obra, tornando-as entre outras coisas, mais produtivas, rentáveis e evoluídas tecnicamente e gerencialmente.

Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)Licenciamentos Ambientais

Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) Lei 6.938 de 31 de Agosto de 1981Art. 9º - São Instrumentos da PNMA:III - a avaliação de impactos ambientais;IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais.Art. 10º - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.

Licenciamento AmbientalO licenciamento ambiental é o ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades que utilizam os recursos ambientais, de modo que possam causar degradação.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986Artigo 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental (EIA) e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente.EIA: É o conjunto de atividades técnicas e científicas que incluem o diagnóstico ambiental, identificação, previsão, medição, interpretação e a valorização de impactos ambientais, o estabelecimento das medidas mitigadoras e os programas de monitoramento de impactos ambientais (necessários para a contínua avaliação e controle de impactos ambientais).RIMA: É o documento do processo de avaliação de impacto ambiental e deve esclarecer em linguagem corrente (popular), todos os elementos da proposta em estudo, de modo, que estas informações possam ser utilizadas na tomada de decisão e divulgados para o público em geral (em especial para a comunidade afetada).O RIMA enfatiza as conclusões do EIA devendo apresentar a discussão dos impactos positivos e negativos considerados relevantes no estudo.

Elementos e Etapas do EIAA Audiência Pública tem por finalidade a divulgação, discussão do projeto e de seus impactos, as suas alternativas locacionais e tecnológicas, além de colher opiniões, sugestões e críticas para subsidiar a decisão do licenciamento ambiental, constituindo-se ato formal e consultivo.

Licenciamento Ambiental

O Licenciamento Ambiental tem como sua mais expressiva característica a participação social na tomada de decisão, por meio da realização de Audiências Públicas no decorrer do processo, em cumprimento ao Principio da Participação.A Licença Prévia constitui a primeira fase do licenciamento ambiental. Deve ser requerida na etapa preliminar de planejamento do empreendimento e, ou, atividade. A Licença de Instalação, que corresponde a segunda fase do licenciamento ambiental, é concedida mediante a análise e aprovação dos projetos executivos de controle de poluição. Esta licença permite a instalação e, ou, ampliação de um empreendimento.A Licença de Operação autoriza a operação do empreendimento e, ou, a realização da atividade impactante. Isto dá-se após a verificação do efetivo cumprimento do que consta as Licenças Prévia e de Instalação.

Cumpridas as etapas de elaboração e análise do EIA/RIMA diferentes decisões podem ser adotadas pelos órgãos governamentais, dentre as quais podemos citar:a) O EIA/RIMA são aprovados e a obra é licenciada, pois não causa impacto ambiental significativo, ou por outro lado, as medidas mitigadoras e/ou compensatórias são adequadas;b) O EIA/RIMA são aprovados, pois atendem às exigências constantes na legislação em vigor, mas a obra não é licenciada, pois causa impacto ambiental significativo negativo à região;c) O EIA/RIMA devem ser refeito, pois não atende às exigências da legislação em vigor;d) O EIA/RIMA devem ser completados e submetidos a nova análise e;e)O EIA/RIMA não foram definitivamente aprovados.

Licenciamento na Prática Empreendimentos urbanos

Laudo por especialista (ART):Identificação da espécie; espécie arbórea ameaçada de extinção; altura do fuste; DAP; Quantidade; Volume; Fotos, aerofotos ou imagens de satélite; Indicação das coordenadas geográficas; Planta com a localização dos exemplares arbóreos; Projeto de plantio com indicação na planta das áreas que serão recompostas e coordenadas geográficas.

O Parecer Técnico:A medida da compensação finalNo caso de plantio, os locais são definidos pelo CCA (Câmara de Compensação Ambiental). Fornecimento de mudas deverão seguir as especificações do Departamento de Parques e Áreas Verdes - DEPAVE, na Portaria 02/DEPAVE/90

Exigências:20% de área permeável;APP pode ser computada, deverão ser revegetadas e 30% pode ser utilizada como jardim, área de lazer e esporte;

Se houver intervenção em APP, deverá ser reflorestada área equivalente a alterada, de preferência na mesma localidade, ou sub-bacia.Se houver espécies ameaçadas de extinção, estas deverão ser plantadas em outras localidades, e deverá constar no PCA.Se houver impossibilidade, o técnico da Divisão Técnica de Proteção e Avaliação Ambiental - DPAA determinará outra espécie a ser plantada, escolhida da Lista Oficial de Flora Ameaçada de Extinção do Estado de São Paulo

Termo de Compromisso Ambiental (TCA):No caso de intervenção em APP ou FF:O TCA deverá contemplar a conservação de área verde (área averbada em cartório);Em lotes residenciais: Plantio 1:1 no próprio lote; Passeio público próximo; Locais próximos; ou Entregar mudas e protetores metálicos no Viveiro Manequinho Lopes (o dobro ou fator 5,35)

A conversão da medida compensatória em obras e serviços abrangerá: I - projetos, obras e serviços necessários à implantação de praças, parques ou parques lineares; II - projeto e execução de arborização em áreas verdes; III – recuperação e revitalização de áreas degradadas; IV - aquisição de áreas para implantação de área verde; V – projeto de proteção da fauna; VI - outras medidas de interesse para proteção, ampliação, manejo e recuperação de áreas verdes.