00.042 - tec ii - sintese

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  • 7/25/2019 00.042 - TEC II - Sintese

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    Table of Contents

    Tema 1 Conceitos e modelos comunicacionais..........................................................3

    1.2.1. A Escola Processual..........................................................................................3

    1.2.1.1. !annon e "ea#er......................................................................................3

    1.2.1.2. $a%o&son.....................................................................................................3

    1.2.2. A Escola emi'tica............................................................................................(

    1.2.2.1. Tipos de sinais) ind*cios+ s*m&olos e si,nos...............................................-

    1.2.2.2. Peirce+ ,den e /ic!ards+ aussure...........................................................0

    1.2.2.3. "atlaic%.................................................................................................

    1.2.3. A a&orda,em co,niti#a de per&er e "ilson....................................................

    1.3. Comunicao no4#er&al......................................................................................5

    Tema 2 /e,ras de comunicao...............................................................................16

    As m7ximas con#ersacionais de 8rice......................................................................16

    2.1. 97xima da :uantidade.......................................................................................16

    2.2. 97xima da :ualidade.........................................................................................16

    2.3. 97xima da relao.............................................................................................16

    2.;. 97xima do modo es so&re a escrita de textos so&re temas de desen#ol#imento......11

    3.1. tema de desen#ol#imento) de?inio e caracteriao...................................11

    3.2. Partes do texto escrito e etapas da sua concepo..............................................12

    3.2.1. A introduo+ o desen#ol#imento e a concluso.............................................12

    3.2.2. A pro&lem7tica e o plano.................................................................................1;

    3.2.3. A ar,umentao e a transio entre ideias.......................................................1(

    3.3. Estilo) clarea+ preciso e le,i&ilidade...............................................................1(

    Tema ; A comunicao na internet..........................................................................10As re,ras de netiquette..........................................................................................10

    2@ emestre 2616 4 2611 P7,. 1de 29

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    Tema ( A comunicao na literatura........................................................................1

    (.1. 8neros liter7rios e ,neros discursi#os............................................................1

    8neros liter7rios..................................................................................................26

    (.2. s ,neros liter7rios como resultado da acti#idade de classi?icar textos..........26

    (.3. 9odos liter7rios+ ,neros liter7rios e su&,neros liter7rios...............................26

    (.;. Poesia e prosa.....................................................................................................21

    (.(. 8neros liter7rios e !oriontes de expectati#a...................................................23

    ndice remissi#o............................................................................................................2-

    2@ emestre 2616 4 2611 P7,. 2de 29

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    Tema 1 Conceitos e modelos comunicacionais

    A comunicao consiste na transmisso de conteBdos entre duas entidades.

    1.2.1. A Escola Processual

    a Escola Processual das Teorias da Comunicao a comunicao conce&ida de

    modo linear) A comunicao consiste no processo de transportar+ de ?aer c!e,ar esse o&Decto

    ao seu al#o a partir de um ponto de ori,em. Ao lon,o do percurso a mensa,em pode ser

    a?ectada por di#ersos ?actores+ pelo :ue a comunicao pode ?racassar ou no se dar de ?orma

    totalmente e?ica.

    1.2.1.1. Shannon e Weaver

    Transmisso intencional de in?ormao entre um emissor e um receptor ,raas a uma

    mensa,em :ue circula atra#s de um canal. A mensa,em codi?icada num sistema de sinais

    pre#iamente esta&elecido.

    Entre os elementos :ue inte,ram o acto de comunicar+ distin,ue4se a fonte do

    transmissor+ tal como+ o receptor do destinatrio.

    1.2.1.2. Jakobson

    Inspirou4se em !annon e "ea#er. A sua proposta inte,ra elementos D7 pre#istos na

    teoriao destes autores

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    Contacto

    Cdigo

    emissor

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    em persuadir o destinat7rio+ em pro#ocar4l!e um determinado e?eito+ em le#74lo a a,ir

    con?orme a:uilo :ue o destinador pretende como o discurso pu&licit7rio e o discurso pol*tico.

    empre :ue a lin,ua,em incide predominantemente no elemento contexto+ estamos

    em presena da funo referencial es ?actuais. As not*cias

    constituem um ,nero discursi#o em :ue predomina esta ?uno.

    e a lin,ua,em incidir pre?erencialmente na mensagem+ ento estamos em presena

    da funo po'tica. A mensa,em apro#eita ou c!ama a ateno ou remete para a ?ace material

    dos sinais+ isto + para a sonoridade das pala#ras ou para a sua representao ,r7?ica.

    A insistFncia ou apro#eitamento da ?ace material das pala#ras pode con?erir mais

    expressi#idade ao :ue se pretende transmitir.

    e a poesia ?a uso da materialidade da pala#ra+ tam&m noutros ,neros discursi#os

    esse uso recorrente.

    Guando a lin,ua,em incide principalmente no contacto+ estamos em presena da

    funo ftica. Esta&elece e mantem a&ertas as #ias de comunicao+ para con?irmar se o

    circuito de comunicao est7 a ?uncionar e?icamente.

    Por ?im+ sempre :ue a lin,ua,em incide predominantemente so&re o cdigo+ estamos

    em presena da funo metalingu(sticautiliada para se re?erir a si mesma+ en:uanto c'di,o

    de :ue nos ser#imos para comunicar.

    A e?ic7cia da comunicao depende no s' da presena dos seis elementos pre#istos

    no modelo+ mas tam&m da ausFncia de ru*do. Por ru(do entende4se como :ual:uer ?actor

    :ue inter?erira com a &oa comunicao. ru*do pode actuar a :ual:uer n*#el)

    a n*#el do emissorH a n*#el do receptorH

    a n*#el do contextoH a n*#el do c'di,o e da mensa,emH a n*#el do contacto.

    1.2.2. A Escola Semitica

    A Escola Processual das Teorias da Comunicao centra a ateno na transmisso de

    uma mensa,em desde a sua ori,em at ao seu destino+ a Escola emi'tica centra a ateno na

    construo do si,ni?icado a partir das rela>es entre os sinais+ :uem os emite+ :uem os rece&e

    e a:uilo para :ue os sinais remetem. a Escola Processual+ a mensa,em conce&ida comoum o&Decto aca&ado e a comunicao consiste em ,arantir :ue ela ?a o percurso entre :uem a

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    emite e :uem a rece&e. a Escola emi'tica+ a construo do si,ni?icado da mensa,em um

    processo mais complexo :ue en#ol#e um conDunto de rela>es entre os sinais+ os seus

    re?erentes e os indi#*duos en#ol#idos no acto comunicati#o.

    7+ portanto+ duas perspecti#as distintas inerentes) Juma :ue considera a lin,ua,em

    como mera in?ormao a ser interpretada como ?actos e a outra :ue acredita :ue a lin,ua,em

    se encontra imersa em contri&uto pessoalK. e,undo o ponto de #ista da Escola emi'tica+ os

    sinais no so meros #e*culos :ue transportam a in?ormao de um indi#*duo a outroH cada

    indi#*duo constr'i+ com &ase nos seus sa&eres e nas suas #i#Fncias+ os sentidos :ue l!e parece

    ser mais ade:uado in?erir ou associar ao conDunto de sinais :ue apreende.

    1.2.2.1. Ti!os de sinais" ind#cios$ s#mbolos e si%nos

    A emi'tica a disciplina :ue estuda os sinais e a sua utiliao.Lm sinal um su&stituto representati#o de al,o.

    o Mm&ito da emi'tica+ costume distin,uir trFs tipos de sinais.

    *inais naturais+ sem uma inteno comunicati#a su&Dacente. s sinais naturais

    constituem ind*cios

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    Si%no S#mboloS#mbolo +cone

    1.2.2.2. Peirce$ ,%den e -ichards$ Saussure

    PropNs uma classi?icao tripartida de sinais+ mas com duas di?erenas terminol',icas.

    s trFs tipos de sinais so os *ndices em

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    significadode uma dada pala#ra um conceito e o referente dessa pala#ra uma

    entidade da realidade extralin,u*stica.

    aussure ar,umentou :ue o si,ni?icado de uma pala#ra de#e ser conce&ido

    ne,ati#amente e no positi#amente+ ou seDa+ pelo :ue no + e no pelo :ue .

    Estruturalismo+ preconiada por este autor+ de?endia a ideia se,undo a :ual os

    di?erentes elementos de um dado sistema de#em ser estudados no de modo isolado ou por si

    mesmos+ mas e#idenciando as rela>es :ue mantFm uns com os outros. e,undo a perspecti#a

    estruturalista de an7lise+ cada elemento do sistema+ apenas #ale pela sua relao com todos os

    outros elementos desse mesmo sistema. Assim+ cada elemento do sistema de?ine4se no pelo

    :ue

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    menor for o esforo cogniti%o por ele exigido . A rele#Mncia + portanto+ uma propriedade

    psicol',ica :ue se caracteria pela sua naturea ,radu7#el.

    A Teoria da /ele#Mncia+ ao realar a importMncia das in?erFncias para a interpretao

    dos enunciados+ su&lin!a outro ponto decisi#o. a comunicao #er&al+ !7 ?re:uentemente

    umgap+ um espao no preenc!ido entre o :ue dito e o :ue intencionalmente comunicado

    pelo locutor

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    Tema 2 -e%ras de comunica&'o

    As mimas conversacionais de 3rice

    u&Dacente a :ual:uer di7lo,o ou con#ersa+ !7 um conDunto de procedimentos e de

    comportamentos :ue cada ?alante se,ue.

    Guando no se se,uem essas re,ras ou a comunicao no to e?ica+ podendo

    mesmo ?al!ar+ ou ento ?aem4se com uma dada inteno comunicati#a

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    Tema ,rienta&7es sobre a escrita de tetos

    sobre temas de desenvolvimentoConcepo+ or,aniao e redaco de textos extensos+ nomeadamente textos de

    naturea ar,umentati#a e expositi#a

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    texto argumentati%o consiste &asicamente na apresentao de um conDunto de

    premissas :ue apoiam e tornam ine#it7#el :ue se c!e,ue a uma determinada concluso. A

    es:uematiao se,uinte representa esse mo#imento de modo a&re#iado)

    logo

    Premissas Concluso

    u&Da ao texto ar,umentati#o uma inteno de con#encer ou persuadir o

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    .2. Partes do teto escrito e eta!as da sua conce!&'o

    .2.1. A introdu&'o$ o desenvolvimento e a conclus'o

    Lma composio de tipo ar,umentati#o ,eralmente composta por trFs partes

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    A recapitulao dos pontos mais rele#antes consiste em assinalar as ideias centrais+ de

    modo a indicar o percurso e?ectuado em termos de conteBdo. e#e ?icar claro :ue a resposta

    :uesto :ue ?oi lanada a mais ade:uada+ dado o mo#imento ar,umentati#o explicitado.

    A recontextualiao do tema inicial decorre de a re?lexo :ue se produiu permitir

    o&ser#74lo a,ora de um modo mais completo+ so& no#as perspecti#as+ de#idamente

    contextualiado e en:uadrado+ com os limites &em demarcados e os principais aspectos

    correctamente explicitados.

    JLma concluso ?eita para ?ec!ar o tra&al!o+ #alori74lo e remeter o pro&lema em

    causa para o seu de#ido lu,arK.

    Como a ?ase da concluso retoma e remata os pontos ?ocados na introduo)

    .2.2. A !roblemtica e o !lano

    Sormular a pro$lemtica de uma composio uma etapa decisi#a na sua concepo

    :ue consiste em destacar os aspectos mais importantes a tratar ao lon,o do texto e em

    relacion74los entre si.

    A de?inio de ?ronteiras+ dentro da introduo+ entre a pro&lem7tica e o plano al,o

    complexo+ por:ue essas ?ronteiras so+ ?re:uentemente+ di?usas.

    plano uma etapa da concepo de uma composio so&re um tema de

    desen#ol#imento. Consiste na apresentao de um percurso :ue o autor do texto se prop>e

    se,uir+ percurso esse :ue marcado por determinadas ideias relacionadas entre si :ue

    desem&ocam numa dada concluso.

    e,undo o ponto de #ista :ue se adopta+ um plano ser#e dois prop'sitos+ consoantenos situemos ao n*#el da sua produo ou da sua leitura. s dois prop'sitos so os se,uintes)

    ,uiar o autor na redaco do seu textoH apresentar ao leitor+ lo,o no in*cio do texto+ a ordenao das principais ideias e

    ar,umentos+ de modo a :ue ele ,ere de imediato um conDunto de expectati#as e l!e

    seDa ?acilitada a leitura e compreenso dos conteBdos :ue #o ser propostos.

    Este se,undo ponto um aspecto central) de#emos ter em considerao o

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    Por um lado+ a ela&orao de um plano depende dos aspectos listados e relacionados

    :uando se est7 a ?ormular a pro&lem7tica. ' :uando todos os aspectos esti#erem de?inidos+

    eles podem ser ordenados de modo a :ue no texto se construa um percurso.

    Por outro lado+ na ?ormulao da pro&lem7tica D7 se de#e ter em ateno a ela&orao

    do plano+ por:uanto o relacionamento entre as ideias a tratar de#e o&edecer a uma ordenao

    :ue indi:ue um percurso coerente e consistente.

    A pro&lem7tica consiste em explicitar os aspectos do tema so&re os :uais se #ai

    re?lectir e em relacion74los entre si+ e o plano consiste na indicao do percurso a se,uir.

    .2.. A ar%umenta&'o e a transi&'o entre ideias

    A argumentao consiste na seleco e na li,ao entre as ideias+ se,undo um

    mo#imento do tipoA logo B+ eB logo C. Lma concluso intermdia pode ser#ir de ar,umentopara uma concluso ?inal.

    Lma ar,umentao consistente es+ as passa,ens de uma parte do texto a outra+ ou entre

    duas ideias :ue se inserem na mesma parte do texto.

    Para esta&elecer rela>es entre as di?erentes ideias expostas ou entre as di?erentes

    partes do texto+ utiliam4se os conectores)

    de adio

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    .. Estilo" clare/a$ !recis'o e le%ibilidade

    e#e4se ter em considerao o pB&lico4al#o+ nomeadamente o tipo de relao

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    Tema 6 A comunica&'o na internet

    A netiquette de?ine4se+ &asicamente+ como a eti:ueta na netU+ ou seDa+ oesta&elecimento de rela>es correctas e polidas entre os suDeitos :ue comunicam atra#s da

    internet. este modo+ a netiquette contempla uma srie de normas de conduta lin,u*stica e

    comunicati#a o :ue permite :ue os indi#*duos interaDam com e?iciFncia+ impedindo potenciais

    con?litos e mal entendidos.

    e uma maneira ,eral o destinat7rio s' tem a mensa,em escrita para interpretar o :ue

    o suDeito ?alante pretende comunicar. a comunicao presencial+ as express>es ?aciais+ o tom

    e o #olume de #o+ os ,estos e as posturas corporais ser#em para precisar+ re?orar ou ne,ar osentido literal da mensa,em #er&al1. a maior parte dos casos+ estes elementos

    paralin,u*sticos esto ausentes na comunicao pela internet. Por isso+ estas re,ras de conduta

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    /"0 regra: 5aiba perdoar os erros dos outros

    Tema 9 A comunica&'o na literatura

    a&er em :ue ,nero se situa um texto liter7rio constitui uma pista ?undamentalpara se escol!er e para compreender o texto liter7rio :ue se #ai ler.

    A identi?icao de um texto como pertencente a um determinado ,nero liter7rio

    cria no leitor um conDunto de expectati#as+ por exemplo+ acerca dos se,uintes pontos)

    4 o :ue se #ai lerH

    4 como se #ai lerH

    4 :uando e onde se #ai ler H

    4 por:ue se #ai lerH

    o se lF um romance2da mesma maneira :ue se lF um soneto. Guer a extenso

    destes dois+ :uer o seu conteBdo tem7tico pr4determinam as expectati#as do leitor e o

    modo como ele #ai ler esses textos de di?erentes ,neros liter7rios.

    9.1. 3:neros literrios e %:neros discursivos

    s ,neros liter7rios inte,ram4se no dom*nio mais #asto dos ,neros discursi#os.

    R con#eniente esta&elecer uma distino entre tipos de discurso e g'neros

    discursi%os. R indiscut*#el a existFncia de tipos de discurso como o discurso reli,ioso+ odiscurso Dornal*stico+ o discurso liter7rio+ o discurso pol*tico+ etc. Estes tipos de discurso

    decorrem da existFncia de institui>es :ue so produtoras de textos.

    Cada uma destas institui>es produ textos #ariados+ :ue desempen!am di?erentes

    ?un>es+ :ue se relacionam com as di?erentes situa>es em :ue so produidos+ e :ue se

    ade:uam s di?erentes necessidades a :ue procuram dar resposta.

    Cada um dos textos :ue actualia os ,neros discursi#os re?eridos desempen!a uma

    dada ?uno+ e as suas caracter*sticas es utiliadas para nomear

    ,neros liter7rios es sero utiliadas exclusi#amente paranomear o ,nero liter7rio :ue re?erem.

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    TIPOS DE DISCURSO GNEROS DISCURSIVOSDiscurso religioso Wula

    Enc*clicaraoPar7&ola

    Discurso jornalstico Editorialot*cia/eporta,emEntre#ista

    Discurso jurdico espac!oecreto4leiEstatutoC'di,o

    Discurso literrio /omanceContoonetoComdia

    Discurso acad!ico AulaTeseissertaorao de sapiFncia

    Cada ti!o de discursocon,re,a todos os textos produidos no Mm&ito de uma

    instituio :ue se dedica a um determinado dom*nio de acti#idade+ caracteriado+ entre outras

    coisas+ pela produo de textos.

    A ideia a reter :ue cada dom*nio de acti#idade possui um report'rio de ,nerosdiscursi#os suscept*#el de ser ampliado e di#ersi?icado medida :ue esse dom*nio se torna

    mais complexo.

    s %:neros do discursoso modelos+ tipos de construo textual com pendor

    normati#o. Trata4se de classes de textos+ relati#amente est7#eis e de?inidas por um conDunto

    de propriedades de naturea muito !etero,nea+ tais como)

    4 o conteBdo tem7tico do textoH

    4 a sua estrutura e a sua or,aniao internasH

    4 o o&Decti#o :ue se pretende atin,irH

    4 aspectos ?ormais do textoH

    4 o seu destinat7rioH

    Como cada ,nero discursi#o de?inido a partir de um ou mais critrios+ os ,neros

    so classes de textos :ue ,eram um conDunto de di?erentes expectati#as.

    o ponto de #ista da recepo dos textos+ o recon!ecimento preliminar do ,nero a

    :ue pertence auxilia a sua compreenso+ na medida em :ue permite e?ectuar pre#is>es acerca

    da sua extenso+ da sua estrutura e or,aniao interna+ dos temas+ das suas ?inalidades+ etc.

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    s conceitos de editorial+ de decreto4lei+ de conto+ con?i,uram a&strac>es constru*das

    a partir das propriedades mani?estadas por textos concretos+ sin,ulares+ Bnicos. Guer o

    conceito de tipo de discurso+ :uer o de ,nero discursi#o constituem a&strac>esH na

    tripartio tipos de discurso g'neros discursi%os textos+ os Bnicos o&Dectos emp*ricos+

    concretos+ o&ser#7#eis so os pr'prios textos.

    3:neros literrios so ,neros discursi#os :ue se inscre#em no Mm&ito do tipo

    de discurso liter7rio.

    9.2. ,s %:neros literrios como resultado da actividade

    de classi8car tetos

    s ,neros liter7rios decorrem de uma tentati#a de classi?icar os textos+ de os

    catalo,ar+ de con?erir uma certa ordem.este modo+ :uando diemos :ue um texto pertence a um dado ,nero liter7rio+

    es:uecemos certas propriedades desse texto e centramos a nossa ateno em outras :ue nos

    permitem classi?ic74lo como sendo um soneto+ um romance ou uma comdia.

    u&Dacente a cada ,nero liter7rio !7 critrios de naturea muito di?erente) o :ue

    de?ine um soneto+ por exemplo+ a sua ?orma &re#e e #ersi?icadaH mas o :ue de?ine o

    romance so cate,orias :ue diem respeito no tanto sua ?orma exterior mas sua

    estrutura interna

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    Assim um soneto camoniano um texto l(ricoHAmor de perdio+ de Camilo Castelo

    Wranco+ um texto narrati%oH Frei us de !ousa+ de Almeida 8arrett+ um texto

    dramtico.

    Cada um dos trFs modos liter7rios inte,ra um conDunto di#ersi?icado de ,neros

    liter7rios. Estes ,neros+ por sua #e+ podem ser especi?icados e dar ori,em a su$g'neros.

    romance comporta+ entre outros+ su&,neros o romance 4istrico+ o romance naturalista+ o

    romance policiale o romance de fico cient(fica.

    s modos literrios tFm um car7cter intemporal+ ou seDa+ constituem cate,orias

    a&stractas trans4!ist'ricas. o+ em princ*pio+ #7lidos para classi?icar :ual:uer texto liter7rio

    produido em :ual:uer tempo e em :ual:uer espao sociocultural3.

    s g'neros literrios so dependentes de condicionalismos s'cio4!ist'ricos+

    e#oluindo ao lon,o dos tempos+ sendo+ portanto+ inst7#eis e transit'rios.

    s ,neros nascem+ e#oluem+ trans?ormam4se noutros ,neros ou desaparecem+

    deixando de ser culti#ados) Jo sculo XIX ?oi um tempo cultural es su&Dacentes ao sur,imento de textos em

    #erso. R pertinente a ?inalidade com :ue esses textos eram produidos.

    Am&os os casos+ iniciam4se com um espao relati#amente mar,em es:uerda+

    marcando o in*cio de par7,ra?o+ no caso da prosa+ e o in*cio do #erso+ no texto potico.

    3 19REIS (1995: 243) alerta, todavia, para a dificuldade de integrar alguns gneros literrios

    (como a epstola, o dilogo e o ensaio) nesta tripartio de modos literrios.

    ;REIS (1995: 263). Cf. tambm REIS e LOPES (1987: 349): Remotamente relacionado com

    a epopeia, o romance apareceu nas sociedades modernas de certo modo preenchendo funes

    correspondentes s que anteriormente cabiam queloutro gnero; da que Hegel se lhe tenha referido

    como moderna epopeia burguesa, [] [porquanto o advento do romance ocorreu] numa sociedade

    dominada pelos valores da sociedade burguesa florescente desde o sculo XVIII.

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    a prosa+ o autor preenc!e cada lin!a at ao limite da mar,em direita e+ :uando passa

    para a lin!a se,uinte+ inicia4a o mais es:uerda poss*#elH sempre :ue se inau,ura um no#o

    par7,ra?o+ a sua primeira pala#ra ?ica alin!ada com a primeira pala#ra do par7,ra?o anterior.

    a poesia+ o #erso no ocupa a totalidade a lin!a de uma p7,ina+ isto + antes da

    manc!a ,r7?ica atin,ir o limite da mar,em direita da p7,ina+ continua4se a escre#er o texto na

    lin!a imediatamente a&aixoH ao passar para a lin!a se,uinte+ alin!a4se o in*cio do se,undo

    #erso com o in*cio do primeiro+ e assim sucessi#amente.

    Por #ees os #ersos so mais lon,os do :ue o :ue comporta o espao ?*sico da lin!a.

    estes casos+ o #erso prolon,a4se por duas ou mais lin!as+ e o in*cio da se,unda lin!a

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    a poesia e na prosa+ poss*#el proceder #aloriao da ?ace material da pala#ra es de ordem

    esttica. apro#eitamento da materialidade das pala#ras consiste na utiliao da sua

    sonoridade e das suas propriedades ,r7?icas para #eicular ou re?orar determinados sentidos+ e

    por ra>es de ordem esttica.

    Essa uma caracter*stica :ue mais ?re:uentemente associamos poesia. o e:ui#ale

    isto a dier :ue a prosa se al!eia desse apro#eitamento. A poesia+ pela sua conteno ?ormal

    re#ela4se mais ade:uada para tirar partido da ?ace material das pala#ras e das suas

    com&inat'rias.

    A poesia tam&m de?inida com &ase num critrio :ue rele#a da utiliao de

    processos :ue e#idenciam o si,ni?icante das pala#ras+ como a rima. A rima+ a m'trica e o

    ritmo es a n*#el psicol',ico ao lon,o da aco. Tam&m os mBltiplos espaos

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    romance um texto mais extenso do :ue a no#ela e o conto+ e apresenta4se di#idido

    em cap*tulos. Por ?im+ do ponto de #ista dos processos estil*stico4discursi#os utiliados pelo

    narrador+ neste ,nero+ o&ser#a4se a alternMncia entre narrao+ descrio e di7lo,o

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    endo am&os ,neros narrati#os+ em :ue di?erem o romance e a no#elaZ A no%ela

    um texto narrati#o menos extenso do :ue o romance. Toda#ia+ mais do :ue da &re#idade+

    Dusti?ica4se ?alar da conciso+ da concentrao e da economia de meios da no#ela. Associa4se

    a menor extenso do texto s componentes internas da !ist'ria) por:ue um texto menos

    lon,o do :ue o romance tam&m menos complexo em termos de nBmero de persona,ens e

    da sua caracteriao+ de e#entos narrados+ de complexidade da intri,a narrati#a.

    o entanto+ certos casos parecem demonstrar :ue o conceito de tempo+ no romance e

    na no#ela+ de#e ser entendido no tanto como per*odo cronol',ico+ mas mais como ritmo de

    desen#ol#imento da intri,a) tempo lento no romance+ e tempo r7pido na no#ela.

    o romance as persona,ens so numerosas e re#elam e#oluo psicol',ica entre o

    in*cio e o ?inal da intri,a+ na no#ela elas so em menor nBmero e mani?estarem constMncia

    psicol',icaH outra distino consiste no se,uinte) en:uanto no romance !7 mBltiplos e

    #ariados espaos+ na no#ela eles so em nBmero mais reduido.

    o ?7cil esta&elecer uma ?ronteira ri,orosamente de?inida+ &em delimitada entre os

    ,neros narrati#os romance e no#ela+ assim como entre no#ela e conto.

    Lm 4ino um texto potico de tema reli,ioso+ militar ou !ist'rico :ue tem como

    o&Decti#o lou#ar uma entidade+ tradicionalmente uma di#indade ou um !er'i. R uma

    composio potica :ue se de?ine ?undamentalmente pelo tema+ pelo tom laudat'rio e pelo

    estilo ele#ado. 9uitas #ees+ estas composi>es so acompan!adas por mBsica.

    endo uma ?orma potica no ?ixa+ a extenso e a or,aniao em estro?es #ariam.

    Tam&m no so determinados outros elementos do poema+ como o nBmero de estro?es e o

    nBmero de #ersos em cada estro?e+ e ainda o es:uema rim7tico e a mtrica dos #ersos.

    Lm !ino pode suscitar as se,uintes expectati#as em :uem se prepara para o ler)

    [ trata4se de um texto :ue+ em princ*pio+ lido numa sesso de leituraH[ nele+ elo,iada e exaltada uma persona,em real ou ?ict*cia+ indi#idual ou colecti#aH

    [ o tema tem car7cter reli,ioso+ nacionalista+ militar ou persona,em :ue merece serele#ada a !er'iH

    t*tulo da composio ,era i,ualmente expectati#as+ as :uais se associam a estas :ue

    decorrem unicamente do ,nero liter7rio e das suas propriedades de?init'rias.

    Com estes dois exemplos o do romance e o do !ino as caracter*sticas :ue+ em

    conDunto+ ser#em para de?inir cada ,nero liter7rio so ,eradoras de expectati#as em :uem #ai

    ler um texto :ue se inte,ra num dado ,nero. E elas &aliam no s' as possi&ilidades de

    leitura de :uem lF+ mas tam&m a 7rea de aco

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    TEC II Tcnicas de Expresso e Comunicao II

    +ndice remissivo

    acto comunicativo..................................3

    alitera&'o...........................................23

    anfora...............................................23

    ar%umenta&'o...................................15

    argumentao e a transio entre ideias

    .........................................................15

    argumentativo......................................12

    axiomas.................................................8

    A comunicao entre os seres

    humanos simultaneamente digital

    e analgica.....................................8

    A comunicao entre seres humanos

    simtrica ou complementar............8

    A natureza da relao entre os

    indivduos !ue comunicam.............8

    " impossvel no comunicar...............8#odos os actos comunicativos

    evidenciam dois aspectos$ o

    conte%do e a relao......................8

    canal.....................................................&

    catalogar..............................................2'

    clareza.................................................15

    cdi%o...................................................&

    comdia...............................................2'

    comunicao

    literatura..........................................18

    (rincpio da )ooperao...................1'

    *egras..............................................1'

    ver+al...........................................8, 1'

    )omunicao

    no-ver+al...................................., 1/

    concluso.......................................12, 13conectores...........................................12

    conto....................................................23

    conveno............................................../

    descrio..............................................23

    desenvolvimento............................12, 13

    destinatrio.........................................3

    di0logo.................................................23

    discurso

    ornalstico........................................18

    liter0rio.............................................18

    poltico..............................................18

    religioso............................................18

    tipo...................................................1

    tipos.................................................18

    drama.............................................2', 22

    epopeia................................................21scola (rocessual...............................3,

    scola (rocessual das #eorias da

    )omunicao......................................5

    scola emitica....................................5

    esttica................................................22

    stilo....................................................15

    estrutura interna..................................2'

    Estruturalismo.....................................8

    expectativa..........................................23

    expectativas

    hino..................................................25

    4orma exterior......................................2'

    fun&'o

    apelativa............................................&

    conativa.............................................&

    denotativa..........................................5emotiva..............................................&

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    expressiva..........................................&

    40tica..................................................5

    in4ormativa.........................................5

    metalingustica...................................5

    potica...............................................5re4erencial..........................................5

    gnero............................................18, 23

    liter0rio.............................................18

    gnero liter0rio.....................................2'

    gneros

    discursivos........................................18

    gneros discursivos..............................18

    gneros do discurso.............................1

    gneros liter0rios...........................2', 21

    neros liter0rios...........................18, 23

    gneros narrativos...............................2&

    heri.....................................................25

    hino.....................................................25

    ideiasinterligados......................................13

    in4er6ncias..........................................8,

    introduo......................................12, 13

    7ao+son.............................................3,

    legi+ilidade.....................................15, 19

    linguagem ver+al...................................&

    lnguas naturais....................................../

    lrica...............................................2', 22

    m0xima

    maneira............................................1'

    :0xima

    modo................................................1'

    !ualidade.........................................1'

    !uantidade.......................................1'relao.............................................1'

    m0ximas

    conversacionais................................1'

    mensa%em...........................................&

    mtrica...........................................22, 25

    modelos comunicacionais..................3modos literrios................................21

    :odos liter0rios....................................2'

    m%sica.................................................25

    narrao...............................................23

    momentos........................................2&

    narrativa........................................2', 22

    novela............................................23, 2&

    !lano.............................................1&, 15

    !oesia...........................................21, 23

    (oesia...................................................21

    preciso.........................................15, 19

    !roblemtica...............................1&, 15

    pro+lem0tica e o plano.........................1&

    prosa..............................................21, 22

    re4erente............................................9, /

    regras

    neti!uette.........................................1/

    *egras de comunicao.......................1'

    rima......................................................22

    ritmo....................................................22

    romance.......................................21, 23

    expectativas.....................................2&

    ;co cient;ca................................21

    histrico...........................................21

    naturalista........................................21

    policial..............................................21

    propriedades....................................2&

    ttulo.................................................2&

    ru#do.....................................................5

    aussure................................................/emitica...............................................9

    2@ emestre 2616 4 2611 P7,. 2,de 29

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    hannon.................................................

    hannon e

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