0:07 quantas pessoas tem do lado esquerdo...

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https://www.youtube.com/watch?v=GOSkBQ3GeNg&feature=youtu.be 1/8 vetsaber.com.br 0:07 Quantas pessoas tem do lado esquerdo 0:08 daquela figura? 0:11 Três, rápido! 0:12 Rapidamente, a gente bate o olho e consegue ver. Quantos tem do lado direito? 0:18 quatro 0:19 se eu conseguir dizer... quantos tem, adultos e crianças do lado direito? 0:23 rapidamente também a gente começa a dizer: três adultos e uma criança... parece 0:27 O problema… quantas pessoas tem do lado esquerdo agora? 0:34 o que a gente está fazendo? (contando) isso! 0:37 Toda vez que a gente precisa contar 0:40 ou toda vez que a gente precisa, pra perceber um 0:42 fenômeno, ter que riscar ... 0:45 isso é uma incompetência humana e é por isso que 0:50 computação é bom... nesses casos 0:53 nos casos anteriores, computação atrapalha 0:57 fica mais lento. Quem aqui já tentou comprar 1:00 uma bala em uma farmácia ou em uma padaria? uma balinha 1:04 ai voce tem que entrar na fila, a mulher tem que passar 1:05 o código de barras da bala... aí quando 1:06 ela não tá... entende a... então esse é um problema 1:10 quando computação atrapalha 1:13 ela só boa quando tem muita junto 1:15 e a gente não consegue, por incompetência humana 1:23 por isso que você encontra na história 1:25 um bando de riscos e aquele osso ali 1:27 eu tive o prazer de vê-lo 1:31 o osso de Ishango, 38 mil anos antes de Cristo. Ou seja 1:34 ele tem uns 40 mil anos. E a gente já 1:37 marcava e já riscava porque a gente 1:39 não tinha a capacidade de contar 1:42 até hoje... a gente não consegue contar 1:46 quantas pessoas... aqui na sala... eu não 1:50 consigo olhar e dizer quantas pessoas tem 1:51 na sala... eu tenho que olhar as fileiras 1:53 fazer uma conta, pra poder estimar 1:55 então esse é o nosso... nossa 1:56 deficiência. Por que eu estou falando isso? 2:00 lembrem-se. Eu estou argumentando para os 5 slides finais, certo? 2:05 Como é que a gente observa o mundo? 2:07 ele vai ter problema que só comigo... 2:10 Como é que a gente observa o mundo? tem três formas de observar o mundo 2:14 dita por Aristoteles aí, uns 300 antes de Cristo 2:19 a primeira forma é a memória... é baseada 2:22 na memória. A gente guarda o que aconteceu com a gente 2:25 é a experiência do professor ali quando ele olha 2:27 o cachorro que ta... ele foi lá na 2:30 memória, dele... resgatou o cenário e fez... olha, não é só... 2:36 eu não entendo nada, professor de... como é? displasia coxofemural 2:39 até aprendi hoje! displasia coxofemural 2:43 não é só isso. Apesar de 73%...esqueci a cifra, mas... 2:48 parecer ser ... por que? porque ele resgata da 2:51 história isso. Esse é o mecanismo da gente de entender o mundo. A gente olha a 2:57 memória nossa, olha para um 3:00 cenário hoje, e resgata isso, e raciocina em cima 3:06 qual é a outra pilastre de fazer isso? é com a Ciência 3:13 é eu tomar nota de fatores ou de 3:17 elementos, pra isso eu pego o cenário

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https://www.youtube.com/watch?v=GOSkBQ3GeNg&feature=youtu.be 1/8

vetsaber.com.br

0:07 Quantas pessoas tem do lado esquerdo0:08 daquela figura?0:11 Três, rápido!0:12 Rapidamente, a gente bate o olho e consegue ver. Quantos tem do lado direito?0:18 quatro0:19 se eu conseguir dizer... quantos tem, adultos e crianças do lado direito?0:23 rapidamente também a gente começa a dizer: três adultos e uma criança... parece0:27 O problema… quantas pessoas tem do lado esquerdo agora?0:34 o que a gente está fazendo? (contando) isso!0:37 Toda vez que a gente precisa contar0:40 ou toda vez que a gente precisa, pra perceber um0:42 fenômeno, ter que riscar...0:45 isso é uma incompetência humana e é por isso que0:50 computação é bom... nesses casos0:53 nos casos anteriores, computação atrapalha0:57 fica mais lento. Quem aqui já tentou comprar1:00 uma bala em uma farmácia ou em uma padaria? uma balinha1:04 ai voce tem que entrar na fila, a mulher tem que passar1:05 o código de barras da bala... aí quando1:06 ela não tá... entende a... então esse é um problema1:10 quando computação atrapalha1:13 ela só boa quando tem muita junto1:15 e a gente não consegue, por incompetência humana1:23 por isso que você encontra na história1:25 um bando de riscos e aquele osso ali1:27 eu tive o prazer de vê-lo1:31 o osso de Ishango, 38 mil anos antes de Cristo. Ou seja1:34 ele tem uns 40 mil anos. E a gente já1:37 marcava e já riscava porque a gente1:39 não tinha a capacidade de contar1:42 até hoje... a gente não consegue contar1:46 quantas pessoas... aqui na sala... eu não1:50 consigo olhar e dizer quantas pessoas tem1:51 na sala... eu tenho que olhar as fileiras1:53 fazer uma conta, pra poder estimar1:55 então esse é o nosso... nossa1:56 deficiência. Por que eu estou falando isso?2:00 lembrem-se. Eu estou argumentando para os 5 slides finais, certo?2:05 Como é que a gente observa o mundo?2:07 ele vai ter problema que só comigo...2:10 Como é que a gente observa o mundo? tem três formas de observar o mundo2:14 dita por Aristoteles aí, uns 300 antes de Cristo2:19 a primeira forma é a memória... é baseada2:22 na memória. A gente guarda o que aconteceu com a gente2:25 é a experiência do professor ali quando ele olha2:27 o cachorro que ta... ele foi lá na2:30 memória, dele... resgatou o cenário e fez... olha, não é só...2:36 eu não entendo nada, professor de... como é? displasia coxofemural2:39 até aprendi hoje! displasia coxofemural2:43 não é só isso. Apesar de 73%...esqueci a cifra, mas...2:48 parecer ser... por que? porque ele resgata da2:51 história isso. Esse é o mecanismo da gente de entender o mundo. A gente olha a2:57 memória nossa, olha para um3:00 cenário hoje, e resgata isso, e raciocina em cima3:06 qual é a outra pilastre de fazer isso? é com a Ciência3:13 é eu tomar nota de fatores ou de3:17 elementos, pra isso eu pego o cenário

https://www.youtube.com/watch?v=GOSkBQ3GeNg&feature=youtu.be 2/8

3:20 real hoje3:21 rebato naquele mecanismo científico e digo:3:24 então é! por isso que os cientistas3:29 são importantes. Porque eles saem3:30 criando mecanismos para que você não3:33 precise ser memória. Senão todo médico3:35 veterinário, com 2 anos, era incapaz de3:37 fazer um diagnóstico. Porque não tem3:41 memória!3:43 Onde está a memória dele? deveria estar nos3:46 artigos científicos, nas revistas, nos livros3:49 até que ele adquire memória. Então é esse .. e aí está o pilar3:55 da razão. O outro pilar é da imaginação3:57 e nesses pilares, quando a gente divide a4:01 Ciência entre eles, na memória você encontra a História4:05 você encontra as Ciências Sociais, as Ciências Humanas. Alí tá o conhecimento histórico

acumulado4:11 Na razão estão as Ciências Exatas4:14 as Ciências Biológicas, as Ciências da Saúde4:19 alí está a razão, pelo menos... na nossa concepção de raciocínio4:23 na imaginação estão a Religião, a Arte, a música. Porque é lá que a gente tenta explicar o

Universo4:31 observe que muitas das músicas, a4:35 gosta dela e a gente não sabe porquê4:39 não está na Ciência isso. Está lá na imaginação4:45 dividir isso é um constante4:48 desafio dos cientistas. De novo vocês vão4:51 ver aonde vou chegar. Um problema, de 1800 e...4:59 1730, dado por um conde... Buffon. Qual era o problema?5:04 o problema era o seguinte: se eu pego um espaço no qual tem5:10 retas paralelas distantes, equidistantes entre si e eu solto5:15 uma varinha, uma vareta, nesse espaço riscado5:21 às vezes a vareta vai cair riscando uma das linhas verticais5:31 e as vezes ela cai entre as linhas e não toca as linhas verticais5:35 então se eu jogar uma vareta, por exemplo, eu pego esse chão aqui5:36 e pego um cabo de vassoura do tamanho da distância entre essas varas, e solto ele aqui5:43 ou ele pode cair tocando nas linhas, ou ele pode cair não tocando nas linhas5:48 Isso inclusive é uma brincadeira de criança5:51 de criança quando eu brincava, de pega varetas5:53 então a pergunta que Buffon se fazia5:57 em 1700 é: esse problema, eu respondo ele com a Ciência,6:02 com o Social ou com Imaginação?6:06 o problema que ele queria responder era6:10 é possível de antemão dizer quantas6:13 vezes as varetas vão riscar o chão?6:18 e quantas não vão riscar, ou seja, quantas vão cair entre as linhas?6:26 é possível dizer de antemão6:28 quais são as vermelhas?6:34 isso é exato?6:36 ou seja, eu solto a vareta, ela cai6:40 e ora ela vai cortar ou não6:43 observem que se a gente só se apropriar6:45 do nosso conhecimento de memória, a6:50 gente vai tender a dizer que... pode ser que a vareta6:53 sempre caia entre as linhas e nenhuma6:55 delas corte o risco, concordam?7:00 Pode ser que todas as varetas que eu solte7:02 eu não tenho nenhuma vareta aqui pra soltar. Estou quase soltando esse controle...

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7:07 é... Não! Pode ser que eu solte e todas elas cortem o risco7:15 O que Buffon... o que incomodou Buffon é que pra ele isso era um problema da Ciência7:19 Exata!7:22 não era da probabilística7:25 não era da memória. E aí ele começou7:30 a buscar isso no tempo dele, e aqui tem um7:33 vídeo legal. Quando as pessoas não7:35 acreditam nesse experimento, elas tendem7:38 a executá lo.7:47 eu vou só rodar um pedacinho aqui8:01 O que é que ele vai fazer? Ele vai pegar um chão que é todo riscado, vai soltar a varetinha

várias8:05 vezes e anotar isso. Quantas cruzaram e quantas não cruzaram8:14 A primeira vez que ele solta já cai alí, já não serve pra nada8:21 ele fez outra. Ta vendo o tamanho do risco, tá vendo?8:27 ele vai começar a soltar de novo8:31 cruzou a linha. Tá vendo que ele está soltando8:33 aleatoriamente?8:37 não cruzou8:40 Tentem fazer esse experimento em casa!8:44 Sabem o que é o incrível desse experimento?8:47 Que independente de quem joga a vareta,8:52 independente do tamanho da vareta e dos riscos,8:55 o número de vezes que a vareta cruza os8:58 riscos é fixo.9:06 Sempre!9:08 Independente de quem joga!9:16 Esse é um mistério.9:21 A assistente dele é a namorada dele, coitada. E você vai ver que ele fica9:23 que ele fica ai rodando. Eu não vou tocar porque tenho pouco tempo. Mas eu vou tentar

acelerar.9:29 ele está contando alí, olha!9:33 Você vai ver a careta que ele faz porque ele não acreditava9:35 em Buffon9:43 Vai ver ele agora. Prestem atenção.9:49 ele não acredita que o número...9:53 (deixa eu ver se ele passa aqui) é fixo! E é uma razão de Pi, sempre!10:02 Imagine Buffon em 1730 ter descoberto isso.10:06 Então muitos dos problemas que a gente olha na natureza podem ter uma10:13 resposta fixa!10:17 E agora eu vou contar uma história minha, em busca disso aí.10:20 Isso aqui é minha10:21 implementação em computação fazendo uma10:23 simulação sobre isso. E olha quem10:24 aparece aqui embaixo, oh. Não sei quem sabe de có... é...10:29 E... mas ele começa a aparecer10:33 e eu posso mudar a distribuição de probabilidade que eu estou jogando10:35 as varetas e sempre dá o mesmo Pi10:37 então esse é um problema...10:38 Pensando nisso, a gente vai pra minha palestra de epidemiologia10:46 O que é epidemiologia?10:51 Alí está formalmente falando:10:54 É tentar observar... vou aqui tentar traduzir10:57 tentar observar na população de indivíduos11:04 fenômenos de pico de doenças, surtos ou...11:10 numa tentativa de estudá-lo11:16 pra isso a gente usa o que a gente tem hoje11:18 Estatística, Biologia, Patologias

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11:21 Químicas, Psicologia... até psicologia11:26 e o controle de problemas de saúde11:29 em geral a Economia, a Política11:30 administrativa, etc. Então é um problema multidimensional e etc.11:35 Vamos agora olhar um problema epidemiológico11:38 O que é este mundo aí?11:39 Isso é o nosso mundo visto de em cima bem longe11:43 E toda vez que eu estou nesse mundo, parece que eu estou lá no problema de Buffon11:46 O mundo parece ser caótico11:49 Parece que eu não consigo explicá-lo11:51 Por que? Porque cada pessoa tem um comportamento, cada pessoa11:54 pega uma doença, cada pessoa tem um sistema11:55 imunológico diferente e assim vai...11:58 algumas repetem padrões, outras não12:01 quando a gente da zoom no mundo12:05 com zooms cada vez mais próximos dos indivíduos12:08 a gente perde a precisão12:09 por isso os sistema de diagnóstico hoje12:12 que eu trabalho no laboratório de imunopatologia12:13 Eu sou um pesquisador lá12:14 com Biologia Molecular, gente está indo pra o gene, pra uma enzima12:21 pra a proteína. Porque a gente está tentando olhar o indivíduo em um12:25 grão menor12:26 pra tentar explicar ele12:30 Só que quando eu dou um zoom, eu fico fora de foco. Aí o que foi que eu percebi?12:35 Se der um zoom muito grande a gente chega em um ambiente assim, oh.12:38 Isso pode ser uma população de indivíduos12:43 Discretos12:44 pintados coloridamente12:47 O que é que eu observei também com o tempo?12:49 Esse tipo de problema lá na Física e na12:52 Computação é tratada como12:55 Sistemas Complexos. Complexo porque as12:59 regras dos indivíduos não formam as regras do todo.13:03 Esse é um tema complexo13:04 Não da pra inferir o todo pelos indivíduos13:08 E aí tem uma Matemática13:10 eu não vou entrar aqui na Matemática13:11 o ambiente aqui não é propício pra entrar na Matemática13:15 mas na essência, eu consigo explicar fenômenos Matematicamente13:22 Eu consigo ler um13:24 cenário desse, e expressar em uma equação!13:34 estou eu andando, certo?13:37 Às vezes as equações geram padrões13:43 padrões13:45 inexplicáveis... como Pi, como letras13:51 Isso aqui por exemplo é a computação de uma13:54 população de indivíduos com sarampo14:01 no Universo gera letras14:05 O que me sugere... eu sou da computação, certo?14:09 então eu tenho um viés...14:11 O que me sugere que parece que os indivíduos têm um código14:16 igual Buffon achou Pi nas sortidas, nas... lançadas de letra...14:23 Esse é o mundo olhado nessa ótica14:27 Não só eu que penso assim não14:29 tem um povo que estuda esse14:32 fenômeno em várias áreas14:34 E aí, esse tipo de busca entre

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14:39 a tentativa da explicação da Ciência14:41 Humana ou a Ciência da Vida ou a Ciência Social14:45 pelas Ciências Formais... isso não é uma busca só minha. É uma busca de um14:49 monte de gente, no cotidiano. Mas... voltando pra o espectro da epidemiologia14:56 John Snow, que é considerado o pai da14:58 Epidemiologia Moderna14:59 pensou nisso, em Cholera, lá em Londres. E foi assim que ele descobriu que15:04 beber água num ponto15:08 da cidade é que fazia as pessoas ficarem15:09 doentes. E não como acreditavam ser a15:12 respiração do ar onde estavam.15:14 Ou seja, ele foi olhar o todo, e tentar inferir uma equação que fizesse as pessoas ficarem

doentes.15:20 Esse é o nosso pai da Epidemiologia.15:22 Eu, não acreditando nisso, montei meu próprio experimento, em 2006.15:27 Me juntei com o pessoal do Aggeu Magalhães, que é a Fiocruz aqui de Pernambuco,15:32 e a gente foi pra campo, olhar o problema. O problema era Esquistossomose.15:38 tem uma foto alí, eu estou por alí15:40 a gente foi pra campo, e eu olhei... e pegando o mundo real15:45 e traduzindo no mundo15:47 virtual, Matemático, a gente... um "bando" de conta15:52 Eu vou pular as contas, porque não vale a pena.15:56 A gente montou um mundo que computava a Esquistossomose lá na praia de Carne de

vaca.16:04 Carne de vaca! Era endêmico.16:08 Hoje tem diminuído bastante. Era endêmico de Esquistossomose.16:13 E a gente montou uma conta que dizia onde ia estar16:16 os indivíduos doentes16:18 A Secretaria de Saúde Pública de lá fez assim: Mentira!16:23 Mentira. Um cara que nunca veio aqui tá montando isso16:28 O que aconteceu com tempo16:29 A gente escreveu isso num artigo que o povo gosta de ler os16:32 artigos, sobre isso16:33 e a gente ganhou, por quatro anos consecutivos um16:37 prêmio Pirajá da Silva. Pirajá16:39 é o cientista que descobriu Esquistossomose16:42 Tudo aí Humana,16:43 doença Humana ainda certo?16:45 E o ministro veio apertar minha mão, o Ministro da Saúde16:48 Eu tive a sorte de ter, cinco vezes, o Ministro da Saúde da época16:54 porque muda que só...16:57 O Ministro da Saúde da época apertando minha mão16:58 porque eu começo a ver uma equação em um ambiente17:04 em uma busca de décadas17:05 isso aí é uma busca de uma década17:08 2006 a 2016, pra encontrar uma equaçãozinha de17:11 esquistossomose em Carne de Vaca17:16 o agente contou isso tem umas duas17:17 dezenas de papers falando sobre isso e17:20 até que em 2011 a gente resolveu contar17:23 a premissa que era: oh, vamos usar17:26 estratégias do futuro. Computadores,17:29 máquinas, etc, pra olhar problemas lá de trás17:33 E a gente montou uma empresa chamada Epitrack. Por que? Porque o governo não17:37 conseguia executar o que a gente estava dizendo, porque dizia que a gente era doido17:44 A Facepe não me financiava17:46 O CNPQ não me financiava17:48 Aí a gente montou isso aí, e aí, quando a gente executou esse procedimento

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17:53 a FIFA, em 2014, fez assim:17:56 eu quero você tentando descobrir qual17:59 é o número das doenças transmitidas nas arenas18:05 da Copa18:08 Eu fiz: eita! A FIFA está acreditando em mim.18:13 Pois é, padrão FIFA. Aí, não só isso.18:16 Os Estados Unidos... isso aqui é um sistema que18:18 roda hoje nos Estados Unidos18:19 que monitora gripe nos Estados Unidos18:22 de novo tentando montar o mapinha de Buffon18:24 eu ainda não tenho a equação daí não18:29 Não sei agora com Trump, não é, se...18:31 mas, não tenho ainda. Tá ruim a resolução, mas...18:34 Aí a gente fez isso no Brasil de18:37 novo para as... estão os gráficos ai, eu vou pular eles,18:41 pra monitorar as Olimpíadas18:43 o Comitê Olímpico Internacional, o COI, fez assim:18:46 quem foi que fez a Copa do Mundo? e a gente conseguiu18:48 identificar onde estavam os focos de18:50 doença e onde estavam as tendências18:52 Ah! Foi aquele menino lá do Recife.18:54 aí o COI, de novo, o Comitê Olímpico Internacional18:56 Quem monitorou as Olimpíadas e18:59 as doenças nas arenas de jogos19:02 das Olimpíadas? a gente, de novo.19:05 Buscando equação.19:07 E de novo, o que é que a gente busca?19:10 Padrões.19:12 Pra observar padrão, eu preciso de tempo19:18 preciso de memória19:21 Eu não consigo dizer aonde uma doença vai pipocar19:24 se eu não tiver olhando a população19:29 se eu tiver olhando há muito tempo19:30 eu arrisco dizer que a gente consegue, igual a de Carne de vaca, eu sei...19:34 E a gente continuou nisso19:35 Prêmio pra todo canto. Esse é Onício19:37 virou... um estudante de mestrado meu, que virou CEO19:40 é um nome bonito, que é o presidente da19:42 Epitrack e prêmios mundo afora.19:45 Depois leiam sobre a Epitrack. Vocês vão ver um monte de coisa escrita por aí19:48 Chamaram a gente um dia de Waze da Saúde19:54 Esse povo descobriu o Waze da Saúde.19:57 Waze é uma beleza, não é? pra a gente saber se está engarrafado,20:00 se não, pra onde é que tem que ir.20:02 Entendeu? Era esse o--20:04 Aí, eu vou estar chegando no finalzinho.20:08 O que tem a ver a Epidemiologia hoje?20:12 Epidemiologia hoje tem um conceito com esses seis Dês ai, olha.20:15 Que são essas coisas que a gente20:17 gosta hoje. A gente adora Uber20:20 a gente adora Whatsapp20:23 a gente adora Waze20:25 Por que?20:28 Um, porque está na nossa mão. Dois, porque é fácil.20:32 Três, porque os nossos pares nos alimentam com20:36 a informação, que nos garante20:39 transitar melhor do mundo.20:41 Eu não preciso da memória. Eu para sair de casa

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20:45 pra saber se eu vou chegar atrasado20:47 ou não hoje, onde eu marquei, basta eu ligar o Waze20:51 e eu tenho uma estimativa20:52 muito precisa de que horas eu vou chegar, por que?21:00 porque os meus colegas que passaram alí21:01 mais cedo reportaram.21:04 Tem engarrafamento, tem... a memória foi carregada.21:07 Instantaneamente, na sua mão.21:09 Isso foi o que a gente fez com o21:10 aplicativo da... os nossos. Tem uma Matemática por trás21:16 mas na essência eu entrego ao indivíduo a21:19 memória de Saúde dele.21:23 Mas na essência, aonde eu quero chegar?21:26 Tudo isso que a gente tá fazendo hoje21:28 eu estou aqui, olha. Nas Ciências Humanas21:31 Vocês estão lá nas Ciências dos Animais, certo?21:34 Existe um conceito hoje, muito21:36 interessante, provocado por um paper21:38 que diz que setenta e três ... vou repetir o professor alí21:44 setenta tantos por cento...21:46 confesso que eu sou muito ruim de guardar números21:48 por isso que tem computador21:50 das doenças Humanas, vêm dos animais21:54 O ciclo está mantido lá22:00 A gente só esbarra neles22:04 Eu tenho essa... com essa hipótese, eu me22:06 juntei com o povo de Cambridge e22:09 do Laboratório de Imunopatologia22:11 e a gente está tentando construir22:14 biossensores moleculares para os indivíduos22:18 Pra quê?22:21 O que acontece com o Waze?22:22 Se ninguém reportar nada, o Waze fica vazio22:25 e não serve de nada pra a gente. Se as pessoas reportam, ele tem vida, e começa a viver22:32 É igual a um Facebook que ninguém diz nada.22:33 Imagine se ninguém falasse nada na sua timeline.22:36 Pra quer servia o Facebook? Instagram?22:40 Pra quê?22:41 Pra nada!22:43 As pessoas têm necessidade riscar, se lembra?22:48 Aí essa busca é a busca da...22:50 A gente ganhou um prêmio em Boston, no ano passado22:52 com câncer, e tal. Eu não vou entrar nesse detalhe aqui22:55 Esse ano que passou, 2016, a gente tinha um "funding"22:57 pra microcefalia e tá em andamento. Muito interessante.23:01 Lá com o LIKA, e tal. Eu não vou entrar em detalhes sobre isso23:03 mas, o que eu quero chegar é o seguinte,23:05 pra finalizar completamente23:09 Alguém conhece Sophia?23:12 Depois leiam sobre Sophia23:14 Sophia é a nossa máquina23:17 mais perto da perfeição23:20 Eu fui, no ano passado eu estava em um evento23:22 a convite do evento em Portugal23:24 O evento, a abertura e fechamento do evento era num23:29 num estádio de futebol que cabia entre 1223:32 e 15 mil pessoas, e o único dia que estava lotado23:36 sabem quem é que estava falando lá?

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23:39 Sophia!23:42 Vou dar um PLAY rápido23:44 Eu posso estourar em dois minutos a minha fala?23:49 Olha Sophia!24:05 Isso é Sophia.24:10 O estádio estava lotado pra ouvir Sophia24:13 e cheio de palestrante de Facebook, Google, Tinder...24:18 todas essas coisas... Instagram24:21 Não vou continuar. Depois pois leiam sobre Sophia.24:24 Eu sou Jones Albuquerque.24:27 Eu sou Diretor de Conhecimento, me deram esse nome, na Epitrack24:32 Trabalho no LIKA, sou professor da Rural24:34 e vocês me acham nesses endereços aqui24:38 Obrigado!