01. relaÇÃo do conteÚdo da recuperaÇÃo final · velho é ruim e nojento, o que é novo é bom...
TRANSCRIPT
01. RELAÇÃO DO CONTEÚDO DA RECUPERAÇÃO FINAL
Estrutura da redação dissertativa-argumentativa padrão ENEM (Tese, argumentação e
proposta de intervenção) - Produção completa de texto dissertativo-argumentativo;
Estrutura e Produção completa de Carta Argumentativa;
Estrutura e Produção completa de Artigo de Opinião.
02. ORIENTAÇÕES:
Examinar materiais xerografados e entregues no decorrer da 1ª, 2ª e 3ª etapa;
Estudar matérias ministradas em sala na 1ª, 2ª e 3ª etapa e anotadas no caderno;
Reescrever as Atividades Avaliativas e DPCs da 1ª, 2ª e 3ª etapa;
Pesquisar quadro de conectivos e suas relações.
DISCIPLINA: REDAÇÃO PROFESSORA: HINDY VIEIRA
DATA DA ENTREGA:17/12/2016 VALOR: 20,0 NOTA:
TRABALHO DE RECUPERAÇÃO FINAL SÉRIE: 3ª SÉRIE/EM TURMA:
NOME COMPLETO: Nº:
TRABALHO DE RECUPERAÇÃO FINAL
Leia o texto a seguir:
APELO AO CONAR
Cervejaria discrimina idoso
11/01/2005.
Tenho 37 anos de idade e venho pedir proteção. Não sabia a quem recorrer. Então pensei se o Conar*
poderia me ajudar, ou com palavras de esclarecimento ou por meio de ação efetiva. Enfim, preciso
de proteção.
Em dezembro de 2004, estava em frente à televisão quando me deparei com uma propaganda
repugnante e desagradável, que me deixou perplexo e indignado. Refiro-me ao novo anúncio da
Nova Schin, em que dois rapazes estão andando por uma cidade desolada, quando um deles diz: "Tá
quente aqui". Nesse momento, várias mulheres idosas surgem de todos os lados, indo em direção a
eles. Senhoras em cadeiras de rodas, andadores, mancando. Uma das mulheres diz: "Vem, gatinho,
vem! Vem pra mim!".
Os rapazes então começam a correr, fugindo das mulheres, como se foge de uma grande ameaça, até
que encontram um freezer da Nova Schin e pulam dentro dele. Vão parar numa praia cheia de gente
bonita e
jovem. Lá, encontram a cantora Ivete Sangalo. Ela está vestida de biquíni, servindo a cerveja,
brindando com amigas numa mesa, num clima de alegria e descontração. Os dois rapazes, então,
aliviados, ficam sentados em cadeiras de praia, cercados por "belas" mulheres de biquínis
multicoloridos tomando a "cerveja do gozo". A propaganda termina com Ivete pronunciando o
slogan da campanha: "Quanto mais nova, mais gostosa".
A propaganda é de profundo mau gosto, demonstrando o famigerado preconceito etário: o que é
velho é ruim e nojento, o que é novo é bom e gostoso. O pior do anúncio é mostrar pessoas idosas,
resvalando para a discriminação silenciosa, na qual o velho deve ser trocado pelo novo. A identidade
social do idoso é fundamentada na relação de contrastividade. Por assim dizer, o que é jovem é belo
e bom, enquanto o que é velho é ruim e feio.
Sentimento vexatório
Como cidadão, respaldado na Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, § 3º, a qual determina que "todo
cidadão tem o dever de denunciar à autoridade competente qualquer forma de negligência ou
desrespeito ao idoso", venho solicitar ações cabíveis para eliminar esse tipo de propaganda
intolerante que afasta cada vez mais a idéia de idosos saudáveis, alegres e livres.
A fim de extirpar da sociedade esse tipo de discriminação, cada vez mais limitante dos espaços de
liberdade às pessoas acima de 60 anos, venho solicitar providências acerca deste anúncio, com base
no Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003, Capítulo II Art.10º, que determina:
"É obrigação do Estado e da sociedade assegurar à pessoa idosa a liberdade, o
respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos,
individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis."
§ 2º. "O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da
autonomia, de valores, idéias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais."
§ 3º. "É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de
qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor."
O anúncio explora o estereótipo de mulheres idosas em busca de sexo com rapazes, gerando
sentimento vexatório e imagem constrangedora.
É crime
Não podemos aceitar, como bem afirmava Simone de Beauvoir, a "conspiração do silêncio", numa
época em que a situação do país não é lisonjeira – para estabelecer um paralelo entre jovens e idosos,
num verdadeiro desrespeito, com um pretenso humor, discutível – à dignidade da imagem do idoso.
Todos nós estamos em processo contínuo de envelhecimento. Não podemos deixar a situação ficar
pior do que já está. Precisamos de melhorar a imagem dos idosos. Não podemos esquecer que
seremos o sexto país com maior número de pessoas acima de 60 anos.
De acordo com o Estatuto do Idoso, desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar a pessoa
idosa, por qualquer motivo, é crime. Portanto, para me sentir protegido, pois tenho o direito como
cidadão, aguardo resposta sincera e digna.
Pedro Paulo Monteiro — Professor-titular de Geriatria e Gerontologia da Universidade Fundação
Oswaldo Aranha, mestre em Gerontologia, autor dos livros Envelhecer: histórias, encontros e
transformações (indicado ao Prêmio Jabuti 2002) e Quem somos nós? O enigma do corpo.
* Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária
QUESTÃO 01: Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma análise adequada do texto. (0,5)
a) A “proteção” a que se refere o autor, parte de uma perspectiva exclusivamente subjetivista e
legalista.
b) A “proteção” reivindicada pelo autor do texto está respaldada em dispositivos legais.
c) O modo interpelativo utilizado, atinge diretamente o interlocutor e torna a denúncia mais
convincente.
d) A forma interativa que se instaura no texto estabelece relações de comprometimento entre o
autor e o interlocutor.
QUESTÃO 02: Leia o seguinte trecho do texto: (0,5)
“Tenho 37 anos de idade e venho pedir proteção. Não sabia a quem recorrer”. Então pensei se
o Conar poderia me ajudar (...)
Assinale a alternativa que interpreta ADEQUADAMENTE as relações entre os enunciados.
a) Há dependência semântica entre o primeiro e segundo períodos.
b) Entre as orações do primeiro período, estabelece-se uma relação de causalidade.
c) No primeiro período, o conectivo “e” pode ser substituído por “mas” ou “embora”, sem alterar as
relações semânticas estabelecidas.
d) Entre o segundo e terceiro períodos, estabelece-se uma relação de condição.
e) Nenhuma das alternativas.
QUESTÃO 03: A respeito da ideia de “contrastividade” mencionada pelo autor, considere as
seguintes afirmações: (0,5)
I) “( ) o que é velho é ruim e nojento, o que é novo é bom e gostoso.”
II) “( ) o velho deve ser trocado pelo novo.”
III) “( ) venho solicitar ações cabíveis para eliminar esse tipo de propaganda intolerante que afasta
cada vez mais a ideia de idosos saudáveis, alegres, livres.”
IV) “( ) Todos nós estamos em processo contínuo de envelhecimento. Não podemos deixar a
situação pior do que já está.”
A afirmação traz ideia de contrastividade em
a) I e IV apenas.
b) I e II apenas.
c) IV apenas.
d) I, II, III e IV.
e) Nenhuma das alternativas.
QUESTÃO 04: A respeito do uso das expressões em negrito, nos trechos a seguir,
É obrigação do Estado e da sociedade assegurar à pessoa idosa a liberdade (...)
É dever de todos zelar pela dignidade do idoso (...)
é INCORRETO afirmar que (0,5)
a) a construção sintática utilizada confere um tom impessoal a textos do domínio jurídico.
b) a relação de subordinação caracteriza o discurso jurídico.
c) o uso das fórmulas SER + NOME assinala o tom prescritivo da lei.
d) o uso das fórmulas SER + NOME indica o grau de imperatividade atribuído ao conteúdo
veiculado.
QUESTÃO 5: Considerando os critérios de correção, clareza, concisão e adequação, marque a
melhor alternativa: (0,5)
a) A hepatite B que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo e que infecta mais de um terço dos
brasileiros que entraram em contato com vírus.
b) Os medicamentos mais antigos cuja a eficácia é limitada a poucos anos de uso tem a vantagem de
serem distribuídos pela rede pública.
c) Os vários tipos da doença encontram-se disseminados entre a população mundial e não há
medicação específica para a hepatite do tipo A.
d) A medicina até que conseguiu desenvolver armas poderosas contra a hepatite onde se destacam o
Epicera e o Baraclude, recentemente lançados no mercado.
OBSERVAÇÃO: TODAS AS QUESTÕES A SEGUIR DEVEM SER ENUMERADAS,
RESPONDIDAS EM FOLHAS PAUTADAS E GRAMPEADAS NESSE
MATERIAL.
QUESTÃO 06: Leia o trecho:
“VEJA fez uma abordagem quase perfeita da grande destruição que está ocorrendo na Terra, mas
cometeu um erro ao não dar ênfase à principal causa de tudo isso - o excesso populacional neste
mundo. A Terra não comporta mais esse crescimento populacional. Espero que não tarde o dia de
nos conscientizarmos de que temos de iniciar um sério controle populacional para que possamos
viver com mais ar, menos poluição e melhor qualidade de vida. A Terra agradece.”
Mauro de Melo Silva, Brookfield, Connecticut, EUA
(VEJA. São Paulo. Abril. Ano 38, ed.1927, Seção Carta, p.26, 19 de outubro de 2005)
Que questão polêmica é discutida na carta? (0,5)
QUESTÃO 07: Aponte a intenção principal do locutor do texto. (0,5)
QUESTÃO 08: Observe a imagem a seguir:
(Estado de Minas, Cultura, p. 09, 27 de setembro de 2005)
Analise a tirinha acima e produza um parágrafo dissertativo sobre o tema nela abordado. Atente-se
para a inscrição “Israel e Palestina” dentro do coração. (0,5)
Leia o gráfico abaixo para responder às questões 09 e 10:
Israel
P
al
es
ti
n
a
Palestina Israel
(ISTOÉ. São Paulo, Editora Três, nº 1882, p.42, 9 de novembro de 2005.)
QUESTÃO 09: Observe que, em cada tópico do gráfico, o 2º item foi introduzido pelo articulador MAS. Comente o valor discursivo do mesmo. (0,5)
QUESTÃO 10: Identifique e justifique as diferentes possibilidades de interpretação nos seguintes
exemplos: (1,0)
a) As pessoas, que condenam pequenas infrações, não se incomodam em comprar coisas no
comércio informal.
b) As pessoas que condenam pequenas infrações não se incomodam em comprar coisas no comércio
informal.
QUESTÃO 11:
Leia o excerto abaixo, retirado da reportagem “Pandemia Eleitoral”:
“Vossas Senhorias – os eleitores – que se preparem. Suas Excelências – os políticos – estão
contaminadas por uma das mais devastadoras febres: a eleitoral. Tucanos, pefelistas e petistas estão
enlouquecidos, já tomados por intensos ataques de nervos.”
(ISTOÉ. São Paulo, Editora Três, nº 1882, p. 26, 9 de novembro de 2005)
Analise o jogo estabelecido no texto pelo emprego das formas “Vossas Senhorias – os eleitores” e
“Suas Excelências – os políticos”. Observando o contexto, justifique o uso das palavras destacadas.
(0,5)
Analise o Cartum abaixo para responder às questões 12 a 14:
(FOLHA DE SÃO PAULO. São Paulo, 9 de novembro de 2016.)
QUESTÃO 12: Tendo em vista a fonte da imagem acima, pode-se afirmar que trata-se de uma
crítica política nacional. Justifique tal afirmativa com argumentos consistentes. (0,5)
QUESTÃO 13: Identifique os pressupostos necessários para a compreensão do Cartum acima. (0,5)
QUESTÃO 14: De que decorre o efeito humorístico do Cartum? (0,5)
Analise o gráfico abaixo para responder às questões 15 e 16:
( ISTOÉ. São Paulo, Ed. Três, edição 1882,p.47, 9 de novembro de 2005)
QUESTÃO 15: Explique a ironia contida no título do gráfico. (0,5)
QUESTÃO 16: O tema “Reciclagem de lixo”, hoje, ocupa o 1º lugar no ranking dos assuntos
pesquisados (75% ). Apenas 6% o consideraram mais importante há alguns anos. Justifique a posição
assumida pelo tema em questão, intertextualizando sua resposta. (0,5)
Analise a charge a seguir e responda à questão 17:
(www.chargeonline.com.br - acessado em 9/11/05)
QUESTÃO 17: A ética é a principal cobrança que se faz hoje aos políticos. Considerando que a
charge estampa as caricaturas de FHC e Lula com um discurso uníssono em relação à denúncia feita
na televisão, produza algumas linhas relacionando o discurso dos políticos com a cobrança da
sociedade. (0,5)
OBSERVAÇÃO: TODAS AS REDAÇÕES A SEGUIR DEVEM SER ENUMERADAS,
PRODUZIDAS NA FOLHA PADRÃO DO COLÉGIO E GRAMPEADAS NESSE
MATERIAL.
INSTRUÇÕES PARA TODAS AS PROPOSTAS:
O rascunho da redação deverá ser feito em folha qualquer e não será entregue para avaliação.
Não ultrapassar 30 linhas nas produções.
O texto definitivo deverá ser escrito à tinta, na folha própria.
A redação que apresentar cópia dos textos motivadores terá as linhas do trecho copiado
desconsideradas para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que
Tiver até 7(sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.
Fugir ao tema ou que não atender o tipo dissertativo-argumentativo.
Apresentar qualquer parte que desrespeite os direitos humanos.
Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
Estar produzida a lápis e/ou com letra ilegível.
QUESTÃO 18: 1ª PROPOSTA DE REDAÇÃO (4,0)
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O AUMENTO DO HIV/AIDS
ENTRE OS JOVENS BRASILEIROS”, apresentando proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1:
Na década de 1980, o mundo todo descobriu o vírus HIV, causador da AIDS, e todos se
assustaram muito com o número de mortos pela doença que, naquela época, era praticamente uma
sentença de morte. Pessoas famosas mundialmente e anônimas começaram a descobrir que estavam
infectadas levando o vírus a ganhar as páginas dos jornais e das revistas e espaço na televisão e os
sintomas e a velocidade das mortes apavoraram todo o planeta. Com tudo isso, o preconceito e a
discriminação em torno desses indivíduos nasceram como barreiras quase intransponíveis, pois os
chamados grupos de risco foram denominados como os que mais corriam riscos de serem
contaminados pelo HIV.
Ao longo dos anos, a medicina evoluiu e o conhecimento sobre a AIDS aumentou, assim como a
sua prevenção e o seu tratamento. Casos em que pessoas se contaminavam por meio de transfusões
sanguíneas diminuíram, o coquetel de remédios foi criado e passou a fazer parte dos sistemas de
saúde e campanhas a favor do uso de preservativos e do teste foram realizadas em toda a mídia
mundial. Atualmente, a contaminação por meio de transfusões de sangue está praticamente
erradicadas, assim como a transmissão de mãe para filho durante o parto ou a amamentação;
também não se fala mais em grupos de risco, mas sim em comportamento de risco, ou seja,
relações sexuais sem o uso de preservativo masculino ou feminino e o coquetel de remédios
proporciona ao soro positivo uma vida relativamente normal e longa, salvos os efeitos colaterais.
Todos esses avanços contribuíram para o aumento do conhecimento acerca do HIV e da AIDS
(inclusive uma vacina está sendo testada), na diminuição da transmissão e no crescimento da
qualidade de vida dos portadores. No entanto, há um lado negativo, o qual é o tema do texto da
proposta: o aumento do número de jovens contaminados pelo vírus.
Devido aos avanços sobre a AIDS, muitos jovens brasileiros subestimam o HIV e não o
consideram uma sentença de morte como ocorria no século XX. Apesar da quantidade imensa de
remédios que devem ser tomados diariamente e dos respectivos efeitos colaterais, vários jovens
pensam que basta tomar o coquetel e seguir com a vida que está tudo bem, mas não é certo pensar
deste modo, já que a AIDS ainda é uma doença sem cura.
Os números de contaminados pelo HIV estavam diminuindo no Brasil já há algum tempo, mas
dados da UNAIDS (Programa Conjunto da ONU sobre HIV/AIDS) relevaram que os casos de AIDS
cresceram 11% entre 2005 e 2013 no nosso país e entre os jovens o número de contaminados é
maior: entre os meninos de 15 a 19 anos, o número de casos cresceu 50% na última década.
Esses resultados nos mostram que, apesar de todas as informações acerca da AIDS, os casos da
doença tendem a aumentar entre os jovens, ou seja, parece que o conhecimento não consegue
barrar o crescimento da doença entre as pessoas ditas mais informadas. Um estudo
realizado com mais de 35 mil meninos de 17 a 20 anos revelou que o aumento de contaminação
entre os jovens pelo vírus HIV está relacionado ao baixo grau de escolaridade.
Dados da página do governo federal sobre a AIDS confirmam que a faixa etária na qual há
maior contágio é entre 25 e 49 anos, em ambos os sexos, mas na faixa entre 13 e 19 anos a
incidência é maior entre as meninas desde o ano de 1998. A cada dia que passa, os jovens estão
explorando cada vez mais a sua sexualidade, das mais variadas formas, mas sem a devida proteção.
Além disso, ao estarem em relacionamentos mais sérios, como namoros duradouros, o uso do
preservativo é deixado de lado baseado na confiança no parceiro e é aí que muitos se contaminam,
como ainda acontece com mulheres adultas casadas.
Disponível em: https://www.google.com.br/ br.infomedica.wikia.com. Acesso em 21mai2016
TEXTO 3:
Disponível em: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=180783 Acesso em: 25mai2016
QUESTÃO 19: 2ª PROPOSTA DE REDAÇÃO (4,0)
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija CARTA ARGUMENTATIVA em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “DISCIPLINA, ORDEM E AUTORIDADE
FAVORECEM A EDUCAÇÃO BRASILEIRA?”. Imagine que seu texto será direcionado ao atual
Ministro da Educação, Ilmo Sr. Mendonça Filho.
Ordem e progresso favorecem a educação?
Os colégios militares de vários Estados do Brasil se tornaram destaque nos meios de comunicação
pelos bons resultados que seus alunos obtiveram no Enem no ano passado. Para muitos pais e
educadores, estabelecimentos de ensino regidos pela disciplina militar proporcionam aos alunos
aquilo que se espera de uma escola: formar alunos competentes para enfrentar os desafios da
educação, entre os quais o Enem e, depois, a vida universitária. Naturalmente, há quem não
concorde com isso e por motivos tão razoáveis quanto aqueles dos que pensam diferente. Há
quem diga que a rigidez da ordem militar não colabora com a formação de mentes abertas, críticas
e criativas. Veja opiniões a favor e contra essas escolas na coletânea de textos que integra esta
proposta de redação.
Os colégios militares obtiveram um bom desempenho no Enem, o que se deve, segundo seus administradores, a uma
disciplina rígida.
TEXTO 1:
Respirando disciplina
No Colégio Militar Tiradentes, em Maceió (Alagoas), os alunos vivem uma rotina militar. Lá se
respira a palavra disciplina. Localizado no Trapiche da Barra, zona sul da cidade, há cinco anos se
destaca no Enem por Escola com base em uma "didática" baseada no rigor. O estabelecimento tem a
maior nota de uma escola da rede estadual no Estado, com média 521,17 entre as provas objetivas.
Para estudar no Tiradentes, o visual do aluno também tem que estar alinhado: ele tem de estar com
cabelos cortados e arrumados no padrão militar, uniforme limpo e passado a ferro com vinco e,
ainda, bater continência para professores, coordenadores e direção. Segundo o professor de
português e literatura, Paulo César dos Santos, a disciplina e o treino são fatores de sucesso dos
alunos nos exames como o Enem. "O aluno escreve e nós corrigimos até o texto sair perfeito para
entendimento de todos", disse. [UOL Educação]
TEXTO 2:
Cidadania, curiosidade e criatividade
Especialistas discordam da aplicação da militarização em sala de aula para obter resultados
satisfatórios. A professora de história, especialista em gestão de sistemas educacionais, Pilar
Lacerda, diz que o modelo abre mão da pedagogia ao apelar para a rigidez e a disciplina militar. "A
escola de educação básica é o lugar da formação de valores, de conhecer e respeitar o outro. Do
diálogo e da construção de normas comuns. Que cidadão está sendo formado neste modelo militar?
A não ser que o jovem queira seguir carreira militar", argumenta Lacerda. Ela explica que para
estudantes se manterem focados nos estudos, a escola deve tornar a sala de aula mais atrativa e
menos burocrática. "Que pense no projeto pedagógico que seja construído para o estudante entender
o mundo e entender-se no mundo. Atiçar a curiosidade e incentivar a criatividade. Nada feito a força
funciona", explica a professora. [UOL Educação]
TEXTO 3:
Nível melhor ou método autoritário?
Considerado um retrocesso por alguns educadores, o sistema que mantém policiais na direção das
escolas está em expansão em Goiás. Segundo a polícia, o modelo melhora o desempenho dos alunos
(em nove Estados os colégios ficaram em 1o entre as estaduais no Enem). O Brasil possui
atualmente 93 instituições de ensino da PM. Neste ano, Minas criou mais duas, chegando a 22 – elas
atendem mais de 20 mil alunos. A Bahia, com 13, deve abrir mais quatro. Em Goiás, o comerciário
Ricardo Cardoso, 41, que tem duas filhas em escolas da PM, quer colocar a terceira na instituição
em 2016. A maioria das vagas é preenchida por sorteios. "O nível dessas escolas é muito melhor."
Sua filha Júlia, 17, diz gostar do colégio Hugo Ramos, mas reclama da rigidez. "Um ou outro PM é
rude. Mas a maioria é aberta." Para o pai, os alunos têm "voz ativa". "Sempre que minha filha
reclamou, deram resposta. Adolescentes reclamam de tudo." Diretor de ensino de um colégio de
Anápolis (GO), o sociólogo e capitão da PM Sirismar Silva diz que a polícia nas escolas não é ideal.
"Mas é bom ouvir dos pais que seus filhos tiveram a vida mudada para melhor." Para Maria Augusta
Mundim, da Faculdade de Educação da federal de Goiás, o método é autoritário. "Cai por terra a
busca por autonomia e de construção de identidade." [Folha de S. Paulo]
QUESTÃO 20: 3ª PROPOSTA DE REDAÇÃO (3,0)
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija ARTIGO DE OPINIÃO em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “DESASTRE AMBIENTAL EM MARIANA/MG:
ACIDENTE OU NEGLIGÊNCIA?”, apresentando fatos e argumentos que respeitem os direitos
humanos.
Mariana: fatalidade ou negligência?
No dia 5 de novembro passado, o rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora
Samarco em Mariana (MG) provocou o que já pode ser considerado o maior desastre ambiental da
história do Brasil. Na verdade, as consequências catastróficas do problema não se limitaram à
região mineira onde o fato ocorreu, mas se estenderam por centenas de quilômetros, atingindo até
o oceano Atlântico, no litoral do Espírito Santo. Contudo, até o momento pouco se sabe sobre as
causas do acidente, que ainda não foram esclarecidas. Na coletânea de textos que compõe essa
proposta de redação, você encontrará várias informações sobre a tragédia.
Onda de lama invade o rio Doce na cidade de Resplendor (MG)
TEXTO 1:
Comunicado n. 2 da Samarco
As barragens da Samarco são compostas por quatro estruturas: barragens de Germano, Fundão,
Santarém e Cava de Germano. Todas possuem Licenças de Operação concedidas pela
Superintendência Regional de Regularização Ambiental (SUPRAM) – órgão que, nos recorrentes
processos de fiscalização, atesta o comportamento e a integridade das estruturas. A última
fiscalização ocorreu em julho de 2015 e indicou que as barragens encontravam-se em totais
condições de segurança. A Samarco também realiza inspeções próprias, conforme Lei Federal de
Segurança de Barragens, e conta com equipe de operação em turno de 24 horas para manutenção e
identificação, de forma imediata, de qualquer anormalidade. [Samarco]
TEXTO 2:
Perguntas sem respostas
Duas semanas após o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério em Mariana (MG) ainda
sobram perguntas sobre os responsáveis pelo que já é considerado o maior desastre ambiental do
Brasil e a dimensão dos custos para lidar com suas consequências. A Samarco, empresa que opera o
complexo de barragens na região, e suas acionistas, a brasileira Vale e a anglo-australiana BHP
Billiton, têm anunciado medidas de emergência para atender as populações locais e tentar reparar os
já inúmeros danos ao meio ambiente. No entanto, faltam esclarecimentos sobre como avançam as
investigações que vão determinar as razões do desastre. Entre as 48 notas publicadas pela
mineradora Samarco em sua página oficial, apenas duas mencionam "investigações e estudos" sobre
as causas do rompimento da barragem de Fundão. [BBC Brasil]
TEXTO 3:
Degradação democratizada
O evento de Mariana serviu para mostrar a negligência e a inoperância dos órgãos governamentais
frente aos eventos desta natureza. Mesmo para quem não tem formação técnica, um simples passeio
pela região mineradora e siderúrgica de Minas Gerais mostra a degradação ambiental em todas suas
formas: uma forte contaminação atmosférica associada a um passivo ambiental visível nos solos e
águas, onde a fiscalização pelos órgãos governamentais (DNPM e FEAM) fica muito aquém do
esperado. Nestas regiões a riqueza é para poucos, enquanto que a degradação ambiental é
democratizada. Se as Normas Reguladoras da Mineração estivessem sendo seguidas na sua
totalidade pela Samarco, este evento não deveria ter ocorrido. Quando o mar de lama desceu como
uma avalanche para atingir o rio Doce, levando tudo no seu caminho, o governo descobriu que não
sabia como agir, e começou o festival de barbaridades que não deve terminar tão cedo. Ibama,
Ministério Público Federal e Estadual, agências ambientais estaduais, concessionárias de água,
aventureiros, cada um falando sua linguagem própria. Afinal, qual era mesmo o material
contaminante? [Instituto de Química da Unicamp, Wilson de Figueiredo Jardim]
TEXTO 4:
A tragédia de Mariana
O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, garante que a empresa cumpriu todas as
exigências do programa de emergência aprovado pela prefeitura de Mariana e de outros órgãos que
fiscalizam a atividade mineradora. As investigações verificarão se isso é certo. Mas desde já está
claro que algumas questões intrigantes devem ser esclarecidas. A primeira, que deixou atônitos os
que escaparam da tragédia, foi a forma como a população ameaçada foi alertada. Não por um
sistema de sirene, mas por telefone, um instrumento limitado para tal emergência. A segunda é a
existência de um estudo, feito há dois anos a pedido do Ministério Público Estadual, que alertava
para o risco de rompimento das barragens de Fundão e Santarém. Segundo o promotor de Meio
Ambiente Carlos Eduardo Ferreira Pinto, esse estudo foi entregue à Secretaria Estadual de Meio
Ambiente e à Samarco e, por isso, ele quer saber de ambas se alguma medida preventiva foi tomada
com base nele. (...) Como mostra reportagem do Estado, 24 das 14.966 barragens catalogadas pela
Agência Nacional de águas (ANA) são consideradas de alto risco pelo Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM). As probabilidades de novos acidentes é, portanto, bastante elevada,
principalmente se se levar em conta que as barragens Fundão e Santarém eram consideradas de
baixo risco. [Jornal O Estado de S. Paulo]