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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA

DE SEGURANÇA DO TRABALHO

M3 D2 – HIGIENE DO TRABALHO II

GUIA DE ESTUDO PARTE I – PRÁTICA DE MEDIÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS

AULA 29

PROFESSOR AUTOR: ENG. JOSEVAN URSINE FUDOLI

PROFESSOR TELEPRESENCIAL:

COORDENADOR DE CONTEÚDO: ENG. JOSEVAN URSINE FUDOLI

DIRETORA PEDAGÓGICA: MARIA UMBELINA CAIAFA SALGADO

07 DE FEVEREIRO DE 2012

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EMENTA DA DISCIPLINA: HIGIENE DO TRABALHO II

A Disciplina “Higiene do Trabalho II” está organizada em cinco partes, nasquais são tratados os conteúdos descritos a seguir.

14/02/2012 – Aula 29 - Prática de medição de agentes químicos. Conceitos básicos.

Avaliação ocupacional. Avaliação ambiental. Tipos de amostragem. Medição e

avaliação. Equipamentos de medição. Bombas de amostragem, calibradores,

acessórios e filtros. Métodos analíticos..Normas técnicas. Normas legais. Coletores

de amostragem. Métodos analíticos. Tubos colorimétricos Laboratórios de análise de

agentes químicos. Apresentação de equipamentos de medição de agentes químicos.

28/02/2012 - Aula 30 - Vibrações. Conceito. NR 15, Anexo 8. Normas aplicáveis.

Parâmetros utilizados na avaliação. Tabelas e gráficos. Critério técnico de medição.

Limites de tolerância.Estratégia de medição. Procedimento de avaliação. Efeitos no

organismo humano. Medidas de controle. Tipos de exposição humana à vibração.

As normas ISO 2631 e ISO DIS 5349. Metodologia de avaliação.Equipamentos de

medição.Laudos técnicos. Aplicação prática.

06/03/2012 - Aula 31 - Radiações Ionizantes: conceito, tipos de radiação, efeitos da

radiação, unidades das medidas radioativas, detecção das radiações, medidas de

controle, normas Raios X, CNEN, NR 15 – Anexo 5, partículas radioativas,avaliação

doses permissíveis, efeitos biológicos, limites de tolerância. Radiações Ionizantes

como agente periculoso; acidente de Goiânia; Portaria 518/2003 do MTE. Quadro de

atividades periculosas e áreas de risco, metodologia de medição, normas CNEN. A

ex-Portaria 3.393/87.

13/03/2012 - Aula 32 - Radiações Não Ionizantes. 1. Radiação visível, infravermelho,micro-ondas, RF, ELF, ultravioleta,laser. Conceitos básicos à luz da ACGIH e doanexo nº 15 da Portaria 3.214/78. Campos elétrico, magnético e eletromagnético. Oespectro eletromagnético.Sistemas de telecomunicações. Prática de avaliação deinstrumentos. 2. Radiação Ultravioleta. Conceito, classificação. Utilização naindústria. Fontes emissoras de UV. Efeitos das radiações UV. Normas einstrumentação Medidas de atenuação. EPI s e Lentes protetoras p/ operações desolda. 3. Radiações laser. Fontes emissoras. Avaliação quantitativa; normasaplicáveis. Proteção do trabalhador. Instrumentação.

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20/03/2012 - Aula 33 –Poeira e Particulados. Conceito de poeira. Conceito departiculados. Tamanho das partículas. Limite de tolerância. Média ponderada pelotempo.Partícula respirável. Partícula inalável. Particulado torácico. Particulado total.Análise gravimétrica. Grupo homogêneo de exposição. Estratégia de amostragem.

Coleta de amostras. Análise laboratorial. Efeitos à saúde. Aplicação da NR 15,Anexo 12. Limites de exposição da ACGIH. Instrumentos de medição.Procedimentos de avaliação. Asbesto (NR 15, Anexo 12). Poeira de algodão. Poeirametálica e fumos metálicos. Negro de fumo (NR 15, Anexo 12). Poeiras de madeira.

CALENDÁRIO

O calendário atualizado da disciplina encontra-se no quadro a seguir.

DatasAulas2012

Guia deEstudo

Textos Complementares de Leitura ObrigatóriaNo Lista

ExercíciosData

PostagemData finalResposta

14 fevParte I

Aula 29

Análise de gases em locais de trabalho. Engº.Lamartine Diniz Barazzutti.Acessar:http://www.progep.furg.br/arquivos/ppra/E_2008_LAUDO_GASES.pdf

29 15fev 28fev

28fevParte IIAula 30

30

06marParte IIIaula 31

31

13 marParte IV

Aula 3232

20 marParte V

Aula 3333

Prova do Módulo 3: 15 de maio de 2012

Neste texto, apresentamos a Parte I: Prática de Medição de Agentes Químicos.

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OBJETIVOS DA PARTE I

Após o estudo da Parte II desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:

1. explicar os conceitos básicos de medição e avaliação de agentes químicos

2. descrevera amostragem ocupacional

3. descreveretapas da avaliação de agentes químicos

4. explicarcomo se realiza a calibração de instrumentos

5. explicaros cálculos após a medição dos agentes químicos

6. descreveras etapas de avaliação de agentes químicos

7. identificaras etapas de coleta de amostra com tubos colorimétricos

9. descrevero processo de avaliação com tubo de carvão ativado

10. explicar os tipos de amostragem de agentes químicos

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1. INTRODUÇÃO

Os agentes químicos foram estudados no Guia de Estudo da aula 22 – parteIV da disciplina de “Higiene do Trabalho I” e no Guia de Estudo da aula 26

parte II da disciplina Higiene do Trabalho II. Vamos estudar agora como serealiza a medição e avaliação quantitativa dos agentes químicos, constituídospelos gases e vapores, e comparar os valores encontrados com seusrespectivos limites de tolerância. É importante destacar que toda a avaliaçãoquantitativa dos agentes supracitados se refere à avaliação no ar, na zonarespiratória do trabalhador em atividade ocupacional.

2. CONCEITOS BÁSICOS 

Antes de entrar no estudo da medição e avaliação de agentes químicos,

vamos apresentar alguns conceitos básicos de grande importância. 

MEDIÇÃO  –  ato de medir, no ambiente de trabalho, a concentração ouintensidade do agente físico ou químico, utilizando instrumentos apropriados. 

AVALIAÇÃO – análise dos valores da medição, levando-se em consideração osmétodos amostrais, a calibração dos instrumentos, a inferência estatística, osresultados laboratoriais e os limites de tolerância. 

AVALIAÇÃO OCUPACIONAL  –  é aquela realizada no trabalhador, no ambiente detrabalho e durante a jornada de trabalho.

A avaliação da exposição ocupacional caracteriza-se por um conjunto deações necessárias para se realizar a caracterização completa de umdeterminado ambiente ou de exposição ocupacional de trabalhadores.

Uma das ações da medição do agente é a coleta  de amostras docontaminante no ar que pode ser realizada por amostragem de curta duraçãoe amostragem instantânea (SALIBA, 2009).

COLETA DE AMOSTRA  –  é o ato de recolher o contaminante no ar, cominstrumentos apropriados, mediante procedimento. 

AMOSTRAGEM DE CURTA DURAÇÃO  - a amostragem de curta duração é aquelarealizada por um período de até 15 minutos. Fornece como resultado aconcentração média relativa a esse período. É utilizada principalmente paraverificar se o limite de tolerância de curta duração estabelecido pela ACGIHfoi ultrapassado.

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AMOSTRAGEM INSTANTÂNEA -  a amostragem instantânea é aquela realizada porum período máximo de 5 minutos. Fornece o resultado da concentraçãoinstantânea da substância no ar. É indicada, principalmente, para verificar seo valor máximo permitido ou valor teto foi ultrapassado.

Valor máximo- é a concentração que não deve ultrapassar o valor obtido naequação abaixo, sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente: 

Valor Máximo (VM) = LT x FD

Onde:

LT = limite de tolerância para o agente químico, conforme Quadro 1 do Anexo11 da NR 15 (o quadro 1 é extenso. Consultá-lo)

FD = fator de desvio, segundo definido no Quadro 2, NR 15..

VALOR TETO –  é a concentração que não deve ser ultrapassada, em nenhummomento da jornada.

Ciclo de trabalho – Entende-se como ciclo de trabalho o conjunto dasatividades desenvolvidas pelos trabalhadores em uma sequência definida eque se repete de forma contínua no decorrer da jornada.

A medição dos agentes químicos deve ser realizada no ciclo de trabalho e

no posto de trabalho dos empregados.

Estratégia de amostragem - consiste na elaboração de um procedimentoque leve em conta a realidade laboral dos trabalhadores, os recursosdisponíveis, o planejamento da coleta das amostras, a análise e tratamentoestatístico dos dados e os tipos de amostragem.

Para se realizar uma medição de agentes químicos é preciso preparar umaestratégia de amostragem.

Tipos de amostragens

Com relação aos tipos de amostragem, (SALIBA, 2009) cita quatro tipos:

1. Amostragem completa  da jornada de trabalho com várias amostrasconsecutivas. É a melhor forma de amostragem para caracterizar aexistência do risco, porque proporciona o menor intervalo de confiança nabusca do verdadeiro valor da concentração medida. A precisão cresce como número de amostras. Por exemplo: realizar oito amostragens de 1 hora

cada é mais preciso do que realizar 4 amostragens de 2 horas. Por

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questões de custo, recomenda-se amostragens consecutivas com duraçãode 4 horas cada.

2. Amostragem completa da jornada de trabalho com apenas uma amostra

(amostra única). É o segundo método na ordem de preferência. Assim,uma amostra de 8 horas é tão boa quanto duas amostras de 4 horas cada.

3. Amostragem com tempo parcial  da jornada, com várias amostrasconsecutivas. O inconveniente principal deste tipo de medição é a parte da jornada não amostrada. Entretanto, dependendo da experiênciaprofissional e da natureza da atividade avaliada, pode-se validar umaamostragem, cobrindo 70 a 80% da jornada.

4. Amostragem parcial da jornada, com amostras de curta duração.

É o pior tipo de amostragem em uma medição, devido à baixaconfiabilidade amostral, tornando-se difícil tomar decisão a respeito daexistência ou não do risco.

Amostragem ocupacional

Com relação à forma da medição, ela deve ser individual e ocupacional, ouseja, aplicada ao trabalhador, durante a execução de suas atividades normais,

sendo o dispositivo de coleta, conhecido como amostrador, afixado aotrabalhador e posicionado próximo de sua zona respiratória.

Amostrador  é o dispositivo sensor que deve permanecer no trabalhadordurante todo o período programado de amostragem.

Zona respiratória  deve ser entendida como uma região do espaço quecompreende à distância de aproximadamente 150 +/- 50 mm, a partir dasnarinas.

Análise laboratorial – análise de amostras de agentes químicos, analisadaspor laboratórioscredenciados, com emissão de certificados.

Os resultados da análise laboratorial são interpretados e comparados comparâmetros normativos. Se os resultados das amostragens excederem oslimites de tolerância, serão tomadas decisões técnicas e de gestão, paraimplementação de medidas de controle . 

Medidas de controle  – ações tomadas, após os resultados das medições,

para enquadrar a exposição aos agentes, dentro dos parâmetros normativos.

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Amostragem ambiental – é a amostragem realizada no meio ambiente, masnão no ambiente ocupacional

Além da amostragem ocupacional, já citada, existe outra forma de

amostragem conhecida como “amostragem de área” ou “amostragemambiental” que não deve ser confundida com a avaliação ocupacional.

Enquanto as amostragens ocupacionais são realizadas a nível respiratóriodos trabalhadores, a avaliação ambiental é realizada no meio ambiente geral. 

Este tipo de medição (ambiental ou amostragem de área) não serve paracaracterizar a exposição ocupacional nem para substituir a amostragemindividual ocupacional. Serve apenas para um reconhecimento geral do meioambiente, como um todo, ou para fazer parte da fase de Reconhecimento dos

agentes químicos, como uma fase do PPRA.

Grupo homogêneo de exposição – corresponde a um grupo detrabalhadores que ficam expostos de modo semelhante, de forma que oresultado da avaliação da exposição de qualquer trabalhador ou do grupo sejarepresentativa da exposição do restante dos trabalhadores do mesmo grupo.(Instrução Normativa nº 01 do Ministério do Trabalho e Emprego, de20/12/1995).

Quando existem vários trabalhadores executando suas atividades em umposto de trabalho e submetidos às mesmas exposições, é permitido realizaravaliações em alguns trabalhadores e essas avaliações representarem osdemais trabalhadores. 

Métodos de avaliação - A avaliação quantitativa dos agentes químicos podeser realizada por diversos métodos, devendo ser escolhido o maisconveniente em função do objetivo da avaliação. A seguir, descrevemos, deforma simplificada, os métodos mais utilizados: 

- amostragem instantânea  – são utilizados tubos reagentes, conhecidoscomo colorimétricos, sendo usada uma bomba manual que realiza aaspiração do ar ambiente, e um tubo reagente, por onde penetra o ar. Dentrode cada tubo existe um reagente químico específico para cada agente a seravaliado, que reage quimicamente mudando a cor do tubo. A escala oucomprimento da coloração permite a leitura direta da concentração do gás ouvapor. Veja abaixo a bomba e o tubo:

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A norma NHT 05 AQ/agentes químicos pelcolorimétricos contém er

que 1,2 o LT (Limiteconcentrações acima deFundacentro.

Veja a seguir o procolorimétricos

1- Quebrar ambas as extmetade do diâmetro inter

2. Introduzir o tubo no ssentido do fluxo de ar);

3. Quebrar as pontas doem que forem quebradas

4. Selar as pontas do tumesmo instante em que

5. Prender a bomba deque não atrapalhe a oper

6. Posicionar o suportetrabalhador, na posição

7. Observar a mangueira

8. Ligar a bomba;

Tubo reagente

instrui a avaliação de exposiçãométodo colorimétrico. A mediç

ro da ordem de 25% em concentra

de Tolerância) e erro da orde0,5 LT, conforme subitem 10 da

edimento para coleta de amostr

remidades do tubo, de maneira queno (2 mm);

uporte (a seta impressa no tubo de

tubo de carvão ativado “Branco” noas pontas do tubo que será amostra

  bo “Branco” com as capas plásticasbomba de amostragem for ligada;

amostragem na cintura do trabalhaação que ele estiver realizando;

contendo o tubo de carvão na zonertical;

para que a mesma não sofra estrang

bomb

9

  ocupacional aão com tubosões maiores do

de 35% emitada norma da

as com tubos

abertura seja a

e ter o mesmo

mesmo instanteo;

adequadas, no

or, em posição

respiratória do

ulamento;

a

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9. Anotar os dados a seguir:

•  O horário em que foi ligada e desligada a bomba;

•  O nome do trabalhador, a função e a atividade;

•  O posto de trabalho;

•  A temperatura e a umidadedo local da avaliação;

•  Outros contaminantes que possam estar presentes no ambiente.

10. Após decorrido o tempo de amostragem:

•  Tampar os dois extremos do tubo adsorvente;

•  Etiquetá-lo e identificá-lo;

•  Transportá-lo com gelo

O envio dos tubos amostrados para o laboratório deve ser feito o mais brevepossível, devidamente etiquetados e as amostras acondicionadas, de

acordocom as instruções do laboratório.

- amostragem contínua com posterior análise de laboratório – taisamostragens podem ser: passivas ou ativas. As amostragens passivasutilizam o princípio da difusão para a coleta dos contaminantes, ou seja, nãoutilizam bombas de amostragens.

Bomba de amostragem de gases e vapores

As amostragens ativas utilizam bombas para a aspiração da amostra, atravésde um meio de coleta, devendo a bomba ser calibrada nas vazõesadequadas, de acordo com a substância a ser avaliada e do tempo deavaliação. Normalmente, a vazão das bombas varia de 0,2 lpm a 0,5 lpm.

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Nas amostragens ativas, a vazão de coleta é baixa, ou seja, menor do que 1,0lpm (litro por minuto). Caso as bombas estejam calibradas para vazões acimade 1,0 lpm, deverão ter ajustadas para vazão menor do que 1,0 lpm ou deve-se adaptar um redutor de vazão.

Os meios de coleta usados variam em função do tipo de gás ou vaporamostrados e os mais comuns são: tubo de carvão ativado, tubo de sílica gel,impinger, filtros, coletor passivo ou dosímetro.

Tempo mínimo e tempo máximo de coleta

Os métodos NIOSH e outros não fornecem tempos mínimo nem máximo decoleta. Os tempos devem ser calculados, pela seguinte fórmula:

Volume = Vazão (Q) x Tempo (T)

Exemplificando: qual deve ser o tempo (min e máximo) para realizar amedição de benzeno ?

Dados do NIOSH:

Vazão adotada = 0,20 litros por min

Volume mínimo = 5 litros

Volume máximo = 30 litros

Cálculo: T = Volume / Vazão

T(min) = 5 litros / 0,20 litros/min = 25 min

Qual deve o tempo máximo ?

Cálculo: T (Max) = 30 litros / 0,20 litros/min = 150 min

3. Avaliação quantitativa de gases e vapores

3.1 – Avaliação com tubos colorimétricos

Neste tipo de amostragem é usado para amostragem instantânea, sendonecessário a utilização de uma bomba manual e o tubo reagente específico

do agente que se pretende avaliar no ar.

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Esse método é simples e prático, fornecendo leitura direta. Permite detectarpicos de concentração, pois a amostragem é instantânea.

O Anexo 11 da NR 15 determina que devem ser feitas, pelo menos, 10 (dez)

amostragens instantâneas para cada situação a ser analisada, com intervalode, no mínimo, 20 (vinte) minutos entre cada uma das medições.

Depois da realização das medições, calcula-se a concentração média. Essaconcentração média deve ser comparada com o limite de tolerância dasubstância analisada, com o valor teto (se existir) e com o valor máximo.

Nenhum valor de medição poderá ultrapassar o valor teto e/ou o valormáximo. Se ultrapassar, a atividade será classificada como insalubre. Aconcentração média não poderá ultrapassar o limite de tolerância. Se

ultrapassar, a atividade será classificada como insalubre.

Para maiores esclarecimentos, consultar o item 5 do Guia de Estudo da Aula22 e os exemplos citados. Reproduzimos a seguir um dos exemplosapresentados no item 5 do Guia de Estudo da Aula 22.

Exemplo de Média ponderada abaixo do LT, e nenhum valor acima do valor máximo

Veja o Gráfico 1, a seguir. Somando os valores e calculando a médiaponderada (M), encontraremos M = 16ppm, que é inferior ao LT = 20ppm.

10 0

20 0

10 0

10 0

20 10

10 0

10 0

20 10

10 0

20 0

5

10

15

20

25

30

35

L.T.

V.Max

 

Gráfico 1 – valores de medições de concentração de amônia

Observe que os valores aa 5ª e 8ª medições superam o LT (20 ppm). Noentanto, esses valores não superam o máximo (30ppm), e dizemos que este local ésalubre, e que o Limite de Tolerância Média Ponderada não foi ultrapassado.

3.2 - Avaliação com tubo de carvão ativado

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Tubo de carvão ativado  – usado principalmente na coleta de vaporesorgânicos, tais como: benzeno, tolueno, xileno, cloreto de metileno, entreoutros. A vazão de amostragem varia de 0,05 a 0,20 lpm (consultar métodoNIOSH), em função do tipo de substância a ser avaliada.

O tubo é de vidro, recheado com carvão ativado, é colocado na lapela dotrabalhador, na zona respiratória. Este tubo é conectado a uma bomba deaspiração que força o ar a passar pelo interior do tubo, onde está o carvão,ficando o contaminante retido pelo processo denominado adsorção. Oresultado é obtido com base na massa de contaminante encontrada naanálise do carvão e do volume de ar aspirado pela bomba e que passou peloamostrador.

Neste tipo de avaliação, usa-se bomba de amostragem, com vazão de que

depende do tipo do agente a ser avaliado. Deve ser definido o tipo de tubo aser usado. O tempo de amostragem deve ser definido conforme arecomendação do método 1501 do Manual de Métodos Analíticos doNationalInstitute for OccupacionalSafetyand Health, por exemplo. Após acoleta do contaminante, o tubo de carvão ativado deve ser enviado aolaboratório para análise.

3.3 - Avaliação com tubo de sílica-geral

O tubo de sílica gel é usado normalmente para coleta de ácidos inorgânicos, tais

como os ácidos clorídrico, nítrico, sulfúrico, bromídrico, fluorídrico. A vazão varia de0,2 a 0,5 lpm e a análise é feita por cromatografia de íons, pelo método NIOSH. Vejafigura abaixo:

Tubo de Sílica Gel – Tubo de vidro recheado com sílica gel e que é colocadona lapela do trabalhador, na extremidade de um tubo flexível ligado a umabomba de aspiração que força o ar a passar pelo interior, onde está a sílicagel, ficando o contaminante retido. O resultado é obtido com base na massade contaminante encontrada na análise da sílica gel e do volume de araspirado pela bomba e que passou pelo amostrador. Este meio é usado paraamostragem de fumos e gases ácidos em geral;

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Neste tipo de avaliação, usa-se bomba de amostragem, com vazão deamostragem que depende do tipo do agente a ser avaliado. A bomba deve serde amostragem individual e ser calibrada na vazão apropriada. Deve serdefinido o tipo de tubo a ser usado. O tempo de amostragem deve ser definidoconforme a recomendação do método 1501 do Manual de Métodos Analíticosdo NationalInstitute for OccupacionalSafetyand Health, por exemplo. Após acoleta do contaminante, o tubo de sílica gel deve ser enviado ao laboratóriopara análise.

3.4 - Avaliação com impinger

Impinger é um frasco de vidro ou material similar, onde é colocada umasolução com propriedades conhecidas, montado na extremidade de um tuboflexível ligado a uma bomba de aspiração que força o ar a passar pelo interior,

onde está a solução que retém ou reage com o contaminante. O resultado éobtido com base na massa de contaminante que reagiu, e que é encontradana análise da solução, e do volume de ar aspirado pela bomba e que passoupelo amostrador. Este meio é utilizado principalmente para amostragem degases que são de difícil retenção em outros meios de coleta.

O impinger – nesse tipo de coleta, é colocada dentro do impinger a soluçãoespecífica para o gás a ser coletado. Assim, por exemplo, na coleta de cloro,utilizam-se dois impingers com 20 ml de solução de metilorange. Já no peróxido de

hidrogênio, a solução usada é o oxisulfato de titânio. As vazões de coleta sãovariáveis, em função do método e a análise química poderá ser feita porespectrofotometria de radiação visível ou por cromatografia.

Neste tipo de coleta, é colocada no impinger a solução específica para o gása ser coletado. Assim, por exemplo, na coleta de cloro, utilizam-se doisimpingers com 20 ml de solução metilorange. Já no peróxido de hidrogênio, asolução usada é o oxisulfato de titânio. As vazões de coleta são variáveis emfunção do método e a análise química poderá ser feita por espectrofotometriade radiação visível ou cromatografia, devendo ser consultado o métodoNIOSH.

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3.5 - Avaliação com coletor passivo (dosímetro)

Coletor passivo - Os coletores passivos não utilizam bombas de sucção da amostrado ar para dentro dos coletores. O princípio usado é o da difusão, em que a amostrainterage com o carvão ativado do coletor, produzindo uma reação que é levada emlaboratório. Os amostradores são específicos para cada tipo de gás (monóxido decarbono, dióxido de enxofre, entre outros). Já para vapores orgânicos, utiliza-se ocoletor de carvão ativado, sendo a análise feita por cromatografia gasosa. 

Figura do Coletor passivo 

O tubo possui uma quantidade de material adsorvente (geralmente carvão

ativo) que é fixado na lapela da pessoa e retirado posteriormente e enviado

para análise do conteúdo. O resultado é obtido com base na massa de

contaminante encontrada na análise, coeficiente de adsorsão e desorção,

umidade relativa e tempo de amostragem. Este meio é usado para

amostragem de vapores orgânicos em geral;

3.6 – Avaliação por filtros ou membrana

Outro meio de coleta bastante utilizado nas amostragens de gases são os filtros.

Assim, há diversos tipos de gases em que utiliza esse meio de coleta, tais como:

ácido brômico (filtro de PVC de 5,0 µm de poro; formaldeído e soda cáustica (filtro

de PTFE – Teflon Filterspolytetrafluoroethylene; ozona (filtro de fibra de vidro. A

vazão da bomba depende do tipo de filtro avaliado e também da análise química

específica (consultar NIOSH).

A membrana de éster de celulose, teflon ou PVC, com diâmetro em torno de

37mm e porosidade de 0,5µm a 8µm que é montada em um recipiente

denominado cassete, com 2 ou 3 seções, e que é colocado na lapela do

trabalhador, na extremidade de um tubo flexível ligado a uma bomba de

aspiração que força o ar a passar pelo interior, onde está a membrana que

retém o contaminante. O resultado é obtido com base na massa de

contaminante encontrada na análise da membrana e do volume de ar

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8/19/2019 02 Est Ge m3 d2 Pi Aula 29 Josevan Postado

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aspirado pela bomba e que passou pelo amostrador. Este meio é utilizado

para amostragem de contaminantes particulados em geral.

3.7 - Exercício práticoI de medição de agentes químicos 

Foi realizada a avaliação da exposição ocupacional em trabalhadorexecutando serviços com dióxido de enxofre (LT = 4 ppm), conforme NR 15,Anexo 11. Os dados obtidos foram:

Vazão (Q) = 0,4 lpmMeio de coleta: tubo de sílica gel

Tempo de coleta: 2h 30minResultando da análise laboratorial: m = 0,1 mg de dióxido de enxofre.

Cálculo: Volume (V) = (0,4 lpm x 150 min) / 1.000 = 0,06 m³

Concentração = m / V = 0,1 mg / 0,06 m³ = 1,66 mg/m3

Conclusão:  a concentração obtida (1,66 mg/m³) foi inferior ao limite detolerância (4 ppm). Em consequência, não há riscos para o trabalhador.

5. Material de referência

SALIBA, Tuffi Messias, Manual Prático de Higiene Ocupacional e PPRA, Ed.LTR, 2009 – Brasil – SP

MORAES, Giovanni, Normas Regulamentadoras Comentadas e Ilustradas, EdGerenciamento Verde Editora e Livraria Virtual, 2011 – Brasil – RJ