03/01/2015 - saude - edição 3.092
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03/01/2015 - Saude - Edição 3.092 - Bento Gonçalves/RSTRANSCRIPT
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Bento Gonçalves :: Sábado :: 3 de janeiro de 2015
FOTOS REPRO
DUÇÃO
O mal das doenças crônicas
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Conhecidas pelas fortes dores, as doenças crônicas podem sim ser tratadas e seus sintomas amenizados
Jantando em famíliaO tradicional costume pode ajudar a reduzir a obesidade
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2 Sábado | 3 de janeiro de 2015
As novas tecnologias estão mudando nossa memória?
Pouco se conhece ainda sobre a capacidade que a tecnologia pode ter
de alterar as nossas funções cognitivas, em particular, a memória. O que p a r e c e , entretan-to, é que,
paulatinamente, esta tecno-logia vem se tornando uma extensão de nossa memória.
Vivemos em uma sociedade muito dinâmica e complexa, cuja informação se transfor-
ma rapidamente. Mais do que isto, essa “informa-
ção” parece replicar sem controle. Com os buscadores da internet estamos desenvolven-do muito mais estra-tégias para “achar” o que procuramos do que propriamente “lembrar” o que que-remos. Assim, talvez você não se lembre, de
bate pronto, da capital de
um país, mas com o acesso à internet, sabe como encontrar esta resposta facilmente.
Os neurologistas sempre divi-diram a memória em memória de trabalho, memória de curta duração e memória de longa duração. O fato é que hoje te-mos à disposição uma memória virtual com capacidade de ar-mazenar e resgatar informa-ções muito mais facilmente do que fazemos. A diferença é que essa memória está localizada “fora” do corpo humano e é co-letiva, ou seja, não pertence a apenas um indivíduo.
Um dos benefícios de po-der contar com um banco de dados online é deixar o cé-rebro livre para armazenar conteúdos mais relevantes. Assim, na agenda de telefo-ne e no bloco de anotações você procura um telefone do colega, o local exato do com-promisso ou a capital de um país. O ruim dessa tecnologia é a dependência que se cria. Quem, afinal, nunca ficou com raiva por causa da inter-net que não funcionou?
A tecnologia mudou, de maneira inexorável, nos-sa relação com as funções cognitivas, e este processo, daqui para frente, pare-ce irreversível. Cabe a nós “filtrar” o que é informação útil, porque o advento des-ta mesma tecnologia trouxe consigo um lixo eletrônico perturbador, que gera ansie-dade e atrasa a procura por informação “de verdade”.
Fonte: minhavida.com.br
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As doenças crônicas e seus riscos
Uma doença é conside-rada crônica quando persiste por períodos
superiores a 6 meses e o tra-tamento não consegue curá--la em um curto espaço de tempo. Todos os médicos costumam se deparar com doenças consideradas crôni-cas. Algumas até são consi-deradas transmissíveis como a própria AIDS, a hepatite, a sífilis e podem ser adqui-ridas em função do próprio estilo de vida da pessoa. Os doentes muitas vezes tem conhecimento da sua doen-ça, porém, existem situa-ções em que apenas os fami-liares dão informados deste quadro. Como exemplo das principais doenças crônicas podemos citar o diabetes (doença do açúcar), doen-ça de Alzheimer (doença no envelhecimento da pessoa), a pressão alta, a doença das coronárias (coração), a doença asmática, a AIDS, o colesterol elevado. O pró-prio câncer pode ser consi-derado uma doença crônica. Também a obesidade (ser muito gordo), o alcoolismo e o tabagismo podem ser con-siderados doenças crônicas. Nas crianças, a mais comum é a asma. Aqui temos que perguntar, para evitar esses problemas, as pessoas pode-riam fazer exames de rotina de tempos em tempos? Com certeza! Todas as mulheres (e também as adolescen-tes) quando começam a ter relações sexuais deveriam fazer seus exames com gi-necologista. Nos homens, depois dos 40 anos o exame de próstata também se tor-na necessário. A partir dos 35 anos de idade todas as pessoas deveriam fazer uma consulta anual com o cardio-logista. As doenças crônicas não tem uma idade certa para se manifestarem, po-rém costumam ocorrer com mais frequência na medida em que as pessoas avançam na idade. Talvez até em fun-ção disto, deveríamos falar maus em prevenção des-tas doenças do que em seu tratamento. A simples mo-dificação do estilo de vida já pode reduzir o risco de se desenvolver semelhante quadro. Assim, uma dieta
Fonte: Folha do MatePor: Ivan Seibel
É indiscutível a importância de sempre fazer os exames de rotina
com frutas, vegetais e cere-ais integrais, a substituição de gordura animal por gor-duras vegetais e a redução do sal e dos açúcares na ali-mentação diária será muito útil ao organismo. Tudo isso, associado a muito exercício físico, ao abandono do taba-
gismo e ao consumo muito moderado de bebida alcoó-lica fará com que a pessoa possa viver muito mais tem-po e com muito mais quali-dade de vida.
REPRODUÇÃO
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4 Sábado | 3 de janeiro de 2015
REPRODUÇÃO
Jantar em família reduz o risco de obesidade
Os padrões das refeições na sociedade urbanizada atual mudaram bastante
em relação a um passado re-lativamente recente, tanto na forma quanto no conteúdo. As dificuldades de deslocamento têm obrigado, já faz algum tem-po, às pessoas almoçarem fora de casa nas grandes cidades. Por sua vez, a industrialização dos alimentos, a tecnologia e a avalanche de mídias - internet e seus derivados, celulares e seus aplicativos, computadores e seus programas e TVs com centenas de canais - reduziram o jantar de grande parte das fa-mílias a um bip do aparelho de micro-ondas, onde o alimento do pacote, previamente prepa-rado por terceiros e congelado, vai ser ingerido individualmente no quarto com seus aparelhos eletrônicos, ou mesmo na sala ou na cozinha em frente a uma TV. Um ato solitário, onde as no-tícias do mundo ou a novela pa-recem ter mais importância que as notícias da família.
Já há alguns anos vários es-tudos científicos têm avaliado as consequências deste novo Fonte: abcdasaude.com.br
padrão sobre diversos aspectos do desenvolvimento de crianças e adolescentes, desde a saúde até a socialização. No mês de outubro foi publicada uma nova pesquisa que analisa o risco de obesidade em crianças e adultos conforme o ambiente e a for-ma que é realizado o jantar. Foi examinada, em 190 pais e 148 crianças, a relação entre os há-bitos familiares do jantar com o índice de massa corporal (IMC), que é um indicador de sobrepe-so e obesidade. Alguns estudos já haviam demonstrado que o IMC é sensível a outros fatores de estilo de vida, como atividade física, tomar café da manhã todos os dias e padrão de renda. Algumas questões da pesquisa, dentre ou-tras, dirigidas aos pais, eram so-bre quantos dias, em uma sema-na típica, eles participavam do jantar com os filhos, se conver-savam como tinha sido o seu dia e se a TV estava ligada durante o jantar. A atenção do estudo não se concentrou no alimento em si, mas na socialização envolvida no ato de jantar em família.
Os resultados demonstraram que os adultos e crianças de
famílias que se reúnem na sala de jantar ou na cozinha para comer, que ficam na mesa até a última pessoa terminar e que mantém a TV desligada duran-te o jantar, têm menor IMC, ou seja, são mais magras. Comer em qualquer outro lugar que não a cozinha ou sala de jantar está associado a um maior índi-ce de massa corporal, tanto em adultos quanto em crianças.
Uma interpretação dada pe-los pesquisadores a estes resul-tados é que a forte e positiva socialização durante o ato do jantar familiar pode sobrepor a necessidade da criança comer demais. Entretanto, a ligação entre os hábitos do jantar e o IMC não significa, necessaria-mente, que um seja diretamen-te causador do outro, porém a associação entre um e outro ficou bem estabelecida.
Mesmo que as razões des-ta relação não sejam ainda claras, o jantar se apresenta como um importante aliado na prevenção da obesidade e na sensação de bem-estar.