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04-02-2010 10ª Edição Volume 4
Foi-nos proposto pelo nosso professor, no âmbito da disciplina de ciências, a participação num concurso promovido pelo site www.cienciaviva.pt, com o objectivo de responder a uma pergunta, “O que dizem os macroinvertebrados da poluição da tua zona?”. Com o propósito de responder a esta pergunta começámos por recolher material no rio Trancão e na lagoa de Albufeira e na ribeira de Quarteira, no Algarve, três locais distintos para termos informações suficientes para realizar este trabalho. Recolhemos amostras de água e de sedimento, debaixo de água, em zonas distintas das diferentes superfícies aquáticas, que depois analisámos no laboratório, disponibilizado pela escola para efectuar o trabalho com os materiais necessários. Com o procedimento adoptado podemos aprender um pouco mais sobre o que nos rodeia nomeadamente, no que toca aos rios, a qualidade da água e os animais que neles vivem, e os níveis de poluição que os afecta, que em consequência da acção humana provoca nos mesmos efeitos negativos. Para além disso, em relação à parte técnica do trabalho, aprendemos, com diversos procedimentos que serão indicados no decorrer do trabalho, a analisar as espécies e a identificar as mesmas com diferentes pormenores, o que demonstra que é preciso muita paciência e empenho.
ÍNDICE
- Material: • Campo • Laboratório - Metodologia • Antes da Saída • Saída de campo • No Laboratório - Resultados - Entrevista - História do Peixe no
Rio Trancão
- Bibliografia
Ribeira de Algibre
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A MÃE NATUREZA
PROCEDIMENTOS:
Antes - Escolher o local Investigar sobre o local
Saída - Com a pá recolher uma amostra de sedimento da zona submersa
Adicioná-la num saco de plástico Identificar a amostra Recolher uma 2ª amostra num
local diferente Retirar uma amostra da água do
rio Colocá-la numa garrafa de
plástico Transportar as amostras para o
laboratório
Laboratório - Recolocar a amostra no passador Lavar com água Transferir a totalidade do sedimento lavado para o tabuleiro Colocar uma parte da amostra numa caixa de petri Verificar a amostra no microscópio Identificar os possíveis macroinvertebrados Colocá-los num frasco próprio Aplicar álcool 95% Identificar os macroinvertebrados com a ajuda do guia Preencher a tabela de cálculo de família Concluir sobre a qualidade da zona amostrada, utilizando a tabela de classes de qualidade
MATERIAL:
Campo Botas de Borracha Pá Garrafa Saco de Plástico Etiquetas Máquina fotográfica Termómetro Etiquetas GPS
Laboratório Caixa de Petri Pinça Microscópio Lupa Binocular Tabuleiro Frascos Água Corrente Passador Álcool 95% Guia de identificação de
macroinvertebrados Colher
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A MÃE NATUREZA Fichas de identificação do local
Nome do local: Ribeira de Algibre
Latitude e longitude:
Largura do rio: na zona estudado eram 3/4m
Tipo de sedimentos: calcário
Leito do rio:
Corrente do rio: forte
Uso do solo na proximidade: natural
Vegetação das margens: muita
Nome do local : Rio Trancão
Latitude e longitude: 38°47’46.22”N e
9°5’56.20”W
Largura do rio: 41 metros
Tipo de sedimentos:
Leito do rio: alterado
Corrente do rio: pouco forte
Uso do solo na proximidade: uso
urbano
Ph: 7.22
Temperatura da água: 9º
Presença e tipo de lixo nas margens: Não
Presença de tubos de descarga de esgotos: Não
Vegetação das margens: sim
Vegetação no curso de água: não
Ph: 6.4
Temperatura da água: 10°
Presença e tipo de lixo nas margens: não, apenas
ramos
Presença de tubos de descarga de esgotos: em
algumas zonas
Vegetação das margens: sim
Vegetação no curso de água: não
Ph: 7.22
Temperatura da água: 13°
Presença e tipo de lixo nas margens: existe lixo
doméstico
Presença de tubos de descarga de esgotos: não
existe
Nome do local : Lagoa de Albufeira
Latitude e longitude: 38°30’48.59”N e 8°
10’03.00”W
Largura do rio: depende das zonas
Tipo de sedimentos:areia
Leito do rio: alterado
Corrente do rio: muito fraca
Uso do solo na proximidade: natural
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A MÃE NATUREZA
Resultados e sua discusão
Rio Trancão - com base nos estudos feitos por outros, como a Universidade de Coimbra Faculdade de Ciências e Tecnologia (como projecto Ecoriver e Inovation), a Faculdade Nova de Lisboa, de acordo com os resultados obtidos pelos serviços Município de Loures, do Instituto de Água I.P, e de acordo com as medidas tomadas quando a Expo 98, com as tentativas de melhoria das águas do Rio Trancão pela Quercus e pela Etar de Frielas, os nossos resultados deste mesmo estudo sugerem que o rio está extremamente poluído.
A existência de seres bioindicadores como as lavas e os peixes (Chondrostoma olisiponensis) reforçam os nossos resultados, tanto a não existência como a existência de vida animal são bioindicadores de boa ou má qualidade da água. O método por nós utilizado não é o único, pedimos que façam estudo regulares ao Rio Trancão com outros métodos. Em função das tabelas fornecidas pelo site do Ciência Viva de índice da qualidade biológica da água BMPW’ (Alba-Tercedor & Sanchez - Ortega e Roaring fork conservancy) que a pontuação total é 3 (EXTREMAMENTE POLUÍDO). Neste artigo um excerto de uma entervista sobre a Poluição do Rio.
Entrevistador: Boa Noite, na passado terça-feira, o Benfica eliminou o Sporting da Taça da Liga por 4-1. Os DZRT estão de volta com um novo CD, a tentar manter o sucesso do álbum anterior. E já a seguir neste Jornal Nacional a Grande entrevista feita a alguns moradores satisfeitos ou não com a qualidade da água da zona onde vivem.
(...)
Entrevistador: Novamente Boa Noite, como o nosso secretário de estado do Ambiente, Humberto Rosa está engripado, temos connosco, não Carlos Teixeira, presidente do Conselho de Loures, mas um representante da Quercus, Universidade Nova de Lisboa (Faculdade de Ciências e tecnologia) e da ETAR de Frielas. Estamos aqui para discutir e solucionar a poluição existente no rio Trancão. Passando aqui a palavra a ...
Representante da Quercus: Como todos sabem, se não sabem deviam sabem que o Rio Trancão pertence a uma lista de rios que estão com muito má qualidade da água, segundo o estudo apresentado por nós, Quercus, em 2008. Os resultados apresentados são verdadeiramente preocupantes.
Representante da Universidade Nova de Lisboa: Pelo que sabemos o instituto da água, no período de 1996/1997 a 2000/2001, averiguou num total de 49 valores, um valor de concentração de nitrato de 43,55 mg/L. Toda a sua lixeira provem das descargas de águas residuais urbanas, em particular, da ETAR de Frielas. Nestas condições, foi identificado como zona sensível, o rio Trancão desde a nascente até à foz.
Representante da Quercus: Sabemos também que foi proposta da Expo 98 a construção de uma Etar para o tratamento de águas residuais e para avaliar a qualidade da água. O controlo da qualidade da água do Rio Trancão, é efectuado semanalmente, recorrendo ao uso de sondas portáteis.
Representante da Universidade: Alguns dos nossos alunos fizeram um estudo que implicava ir ao local recolher amostras, tirar fotografias e muito mais trabalho. E concluíram que de todos os afluentes do Estuário localizados na margem Norte, o Rio Trancão e o que contribui de forma mais acentuada para a poluição do Rio Tejo, na medida em que lança para o rio elevadas quantidades de substancias contaminantes, nomeadamente metais pesados.
Representante da Quercus: Como se isto tudo não bastasse existem duas Etars que, supostamente, tratam das águas, com todos os avisos feitos para a não poluição do Rio Trancão, sendo ele um afluente do Tejo, a população ali existente insiste que há-de lançar o lixo ao rio. Nestas circunstâncias, a linha de água do Rio Trancão , em termos de poluição das suas águas, pode classificar-se como um esgoto a céu aberto, condicionando de forma altamente negativa a qualidade da água do Estuário do Tejo.
Representante da ETAR: A ETAR de Frielas, tendo entrado em funcionamento em 1999, proposta apresentada a quando a Expo 98, constitui uma peça essencial no processo de recuperação do Rio Trancão, contudo o seu funcionamento teve efeito até ao ano seguinte e entre 2000 e 2001. A Etar através das tecnologias avançadas incorporou nas águas um tratamento por r ultra-violeta com uma capacidade para tratar esgotos equivalentes àqueles produzidos por 700 mil habitantes. Entrevistador: Sendo assim com esse tipo de tratamento o que aconteceu ao rio para ficar assim?
Representante da ETAR: Desde meados do século XX, o Trancão tornou-se tristemente célebre pelas descargas poluentes efectuadas por fábricas de ambas as margens do rio, ao longo de toda a sua extensão, que fizeram dele um rio moribundo e de odor nauseabundo. No entanto, no seguimento do projecto da EXPO 98, foi contemplada a sua completa despoluição, processo que se vem verificando desde então, e que passou, nomeadamente, pela construção da ETAR em Frielas tendo em vista a sua reabilitação à pouco tempo.
Entrevistador: Sendo o Rio Trancão um rio afluente do Tejo, sendo as suas margens utilizadas para a construção de fábricas, armazém, tendo vegetação nas margens, sendo a sua temperatura fora do normal devido à poluição ali existente, e a inexistência de vida animal faz do Rio Trancão um rio poluído. Deixamos aqui uma mensagem muito importante «Um rio sem poluição é um projecto do coração». Todos nós temos de pensar no hoje, amanhã e depois. »
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A MÃE NATUREZA
Ribeira de Algibre ou de Quarteira - Acerca dos resultados que obtivemos na ribeira e com os estudos realizados por outros investigadores, indicam que esta está poluída ou em vias de.
À falta de macroinvertebrados leva-nos a por em hipótese a poluição desta ribeira que pode ter levado os animais a abandonar a zona ou podem mesmo ter morrido, e também em função de outros estudos elaborados.
Aconselhamos que se façam estudos regulares, para ver a qualidade da água desta ribeira, que alertem a população, pois é esta que provoca a poluição, com os cuidados a ter. Por fim que se construa uma Etar próxima, para diminuir as descargas para a ribeira.
Poluição da Lagoa
Lagoa de Albufeira - a Lagoa é alvo de descargas de lixo doméstico, o que leva muitas pessoas a deixas de frequentar a praia e passarem a denomina-la com O Pântano de Albufeira. Há falta de estudo realizados neste local pedimos que o façam para bem de nós e da Terra.
Foram encontrados aqui conjunto de búzio e conchas. Da qual pertencem ás famílias: Sphaeridae, Planorbidae, e Cerithiidae, e a soma das suas pontuações dá nove com as tabelas acima referidas o que aponta que a Lagoa está extremamente poluída.
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A MÃE NATUREZA
O peixe Aníbal
-O meu peixe Cotsubichi, de aquário, contou-me uma história, pois eu estava muito confusa com os estudos do Rio Trancão.
A história era assim:
Era uma vez um peixe chamado Aníbal que vivia na Ribeira das Romeiras, que fica na fronteira com Unhos e São João da Talha. Ele estava farto de ser comandado pelos seus pais, então decidiu sair de “casa”, dirigindo-se para o Rio Trancão, pois achava que como era o RIO seria muito melhor e que iria ter uma vida estável.
Depois de uma longa e difícil viagem Aníbal encontrou um bom sítio para viver. Conseguiu continuar a sua vida confortável durante dois anos, até que um dia o Rio foi alvo de uma descarga de esgotos. Os componentes fizeram com que o peixe ficasse fraco.
Houve uma altura e que Aníbal estava a passar por um momento de fraqueza devido à poluição, mas para sua sorte apareceu um peixe fêmea, a Balbina.
Mais tarde ambos começaram a apaixonar-se e a querer ter peixinhos mas se continuassem a viver naquele rio seria impossível, por isso, chegaram à conclusão que para os seus “filhos” serem saudáveis e felizes teriam de se mudar para outro rio porque até os afluentes do Rio Trancão estavam a ficar poluídos, então levaram os pais de Aníbal com eles.
Contudo nem tudo correu bem ao chegar perto do Rio Tejo Balbina engolira um pedaço de metal achando que era comida e acaba por morrer.
-Mas este peixe existiu mesmo – perguntei eu.
-Claro, era o meu tetravô - respondeu Cotsubichi.
In Histórias de Verdade,
Catarina e Mariana, Chefe de edição Alexandra , Ilustrações Carolina
NÃO PERCA A PRÓXIMA
EDIÇÃO!
SAIBA TUDO SOBRE O
M I S T É R I O D O
T R I Â N G U L O D A S
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E AINDA MAIS SOBRE O
PROJECTO OEANOS
FICHA TÉCNICA:
AS RAINHAS DA NATUREZA
CAROLINA FONSECA - Nº3410
ALEXANDRA PEREIRA - Nº 3924
MARIANA MONTEIRO - Nº4325
CATARINA SOARES - Nº4863