04/11/2015 - jornal semanário - edição 3179

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Setor moveleiro Exportações têm forte queda Retração nos negócios com o exterior chega a 25% e perspectivas para 2016 são preocupantes Páginas 6 e 7 Em apenas 30 dias, consumidor acompanhou três variações de preços em Bento Gonçalves BENTO GONÇALVES Quarta-feira 4 DE NOVEMBRO DE 2015 ANO 48 N°3179 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br O sobe e desce da gasolina nos postos CRISTIANO MIGON Combustíveis Página 10

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04/11/2015 - Jornal Semanário - Edição 3179 - Bento Gonçalves/RS

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Page 1: 04/11/2015 - Jornal Semanário - Edição 3179

Setor moveleiro

Exportações têm forte quedaRetração nos negócios com o exterior chega a 25% e perspectivas para 2016 são preocupantes Páginas 6 e 7

Em apenas 30 dias, consumidor acompanhou três variações de preços em Bento Gonçalves

BENTO GONÇALVESQuarta-feira4 DE NOVEMBRO DE 2015ANO 48 N°3179

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

O sobe e desce da gasolina nos postos

CRISTIAN

O M

IGO

N

Combustíveis

Página 10

Page 2: 04/11/2015 - Jornal Semanário - Edição 3179

Quarta-feira, 4 de novembro de 20152 Opinião

O impacto do lixo nas mudanças climáticasNunca produzimos tanto lixo como atualmente. O Brasil está

na quinta posição entre os que mais produzem lixo no mundo, atrás de Estados Unidos, China, União Européia e Japão. Para ter-mos uma ideia, por dia, produzimos cerca de 192 mil toneladas de lixo. Deste total, cerca de 41%, ou 79 mil toneladas, não tem destinação correta.

Tanto lixo também é resultado do crescimento da produção de produtos industrializados, embalagens (representa cerca de um terço do lixo doméstico) e do nosso ciclo de vida, onde consumimos para sobreviver. O fato é que todo esse lixo gerado vai para lixões e gera biogás, um dos principais causadores do efeito estufa, além de gás carbônico, entre outras impurezas. Todos esses gases são prejudiciais para o meio ambiente.

Recentemente, observamos mudanças climáticas e instabilida-des ambientais em várias partes do país. Por exemplo, a chuva for-te que chegou a Porto Alegre e alcançou mais da metade da média histórica do mês de outubro, ou as catástrofes ambientais regis-tradas em Manaus, também com fortes chuvas e alagamentos. Em São Paulo, não é possível definir em que estação estamos. Um dia faz muito calor, em outro frio abundante. Segundo alguns meteo-rologistas, o próximo verão promete ser um dos mais quentes de todos os tempos no país, com temperaturas que vão chegar aos 40ºC por vários dias seguidos.

Mas qual será a relação entre essa instabilidade climática e o montante de lixo produzido? Total! As mudanças climáticas têm li-gação direta com a má destinação e os efeitos que os gases gerados pelos lixos causam na atmosfera, como o aquecimento global, tema

hoje tão discutido por entidades especialistas. Claro que outros fa-tores contribuem para o aquecimento da Terra, como as queimadas e o contínuo desflorestamento, mas a questão do lixo é algo que podemos mudar. O estilo de vida do brasileiro contribui para que produzamos cada vez mais lixo e que todo esse ciclo se repita.

Pequenas mudanças em nossos hábitos poderiam minimizar es-ses impactos. Claro que você pode pensar: “minhas atitudes não vão comprometer o futuro do planeta”. Esse é um engano comum. Pe-quenas ações, como implantar um pequeno sistema de reciclagem em casa, incentivando a família e até amigos a também reciclarem, comprar de empresas que têm essa visão sustentável, atuar contra o desperdício e repensar os produtos que você consome, são importan-tes medidas que irão contribuir com o meio ambiente.

Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que se todo o resíduo reaproveitável atualmente enviado a aterros e lixões em todo o país fosse reciclado, a riqueza gerada poderia chegar a R$ 8 bilhões anuais. Agora, pense nes-se montante investido em iniciativas em prol do meio ambiente e durante gerações. Claro que a discussão é muito mais abrangen-te. É necessária uma mudança de cultura. Porém, se ninguém se atentar para essas mudanças rapidamente, corremos o risco de não ver no futuro o mundo que conhecemos hoje. Cabe a cada um de nós decidir.

FRANCISCO OLIVEIRA Engenheiro Civil

Artigo

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

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Marcelo DargelioBastidores

Na semana passada recebi por e-mail algumas fotos denuncian-do agentes de trânsito estaciona-dos em vagas de deficiente, faixa amarela e locais que seriam proi-bidos, com aquela famosa deixa: “Duvido tu publicar”.

Pois, realmente, não irei publi-cá-las, até porque, tudo depende da situação em que a viatura dos agentes se encontrava. Sei mui-to bem que os leitores da coluna sempre estão alerta para infra-ções de trânsito e situações de ris-co ou desrespeito nas vias. Quan-do o veículo que comete o ato

irregular está associado a órgãos públicos ou autoridades de trân-sito, que deveriam dar o exemplo, a indignação é ainda maior.

Mas, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os ve-ículos prestadores de serviço pú-blicos e de fiscalização de trânsito possuem livre parada e circula-ção quando em atendimento de ocorrência e fiscalização. No caso das fotos enviadas pelos leitores, não dá para ter certeza se a fisca-lização ocorre ou não. É bom os agentes ficarem ligados, pois o povo está de olho.

Agentes de trânsito

Neste feriadão aproveitei para fazer um tour com a família, via-jando e conhecendo vários lugares do nosso interior. Ainda não ti-nha utilizado a ERS-239, rodovia que corta os municípios de Novo Hamburgo, Sapiranga e Taquara, e fiquei surpreendido com a sua manutenção e boa sinalização.

Trata-se de uma rodovia dupli-cada, com asfalto de boa qualidade e, pasmem, pedágio de apenas R$ 2,40. Tal benfeitoria deixou-me ainda mais indignado com o desca-so das rodovias na região de Bento

Gonçalves, em especial a BR-470, a RSC-453 e as ERSs 444 e 431.

Sou um motorista favorável aos pedágios, principalmente quando vejo trechos bem cuidados, como os da ERS-239, ao qual não me importaria de pagar até mais. Isso porque, na região de Gramado e Canela, onde se paga R$ 6,90 o pe-dágio, não encontramos as mesmas condições de tráfego. Falando nis-so, gostaria de saber onde estão os que comemoraram o fim do pedá-gio de Farroupilha. Provavelmente em um dos buracos da RSC-453.

ERS-239

Reclamando de barriga cheia

Futuros candidatosFaltando 11 meses para as

eleições municipais, sempre te-mos aqueles palpites de quem serão os candidatos a prefeito no ano que vem. Por isso, que-ro deixar registrado alguns no-mes para ver se as candidatu-ras irão se confirmar em 2016. Lembrando que esses possíveis candidatos não confirmam ofi-cialmente tal candidatura.

Entre alguns dos nomes fa-lados está o do vereador do PT Moacir Camerini, que pode estar deixando o partido em

março e filiando-se ao PDT, que teria interesse em lançá-lo como candidato da sigla. Fala--se muito também no empre-sário Paulo Caleffi, que pode-ria aparecer como uma aposta do PSB, que oficialmente nem foi criado em Bento, mas deve aparecer com força nas eleições do próximo ano. Também mui-to comentado e nunca esqueci-do está o nome do ex-prefeito Roberto Lunelli, que iria para uma espécie de tira-teima nas urnas com o prefeito Pasin.

Nós, que moramos em Bento Gonçalves, adoramos criticar a ci-dade de uma forma geral. Seja pe-los seus restaurantes não abrirem no domingo até mais tarde, prin-cipalmente na área central, seja pela forma como são recebidos os turistas. Talvez sejamos um povo exigente demais com tudo o que temos aqui. Reclamamos, muitas vezes, de barriga cheia.

Estive neste final de semana em Canela, Três Coroas, Igreji-nha, Nova Hartz e também Por-to Alegre. Em todos estes locais não encontrei o que encontro

em nossa Bento. Algo como ruas limpas e gastronomia diferencia-da. Quando me perguntavam de onde eu vinha, não faltou quem comentasse: “Ah, não dá pra ti comparar Bento com a nossa ci-dade. Lá é a Europa brasileira”.

Na capital, cheguei em uma loja no Barra Shopping Sul e, quando disse que era de Bento, a dona da loja exclamou: “As melhores co-midas da minha vida eu comi na tua cidade. Não tem gastronomia igual a que vocês têm por lá”. Isso é apenas uma pequena amostra do quanto somos valorizados aí fora.

FAZ PARTE DA SUA VIDA

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PainelQuarta-feira, 4 de novembro de 2015 3Opinião

Três importadores nor-te-americanos desembar-cam no Brasil na próxima semana para uma edição especial de Projeto Com-prador com designers do Projeto Raiz – iniciativa da Apex-Brasil e do Sindmó-veis Bento Gonçalves que impulsiona as exportações do serviço do designer. As rodadas de negócios acontecem até hoje, em São Paulo, amanhã, 5, no Rio de Janeiro, e na sexta--feira, 6 de novembro, em Bento Gonçalves.

Participam do projeto na capital paulista os estúdios Fahrer Design, FIXTTI - Camila Fix e Flávia Pagotti Silva, Girona Design, NDT

Design, Paulo Alves, Qua-drante Design, Studio B e Studio Marton. No Rio, quem se reúne com os importadores são os de-signers do Em2 Design, Estudiobola, Guto Índio da Costa e Mameluca. Na Serra Gaúcha, Eulália An-selmo, Faro Design e Mar-ta Manente são os estúdios participantes. Serão mais de 50 rodadas nas três ci-dades, que devem gerar negócios nas áreas de li-cenciamento de projetos e exportação de produtos assinados.

Os importadores são dos Estados Unidos, de acor-do com o posicionamen-to estratégico criado pelo

projeto para os estúdios de design. Os convidados são lojistas da BDI USA, Matter Matters Switch Modern. O Projeto Com-prador coincide com a Semana de Design do Rio de Janeiro, programação que ocorre de 4 a 8 de no-vembro democratizando o acesso ao design e refor-çando a cidade como polo da Indústria Criativa.

O Projeto Raiz represen-ta o braço do design den-tro do Projeto Orchestra Brasil, desenvolvido desde 2006 pela Apex-Brasil e pelo Sindmóveis. A nova marca expressa a soma de culturas que alimenta a criatividade nacional.

Após cinco anos de projetos, trabalhos e espera, o Restau-rante do Serviço Social do Co-mércio (Sesc) de Bento Gon-çalves, Solarium, inaugurou ontem, 3 de novembro. O local é exclusivo para comerciários e empresários de bens, serviços e turismo com o cartão Sesc/Senac. Os associados terão diariamente um buffet livre elaborado por nutricionista e o custo por almoço será de R$ 7 para comerciários e R$ 8,50

para empresários. O cardápio é composto por seis tipos de saladas, arroz, feijão, quatro acompanhamentos, carne e suco, além de sobremesa. O espaço de 172,34 metros qua-drados comporta 102 lugares e tem previsão de servir 400 refeições diárias. O funciona-mento será de segunda a sába-do, das 11h15min às 14h no 15º andar do Palazzo Del Lavoro, localizado na avenida Cândido Costa, 65, Centro.

Projeto Comprador

VRS- 855 não recebeu material

Feira do Artesanato

Restaurante do Sesc

O Daer anunciou na semana passada que irá restaurar o trecho da ERS-431, entre a localidade de Santa Barbara e a ERS-129, em Dois Lajeados. Será que, depois de 20 anos de espera, esta obra vai sair do papel?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Apesar das promessas do Daer de entregar material as-fáltico até a segunda-feira, 26 de outubro, a prefeitura de Pinto Bandeira ainda não viu nem sinal do asfalto. O mate-rial é para o término das obras de reconstituição da VRS-855 que sofreu com as chuvas de setembro e outubro.

A pista, que estava quase intransitável no início do mês passado, começou a ser re-constituída devido a uma par-ceria entre Daer e prefeitura. O órgão do Estado precisaria doar o material para que os trabalhadores do Executivo Municipal pudessem realizar a obra. No entanto, quando os trabalhos estavam em 65%, a entidade não enviou mais o asfalto e os reparos foram pa-ralisados.

O Daer informou que os trâ-mites de compra demoraram além do previsto e que o mu-nicípio precisa aguardar até que o material chegue. O pre-feito lamenta a situação.“Está tudo igual. Ainda não recebe-mos nada”, garante o prefeito João Pizzio.

A Via del Vino recebe a partir da sexta-feira, 6 de novembro, a Feira de Artesanato. Serão 30 expositores, com produtos em palha, madeira, tecidos, entre outros. A feira ocorre das 10h às 19h.O objetivo, explica o se-cretário municipal de Turismo, Gilberto Durante, é valorizar a

prática. “O artesanato desen-volve importante papel para a economia e é de grande impor-tância em cidades turísticas. Ao visitarmos um local, queremos levar para casa um pouco da-quilo que vivenciamos, algo que remeta à cultura daquele lugar”, explica o secretário.

Use a hashtag #jornalsemanario no Instagram e compartilhe suas fotos conosco

A leitora Keile Bassani enviou o registro de seu pai trocando o papel pelo digital. Agora, ele só lê o Semanário pela internet.

Foto do Leitor

Semáforo

PARE!

ATENÇÃO

SIGA!

Para o descaso do Daer com as rodovias da região de Bento.

Para as tabelas desatualizadas publicadas no site da Semjel.

O bom trabalho realizado pelo técnico Cristiano Fronza com o sub-17 do Esportivo.

CAIA

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ARTIN

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Quarta-feira, 4 de novembro de 20154 Geral

Paulo Vicente Caleffi

Crônica

Dentre tantas expressões que herdamos da colonização italiana muitas são provenientes da descarga do gênio interno de homens rudes que aqui vieram e, a despeito das dificuldades, venceram.

Deve ter sido durante uma martelada no dedo, ao pregar um arame na cerca, que se dis-se o primeiro “pórco” (se pronuncia com acen-tuação aguda no primeiro ‘o’).

Muitas razões geraram outras denominações para designar momentos os mais diferentes: “pórco zio”, para um parente mal-quisto; “pór-ca fumana”, “pórca mastela” e, aqueles mais exaltados e menos religiosos também larga-vam seu “pórco dio”, uma blasfêmia.

O Seu Pedro, fervoroso católico, repreendia todos os clientes que blasfemavam no recinto de seu armazém.

Um sapateiro famoso de Bento Gonçalves, sabendo que o Seu Pedro repetia o mesmo percurso para assistir missa na Santo Antônio, espreitava até que ele chegasse mais próximo e, ao bater o couro para uma sola de sapato, fingia uma martelada errada e lá vinha “pór-co” de tudo que é forma.

Vez por outra o Seu Pedro se atrasava para a missa de tanto discutir com o sapateiro. Acho que os dois sabiam que era apenas pretexto mas valia por um bom papo.

Sábado, início do feriadão, saí com a famí-lia para almoçarmos juntos num restaurante da cidade e, ao regressar para casa, tinha um enorme exemplar de cocô de cachorro na gra-ma recém aparada. Horrível de olhar e não tinha como desviar os olhos. Estava bem ali, postada em frente a porta de entrada.

Minhas visitas, que vieram para o Dia de Finados, disfarçadamente viravam o rosto e quase que meu neto pisou naquela bosta.

Fui buscar dois saquinhos plásticos e com a respiração trancada fui catar os “petolotes”. Uma merda!

Já tinha catado metade num saquinho en-quanto o outro me servia de luva e, por um descuido, encostei naquela coisa.

- “PÓÓÓÓÓRCO CAAANE!”Certamente vocês sabem o que isto quer dizer.

Todos os detalhes são impor-tantes para garantir excelen-tes resultados na época mais representativa para o comér-cio: o Natal. Mais do que uma equipe qualificada e estoque planejado, investir em deco-ração é fundamental para re-ceber clientes e incrementar as vendas. Contribuindo com os lojistas diante desse desa-fio, a CDL-BG promove o cur-so de Vitrinismo Natalino nos dias 10 e 11 de novembro, das 19h30min às 22h30min, na sede da entidade.

Direcionado para gerentes, atendentes e interessados de todos os segmentos do setor varejista, busca preparar os lo-jistas para o período de maior movimento do ano. “A CDL--BG desenvolve um trabalho contínuo, oferecendo oportu-nidades de qualificação técnica

CDL promove curso de Vitrinismo

Carbone afirma que a CDL segue com alternativas de qualificação

Natal

Porco cane

para os profissionais do seg-mento ao longo de todo ano. Para a época mais representa-

tiva do comércio, é fundamen-tal intensificar os treinamentos para que os profissionais pos-sam não só tornar seus negó-cios mais competitivos mas, ainda, apresentar diferenciais para seu público”, afirma o presidente Marcos Carbone.

No curso os participantes po-derão conferir dicas de painéis para vitrines com materiais ba-ratos e alternativos, indicações de como fazer displays, orien-tações para cenários natalinos tradicionais e modernos, além de dicas de criação, desenvolvi-mento e montagem da vitrine. O investimento para participar é de R$ 100 para associados e R$ 120 para não associados. Os interessados podem realizar suas inscrições até o dia 9 de novembro pelo fone 3455.0566 ou pelo e-mail [email protected].

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Quarta-feira, 4 de novembro de 2015 5Geral

à saúde nas áreas de captação, tal qual a presença de cianeto, alumínio e ferro. “Em um dos pontos de amostra do estudo contabilizamos cianeto suficien-te para matar de 90 a 80 mil pessoas, variando pela fisiologia de cada um”, revela. De acordo com o palestrante, o cianeto é utilizado por diversas indústrias

na região, sendo que a prefeitu-ra interditou uma empresa com suspeitas de lançamento do pro-duto na bacia de captação.

Citando trechos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), na segunda parte da palestra, Riboldi mostrou aos poucos presentes na Câmara de Ve-readores planilhas sobre a in-

termitência dos serviços reali-zados pela prestadora durante os anos. Apontando falhas na transparência dos documen-tos, o palestrante fez duras criticas à Corsan. “Em agosto de 2012 houve um problema nas bombas da distribuidora e diversos pontos da cidade ficaram sem água, porém, es-tes eventos não aparecem nos relatórios apresentados a nós”, critica. De acordo com ele, em 2013 a negativa na falta de abastecimento nos documen-tos da prestadora também se repetiu, contudo, foram reali-zadas 13 mil ligações para re-clamar de falta de água. “Será que todos os que ligaram nesse ano fizeram trote?” questiona. A falta só é comprovada em do-cumentos de 2015.

Na conclusão do debate, o farmacêutico ressaltou que se o munícipe não concorda com a situação, deve se manifestar em contrariedade, buscando

seus direitos. “Os custos fi-nanceiros de não se resolver estes problemas serão intensi-ficados por doenças e até óbi-tos precoces”, assegura.

A sessão também contou com a presença do representante da Corsan, Igor Carraro, que con-trapôs alguns pontos apresenta-dos pelo palestrante. De acordo com ele, o calculo realizado pelo orador durante a apresentação para expor a qualidade na água não tem base em nenhum tipo de equipamento ou análise, e como resultado poderia alarmar a população. Carraro também explanou sobre a coleta material para a análise de cianobactérias. “Na barragem onde é captada a água é feita mensalmente a análise e em momento algum apresentava risco à população”, afirma. O manifestante tam-bém criticou a clareza dos dados apresentados, pois segundo ele, existe a mescla entre dados de água bruta e tratada.

A 10ª Reunião da Frente Par-lamentar de Saúde na quin-

ta-feira, 29, foi o palco de um debate preocupante sobre a qua-lidade da água consumida pela população bento-gonçalvense. Ministrada pelo técnico farma-cêutico da Vigilância Ambiental, Artêmio Riboldi Júnior, a pales-tra “Descumprimento da Legis-lação Brasileira e dos Direitos Humanos no Fornecimento de Água Potável”, trouxe à tona da-dos sobre a situação do produto final ingerido pelos munícipes.

Apresentando slides de um estudo iniciado em 2009, quan-do teve acesso a uma análise da Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan), onde constava a presença de chumbo em 20% das amostras coletadas na água potável distribuída na cidade, Riboldi pontuou a pre-sença de toxinas prejudiciais

Palestra ministrada pelo farmacêutico Artêmio Riboldi propõe discussão sobre contaminação de arroios e alternativas de uso

Palestrante apresentou um estudo sobre a bacia de captação da cidade

Qualidade da água é tema de debateLegislativo

CRISTIAN

O M

IGO

N

Cristiano [email protected]

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Quarta-feira, 4 de novembro de 20156 Geral

O polo moveleiro de Ben-to Gonçalves que, em

2014, buscou nas exporta-ções um breve escape da cri-se econômica brasileira, não conseguiu sustentar a ideia para 2015. Desde o início de janeiro as empresas do mu-nicípio, Monte Belo e Santa Tereza, apresentaram queda de 25,41% nas vendas exter-nas. O ano anterior já sinali-zava que 2015 não seria um bom ano para as exportações já que a queda, com relação a 2013, fechou em 13,39%.

Nas indicações do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves, de ja-neiro a setembro de 2014, o faturamento das exportações ficou em pouco mais de 37 milhões de dólares. No mes-mo período de 2015, o fatu-ramento com a venda externa não chegou nos 27 milhões de dólares, uma diferença de mais de 10 milhões de dólares em nove meses.

Segundo o presidente do Sindimóveis, Henrique Tec-chio, a competitividade no ex-terior é baixa devido aos altos custos de produção das indús-trias brasileiras que, aliados à falta de infraestrutura, tornam o produto a ser vendido mais caro do que os mesmos itens de outras nações. “Estamos cansados de dizer isso. Desde 2013 nós falamos sobre como estes custos altos têm preju-dicado a produção industrial, mas parece que o Poder Pú-blico não entende. Enquanto não houver medidas radicais e eficientes, nós não sairemos do chão”, reivindica.

O câmbio do Dólar estaria favorável para as exportações neste momento, contudo, com a necessidade de importação de insumos, as possibilidades de ganho diminuem, já que há gastos a mais com as compras. “Agora seria um bom mo-mento para exportar, mas nós também precisamos importar muita da nossa matéria prima, o que custa caro. Então, quan-do vamos vender dá quase no mesmo”, salienta.

Em novembro, os pedidos de fim de ano devem alavancar os números

Desde janeiro, queda nas exportações chega a 25,4%Assim como o restante do estado, Bento Gonçalves tem dados negativos

CRISTIAN

O M

IGO

N, A

RQU

IVO

Vitória [email protected]

Luiz Inácio coordenaçã[email protected]

Toque da Rainha

Setor moveleiro

MêsJaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroTotal

2014U$ 2.858.105,00U$ 4.479.071,00U$ 3.996.330,00U$ 4.112.458,00U$ 4.229.211,00U$ 4.494.855,00U$ 3.778.223,00U$ 4.105.912,00U$ 5.242.433,00U$ 37.296.598,00

2015U$ 2.139.699,00U$ 2.655.935,00U$ 4.258.410,00U$ 3.082.398,00U$ 3.322.071,00U$ 3.263.555,00U$ 2.575.121,00U$ 2.610.482,00U$ 2.718.656,00U$ 26.626.327,00

FONTE: SINDIMÓVEIS

Exportações mês a mês de Bento Gonçalves

Outra situação que dificulta ainda mais a venda dos itens tupiniquins é a forte entrada de produtos chineses, com preço mais baixo devido à mão de obra e custo de produção mais baratos do que os daqui. “Eles conseguiram obter me-lhorias muito significativas em infraestrutura e nos sistemas portuários. Isso vai facilitar as vendas para os países compra-dores. É lamentável observar outras nações crescendo de-vido às políticas econômicas realizadas em seus países e, enquanto isso, o Brasil segue parado, lamentando e vendo o restante crescer”, revela.

Apesar dos dados negativos, o presidente do sindicato sus-tenta que não é possível desa-nimar, já que há uma previsão de melhora no faturamento total em novembro, devido às

vendas de fim de ano. “Acredi-tamos que o faturamento geral de novembro deva melhorar. É tradicional que os últimos três meses do ano sejam me-lhores. Outubro não respon-deu como achávamos que iria responder, mas acreditamos que este mês pode ser melhor. Precisamos de um alívio antes das férias coletivas”, espera.

O Sindimóveis investe em relações com compradores de outros países. Neste ano, qua-tro importadores dos Estados Unidos visitaram Bento Gon-çalves para conhecer mais o local onde são fabricados os materiais que eles com-prariam. “Estamos tentando de alguma forma melhorar a nossa competitividade. Se formos bem vistos por quem compra, melhor para as em-presas daqui”, completa.

Aproveitamos esse espaço para agradecer a volumosa partici-pação dos nossos ouvintes nas promoções do mês de Outubro.

Na última sexta-feira, 30 de outubro, ocorreu o sorteio que premiou os seguintes participantes:

- Marcelo dos Santos Goulart - 1 Tablet- Cristiane Bassani Rosalem - 1 Bicicleta.

Promoções de Outubro

Desde que o mundo é mundo temos a plena convicção de que tudo muda. (ou quase tudo). As mudanças provocadas pelo tem-po, pela tecnologia e por influencias religiosas e/ou ideológicas refletem num universo em constante movimento. Afinal, segundo Antoine Lavoisier, tudo se transforma. Mas o que queremos mes-mo é falar de rádio, pois pelo visto esse meio também está mudan-do. É visivelmente notável que o ouvinte de hoje ‘consome rádio’ de forma bem diferente de outrora. Também pudera, se imaginar-mos que vivemos em tempos de ascensão tecnológica, nada mais justo do que exigir mais e melhores conteúdos, e produzidos com mais rapidez. Estamos todos ávidos por consumir o imediatismo.

Recentemente o Ibope Media divulgou uma pesquisa apontan-do que 89% dos brasileiros são ouvintes assíduos de rádio, ao mesmo tempo em que traçou um perfil dessa população. O le-vantamento realizado em 13 regiões metropolitanas mostra que dos 53 milhões de brasileiros ouvintes, a maioria está na faixa etária entre 30 e 39 anos (isso significa 28% do total).

Outro dado interessante na pesquisa está ligado à oferta de programas das emissoras, ou seja, o que os ouvintes mais bus-cam na hora de escolher a sua estação preferida. As notícias ou a prestação de serviços estão em primeiro lugar, com 65% dos votos. Em seguida estão os programas de música sem interva-los (47%), programas religiosos (19%), esportes, variedades e humorísticos (18%), entrevistas e opiniões (11%) e por último, participação de ouvintes e promoções (7%).

Mesmo com o avanço tecnológico, o destaque vem para a for-ma como o ouvinte consome rádio: 65% ainda acompanham a partir de aparelhos comuns, como receptores portáteis, rádio relógio e outros. 24% ouvem em rádios para automóveis e 16% em telefones com recepção de sinal FM.

E você, ouvinte da Rainha FM, o que você mais gosta de ouvir rádio? Mande um e-mail para [email protected] com

o seu comentário, e ganhe ingressos para o cinema.Fonte: Ibope/Portal Tudo Rádio

Afinal, como você ouve rádio?

E sábado, 7 de novembro, das 13h às 14h, o programa Estúdio Show destaca a participação de Dudu Nobre. Com a condução empolgante do comunicador Tiago Rodrigues no comando do programa, o artista fala sobre a carreira e sobre os projetos futu-ros, em meio a muita música.

Estúdio Show apresenta Dudu Nobre

Nesse mês de novembro a Rainha FM preparou uma super promoção para você ouvinte. Estaremos sorteando um Micro--Ondas da Electrolux, 20 litros. Acesse o site www.radiorainha.fm.br, clique no menu Promoções e responda: Qual é o seu pro-grama favorito? O sorteio será no dia 11 de Dezembro, às 16h, no programa Play Hits. Participe e boa sorte!

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Ótima Semana.

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Quarta-feira, 4 de novembro de 2015 7Geral

O presidente do Sindimó-veis, Henrique Tecchio, des-taca que, diferente do polo de Bento Gonçalves, que apresen-tou dados negativos em 2014 e 2015, as exportações registra-das no Rio Grande do Sul eram positivas em 2,4% no ano pas-sado. Porém, com as dificulda-des políticas e econômicas, de janeiro a setembro de 2015, a queda na venda para outros países está em 12,27%.

Para Tecchio, os números são reflexo dos problemas po-líticos pelos quais o estado está passando desde o início do ano. “Quando observo estes dados não me restam dúvidas de que o desempenho da indústria está ligado à política. Os núme-ros começaram a serem nega-tivos a partir do momento em que a política começou a sofrer instabilidades e a imagem do Rio Grande do Sul, diante dos outros estados e países, ficou comprometida”, explica.

As estimativas da Associação das Indústrias de Móveis do Es-tado do Rio Grande do Sul (Mo-vergs), são bem parecidas com as do Sindimóveis. A Movergs destaca que a queda nas expor-tações do Rio Grande do Sul já atinja 14,6%. O presidente do sindicato, Ivo Cansan, destaca, assim como Henrique Tecchio, as dificuldades financeiras pe-las quais as indústrias estão passando e como isso prejudica o faturamento. “O nosso siste-ma portuário é caro e burocrá-tico. Isso encarece nosso pro-duto que pode ser comprado de outro país por um preço mais acessível”, justifica.

Conforme os dados da Mo-vergs, os tradicionais compra-dores do mobiliário fabricado no Rio Grande do Sul vêm diminuindo o volume das im-portações no decorrer do ano. O Panamá, um dos principais importadores, registra queda de 21,6%, seguido pelo Uru-guai, com negócios 13,5% me-nores e pelo Chile, que apon-

Diminuição na venda externa também atinge o estado

Empresas do Rio Grande do Sul não têm competitividade suficiente para manter estabilidade nos números

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tou queda de 11%. “O Brasil não tem credibilidade devido às oscilações do câmbio. Estes países não se sentem seguros comprando das nossas em-presas, por isso contratos de seis meses ou um ano não são fechados. Eles preferem com-pras únicas, para ter a certeza que não perderão dinheiro”, detalha Cansan.

Os indicadores mostram, também, recuperação nas vendas para a Argentina. De janeiro a setembro, a alta foi

de 24,6%, contudo as expor-tações para esse país corres-pondam a apenas 4,6% do total vendido para o exterior, não interferindo muito nos dados finais.

Venda para os Estados Unidos como solução

O Rio Grande do Sul respon-de por quase 30% das expor-tações de móveis brasileiros, atrás apenas de Santa Catarina, cuja participação é de 34,61%.

Janeiro a dezembro 2014Faturamento Bento GonçalvesFaturamento Rio Grande do SulExportações Bento GonçalvesExportações Rio Grande do SulExportações Brasil

-2,08%1,44%-13,39% 2,44%-2,74%

-8,77%-8,01%-25,41%-12,27%-8,97%

Janeiro a setembro de 2015Faturamento Bento GonçalvesFaturamento Rio Grande do SulExportações Bento GonçalvesExportações Rio Grande do SulExportações Brasil

FONTE: SINDIMÓVEIS

Indicadores comparativos com o estado e o Brasil

Na contramão dos resultados desfavoráveis dos gaúchos, o estado vizinho registra cres-cimento de 2,5% nas exporta-ções realizadas em 2015, com relação ao mesmo período do ano passado. Em valores ab-solutos, a diferença ultrapassa os 20 milhões de dólares, já que as empresas catarinenses exportaram mais de 158,7 mi-lhões de dólares contra 136,2 milhões do Rio Grande do Sul. Juntos, os dois estados respon-dem por mais de 64% das ven-

das de móveis para o exterior do Brasil. Na sequência apare-ce o Paraná, com 13,43%, e São Paulo, com 11,78%.

Ivo Cansan explica que as indústrias de Santa Catarina conseguem superar as baixas estatísticas devido às relações que têm com os Estados Uni-dos. O estado é vendedor assí-duo do país, um grande com-prador de móveis. “Nós não temos uma relação tão estreita com os compradores estaduni-denses e os países que temos tradição de venda também es-tão diminuindo o volume de compra”, salienta.

Ainda em 2014, os empre-sários de Santa Catarina vi-sualizaram que a economia estadunidense estava prestes a crescer. Por isso, investiram ainda mais no país. A medi-da também foi tentada no Rio Grande do Sul, mas não teve tanto retorno. “Quando apre-sentamos o que temos para os Estados Unidos, chegam os produtos chineses, muito mais competitivos e nos tiram a cre-dibilidade”, comenta Cansan.

O presidente da Movergs lembra que o polo moveleiro de São Bento do Sul (SC) é si-milar ao de Bento Gonçalves, contudo, lá houve diversifi-cação de produtos, o que aju-dou a alavancar ainda mais as comercializações. “Eles pas-saram a trabalhar mais com chapas, painéis e itens de in-teresse dos norte-americanos. Deu certo. Não há grande cres-cimento de venda, mas pelos menos eles não estão perden-do como nós”, acrescenta.

O presidente da Mover-gs sustenta que apenas uma política de exportação pode ajudar as indústrias a melho-rarem. “Na situação em que nos encontramos não sabe-mos ainda como vai ser 2016 e, por mais que tentamos ser otimistas, o cenário está se encaminhando para ainda mais queda”, completa.

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Quarta-feira, 4 de novembro de 20158 Geral

Solidariedade

Uma vida dedicada a ajudar o próximoBento-gonçalvense Rosana Buffon conta como é a experiência de trabalhar como médica em países de extrema pobreza

Campos de refugiados com pouca infraestrutura, taxas

de mortalidade infantil eleva-das, homens armados a cada esquina, bombardeios, racio-namento de alimentos e ex-tremismo. Foi este o cenário que Rosana Buffon encontrou, quando decidiu largar todo o conforto que tinha para embar-car em uma nova missão, com o objetivo de ajudar a população que vive em países de extrema probreza. Em março deste ano, a médica bento-gonçalvense ter-minou sua missão no programa Médicos Sem Fronteiras (MSF) e, de volta para seu lar, ela con-ta um pouco da experiência na África e no Oriente Médio.

Rosana nasceu em Bento e formou-se em medicina pela UFCSPA, de Porto Alegre, em 2002. Aos 30 anos, depois de trabalhar por três anos em Bento Gonçalves, ela decidiu se mudar para a Itália. “Chegou um dia em

Silvia [email protected]

Rosana participou do programa Médicos Sem Fronteiras, trabalhando na África e no Oriente Médio

Vivendo em meio a bombardeios e condições precáriasSobre o país

O Sudão do Sul tem 8 milhões de habitantes e é o país mais jovem do mundo – conquistou sua independência do Sudão em 2011, contando com grande apoio dos Estados Unidos. O fato, porém, não ces-sou a crise política e as guerras civis. O país é rico em petróleo, mas depende dos países vizinhos para exportação e refinamento. Na luta pelo domínio das zonas ricas em petróleo, sudaneses do sul se tornam vítimas do conflito e eternos refu-giados. Os refugiados são proibidos de cultivar qualquer alimento e as terras on-de vivem são propriedade dos nativos. Estes vivem em tukuls africanos construí-dos de barro e palha, enquanto os refugiados se abrigam debaixo de tendas de lona doadas pela ONU/Unicef.

O país tem altas taxas de mortalidade infantil (102 a cada mil nascimentos), em grande parte resultado da desnutrição aguda e crônica. Muitas crianças morrem de inanição e algumas desenvolvem um tipo de desnutrição: o marasmo, quando o corpo já consumiu todas as reservas de energia e se vê somente pele e ossos.

Após uma carga de vacinas, vis-to na mão e entrevista preparató-ria em Roma, Rosana partiu pela primeira vez para África, para co-meçar sua missão. Logo que saiu do aeroporto, a sensação de que o perigo estava sempre próximo tomou conta, principalmente depois que avistou homens ar-mados – civis ou militares – por todo o cenário da capital Juba.

O campo de refugiados ficava mais afastado, em Doro, onde su-cessivos bombardeios e ofensivas militares sudaneses têm ocorrido desde que o país se tornou inde-pendente, em 2011. “Grande par-te das famílias que agora vivem em Doro teve que fugir às pres-sas e deixar para trás moradia, animais de criação, pertences e família”, relata.

Na nova moradia, Rosana afir-ma que se sentia em meio a selva. “As janelas são abertas e somen-te cobertas por telas pra evitar a entrada dos mosquitos e outros animais. Na estação das chuvas, tudo fica alagado e caminhamos no barro. Quando é seca, a poeira se espalha e se pode até senti-la no ar inspirado. A higiene era um

A médica no acampamento do campo de refugiados do Sudão do Sul

que o ambiente familiar, o sota-que gringo, o ar puro da colônia, a rotina médica e as festas faziam parte de um mundo pequeno e sufocante. Em um mês estava em Milão, sentada em um au-ditório com outros estrangeiros

candidatos ao processo de reco-nhecimento do diploma médico. Me senti pequena, e desde en-tão meu mundo começou a ficar cada vez maior”, lembra.

Após conseguir estabilidade no novo país, a médica decidiu

abandonar tudo para se can-didatar no MSF. O programa consiste em uma organização humanitária internacional in-dependente e comprometida em levar ajuda às pessoas que precisam, sem discriminação

de raça, religião ou convic-ções políticas. A organização foi criada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalis-tas, que atuaram como volun-tários no fim dos anos 60 em Biafra, na Nigéria.

O que motivou Rosana para o desafio, conforme ela lembra, foi o desejo de voltar a sua essência. “Eu queria de volta meus pa-cientes, as doenças, a adrenalina das emergências. Pedi demissão do meu trabalho ‘perfeito’, en-treguei uma bela casa alugada na região dos Pré-Alpes Trevi-sanos, encaixotei tudo, deixei num galpão de uma família de amigos e fui a Roma fazer uma entrevista com o Médicos Sem Fronteiras”, relata.

Uma semana após, ela rece-beu a ligação do coordenador médico que dizia que seu perfil se adaptava ao MSF e, em pou-cos dias, Rosana já tinha uma nova missão: trabalhar como médica num campo de refugia-dos no Sudão do Sul, país mais jovem do mundo.

pouco precária vivendo naquelas condições, e seguidamente al-guém estava doente com diarreia e vômito”, recorda.

A comida era bastante fracio-nada, tanto para os médicos, quanto para os refugiados (os quais são proibidos de cultivar qualquer alimento nas terras onde vivem, pois são proprieda-de dos nativos). “Emagreci três quilos. Minha mãe ficava preocu-

pada, enquanto minha irmã dizia que Doro era um SPA”, brinca.

Esse problema, aliado a altas taxas de mortalidade infantil, faz com que muitas crianças morram de inanição. “Duran-te a estação das chuvas, tudo fica alagado e as condições de vida se tornam ainda mais precárias. O MSF possui um programa nutricional muito bem estruturado, implemen-

tado em diversos países, que garante redução na taxa de mortalidade infantil secundá-ria à desnutrição”, explica.

Durante cinco meses em Doro, Rosana afirma que sentiu um turbilhão de novas sensações, mas, faltando cinco semanas para o fim da missão, ela pre-cisou desistir. “Estava exausta, sentia que meu corpo já não ti-nha a energia de antes. Tive que

me despedir sabendo que pro-vavelmente nunca mais voltaria àquele lugar. Me confortava sa-ber que apesar de toda a carên-cia, sem perspectivas de futuro melhor, ainda existia um povo feliz que não se queixava e que continuava a viver dia após dia sorrindo. Voltei para casa na Itália e levei algumas semanas para retomar a vida ao estilo europeu”, resume.

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Quarta-feira, 4 de novembro de 2015 9Geral

Uma jornada sob o véu do preconceito no Paquistão

Sobre o paísO Paquistão é o sexto país mais populoso do mundo, com

180 milhões de habitantes em uma área territorial de 880 mil quilômetros quadrados. Muitos dos moradores vivem ilegalmen-te no país, pois vieram de outras regiões (Índia ou Afeganistão) por causa de desastres naturais ou como consequência dos conflitos étnicos e religiosos.

O preconceito é grande em relação às mulheres. É possível ver mulheres vestidas com roupas ocidentais, mas a grande maioria usa o véu islâmico. É um costume da região que somente os homens possam sair às compras pela cidade, enquanto as mulheres cuidam dos filhos e a casa.

Em relação à religião, 97% são muçulmanos e o restante se divide entre hindus e cristãos. A história pós-independência do país tem sido caracteri-zada por períodos de ditadura militar, instabilidade política e conflitos com a Índia. O país enfrenta problemas como superpopulação, terrorismo, po-breza e analfabetismo. É também uma potência nuclear, sendo a única na-ção no mundo islâmico e a segunda no Sul da Ásia a ter a bomba atômica.

Ataques de bombas, sequestro e bala perdida são alguns dos ris-cos inerentes à missão dos Mé-dicos Sem Fronteiras no Oriente Médio. Porém, a intolerância, o preconceito e o extremismo são os fatores que mais atrapa-lhavam o trabalho das equipes. Enfrentar isso foi a maior difi-culdade de Rosana, quando foi enviada ao Paquistão. “Foi um desafio fazê-los me aceitar como mulher supervisora, porque na-quela sociedade, os homens es-tão sempre a um nível superior e as oportunidades de trabalho são muito reduzidas já que o acesso das mulheres à educação é difu-samente limitado”, explica.

A presença de estrangeiros no país é uma ameaça aos paquista-neses, especialmente no noroes-te, região ocupada pelo exército talibã desde 2007. A ordem por lá é não praticar tradições e hábi-tos vindos do ocidente. “Por isso, éramos obrigados a viver como pessoas locais e as mulheres es-trangeiras tinham que cobrir o corpo inteiro, deixando somente os olhos e as mãos à vista”, diz.

Esse fato era outro empecilho na hora de consultar as mulhe-res. “Quanto mais extremistas as muçulmanas, mais cobertas elas são. Você pode então imaginar como era difícil examiná-las. Os colegas raramente as tocavam e, se necessário, as enfermeiras eram chamadas quando eu ou outra médica não estivéssemos disponíveis. Ainda assim, tínha-mos que usar as cortinas e cha-mar outra mulher da família para que estivesse presente”, relata.

No país, encontram-se di-ferentes estilos, segundo Ro-sana, e também é possível ver mulheres vestidas com roupas ocidentais, embora grande

Sobre a experiência de ter participado do programa MSF, Rosana utiliza a frase do poeta francês Paul Valéry para re-sumir seu sentimento: “Enri-quecemo-nos das nossas dife-renças recíprocas”. Conhecer e aprender a lidar com a diversi-dade de cada pessoa e local por onde passou foi um dos seus maiores aprendizados. “Não importa o lugar em que se está, a diversidade por si mesma es-timula a conhecer, entender e talvez julgar”, resume.

Mas, apesar dessas diferen-ças, ela afirma que a natureza da profissão é sempre a mes-

Desafio de Rosana foi fazer os paquistaneses aceitá-la como supervisora

Vestir-se como as mulheres locais é obrigação para não correr riscos

Sobre o Médicos Sem FronteirasMédicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária interna-

cional independente e comprometida em levar ajuda às pessoas que mais precisam sem discriminação de raça, religião ou convicções políticas.

A organização foi criada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas, que atuaram como voluntários no fim dos anos 60 em Biafra, na Nigéria. Enquanto socorriam vítimas em meio a uma guerra civil brutal, os profissionais perceberam as limitações da ajuda humanitária internacional: a dificuldade de acesso ao local e os entraves burocráticos e políticos, que faziam com que muitos se calassem, ainda que diante de situações gritantes. Em 1999, MSF recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Como ajudar:MSF aceita diversos tipos de doação (mensal, única e para empresas). A

organização aceita valores a partir de R$ 30 e são utilizadas para ajudar fe-ridos e doentes, e também para aquisição de alimentos para crianças des-nutridas e medicamentos.

Você pode se tornar um doador atra-vés do site do MSF (www.msf.org.b), acessando o espaço “como ajudar”.

O aprendizado depois da experiência

parte use o shalwar kameez, que cobre a maior parte do cor-po. Elas também usam o hijab, que significa em árabe se tor-nar invisível, esconder, e é um termo geralmente utilizado em referência ao véu islâmico.

No pronto socorro, Rosana relata que viu muitas meninas adolescentes morrerem por en-venenamento. As que sobrevi-viam, contavam que desejavam

morrer porque a família não as permitia casar com quem ama-vam ou porque demonstravam interesse em frequentar a escola. “Era o único modo que elas en-contravam de acabar com o so-frimento. Aliás, naquele mundo, o sorriso é outro privilégio dos homens. Eles também tinham casamentos arranjados, mas en-contravam outras maneiras de lidar com a repressão”, afirma.

Rosana trabalhou durante quatro meses na cidade de Ka-rachi e oito meses em Timergara (na fronteira com Afeganistão). No país, ela conta que observou muitos contrastes. “Karachi é a cidade onde se pode ver uma loja do Mc Donald’s no ponto mais estratégico e ao mesmo tempo cartazes anti-ocidente ao redor”, revela. O MSF tem o projeto na favela Machar

Colony, com mais de 400 mil pessoas que vieram de outras regiões do Paquistão, Índia ou Afeganistão por causa de desas-tres naturais ou como conse-quência dos conflitos étnicos e religiosos. Elas não têm acesso à nenhum serviço de assistên-cia básica porque são conside-radas ilegais. Na clínica de MSF os habitantes recebem assistên-cia primária e de emergência.

ma. “A essência de ser médico não muda jamais, o que muda são as circunstâncias. Seria mais fácil se as diferenças nos aproximassem ao invés de nos afastar. Perdi muitos pacien-tes. Médico nunca se acostu-ma com a morte deles, porque são a razão do nosso trabalho. Se a doença é mais forte, pro-curamos entender o ciclo da vida. Se os recursos são limita-dos, então imaginamos como poderia ser tratar o mesmo paciente no nosso país. Talvez ele teria sobrevivido. O que mais vale a pena no nosso tra-balho é ver vidas surgirem ou

ressurgirem, é o que compen-sa as perdas”, coloca.

Geralmente, a última per-gunta da coordenação do MSF é se o participante pretende partir de novo. Para essa per-gunta, Rosana ainda não tem uma resposta. “Quando, como e aonde não se sabe. O que eu sei é que precisei passar por al-gumas etapas da vida para me conhecer melhor, amadurecer e então me sentir preparada para isso. Após uma missão se sente ávido de retornar à casa. É o que eu espero fazer em bre-ve, assim que eu chegar na Itá-lia e depois no Brasil”, finaliza.

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Quarta-feira, 4 de novembro de 201510 Geral

Abertura de inquérito é prorrogada para avaliação

Segundo proprietários de postos, o motivo para o novo repasse foi o reajuste realizado pelos fornecedores

Combustível sofre três reajustes no mês

Ministério Público

Gasolina

Instaurado em 2013, o in-quérito civil nº 51, que in-vestiga irregularidades nos repasses praticados pelos postos segue sob investigação. De acordo com o represen-tante do Ministério Público, promotor Alécio Nogueira, o inquérito reuniu documenta-ção em relação aos referidos aumentos para possibilitar a análise dos percentuais pela Divisão de Assessoramento Técnico (DAT) do Ministério Público, em Porto Alegre. A súbita elevação dos preços praticada pelos estabeleci-mentos da cidade, registrada em agosto, quando em menos

de duas semanas, 21 dos 24 estabelecimentos consulta-dos pela reportagem haviam elevado o preço do combus-tível em até R$ 0,22 se com-parado a julho deste ano, sem apresentação de justificativa, também é fator agravante que será anexado ao processo.

Segundo Nogueira, a aber-tura da ação civil foi prorro-gada em virtude de um pe-dido de avaliação de preços deferido pelo promotor para a secretaria de Diligências quanto ao aumento nos va-lores cobrados pelo combus-tível. Não existe prazo para a conclusão das investigações.

moração do aniversário de 10 anos do estabelecimento foi a justificativa para oferecer uma promoção que baixou até R$ 0,29 o preço da gasolina. Se-gundo o gerente do estabeleci-mento, Norberto Berger, com o início da oferta o movimento no posto dobrou em compara-tivo aos outros meses. “Regis-tramos filas nas bombas nos finais de semana e também

recebemos pessoas de outras cidades, como Garibaldi, que vieram especialmente em vir-tude da promoção”, afirma. De acordo com ele, a gasoli-na aditivada também recebeu descontos. A expectativa é que os preços se mantenham até o final do ano.

Para evitar prejuízos e man-ter o número de vendas, a maioria dos postos do muni-

cípio adotaram medidas para manter a paridade entre os estabelecimentos. De acordo com a caixa do posto Rodsta-tion, Maquele Scheibe, a ado-ção de um preço similar ao adotado pelos outros postos é questão de estratégia. “Temos que manter a concorrência para a preservação do negó-cio, independente de lucros ou prejuízos”, revela.

Embora as nuances entre os preços praticados no mu-nicípio exijam estratégias e adoção de medidas dos do-nos de postos para não per-der clientela, que acaba se beneficiando com o cenário é o consumidor. Para o aposen-tado José Silva de Aguiar, que conseguiu encher o tanque de seu automóvel pagando R$ 3,19 ao litro do combustível, em um momento de estagna-ção econômica como o atual, a economia em contas diárias faz muita diferença no final do mês. “Economizei cerca de R$ 30 em comparativo a setem-bro só com este tanque, é mui-to dinheiro para quem recebe apenas um salário mínimo de aposentadoria”, constata.

O terceiro reajuste de outu-bro se deve ao preço do etanol anidro, que representa 27,5% da composição da gasolina. Sempre que o combustível de-rivado da cana aumenta, todos os produtos derivados do pe-tróleo são impactados.

Segundo a União da Indús-tria de Cana de Açúcar, a pro-cura pelo etanol cresceu 20% durante a safra deste ano na comparação com o mesmo pe-ríodo do ano passado. A alta do dólar também tem interfe-rido diretamente no custo pra-ticado do álcool.

As oscilações nos preços dos combustíveis continuam

a desorientar o consumidor bento-gonçalvense. Depois da disparada no preço do etanol registrado no início de outu-bro, a gasolina também passou a ocupar assento na montanha russa de variação de preços, passando por três reajustes somente este mês. O combus-tível, que no início do período estava sendo praticado com preço médio de 3,49, recebeu desconto em meados do mês, ação que causou um efeito cas-cata em todos os postos da ci-dade, chegando a ser revendi-do a R$ 3,19. Entretanto, para a infelicidade dos motoristas, a baixa nos preços foi breve.

De acordo com os proprietá-rios de postos, o motivo para o novo repasse e interrupção nas promoções em alguns pos-tos foi um reajuste realizado pelos fornecedores na quinta--feira, 29, forçando os estabe-lecimentos a acrescerem em aproximadamente R$ 0,06 os preços finais. Contudo, se comparados ao início de outu-bro, os preços continuam mais baratos se comparados ao iní-cio do período. Em alguns pos-tos, como o Cavalleri, a come-

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Repasses no valor do etanol, concorrência e promoções fizeram o custo final cobrado pelo produto oscilar em outubro

PostoMinneapolisBellunoBianchiBotafogoRavanelloPosto CavalleriPosto São Pedro Pozza São BentoPosto BarracãoZambomNovo ShoppingPosto São PauloBarça ALV/BarracãoSerra GaúchaCatalunyaAbast. D e SCasa NostraRodStation

Variação outubro

Bairro 1/10 (R$) 25/10 (R$) 30/10 (R$)Progresso 3,54 3,35 3,39 Jardim Glória 3,39 3,39 3,39 Centro 3,54 3,39 3,38 Botafogo 3,52 3,39 3,39 Cidade Alta 3,49 3,49 3,43 São Vendelino 3,58 3,19 3,29 Cohab II 3,48 3,48 3,39 Juventude 3,49 3,39 3,39 Cidade Alta 3,53 3,29 3,29 São Francisco 3,54 3,33 3,39 São Roque 3,34 3,33 3,33 São Bento 3,54 3,33 3,39 Borgo 3,59 3,33 3,39 Borgo 3,53 3,39 3,39 Planalto 3,54 3,33 3,39 Fenavinho 3,46 3,33 3,39 São Bento 3,54 3,33 3,39 São Roque 3,52 3,33 3,33 Pinto Bandeira 3,52 3,52 3,52 Fenavinho 3,33 3,31 3,28

FONTE: PROCON

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A terceira fase da campa-nha Compra Premiada CDL de Garibaldi já está em an-damento. O sorteio de Natal acontece pela Loteria Fede-ral de 26 de dezembro. Nesta etapa serão sorteados um vale compras de R$ 3,6 mil, um aparelho de ar condicionado (12.000 BTUS), um vale com-pras de R$ 1 mil, um smar-tphone (Samsung Galaxy) e um vale-compras de R$ 300.

Concorrem aos prêmios os consumidores que realizarem compras em um dos estabele-cimentos participantes, até o dia 24 de dezembro, e preen-cheram o cupom da campanha. As duas primeiras fases da pro-moção aconteceram no Dia dos Pais e no Dia das Crianças e distribuíram diversos prêmios.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Gi-

A Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Migliorini, em Monte Belo do Sul, promove a 3ª Feira de Ciências na sexta--feira, 6 de novembro, nas dependências da instituição. Nesta edição, a temática pro-posta é “Qualidade de Vida”.

Durante o evento, os alunos do Ensino Fundamental esta-rão apresentando experiências e pesquisas, enquanto os estudan-tes do Ensino Médio buscaram pesquisas e invenções relaciona-das ao tema geral. O público po-derá conferir os trabalhos à tar-de e à noite, que contarão com a explicação e demonstração das atividades que estão sendo ela-boradas desde o mês de agosto. As crianças e adolescentes são coordenados e auxiliados pelos professores das áreas das Ciên-cias de Natureza, Matemática e Seminário Integrado.

A 120º festa em honra a Nos-sa Senhora da Saúde, na Linha Santa Barbara, em Monte Belo do Sul, será realizada no sába-do, 21 de novembro. A temática é “120 anos de fé e devoção”.

A programação inicia na se-gunda-feira, 9 de novembro, com a abertura da novena às 20h, com a missa celebrada pelo padre Lóris Cortese. A presença do padre Ezequiel Dal Pozzo foi cancelada, pois ele teve um im-previsto em São Paulo e não po-derá comparecer. Após, serão re-alizados encontros durante oito dias com grupos convidados. No dia festivo, as atividades iniciam às 19h com a celebração da mis-sa e a presença do bispo dioce-sano Dom Alessandro Rufinoni, após ocorre a procissão lumino-sa e benção da saúde. Os fieis deverão levar uma vela. Em se-guida, às 20h30min, acontece o Jantar Dançante, com o seguin-te cardápio: sopa de capeletti, lesso, recheio, salada, maionese, pão, galeto, churrasco e sobre-mesa. O valor do ingresso é R$ 40. A equipe administrativa é composta pelos casais: Andréia Santin e Evandro Dinon; Maira e Jaime Dinon e Helena Ester e Luiz Vitório Filippon.

A igreja da padroeira da Linha Eulália Alta está

sendo restaurada. O trabalho iniciou no dia 15 de outubro, e segue sendo desenvolvido de acordo com as condições cli-máticas.

Segundo o responsável pela obra, Roberto Toniolo, a ideia é que tudo seja concluído até o final do ano. “É trabalho-so, tem todos os detalhes que serão mantidos. É um prédio histórico, um patrimônio”, esclarece.

A estrutura é toda de pedra e a reforma da parte interna já está praticamente concluída. “As paredes foram pintadas e o piso foi trocado”, revela. To-niolo explica que também se-rão recuperados os vitrais e as janelas. “Não se sabe ao certo quando o prédio foi construído, mas se projeta que tenha cerca de 130 anos”, comenta. Os re-cursos utilizados para a restau-ração são da comunidade.

O objetivo é que a obra esteja concluída para as festas de final de ano

Escola Pedro Migliorini realiza Feira de Ciências

Compra Premiada CDL entra na terceira fase

Comunidade N. Senhora da Saúde celebra 120 anos

Pintura e reparos na área interna estão praticamente finalizados

Equipe está concentrada na recuperação da parte externa do prédio

Igreja da comunidade passa por processo de restauração

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Monte Belo do Sul Eulália

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Programação da novena com grupos convidados:

Horário: 20h9/11 (segunda-feira): Abertura.

Horário: 20h45min10/11 (terça): Grupo de Oração Caminhando com Maria de Bento Gonçalves; 11/11 (quarta): Capelas N. Sra. do Rosário e N. Sra. das Graças;12/11 (quinta): Capelas São Marcos e Santa Rita;13/11 (sexta): Capelas Bom Conselho e São José;14/11 (sábado): Capelas São Miguel e Santa Lúcia (Santa Tereza);15/11 (domingo): Paróquia São Francisco de Assis e Ca-pela Santo Isidoro;16/11 (segunda): Capelas Santa Bárbara e Sagrado Co-ração de Jesus (Santa Tereza);17/11 (terça): Capela Nos-sa Senhora das Dores (San-ta Tereza).

Quarta-feira, 4 de novembro de 2015 11Regional

liano Verzeletti, acredita que a chegada do final do ano deve contribuir para impulsionar as vendas no comércio. “Apesar das dificuldades que o varejo enfrenta neste ano, considera-mos satisfatório o resultado da Compra Premiada até agora. Embora a economia esteja em um momento de instabilidade, percebo que o papel da entida-de na promoção do comércio da cidade tem tido seus efeitos positivos”, analisa.

Para o dirigente, a campa-nha valoriza o consumidor que realiza suas compras no município, revertendo em be-nefícios para a própria cidade, gerando emprego e renda den-tro de Garibaldi. Além de for-necer aos comerciantes uma ferramenta para impulsionar suas vendas e atrair clientes aos empreendimentos.

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Quarta-feira, 4 de novembro de 201512 Esporte

Semifinal ocorre hoje e final será disputada na sexta-feira, no Municipal

Sub-17 é eliminado de competição

PSG abriu vantagem em cima do Tancredo no mata-mata da semifinal

Citadino masculino está em sua semana decisiva

FutsalFlamengo garante vaga na semifinal da competição

ESTEFAN

IA V. LIN

HA

RES, ARQ

UIVO

Classificação Livre

Equipe J P V E1º Flamengo São Valentim 5 12 4 12º Sociedade Barração 5 11 3 03º Lago Azul 5 9 2 04º Internacional da Eulália 5 5 1 25º Ypiranga Paulina 4 4 0 26º Ouro Verde 4 5 1 37º Cruzeiro Sertorina 4 2 0 28º Santa Tereza 5 1 0 3

O Clube Esportivo na cate-goria Sub-17 foi eliminado do Campeonato Juvenil B. A equi-pe foi derrotada pelo Grêmio

O Campeonato Distrital de Futebol de Campo teve as ro-dadas disputadas nas três cate-gorias no final de semana. Na categoria Livre, o Flamengo de São Valentim é a primeira equipe a garantir vaga na se-mifinal, faltando duas rodadas para encerrar a primeira fase da competição.

A equipe venceu o Cruzeiro da Sertorina pelo placar de 2 a 1, no domingo, 1º de novem-bro. Com o resultado, ocupa a liderança com 12 pontos. O Barracão superou o Ouro Ver-de por 2 a 0. O Internacional da Eulália foi derrotado pelo Ypiranga da Paulina por 4 a 1. E fechando os jogos, o Lago Azul bateu o Santa Tereza por 2 a 1. A próxima rodada será disputada no domingo, 8 de novembro.

Categoria Sub-18

Pela quinta rodada do Dis-trital Sub-18, o Internacional da Leopoldina venceu o Ouro Verde por 1 a 0. Já o Ypiranga

O Citadino de Futsal mas-culino está em sua sema-

na decisiva. Hoje, ocorrem os jogos de volta da semifinal, a partir das 20h, no Ginásio Municipal de Esportes. Já na sexta-feira, 6 de novembro, acontece a final da competição, no mesmo local.

No primeiro confronto do mata-mata, PSG e São Ben-to abriram vantagem e estão a apenas um empate da vaga da decisão do título. A par-tida foi disputada no feriado de Finados, 2 de novembro. O PSG superou o Tancredo pelo placar de 6 a 3. Já o São Ben-to goleou o Posto Foppa por 8 a 2. Um bom público com-pareceu ao Ginásio Municipal de Esportes.

Doações

Para o jogo da final na sexta--feira, a Secretaria de Juven-

Esportivo

Distrital

Estefania V. [email protected]

tude, Esporte e Lazer (Semjel) estará recolhendo doações de brinquedos e alimentos. A su-gestão é que o público que irá até o ginásio de esportes faça a entrega de uma das unidades de forma voluntária como ingresso.

Segundo o secretário da pasta, Gustavo Sperotto, podem ser do-

da Paulina se deu melhor em cima do Internacional da Eu-lália e ficou com a vitória por 4 a 2. Com os resultados, três vagas na fase seguinte já estão definidas: Internacional da Le-opoldina, Ypiranga da Paulina e Flamengo de São Valentim. O Estrela da Serra e o Internacio-nal da Eulália disputam a últi-ma vaga que pode ser confir-mada no próximo domingo, 8.

Veteranos

A categoria Veteranos che-gou a sétima rodada no sába-do, 31 de outubro. A equipe do Barracão foi derrotada pelo Ypiranga da Paulina por 4 a 1. No outro confronto, o Cru-zeiro Leopoldina fez 3 a 0 no Ouro Verde. O Grêmio Tuiuty garantiu a vitória em cima do Cruzeiro Sertorina por 2 a 0. Fechando os jogos, o Interna-cional da Eulália marcou 3 a 0 no Floresta. Neste final de semana, o time do Estrela da Serra folgou. A próxima roda-da do campeonato acontece no sábado, 7 de novembro.

ados brinquedos novos ou usa-dos, que serão destinados para uma ação de Natal para as crian-ças carentes. No entanto, em relação aos alimentos, será rea-lizado um levantamento junto a Secretaria de Habitação e Assis-tência Social para verificar quais são as entidades que necessitam.

pelo placar de 3 a 2.A partida foi disputada na ma-

nhã de sábado, 31 de outubro, no Parque Esportivo Montanha dos

Vinhedos. O confronto era válido pela fase classificatória da com-petição. Este foi o último com-promisso do Sub-17 neste ano.

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Esporte

Quarta-feira, 4 de novembro de 2015 13Esporte

Mesmo com o apoio da torcida, clube foi derrotado por 3 sets a 2

BGF é derrotado e segue na lanterna da competição

Farrapos se mantém na elite do rúgbi brasileiro

Equipe chegou a estar na frente do placar, porém foi surpreendida

Clube superou o San Diego pela repescagem disputada no sábado

Bento Vôlei perde e fica com o vice-campeonato

Municipal de Monte Belo do Sul

Série Ouro

Super 8 Gaúcho

CLEUN

ICE PELLENZ

TÁRLIS SCH

NEID

ER, DIVU

LGA

ÇÃO

Chave 2

Classificação

Chave 3

Posição P J V E D1ºACBF 7 3 2 1 02º Atlântico 6 3 2 0 13º Asif 4 4 1 1 24º Cachoeira 3 4 1 0 3

Posição P J V E D1º ASTF 8 4 2 2 02º Assoeva 7 4 2 1 13º Alaf 5 4 1 2 14º BGF 1 4 0 1 3

Definidos os jogos da semifinalOs confrontos das semifi-

nais do 20º Campeonato Mu-nicipal de Campo de Monte Belo do Sul já estão definidos. Os jogos de ida ocorrem no próximo domingo, 8 de no-vembro, em Santa Bárbara. As equipes classificadas foram: Santa Bárbara, 24 de Maio, Cruzeiro e São José.

Na primeira partida da tar-de, às 14h45min, o Cruzeiro enfrenta o 24 de Maio. Após, às 16h45min, é a vez do Santa Bárbara jogar com o São José.

Na rodada disputada no do-mingo, 1º de novembro, no campo Municipal, o Universi-tários foi goleado pelo Santa Bárbara pelo placar de 7 a 0.

O Bento Vôlei, jogando em casa, perdeu o jogo de

volta contra o Canoas váli-do pela final do Campeonato Gaúcho. A derrota foi por 3 sets a 2, com parciais: 25 a 21, 25 a 21, 24 a 26, 20 a 25, 9 a 15, e assim ficou com o vice.

Precisando da vitória para igualar a decisão, a equipe da casa tentou forçar o saque desde o início do set e difi-cultar a recepção adversária. Com um aproveitamento de ataque melhor do que no jogo de ida, o time serrano conse-guiu a abrir ligeira vantagem no fim e conquistou vitória por 25 a 21. O segundo set seguiu o mesmo caminho e o placar se repetiu: 25 a 21.

A partir do terceiro set, no entanto, os visitantes conse-guiram quebrar o ritmo da equipe bento-gonçalvense, dificultando as viradas de

O Bento Gonçalves Futsal (BGF) segue sem vencer na segunda fase da Série Ouro. O time foi derrotado pela ASTF pelo placar de 2 a 0, em partida do returno realizada no sábado, 31 de outubro, em Teutônia.

Os gols para a equipe ad-versária foram marcados por Cristian Alfinete e Gauchi-nho. Com o resultado, o clu-be da Capital do Vinho segue na lanterna da Chave 3, com apenas um ponto. O pró-ximo confronto dos bento--gonçalvenses será contra a Assoeva no próximo sábado, 7 de novembro, em casa, às 20h. O time Venâncio Aires é o segundo no grupo com sete pontos.

O Farrapos conseguiu a vaga para disputar o Super 8 em 2016. A equipe venceu o San Diego na repescagem, em Por-to Alegre, pelo placar de 43 a 0, no sábado, 30 de outubro.

O clube da Serra foi supe-rior desde o início da parti-da e já construíram uma boa

vantagem no primeiro tempo, 24 a 0. Na segunda etapa, os porto-alegrenses não conse-guiram segurar o campeão gaúcho que ampliou ainda mais o placar, fechando a par-tida em 43 a 0. Desta forma, o Farrapos permanece na elite do rúgbi brasileiro.

bola. Dessa forma, diminuí-ram vencendo por 26 a 24 e empataram ao fechar o quar-to set com 25 a 20.

No set final, novamente o Canoas foi superior e decretou

a conquista do quarto título gaúcho consecutivo ao fazer 15 a 9. O grupo agora, se prepara para a estreia na Superliga, no dia 12 de novembro, contra o Taubaté, fora de casa.

ClassificaçãoChave A P J V E D

Chave B P J V E D

1º Santa Bárbara 12 4 4 0 02º 24 de Maio 7 4 2 1 13º Grêmio Caravagio 7 4 2 1 14º Universitários 3 4 1 0 35º São Paulo 0 4 0 0 4

1º Cruzeiro 6 3 2 0 12º São José 6 3 2 0 13º Nacional 4 3 1 1 14º Rosário 1 3 0 1 2

No mesmo local, o 24 de Maio assinalou 4 a 0, em cima do São Paulo.

Já no campo em Santo Isi-

doro, o Nacional bateu o São José por 4 a 3. Fechando os jogos, o Cruzeiro superou o Rosário em 4 a 0.

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Quarta-feira, 4 de novembro de 201514 Segurança

BM, D

IVULG

AÇÃ

OA Brigada Militar (BM) apreendeu 69 pedras de

crack em uma ação no bairro Municipal na tarde de sexta--feira, 30 de outubro. A droga estava escondida próxima no banco do carona de um Fiat Elba. O proprietário do veícu-lo foi detido, enquanto outro suspeito conseguiu escapar correndo por uma mata. Por não ter comprovada a proprie-dade do entorpecente, o de-legado responsável entendeu por não instaurar o inquérito e o detido foi liberado.

Conforme a ocorrência poli-cial, registrada como “Outros Crimes”, após denúncia de que dois indivíduos estariam armados no bairro Municipal, policiais militares realizaram buscas e localizaram este Fiat Elba em movimentação sus-peita na rua Nunciante Anti-nolfi. Ao perceber a aproxi-mação policial, um indivíduo fugiu correndo por uma mata.

Um segundo indivíduo foi detido junto ao veículo e iden-tificado. Este suspeito, de 39 anos, não possuía anteceden-tes criminais relevantes. Du-rante revista no veículo, fo-ram encontradas 69 pedras de crack embaixo do carpete do banco do passageiro. O flagra-do recebeu voz de prisão e foi apresentado, junto com a dro-

ga, na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

No entendimento do dele-gado Clóvis Rodrigues de Sou-za, que estava de plantão, este não era um caso de flagrante. O detido seria um usuário de drogas e o crack apreendido, provavelmente, pertenceria ao segundo indivíduo, um foragido do sistema peniten-ciário. O proprietário do Fiat Elba prestou depoimento e foi liberado. Porém, o dele-gado ressalta que o caso será investigado. “Ele responderá em liberdade. Pretendo falar com o distrito policial res-ponsável sobre o caso. Ambos são suspeitos”

Droga ficou apreendida, porém os dois suspeitos estão soltos

Dupla assalta pedestre na avenida PlanatoUm pedestre foi assaltado no bairro Planalto na madrugada de segun-

da-feira, 2 de novembro. Conforme a ocorrência policial, o crime ocorreu por volta das 3h quando a vítima, de 20 anos, caminhava pela avenida Planalto e foi abordada por dois indivíduos. Armados com uma faca, os delinquentes roubaram R$ 200 e um celular. Os bandidos fugiram para rumo ignorado. O caso será investigado pela 2ª Delegacia de Polícia.

Dois suspeitos

Brigada apreende 69 pedras de crack no bairro MunicipalDroga estava escondida embaixo do banco do carona de um Fiat Elba

Leonardo [email protected]

A apreensão e ocorrência serão repassadas para a 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP). Após verificar a quantidade de crack apreendida, a de-legada Maria Isabel Zerman afirma que irá instaurar um inquérito de tráfico de drogas e logo iniciará a investigação do fato.

Suspeito possui extensa ficha de roubos

O suspeito que conseguiu fugir da abordagem foi reco-nhecido pelos policiais mili-tares devido sua recorrente prática criminosa. Everson Diego do Nascimento, 30 anos, está foragido do siste-ma penitenciário desde o dia 15 de setembro. Naquela oca-sião, o apenado do regime se-miaberto não retornou após ser liberado para uma consul-ta médica.

Nascimento possui uma ex-tensa ficha criminal por rou-bos, principalmente na época de adolescente infrator. Ele estava recolhido desde dezem-bro do ano passado, quando foi preso preventivamente após assaltar um estabeleci-mento comercial da rua Osval-do Aranha, no bairro Cidade Alta. Nascimento continua em situação de foragido e seu pa-radeiro pode ser denunciado pelo 190, da Brigada Militar, ou 197, da Polícia Civil.

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) interceptou uma carga de 12kg de cocaína na madru-gada de segunda-feira, 2 de novembro. A droga vinha da fronteira de Foz do Iguaçu, no Paraná, e tinha como destino Caxias do Sul. Esta foi a apre-ensão de cocaína recorde em Bento Gonçalves.

A abordagem ocorreu, por volta de 1h, no quilômetro 204 da BR-470. Durante fiscaliza-ção de rotina, os patrulheiros desconfiaram da atitude da motorista de um Palio, com placas de Caxias do Sul.

Após minuciosa vistoria, foram encontradas 12 em-

balagens com a substância análoga a cocaína embaixo do banco de trás. A condu-tora confessou aos policiais rodoviários federais que tra-zia a droga da região de Foz do Iguaçu, o que configurou o tráfico internacional.

Juntamente da condutora, ainda havia outra mulher e duas crianças no carro. A dro-ga, a motorista e os demais passageiros foram encami-nhados à Polícia Federal de Caxias do Sul para realização de flagrante. Um inquérito po-licial deverá ser instaurado nos próximos dias para investigar a origem da droga.

PRF, DIVU

LGA

ÇÃO

O entorpecente estava em um Palio que seguia para Caxias do Sul

Tráfico internacional

PRF intercepta 12kg de cocaína vindos do Paraná

Page 15: 04/11/2015 - Jornal Semanário - Edição 3179

Quarta-feira, 4 de novembro de 2015 15Segurança

Operação Viagem Segura

Feriado de Finados tem menos acidentes e vítimasEm consonância, fiscalização contra excesso de velocidade foi recorde

Leonardo [email protected]

Homicídio no São Bento

Acusado de matar cunhado, em 2010, vai a júri popular

Acusado do homicídio do cunhado Rogério José Rigon em 18 de dezembro de 2010, Luis Carlos Severo, 76 anos, irá a júri popular amanhã, 5 de novembro, a partir das 9h, no Fórum de Bento Gonçalves. De acordo com o Ministério Público, o crime é qualificado pois foi cometido por motiva-ção fútil (desavença familiar relativa a questão financeira), impossibilitando a defesa da vítima e contra idoso (62 anos na época).

Conforme a sentença de pro-núncia, o assassinato ocorreu por volta das 12h, na residên-cia do réu na rua Parnaíba, no bairro São Bento. Rigon, que residia em Curitiba (PR), es-tava visitando a mãe enferma, que morava com a irmã e o cunhado, quando foi atingido no peito e região lombar.

Em depoimento, Severo afir-mou que, na ocasião, Rigon tentava bater na mãe com uma cinta. Ambos teriam discutido e o cunhado teria gritado e le-vado a mão esquerda a cintura. Assustado pelo fato de Rigon trabalhar em uma fábrica de armas, Severo sacou seu revól-ver calibre .38 e atirou. A víti-ma morreu no local.

Severo afirma que possuía a arma de fogo em sua residên-cia há cerca de trinta anos, para defesa pessoal, e possuía o re-gistro. Na ocasião estava com o revólver a mão, pois o estava limpando antes da visita chegar.

Após atirar, Severo saiu ca-minhando pela rua “com a in-tenção de se entregar na Dele-gacia de Polícia”. Porém, pouco tempo depois, acabou detido pela Brigada Militar. Em sua posse, foi apreendida uma faca de serra e alguns cartuchos de-flagrados.

A discussão entre acusado e réu e a suposta reação de Rigon não foram confirmados por ne-nhuma outra testemunha. Am-bas as esposas, que estavam na mesma residência, afirmaram não ter visto a briga, pois “foi tudo muito rápido”.

A defesa recorreu da sen-tença de pronúncia e alegou legítima defesa. Porém, os re-latos da esposa de Severo que, pontualmente, frisou que não houve nenhuma investida de Rigon contra o réu, e algumas diferenças nos interrogatórios do acusado, levantaram ques-tionamentos sobre a tese. O réu respondeu ao processo em liberdade.

Seguindo a tendência posi-tiva deste ano, o feriado de

Finados foi menos violento no trânsito. De acordo com o De-partamento Estadual de Trân-sito (Detran), foram registra-dos menos acidentes, menos feridos e menos mortes nas rodovias e vias municipais.

Nestes quatro dias de ope-ração, foram 496 acidentes de trânsito, 11 vítimas fatais e 293 feridos este ano. Em 2014, quando a operação teve um dia a menos, foram 511 acidentes, 20 vítimas fatais e 296 feridos. A redução, na comparação mé-dia, foi de 59% no número de vítimas fatais, 26% no núme-ro de feridos e 27% no total de acidentes.

Ainda de acordo com o rela-tório do Detran, da zero hora da sexta-feira, 30 de outubro, até a meia-noite da segunda, 2 de novembro, foram quase 43 mil veículos fiscalizados e 10 mil infrações. As polícias tam-bém recolheram 888 veículos e 212 CNHs irregulares.

Neste feriado, também foi realizado o maior número de testes do etilômetro em com-paração as últimas três edições da Operação Viagem Segura no feriado de Finados. Quase 1,7

A colisão de um Chevette com um o muro de uma residência na rua Ulisses Roman Ross, bairro Universitário, é mais um alerta con-tra os perigos de dirigir embriagado. O acidente ocorreu por volta do meio-dia de segunda-feira, 2 de novembro, e não teve feridos. Policiais militares que atenderam a ocorrência ofereceram o teste do etilômetro ao motorista de 56 anos e foi constatada a embriaguez ao volante. O condutor recebeu voz de prisão em flagrante e o auto-móvel foi recolhido.

Jovem é assaltado próximo à casa noturnaUm rapaz 20 anos foi assaltado no bairro Licorsul na madrugada de

segunda-feira, 2 de novembro. O jovem caminhava pela rua Giovani Grando Filho, próximo a uma casa noturna, quando foi abordado por um indivíduo que fazia menção de estar armado. O assaltante roubou a carteira, o celular e o relógio de pulso da vítima. O bandido fugiu para rumo ignorado. O caso será investigado pela 2ª Delegacia de Polícia.

mil testes foram realizados nas rodovias e vias urbanas com fiscalização da Brigada Militar, sendo 183 autuações lavradas por dirigir sob o efeito de álco-ol e 58 enquadrados em crime de trânsito.

Rigor contra o excesso de velocidade

Parte da explicação advém do rigor na fiscalização ao ex-cesso de velocidade, atuação esta que foi destacada ao longo deste ano. Entre o meio-dia da quinta-feira, 29 de outubro, e às 8h de ontem, 3 de novembro, 8.477 condutores foram autua-dos por excesso de velocidade nas rodovias de responsabili-dade do 3º Batalhão Rodoviá-rio da Brigada Militar (BRBM),

com sede em Bento Gonçalves e que abrange as estradas estadu-ais da Serra Gaúcha, do Litoral Norte e do eixo norte metropo-litano de Porto Alegre.

É um aumento de 210% em comparação ao ano passado, quando foram aplicadas 2.734 multas no final de semana do feriado de Finados (operação que teve um dia a menos). Também foram 3.748 veículos fiscalizados por patrulheiros com 1.906 autuações (aumento de 38% em relação ao feriado de 2014).

Na região do 3º BRBM, foi registrada uma redução de oito para três mortes e uma queda de 30 para 25 nos acidentes com feridos. A exceção foi o nú-mero de acidentes sem vítimas, que aumentou de 33 para 35.

Saída de pista deixou dois feridos na BR-470 na tarde de segunda

PRF, DIVU

LGA

ÇÃO

Sobre as estatísticas, vale res-saltar que, desde a federalização ocorrida no início de 2015, a BR-470 não é mais fiscalizada pelo 3º BRBM. Porém, a Polícia Ro-doviária Federal (PRF) também destaca uma operação de feria-do com poucas ocorrências.

Um dos atendimentos foi uma saída de pista ocorrida na tarde

de segunda-feira, 2 de novem-bro, e que resultou em duas pes-soas feridas. O fato ocorreu por volta das 16h, no quilômetro 210 da rodovia federal, próximo do bairro Nossa Senhora da Saúde.

Uma caminhonete Sangyong Actyon, com placas de Marau, trafegava em direção a Veranó-polis, quando o motorista per-

deu o controle e colidiu contra o barranco.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e socorreu duas pes-soas, um homem de 44 anos e uma mulher, de 48 anos. Am-bos foram conduzidos para a Unidade de Pronto Atendi-mento (UPA) com lesões leves.

Poucos atendimentos na BR-470

Motorista embriagado colide contra muro

Page 16: 04/11/2015 - Jornal Semanário - Edição 3179

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VariedadesCultura, diversão e entretenimento

Quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Filme de Bento brilha no CineSerra

Pablo Escobar, o mito em duas séries

Tudo sobre o seu artista preferido

Os eventos de Bento

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Médicos Sem Fronteiras

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Bento leva virada e fica com o vice gaúcho

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