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Caros leitores,Como assim? Rascunho esta singela mensagem para a edição do bimestre setembro/outubro da Sindilub Press, mirando a árvore de Natal já enfeitando minha sala? Não é possível.Espere, sim, é possível. Dei-me conta que o passar do tempo é inexorável, e não se detém para que busquemos lembranças, alegres e tristes, neste mês de forte simbologia. Mas quem imprime a pressa no tempo, somos nós. Já pararam para pensar? Recordo os versos do Paulinho da Viola na música Sinal Fechado: “Olá, como vai? Eu vou indo e você, tudo bem? Tudo bem eu vou indo correndo / Pegar meu lugar no futuro, e você? Tudo bem, eu vou indo em busca / De um sono tranquilo, quem sabe... Quanto tempo … pois é … / Quanto tempo... / Me perdoe a pressa / É a alma dos nossos negócios...”E por aí vai...Esse encontro no semáforo reflete uma situação que nós, empresários, vivenciamos com certa regularidade, mas pela alma de nossos negócios, como diz o Paulinho, nos penitenciamos até o próximo semáforo, e depois continuamos a correr em disparada em busca de um lugar no futuro.Bom, chega de filosofia, de pitadas de sentimentalismo, e falemos um pouco das matérias desta edição. Estamos fechando o tumultuado ano de 2015, e a par de todas as dificuldades de ordem econômica, os acontecimentos avançaram, e bastante, na área ambiental em se tratando dos lubrificantes, do OLUC, das embalagens plásticas. Paralelamente, e isso se demonstra muito importante, mesmo com a queda na comercialização dos lubrificantes em 2015, no comparativo com 2014, há um certo otimismo no mercado quanto ao próximo ano.Esse otimismo se revela nas palavras dos principais executivos do setor consultados para a matéria desta edição, e prova disso é o retorno da gigante Repsol ao mercado nacional de lubrificantes. Encerraremos o ano no centro do redemoinho da crise política que assola o país, mas sejamos confiantes que a tempestade em breve passará, e oxalá viveremos já um segundo trimestre de 2016 com relativa calmaria, que por certo se refletirá em nossos negócios.Aproveitemos as festas de final de ano para uma pausa, um sossego, um sinal fechado que nos obrigue à reflexão.Boas Festas.Muito obrigado. E boa leitura.

Laercio KalauskasPresidente do Sindilub

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Índice

Presidente: Laercio dos Santos KalauskasVice-Presidente: Lucio Seccato FilhoDiretor Secretário: Fabiano GrassiDiretor Tesoureiro: Paulo Roberto N. CarvalhoDiretor Social: Antonio da Silva DouradoDiretor Executivo: Ruy RicciCoordenadora: Ana Leme – (11) 3644-3440Jornalista Responsável: Thiago Castilha – MTB 66.498

Editoração: www.andressaz.carbonmade.comImpressão: Hawaii Gráfica e EditoraCapa: ShutterstockSet/Out 2015 - nº 117Rua Tripoli, 92 – Conjunto 82V. Leopoldina – São Paulo – SP – 05303-020Fone/Fax: (11) 3644-3440 / 3645-2640www.sindilub.org.br / [email protected]

ExpedienteAs matérias são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente opinião da revista. Não nos responsabilizamos pelos conteúdos dos anúncios publicados. É proibida reprodução de qual-quer matéria e imagem sem nossa prévia autorização.

Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes – SINDILUB

Texto: Renato Vaisbih

05 Fique por DentroNovos termos de compromisso devem ser finalizados em 2016

06 LegislaçãoContribuição Sindical Patronal, obrigatória por Lei

08 CapaBate-papo com os executivos do mercado

12 Meio AmbienteReunião do GAP discute expansão do Sistema

14 Meio AmbienteDesvio de OLUC na mira do Ministério Público

15 Meio Ambiente Isenção do CADRI

16 EspecialTexaco faz 100 anos no Brasil e valoriza rede de distribuição

18 Meio AmbienteJogue Limpo: uma década de sucesso e novos rumos

19 IBAMAGoverno reajusta TCFA

20 MercadoRepsol aposta no Brasil

21 Fique por DentroFiscalização do Arla 32

22 EventoApaixonados por motos

24 EventoVIII Simpósio Internacional

26 EntrevistaEncarando a crise de frente

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F ique por Dentro

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O Sindilub e demais integrantes do sistema de óleos lubrifican-tes já analisaram as minutas

dos novos Termos de Compromisso para Responsabilidade Pós-Consumo de Resíduos Sólidos das embalagens plásticas usadas e de OLUC.

A revisão foi necessária após recomen-dação do Ministério Público do Estado de São Paulo para que todos os setores em que há a necessidade de logística reversa elaborem documentos padro-nizados. A partir da solicitação do MP, a Secretaria de Meio Ambiente (SMA) publicou a Resolução 45/2015.

Além das embalagens plásticas de lubrificantes e OLUC, isso vale para lâmpadas; embalagens de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméti-cos; embalagens de materiais de limpe-za e afins; embalagens de agrotóxicos; e pilhas e baterias portáteis.

O consultor jurídico do Sindilub, Edison Gonzales, explica que os termos já as-sinados continuam em vigência e a Re-solução SMA 45 não define prazos para a elaboração dos termos padronizados.

Texto: Renato Vaisbih

Novos Termos de Compromisso devem ser finalizados em 2016

Segundo ele, no caso dos lubrificantes, as resoluções anteriores ”resul-taram na celebração do Termo de Compromisso para Responsabilidade Pós-Consumo de Embalagens Plásticas Usadas de Lubrificantes, em fevereiro de 2012, vigente por quatro anos, até 2016; e no Termo de Compromisso para Responsabilidade Pós-Consumo de Óleos Lubrifican-tes, em 5 de junho de 2012, também vigente por quatro anos”.

Ou seja, a partir de 2016, os dois termos de compromisso já deveriam ser renovados. O que muda é que, agora, terão de seguir algumas exi-gências previstas na Resolução SMA 45 e serão estabelecidos novos prazos de vigência.

AssociadosO texto que estabelece a padronização dos termos de compromisso ainda traz novidades importantes para os associados do Sindilub, de acordo com Gonzales. Ele destaca que a Resolução acena para a caracterização de crime ambiental o descumprimento do termo de compromisso, ao citar a Lei Federal n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que “dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências”.

O consultor jurídico também chama a atenção para a importância de os empresários do sistema de lubrificantes serem associados de entidades signatárias dos termos de compromisso, como o Sindilub.

O advogado cita o parágrafo 3º do Artigo 4º da Resolução SMA 45, que afirma: “Para as empresas não signatárias ou aderentes de Termos de Compromisso com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e a Compa-nhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB, o acompanhamento e comprovação do cumprimento ao disposto nesta Resolução serão regidos pelas regras e metas a serem definidas e divulgadas oportunamente pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB”. S

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L egisLação

Texto: Ana Leme e Thiago Castilha

Os proprietários de revendas atacadistas devem fazer o pagamento da contribuição sindical patronal até o dia 31 de janeiro de 2016. Os recursos arrecadados são uma

das principais receitas do Sindilub e auxiliam na manutenção da estrutura do sindicato para atuar junto aos diversos setores da sociedade em prol dos interesses de seus filiados.

Contribuição Sindical Patronal, obrigatória por Lei

A contribuição sindical está prevista nos artigos 578 a 591 da CLT. Possui natureza tributária e é recolhida COMPULSORIAMENTE pelas empresas do comércio de lubrificantes a este Sindicato que é o único representante da categoria econômica do comércio de lubrificantes. Portanto, descon-sidere quaisquer guias para o recolhimento da contribuição Sindical porventura enviadas por outros Sindicatos.

RECOLHIMENTO ESSENCIAL E INDISPENSÁVEL:

O pagamento da contribuição sindical é obrigatório a partir do registro da empresa e a cada ano no mês de janeiro. É devida por todas as empresas, independentemente de serem ou não associados a um sindicato. A Nota técnica SRT/TEM nº 202/2009 deixa clara que na concessão de alvará, permis-sões ou licenças de funcionamento, renovações e nas participações de concorrências públicas, será exigida a prova de quitação do recolhimento da contribuição sindical ao sindicato da categoria a que pertence e exibição perante a Fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho.

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO CONTADOR:

Tratando-se de um tributo, conforme o Código Civil em vigência desde 11 de janeiro de 2003, o CONTADOR assume a responsabilidade so-lidária junto ao seu cliente, pela orientação correta do recolhimento da contribuição sin-dical ao sindicato representante da categoria econômica correta, neste caso a do comércio de lubrificantes.

Para emissão da GRCS6. Em SINDICATO, na barra de rolagem - Escolha NA RELAÇÃO

ABAIXO O SINDICATO QUE REPRESENTA SUA CATEGORIA - Sin-dicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes - SINDILUB e clicar em “Emitir Guia”;

7. Preencha os dados solicitados, e em seguida imprima a guia.

1. Acessar o site do Sindilub www.sindilub.org.br

2. Clicar no banner “Contribuição Sindical 2016”;3. Clicar no link Emissão de Guia;4. Preencher o CNPJ (formato - 00.000.000/0000-00);5. Verificar o exercício (ano) da Guia que será recolhida;

LINHA CLASSE DE CAPITAL SOCIAL(R$)

ALÍQUOTA(%)

PARCELA À ADICIONAR (R$)

1 de 0,01 a 24.107,25 Contribuição Mínima 192,86

2 de 24.107,26 a 48.214,50 0,8% 0

3 de 48.214,51 a 482.145,00 0,2% 289,29

4 de 482.145,01 a 48.214.500,00 0,1% 771,43

5 de 48.214.500,01 a 257.144.000,00 0,02% 39.343,03

6 de 257.144.000,01 em diante Contribuição Máxima 90.771,83

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A linha ENEOS de lubrificantes para motor e transmissão foi desenvolvida para oferecer a mais alta performance aliada à preservação ambiental. Graças à tradição no fornecimento às montadoras e à participação em competições automobilísticas, nossos produtos redefinem hoje os conceitos de lubrificantes sintéticos.

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Pagamento é obrigatório e deve ser feito até o final de janeiro; empresas que

não fizerem a contribuição correm o risco de ficar sem

alvará de funcionamento

SOBRE O RECOLHIMENTO:

O recolhimento é feito somente uma vez a cada ano e para o exercício de 2016 o prazo expira em 31 de janeiro. Tem o seu valor fixado em função do capital social da empresa, nos termos da legislação em vigor.

RECOLHIMENTO FORA DO PRAZO:

Será acrescido das penalidades previstas no artigo 600 da CLT. Após o vencimento, incidência de multa de 10% (dez por cento) nos primeiros trinta dias, mais 2% por mês subsequente de atraso, além de 1% de juros de mora ao mês.

GUIA DE RECOLHIMENTO:

As empresas estarão recebendo a Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical (GRCS) via correio, até o dia 10 de janeiro de 2016. Caso não receba acesse o site do Sindilub: www.sindilub.org.br ou entre em contato com a secretaria no fones (11) 3644-3440 / 3645-2640.

Para as empresas constituídas após o dia 31 de janeiro, a Contribuição Sindical deverá ser recolhida quando do registro na Junta Comercial.

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de dados e informações relevantes, permitindo um estudo abrangente do mercado e, caso seja necessário, uma revisão das regulamentações”, conclui.

Mercado no 1º semestreA Petrobras (BR) continua com a liderança de mercado, se-guida pela Cosan (Mobil) e Ipiranga que estão praticamente empatadas com 13,69% frente a 13,32% de participação. Os pequenos produtores perderam participação de mercado, fato que pode ser reflexo da sensibilidade à crise econômica, considerando a alta dos custos devido à inflação e uma política de preços mais agressiva de grandes empresas.

C apa

Texto: Thiago Castilha Fotos: Divulgação

Bate-papo com os executivos do mercado

PETROBRAS25%

COSAN14% IPIRANGA

13%

PETRONAS10%

SHELL9%

CHEVRON9%

CASTROL2%

TOTAL2%

YPF2%

OUTROS14%

Market Share ‐ 1ºsemestre

ComentáriosEm busca de novos horizontes, em meio a este clima de inse-gurança e dúvidas políticas e econômicas do país, a revista Sindilub Press conversou com especialistas e representantes das principais empresas de lubrificantes do país para falar de 2015 e das perspectivas para 2016.

O presidente do Sindilub Laercio Kalauskas destaca que, “em 2015 em pleno redemoinho de crises, política e econômica, o que mais abalou o comerciante atacadista de lubrificantes foi a crise de confiança em relação aos fornecedores de lubrifi-cantes que em grande maioria mudaram as suas estratégias. Essa incerteza sobre o comportamento dos fornecedores tem sido fonte de risco, pois a relação tem que ser baseada em

Principais empresas do setor de lubrificantes

comentam o ano 2015 e as expectativas para 2016

Em 2014, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, o mercado fechou com 1.553 bilhões de litros de lubrificantes comercializa-

dos, sendo aproximadamente 75% automotivos e 25% industriais e graxas. Para 2015, a expectativa é encerrar o ano com performance negativa em relação a 2014.

Sobre a expectativa de fechamento do mercado em 2015, a previsão da ANP é que, com o desa-quecimento da economia, ocorra uma redução da comercialização do óleo lubrificante acabado, principalmente, para utilização industrial.

“Para 2016, a ANP está implementando o Sis-tema de Informação de Produtos (SIMP) para o setor de Lubrificantes. Com esse sistema, a ANP espera aumentar a qualidade das informações, possuindo dados detalhados sobre toda co-mercialização de óleo lubrificante acabado, por estado, por município, por mês e por grupo de produtos pré-selecionados (que englobam todos os produtos do mercado)”, explica Aurélio Ama-ral, Superintendente de Abastecimento da ANP.

“O SIMP é uma ferramenta eficaz, sendo capaz de cruzar os dados dos diferentes elos da cadeia e, desta forma, permite que a fiscalização atue de modo mais direcionado. Além de fornecer informa-ções precisas para o mercado e para a fiscalização da ANP, o SIMP proverá a Agência com um volume

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Laercio Kalauskas Adilson Capanema

previsibilidade, o orçamento, a estratégia e o investimento do empresário são traçados por este princípio”.

“Na outra ponta, a crise econômica gerou uma varieda-de de oportunidades para produtos desconhecidos e lançamentos de produtos adequados com a realidade econômica. Os clientes estão buscando mais informações e propostas de mudança de marcas e de novos fornece-dores, bem como redução de custos e produtos de alta tecnologia. É preciso fortalecer a confiança nas relações e estar em sintonia na busca de soluções e melhorias para os negócios. Na realidade é uma questão de mudança de perspectiva e criatividade”, conclui Kalauskas.

O diretor comercial da PETRONAS, Adilson Capanema, disse que as dificuldades de 2015 foram enfrentadas com muito trabalho. “Nossa estratégia foi continuar in-vestindo em busca do crescimento e fortalecimento da PETRONAS no Brasil. Estamos finalizando o ano na quin-ta posição na participação do mercado de lubrificantes nacional. Para fortalecer ainda mais a nossa posição de mercado, continuamos investindo em nossas plantas de produção no Brasil, nossa rede de distribuição, investin-do no desenvolvimento de novos produtos e garantindo a manutenção e geração de empregos. Em 2016 com a inauguração do nosso centro de desenvolvimento de lubrificantes em Contagem (MG) esperamos possibilitar maior oferta de lubrificantes industriais da PETRONAS para o mercado brasileiro”.

A YPF do Brasil está otimista com o mercado. “Esperamos que em 2016 o mercado tenha um comportamento similar ao de 2015. Temos boas expectativas para o segundo semestre de 2016, visando a perspectiva de possível melhora econômica em 2017. Obviamente, tudo vai de-pender do acerto das questões políticas que, infelizmente, estão afetando o desenvolvimento normal da economia”, explica o diretor executivo Ramiro Ferrari.

Atsusuke Ogasawara, presidente da JX Nippon no Brasil, explica que vão continuar apostando no país, “o mercado de óleos lubrificantes no Brasil está entre os maiores no mundo e a JX Nippon teve o grande privilégio de iniciar as vendas do óleo ENEOS em 2015. Para 2016 nós temos muitas expectativas e uma delas é continuar a oferecer ao mercado brasileiro os produtos ENEOS para contribuir com a eficiência energética e a alta confiabilidade, am-pliando o portfólio de óleos lubrificantes desenvolvidos sob tecnologia avançada e aprovados pelo laboratório da JX Nippon no Japão. Para atingir nossa expectativa com excelência, vamos continuar a expandir a marca ENEOS em todo território brasileiro por meio de atacadistas de lubrificantes. Juntos trabalharemos para crescer e manter os negócios sustentáveis”.

A Shell trilhou o caminho do fortalecimento de estra-tégias em 2015, “mantivemos o foco nos lubrificantes sintéticos, que apresentam a tecnologia Shell Pure-Plus como diferencial. Em 2016 a companhia segue apostando globalmente nos sintéticos, em linha com a tendência adotada pelas mais modernas monta-doras na produção de seus motores. Esta categoria de produtos, que apresenta qualidade e benefícios superiores, também seguirá como prioridade nos negócios B2B. Aliás, qualidade está no DNA da Shell, tanto na oferta de portfólio quanto no atendimento ao cliente. Esta é a base para o próximo ano”, comentou Sergio Pérez, gerente de Marketing na divisão de Lubrificantes da Shell Brasil.

Ramiro Ferrari

Atsusuke Ogasawara Sergio Pérez

Aurélio Amaral

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Antonio Ennes, diretor da Texaco, explicou que 2015 foi especial para a empresa que completou 100 anos de presença no Brasil. “Ao longo deste período, a marca Texaco cresceu, se desenvolveu e mudou junto com o país. Para destacar esse marco, adotamos uma estratégia agressiva de marketing, com um aumento de investimentos nesta área na ordem de 20%. Para 2016 conti-nuaremos investindo na nossa marca e também em tecnologia e inovação, pois temos a certeza que o diferencial técnico da linha de lubrificantes Texaco é um dos pilares fundamentais que nos garantirão a nossa bem sucedida trajetória, por pelo menos mais 100 anos”.

Segundo Miguel Lacerda, diretor de lubrifi-cantes da Ipiranga, a empresa está atenta às necessidades do mercado e dos consumidores, desenvolvendo e oferecendo produtos de alto de-sempenho a um custo adequado atendendo aos requisitos ambientais. “A Ipiranga tem crescido a cada ano, com resultados sólidos e expressivos. A empresa tem o foco voltado para o crescimen-to, alinhado à estratégia de diferenciação, por meio de produtos e serviços oferecidos em seus canais de distribuição. Estamos posicionados para crescer junto com a economia em momen-

tos de crescimento, assim como para preservar um desempenho favorável em ambientes desafiadores”.

A Castrol acredita na recuperação da economia, conta Maurício Garcia Ramos, diretor de vendas da empresa, “o mercado de lubrificantes em 2015 en-frentou obstáculos trazidos pelo cenário de retração econômica do país, que afetou o setor automotivo como um todo. Há, porém, espaço para otimismo para os próximos anos. A modernização e o cresci-mento da frota de veículos dos últimos anos no Brasil, com motores mais sofisticados, tem aumentado a demanda por produtos de alta performance e tec-nologia inovadora. Neste contexto, há um mercado com potencial a ser explorado para nossos produtos e apostamos que 2016 será um ano de recuperação”.

Otimista com os projetos em curso no país, o diretor geral da Total Lubrificantes do Brasil, Olivier Bellion, conta que a empresa em 2015 conquistou excelen-tes resultados com a implementação de projetos. “A modernização de maquinários e equipamentos da fábrica de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, foi um deles e hoje temos capacidade de dobrar a nossa produção. Para os próximos cinco anos, investiremos ainda mais no Brasil. E entre

as ações e desafios, iremos ampliar a rede de distribuidores com um modelo que aumenta a nossa força de venda, o que nos tornará ainda mais competitivos no mercado brasileiro. Também vislumbramos novos setores da indústria com alguns lançamentos diferenciados. E não há dúvidas de que nosso apoio ao esporte, com patrocínios importantes na Stock Car, com a equipe Total Racing, e a FIA GT, com o BMW Team Brasil, prosseguirão no novo ano”.

Desafio foi o sentimento que ficou para a Petrobras Distribuidora sobre 2015, explica o Gerente Executivo Industrial, Paulo Jorge Esteves Batista. “Tínhamos como meta manter o crescimento alcançado em 2014, num cenário de incertezas quanto ao de-sempenho da economia. Hoje, os números do setor projetam que o mercado brasileiro de lubrificantes deve cair mais de 3%, quando comparado com 2014, seguindo a regra usual de acompanhar o comportamento do PIB. No entanto a BR vem avançando, pois até outubro, nosso market share cresceu 2,1 pontos percentuais, e alcançamos uma fatia superior a 25% do mercado nacional. Ganhamos espaço tanto no segmento de consumo quanto na revenda”.

“Em 2016 buscaremos a manutenção dos números conquista-dos em 2015. Atuaremos tanto no desenvolvimento de novos produtos como nos setores produtivos e de logística. Com re-lação ao portfólio, já não consideramos mais os lubrificantes sintéticos uma tendência, e sim uma realidade. O que temos visto como tendência é a busca por viscosidades cada vez

Antônio Ennes

Olivier Bellion

Miguel Lacerda

Mauricio Garcia Ramos

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menores, visando à redução de emissões e consumo. Na área de produção e logística, estamos trabalhando exaustivamente na otimização de processos e redução de gastos, o que nos permitirá sermos mais competi-tivos para enfrentar o contexto econômico complexo que vem se desenhando”, finaliza Batista.

Sob a ótica das empresas associadas ao SIMEPETRO, que representam 14,5% do mercado de lubrificantes, o momento requer atenção especial. “Nossa percepção, apesar de não termos todos os dados, é que o mer-cado para o nosso setor irá fechar 2015 com relação ao ano de 2014, com regressão entre 5% e 10%. Em 2016, nosso setor deve acompanhar as projeções econômicas que indicam um PIB negativo”, explica Carlos Ristum, presidente do SIMEPETRO.

“Além do fraco desempenho da economia, as empre-sas estão descapitalizadas devido a necessidade de elevados investimentos que começaram em 2009 quando a ANP instituiu a Resolução Nº 18/2009, que estabeleceu os requisitos necessários à autorização para o exercício da atividade de produção de óleo lu-brificante acabado. Em 2014, novamente, a definição da ANP para novos níveis mínimos de desempenho de lubrificantes, sofremos outro impacto, pois as empre-sas do setor tinham percentual expressivo de venda de lubrificantes nestas categoria (API SF e API CF). E

recentemente com a implantação do SIMP obrigou o se-tor a fazer mais investimentos, agora em empresas de T.I (Tecnologia de Informação), para adequar o sistema das empresas ao sistema da ANP”, conclui Ristum.

O coordenador da comissão de lubrificantes do Instituto Brasileiro de Petróleo e editor da revista Lubes em Foco, Pedro Nelson Belmiro explica que o mercado de lubrifi-

cantes sofreu menos do que outros setores. “A produção industrial em queda atinge a todos, mas o efeito não é proporcional no consumo de lubrificantes. Ainda há uma grande entrada de veículos novos no mercado e a frota conti-nua consumindo lubrificantes e as indústrias também. Dessa forma, podemos admitir até mesmo que o mercado de óleos e graxas tenha uma variação bem pequena ao final do ano”.

“As expectativas são de legislação ambiental cada vez mais restritiva e fiscalização mais efetiva. A retomada do Programa de Monitora-mento dos Lubrificantes pela ANP é um sinal de que os objetivos e proteção ao consumidor continuarão e a busca pela qualidade será cada vez mais exigida. Óleos menos viscosos serão cada vez mais recomendados, exigindo melhor qualidade dos básicos e aditivos e os níveis mínimos de desempenho serão mais elevados. As empresas devem estar preparadas para atuar em um mercado muito exigente, mas, também ainda promissor e que será um dos primeiros a recuperar o crescimento no país”, finaliza Belmiro. S

Paulo Jorge E. Batista

Pedro Nelson Belmiro Carlos Ristum

As empresas devem estar preparadas para atuar

em um mercado muito exigente, mas, também ainda

promissor e que será um dos primeiros a recuperar o

crescimento no país.

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A Sindilub Press publica relato da Assessora de Gestão das Representações da CNC, Cris-

tiane Soares sobre a quinta reunião do Grupo de Acompanhamento de Performance (GAP) do Sistema de Logística Reversa de Embalagens de Óleos Lubrificantes realizada em 27 de outubro na sede do Instituto Jogue Limpo, no Rio de Janeiro.

O objetivo da reunião foi buscar a convergência do texto que deverá orientar a segunda fase de implan-tação do sistema de logística reversa (SLR) de embalagens de óleos lubrificantes, que se dará por meio de um Termo Aditivo, considerando-se a expansão para os estados do Maranhão, Pará, estados da região Norte e Centro-oeste.

Ezio Antunes do Instituto Jogue Limpo, explicou que as alterações na modelagem foram pautadas pelos resulta-dos apurados no estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV Projetos).

Em referência ao estudo manifestaram-se os representan-tes do Sindilub, da Fecombustíveis e da CNC, em relação a algumas conclusões apresentadas face a fragilidade do desenho amostral adotado para embasar as conclusões pontuadas. Assim, foi consenso que o estudo não seria determinante para a reformulação da modelagem pra-ticada e tampouco seria aplicável, sem discussões, nas áreas de expansão do programa. Na apresentação, ficou demonstrado, que o atingimento das metas está baseado não somente na expansão geográfica, mas também na di-versificação dos pontos de entrega, que passariam a incluir oficinas automotivas, lojas de autopeças e hipermercados.

Outro ponto destacado pela representante da CNC é que no termo aditivo não contempla um plano de comunica-ção mais preciso onde fique determinado qual papel do varejista no processo de comunicação do Sistema de Logística Reversa.

M eio aMbiente

Texto: Cristiane Soares da CNC e Thiago Castilha Foto: Divulgação

Reunião do GAP discute expansão do Sistema

O conceito apresentado pela FGV, quanto a criação de células, que seriam as regiões abrangidas pelas centrais de transbordo não foi contestada. O ponto divergente é quanto as responsabilidades que os va-rejistas terão de assumir para a colocação dos novos PEVs, dentre elas a alteração da premissa para a região Centro-Oeste e Norte adotando-se um modelo autodeclaração do gerador que for entregar embala-gens no Ponto de Entrega Voluntária (PEV), disponível no sítio eletrônico do Jogue Limpo. Passará a ser de responsabilidade do PEV recebedor “vistar” a entrega de embalagens oriundas de outros estabelecimentos. Nestes casos, o declarante irá responsabilizar-se pela veracidade das informações prestadas, com a afirmação: “Declaro para os devidos fins que estou destinando os resíduos abaixo discriminados ao PEV (preenchimento automático), assumindo perante os órgãos ambientais a responsabilidade pela veracidade dessa informação”.

Nesse novo modelo de operação também seria de res-ponsabilidade do estabelecimento construir o PEV que, incluindo-se as autorizações e licenças, poderá custar até 10 mil reais. Apesar de ter sido mencionado não foi apontado o custo mensal da operação do sistema. Este ponto do custeio, bem como, do transporte até as centrais de transbordo, tiveram a sua discussão

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adiada para uma próxima reunião.

O Instituto irá encaminhar nova versão do termo aditivo com as modificações que foram tiveram a concordância de todos.

Instituto Jogue Limpo e Sindilub comentam reuniãoO diretor do Instituto Jogue Limpo, Ezio Antunes disse que o objetivo da reunião foi buscar em conjunto consenso sobre a minuta de Aditivo ao Acordo Setorial. “A reunião foi muito rica, pois foi possível compreender melhor a nova modelagem do sistema a ser aplicado no Centro Oeste, Norte e nos estados do Maranhão e Piauí. Existe consenso de que naquelas regiões, onde a distancia média entre uma cidade e outra é de 80 quilômetros, não será possível repetir o mesmo Sistema de coleta que hoje é utilizado no Sul, Sudeste e parte do Nordeste, onde a distancia média entre as cidades é de apenas 18 quilômetros”.

Ezio explica que onde o Sistema atua faz coleta de porta em porta, e para as novas regiões a proposta é que se use o sistema de PEV´s. Dessa forma os geradores levariam suas embalagens usadas de Lubrificantes até o PEV mais próximo e o Jogue Limpo, entidade gestora do Sistema, se encarrega em encaminhar para as centrais de processamento e destino ambientalmente correto.

O diretor executivo do Sindilub, Ruy Ricci avaliou a reunião produtiva e disse que houve consenso em grande parte dos pontos discutidos. “Foi fundamental retirar do texto geral o estudo da FGV que, no entendimento de todos, merece uma discussão específica para referendar o trabalho, pois destaca a importância da realidade que o estudo trouxe a tona sobre limitações de infraestrutura das regiões norte e nordeste”.

Participantes da reuniãoCristiane Soares da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Bernardo Souto da Fecombustíveis, Ezio Antunes e Rogério Nac-cache do Instituto Jogue Limpo, Manoel Honorato do Simepetro, Giancarlo Passalacqua e Marcus Galvani do Sindicom, Ruy Ricci do Sindilub, Maurício Prado Alves do SindTRR e Antonio Nóbrega da Prime Consultoria. S

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O Ministério Público de São Paulo recebeu ofício do promotor Ivan Carneiro Castanheiro, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio

Ambiente em Piracicaba (Gamea PCJ-Piracicaba) su-gerindo que as ações adotadas na região para inibir a coleta irregular de óleo lubrificante usado e conta-minado (OLUC) sejam válidas em âmbito estadual.

“Fiz uma proposta à Promotoria de Meio Ambiente para que a nossa experiência em 21 municípios seja replicada em todo o Estado. A ideia é investigar a forma de coleta do OLUC nos municípios, espe-cialmente dos empreendimentos considerados de pequeno impacto ambiental, que não necessitam de licenciamento da Cetesb”, afirma Castanheiro, que ainda aguardava uma resposta sobre a possibilidade do trabalho conjunto até o final desta edição.

Segundo ele, graças a um convênio com a Cetesb, muitos municípios são autorizados a liberar a licença ambiental junto com o alvará de funcionamento de um estabelecido. No caso dos geradores de OLUC, o promotor pretende sensibilizar as administrações municipais para que passem a exigir que o OLUC seja entregue somente para coletores licenciados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), sob pena de cassação do alvará.

“Acredito que essa medida vai reduzir a coleta infor-mal de OLUC, que acaba sendo revendido com um custo muito baixo para ser utilizado como combus-tível em caldeiras, o que gera uma grande poluição atmosférica e hídrica. Pela legislação, esse OLUC tem de ir obrigatoriamente para o rerrefino. Ele jamais poderia ser queimado”, enfatiza Castanheiro.

O promotor instaurou inquérito civil para apurar de-núncias de coleta informal de OLUC no município de Americana (SP) no início de 2014. Com o apoio e a realização de diversas reuniões com representantes de entidades como o Sindilub, o Sindireffino e a própria Cetesb, decidiu-se ampliar a investigação para toda a área de atuação do Gaema PCJ-Piracicaba. Assim, o inquérito passou a incluir as seguintes cidades: Águas

M eio aMbiente

Texto: Renato Vaisbih

Texto: Renato Vaisbih

Desvio de OLUC na mira do Ministério Público

de São Pedro, Americana, Analândia, Capivari, Charqueada, Cordeirópolis, Corumbataí, Ipeúna, Iracemápolis, Itirapina, Limeira, Mombuca, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara D’Oeste, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra e São Pedro.

“Nós detectamos o problema em Americana e começamos o trabalho por lá, pois tivemos o apoio da administração municipal, que aceitou participar de um projeto piloto com o Sindirrefino para entrega do OLUC somente aos coletores autorizados pela ANP. Era evidente que a coleta irregular não acontecia somente em Americana e logo estendemos o inquérito para a região toda em que atuamos”, relembra o promotor.

ProrrogaçãoPor exigência da legislação, o inquérito precisa ser prorroga-do a cada seis meses. A equipe do Gaema PCJ-Piracicaba já trabalha na elaboração do documento que deve ser entregue em dezembro para solicitar novo prazo da ação nos 21 municípios.

O documento relembra que no início da investigação, em Americana, foram encontrados diversos veículos irregulares para coleta de OLUC e “vários geradores afirmaram com total tranquilidade que não sabem ou não se interessam sobre o que é feito com o OLUC gerado no seu estabeleci-mento”. O texto afirmava ainda que “há a necessidade de medidas imediatas para a reversão do nível de destinação irregular encontrado, buscando a preservação ambiental e a sustentabilidade da atividade de coleta e rerrefino de OLUC”.

O pedido de prorrogação do inquérito também enumera diversos ofícios encaminhados à Cetesb, ANP, Ibama, empresas coletoras de OLUC, autoridades políticas dos municípios da região, Sindirrefino, Sindirepa, Simepetro, Sindicom e Sindilub.

O último ofício do promotor Castanheiro foi enviado ao Sindilub no início de novembro, com informações de-talhadas sobre o inquérito anexadas em mídia digital, com o objetivo de ”dar-lhe ciência do atual andamento das investigações”. O texto ainda facultava ao Sindilub “o oferecimento de sugestões de encaminhamento das diligências e/ou investigações, bem como fornecimento de informações eventualmente consideradas relevantes, no prazo de trinta dias”. S

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A Diretoria de Controle e Licenciamen-to Ambiental da Cetesb encaminhou ofício ao Sindirrefino para esclarecer

dúvidas a respeito da dispensa do CADRI para os geradores de óleos lubrificantes usados e contaminados (OLUC).

O CADRI é o Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental, documento emitido pela Cetesb. O órgão confirmou que os geradores de OLUC destinado a coletores signatários do Termo de Compromisso de Responsabilidade Pós Consumo de Óleos Lubrificantes estão isentos da necessidade do certificado.

Assim, o Sindirrefino reforça a importância de destinação do OLUC aos seus associados, uma vez que isso já irá assegurar aos geradores de OLUC a não obrigatoriedade do CADRI.

O engenheiro Cristiano Kenji Iwai, da Diretoria de Controle e Licenciamento Ambiental da Cetesb, detalha que “para os postos de com-bustíveis, super troca ou até revendedores atacadistas que geram OLUC no seu estabe-lecimento e vão destinar esse material a uma empresa signatária do Termo de Compromisso, não é necessário o CADRI”.

M eio aMbiente

Texto: Renato Vaisbih

Isenção do CADRI

Kenji Iwai alerta, porém, que a empresa que faz a coleta e o rerrefino deve ser signatária do Termo de Compromisso. “Temos alguns casos de empresas licenciadas para receber e armaze-nar o OLUC antes de ser encaminhado para o seu destino final. Essas, sim, precisam do CADRI. São como uma espécie de transbordo ou central de armazenamento, são intermediários. O gerador, que encaminha OLUC para essa central, não preci-sa do CADRI. Quem vai precisar do CADRI é o intermediário”, esclarece o engenheiro da Cetesb.

SindilubO Sindilub é signatário do Termo de Compromisso e seus asso-ciados que realizam troca de óleo em seus estabelecimentos, estão dispensados do CADRI quando destinarem o OLUC para o rerrefino, através de coletores autorizados, associados ao Sindirrefino e aderentes ao sistema. S

Gerador de OLUC destinado ao rerrefino tem dispensa do Certificado

de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental (CADRI)

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A marca Texaco, que pertence à Chevron com-pletou no último dia 15 de setembro 100 anos de atuação no Brasil em setembro, na

fabricação e comercialização de óleos lubrificantes e graxas, realizando uma série de ações de marke-ting comemorativas. A empresa também anunciou planos de ampliar sua presença no mercado. A ex-pectativa é de expandir entre 20 e 25% o volume de negócios até 2018, com uma estratégia que envolve a oferta de produtos diferenciados e um incremento de 30% nos investimentos em marketing.

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Texto: Renato Vaisbih

Texaco faz 100 anos no Brasil e valoriza rede de distribuição

A rede de distribuição, com destaque para revendas de óleos lubrificantes, também é lembrada pelo diretor de marketing da Texaco, Danilo Sad. Segundo ele, “chegamos aos 100 anos de presença da marca Texaco no Brasil, orgulhosos do brilho da nossa estrela, que aparece na nossa logomarca. Hoje, a marca Texaco está presente no campo, na indús-tria, no transporte, nas ruas. Foi uma longa jornada, mas os nossos resultados mostram que tomamos as decisões corretas nos momentos de grandes desafios. E nossa rede de distribuição é parte fundamental da nossa estratégia de expansão do nosso negócio de lubrificantes”.

Algumas revendas receberam desde o início de 2015, a cada três meses, um material impresso produzido especialmen-te para contar, em etapas, a história da Texaco no Brasil.

Posto da Texaco na Av. Vinte e Quatro de Maio (RJ) em 1997

Foto: Holger Rivadeneira / Agência O Globo

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Marca pertencente à Chevron comemorou centenário em setembro com planos de

expansão dos negócios no país

Sad explica que, ao longo do ano, foram quatro edições distribuídas com brindes estilizados para funcionários, fornecedores e parceiros estratégicos.

De olho nos clientes finaisO fortalecimento da marca junto aos clientes finais tam-bém foi uma das iniciativas da Texaco nas comemorações do seu centenário no Brasil. De acordo com o diretor-geral da Chevron Brasil Lubrificantes, Antônio Ennes, “Para nos-sos clientes é muito importante que seus equipamentos estejam sempre protegidos e os lubrificantes são vitais para a garantia de proteção e alta performance. Por isso, temos orgulho da marca Texaco que, ao longo desses 100 anos, sempre prezou pela busca de aperfeiçoamen-to, oferecendo o que há de melhor no mercado. Nossas ações e o engajamento com nosso público final nas redes sociais são conquistas que nos fazem ter a certeza de que estamos no caminho certo e assim seguimos rumo a mais 100 anos, levando produtos com tecnologia, qualidade e proteção para nossos consumidores”.

Para assegurar a interatividade com os clientes nas redes sociais, no dia 15 de setembro, data oficial do centenário, a Texaco lançou nos canais da empresa no Facebook e YouTube um vídeo comemorativo com o objetivo de mos-trar a diversidade de atuação da marca, desde a partici-pação no automobilismo brasileiro até sua presença no

dia a dia dos proprietários de veículos, principalmente por meio dos lubrificantes.

Nas áreas rurais, uma ação de destaque foi a Carreta Ursa, um caminhão itinerante que passou por 35 cida-des em todo o Brasil, oferecendo serviços gratuitos de saúde e treinamentos diversos. Para a Texaco, “a ação contribui para estreitar o relacionamento com clientes de caminhões e veículos pesados, como é o caso de equipamentos agrícolas”.

O incentivo aos esportes de velocidade foi encarado como prioridade pela Texaco. Para divulgar a marca de lubrificantes Havoline, a empresa investe na Stock Car, através da parceria com o piloto Allan Khodair, e na motovelocidade, com o contrato anunciado neste ano com o piloto Danilo Lewis, do Moto GP e Superbike.

Em agosto, durante a mais importante corrida do ca-lendário da Stock Car, a Corrida do Milhão, a Texaco promoveu o “Dia do Milionário”. Na ocasião, premiou um cliente que foi fazer a troca de óleo em Goiânia, no dia da corrida, com vale-compras, refeições em restaurantes badalados e um pernoite no hotel mais sofisticado da cidade.

Outra promoção para os clientes finais foi a “Troca Ideal”, que premiou consumidores que compraram quatro ou mais litros do Havoline Sintético Dexos 5W-30 com escudo protetor. Eles levaram, na hora, um kit de ferramentas exclusivo. S

Posto da Texaco no Rio de Janeiro em 1935

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O Instituto Jogue Limpo comemora dez anos da implantação da logística rever-sa de embalagens plásticas usadas de

óleos lubrificantes com motivos para comemo-rar os bons resultados e o desafio de expandir o sistema para regiões Centro-Oeste e Norte, além dos Estados do Maranhão e Piauí.

“Chegamos aos dez anos maduros, com resultados confiáveis e consistentes. Mas, agora, precisamos pensar em um novo mode-lo para começar a atuar nas áreas que ainda não são cobertas pelas nossas operações”, afirma o diretor executivo do Instituto Jogue Limpo, Ezio Antunes.

Segundo ele, a meta é que a expansão de atuação geográfica do sistema ocorra a partir de 2017, com a modelagem dos PEVs – Pontos de Entrega Voluntária – no lugar

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Texto: Renato Vaisbih Foto: Ivan Kalauskas

Instituto aposta na

responsabilidade compartilhada

para coletar embalagens plásticas

usadas no Maranhão, Piauí e nas

regiões Centro-Oeste e Norte

Jogue Limpo: uma década de sucesso e novos rumos

da coleta porta a porta dos estabelecimentos geradores das embalagens plásticas usadas, como funciona atualmente nas demais áreas do país.

“Para essas regiões, tivemos de pensar em outro modelo, uma vez que as distâncias entre as cidades são muito grandes, de aproximadamente 80 quilômetros. Nas regiões Sul e Sudeste, a média é de 18 quilômetros. O sistema de entrega nos postos de coleta se mostrou o mais adequado e já funciona em outros seto-res, como pneus e embalagens usadas de defensivos agrícolas. O nosso desafio é conseguir uma conscientização maior de todos os envolvidos”, diz Antunes.

O diretor do Jogue Limpo lembra que o fato de o gerador das embalagens usadas ter de se deslocar até o PEV – para depois o Instituto fazer a coleta e destinação ambientalmente correta.

ResultadosO Jogue Limpo está presente em mais de 3,1 mil municípios de 14 Estados e do Distrito Federal e Antunes comemora o desem-penho do sistema. “Vamos terminar 2015 já tendo atingido a meta estabelecida para 2016. As projeções para o final deste ano são de o sistema receber aproximadamente 4,7 mil toneladas de embalagens. Em agosto, chegamos à marca de ter destinado para reciclagem mais de 400 milhões de embalagens nestes dez anos de atuação”, celebra o diretor. S

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Texto: Ana Leme e Thiago Castilha

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Fique atento às obrigações, os valores e prazos

A Portaria Interministerial nº 812 de 29 de setembro de 2015, assinada conjuntamente entre o Ministério da Fazenda e Ministério

do Meio Ambiente, reajusta em 157,63% os va-lores da TCFA (Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental) do IBAMA. Este reajuste é válido para o pagamento da taxa do 4º trimestre de 2015 com vencimento em 08 de janeiro de 2016.

De acordo com Bernardo Souto, consultor jurídico da Fecombustíveis, o reajuste da TCFA faz parte de um conjunto de ações do IBAMA, que não se res-

Governo reajusta TCFA

tringe apenas ao pagamento de tributos, mas sinaliza aumento da importância do Cadastro Técnico Federal (CTF) e do Rela-tório de Atividades Potencialmente Poluidoras (RAPP), como instrumento de gestão ambiental e fiscalização do IBAMA. Portanto, os associados devem ficar atentos ao cumprimento das obrigações ambientais.

Obrigações do comerciante atacadista junto ao IBAMA:• Cadastramento/manutenção do CTF atualizado no IBAMA.

• Recolhimento da TCFA.

• Entrega do RAPP. Fique atento a entrega do próximo relatório em março de 2016.

Valores por trimestre da TCFA por estabelecimento

Ciente da importância do cumprimento das obrigações junto ao IBAMA e com o intuito de facilitar a vida dos empresários, o Sindilub disponibiliza aos associados os serviços de

assessoria técnica ambiental através de uma parceria com escri-tório de advocacia especializado na área.

Mais informações sobre os serviços podem ser obtidas no Sindilub através dos telefones (11) 3644-3440 / 3645-2640. S

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M erCaDo

Em outubro a Repsol anunciou, durante o Salão Duas Rodas em São Paulo, a retomada da comercialização de lubrificantes no Brasil. Estiveram presentes no

evento, Orlando Carbo, diretor de lubrificantes da Repsol, Begoña Pérez, subdiretora de desenvolvimento de negó-cios da Repsol, e Alfonso Gotor, responsável comercial da Repsol no Brasil.

Orlando Carbo explica que o retorno da marca ao Brasil faz parte do projeto de internacionalização da empresa. “O Brasil é o mercado líder de lubrificantes na América Latina e muito interessante para a nossa marca, por isso decidimos atuar aqui. Estamos selecionando os melhores parceiros para distribuição e fornecedores para nos ajudar a alcançar solidez e longevidade neste mercado”.

Para Bergoña Perez, o início de vendas no país é um pro-jeto prioritário para a empresa, “o Brasil é um mercado chave para a nossa marca e será um modelo da interna-cionalização dos lubrificantes da Repsol em países fora da Europa. Nossa estratégia é atuar com um portfólio de produtos que atendem a diversas demandas e focar na força de vendas atendendo o mercado por meio de uma rede de distribuição. Consideramos que em médio prazo poderemos utilizar o Brasil como um centro de produção para a América Latina aumentando nossa competitividade e fortalecendo a marca”.

Segundo Alfonso Gotor, os lubrificantes serão fabricados e comercializados inicialmente em São Paulo, e a distribui-ção se estenderá gradualmente para os demais estados, na medida em que a empresa firmar parceria com ata-cadistas. “Estamos começando com um portfólio de 25 produtos da linha automotiva leve e pesada, motocicletas e óleos para transmissões. Em 2016 já teremos lubrificantes industriais e especialidades disponíveis”, destaca.

“O modelo de operação da Repsol no Brasil será por meio de atacadistas de lubrificantes, pois as possibilidades de sucesso são maiores. Acreditamos que os atacadistas são mais familiarizados com o mercado e podem nos ajudar a levar nossos produtos com eficiência logística aos con-sumidores de todas as regiões do país. Nossa estratégia de entrada no mercado não será agressiva, estamos conscientes de que o mercado brasileiro é complicado e vamos encontrar o nosso espaço pouco a pouco. Nossa meta é crescer gradualmente e alcançar em médio prazo de 1% a 2% do mercado de lubrificantes do país”. S

Texto: Renato Vaisbih Texto e Fotos: Thiago Castilha

Repsol aposta no Brasil

A esquerda, Orlando Carbo e a direita, Alfonso Gotor

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A JX Nippon Oil & Energy, fabricante da linha premium de óleos lubrificantes Eneos, chega ao Brasil trazendo qualidade e tecnologia de ponta. Fornecedora tradicional das montadoras, a JX Nippon Oil convida distribuidores para comercializar sua linha de óleos para veículos de passeio e pesados.

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O Ibama e a Polícia Rodoviária Federal iniciaram neste ano ações de fiscalização do uso de Arla 32 nos caminhões que trafegam pelas estradas

de todo o país. A falta do aditivo ou a adulteração do produto rendem multas que podem chegar a R$ 10 mil. Na maioria das vezes o custo recai sobre as empresas transportadoras, mas os caminhoneiros podem ser en-caminhados à delegacia para prestar esclarecimentos e responder por crime ambiental.

“Esse aumento da fiscalização certamente deve se refletir em um aumento na procura pelo Arla 32. Além de ser uma boa notícia pela ação policial em favor do meio ambiente, acho que é uma excelente notícia para os revendedores de óleos lubrificantes, que po-dem incluir o Arla 32 no mix de produtos oferecidos e ser mais uma opção de negócios”, opina o diretor executivo do Sindilub, Ruy Ricci.

Desde o início de 2012, de acordo com a legislação brasileira, os veículos pesados – acima de 3,5 tonela-das – estão obrigados à utilização do Arla 32 (Agente de Redução Líquido de óxidos de Nitrogênio – Nox – Automotivo), com o objetivo de reduzir os níveis de emissões veiculares.

“De lá para cá, muitos caminhoneiros começaram a achar que era bobagem ter de usar o Arla 32, que é colocado em um recipiente à parte nos veículos. Por falta de conhecimento, a falta de cultura da res-ponsabilidade com o meio ambiente e até alegando altos custos, esses caminhoneiros encontraram maneiras de burlar o sistema que identificava o Arla 32”, explica Ricci.

F ique por Dentro

Texto: Renato Vaisbih

Fiscalização do Arla 32As blitze em conjunto de fiscais do Ibama e agentes da Po-lícia Rodoviária Federal tiveram início nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Na fiscalização, foram encontrados chips eletrônicos que “enganam” o sistema eletrônico do caminhão. Alguns caminhoneiros, simplesmente danifica-ram o fusível no tanque do Arla 32. E houve ainda quem colocasse outros líquidos misturados com o Arla 32, desde água até urina.

NegóciosEm 2013, por solicitação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) estabeleceu padrões, seguin-do especificações do mercado internacional, para o Arla 32 comercializado no Brasil, tanto a granel, quanto envasilhado.

As medidas asseguraram que o Arla 32 certificado produzi-do no Brasil auxilia na redução dos poluentes e podem ser comercializados pelas revendas de lubrificantes, especial-mente aquelas que já atendem frotas, uma vez que é comum as próprias empresas bancarem os custos com o aditivo.

O engenheiro Rogério Pereira da Silva, gerente da Divisão de Fluidos e Aditivos da Tirreno Indústria e Comércio de Produtos Químicos, empresa que fornece o Arla 32, “não há nenhum inconveniente em se estocar o produto, embalado, junto com lubrificantes ou outros derivados de petróleo e até mesmo detergentes. O que não pode ocorrer é a conta-minação do Arla 32 com o lubrificante e vice-versa”.

Ele ainda alerta, portanto, que os equipamentos e vasi-lhames não podem ser compartilhados para uso com lu-brificantes e Arla 32, principalmente mangueiras, linhas e tanques. “Existem dispositivos e equipamentos disponíveis exclusivamente para manuseio e aplicação do Arla 32”, conclui o diretor da Tirreno. S

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A 13ª edição do Salão Duas Rodas, considerado maior evento do setor da América Latina e um dos maiores do mundo, aconteceu de 7 a 12 de outubro, no Anhembi, em São Paulo.

Com mais de 268 mil visitantes, exposição de 400 marcas, shows e entretenimento, o evento apresentou novidades e tendências do mercado de duas rodas. O segmento de lubrificantes para motocicletas também marcou presença no evento. Uma novidade foi a presença da Repsol Lubrificantes que anunciou o retorno ao mercado brasileiro.

Segundo João Paulo Picolo, diretor do evento, as expectativas para esta edição foram superadas. “Tivemos um retorno positivo do públi-co e dos expositores. Os visitantes puderam conhecer as novidades das principais marcas de motocicletas do Brasil e do mundo, além de se divertir com todas as atrações que trouxemos, como o grupo Força e Ação com manobras radicais sobre duas rodas; os testes pilotagem da Honda e Yamaha, que proporcionaram ao usuário a experiência de provar as motos; e os shows de acrobacias de Jorge Negretti e equipe, entre outros”.

Para Marcos Fermanian, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o evento teve um saldo positivo. “A 13ª edição do Salão Duas Rodas reforçou ainda mais o comprometimento das fabricantes com o mercado nacional. Foram cerca de 40 lançamen-tos e atualizações apresentadas, bem como a entrada de novas marcas, que devem estimular o segmento nesse final de ano”.

O presidente do Sindilub, Laercio Kalauskas, visitou o evento e destacou que o segmento duas rodas no mercado de lubrificantes tem se destacado ano a ano. “O consumo de lubrificantes para mo-tocicletas vem crescendo continuamente em volume e em opções de produtos. O brasileiro também é apaixonado por motos. Trata-se de um cliente que conhece o produto e consome qualidade”.

LubrificantesO diretor de Lubrificantes da Ipiranga, Miguel Lacerda, destacou as novidades da empresa para o segmento. “Em linha com as novidades, a Ipiranga Lubrificantes lançou no Salão Duas Rodas dois novos lubrificantes para motocicletas da linha performance, o Ipiranga Moto Performance 10W30 SL e o Ipiranga Moto Perfor-mance 10W40 SL, produtos que atendem os mais elevados níveis de exigências do mercado de motocicletas”.

A Shell lubrificantes participou do evento, promovendo pelo oitavo ano o prêmio “Melhor Motociclista do Brasil”. A competição pro-move o debate sobre segurança na condução da motocicleta entre participantes do evento em um jogo de perguntas e respostas. “Nossa intenção é promover uma ação educativa destacando a questão da segurança na pilotagem. Além do prêmio ser uma moto

Texto: Thiago Castilha Fotos: Ivan Kalauskas

Apaixonados por motos

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da Ducati, um sonho de consumo de qualquer mo-tociclista, os participantes também foram avaliados por um time de jurados, que conta com o Leandro Mello, piloto Shell Advance”, expli-ca Raquel Sampaio, gerente de marca e comunicação de lubrificantes da Shell.

Para a diretora de marketing da Mobil, Milena Brito, o Salão Duas Rodas tem alta relevância para o setor. “Tivemos a oportunidade de estreitar o nosso relacionamento com as principais montadoras, receber clientes e reforçar a divulgação da marca Mobil Super Moto junto a formadores de opinião. A Mobil esteve presente nos stands da Suzuki, Dafra e Kawasaki, com distribuição de brindes e a ação de promotoras, cujas motocicletas saíram de fábrica com o óleo Mobil Super Moto”.

Para Mauricio Garcia Ramos, diretor geral da Castrol no Brasil, participar do Salão Duas Rodas foi de extrema impor-tância para a empresa. “Essa é uma das melhores vitrines que temos para apresentar nossa linha de produtos aos consumidores desse segmento. Assim como investimos nos produtos para carros, com alta tecnologia, toda linha Castrol para motos também foi desenvolvida para oferecer performance e aceleração superior, sentida no primeiro toque do acelerador”, explica.

Segundo Sebastião Carlos Gonçalves de Lima, mais conhe-cido como “Leleco”, diretor da INCOL LUB, a receptividade da marca pelo público do evento foi surpreendente. “Cerca de cinco mil pessoal visitaram o estande da nossa empresa, entre elas atacadistas e varejistas de lubrificantes, consumi-dores finais, fornecedores e visitantes. Apresentadas solu-ções com ótimo custo/benefício, nas linhas de lubrificantes, freios e filtros para motos para clientes de todo Brasil”.

Lançamentos de motosTriumph, Harley-Davidson, Yamaha, Traxx, Kawasaki, Honda, Dafra, BMW, Ducati, Indian Motorcycle, Pola-ris, Suzuki foram algumas marcas que fizeram seus lançamentos dentro do Salão Duas Rodas. Ao todo foram mais de 400 marcas e 500 modelos de mo-tocicletas apresentadas, sendo 40 lançamentos. Na Harley-Davidson, por exemplo, foi possível conhecer a primeira motocicleta elétrica da história da marca americana. Ela é um protótipo e ainda não está à venda, mas os visitantes do Salão puderam não só conhecer, mas também fazer um passeio “virtual” no modelo, por meio de um simulador.

A Indian Motorcycle escolheu o Salão para mostrar os cinco modelos que serão vendidos no país: Scout, Chief Classic, Chief Vintage, Chieftain e Roadmaster. Para quem curte grandes máquinas, a Kawasaki lançou a Ninja H2R, exclusiva para as pistas. A moto de 316 cavalos de potência só será vendida por encomenda.

Na Honda foi possível conhecer a Scooter que será vendida no Brasil a partir de 2016. O destaque foi a mecânica moderna, boa dose de tecnologia e estilo que mescla o moderno e o clássico e ainda marca a Honda no segmento de scooters de média cilindrada no país. S

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e vento

Em 28 de outubro, o VIII Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos reuniu cerca de 250 empresários e profissionais do setor para

debater os caminhos para Eficiência energética, desem-penho e redução na emissão de poluentes. O evento que contou com o apoio do Sindilub foi promovido pela AEA - Associação Brasileira de Engenharia Automotiva.

Na abertura do evento, o presidente da entidade Ed-son Orikassa, destacou a evolução do Inovar-Auto e a importância da cadeia de suprimentos no processo de aprimoramento do setor automotivo. Orikassa ainda fez o lançamento do curso “Inovar-Auto na Prática” que vai esclarecer e capacitar fornecedores e empresas a aten-derem o programa. “O Inovar-Auto é um dos programas mais importantes para a introdução de inovação de engenharia, manufatura e capacitação de fornecedo-res da cadeia automotiva. Até outubro de 2017 temos uma meta de aumento de eficiência energética em 12%. Estamos caminhando bem, pois ultrapassamos a metade do programa com as montadoras e com o setor de lubrificantes, apresentando soluções para atender as exigências desde o início”.

A diretora de lubrificantes da AEA, Simone Hashizume, destacou a importância do Simpósio para a divulgação dos avanços tecnológicos do setor. “Foram apresen-

Texto: Thiago Castilha Fotos: Divulgação AEA

VIII Simpósio Internacionaltados aos participantes informações sobre a grande transformação que a indústria de lubrificante está pas-sando para auxiliar as novas tecnologias automotivas em relação ao aumento da eficiência energética e redução das emissões”.

O coordenador da comissão técnica de lubrificantes da AEA, Sergio Viscardi, explicou que o grande desafio do setor de lubrificantes é diminuir a distância do conheci-mento entre a indústria e quem está na ponta, oferecendo os produtos aos consumidores. “Cada vez mais as apli-cações são de mais tecnológicas e complexidade, além da maior variedade e tipos de lubrificantes para motores e transmissões. O conhecimento, como o que estamos adquirindo no Simpósio, deve ser levado à ponta para que as pessoas que aplicam os produtos estejam preparadas para a correta indicação de um lubrificante. Existe ainda muita indicação de uso errado, muito desconhecimento e eu acho que a responsabilidade é de todos nós”.

Para Ruy Ricci, diretor executivo do Sindilub e membro da Comissão Técnica de Lubrificantes e Fluidos da AEA, o setor de lubrificantes está acompanhando a demanda da indústria automobilística. “A proposta apresentada pela diretoria da AEA é que na segunda etapa do Inovar-Auto, o óleo lubrificante seja considerado como um dos itens que pode contribuir para o aumento da eficiência ener-gética. A evolução dos motores exige lubrificantes mais eficientes e nesse sentido a indústria de lubrificantes vem atendendo as expectativas para atender as metas de redução de emissão de poluentes e de eficiência energética do Inovar-Auto. Porém não é suficiente, pois a revenda de lubrificantes, tanto atacado quanto o varejo, precisa se reciclar em relação as inovações tecnológicas dos lubrificantes e suas aplicações para poder transmitir informações com segurança ao consumidor final”.

Principais destaques do SeminárioVitor Klizas presidente da Jato Dynamics apresentou a palestra “Negócios Automotivos 2016”. Klizas demons-trou uma ferramenta que oferece informações completas sobre a frota circulante do Brasil. A ferramenta possibi-lita que o usuário mapeie o perfil da frota de um local e consequentemente a demanda por produtos como lubrificantes e peças que veículos consomem durante a vida útil. Segundo o executivo a frota circulante no país está estimada em 38,5 milhões de veículos, dado esta-belecido pelos critérios de sucateamento, como idade média, por exemplo.

Simone HashizumeEdson Orikassa

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A “Evolução dos Lubrificantes para as Novas Tecnolo-gias Automotivas” foi apresentada por Sergio Viscardi e mostrou como a indústria de lubrificantes evoluiu para acompanhar as novas tecnologias de motores. “A comissão técnica de Lubrificante da AEA entende que o lubrificante é um componente importante para o au-mento da eficiência energética e redução de emissões e pode colaborar para alcançar as metas do Inovar-Auto”, afirma Viscardi.

Margareth Carvalho, gerente de Tecnologia para América Latina da Infineum, falou sobre o “Mercado de Motoci-cletas e a próxima Geração de Óleos para Motocicletas”. Segundo Margareth o mercado de motocicletas é o segmento que teve crescimento mais expressivo nos últimos anos. “Ao contrário do mercado de automó-veis, os lubrificantes desenvolvidos para as motos são diferentes, pois trabalham constantemente em regime mais severo, já que lubrificam não só o motor como também as engrenagens e caixa de transmissão, além de trabalhar com temperaturas bem mais elevadas”.

“Desempenho de Óleos Básicos Rerrefinados Grupo II (GII) na Formulação de Lubrificantes para Motores Die-sel” foi o tema da palestra de Thiago Trecenti, diretor geral da Lwart Lubrificantes. “O controle de viscosidade evidenciou a excelente performance e solvência do básico rerrefinado GII. O produto apresenta perfor-mance estatisticamente equivalente ao óleo básico de primeiro refino. Além do resultado do teste de campo, a formulação foi homologada junto as principais OEMs, comprovando assim o desempenho para a formulação dos lubrificantes para motores diesel”, explica. S

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Diversos indicadores econômicos negativos e o clima de instabilidade política no cenário nacional geram angústias nos empresários. O primeiro pas-

so para enfrentar a crise é não fugir do problema, ensina o diretor executivo do Sindilub, Ruy Ricci, que também é diretor da Consultoria de Gestão da Ricci & Harhar.

Nesta entrevista à Sindilub Press, Ricci enumera algu-mas sugestões às revendas de óleos lubrificantes que podem atenuar os efeitos da crise financeira pela qual a maioria das empresas brasileiras está passando.

E conclui que “boa vontade e dedicação para o momento que vivemos já não são suficientes para gerar lucro. Competência e consciência de responsabilidade, alia-das à profissionalização, devem ser de cada um em sua relação com a empresa”.

Sindilub Press – Como os associa-dos do Sindilub devem agir diante do cenário de crise?Ruy Ricci – Existe uma relação de iniciativas que podem atenu-ar os efeitos da crise. Não é o caso de inventar a roda, são su-gestões que muitos empresários já sabem, mas que muitas vezes esquecem ou não conseguem ver aquilo como uma solução para os problemas que está enfrentando em determinado momento. O primeiro passo é ter consciência do clima de instabilidade política e econômica pelo qual o país passa e não fugir do problema, que promete ser de longa duração. O momento exige uma profunda reflexão na condução dos negócios.

Sindilub Press – Quais as expectativas para o próximo ano?Ruy Ricci – A expectativa é de mais um ano de baixo crescimento da economia. As projeções indicam que 2015 encerre com um PIB negativo da ordem de -3% e sem esperança de recuperação em 2016. O cenário aponta para queda na rentabilidade em razão dos diversos componentes da estrutura de custo, sem vis-lumbrar possibilidade de serem repassados aos preços de venda.

E ntrevistaRuy RicciDiretor executivo do Sindilub e diretor da Ricci & Harhar

Encarando a crise de frente

Sindilub Press – Já que não é possível sobrecarregar os preços para os seus clientes, como os revendedores podem atenuar os efeitos da crise?Ruy Ricci – Em época difíceis, é fundamental manter a liquidez da empresa. Ou seja, é melhor ter capacidade de pagamento do que metas de lucro e rentabilidade. Assim, é preciso enxugar ao máximo os custos financeiros.

Sindilub Press – Quais medidas podem ser tomadas para enxugar os custos financeiros?Ruy Ricci – Existem várias maneiras. O empresário não pode se deixar enganar com planos de possíveis lucros, sem estar suportado por um rígido sistema de planeja-mento e controle. É preciso atenção especial à revisão

dos orçamentos operacionais e de despesas. Para conseguir isso, é possível reduzir estoques, concentrar as operações bancá-rias, rever a política de preços, controlar custos e negociar pra-zos de compra e pagamento com fornecedores, por exemplo. Na área comercial, deve-se buscar maximizar o resultado com os mesmos recursos, aumentando a produtividade por funcionário ou remanejando áreas de ven-das com o objetivo de alcançar as metas. Na área operacional, é possível otimizar rotas de en-tregas das operações logísticas,

eliminar desperdícios e aproveitar refugos.

Sindilub Press – Tudo isso que o sr. falou se dá de um lado do balcão. E do outro lado? Como continuar atraindo clien-tes, que também estão enfrentando a crise à sua maneira?Ruy Ricci – Não há dúvidas de que é necessário conhe-cer as necessidades dos seus clientes e, se for o caso, reavaliar o mix de produtos e serviços ou até mesmo o mercado em que o empresário atua. Há um novo perfil de consumidores que são influenciados pela tecnologia e mídias sociais. O empresário deve incorporar na sua empresa as inovações disponibilizadas pela Internet praticamente a custo zero e unir a isso a práticas que fidelizem o cliente. Hoje, a empresa não pode ficar fora das redes sociais. S

Texto: Renato Vaisbih Foto: Divulgação

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