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Fonte: Texto extraído da Revista STAB - Vol. 13 Nº 5 - p. 16-20 - Ed. Maio-Junho/95

PIRAÍ.SEMENTES.-.Sementes.para.adubação.verde 1

s e m e n t e s

Adubação Verde com Leguminosasem Rotação com Cana-de-Açúcar(Saccharum spp )

*Neivaldo Tunes Caceres, **José Carlos Alcarde

que quando o canavial é reformado, nor-malmente após o quarto ou quinto corte, osolo permanece desprovido de vegetaçãopor vários meses, sendo frequente a ocor-rência de elevadas precipitações pluviomé-tricas neste período, tornando bastante se-veros os problemas decorrentes de erosão.Diversas leguminosas prestam-se bem aouso como adubos verdes em solos cultiva-dos com cana-de-açúcar, sendo a mais utili-zada a Crotalaria juncea L. Esta legumino-sa possui grande aceitação entre os agri-cultores, chegando a tornar difícil a obten-ção de suas sementes no mercado por oca-sião de sua melhor época de plantio, queocorre entre os meses de setembro e no-vembro, em detrimento, muitas vezes, da dis-ponibilidade de outras espécies que tam-bém seriam indicadas para as mesmas con-dições.Observa-se, na verdade, que há insuficien-tes informações de utilização de outras es-pécies de leguminosas como adubos ver-des, aliadas a poucos dados que mostram

R E S U M O

Avaliou-se o efeito do cultivode diferentes espécies de legu-minosas como adubos verdesem rotação com cana-de-açú-car, cultivada em solo de baixafertilidade natural. A legumino-sa mais produtiva foi a Crota-laria juncea com 7,1.t/ha demassa seca (MS) sendo segui-da pelo guandu (5,5.t/ha), fei-jão-de-porco (5.t/ha), Crotala-ria spectabilis (4,2.t/ha), mu-cuna anã (3,9.t/ha), labe-labe(3,5.t/ha) e finalmente mucunapreta (3.t/ha). A Crotalaria jun-cea foi também comparativa-mente a espécie que mais ex-traiu macronutrientes.No primeiro corte do canavialhouve diferença entre tratamen-tos, tendo as áreas de crotalá-ria (juncea e spectabilis) obti-do as melhores produções, cer-ca de 15.t/ha de diferença emrelação aos piores tratamentosque foram o pousio e mucunapreta. No segundo corte esta di-ferença reduziu para 6,2.t/ha naC. juncea e 8,1.t/ha na C. spec-tabilis, desaparecendo no ter-ceiro corte o efeito da aduba-ção verde.Não houve efeito da adubaçãoverde na qualidade tecnológicada cana-de-açúcar em nenhumdos 3 cortes avaliados, nem nosatributos químicos do solo.

INTRODUÇÃO

A adubação verde é uma prática conhecidadesde a antiguidade, podendo ser definidacomo a incorporação ao solo de material ve-getal não decomposto, produzido ou nãono local. Desta operação, resultam altera-ções desejáveis no solo, em seus atributosquímicos, físicos e biológicos, levando acultura subseqüente a se beneficiar destasmudanças, refletindo normalmente em maio-res produtividades.Dos benefícios relevantes produzidos pelouso de leguminosas como adubos verdes,podem ser citados a adição de nitrogênioao solo; manutenção da matéria orgânicado solo; reciclagem de nutrientes; cobertu-ra do terreno; minimizando problemas comerosão e, em alguns casos, o controle denematóides e a redução de problemas com acompactação do solo.A cultura da cana-de-açúcar conduzida naregião centro-sul do Brasil possui grandeafinidade com a adubação verde, uma vez

**Açúcar Guarani S/A, Olímpia-SP.** Esalq/Usp, Piracicaba-SP.

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os benefícios econômicos dessas espéciesque justifiquem a adoção desta técnica nossolos cultivados, em especial os cultivadoscom cana-de-açúcar.Diante deste panorama, conduziu-se um ex-perimento de campo que objetivou avaliardiferentes espécies de leguminosas indica-das para adubação verde, em um solo de

baixa fertilidade natural, durante o períodoque compreendia a reforma do canavial,possibilitando a comparação dos efeitosobtidos decorrentes do cultivo de diferen-tes leguminosas nos atributos do solo, es-pecialmente os químicos, e o reflexo destasno desempenho do canavial instalado apósa incorporação das espécies estudadas.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi instalado em uma área deAreia Quartzosa localizada no distrito deÁrtemis, município de Piracicaba.O delineamento experimental adotado foi ode blocos casualizados com cinco repeti-ções e oito tratamentos, representados porsete leguminosas e mais uma área em pou-sio, com parcelas de 20m de comprimentopor 10m de largura, tendo sido esta ocupa-da por 20 linhas espaçadas de 0,5m para asleguminosas, que foram sucedidas por 9 li-nhas de cana-de-açúcar espaçadas de 1,10m,sendo a parcela útil as 5 linhas centrais.Os tratamentos foram os seguintes:1. Pousio;2. Crotalaria juncea L.;3. Crotalaria spectabilis Roth;4. Cajanus cajan (L) Millsp - Guandu;5. Mucuna aterrima (Piper e Tracy)

Holland - Mucuna-preta;6. Mucuna deeringiana (Bort) Merril -

Mucuna-anã;7. Dolichos lablab L. - Labe-labe;8. Canavalia ensiformis D.C. - Feijão-de-

porco.O plantio foi efetuado em 31/10/89 visandoa incorporação das leguminosas após umperíodo mínimo de desenvolvimento deaproximadamente 110 dias, coincidindo as-sim com a época mais adequada para o plan-tio da cana-de-açúcar naquelas condições(fevereiro/março).Não foi efetuada a adubação das legumino-sas, uma vez que se objetivava avaliar a adu-bação verde sob a ótica do menor custopossível de instalação.As produções de matéria verde e seca dasleguminosas foram avaliadas através de amos-tragem realizada imediatamente antes à in-corporação, sendo coletadas três amostraspor parcela, compreendidas por 2 linhas de1m de comprimento, correspondendo a 1m2

por amostra. Após pesagem das amostrasindividuais, estas foram agrupadas por par-cela e trituradas em picador de forragens,sendo retirados aproximadamente 500g dematerial para secagem em estufa, possibili-tando assim a determinação da produção dematéria seca.O plantio da cana-de-açúcar, variedadeSP70-1143, foi efetuado 15 dias após a in-corporação das leguminosas, tendo ocorri-do em 09/03/90.Na cana-de-açúcar foi efetuada a avaliaçãode produção de colmos e açúcar por hecta-re. Todos os cortes foram efetuados manu-almente, sem o desponte após a queima.Após a pesagem das parcelas, retirou-sealeatoriamente 10 colmos por parcela paracompor uma amostra para análise tecnoló-gica da matéria-prima.O solo foi amostrado por tratamento antesdo plantio da cana-de-açúcar, após, portan-

Tabela 1 - Produção de matéria verde e seca (em t/ha), e percentual de matéria secadas leguminosas.

Leguminosa Matéria Verde Matéria Seca % Matéria Seca

C. juncea 22,5 a 7,1 a 31,7C. spectabilis 21,6 a 4,2 c 19,7Guandu 16,5 cd 5,5 b 33,0Mucuna preta 15,1 d 3,0 d 20,0Mucuna anã 18,5 bc 3,9 c 20,9Labe-labe 14,5 d 3,5 cd 24,1Feijão-de-porco 21,0 ab 5,0 b 23,7

dms Duncan 5% 3,0 ** 0,7 ** —

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan, ao nível de 5% deprobabilidade.

Tabela 2 - Concentração percentual de macronutrintes na matéria seca das legumi-nosas.

Leguminosa N P K Ca Mg S

C. juncea 3,31 0,26 1,43 0,75 0,41 0,23C. spectabilis 2,70 0,21 2,25 1,50 0,37 0,18Guandu 2,58 0,19 1,13 0,46 0,19 0,16Mucuna preta 2,70 0,21 1,22 0,62 0,25 0,14Mucuna anã 2,70 0,17 1,05 0,70 0,23 0,14Labe-labe 2,70 0,25 1,39 0,65 0,26 0,23Feijão-de-porco 3,80 0,20 1,35 1,01 0,36 0,21

Tabela 3 - Extração de macronutrientes pelas leguminosas (em kg/ha).

Leguminosa N P K Ca Mg S

C. juncea 235,0 18,5 101,5 53,3 29,1 16,3C. spectabilis 113,4 8,8 94,5 63,0 15,5 7,6Guandu 141,9 10,5 62,2 25,3 10,5 8,8Mucuna preta 81,0 6,3 36,6 18,6 7,5 4,2Mucuna anã 105,3 6,6 41,0 27,3 9,0 5,5Labe-labe 94,5 8,8 48,7 22,8 9,1 8,1Feijão-de-porco 190,0 10,0 67,5 50,5 18,0 10,5

Tabela 4 - Produtividade agrícola dos 3 cortes obtidos, em toneladas de colmos porhectare (TCH) e toneladas de pol por hectare (TPH).

1º corte 2º corte 3º corteTratamento

_______________ _______________ _______________

TCH TPH TCH TPH TCH TPH

Pousio 118,5 b 16,73d 84,2 b 12,55 b 64,4 ab 11,16 aC. juncea 133,1 a 19,71a 90,4 ab 13,69 ab 62,7 ab 10,50 aC. spectabilis 133,9 a 19,19ab 92,3 a 14,31 a 66,2 a 11,09 aGuandu 126,6 ab 17,74bcd 85,4 ab 13,28 ab 61,2 ab 10,50 aMucuna preta 119,7 b 17,22cd 88,1 ab 13,50 ab 59,6 ab 10,08 aMucuna anã 126,0 ab 18,39abc 87,8 ab 13,38 ab 58,4 b 9,92 aLabe-labe 126,7 ab 18,72ab 85,7 ab 13,32 ab 60,0 ab 10,05 aFeijão-de-porco 126,2 ab 17,84bcd 84,5 ab 13,03 ab 60,1 ab 10,22 a

dms Duncan 5% 9,49** 1,46** 7,82 ns 1,47 ns 7,41ns 1,34 ns

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan, ao nível de 5% deprobabilidade.

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Fonte: Texto extraído da Revista STAB - Vol. 13 Nº 5 - p. 16-20 - Ed. Maio-Junho/95

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to, à incorporação das leguminosas, e apóso primeiro e o segundo corte da cana-de-açúcar, caracterizando assim a condição ini-cial do solo onde se desenvolveu a canaplanta e as duas soqueiras. A amostragemfoi efetuada nas entrelinhas da cultura, naprofundidade de 0-25cm, sendo cada amos-tra composta por 3 subamostras de cadaparcela do tratamento, totalizando 15 suba-mostras por tratamento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Tabela 1 mostra os dados de produção dematéria seca e verde das leguminosas avali-adas, tendo as crotalárias, juntamente como feijão-de-porco e a mucuna anã, nesta or-dem, obtido as maiores produções de maté-ria verde, sendo seguidas com diferença es-tatística pelo guandu, mucuna preta e labe-labe. Contudo, em termos de produção dematéria seca, a Crotalaria juncea superouas demais espécies produzindo 7,1.t de ma-téria seca/ha (Figura 1). Estes resultadosconcordam com os obtidos por outros au-tores (GLÓRIA et al., 1980; MANHÃES;CRUZ FILHO e VITTI et al., 1992).A concentração de macronutrientes na ma-téria seca (MS) das leguminosas é apresen-tada na Tabela 2 onde se chama a atençãopara a relativa superioridade dos teores denitrogênio do feijão-de-porco (3,80%) e daCrotalaria juncea (3,31%) enquanto as de-mais espécies apresentaram em média 2,70%de N.A concentração de potássio na MS da Cro-talaria spectabilis diferiu bastante das de-mais com 2,25% de K, enquanto as outrasleguminosas apresentaram teores na faixade 1,0 a 1,4%. Também o teor de cálcio destaespécie foi comparativamente maior, com1,5%, duas a três vezes superior ao das ou-tras espécies.A associação da concentração com a pro-dução de matéria seca propiciou o cálculoda extração de macronutrientes pelas legu-minosas, podendo-se observar na Tabela 3que a Crotalaria juncea foi bastante supe-rior às demais espécies de adubos verdes,perdendo apenas para a Crotalaria specta-bilis na extração de cálcio.Não houve efeito da adubação verde sobreas características tecnológicas da cana-de-açúcar nos três cortes estudados.Foi na produção agrícola, avaliada em ter-mos de toneladas de colmos por hectare(TCH) e sua associação com o teor de açú-car, expressa em toneladas de pol por hecta-re (TPH), que o efeito da adubação verdemanifestou-se comparativamente entre es-pécies e o pousio (Tabela 4).No primeiro corte houve diferença estatisti-camente significativa entre tratamentos, ten-do as crotalárias (C. juncea e C. spectabilis)

obtido as melhores produções, com 133,1 e133,9.t/ha de colmos, respectivamente; cercade 15.t de diferença em relação aos piorestratamentos que foram o pousio (118,5.t/ha)e mucuna preta (119,7.t/ha), confirmando quea baixa produtividade da mucuna preta refle-tiu na ausência de efeito benéfico para a cana-de-açúcar cultivada em seguida. Em escalaintermediária posicionaram-se o guandu, amucuna anã, o labe-labe e o feijão-de-porco,com produtividades próximas a 126 t/ha decolmos. Como os teores de açúcar não diferi-ram entre si, a avaliação dos dados de TPHconcordam com os de TCH.No segundo corte, a análise de variação dosdados não mostrou diferença significativaentre os tratamentos empregados, contudo,as médias obtidas neste corte mantém coe-rência com as produtividades do primeirocorte, havendo uma tendência de maior pro-dução para as crotalárias, obtendo em rela-ção a área em pousio 6,2 t/ha de colmos amais para a C. juncea e 8,1.t/ha para a C.spectabilis, sendo neste caso apontada di-ferença pelo teste de Duncan a 5% de pro-babilidade. Também na avaliação do TPHdo segundo corte, apenas foi apontada di-ferença entre o pousio (12,55.t/ha) e C. spec-tabilis (14,31.t/ha).Para o terceiro corte as diferenças foram ain-da mais reduzidas, sem guardar completarelação com as produtividades obtidas nosdois primeiros cortes.Correlacionado-se as médias de produçãode matéria seca das leguminosas com a pro-dutividade agrícola dos três cortes do ca-navial, isoladamente em cada corte e na so-matória obtida nestes tratamentos, obser-vou-se que houve correlação linear estatis-ticamente significativa apenas entre os da-dos relativos ao primeiro corte, tanto paraTCH como para TPH, mostrando mais umavez que o efeito da adubação verde mani-

festou-se mais pronunciadamente no primei-ro corte, e que este esteve intimamente liga-do à produção de matéria seca do aduboverde cultivado em rotação (Figura 2).Quando são observadas alterações nos atri-butos químicos do solo devido ao empregode leguminosas como adubos verdes, nor-malmente estes são revertidos em poucotempo às condições iniciais, perdurandoeste efeito por poucos meses, quando ocor-rem (WUTKE; ALVAREZ, 1968; BULISANIet al., 1972, ANDRADE, 1982 e WESTCOTT;MIKKELSEN, 1987).Os resultados obtidos neste experimentoconcordam com os destes autores, confor-me observa-se na Tabela 5, onde não se cons-tata nenhuma alteração expressiva no pH, teorde nutrientes, matéria orgânica, alumínio, ca-pacidade de troca catiônica, saturação porbases e saturação por alumínio do solo; nemmesmo na análise efetuada logo após a in-corporação das leguminosas por ocasião doplantio da cana, não sendo possível, portan-to, atribuir o maior rendimento da cultura nosprimeiros cortes de alguns tratamentos, àsmodificações de ordem química que as legu-minosas, cultivadas e incorporadas comoadubos verdes, teriam proporcionado ao solo.

CONCLUSÃO

Das leguminosas testadas como adubosverdes, a Crotalaria juncea foi a mais pro-dutiva e a que mais extraiu macronutrientes.A adubação verde teve efeito significativosobre a produtividade da cana-de-açúcarcultivada na seqüência, apenas no primeirocorte, sendo a Crotalaria juncea e a Crota-laria spectabilis os melhores adubos ver-des para esta cultura cultivada em solo debaixa fertilidade. No segundo corte do ca-navial as diferenças entre tratamentos, ape-sar de não significativas estatisticamente,

Figura 1 - Produção comparativa de matéria verde e seca entre as espécies testadascomo adubos verdes.

t/ha

25

20

15

10

5

0

C.

junce

a

Gu

an

du

F. p

orco

C.

spe

cta

bili

s

M. a

La

be

-la

be

M. p

reta

Matéria verde

Matéria seca

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foram inferiores e coerentes com as do pri-meiro corte. A adubação verde não mos-trou efeito sobre a produtividade dos trata-mentos no terceiro corte.Não houve efeito da adubação verde naqualidade tecnológica da cana-de-açúcar emnenhum dos 3 cortes avaliados, nem nosatributos químicos do solo onde as legumi-nosas foram cultivadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, L.A.B. Efeitos da incorpora-ção de Crotalaria juncea L. sobre algu-mas características do solo e do desen-volvimento inicial da cana-de-açúcar(Saccharum spp). Piracicaba, 1982. 129p.(Mestrado-Escola Superior de Agricul-tura “Luiz de Queiroz”).

BULISANI, E.A.; MIYASAKA, S.; ALMEI-DA, L.D.; SCARANAI, H.J.; PINTO, H.S.Estudos ecológicos com o feijoeiro(Phaseolus vulgaris L.). I. Efeitos da in-corporação de massa vegetal ao solo, edo sombreamento parcial. Bragantia,Campinas. v. 31, n. 7, p. 83-95, 1972.

GLÓRIA, N.A. da; MATTIAZZO, M.E.;PEREIRA, V., PARO, J.M. Avaliação daprodução de adubos verdes, Saccharum,São Paulo, v. 3, n. 8, p. 31-5, 1980.

MANHÃES, M.S.; CRUZ FILHO, D.J. Ava-liação dos rendimentos de leguminosaspara adubação verde na zona canavieirado Estado de São Paulo. Saccharum, SãoPaulo, v. 6, n. 25, p. 40-4, 1983.

VITTI, G.C.; DONADIO, L.C.; SILVA, J.A.A.;CABRITA, J.R.M., SEMPIONATO, J.O.;NAKAYAMA, L.I. Avaliação de adubosverdes plantados intercalar à cultura decitros. I. Primeiro plantio. In: REUNIÃOBRASILEIRA DE FERTILIDADE DESOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 20,Piracicaba, 1992. Anais. Piracicaba: SBCS,1992. p. 332-3.

WESTCOTT, M.P.; MIKKELSEN, D.S.Effect of green manure on rice soil fertilityin the United States. In: SYMPOSIUMON SUSTAINABLE AGRICULTURE,Manila, 1987. Green manure in ricefarming. Manila, E, 1978. p. 257-74.

Figura 2 - Relação entre produção de matéria seca dos adubos verdes e produtivi-dade da cana-de-açúcar no primeiro corte (t cana/ha).

Tabela 5 - Resultados analíticos do solo (0-25 cm) antes e após o plantio das leguminosas e antes de cada corte da cana-de-açúcar daárea experimental.

Tratamento pH MO P K Ca Mg Al H+Al CTC S V M% µg/cm3 –––––––––––––––––––––––––– meq/100cm3 –––––––––––––––––––––––––– —–– % ——–

Plantio das leguminosas (01/11/89)— 4,4 1,44 8 0,11 0,46 0,34 0,63 3,50 4,41 0,9 21 41

Plantio da cana-de-açúcar (09/03/90)1 4,6 1,25 8 0,05 0,54 0,39 0,33 3,20 4,18 1,0 23 252 4,5 1,21 7 0,07 0,57 0,43 0,38 3,10 4,17 1,1 26 263 4,5 1,28 7 0,08 0,49 0,38 0,37 3,20 4,15 1,0 23 284 4,6 1,18 6 0,08 0,52 0,42 0,31 3,10 4,12 1,0 25 235 4,7 1,18 7 0,11 0,60 0,49 0,23 2,90 4,10 1,2 29 166 5,0 1,21 7 0,10 0,75 0,66 0,14 2,60 4,11 1,5 37 87 4,7 1,25 7 0,11 0,64 0,51 0,23 2,80 4,06 1,3 27 158 4,6 1,28 7 0,10 0,61 0,46 0,28 3,20 4,38 1,2 27 19

Após primeiro corte (07/08/91)1 4,5 1,60 5 0,03 0,63 0,49 0,44 3,10 4,25 1,2 27 282 4,4 1,72 7 0,04 0,63 0,46 0,48 3,20 4,33 1,1 26 303 4,5 1,66 5 0,04 0,57 0,44 0,45 3,10 4,15 1,1 25 304 4,3 1,53 7 0,04 0,53 0,42 0,53 3,40 4,39 1,0 23 355 4,6 1,60 5 0,04 0,67 0,51 0,38 3,00 4,22 1,2 29 146 4,4 1,63 7 0,04 0,53 0,40 0,53 3,40 4,37 1,0 22 357 4,5 1,69 5 0,04 0,70 0,53 0,35 3,10 4,37 1,3 29 228 4,4 1,63 7 0,04 0,53 0,36 0,56 3,40 4,33 0,9 21 38

Após segundo corte (07/08/92)1 4,6 1,60 10 0,09 0,50 0,40 0,50 3,70 4,69 1,0 21 342 4,5 1,60 7 0,07 0,70 0,40 0,50 3,60 4,77 1,2 25 303 4,5 1,50 9 0,07 0,80 0,50 0,40 3,70 5,07 1,4 27 234 4,7 1,60 6 0,06 0,60 0,40 0,40 3,60 4,66 1,1 23 275 4,8 1,30 9 0,07 1,10 0,80 0,30 3,00 4,97 2,0 40 136 4,5 1,60 8 0,10 1,10 0,50 0,60 3,60 5,30 1,7 32 267 4,4 1,50 10 0,13 0,50 0,30 0,60 3,60 4,53 0,9 21 398 4,5 1,40 8 0,08 1,20 0,40 0,40 3,80 5,48 1,7 31 19

0 1 2 3 4 5 6 7 8MS leguminosas (t/ha)

136

134

132

130

128

126

124

122

120

118

t can

a/ha

y = 118.25 + 2.009 x r2 = 0.58