1 desafios e oportunidades do mercado brasileiro de glp adriano pires 23/08/2005
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Agenda
Evolução da Demanda e Oferta de GLP
Oportunidades para o GLP
Medidas e Cuidados para Promoção do GLP
Considerações Finais
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Demanda de GLP apresenta tendência de queda
Evolução do Consumo de GLP
Fonte: BEN 2005 * Estimativa CBIE com base nos dados de janeiro a junho.
Entre 1990 e 2000, consumo de GLP cresceu 3% a.a.; entre 2001 e 2003, recuou 5% a.a.. Em 2004, houve uma expansão de 2,7%. Em 2005, dados preliminares indicam uma queda próxima de 5%.
Tendência de queda mostra processo de marginalização do GLP marcado pela dependência das importações (passado) e por limitações legais para sua utilização.
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Residencial81,1%
I ndustrial7,6%Agropecuário
0,3%
Público 6,4%
Comercial3,9%
Setor Energético
0,6%
Consumo de GLP por Setor em 1994 e 2004
Fonte: BEN 2005
Há uma tendência de menor concentração no residencial
20041994
Residencial91,7%
Industrial5,3%Agropecuário
0,0%
Público0,7%
Comercial2,1%
Setor Energético
0,3%
Entre 1994 e 2004, a participação do setor residencial caiu de 92% para 81%. Os setores industrial, público e comercial aumentaram sua participação de 8,1% para 17,9%.
5
Demanda residencial de 2004 está no mesmo patamar de 1995
Entre 1990 e 2000, consumo residencial de GLP cresceu 2,5% a.a.; no período 2001-2004, recuou 3% a.a..
Evolução do Consumo Residencial de GLP
Fonte: BEN 2005 * Estimativa CBIE com base nos dados de janeiro a junho.
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Participação dos Energéticos no Consumo de Energia doSetor Residencial
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1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004
%
Lenha GLP Eletricidade Outros
Outros incluem gás natural, querosene, gás canalizado e carvão vegetal.
GLP perde participação para lenha e não para gás natural nas residências
Entre 2000-2004, GLP perde participação (de 31% para 27%) principalmente para lenha que aumentou de 32% para 38% sua participação no consumo de energia do setor residencial.
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O uso lenha traz malefícios para a população
A utilização de lenha nas residências é nocivo à saúde devido às emissões de CO, particulados, benzeno e formaldeído.
A inalação dessas substâncias causa doenças pulmonares, como bronquite e pneumonia, reduz a capacidade de trabalho e eleva os gastos governamentais com saúde.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1,6 milhão de pessoas morrem por ano de doenças associadas à fumaça originada do uso da lenha, resíduos agrícolas e carvão nos países em desenvolvimento.
Fonte: WHO
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Apesar de ser um insumo de primeira necessidade o GLP sofre alta taxação
Composição do Preço do GLP (P-13)
Fonte: ANP
Entre jun/04 e jun/05, aumenta a participação dos impostos de 21% para 22% do preço final do GLP (P-13), enquanto os preços mostram pequena queda.
11,53 11,53
2,18 2,184,22 4,31
12,5 11,64
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jun/ 04 jun/ 05
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preço para o distribuidor PI S/ COFI NS
I CMS margens de comercialização
30,43 29,66
21% 22%
41%
38%
39%
39%
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Preços do GLP (P-13) ao Consumidor no Estado de SP e Média Brasil
Fonte: ANP
Preços do GLP (P-13) estáveis desde 2003
Desde 2003, os preços ao consumidor do GLP (P-13) tem variado pouco tanto em São Paulo como na média do Brasil.
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jan/ 02 set/ 02 mai/ 03 jan/ 04 set/ 04 mai/ 05
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SP Brasil
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A demanda industrial também sofreu queda
Evolução do Consumo Industrial de GLP
Entre 1990 e 2000, consumo industrial de GLP cresceu 18% a.a.; No período 2001-2004, consumo industrial recuou 9% a.a.; Sub-setores com maiores quedas no período 2001-2004: têxtil, não-
ferrosos e outros metálicos, ferro-gusa e aço e cerâmica.
Segmentos 2000/ 1990 2004/ 2001Têxtil 21% -25%Não-ferrosos 17% -19%Ferro-gusa e aço 17% -19%Cerâmica 28% -17%Mineração 27% 1%Alimentos 13% 1%Papel e celulose 19% 1%Outros 13% 1%Química 4% 2%
Tx crescimento a.a.
Outros29%
Cerâmica25%
Não-ferrosos e outros metal.
7%
Mineração e pelotização
5%
Ferro-gusa e aço10%
Química4%
Alimentos e bebidas
13%Têxtil2%Papel e
celulose5%
1990-2000:18% a.a
2001-2004: -9% a.a
Fonte: BEN 2005 * Estimativa CBIE com base nos dados de janeiro a junho.
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GLP e Gás Natural competem em vários subsetores industriais (I)
A distribuição do consumo de GLP e gás natural por subsetor industrial mostra similaridade. Ambos energéticos são mais utilizados em subsetores tais como Alimentos e Bebidas, Cerâmica, Ferro-Gusa e Aço e Outros.
Sub-Setor
Estrutura do Uso do Energético na Indústria por Sub-Setor
Gás Natural GLP
Alimentos e Bebidas 7% 13%
Cerâmica 12% 25%
Ferro-Gusa e Aço 14% 10%
Mineração e Pelotização 3% 5%
Não-Ferrosos e Outros Metálicos
7% 7%
Outros 14% 29%
Papel e Celulose 7% 5%
Química 31% 4%
Têxtil 4% 2%
Fonte: BEN (2005)
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Demanda de GLP e Gás Natural no Brasil no Setor Industrial
Fonte: BEN 2005
Entre 2001 e 2004, a queda na demanda de GLP no setor industrial coincide com a rápida elevação do consumo de gás natural.
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1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
índic
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GLP Gás Natural
GLP e Gás Natural competem em vários subsetores industriais (II)
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Importações líquidas de GLP em queda contínua
Importação Líquida de GLP
Fonte: ANP. *Dados referem-se à média janeiro a junho.
No primeiro semestre de 2005, a média mensal das importações líquidas de GLP atingiu 29 mil toneladas, o que corresponde a uma queda de 65% em relação à média mensal de 2004.
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O Brasil está próximo da auto-suficiência de GLP
Entre 2000 e 2004, produção nacional de GLP cresceu 6% a.a., enquanto a importação líquida caiu 23% a.a.;
Dependência externa caiu de 43% em 1999 para 15% em 2004. Em 2005, estima-se que ficará em torno de 6%.
Oferta Interna de GLP e Dependência Externa
*Estimativa CBIE.Fonte: BEN 2005
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Produção I mportação Líquida Dependência Externa
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A auto-suficiência coloca os preços mais próximos à paridade de exportação
Preço do GLP (P-13, Outros e Média) e Paridades Importação e Exportação
Fonte: ANP
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jan/ 02 set/ 02 mai/ 03 jan/ 04 set/ 04 mai/ 05
US
$/kg
GLP paridade importação GLP paridade exportaçãoGLP para o distribuidor (Outros) GLP para o distribuidor (P-13)GLP para o distribuidor (Média)
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2004 2005
Fonte: ANP, SECEX.
A auto-suficiência coloca os preços mais próximos à paridade de exportação
0,3104 0,2972
0,4504
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GLP (paridadeimportação)
GLP (paridadeexportação)
GLP P-13
US
$/kg
-4%
0,31040,3404
0,4504
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GLP (paridadeimportação)
GLP (paridadeexportação)
GLP Outros
US
$/
kg
10%
0,3567 0,3389
0,4967
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0,10
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GLP (paridadeimportação)
GLP (paridadeexportação)
GLP P-13
US
$/
kg
-5%
0,35670,3886
0,4967
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
GLP (paridadeimportação)
GLP (paridadeexportação)
GLP Outros
US
$/
kg
9%
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O país está cada vez mais dependente do gás natural importado
Enquanto a dependência externa de GLP caiu de 43% em 1999 para 6% em 2005, a dependência externa de gás natural aumentou de 5% em 1999 para 42% em 2005.
Dependência Externa de GLP e Gás Natural
Fonte: BEN 2005Dependência externa é definida como importação líquida (importação menos exportação) sobre consumo total. *Estimativa CBIE
5%
36% 36%32%
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1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005*
Gás Natural GLP
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Risco de suprimento de gás boliviano demonstra necessidade urgente de back-up
Gasoduto Bolívia-BrasilEmpresas
Vendas em 2004
mil m3/ diaGás
boliviano
Comgás 10.428 70%
Gás Natural SPS 606 100%
Gas Brasiliano 195 100%
Compagás 595 100%
SCGás 1.059 100%
Sulgás 2.263 45%
MSGás 1.790 100%
Mato Grosso do Sul
São Paulo
Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
Em 2004, as vendas de gás natural pelas distribuidoras totalizaram 36 milhões de m3/dia, 35% das quais (13 milhões de m3/dia) são contratados na Bolívia.
Fonte: Revista Brasil Energia e ANP
A instabilidade na Bolívia é um alerta para a necessidade de back-up no setor industrial responsável por 58% das vendas de gás natural
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O GLP é o back-up ideal para o consumidor industrial de GN
58% das vendas de gás natural são destinadas ao setor industrial.
Em vários setores, há elevada possibilidade de substituição entre GN e o GLP.
Não há como retornar para o uso do óleo combustível devido a limitações ambientais, necessidade de investimentos em pré-aquecimento, filtros, bombas e reservatórios.
O GLP é um energético limpo e de fácil estocagem.
Sua utilização preserva a qualidade do produto fabricado nos processos que usam GN (exemplo: cerâmica branca).
Já conta com uma infra-estrutura de atendimento ao cliente em todo o território nacional.
Não requer mudanças significativas nas instalações.
Representar um seguro contra interrupções no fornecimento de gás natural.
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É urgente eliminar as restrições ao uso do GLP
Resolução ANP no 15 de
18/05/2005
Art. 30. É vedado o uso deGLP em:I - motores de qualquerespécie;II - fins automotivos, excetoem empilhadeiras;III - saunas;IV - caldeiras; eV - aquecimento de piscinas,exceto para fins medicinais.
As restrições para o uso GLP são distorções do período de elevada dependência externa e controle de preços.
Não há justificativas para sua permanência que inibe a expansão do consumo e marginaliza o energético.
Com exceção do uso automotivo, todos os outros deveriam ser imediatamente liberados.
No caso automotivo, a liberação deveria ser gradual e precedida de avaliação das condições de segurança e de controle.
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A cadeia de suprimento do GLP tem como peça fundamental as distribuidoras que operam uma estrutura de logística capital-intensiva e de elevada capilaridade que atende todo território nacional
Importação
Petrobrás Refinaria/UPGN
Armazena-mento GLP
EnvasilhamentoRevendedor
(aprox.70.000)
Consumidores
Venda Direta a Granel
Entrega a Dom.
Venda Direta a domicílio
21Distribuidoras
(*)
Distribuição de GLP exige logística complexa
(*) distribuidoras autorizadas
Venda Estabelec.
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Na distribuição de GLP segurança é fundamental
99 milhões de botijões de 13 kg circulam pelo mercado. Mais de 42,5 milhões de domicílios consomem GLP. As distribuidoras são responsáveis pela segurança dos
botijões que devem ser submetidos a um processo periódico de requalificação (Norma Técnica NBR 8865).
Na requalificação, é possível identificar pontos de corrosão mascarados pela pintura não detectados visualmente.
Botijões que não passam nos testes de requalificação são inutilizados.
Entre novembro de 1996 e maio de 2005, 47,3 milhões de botijões foram requalificados e 9,8 milhões inutilizados pelas distribuidoras.
As distribuidoras são elo fundamental na garantia da segurança
Fonte: ANP e Sindigás
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A indústria necessita racionalizar seus custos de atendimento ao mercado
A redução do preço do GLP requer medidas que racionalizem os custos na cadeia produtiva, tais como:
aumento da escala na armazenagem dos estoques;
melhoria da eficiência e redução de custos no transporte de longa e curta distância;
compartilhamento das instalações de tancagem e envasilhamento entre agentes na distribuição.
A concentração do mercado tem bônus, ao favorecer ganhos de escala, e ônus devido ao pequeno número de concorrentes.
Fonte: Sindigás
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O respeito à marca
O respeito à marca e a proibição do enchimento de botijões por terceiros não proprietários da marca (OM) são essenciais para:
assegurar os investimentos em requalificação e em botijões novos;
garantir a segurança do consumidor contra vazamentos;
garantir a rastreabilidade dos botijões e dos responsáveis pelo envasilhamento e distribuição.
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Iniciativas de regulamentação evidenciam desconhecimento
Projeto de Lei do Senado
Federal no 0063/2004 e
Projeto de Lei da
Assembléia Legislativa do
Estado do Rio de Janeiro
no 2510/2005: criam a
possibilidade de que os
botijões sejam
recarregados nos postos
de gasolina.
A recarga nos postos impossibilita a requalificação e põe em risco a segurança do consumidor que ficaria responsável pela requalificação sem ter os meios para executá-la.
A constante fiscalização da recarga nos postos é impraticável dado ao seu número (+ de 35 mil) e dispersão.
Haveria a proliferação de botijões piratas com efeitos negativos sobre a segurança.
Os botijões no Brasil foram concebidos para o enchimento industrial e não para uma operação amadora.
Os postos revendedores, que obedecem normas de segurança específicas, já podem revender botijões.
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Considerações Finais
O crescimento da indústria de GLP oferece importantes benefícios: redução dos efeitos adversos do consumo residencial de lenha; atendimento de novos usos e setores limitados hoje pela
regulamentação; energético limpo e de qualidade para back-up do gás natural.
Para atingir esses objetivos, são necessárias mudanças que: eliminem os obstáculos legais a sua utilização no comércio,
indústrias e residências; reduzam a carga impositiva e promovam suas externalidades
positivas em relação à saúde das populações; racionalizem os custos de logística para baratear o produto.
Essas mudanças devem ser baseadas na promoção da segurança do consumidor, respeito à marca e no combate à práticas ilegais de envasilhamento.