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    a. PODER JUDICIRIOTRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULOTRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULOACRDO/DECISO MONOCRATICAREGISTRADO(A) SOB NA C R D O I u i i i i m i l m i l u m u m m u u m m u m i m i

    *02888019*Vistos, relatados e discutidos estes autos de

    Apelao n 990.09.090159-4, da Comarca de PresidentePrudente, em que apelante EDNA CRISTINA FRENER ROSAsendo apelado MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE SOPAULO.

    ACORDAM, em 11* Cmara de Direito Criminal doTribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguintedeciso: "DERAM PROVIMENTO AO RECURSO PARA ABSOLVER AAPELANTE EDNA CRISTINA FRENER ROSA DA IMPUTAAOCONTIDA NA DENNCIA, COM FUNDAMENTO NO ART.3 86,INCISO VII, DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. V.U.", deconformidade com o voto do Relator, que integra esteacrdo.

    O julgamento teve a participao dosDesembargadores GUILHERME G.STRENGER (Presidente semvoto), ANTNIO MANSSUR E OLIVEIRA PASSOS.

    So Paulo, 03 de maro de 2010.

    ABEN-ATHARRELATOR

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    T RIB UNAL DE J UST IA DO E ST A DO DE S O P AUL O1 I a CMARA - SEO CRIMINAL

    VOTO n 1 1 .8 9 0A p e l a o n 9 9 0 . 0 9 . 0 9 0 1 5 9 - 4Comarca : P res iden te P ruden teJuzo de Origem: 2 a Vara Crim inal (autos n 482 .01.200 6.0094 85-5)A pelan te. EDNA CRISTINA FRENER ROSAApelado : M inistrio Pblico

    Vis tos .

    C u i d a - s e d e a p e l a o i n t e r p o s t a p o r EDNACRISTINA FRENER ROSA con t ra a r . s en t ena l anada a f l s .1 5 4 / 1 6 0 , q u e a c o n d e n o u p e l a p r t i c a d o d e l i t o d e s c r i t o n o a r t .229 do Cdigo Pena l , s penas de 2(dois) anos de recluso, emregime ab erto, e ao pagam ento de 10(dez) dias-multa, s u b s t i t u d a apena p r iva t i va de l i be rdade em re s t r i t i va de d i re i t os cons i s t en t e empres t ao de se rv i os comunidade e l imi t ao de f i na l desemana , em razo de fa to ocor r i do en t re os meses de maro de2 0 0 5 a m a r o d e 2 0 0 6 , n o l o c a l d e n o m i n a d o "L e v e E s t a r " , q u a n d oa ape l an t e mant inha , por con t a p rpr i a , l oca l de s t i nado aencont ros l i b id inosos , ou se j a , c a sa de p ros t i t u i o , cm^o in tu i t ode l uc ro .

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    T RIBUNAL DE J UST IA DO E ST AD O DE S O P AUL O1 I a CMARA - SE O CRIMINAL

    S u s t e n t a a a p e l a n t e , e m a p e r t a d a s n t e s e , ai nsuf i c i nc i a p roba tr i a , p l e i t eando a abso lv i o ( razes a f l s .1 7 3 / 1 7 9 ) .

    Cons t am as con t ra - razes ( f l s . 181 /185) e opa r ece r da do u t a P roc ura do r i a Gera l de Ju s t i a (fls. 19 2 / 195) , qu eop ina pe lo no p rov imento do ape lo .

    o re latr io .Procede a i r r e s ignao .Conquan to a ape l an t e ( f l s . 4 ) e a s dema i s

    t e s t e m u n h a s o u v i d a s ( f l s . 6 / 1 1 ) t e n h a m c o n f i r m a d o , n a f a s epo l i c i a l , que a l m da massagem no l oca l e ram t ambm rea l i zadosa tos sexua i s , em ju zo nega ram t a l f a to ( f l s . 75 /76 , 93 e 94) .

    E d o c o n j u n t o p r o b a t r i o a p u r a d o n o h e l e m e n t o s a c o n f i r m a r q u e o l o c a l e r a m e s m o m a n t i d oe x c l u s i v a m e n t e p e l a a p e l a n t e c o m o c a s a d e p r o s t i t u i o .

    I s s o p o r q u e c o n s o a n t e d e p o i m e n t o d a s s u p o s t a sga ro t a s de p rograma ( f l s . 93 e 94) , bem como o depo imento dat e s t e m u n h a Saulo Fernandes Jnior (fls. 113),^Juvenal Delagnese(fls. 118) e Irineu Escandolieri (f ls . 119), o loc^K-tambni erau t i l i z a d o p a r a a p r t i c a d e m a s s a g e n s . ^^~^^

    V o t o n0 11.890 - PCP - Apelao n 990 09.0^0159 -4 - Presidente Prudente - 2/7 |

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    T RIB UNAL DE J UST IA DO E ST ADO DE S O P AUL O1 Ia CMARA - SEO CRIMINAL

    R e p u g n a a o b o m s e n s o c o n s i d e r a r - s e , n ou n i v e r s o d e e s t a b e l e c i m e n t o s c o m e r c i a i s d e s t i n a d o s a p r o m o v e r aa p r o x i m a o d e p e s s o a s , e s s e o u a q u e l e q u e p o r a l v e d r i o d aa u t o r i d a d e c o m p e t e n t e a p r e s e n t a d o v e z p o r o u t r a s o b a r u b r i c ade "casa de p ros t i t u i o" , como que pa ra l eg i t imar um obso l e tod i spos i t i vo pena l que de mui to deve r i a e s t a r p rosc r i t o do CdigoPena l , a t por con t a de sua complexa conf igurao .

    Com o j dec id iu e s t e E . T r ibu na l de Ju s t i a , emlap ida r acrdo cu jo vo to condutor fo i do i l . de sembargador Xavie rH o m r i c h : "Nos tempos atuais muita cautela precisa em pregar ojulgador ao apreciar as hipteses concretas capituladas no art. 22 9do CP, sob pena de cometer iniqidades, j de exigir aprova de que,o estabelecimento utilizado inequivocamen te, senoexclusivamente, para encontros com fim libidinoso. S assim poderapenar (gravemente, e por equiparao legal), a ttulo de ~ casa deprostituio', mais ou meno s diretamente, pela explorao comercialdesses encontros. De outra forma no se comp reender aimpun idade tranqila de que se cercam os incontveis ^drive-irespalhados pela periferia das cidades e Cap itais, os ^motis'ostensivamente instalados ao longo das rodovias, as *casas demassa gens' e yelax', que aberta e circunstanciadamente inseremsuas propaga ndas nos jornais, aludindo a alvars policiais delicenciamen to, em meio a negcios e oportynM ales, casas eterrenos, antiquidades, emprego s procurado s e oferej2do^\TJ SP,A p. C rim ., J U T JU S 5 3 6 / 2 9 0 - RT 6 1 9 / 2 9 0 ) ^ " ^

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    T RIB UNAL DE J UST I A DO E ST AD O DE S O P AUL O1 I a CMARA - SEO CRIMINAL

    Sob pena , po i s , de se come te r i n jus t i a s , at ip i f icao do de l i to de "casa de pros t i tu io" deve ser reservada aoes t abe l ec imento onde o comrc io p rof i s s iona l do sexo o f impermanente , e spec f i co ou exc lus ivo , o que no nem de l ongec o m p a t v e l c o m o e s t a b e l e c i m e n t o e m q u e s t o .

    Mesmo a h ip t e se de no l oca l s e rem ace r t adose n c o n t r o s s e x u a i s c a s u a i s , b e m c o m o a l i t e r s i d o , e v e n t u a l m e n t e ,pe rmi t i da a p r t i ca de a lgum a to l i b id inoso como t e r i a ocor r i do nah i p t e s e d o s a u t o s e n t r e u m d o s f r e q e n t a d o r e s d o l o c a l e u m ad a s m o a s q u e a l i t r a b a l h a v a n o b a s t a r i a p a r a c o n f i g u r a r o c r i m ecap i tu l ado no a r t . 229 do CP . Sab idamente o de l i t o em ques t oe x i g e h a b i t u a l i d a d e , n e s s e s e n t i d o s e n d o p a c f i c o o e n t e n d i m e n t op r e t o r i a n o :

    "CRIMES CONTRA OS COSTUM ES - Casa deprostituio - Inexistncia de prova segura dehabitualidade - Absolvio fundam entada noartigo 386, VI do Cdigo de Processo Penal -Recurso provido." (Relator: Gonalves Nogueira -Apelao Criminal n. 144.383-3 - Fernandpolis -21.02.94)."CASA DE PROSTITUIO - Manuteno - Falta deprova da habitualidade - Requisito essencial dainfrao - Absolvio mantlaq. O crime do artigo229 do Cdigo Penal, exige^^para a suaconfigurao, como requisito esse&eid a prova da

    V o t o n 0 11.890 - PCP - Apelao n 990.09 090 159 -4^"P resid ente Prudente - 4/7

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    habitualidade no fauorecimento prtica de atossexuais, porque o verbo manter (sustentar,conservar, permanecer, etc), tem sentido decontinuidade, reiterao." (Apelaes Criminaisn s . 2 2 7 .4 8 5 - 3 e 2 2 8 .5 7 6 - 3 - U b a t u b a - 4aCmara Cr imina l - Rela tor : Bi t tencour t Rodr igues- 0 9 . 1 2 . 9 7 - V.U.)."LENOCNIO - Casa de prostituio - Artigo 229, doCdigo Penal - Condenao - Cesso de imvelpara encontros libidinosos demonstrada - Lucrodecorrente do consumo de bebidas pelosfreqentadores - Ganho em virtude dos referidosencontros, porm, no comprovado - Hiptese doartigo 386, inciso VI, do Cdigo de Processo Penal -Recurso provido." (Apelao Criminal n. 2 2 5 . 8 5 9 -3 - Dracena - 3a Cmara Cr imina l Ex t rao rd in r i a- Relator: Rocha de Souza - 27 .10 .99 - M.V.)."CRIMES CONTRA O COSTUME - Casa de

    prostituio - No caracterizao - Imveldestinado especificamente explorao dosservios de sauna, banhos, relax e bar - Local queno era mantido ou destinado a encontroslibidinosos - Ilcito no configurado - Absolviobaseada no artigo 386, RI do Cdigo de ProcessoPenal - Recurso provido. No caracteriza casa deprostituio o estabelecimento comercial nodirigido especificamente parajiiis libidinosos."(Apelao Criminal n. 1 7 8 . 0 3 5 - ^ ^ S r p P a l o - 4a

    Voto n 11.890 - PCP - Apelao n990 09.090159-4 - Presidente P rudente - 5/7 ]

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