1. mergulho livre - prevenção e segurança (v 5.1.11)

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A segurança de uma actividade é definida por um conjunto de práticas que favorecem a sua realização com o mínimo de risco possível, com os seguintes objectivos: - Prevenir situações de risco - Saber actuar em caso de necessidade

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Resumo Este documento resume os princípios

essenciais de prevenção e segurança que devem ser tidos em conta na prática do mergulho livre.

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Prevenção e Segurança Definição:

A segurança de uma atividade é definida por um conjunto de práticas que favorecem a sua realização com o mínimo de risco possível.

Objetivos:

Prevenir situações de risco.

Saber atuar em caso de emergência.

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Prevenção e Segurança Como?

Conhecer os Fatores de Risco

Respeitar as Medidas de Prevenção

Utilizar Sistemas de Segurança

Saber aplicar Procedimentos de Salvamento

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Fatores de Risco Pessoais:

Apneia

Hiperventilação

Profundidade

Lastro

Externos:

Temperatura da Água

Visibilidade no Mar

Corrente Marítima

Ambiente Subaquático

Presença Humana

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Apneia

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Apneia Definição:

A apneia é o estado que ocorre sempre que o ciclo respiratório é suspenso.

A apneia pode ser voluntária ou involuntária.

Este estado pode ser prolongado durante algum tempo sem qualquer risco para o organismo, pois ao nível celular as trocas gasosas continuam a se efetuar.

No entanto, mais cedo ou mais tarde, a respiração tem de ser retomada, pois tanto o cérebro como o coração precisam de um fornecimento contínuo de oxigénio para funcionarem corretamente.

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Apneia Efeitos:

À medida que o tempo de apneia aumenta, os níveis de oxigénio no organismo diminuem enquanto que os de dióxido de carbono aumentam, podendo se atingir os estados de hipóxia e hipercapnia, respetivamente.

Durante o estado de hipercapnia, surge uma necessidade involuntária de retomar a respiração geralmente acompanhada por contrações diafragmáticas.

Durante o estado de hipóxia, o organismo pode ser forçado a “desligar” certas partes do organismo de forma a proteger o cérebro e o coração.

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Apneia Riscos:

Samba

Perda de controlo motor

Blackout

Perda de consciência

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Samba Sintomas:

Durante um samba, a vítima permanece consciente, mas perde o controlo muscular do corpo, manifestando-se sobre a forma de espasmos musculares involuntários e por vezes intensos nos membros superiores e inferiores.

Procedimento:

A vítima apenas necessita que as suas vias respiratórias não estejam submersas para que a sua respiração seja retomada voluntariamente.

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Blackout Sintomas:

Durante um blackout, a vítima permanece inconsciente, manifestando-se sobre a forma de rigidez muscular, sendo que o maxilar inferior fica contraído contra o superior e os lábios cerrados.

Procedimento:

A vítima necessita que a auxiliem a retomar a respiração, falando ou soprando para a face, podendo ser necessário aplicar procedimentos de suporte básico de vida ou administração de oxigénio.

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Hiperventilação

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Hiperventilação Definição:

A hiperventilação significa respirar várias vezes consecutivas de forma mais profunda e rápida que o normal.

Objetivos:

Diminuir a saturação de CO2 na corrente sanguínea.

Prolongar a apneia por inibição das contrações diafragmáticas.

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Hiperventilação Efeitos:

A saturação de CO2 na corrente sanguínea diminui.

A saturação de O2 não aumenta consideravelmente.

O batimento cardíaco aumenta.

A pressão sanguínea aumenta.

Riscos:

Possibilidade de desmaiar (blackout) sem aviso prévio.

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Hiperventilação Sintomas:

A hiperventilação manifesta-se de diferentes formas, desde uma sensação de formigueiro nas mãos e/ou nos pés, podendo também causar tonturas ou até mesmo um desmaio antes de iniciar o mergulho.

Procedimento:

A hiperventilação deve ser evitada através da adoção de uma respiração mais lenta e profunda que o normal.

Mergulhar apenas quando os sintomas associados à hiperventilação tiverem claramente desaparecido.

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Profundidade

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Profundidade Definição:

À superfície do mar, o nível médio da pressão atmosférica é de 1atm.

Dentro de água, a pressão hidrostática aumenta 1atm a cada 10m de profundidade.

Aos 10m de profundidade a pressão total existente é de 2atm.

Sendo o ar compressível com a pressão, o volume de ar ocupado aos 10m de profundidade é igual a metade do volume inicial. Aos 20m = 1/3, aos 30m 1/4 e assim sucessivamente:

VolProfX = 1 / (ProfX/10 + 1) * VolInicial

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Profundidade Efeitos:

Como o ar é compressível com a pressão, todas as regiões ocupadas por ar, tais como: ouvido interno, traqueia, pulmões e até mesmo o óculo de mergulho, vão estar sujeitas a uma pressão conforme a profundidade a que estiver o mergulhador.

O aumento da pressão é também responsável pela possível entrada na corrente sanguínea de outros gases, tais como o azoto (nitrogénio).

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Profundidade Riscos:

Rutura do Tímpano

Compressão Ocular

Distensão da Traqueia

Barotrauma Pulmonar

Narcose

Doença Descompressiva

Síncope dos 7 metros

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Rutura do Tímpano Sintomas:

A rutura do tímpano manifesta-se sobre a forma de uma dor intensa no ouvido e acontece quando a membrana do tímpano é rompida devido ao aumento da pressão hidrostática. É provável perder a noção de equilíbrio e ter vertigens.

Procedimento:

A rutura do tímpano pode ser evitada desde que sejam realizadas as devidas compensações ao longo da descida.

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Compressão Ocular Sintomas:

A compressão ocular manifesta-se sobre a forma de dores nos olhos devido à compressão do óculo de mergulho contra a face à medida que a profundidade aumenta.

Procedimento:

A compressão ocular pode ser evitada desde que seja expelido pelo nariz algum ar para compensar o óculo de mergulho ao longo da descida.

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Distensão da Traqueia Sintomas:

A distensão da traqueia manifesta-se sobre a forma de tosse e rouquidão na zona da garganta e acontece geralmente após a hiperextensão do pescoço para trás durante a descida ao olhar para o fundo.

Procedimento:

A distensão da traqueia pode ser evitada mantendo o pescoço sempre alinhado com o resto do corpo durante a descida. Para olhar para o fundo deve-se inclinar o tronco/corpo para trás.

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Barotrauma Pulmonar Sintomas:

O barotrauma pulmonar manifesta-se sobre a forma de dores na zona do tórax e/ou dificuldades na respiração e acontece quando os limites da flexibilidade da caixa torácica ou compressibilidade dos pulmões foram ultrapassados.

Procedimento:

O barotrauma pulmonar pode ser evitado através de uma adaptação gradual do organismo à profundidade e com a realização regular de alongamentos na zona torácica.

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Narcose Sintomas:

A narcose manifesta-se de diferentes formas consoante a profundidade e da condição física e mental do mergulhador, podendo começar por um estado de euforia, pode evoluir para faltas discernimento e orientação e até crises de pânico.

Procedimento:

A narcose pode ser evitada parando a descida e subindo alguns metros até a sensação desaparecer. É possível gerir a narcose através do treino.

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Doença Descompressiva Sintomas:

A doença descompressiva manifesta-se sobre a forma de dores nas articulações, náuseas, alterações visuais e paralisias ou fraquezas nos membros superiores e/ou inferiores, devido a acumulação de azoto nessas regiões.

Procedimento:

A doença descompressiva pode ser evitada desde que sejam respeitados os tempos de superfície entre mergulhos. No mínimo, o tempo de superfície deve ser 3x superior ao tempo do mergulho anterior. Devendo ser maior consoante a profundidade.

Em mergulhos muito profundos, abaixo dos 80m, recomenda-se, após o mergulho, efetuar um patamar de descompressão, respirando oxigénio durante 5 a 10 minutos, a 5 metros de profundidade.

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Síncope dos 7 metros Sintomas:

A síncope dos 7 metros manifesta-se quando, à chegada à superfície, a taxa de oxigénio no sangue arterial diminui bruscamente, provocando um desmaio sem aviso prévio.

Procedimento:

A síncope dos 7 metros pode ser evitada desde que nos últimos metros não se acelere à chegada à superfície, conservando energia e deixando o organismo se adaptar às diferenças de pressão nos pulmões, de forma a que as trocas gasosas se efetuem maior normalidade.

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Lastro Definição:

Peso extra que auxilia a vencer a impulsão da água.

Riscos:

A velocidade de descida/subida pode ser demasiado elevada/lenta, podendo acentuar os riscos associados à profundidade/apneia respetivamente.

Procedimento:

O peso do lastro ideal deve garantir uma flutuabilidade positiva pelo menos aos 10m de profundidade.

Obs: A flutuabilidade depende de vários fatores, sendo os principais: volume de ar inspirado, gordura corporal, espessura do fato e a densidade da água.

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Temperatura da Água

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Temperatura da Água Definição:

Dentro de água, o calor dispersa-se 25 vezes mais depressa.

Riscos:

Hipotermia (<35º) e Perigo de Vida (<32º).

Procedimento:

Utilizar proteção corporal adequada consoante a temperatura da água: fato, luvas, meias.

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Visibilidade no Mar

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Visibilidade no Mar Definição:

Dentro de água, os objetos parecem 25% mais próximos e 33% maiores.

Riscos:

Erro no cálculo de distâncias e possível desorientação.

Procedimento:

Utilizar um cabo-guia com marcas de 5 em 5 metros desde a superfície até à profundidade pretendida com uma placa branca no fundo.

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Corrente Marítima

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Corrente Marítima Definição:

Deslocação contínua de uma massa de água numa determinada direcção.

Riscos:

O ponto de entrada ser diferente do ponto de saída.

Esforço extra para manter um movimento vertical.

Procedimento:

Utilizar um cabo de segurança ligado ao cabo-guia.

Não realizar mergulhos máximos na existência de correntes.

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Ambiente Subaquático

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Ambiente Subaquático Definição:

O ambiente subaquático é composto pelos seres vivos que nele habitam assim como a sua estrutura geológica.

Riscos:

Queimaduras, envenenamento, ataques, grutas, areia.

Procedimento:

Conhecer o meio habitat e potenciais perigos.

Ter um comportamento não invasivo.

Utilizar proteção adequada.

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Presença Humana

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Presença Humana Definição:

Qualquer atividade náutica ou subaquática.

Riscos:

Acidentes à superfície: embarcações, lixo.

Acidentes submersos: material de pesca, naufrágios.

Procedimento:

Utilizar uma boia de sinalização com a bandeira de mergulho.

Estar equipado com uma faca de mergulho.

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Sistemas de Segurança Tipos:

Autorresgate (Self-Rescue)

Duplas (Buddy-System)

Rope-Pull

Lift-bag

Contra-Peso (Counter-weight)

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Sistema de Autorresgate Definição:

O sistema de autorresgate consiste em libertar o próprio lastro em caso de emergência (ex: cãibras).

Objetivos:

Proporcionar uma subida rápida com pouco esforço.

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Sistema de Autorresgate Como?

Calmamente, tirar o lastro.

Segurar o lastro com o(s) braço(s) para baixo.

Continuar a subida e em caso de necessidade soltar o lastro.

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Sistema de Segurança de Duplas Definição:

O sistema de segurança de duplas consiste na realização de mergulhos supervisionados, de preferência por mergulhadores com o mesmo grau de experiência.

Objetivos:

Elevar o nível de segurança.

Promover o sentimento de confiança.

Proporcionar o estado de tranquilidade.

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Sistema de Segurança de Duplas Como?

Procedimentos de Segurança: Segurança em Apneia

Segurança em Distância

Segurança em Profundidade

Procedimentos de Salvamento: Resgate em Profundidade

Socorro à Superfície

Suporte Básico de Vida

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Segurança em Apneia Estática

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Page 44: 1. Mergulho Livre - Prevenção e Segurança (v 5.1.11)

Segurança em Apneia Estática O mergulhador de segurança de verificar

periodicamente o estado de consciência do mergulhador, através de um sinal previamente definido, por exemplo:

mergulhador de segurança: toque no ombro do mergulhador.

Mergulhador em apneia: resposta com um dedo da mão.

A periodicidade do sinal deve aumentar com o tempo de apneia. Nos primeiros minutos de 30 em 30 segundos e depois de 15 em 15 segundos.

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Segurança em Apneia Dinâmica

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Page 46: 1. Mergulho Livre - Prevenção e Segurança (v 5.1.11)

Segurança em Apneia Dinâmica O mergulhador de segurança deve acompanhar

à superfície o mergulhador em apneia, estando atento a movimentos pouco usuais ou a libertação de bolhas, que poderão indicar a ocorrência de um samba.

Dar especial atenção aos últimos metros da distância que se pretende alcançar, sobretudo porque a tendência é aumentar de velocidade.

Mesmo após o regresso à superfície existe a possibilidade de desmaio, pelo que, deve-se continuar a estar atento ao estado de consciência e respiração do colega, durante pelo menos 15s.

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Segurança em Mergulho Livre

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Page 48: 1. Mergulho Livre - Prevenção e Segurança (v 5.1.11)

Segurança em Mergulho Livre O mergulhador de segurança deve estar à

superfície e apenas mergulhar para acompanhar o mergulhador em apneia nos últimos metros da subida, onde o risco é maior.

A subida deve ser feita frente a frente, tentando manter o contacto visual, de forma a avaliar possíveis sinais de stress.

À chegada à superfície, o mergulhador deve realizar o protocolo de superfície ao mergulhador de segurança de forma a confirmar o seu estado de consciência.

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Resgate em Profundidade com um braço

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Resgate em Profundidade com um braço:

retirar os cintos de chumbos (o da vítima é sempre o primeiro);

virar a vítima de lado e passar um braço debaixo da axila;

segurar o queixo com a mão, de forma a que a boca permaneça fechada;

iniciar a subida numa posição perpendicular à vitima e junto ao corpo, de forma a utilizar as barbatanas livremente e evitar ao máximo resistência da água.

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Resgate em Profundidade com os dois braços

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Resgate em Profundidade com os dois braços:

retirar os cintos de chumbos (o da vítima é sempre o primeiro);

virar a vítima de costas e colocar as mãos debaixo das axilas;

Esticar os braços e levantar a vítima;

iniciar a subida com os braços esticados para cima, de forma a utilizar as barbatanas livremente.

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Socorro à Superfície

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Socorro à Superfície Objetivos:

Prevenir a entrada de água nas vias respiratórias.

Promover a respiração da vítima.

Deslocar a vítima para solo firme.

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Socorro à Superfície Como?

Segurar e manter o queixo da vítima fora de água com uma mão.

Colocar a cabeça da vítima inclinada para trás sobre o externo ou ombro.

Remover todo o equipamento facial (óculo, snorkel, noseclip) com a outra mão.

Soprar em direção ao nariz e falar ao ouvido da vítima incentivando-a a respirar.

Eliminar qualquer peso supérfluo e deslocar-se para o barco ou solo firme.

(continua)

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Socorro à Superfície(continuação)

Se a respiração espontânea não se iniciar, principiar de imediato respiração artificial, através de insuflações:

boca-a-nariz*

boca-a-tubo**

Expirar a cada 5s, com a boca*/nariz** da vítima fechada/o.

Manter a cabeça da vítima inclinada para trás e o maxilar inferior elevado, pois facilita a respiração.

Continuar a deslocar a vítima o barco ou solo firme, pois só assim os procedimentos de suporte básico de vida podem ser realizados eficazmente.

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Suporte Básico de Vida

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Suporte Básico de Vida Definição:

SBV é um procedimento de emergência que é realizado quando a vítima se encontra num estado de paragem cardiorrespiratório.

Objetivos:

Promover a oxigenação da vítima.

Promover a circulação da vítima.

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Suporte Básico de Vida Como?

1 - Avaliar o estado da vítima

Verificar estado de consciência (reação a estímulos)

Verificar respiração (ver, ouvir e sentir)

2 - Promover a oxigenação da vítima (apenas se não houver respiração)

Executar o método de insuflação, de preferência com uma máscara facial com válvula unilateral (pocket mask).

3 - Promover a circulação da vítima(apenas se não houver pulsação)

Executar a técnica de compressão torácica sobre o esterno.

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Suporte Básico de Vida Tempos:

Após um blackout, a vítima pode ficar inconsciente durante 1 a 2 minutos sem que haja paragem respiratória.

Após uma paragem respiratória, a vítima pode ficar sem respirar durante 3 a 4 minutos sem que haja paragem cardíaca.

Após uma paragem cardíaca, a vítima pode ficar sem pulsação durante 2 a 3 minutos sem que haja danos irreversíveis para o cérebro.

No geral, após um blackout, a vítima tem entre 6 a 9 minutos para ser socorrida.

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Suporte Básico de Vida Observações:

Se mal aplicadas, as manobras de ressuscitação (insuflações e compressões) podem prejudicar gravemente a vítima.

Se há indícios de água nos pulmões, deve-se deslocar a vítima ao Hospital de forma a utilizar um aspirador de secreções, outros meios são perigosos e desnecessários.

A aprendizagem do Suporte Básico de Vida (SBV) deve ser feita através de uma formação especializada para o efeito.

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Suporte Básico de Vida Entidades Formadoras:

CVP (Cruz Vermelha Portuguesa)

INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica)

ISN (Instituto de Socorros a Náufragos)

DAN (Divers Alert Network)

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Medidas de Prevenção1. Permitir a adaptação gradual do organismo à apneia e à profundidade.

2. Ao preparar o mergulho, respirar sem hiperventilar antes da imersão.

3. Ao iniciar a imersão, retirar o snorkel da boca.

4. Na descida, compensar devidamente os ouvidos e o óculo de mergulho.

5. Na viragem no fundo, virar com calma e não olhar para cima.

6. Na subida, evitar acelerar na parte final (usufruir da impulsão).

7. Durante a imersão, não expirar (exceto à chegada à superfície).

8. Ao finalizar a imersão, apoiar-se em algo (cabo/boia/plataforma).

9. Após o mergulho, recuperar adequadamente antes de nova imersão.

10. Ao sentir frio ou fadiga, evitar mergulhar fundo.

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Livros recomendados

“Manual of Freediving – Underwater on a single breath”by Umberto Pelizzari and Stefano Tovaglieri(ISBN: 1928649270)

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Nota Final Para colocar os conhecimentos expressos

neste documento em prática é recomendado participar num curso de mergulho livre com um instrutor devidamente qualificado.

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