1-organica-introdu+º+úo

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  • 8/18/2019 1-ORGANICA-introdu+º+úo

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    Normas de Avaliação para a Disciplina de Química e Síntese Orgânica  (Mestrado Integrado em Engenharia Química)

    Escolaridade: 2 aulas teóricas de 1,5 horas por semana e uma aula prática de 3 horasquinzenalmente num total de 5 aulas.O docente dispõe de 3 horas semanais para orientação tutorial que incluiorientação do aluno no estudo da matéria da disciplina e esclarecimento dedúvidas teóricas e práticas.

    De acordo com novas regras, as presenças nas aulas teóricas serão registadastodas as aulas.

    Avaliação: A avaliação será do tipo misto e consistirá de dois componentes, obedecendo à

    seguinte relação:

    Nota final = 0,20 (avaliação práticas) + 0,80 (avaliação teórica)

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    Normas de Avaliação para a Disciplina de Química e Síntese Orgânica  (Mestrado Integrado em Engenharia Química)

    Avaliação teórica: Será realizado um exame final (e de recurso) cuja classificação constituirá

    80% da avaliação da disciplina.Serão realizadas durante o semestre 2 frequências que permitem a dispensade exame final. O aluno poderá apresentar-se a estas avaliações, comoalternativa a exame, apenas se assistir a pelo menos 75% das aulasteóricas. Caso contrário só poderá ser avaliado por exame final (épocanormal ou/e de recurso). Para poder dispensar de exame, o aluno deverá ter

    um mínimo de 7 valores em cada frequência.

    Avaliação Prática: O aluno é obrigado a frequentar, no mínimo, 75% das aulas práticas para seradmitido às frequências e ao exame final da disciplina.A avaliação das aulas práticas será atribuída numa escala de 0-20 valores e

    terá como componentes a preparação e conhecimento do trabalho laboratoriala realizar, o desempenho durante a realização do mesmo e o relatório finalescrito do trabalho. Esta avaliação constituirá 20% da avaliação final dadisciplina.

    Cada aula prática de 3 horas corresponderá à execução de umtrabalho experimental que têm duração de 2-3 horas. O restante tempo serápreenchido com a realização de exercícios teórico-práticos.

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    Bibligrafia Aconselhada

    Teórica: 

    1. L. G. Wade Jr., Organic Chemistry , Prentice Hall, New Jersey.

    2. K. Peter C. Vollhardt, Neil E. Schore, Organic Chemistry , W. H. Freeman

    and Company, New York.3. Francis A. Carey, Organic Chemistry , McGraw-Hill, New York.

    4. John McMurry, Organic Chemistry , Brooks/Cole, Pacific Grove, USA.

    5. R. Morrison, R. Boyd, Organic Chemistry , Fundação Calouste

    Gubenkian, Lisboa.6. J. Clayden, N. Greeves, S. Warren, P. Wothers, Organic Chemistry ,

    Oxford University Press, New York, 2001.

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    Bibligrafia Aconselhada

    Prática:

    1. J. R. Mohrig, C. N. Hammond, T. C. Morrill, D. C. Neckers, Experimental

    Organic Chemistry A Balanced Approach: Macroscale and Microscale, W. H.

    Freeman and Company, New York, 1998.

    2. A. Vogel, Textbook of Practical Organic Chemistry , Longman, London,

    1978.

    3. L. M. Harwood, C. J. Moody, Experimental Organic Chemistry: Principles

    and Practice , Blackwell Scientific Publications, Oxford, 1990.

    4. H. G. O. Becker et. al., Organikum-Química Orgânica Experimental ,Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1997.

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    A QUÍMICA ORGÂNICA no Início: tentativa de compreender e estudar

    a química da vida

    Química Orgânica só tratava do que era obtido de matéria viva:

    animais e plantas

    Diferença entre matéria viva e minerais força vital

    Nova definição de Química Orgânica:

    A química que estuda os compostos de carbono: compostos orgânicos

    Inclui os compostos naturais e compostos sintéticos

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     Todos os compostos importantes para a vida contêm carbono 

    •proteínas, enzimas, vitaminas, lípidos, hidratos de carbono, ácidos

    nucleícos

    •Alimentos, Fármacos, Vestuário, Energia

    As reacções que ocorrem nos organismos vivos são Reacções Orgânicas 

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    Importância da Síntese Orgânica:

    Obter moléculas naturais em maiores quantidades (vitaminas,

    aminoácidos, corantes, fragrâncias)

     Transformar moléculas naturais noutras com propriedades novas e

    mais úteis (fibras sintéticas, fármacos, plásticos, detergentes,

    insecticidas)

     Testar teorias: cubano, C8H8

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    O estudo da Química Orgânica envolve o conhecimento das moléculas

    •Estrutura, propriedades físicas, reactividade química

    Revisão de alguns Conceitos Importantes:

    •Estrutura atómica

    •ligação química

    •Polaridade das ligações e momentos dipolares•Hibridização

    • Teoria da ligação de valência

    •Ligações sigma e pi

    • Teoria das orbitais moleculares•Estruturas de Lewis, regra do octeto, carga formal

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    LIGAÇÃO QUÍMICA

    Ligação covalente –  partilha de electrões

    Ligação iónica –  cedência de electrões por um elemento e aceitação por

    outro

    Ligação covalenteApolar Polar Ligação iónica

    Interacções electrostáticas fortes

    Rede cristalina tridimensional

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    Como é que o carbono é tão importante?

    >99% dos Compostos Químicos presentemente conhecidos

    contêm carbono

    Partilha electrões formando 4 ligações

    covalentes fortesForma ligações entre si dando cadeias

    lineares ou ciclos

    Imensa diversidade de compostos

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    Polaridade das ligações e momentos dipolares

    Polaridade das ligações 

    Nas ligações covalentes polares, a distribuição não simétrica dos

    electrões numa ligação (devido à diferença de electronegatividade) dá

    origem a um dipolo.

    Momento dipolar,  (Debye):

    =  d

    Polaridade das moléculas 

    Momento dipolar: vectorial dos  de todas as ligações

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    Estruturas de Lewis, regra do octeto, carga formal

    As Estruturas de Lewis apresentam os electrões de valência dos átomos

    como pontos

    Hidrogénio: 1 ponto, 1 electrão 1s  

    Carbono: 2 pontos, 4 electrões (2s 2 2 p 2)

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    A Regra do Octeto

    Átomos formam ligações de modo a atingir a configuração electrónica da

    camada de valência do gas inerte mais próximo, por esta ser muitoestável.

    Para a maioria dos átomos isto implica uma camada de valência com 8

    electrões.

    Átomos próximos do hélio atingem uma configuração electrónica da

    camada de valência de 2 electrões.

    Átomos podem formar ligações covalentes ou iónicas de modo a

    satisfazer a regra do octeto.

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    Carga Formal

    A carga formal é uma carga positiva or negativa num átomo individual.

    A soma das cargas formais dos átomos individuais corresponde à carga

    total da molécula ou ião.

    A carga formal é a diferença entre o número de electrões de valência doátomo na molécula e o número de electrões de valência do átomo livre. (

    ½ dos electrões ligantes + electrões não-ligantes)

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    Para escrever Estruturas de Lewis:

    1. Geralmente não há electrões desemparelhados.

    2. Sempre que possível cumprir a regra do octeto.

    3. Formar ligações múltiplas sempre que necessário.

    4. Não esquecer de incluir os pares não-ligantes.

    5. Dois pontos podem ser substituídos por uma linha

    6. Pode ser necessário atribuir cargas ao átomos.

    7. Pode existir mais do que uma solução.

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    Outros modos de representação de estruturas:

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    Ressonância 

    Formas de ressonância: estruturas de um composto que apresentam

    uma diferença na posição de ligações  e dos electrões não ligantes.

    Regras:

    1-a verdadeira estrutura é representada por todas as formas de

    ressonância

    2-as formas de ressonância não têm que ser equivalentes; a estrutura

    real será mais parecida com a mais estável

    3-as formas de ressonância obedecem às regras de valência

    4-o híbrido de ressonância é mais estável do que qualquer uma das

    formas de ressonância individuais

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    Ressonância 

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    Hibridização

    C: 1s2 2s2 2p2        2s2 2p12p12p0      2s1 2p12p12p1 

    Orbitais híbridasHibridização sp3:  4 orbitais equivalentes sp3 

    C

    3 orbitais p e 1 orbital s dão origem a 4 orbitais equivalentes sp3:

    Hibridização sp3

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    Hibridização

    Hibridização sp2

    : 3 orbitais equivalentes sp2

     + 1pC

    2 orbitais p e 1 orbital s dão origem a 3 orbitais equivalentes sp2 e

    resta uma p pura:

    Hibridização sp2

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    Hibridização

    Hibridização sp:  2 orbitais equivalentes sp + 2p

    1 orbital p e 1 orbital s dão origem a 2 orbitais equivalentes sp e

    restam duas p puras:

    Hibridização sp

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    Hibridização de outros átomos

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    Teoria da ligação de valência

    As ligações covalentes formam-se quando dois átomos se

    aproximam um do outro e há sobreposição das orbitais semi-

    preenchidas de cada um

    Os electrões ficam emparelhados nas orbitais sobrepostas e são

    atraídos pelos núcleos de ambos os átomos.

    A sobreposição das orbitais pode ocorrer de dois modos distintos,

    originando dois tipos de ligação:Ligação  (sigma)

    Ligação  (pi)

    LIGAÇÕES SIGMA E PI

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    LIGAÇÕES SIGMA E PI

    Ligação  (sigma)

    Aproximação de topo

    Densidade electrónica entre os dois núcleos

    Ligação (pi)

    Aproximação de lado

    Densidade electrónica acima e abaixo do plano dos núcleos

    Lig õ ig i

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    Ligações sigma e pi

    Ligações Múltiplas: compostas por ligações  eLigação dupla –  1 +1 

    Ligação tripla –  1 +2 (perpendiculares entre si)

    Rotação em torno das ligações

    Rotação “livre” em torno de ligações  

    Rotação impedida em torno de ligações  

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    Teoria das orbitais molec lares

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    ORBITAL MOLECULAR (OM): zona duma molécula onde é mais provável

    encontrar electrões. Possui energia e forma específicas.

    Numa molécula, quando dois átomos se aproximam as suas

    orbitais atómicas combinam para dar origem a orbitais moleculares. Estas

    englobam os dois núcleos e contêm 2 electrões que podem circular

    livremente.

    O número de OM que se formam é igual ao número de orbitais atómicas

    envolvidas.

    Orbital ligante: os electrões entre os núcleos servem para os atrair

    mutuamente

    Orbital antiligante: os electrões evitam a região entre os dois

    núcleos.

    Teoria das orbitais moleculares

    Teoria das orbitais moleculares

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    Teoria das orbitais moleculares

    Orbitais no etileno:H2CCH2

    Orbitais no hidrogénio: 

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    Forças Intermoleculares e Propriedades Físicas das Moléculas

    Forças Intermoleculares:  forças de atracção entre moléculas

    Dependem de: 

    estrutura, dimensão, forma da

    molécula presença de grupos funcionais

    Tipos de forças intermoleculares: 

    van der Waals (dispersão de London)

    Dipolo-dipolo

    ligações de hidrogénio

    van der Waals (dipolo induzido-dipolo

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    van der Waals (dipolo induzido-dipoloinduzido) 

    Dipolo-dipolo 

    Dipolo-dipolo induzido 

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    Ligações de hidrogénio 

    entre um átomo muito electronegativo duma molécula e um

    H ligado a outro átomo muito electronegativo doutra molécula:

    N — H………N — H 

    O — H………O — H 

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    Forças intermoleculares são responsáveis por: 

    Estado físico da matéria

    Pontos de ebulição e de fusão

    Solubilidade

    sólidos:  f.i.m.fortes / EC baixa (pouco movimento)

    líquidos:  f.i.m.e EC de intensidade comparável (movimento)

    gases:  f.i.m.fracas / EC elevada (liberdade de movimento)

    Sólido-líquido 

    Depende de:

    Superfície de contacto

    Empacotamento

     Tipo de f.i.m.

    Líquido-gás 

    Depende de:

    Superfície de contacto

    Momento dipolar

     Tipo de f.i.m.

    Mudanças de estado físico 

    Solubilidade

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    NaCl em água

    NaCl em gasolina

    Solubilidade 

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    Parafina em gasolina

    Parafina em água

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    As Reacções Químicas:

     TiposEnergiaDiagramas

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    Tipos Gerais de Reacções Orgânicas:Adição

    Eliminação

    Substituição

    Rearranjo

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     A B   A+ B

    -+

     A B   A   B+

    Reacções Polares: cisão heterolítica

    Reacções Radicalares: cisão homolítica

    mais electronegativo

    menos electronegativo

    electrófilonucleófilo

    radical

    Diagramas de Energia

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    Diagramas de Energia

    reacção exotérmica

    reacção endotérmica

    EA -- energia de activação

    E ‡ -- estado de transição

    E ( H) -- entalpia de reacção

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    Os Compostos Orgânicos:

    Grupos Funcionais

    Ã

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    Alcano

    Alceno

    Alcino

    Areno

    Halogeneto

    de alquilo

    Álcool

    éter

    Etano

    Etileno

    Acetileno

    Benzeno

    CH3Cl

    Etanol

    Éter etílico

    Componente de gás natural

    Polietileno

    Soldagem

    Matéria prima para poliestireno

    Agente de refrigeração, anestésicolocal

    Componente de bebidas alcoólicas

    Anestésico

    COMPOSTO ESTRUTURA EXEMPLO APLICAÇÃO

    COMPOSTO ESTRUTURA EXEMPLO APLICAÇÃO

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    Aldeído

    Cetona

    Ácido

    carboxílico

    Éster

    Amida

    Anidrido

    Cloreto de

    ácido

    formaldeído

    Acetona

    Ácidoacético

    Acetato deetilo

    Formamida

    Anidridoacético

    Cloreto deacetilo

    Conservante de amostrasbiológicas

    Removedor de verniz

    Vinagre

    Componente de colas

    Utilizado como amaciador nofabrico do papel

    Utilizado no fabrico dealguns polímeros

    Agente de acilação

    T T T Ã

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    Amina

    Imina

    Nitrilo

    Nitro

     Tiol

    Sulfureto

    ------

    ------

    Acrilonitrilo

    Nitrometano

    Etanotiol

    Sulfureto deallilo

    Aplicações variadas

    Diversas aplicações em síntese

    Aplicação em síntese de polímeros

    Combustível para foguetões

    Usado para detectar fugas de gás

    Cheiro de alho

    COMPOSTO ESTRUTURA EXEMPLO APLICAÇÃO

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    Variação da energia livre de Gibbs, G 

    Variação de entalpia:reacção endotérmica ou exotérmica 

    Variação de entropia