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7. SEGURO Inicialmente, cabe fazer algumas considerações acerca do tratamento desse instituto no Brasil e no mundo, assim, insta salientar que a exploração da atividade securitária em todos os países do mundo é controlada pelo Estado, tendo em vista a sua importância econômica. A função econômica do seguro é: “(...) socializar riscos entre os segurados. A companhia seguradora recebe de cada um o prêmio, calculado de acordo com a probabilidade de ocorrência do evento danoso. Em contrapartida, obriga-se a pagar certa prestação pecuniária, em geral de caráter indenizatório, ao segurado, ou a terceiros beneficiários, na hipótese de verificação do sinistro. O prêmio desdobra-se em duas parcelas: o prêmio puro, que é a medida do risco, e o carregamento, que remunera os serviços da seguradora (custo e lucro)”[44]. No Brasil, destaca-se duas legislações específicas ao tema, o primeiro é o Decreto-Lei nº. 73/66 (Lei das Seguradoras: LS), o qual institui o Sistema Nacional de Seguros Privados, e a Lei nº 10.185/2001, que traz a disciplina jurídica do seguro saúde, assim como institui a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), posteriormente melhor abordado. Lembrando-se que o Código Comercial trata apenas do seguro marítimo, o contrato de seguro terrestre é aquele regulado pelo CC/02 e pelo Decreto-lei supramencionado, não deixando de destacar que existem, ainda, os seguros aeronáuticos. 7.1. Sistema Nacional de Seguros Privados O Sistema Nacional de Seguro Privado é integrado pelo Conselho Nacional de Seguro Privado(CNSP), pela Superintendência de Seguros Privado (SUSEP), pelo IRB Brasil Resseguros S.A., pelas sociedades seguradoras e pelos corretores. O CNSP (Conselho Nacional de Seguro Privado) incube de traçar a política geral de seguros, funcionamento e fiscalização das seguradoras, fixar as características gerais dos contratos de seguro, aplicar sanções legais, normatizar as operações securitárias. A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) é voltado à política definida pelo CNPS. A SUSEP é o órgão regulamentador, autoriza e fiscaliza a atuação das companhias de seguro e das corretoras de seguro. Nenhuma empresa poderá atuar no ramo de seguros sem a devida autorização da SUSEP. O IRB Brasil Resseguros S.A é uma sociedade de economia mista com capital representado por ações titularizadas, metade pela união e metade pela seguradoras. O IRB é o órgão ressegurador. As empresas seguradoras têm liberdade de agir até o seu Limite Técnico. O que exceder esse limite deve ser ressegurado. (É o seguro do seguro). As Seguradoras devem estar autorizadas pelo governo federal. Admitem-se como seguradora apenas sociedades anônimas e cooperativas, sendo que essas devem operar com seguros agrícolas ou de acidente de trabalho. Os fundadores de sociedade seguradora devem requerer a autorização para funcionamento no CNSP, depois devem comprovar junto á SUSEP, nos 90 dias seguintes o atendimento das formalidades de constituição e de eventuais exigências. Na seqüência será expedita a carta - patente. A sociedade não pode falir, a pedido de credor, deve possuir o capital mínimo estipulado pelo CNSP e a alteração de seu estatuto só terá eficácia após a aprovação pelo governo federal. Os corretores de Seguro são pessoas físicas ou jurídicas, que aproximam as sociedades seguradoras de possíveis segurados. O exercício desta profissão é fiscalizado pela SUSEP, que procede à habilitação e registro dos corretores. 7.2. Conceito e características

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7. SEGURO

Inicialmente, cabe fazer algumas considerações acerca do tratamento desse instituto no Brasil e no mundo, assim, insta salientar que a exploração da atividade securitária em todos os países do mundo é controlada pelo Estado, tendo em vista a sua importância econômica.

A função econômica do seguro é:

“(...) socializar riscos entre os segurados. A companhia seguradora recebe de cada um o prêmio, calculado de acordo com a probabilidade de ocorrência do evento danoso. Em contrapartida, obriga-se a pagar certa prestação pecuniária, em geral de caráter indenizatório, ao segurado, ou a terceiros beneficiários, na hipótese de verificação do sinistro.

O prêmio desdobra-se em duas parcelas: o prêmio puro, que é a medida do risco, e o carregamento, que remunera os serviços da seguradora (custo e lucro)”[44].

No Brasil, destaca-se duas legislações específicas ao tema, o primeiro é o Decreto-Lei nº. 73/66 (Lei das Seguradoras: LS), o qual institui o Sistema Nacional de Seguros Privados, e a Lei nº 10.185/2001, que traz a disciplina jurídica do seguro saúde, assim como institui a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), posteriormente melhor abordado. Lembrando-se que o Código Comercial trata apenas do seguro marítimo, o contrato de seguro terrestre é aquele regulado pelo CC/02 e pelo Decreto-lei supramencionado, não deixando de destacar que existem, ainda, os seguros aeronáuticos.

7.1. Sistema Nacional de Seguros Privados

O Sistema Nacional de Seguro Privado é integrado pelo Conselho Nacional de Seguro Privado(CNSP), pela Superintendência de Seguros Privado (SUSEP), pelo IRB Brasil Resseguros S.A., pelas sociedades seguradoras e pelos corretores. 

O CNSP (Conselho Nacional de Seguro Privado) incube de traçar a política geral de seguros, funcionamento e fiscalização das seguradoras, fixar as características gerais dos contratos de seguro, aplicar sanções legais, normatizar as operações securitárias.

A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) é voltado à política definida pelo CNPS. A SUSEP é o órgão regulamentador, autoriza e fiscaliza a atuação das companhias de seguro e das corretoras de seguro. Nenhuma empresa poderá atuar no ramo de seguros sem a devida autorização da SUSEP.

O IRB Brasil Resseguros S.A é uma sociedade de economia mista com capital representado por ações titularizadas, metade pela união e metade pela seguradoras. O IRB é o órgão ressegurador. As empresas seguradoras têm liberdade de agir até o seu Limite Técnico. O que exceder esse limite deve ser ressegurado. (É o seguro do seguro).

As Seguradoras devem estar autorizadas pelo governo federal. Admitem-se como seguradora apenas sociedades anônimas e cooperativas, sendo que essas devem operar com seguros agrícolas ou de acidente de trabalho.

Os fundadores de sociedade seguradora devem requerer a autorização para funcionamento no CNSP, depois devem comprovar junto á SUSEP, nos 90 dias seguintes o atendimento das formalidades de constituição e de eventuais exigências. Na seqüência será expedita a carta - patente. A sociedade não pode falir, a pedido de credor, deve possuir o capital mínimo estipulado pelo CNSP e a alteração de seu estatuto só terá eficácia após a aprovação pelo governo federal.

Os corretores de Seguro são pessoas físicas ou jurídicas, que aproximam as sociedades seguradoras de possíveis segurados. O exercício desta profissão é fiscalizado pela SUSEP, que procede à habilitação e registro dos corretores.

7.2. Conceito e características

O Código Civil de 2002, em seu art. 757[45] reza que seguro é o contrato em que uma parte (sociedade seguradora) se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo da outra parte (segurado), relativo a pessoa ou coisa, contra riscos predeterminados.

Esta garantia do interesse legítimo do segurado se materializa, entre outras obrigações, na de pagar àquele, ou a terceiros beneficiários, determinada quantia, caso ocorra evento futuro e incerto.

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Coelho[46] caracteriza o seguro como “um contrato de adesão (a socialização dos riscos pressupõe a necessária contratação em massa), consensual (independe de formalidade específica) e comutativo (sem álea para as partes)”.

Nesse sentido, aplica-se a essa espécie contratual o contido nos arts. 423 e 424 do Código Civil de 2002 (ou art. 54 do CDC, caso o segurado seja consumidor), pelos quais as cláusulas ambíguas ou contraditórias serão interpretadas em favor do segurado (ou terceiro beneficiário) e são nulas as cláusulas de renúncia a direitos próprios do contrato.

A despeito de, na legislação civil anterior, ser exigida certa solenidade para o reconhecimento de um negócio jurídico de natureza securitária, com o advento do Novo Código Civil, a apólice ou o bilhete de seguro são instrumentos de prova do contrato, mas não o constituem. Aliás, prova-se a contratação do seguro por qualquer documento comprobatório do pagamento do prêmio, como a guia de compensação bancária ou o recibo do corretor (art. 758), consagrando-se a característica consensual dessa espécie de contrato mercantil.

7.3. Do Contrato de Seguro

Os contratos de seguro são instrumentos de socialização de riscos, no qual os segurados contribuem para a instituição de um fundo, destinado a cobrir os prejuízos que alguns dele provavelmente irão sofrer, sendo que tais prejuízos, previsíveis, não são suportados individualmente, pelo titular do interesse diretamente atingido, mas são distribuídos entre diversos segurados, configurando o que se denomina de mutualidade.

Tal característica proporciona ao segurado substancial economia, pois tem os seus interesses preservados a um custo consideravelmente inferior àquele em que incorreria caso houvesse de suportar isoladamente as consequências do evento danoso.

7.3.1 Obrigações das Partes

Pode-se vislumbra à seguradora duas obrigações principais, uma vez celebrado o negócio jurídico securitário: garantir o interesse do segurado contra os riscos indicados em contrato; organizar-se empresarialmente e gerir os recursos provenientes do pagamento do prêmio (em especial a parte denominada de "prêmio puro") de forma a atender aos compromissos com seus segurados ou beneficiários. Ressalte-se, ainda, que se verificado o sinistro, cujos efeitos danosos era intenção do segurado evitar ou atenuar, a seguradora deve pagar-lhe a importância determinada (CC, art. 757).

Quanto ao segurado, aponta-se as seguintes obrigações: pagar o prêmio, prestar informações verídicas, abster-se de aumentar o risco em torno do interesse segurado e comunicar à seguradora tanto a verificação de incidente que aumente o risco como a do próprio sinistro (o atraso injustificado nesta comunicação do sinistro acarretará a perda do direito à indenização).

Juridicamente, o prêmio é considerado a principal obrigação do segurado. Sem o pagamento do prêmio não se pode exigir que a seguradora cumpra suas obrigações estipuladas no contrato de seguro, dentre elas a de indenizar quando da ocorrência do sinistro, é o que reza o art. 763, do CC/02, quando expõe que o segurado que estiver em mora  no pagamento do prêmio, não pode cobrar da seguradora o pagamento do valor previsto em contrato, pois não terá direito de receber.

Saliente-se, também, o que dispõe o art. 765 do CC/2002, no sentido de que “o segurado e o segurador são obrigados a guardar na conclusão e na execução do contrato, a mais estrita boa-fé e veracidade, tanto a respeito do objeto como das circunstâncias e declarações a ele concernentes”.

7.3.2 Das espécies de contratos de seguro

Há duas espécies de contratos de seguro, no que tange a natureza do interesse segurado: o de dano (ramos elementares) e o de pessoas (vida ou acidentes pessoais com morte).

No primeiro, o objeto a ser tutelado são os interesses patrimoniais (bens, valores, direitos etc), obrigacionais, de saúde e integridade física do segurado, tendo caráter flagrantemente indenizatório. No segundo, a prestação da seguradora (capital) é devida quando verificada a ocorrência de morte do segurado antes de certo termo, sua sobrevivência após certo termo ou acidente pessoal com morte, havendo, tão somente, o cumprimento da obrigação pecuniária contraída, não se podendo suscitar um caráter indenizatório, uma vez que o bem tutelado, qual seja, a vida, não é suscetível de avaliação monetária.

Nos seguros de dano, a liquidação não pode consistir em enriquecimento do segurado, mas apenas reposição de perdas, uma vez que, se assim se procedesse, passaria a ser do seu interesse a ocorrência

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do sinistro, contrariando a verdadeira intenção do seguro, que seria a do segurado evitar ou atenuar os efeitos danosos. Nesse sentido, faz-se mister mencionar que[47]:

“(...) não é lícito ao segurado contratar pelo seu valor integral mais de um seguro de ramo elementar, referente ao mesmo interesse (prática irregular denominada sobre-seguro), nem, por outro lado, segurá-lo em importância superior ao seu valor, pois, caso contrário, sobrevindo o sinistro, ocorreria o seu locupletamento sem causa (CC, art. 778). Pela mesma razão, se o interesse for segurado por importância inferior ao seu valor, entende-se que o segurado optou por assumir, pessoalmente, o risco em relação à parte não segurada. Nesta situação, verificando-se o sinistro, a seguradora responde proporcionalmente ao valor do objeto do contrato, arcando o próprio segurado com o restante (regra proporcional).

Note-se que a vedação do sobre-seguro funda-se no caráter indenizatório da prestação devida pela seguradora. Ou seja, se inexistisse essa proibição legal, a perda de bens segurados passaria a ser mais vantajosa, ao beneficiário do seguro, do que a sua conservação, estimulando-se, em certa medida, a negligência na guarda daqueles. O sobre-seguro, incompatível com a natureza indenizatória da prestação devida pela seguradora, no caso de operação em ramo elementar, não se confunde com o co-seguro ou com o seguro cumulativo, modalidades admitidas pelo direito. Entende-se por co-seguro aquele em que diversas seguradoras se responsabilizam por uma parte da indenização devida em razão do sinistro (CC, art. 761), e por seguro cumulativo aquele em que segurados, cada qual motivado por interesse próprio, celebram contratos de seguro referentes a um mesmo bem.”

Ao contrário do que ocorre com o seguro de pessoa, no de ramos elementares o segurado contrata com a seguradora a recomposição de seu patrimônio, caso venha a ser atingido por sinistro, verbi gratia, a incapacidade laborativa, despesas com saúde, responsabilidade civil perante terceiros, inadimplemento de devedores, prejuízos patrimoniais.

A apólice dos seguros de ramos elementares pode ser nominativa, endossável ou ao portador, enquanto a dos seguros de vida não comporta esta última forma.

Segundo Ulhoa Coelho[48], quando da análise dos arts. do Código Civil/2002, no que se refere aos contratos de seguro, tem-se que:

“Como a prestação assumida pela seguradora (capital), no seguro de pessoa, não tem natureza indenizatória, não é vedado o sobre-seguro. Ao segurado, consequentemente, é lícito contratar tantos seguros de vida quantos queira, e o beneficiário poderá, uma vez ocorrida a morte ou sobrevida daquele, reclamar o pagamento de todas as seguradoras (CC, art. 789).

Pela mesma razão, a regra proporcional não tem qualquer pertinência, devendo o seguro ser liquidado pelo valor total da apólice.

Ao contratar seguro de vida, o proponente, que não é necessariamente o segurado (a pessoa cuja morte ou sobrevida é objeto de contrato — CC, art. 790), nomeia o beneficiário da prestação contratada com a seguradora. Se este não estiver identificado na apólice, entende-se que o seguro foi estipulado metade em favor do cônjuge não separado judicialmente e o restante dos herdeiros do segurado, seguida a ordem da vocação hereditária (CC, art. 792).

O recebimento pelo beneficiário do capital devido pela seguradora, quando falece o segurado, não tem a natureza de sucessão. É o próprio beneficiário o titular do direito de crédito, de modo que não incide sobre a importância paga qualquer tributo de transmissão causa mortis. Por esta mesma razão, os credores do falecido não podem executar os seus créditos sobre a mesma importância (CC, art. 794). É claro que, morrendo o próprio beneficiário, após ter-se tornado titular do crédito perante a seguradora, os herdeiros ou legatários daquele sucedem-no na importância contratada, hipótese em que o seu pagamento deve ser considerado herança ou legado.

O beneficiário de seguro de vida não terá direito ao recebimento do capital, se a morte é voluntária, tal como a decorrente de suicídio premeditado. O suicídio não premeditado não é causa excludente de recebimento do valor do seguro (Súmula 61 do STJ). Considera-se dessa categoria o suicídio cometido após os dois primeiros anos de vigência inicial do seguro ou de sua recondução depois de suspenso (CC, art. 798). Também não exonera a seguradora o falecimento ocorrido em razão da prática de esportes arriscados, exercício de atividade profissional perigosa, cirurgia, prestação de serviços militares, atos de humanidade em auxílio de outrem ou dos riscos maiores oferecidos por meio de transporte (CC, art. 799).”

A Lei das Seguradoras (Decreto-lei 73/66) prevê hipóteses em que a contratação do seguro é obrigatória, sob pena de multa aplicada pela SUSEP (arts. 20, 112 e 119), como, por exemplo, o caso da cobertura de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não.

7.3.3 Seguro-Saúde

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Há duas modalidades de plano privado de assistência à saúde. A primeira é a contratada com operadora de plano de assistência à saúde que presta, diretamente ou por terceiros, serviços médico-hospitalares ou odontológicos aos seus consumidores. A segunda é o seguro-saúde, em que a operadora não presta serviços desta natureza aos seus consumidores, mas, como seguradora, oferece-lhes a garantia contra riscos associados à saúde.

Nas duas modalidades, a operadora deve administrar empresarialmente os recursos de que têm a disponibilidade com vistas a manter-se em condições econômicas, financeiras e patrimoniais aptas ao pleno atendimento das obrigações contraídas perante os consumidores. Por esta razão, a exploração dessa atividade empresarial — plano de assistência à saúde — é fiscalizada pelo governo, através de uma autarquia especializada, a Agência Nacional de Saúde — ANS (Lei n. 9.565/98).

O seguro-saúde só pode ser oferecido por seguradoras especializadas nesse tipo de contrato. Quer dizer, o objeto da seguradora deve ser exclusivamente a exploração de seguro-saúde.

Ela pode pertencer a grupo de empresas voltadas à exploração da atividade securitária em outros ramos (automóveis, responsabilidade civil, vida etc), mas deve ser uma sociedade empresária autônoma, revestida da forma de sociedade anônima. Esta exigência visa facilitar a fiscalização da atividade (Lei n. 10.185/2001). Como mencionado acima, as seguradoras especializadas em seguro-saúde não estão sujeitas à SUSEP, mas sim à ANS.

7.3.4 Seguros Empresariais

Insta salientar, também, quanto ao regime jurídico aplicável, que o seguro pode ser civil ou empresarial, sendo que, no que se refere a este último, o segurado é empresário e a garantia um insumo da empresa; ausente qualquer desses elementos, é civil o seguro.

Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos seguros civis, porque se configura entre as partes uma relação de consumo. No seguro empresarial, o CDC só se aplica em favor do segurado se demonstrada sua vulnerabilidade em face da seguradora.

Os principais seguros empresariais, todos de dano, são o seguro agrícola, o de crédito, o de responsabilidade civil e o de transportes.