1. vontade e intelecto em tomás de aquino e em arthur schopenhauer - resumo da comunicação

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VONTADE E INTELECTO EM TOMS DE AQUINO E EM ARTHUR SCHOPENHAUERArlindo MuraraEmail: [email protected]

A presente comunicao tem por objetivo conceituar e relacionar as categorias vontade e intelecto em Toms de Aquino e em Arthur Schopenhauer, com o intuito de perceber o modo de pensar a metafsica das distintas pocas. A relevncia desta apreciao explicitar o contributo de uma metafsica ou ontologia da essncia em paridade da existncia.Para Toms de Aquino, o ser humano visto em seu aspecto ontolgico como que uma unidade composta de alma e corpo. A respeito dessa unidade substancial, procura-se dar breve noo de vontade e como ela atua no ser humano. No contexto do autor medieval, h uma viso de ascendncia e, por isso, a vontade torna-se discusso tica quando se procura conceb-la como que atuante ou no nas partes irascvel ou concupiscvel da alma humana. Intelecto, por sua vez, categoria tambm alicerada alma, no entanto, os questionamentos oscilam entre o conhecimento do corpo e sobre as formas imateriais apreendidas. Para Arthur Schopenhauer, o ser humano no to diferente dos outros seres, quando estudado sobre o crivo da vontade. O que diferencia-o dos demais seria uma certa liberdade em que o tronco se encontra em relao ao corpo. Isto , o intelecto no est necessariamente ligado ao corpo, sendo este ltimo objeto imediato da vontade. Diferente da maneira como Santo Toms concebe o ser humano, Schopenhauer o v como que impregnado em um dualismo ontolgico, sendo que a razo humana, na maioria das vezes, encontra-se ofuscada pela vontade. Da o conceito de principium individuationis, isto , sendo a vontade o que mais exprime a essncia do ser humano e o faz semelhante aos demais seres (desde os mais simples seres inorgnicos aos mais complexos), a busca incessante pela realizao de seus desejos e aspiraes coloca em xeque a prpria noo de razo. Porm, cabe ainda distinguir o que razo do que intelecto, dado que intelecto ou entendimento, segundo o filsofo de Danzig, at os animais o possuem. Em um outro momento, faz-se mister fazer uma comparao entre a posio antropolgica dentro do horizonte metafsico-transcendente de Toms de Aquino e a concepo antropolgica de Arthur Schopenhauer em sua ontologia de mundo. Na hierarquia dos entes, para Santo Toms, o ser humano o microcosmo do macrocosmo. J na concepo schopenhaueriana, o ser humano o macrocosmo do microcosmo, o cume ou estgio de evoluo mais elevado da vontade, j que ele traz ao nvel da conscincia a atuao dela no mundo e que em tudo o constitui. Se Santo Toms tem como expresso categrica fundamental os graus de perfeio que acompanham a hierarquia dos entes (sob um ponto de vista ontolgico), no entanto, para Schopenhauer a expresso categrica fundamental so os graus de objetidade da vontade que procuram intermediar os entes epistmicos como que mais ou menos ligados ao saber desinteressado ou ao que visa o til. Grosso modo, Toms de Aquino d entorno essencialista compreenso das categorias de intelecto e vontade, enquanto que Schopenhauer parte da situao existencial concreta.

PALAVRAS-CHAVE

1. Vontade2. Intelecto3. Toms de Aquino4. Arthur Schopenhauer