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PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 109 ETAPA 2 MÓDULOS Integração Desenvolvimento Pessoal e Social Desenvolvimento Comunitário Plano de Vida e Carreira Plano de Ação Piloto etapa02.pmd 14/8/2007, 09:34 109

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PROGRAMA JOVENS BAIANOS

NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO

109ETAPA 2

MÓDULOS

Integração

Desenvolvimento Pessoal e Social

Desenvolvimento Comunitário

Plano de Vida e Carreira

Plano de Ação Piloto

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INTEGRAÇÃOTEMAS

AMBIENTAÇÃO

• O Programa

• Expectativas Pós-apresentação

• Pacto de Convivência

IDENTIDADE

• O Grupo

COMUNICAÇÃO

• Liderança

• Papéis

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AMBIENTAÇÃO

“UMA CAMINHADA DE MIL MILHAS COMEÇA COM UM SIMPLES PASSO...”PROVÉRBIO CHINÊS

O QUE É...

É o momento de chegada e dereconhecimento do cenário e dogrupo do qual se fará parte. É a fasede aproximação das pessoas que vãoconstituir um novo grupo, quandovamos nos conhecer e nosreconhecer, com nossas semelhançase diferenças, interagindo, criandonossas próprias regras e construindooutros caminhos nas novas relações.

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FALANDO SOBRE

Este momento é muito importante para a formação do grupo, pois é aqui que vamos conhecer osoutros participantes, nos mostrar, dizer o que esperamos da experiência, conhecer o que estáplanejado no trabalho a ser realizado e elaborar conjuntamente o pacto que permitirá umaconvivência mais saudável e prazerosa entre todos os membros do grupo.

São momentos de descontração e diversão, onde as curiosidades sobre os membros de um grupo,logo no início de um trabalho, podem ser satisfeitas, favorecendo um clima mais leve, de socialização,integrando e percebendo a necessidade de assumir compromissos, crescer e valorizar-se.

As pessoas que compõem um grupo trazem seus valores e sua filosofia de vida anterior, e, quandoinseridas em um novo contexto, tendem a reproduzir essa visão de mundo como uma forma desalvaguardar sua identidade e se proteger quanto a “invasões” externas.

A ambientação contribui para que as pessoas possam expor planos, sonhos, jeitos de ser, deixando-se conhecer melhor pelo grupo, fortalecendo laços e a valorização das características próprias eestabelecendo ações em conjunto, desenvolvendo o senso de cooperação e união.

Na ambientação trabalhamos com o equilíbrio, com o ato de acolher e ser acolhido e com osentimento de solidariedade em relação ao próximo.

O Facilitador tem a tarefa de promover atividades que favoreçam um clima acolhedor, deconfiança, que permita ao jovem se reconhecer como pertencente ao novo grupo que se forma.

Durante a ambientação iniciamos a abertura dos canais de comunicação do grupo e oestabelecimento de uma nova identidade, a identidade grupal. Nesse processo de interação grupal,a comunicação eficaz é de fundamental importância para que as diferenças sejam trabalhadas eque o objetivo comum prevaleça como foco do grupo. Dificuldades na comunicação podem gerartroca de informações confusas ou incompletas. É um dos fortes fatores da grande maioria dosconflitos sociais.

Nessa fase é importante cuidar para que o grupo estabeleça uma boa integração.A integração é o momento de oportunizar um maior conhecimento de si mesmo efacilitar melhores relacionamentos, estimulando a inter-relação dos membros deum determinado grupo.

Cada um de nós tem suas particularidades. Fazer parte de uma equipe é uma situação que exigeum ajuste por parte do sujeito e do grupo. Pode-se dizer que se forma a partir daí um novoindivíduo, que é o resultado de um alinhamento entre as experiências de cada membro do grupo eas formas de interação entre eles, nesse novo contexto.

São muitos os grupos sociais que compõem a vida do jovem: a família, a escola, a comunidade,a igreja...

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No processo de integração saudável, o jovem desenvolve a capacidade de interagir, pertencer,incorporar características dos diversos grupos de que faz parte, sem, contudo, se perder ou perdersua essência.

As diferenças entre os participantes do grupo são fundamentais para torná-lo rico, interessante, compotenciais e habilidades diversificadas. O Facilitador tem o papel de ressaltar essas diferenças esemelhanças como algo positivo para o desenvolvimento do grupo. As semelhanças e identificaçõesdos participantes enquanto grupo dar-se-ão gradativamente, no processo de trabalho.

Para trabalhar a integração do grupo é importante conhecer os participantes, promover oconhecimento das características uns dos outros, para que possam se reconhecer no outro ouperceber suas diferenças, desenvolver a capacidade de comunicação clara, trabalhar a confiança,estabelecer conjuntamente as regras de convivência, conhecer as expectativas dos membros do grupo.

Muitas vezes a comunicação é afetada pela percepção de cada um. Formamos uma idéia antesmesmo de conhecermos determinada situação. Prejulgamos de acordo com a nossa visão demundo. Nossa percepção é uma mescla das informações sensoriais que nosso corpo nos fornece,aliada às nossas experiências de vida e crenças. O processo de interação requer uma postura deflexibilidade diante da pluralidade de percepções.

O desenvolvimento interpessoal em equipe requer um equilíbrio entre apercepção de cada um e o ajuste dessas visões com os objetivos dogrupo. Diferenças surgirão, desde quando existam seres humanos. Odesafio está em construir um todo integrado, a partir dos indivíduos.

Um grupo integrado é mais produtivo, resolve com mais facilidade osconflitos, sabe dialogar, caminha junto e unido, respeita e convivecom as diferenças, valoriza cada membro, respeitando asindividualidades, e consegue atingir com maior facilidade osobjetivos coletivos.

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PLANO DE ATIVIDADE 1TEMA AMBIENTAÇÃO

OBJETIVO Aprofundar a interação do grupo, desenvolvendo relações de equilíbrio, confiança emotivação.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Balões 30 unidades

Barbante 30 unidades

Papel A4 30 unidades

Fita-crepe 30 unidades

Caneta e lápis 01 unidade

Cartolina 01 unidade

CD com músicas instrumentais 05 unidades Músicas lentas e rápidas

Cola 05 tubos

Fita-crepe branca 01 unidade

Flip-chart 01 unidade

Hidrocor e lápis de cor 04 caixas de cada

Lápis 10 unidades

Micro-system 01 unidade

Papel-laminado 05 folhas coloridas

Papel-metro 03 páginas grandes

Piloto colorido (para papel e quadro branco) 01 caixa

Sucata, papelão (caixa), tecidos, Tudo que for possívelretalhos, enfeites diversos, fantasias, lençóis,folhas coloridas

Tesoura 05 unidades

Tinta 02 caixas coloridas

Folhas de flip-chart 05 unidades

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1º MOMENTO: ALINHAMENTO: INFORMES SOBRE A PROPOSTA DO DIA.• O Facilitador solicita aos participantes que andem pela sala livremente, ao som da música

instrumental, buscando ocupar os espaços vazios.

• Sugere exercícios de relaxamento e respiração, convidando cada integrante do grupo a formarum círculo. Um de cada vez, no centro do círculo, diz seu nome, fazendo um movimento que orepresente.

2º MOMENTO: AQUECIMENTO: CÍRCULO DA CURIOSIDADE.• Divisão do grupo em dois círculos (interno e externo), onde cada integrante de um círculo fique

diante de um componente do outro círculo, formando duplas. Inicia-se um bate-papo commediação do Facilitador, que faz provocações para discussão do tipo: “quem eu sou?”, “de ondevim?”, “do que gosto e do que não gosto?”, “o que admiro numa amizade?”, “por que estouaqui?”. O círculo roda, dando oportunidade para todos se conhecerem. No final, cadaparticipante deverá apresentar ao grupo a primeira pessoa que conheceu.

• Retorno ao grande círculo, e cada participante apresenta o outro que acabou de conhecer naseqüência das perguntas.

3º MOMENTO: CARAS E CARETAS - MOMENTO DE DESCONTRAIR.• Ao som da música, todos circulam livremente pela sala. O Facilitador coloca nas costas de cada

participante uma ação/sentimento de possível interpretação (por exemplo: quero dar umagargalhada; estou com dor; estou com muita dor na barriga; quero ir urgente ao banheiro; medê um abraço; me dê um sorriso; estou triste, o que você pode fazer?; cuidado, você vai cair;segure-me; estou com muita raiva; vem cá, eu te conheço?; estou feliz da vida; motivação;desestímulo; alegria).

• Os participantes interpretam os sentimentos que estão colados nas costas dos seuscompanheiros.

• Plenária de sentimentos. O Facilitador inicia o debate, apresentando as seguintes questões: “oque senti?”, “tive dificuldades de interpretar as atividades?”, “como foram as reações?”, “foidivertido?”, “o que foi interessante nesta atividade?”.

4º MOMENTO: LEMBRAR É IMPORTANTE!• É sugerido que cada integrante, de forma individual, construa um cartão que contemple: “que

mensagem eu gostaria de receber?”, “o que preciso ouvir?”.

• Depois da construção do cartão, cada participante deve identificá-lo e guardá-lo para serutilizado no 6º momento.

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5º MOMENTO: ENCONTRANDO UM PONTO DE EQUILÍBRIO. GUIA-ME COM SEUS OLHOS.• O grupo é dividido em duplas. O Facilitador solicita aos participantes que fiquem um diante do outro,

segurando-se pelos braços, na tentativa de encontrar um ponto confortável de equilíbrio para ambos.

• Posteriormente, o Facilitador solicita aos participantes que mudem de posição e fiquem os doisde frente e, depois, de costas.

• Os participantes analisam as posições, a sensação de conforto e desconforto, a tentativa deequilíbrio e de ponto de encontro.

• Ainda em dupla, um dos integrantes fica com os olhos vendados (cego), enquanto o outroassume a posição de guia do cego. Este, por sua vez, guia o cego, passando pelos obstáculosque estão distribuídos na sala, enquanto o cego permite ser guiado, estabelecendo uma relaçãode confiança com seu guia.

• O Facilitador abre o debate, apresentando as seguintes questões: é fácil se chegar ao equilíbrio?Passamos situações de desconforto numa relação? E em grupo, é possível chegar ao equilíbrio?O que devemos fazer? Como foi estar cego? Como foi confiar no outro? Como foi guiar?Observei o cuidado com o outro? É possível confiar?

• Retomada da atividade de “guia-me com seus olhos”, trocando de lugar e possibilitando aooutro a mesma experiência.

• Durante toda a atividade, o Facilitador vai conceituando o significado das palavras Integração /Interação, bem como a importância do equilíbrio entre o grupo.

6º MOMENTO: AVALIAÇÃO: ESTAMOS CONSTRUINDO UMA NOVA TEIA DE RELAÇÕES.• Cada integrante pega o cartão que construiu no 4º momento e o coloca no centro do círculo,

em sua direção.

• O primeiro voluntário amarra a ponta do dedo no rolo de barbante e responde, de forma breve,o que foi importante no encontro para ele, apresentando também uma palavra que o marcou;depois, pega o cartão e oferece a alguém que ele descobriu na atividade.

• Posteriormente, o participante joga o cordão para outra pessoa do grupo, a qual repetirá todosos passos anteriores.

• O Facilitador anota as palavras no flip-chart.

• O Facilitador faz uma leitura das palavras, analisa com o grupo e comenta sobre a rede deintegração que foi construída e a importância de sua manutenção durante toda a proposta.Todos juntos, segurando firmemente a teia de cordão, devem dar um grito de força com apalavra mencionada. Todos encerram a atividade com uma salva de palmas.

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PLANO DE ATIVIDADE 2TEMA AMBIENTAÇÃO - O PROJETO JOVENS BAIANOS

OBJETIVO Esclarecer dúvidas sobre o Projeto Jovens Baianos, dimensão, objetivos, conteúdos emetodologia, situando-o como parte do todo.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Transparências para a exposição

Retroprojetor 01 unidade

Micro-system 01 unidade

1º MOMENTO: ESCLARECIMENTO DOS OBJETIVOS DO ENCONTRO.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: TOCA DO COELHO.• O Facilitador solicita aos participantes que caminhem pela sala, explorando todo o espaço

disponível.

• O Facilitador, em determinado momento, grita: “Toca do Coelho!”.

• Os participantes devem procurar um par, formar uma toca, com os braços levantados e mãosdadas. Um terceiro jovem buscará entrar na toca.

• Após a primeira rodada, o Facilitador observa se algum participante ficou de fora. Se todostiverem conseguido formar a toca ou ficar dentro, o Facilitador deve retirar algum participantepara provocar o desequilíbrio e recomeçar o procedimento anterior.

• Após algumas rodadas, o Facilitador abre o debate, ressaltando os pontos:a ) Como foi ficar de fora?b ) Como foi ficar dentro do jogo?c ) Quais os sentimentos experimentados?

3O MOMENTO: APRESENTAÇÃO DO PROJETO.• Exposição do conteúdo pelo Facilitador, com a utilização de slides.

• Esclarecimento de dúvidas.

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4O MOMENTO: ALINHAMENTO DO GRUPO.• Divisão em subgrupos.

• Cada subgrupo faz uma síntese sobre o que assimilou do que foi exposto.

• Eleição de um ou mais relatores para apresentar a síntese ao grupo.

• Apresentação dos subgrupos.

• Discussão e esclarecimento final das dúvidas.

5O MOMENTO: FECHAMENTO.• O Facilitador ressalta para o grupo que muitas dúvidas surgirão no decorrer da execução do

Projeto e que ele estará sempre disponível para esclarecer e ajudar o grupo em seudesenvolvimento.

6O MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL.

PLANO DE ATIVIDADE 3TEMA AMBIENTAÇÃO. EXPECTATIVAS PÓS-APRESENTAÇÃO DO PROJETO

ATIVIDADE 4 O Novo / Levantamento de Expectativas.

OBJETIVO Conhecer as expectativas dos jovens sobre o Projeto, após a apresentação domesmo.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Folhas de flip-chart 20 unidades

Flip-chart 01 unidade

Pilotos 10 unidades

1O MOMENTO: ESCLARECIMENTO DOS OBJETIVOS DO ENCONTRO.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: ESTÓRIA COLETIVA.• Com o grupo em círculo, o Facilitador convida a todos a contarem uma estória coletiva,

explicando a atividade.

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• O Facilitador começa a contar uma estória e solicita ao participante que está a seu lado que dêcontinuidade à mesma.

• O procedimento se repete até chegar ao último participante.

• O Facilitador conclui, ressaltando que a história do Projeto Jovens Baianos será contada portodos os atores envolvidos e que todos têm responsabilidade sobre o processo e o seu final,como uma grande teia que começa aqui e será tecida com a ajuda de todos.

3O MOMENTO: REVENDO AS EXPECTATIVAS.• Em papel de flip-chart, os subgrupos relacionam as expectativas para o Projeto, com base na

apresentação do encontro anterior, comparando com as expectativas levantadas antes daapresentação.

• Socialização para o grupo.

• Esclarecimento de dúvidas.

DICA

É IMPORTANTE QUE O FACILITADOR ESTEJA ATENTO PARA ESCLARECER DÚVIDASQUE VENHAM A SURGIR OU INTERPRETAÇÕES EQUIVOCADAS SOBRE O PROGRAMAE SOBRE O PROJETO.

ESTE MOMENTO É MUITO IMPORTANTE PARA ALINHAR O GRUPO SOBRE DETALHESDO PROJETO, FACILITANDO A COMUNICAÇÃO E O RELACIONAMENTO DURANTETODO O PROCESSO AO LONGO DOS MESES SEGUINTES.

4O MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL.

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Pacto de Convivência

O QUE É...

São normas de comportamentodiário, criadas para facilitaro convívio entre as pessoasde um grupo.

FALANDO SOBRE

Sendo seres humanos, seres de relações, tudo o que fazemos e dizemos interfere nas relações queestabelecemos com as pessoas e, conseqüentemente, com o ambiente em que vivemos.

A construção e manutenção de um ambiente pessoal e de trabalho saudável é fundamental para aharmonia e produtividade de um grupo. As regras de convivência são fundamentais para facilitar arelação diária entre os participantes de um grupo. Devem ser vistas como um instrumentodemocrático para o bem-estar e para a boa convivência entre os seus participantes.

Todos nós precisamos estabelecer regras para viver em harmonia com as outras pessoas e paraorganizarmos nosso tempo de acordo com os recursos de que disponibilizamos.

A elaboração das regras é um exercício coletivo. Todos os membros do grupo devem participar paraque possam se comprometer e assumir as normas definidas.

Algumas regras já estão estabelecidas pela organização em que estamos inseridos: escola, ONG,empresas... É importante respeitar essas normas ao criar as regras próprias do grupo.

Através das regras de convivência poderemos delimitar melhor os “espaços” de cada um. Serãocomo uma espécie de guia e, enquanto construção coletiva, um referencial de comportamento dogrupo. E tratando-se de uma relação processual, essas regras estarão sujeitas a modificações aolongo da caminhada do grupo.

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O Facilitador de grupos deve promover o espaço para reflexão, discussão e construção do pacto deconvivência como forma de facilitar as relações entre seus participantes.

No Projeto de formação de ADCs, muitas atividades já foram realizadas na etapa de Mobilização, eoutras na Etapa de Integração. Nesse momento em que o grupo já se conhece, já passou poralgumas experiências e, provavelmente, já vivenciou alguns conflitos, os participantes já têmsubsídios para construir suas regras de convivência baseados nas dificuldades que puderamobservar durante os encontros realizados até aqui.

No momento da construção do pacto, é importante que todos participem, dêem suas opiniões e, aofinal, cheguem a um consenso e realmente se comprometam com aquilo que pactuaram. As regrassão um instrumento prático e serão lembradas pelo Facilitador ao longo da execução do Projetosempre que se fizer necessário.

ENTÃO, MÃOS À OBRA!

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PLANO DE ATIVIDADE 4SUBTEMA PACTO DE CONVIVÊNCIA

OBJETIVO Elaborar as regras de convivência do grupo.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Flip-chart 04 unidades

Folha de flip-chart 01 unidade

Piloto 10 unidades

Papel A4 100 unidades

Canetas 30 unidades

Cartões de divisão em subgrupos de números 30 unidades

1O MOMENTO: ALINHAMENTO: APRESENTAÇÃO DO TEMA E DAS ATIVIDADES PROGRAMADASPARA O DIA.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: COMUNICAÇÃO TRUNCADA.• Formação de duplas.

• Um de frente para o outro, os dois participantes contam, ao mesmo tempo, uma estória.

• Depois de algum tempo, o Facilitador solicita aos participantes que socializem o que sentiram.

• Conclui a atividade, ressaltando a importância do estabelecimento de regras para que possamosnos entender e facilitar a convivência.

DICA

O FACILITADOR DEVE, DURANTE A ATIVIDADE, INSTIGAR OS PARTICIPANTES AFALAREM AO MESMO TEMPO EM QUE SEUS RESPECTIVOS PARCEIROS ESTÃOFALANDO.

O FACILITADOR CONCLUI QUE É NECESSÁRIO ESTABELECER REGRAS PARAFAVORECER UMA BOA COMUNICAÇÃO E UMA BOA CONVIVÊNCIA.

3O MOMENTO: TÉCNICA: CRIAÇÃO DE SITUAÇÃO-PROBLEMA E DRAMATIZAÇÃO.• Divisão de subgrupos com cartões de números. O Facilitador distribui os cartões com números de 1

a 5 e solicita aos participantes que procurem as pessoas que estão com cartões de mesmo número.

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• Solicita a cada grupo que crie uma situação de divergência que poderá vir a acontecer nogrupo, bem como uma solução.

• Cada subgrupo dramatiza a situação para o grupão.

• Comentários.

4O MOMENTO: CRIANDO AS REGRAS DE CONVIVÊNCIA.• Os subgrupos relacionam as regras de convivência.

• Escrevem as regras relacionadas em papel de flip-chart com letras grandes.

• Cada subgrupo socializa para o grupo sua produção, discutindo e aprovando ou não cada regra.

DICA

O FACILITADOR ATUA COMO UM MEDIADOR, ESCLARECENDO PARA O GRUPO ASREGRAS QUE SÃO DA ESCOLA E LEVANDO O GRUPO A ENCONTRAR O CONSENSO.

PODE SER QUE ESTA ATIVIDADE DEMANDE DOIS ENCONTROS. O IMPORTANTE ÉQUE O GRUPO CRIE AS REGRAS, DISCUTA E SE COMPROMETA COM CADA UMADELAS.

5O MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL.

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IDENTIDADE

“TODA PESSOA SEMPRE É AS MARCAS DAS LIÇÕES DIÁRIAS DE OUTRAS TANTAS PESSOAS.”GONZAGUINHA

O QUE É...

Conjunto de característicasúnicas em cada pessoa, ou própriasde um grupo específico, que marcame refletem um jeito especial de lidarcom a vida, com as pessoas,com as crenças, com o cotidiano,com o mundo.

FALANDO SOBRE

Todos nós temos um jeito de ser e de lidar com a vida, e esse jeito único nos identifica diante deoutras tantos pessoas. São marcas registradas em nós que não encontramos em outras pessoas, aexemplo da nossa impressão digital, que é exclusiva. Além disso, nossos nomes, a família a quepertencemos, isso nos torna únicos diante da humanidade tão imensa.

Existe uma série de elementos que nos distinguem das outras pessoas: a cor da nossa pele, a formade falar, o que queremos, sentimos, sonhamos, a forma como entendemos as coisas, tudo isso fazparte de características que são particulares. As crenças, as normas, os valores, os grupos a que

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pertencemos também nos identificam de alguma forma e nos tornam singulares. Tais característicasindividuais revelam o nosso jeito de ser, de nos relacionar com o outro, de gostar de nós mesmos econtribuem na relação com nossa família, com nossa escola, com a comunidade onde vivemos e nanossa forma de entender o mundo. Muitas destas particularidades chegam conosco desde omomento do nosso nascimento, outras são determinadas pela relação com os outros e com o meioonde vivemos.

Todos nós temos ainda uma identidade cultural, ou seja, nosso modo de falar, de expressar asidéias, de realizar ritos, de estar em contato com as artes, de compreender e viver as relaçõessociais, as expressões religiosas, as expressões musicais, tudo isso são formas de ser e de viver quese diferenciam de outros grupos ou outras culturas.

Essa dimensão individual afirma o nosso modo de agir diante de nós mesmos e diante da realidadeque nos rodeia. Refletir e dialogar sobre quem somos, de onde viemos, o que fazemos, como eonde vivemos, do que gostamos, os nossos sonhos, o que sentimos, o que pensamos, sobre nossahistória pessoal e comunitária, que não se repete, que é única, e a forma como a entendemos e nosidentificamos com ela, tudo isso nos ajudará a ir em busca dos nossos grandes sonhos e serperseverantes na conquista de nossos objetivos.

As descobertas que fazemos sobre nós mesmos nos ajudam a compreender melhor as relações comos diversos grupos com os quais estabelecemos relações no nosso cotidiano: família, escola,religião, comunidade, entre outros.

Essas descobertas contribuem de maneira significativa para o nosso desenvolvimento pessoal, sociale profissional e nos ajudam a refletir sobre as relações familiares, a entender o nosso papel, darsignificado às ações comunitárias e estar inserido neste contexto, tendo clareza das nossascapacidades, de nossos limites e nossas possibilidades de ação nos grupos que estamos envolvidos.

Para a identificação e fortalecimento de nossa identidade, é importante buscarmos oautoconhecimento, viajar em nós mesmos e conhecer nossas potencialidades, nossas capacidades,valorizando a auto-estima e desenvolvendo a autoconfiança, tornando-nos sujeitos conscientes denossas metas, de nossas responsabilidades, capazes de direcionar nossas ações para alcançarobjetivos individuais e coletivos, e estimulando mudanças de atitudes e de comportamento.

A habilidade de compreender nossos movimentos internos nos permite uma interação mais abertacom o nosso grupo de trabalho, familiares e amigos. Podemos nos relacionar de forma maistransparente, evitar conflitos e contribuir para a nossa qualidade de vida.

O autoconhecimento requer uma observação minuciosa e contínua de nós mesmos. A importânciadessa postura de observação está em perceber pouco a pouco como podemos neutralizar algunspensamentos negativos e agir de forma mais produtiva.

Quanto mais investirmos no nosso autoconhecimento mais teremos possibilidades de sucesso emtodos os aspectos de nossa vida: pessoal, social e profissional.

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A auto-observação consiste num exercício de atenção às nossas necessidades, desejos, receios edificuldades. Para tanto, precisamos estar abertos, disponíveis a ouvir e mudar.

Ao longo do Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário teremos muitasoportunidades para refletirmos e descobrirmos nossas potencialidades, nossos limites, o quedesejamos para nosso presente e para nosso futuro, dados que nos irão ajudar no fortalecimento denossa identidade e nos darão maior segurança para fazer escolhas em busca de nossa felicidade.Nesse momento, iremos trabalhar este tema como ponto de partida para essa viagem em busca denós mesmos, da nossa identidade, situando-nos como indivíduos no contexto social em quevivemos. É apenas o começo desta trajetória de grandes descobertas!

PALAVRAS-CHAVE: ego, mundo interno, auto-observação, grupo, o outro, autoconhecimento,pluralidade, singularidade, cultura.

PLANO DE ATIVIDADE 5

TEMA IDENTIDADE

OBJETIVOS Integrar o grupo, desenvolver o autoconhecimento e criar os canais decomunicação.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Cartolina 15 unidades

Papel-metro 05 unidades

Revistas 10 unidades

Cola 05 unidades

Tesoura 05 unidades

Hidrocor 05 unidades

Lápis de cor 05 unidades

Papel A4 25 unidades

Elástico 01 unidade

Lápis, caneta 25 unidades

Caneta 25 unidades

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Cópia da música “Máscaras” 25 unidades

Micro-system 01 unidade

CD música “Máscaras” 01 unidade

Cópia do texto “Eu não sou você” 25 unidades

CD música “Caçador de Mim” 01 unidade

CD música “Girassol” 01 unidade

1O MOMENTO: ALINHAMENTO: ESCLARECIMENTO DOS OBJETIVOS DO ENCONTRO.

2º MOMENTO: AQUECIMENTO: REFLEXÃO SOBRE A MÚSICA “MÁSCARAS”, DE PITTY.• Audição da música.

• Debate sobre o conteúdo da letra.

3º MOMENTO: CONSTRUINDO E DESCONSTRUINDO AS MÁSCARAS.• O Facilitador sugere a todos que confeccionem uma máscara e pensem numa maneira criativa

de apresentação, utilizando as máscaras criadas.

• Apresentação individual.

• Todos conversam sobre as máscaras que adotamos no nosso dia-a-dia.

DICA

ALGUMAS PESSOAS PODEM FICAR FRAGILIZADAS NO MOMENTO DAAPRESENTAÇÃO. É IMPORTANTE TER SENSIBILIDADE E FACILITAR A EXPOSIÇÃO,REFORÇANDO POSITIVAMENTE AS FALAS DOS PARTICIPANTES.

4O MOMENTO: VIVÊNCIA “QUEM SOU EU”.••••• As cadeiras são colocadas em círculo.

• O Facilitador pede aos jovens que caminhem devagar e de forma descontraída pela sala.

• Sugere a cada um que observe a sua maneira de caminhar e seus movimentos, bem como osdas demais pessoas.

• Coloca uma seqüência musical suave.

Orientações: “Durante este momento, procure não falar, nem conversar com ninguém - é ummomento seu, você com você... portanto, usufrua dele.”

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O Facilitador sugere a cada pessoa que escolha um local e fique à vontade, sentada ou deitada. OFacilitador continua, falando: “Ouça a música, fique com você um pouco, tente visualizar,mentalmente, como você é no dia-a-dia... quais as pessoas que convivem com você, o que vocêfaz, como normalmente você é...”.

• É dado um tempo para que cada pessoa possa refletir. O Facilitador continua estimulando areflexão: “Será que você se lembra como você era há cinco anos? Quem eram seus amigos, oque você fazia pra se divertir...” Tempo “Vamos mais longe: será que é fácil lembrar como vocêera há dez anos? Quais eram seus sonhos? Que pessoas eram as mais importantes da suavida?” Tempo “Tente ir o mais longe possível nas suas lembranças. Você criança... Quais eramas suas brincadeiras prediletas? Qual era seu prato favorito? Um professor que marcou... enfim,como você era na infância?” Tempo “Agora, venha, aos poucos, retornando, trazendo as suaslembranças até agora... Efetue o balanço de tudo - seus altos e baixos, erros e acertos - e faça aseguinte pergunta para você: Quem sou eu?”.

• O Facilitador coloca a música “Caçador de Mim”, de Milton Nascimento, e trabalha ossentimentos despertados.

• Discussão.

5O MOMENTO: TEXTO: “EU NÃO SOU VOCÊ”.• Leitura individual.

• Exposição de idéias.

• Fechamento.

6º MOMENTO: FECHAMENTO: VIVÊNCIA “O ESPELHO”.• O Facilitador coloca num canto da sala uma caixa fechada com um espelho dentro.

• Diz ao grupo que dentro da caixa existe um presente maravilhoso.

• Sugere a cada jovem que vá em silêncio até a caixa, abra-a, olhe por alguns segundos, feche-ae volte para o seu lugar, ainda em silêncio.

• Depois que todos tiverem visto o “presente”, o Facilitador abre o momento para a exposição dossentimentos despertados.

• Discussão: O que vocês esperavam? O que sentiram quando viram o presente?

7O MOMENTO: AVALIAÇÃO: TÉCNICA PAINEL DE FRASES.• O Facilitador solicita a todos que escrevam em uma cartela a palavra que mais os marcou no encontro.

• Forma grupos e pede que façam uma frase, com sentido, utilizando as palavras de todos osmembros da equipe.

• O Facilitador constrói com o grupo um painel com todas as frases.

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Caçador de Mimpor Milton NascimentoPor tanto amorPor tanta emoçãoA vida me fez assimDoce ou atrozManso ou ferozEu, caçador de mim

Preso a cançõesEntregue a paixõesQue nunca tiveram fimVou me encontrarLonge do meu lugarEu, caçador de mim

Nada a temer senão o correr da lutaNada a fazer senão esquecer o medoAbrir o peito à força, numa procuraFugir às armadilhas da mata escura

Longe se vaiSonhando demaisMas onde se chega assimVou descobriro que me faz sentirEu, caçador de mim.

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Máscarapor PittyDigaquem você é, me digaMe fale sobre sua estradaMe conte sobre sua vida

TiraA máscara que cobre o seu rostoSe mostre e eu descubro se eu gostoDo seu verdadeiro jeito de ser

PRÉ-REFRÃO

Ninguém merece ser só mais um bonitinhoNem transparecer... consciente conseqüenteSem se preocupar em ser, adulto ou criança

O importante é ser vocêmesmo que seja estranho, seja vocêmesmo que seja bizarro, bizarro, bizarromesmo que seja estranho, seja vocêMesmo que seja

TiraA máscara que cobre o seu rostoSe mostre e eu descubro se eu gostoDo seu verdadeiro jeito de ser

PRÉ-REFRÃO

Ninguém merece ser só mais um bonitinhoNem transparecer... consciente conseqüenteSem se preocupar em ser adulto ou criança

REFRÃO

O importante é ser vocêmesmo que seja estranho, seja vocêmesmo que seja bizarro, bizarro, bizarroseja você mesmo que seja

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mesmo que seja estranho, seja vocêMesmo que seja

PÓS-REFRÃO

Meu cabelo não é iguala sua roupa não é igualao meu tamanho não é igualao seu caráter não é igualnão é igual, não é igual, não e iguaaaaaaal

DigaQuem você é, me digame fale sobre sua estradame conte sobre sua vidae o importante é ser vocêmesmo que seja estranhoseja vocêmesmo que seja bizarro, bizarro, bizarromesmo que seja estranhoseja você

Mesmo que seja estranhoseja vocêmesmo que seja bizarro, bizarro, bizarromesmo que seja estranhoseja você.

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Eu não sou você você não é eude Madalena FreireEu não sou vocêVocê não é euMas sei muito de mimVivendo com vocêE você, sabe muito de você vivendo comigo?

Eu não sou vocêVocê não é euMas encontrei comigo e me viEm quanto olhava para você

Na sua, minha, insegurançaNa sua, minha, desconfiançaNa sua, minha, competiçãoNa sua, minha, birra infantilNa sua, minha, omissãoNa sua, minha, firmezaNa sua, minha, impaciênciaNa sua, minha, prepotênciaNa sua, minha, fragilidade doceNa sua, minha, mudez aterrorizadaE você se encontrou e se viu, enquanto olhava pra mim?

Eu não sou vocêVocê não é euMas foi vivendo minha solidãoQue conversei com vocêE você conversou comigo na sua solidãoOu fugiu dela, de mim e de você?

Eu não sou vocêVocê não é euMas sou mais eu, quando consigolhe ver, porque você me reflete

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No que eu ainda souNo que já sou eu eNo que quero vir a ser...

Eu não sou vocêVocê não é euMas somos um grupo, enquanto somos capazes de, diferenciadamente,Eu ser eu, vivendo com você eVocê ser você, vivendo comigo.

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PLANO DE ATIVIDADE 6TEMA IDENTIDADE

OBJETIVO Desenvolver a autopercepção sobre seus limites e potencialidades através doautoconhecimento, buscando compreender a sua relação com o outro e com o mundo.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Cópias dos textos 25 unidades

Cópias do modelo do escudo 25 unidades

Lápis 30 unidades

Papel A4 60 unidades

Caneta esferográfica 30 unidades

Hidrocor 04 caixas

Micro-system 01 unidade

1O MOMENTO: ESCLARECER A ATIVIDADE DO DIA.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: TEMPESTADE DE IDÉIAS: O QUE ENTENDEM PORIDENTIDADE?

3º MOMENTO: DINÂMICA DO ESCUDO.• O Facilitador entrega a cada jovem um modelo do escudo em folha de papel A4.

• Na parte superior do escudo cada um escreve o seu lema, ou seja, uma frase ou palavra queexpresse seu ideal de vida.

• Em cada uma das quatro partes do escudo, cada participante coloca um desenho que expresseuma vivência importante de cada uma das etapas acima mencionadas.

• Em grupo de cinco pessoas, são colocadas as reflexões e os desenhos feitos individualmente eque são comuns a todos.

• Ao final, todos conversam sobre as dificuldades encontradas para se comunicarem dessa forma.

4º MOMENTO: QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL.Cada participante responde a quatro questões:

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a ) Do que gosto e faço?

b ) Do que gosto e não faço?

c ) Do que não gosto e faço?

d ) Do que não gosto e não faço?

• O Facilitador distribui uma folha de papel para os presentes, pede-lhes que dividam a folha emquatro partes e respondam às perguntas, uma em cada parte. Só devem passar para a questãoseguinte quando a anterior estiver respondida.

• Todos apresentam e discutem no grupo quais os sentimentos expressos durante o trabalho equais as questões mais difíceis de serem respondidas e porquê.

5º MOMENTO: POEMA: “ILUSÕES DO AMANHÔ.• O Facilitador distribui o poema entre os membros do grupo, e todos fazem a leitura

individualmente.

• O Facilitador lê o poema com o grupo e todos o comentam, relacionando-o com as etapasanteriores.

6O MOMENTO: FECHAMENTO: TÉCNICA DE REFLEXÃO COM O GRUPO.• Quais os sentimentos surgidos ao partilharem recordações e acontecimentos pessoais?

• O que pode ser feito para nos conhecermos cada vez mais e melhor?

7O MOMENTO: AVALIAÇÃO: DIZER EM UMA PALAVRA O QUE ACHOU DO ENCONTRO.• O Facilitador anota as respostas do grupo.

• Se houver sugestões, procurar utilizá-las em outros encontros.

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A.Do nascimentoaos 6 anos

B.Dos 6 aos14 anos

C.O presente

D.O futuro

ESCUDO PESSOAL

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Ilusões do AmanhãPríncipe Poeta - Alexandre Lemos - APAE

Este poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado, pela sociedade, de excepcional.Excepcional é a sua sensibilidade! Ele tem 28 anos, com idade mental de 15.

Por que eu vivo procurandoUm motivo de viver,Se a vida às vezes parece de mim esquecer?

Procuro em todas, mas todas não são vocêEu quero apenas viverSe não for para mim que seja pra você.

Mas às vezes você parece me ignorarSem nem ao menos me olharMe machucando pra valer.

Atrás dos meus sonhos eu vou correrEu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.

Se a vida dá presente pra cada umO meu, cadê?

Será que esse mundo tem jeito?Esse mundo cheio de preconceito.

Quando estou só, preso na minha solidãoJuntando pedaços de mim que caíam ao chãoJuro que às vezes nem ao menos sei quem sou.

Talvez eu seja um toloQue acredita num sonhoNa procura de te esquecerEu fiz brotar a florPara carregar junto ao peitoE crer que esse mundo ainda tem jeitoE como príncipe sonhadorSou um tolo que acredita ainda no amor.

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PLANO DE ATIVIDADE 7TEMA IDENTIDADE

OBJETIVO Estimular a reflexão dos jovens sobre suas qualidades pessoais e seus diversospapéis na sociedade, em especial, na família, escola e comunidade.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Cópias dos textos 30 unidades

Lápis 30 unidades

Papel A4 60 unidades

Caneta esferográfica 30 unidades

Hidrocor 02 caixas

Micro-system 01 unidade

CD música “Tocando em Frente”, 01 unidadede Almir Sater

1O MOMENTO: ALINHAMENTO SOBRE O ENCONTRO.• O Facilitador conversa com o grupo sobre o assunto que será abordado no encontro.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: MINHA BANDEIRA PESSOAL.• O Facilitador solicita ao grupo que responda às questões:

a ) Qual sua melhor qualidade?

b ) O que gostaria de mudar em você?

c ) Qual a pessoa que você mais admira?

d ) Em que atividade você se considera muito bom?

e ) O que mais valoriza na vida?

f ) Quais as dificuldades ou facilidades que encontra para trabalhar em grupo?

• A seguir, ele distribui uma folha de papel para cada jovem, solicita-lhes que desenhem umabandeira e a dividam em seis partes, de forma que possam responder às seis perguntas dentrodela, ficando cada resposta em uma parte da bandeira.

• Partilha das respostas com o grupo, refletindo sobre as dificuldades encontradas e as descobertas feitas.

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3O MOMENTO: MÚSICA: “TOCANDO EM FRENTE”, DE ALMIR SATER, POR ALMIR SATER.• O Facilitador distribui a letra da música para todos no grupo.

• Audição da música.

• Todos devem relacionar a letra da música ao tema que está sendo abordado.

4O MOMENTO: DINÂMICA: DESENHO DO AUTO-RETRATO.• O Facilitador distribui uma folha de papel a cada participante e solicita-lhes que façam o

desenho de uma figura humana inteira, de frente, dos pés à cabeça.

• Os participantes colocam o desenho no chão, de frente. Olham a figura, entram em contatocom ela, dão-lhe uma identidade, uma vida e um nome.

• O Facilitador pede ao grupo que cada um, no seu desenho, cumpra por escrito as solicitaçõesque ele lhes fará.

Orientações

a ) Saindo da cabeça do personagem, fazer um balão com três idéias que ninguém irá modificar.

b ) Saindo da boca do personagem, fazer um balão com uma frase que foi dita e da qual ele searrependeu, e outra frase que precisa ser dita mas ainda não o foi.

c ) Saindo do coração do personagem, fazer uma seta indicando três paixões que não vão seextinguir. Chamar a atenção do grupo para o fato de que o objeto de paixão não precisanecessariamente ser alguém, podendo tratar-se de uma idéia, uma atividade etc.

d ) Saindo da mão direita do personagem, escrever um sentimento que aquele tenha para oferecer.

e ) Saindo da mão esquerda do personagem, escrever algo que ele tenha necessidade de receber.

f ) No pé esquerdo do personagem, escrever uma meta que ele deseje alcançar.

g ) No pé direito do personagem, escrever os passos que ele tenha que dar para atingir essa meta.

• Quando todos concluírem a tarefa, o Facilitador pede que mantenham contato com opersonagem desenhado, procurando os pontos semelhantes e diferentes entre o personagem eseu criador. Todos escrevem no verso da folha as semelhanças e as diferenças encontradas.

• Plenária: os participantes apresentam para o grupo o seu personagem na terceira pessoa. Falamdas semelhanças e das diferenças que o ligam a ele(a). O Facilitador pontua os aspectosimportantes nas falas de cada participante.

5O MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL.• Todos devem falar sobre o encontro, apontando o que foi mais significativo neste dia.

• O Facilitador anota as falas dos participantes do grupo.

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Tocando em Frentepor Almir SaterAndo devagar porque já tive pressae levo esse sorriso, porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabeeu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei.

Conhecer as manhas e as manhãs,o sabor das massas e das maçãs,é preciso o amor pra poder pulsar,é preciso paz pra poder sorrir,é preciso chuva para florir.

Penso que cumprir a vida seja simplesmentecompreender a marcha, e ir tocando em frentecomo um velho boiadeiro levando a boiada,eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,de estrada eu sou.

Todo mundo ama um dia todo mundo chora,um dia a gente chega, no outro vai emboracada um de nós compõe a sua história,e cada ser em si carrega o dom de ser capaze ser feliz.

Ando devagar porque já tive pressae levo esse sorriso porque já chorei demaiscada um de nós compõe a sua história,e cada ser em si carrega o dom de ser capaz

e ser feliz.

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PLANO DE ATIVIDADE 8TEMA IDENTIDADE

OBJETIVO Reconhecer e valorizar as diferenças pessoais e culturais presentes em seu entorno e nomundo, identificando sua participação no todo na construção da identidade de seu grupo e comunidade.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Papel-carmem (várias cores) 10 unidades

Piloto 10 unidades

Cola 11 unidades

Tesouras 15 unidades

Revistas

Papel A4 60 unidades

Caneta esferográfica 30 unidades

Hidrocor 02 caixas

1O MOMENTO: ALINHAMENTO: ESCLARECER AS ATIVIDADES DO DIA E SEUS OBJETIVOS.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: MENTALIZAÇÃO.• Ao som de uma música relaxante, o Facilitador solicita aos participantes que, de mãos dadas,

formem um círculo.

• Solicita-lhes que, de olhos fechados, inspirem e expirem profundamente.

• Sugere-lhes que imaginem seus corpos e pensem na textura da pele, cor de olhos, cabelos, formatodas pernas e pés. Enfim, que reconheçam todo o seu corpo e sintam a energia que ele tem.

• O Facilitador solicita-lhes que pensem no que gostam em seus corpos e no prazer que seuscorpos lhe dão.

• Solicita-lhes que abram os olhos devagar e que, se desejarem, comentem a experiênciavivenciada.

3º MOMENTO: COMO É MEU MUNDO.• Divisão em subgrupos.

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• Construção de cartaz com recortes de revistas com gravuras que identifiquem o mundo dosparticipantes.

• Discussão em subgrupos da escolha de cada gravura.

• Comparação dos trabalhos entre os subgrupos.

• Socialização / Debate.

• Conclusão: vivemos em um mundo que compõe um mundo maior e que tem sua identidade.

4º MOMENTO: REFLEXÃO DO CENÁRIO DO BRASIL.• Tempestade de idéias: “Como é o Brasil”.

• Debate sobre as palavras e frases levantadas pelo grupo.

5º MOMENTO: FECHAMENTO: COMENTÁRIO CONCLUSIVO DO FACILITADOR.

6º MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL.

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Grupo

O QUE É...

São pessoas que se organizam emdeterminado tempo, comnecessidades em comum,estabelecendo vínculos e uma relaçãode reciprocidade.

Conjunto de pessoas que se sentempertencentes a um mesmo segmentopor interesses ou objetivos comuns.

FALANDO SOBRE

Todos nós, seres humanos, estabelecemos relações amigáveis com as pessoas com as quaisconvivemos. É possível, a partir dessas ações, o surgimento de grupos com os quais temos afinidadee com os quais nos identificamos, a exemplo de grupo de música, religioso, do futebol etc. Nemsempre a escolha de um grupo é consciente. É possível estar num grupo sem ter feito a opção deestar nele, por exemplo, o grupo de alunos da escola.

Para que aconteça a formação de um grupo é necessário ter necessidades em comum,reciprocidade na relação e o surgimento de vínculos. Na vivência grupal acontece o processo de

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reconhecimento de si e dos outros, as diferenças, a comunicação, os limites, os conflitos, anegociação, os sentimentos de solidariedade, de respeito, de carinho, de perda, a aprendizagem,afirmação da auto-estima de nossa identidade.

A atividade em grupo favorece a mobilização, o desenvolvimento de ações comuns, integradas,planejadas, a criatividade, visando alcançar objetivos comuns. Contudo, é no grupo que também seexperimentam dificuldades, obstáculos, divergências, administração de conflitos que precisam serrefletidos com clareza e honestidade. No processo de convivência grupal, muitos são os sentimentosvivenciados pelos seus membros: afeição, hostilidade, amor, rejeição, ternura etc. É importanteaprendermos a identificar esses sentimentos e tentarmos nos relacionar com eles da forma maisconstrutiva para nosso crescimento e para o crescimento de todos, na perspectiva de que todos osmembros do grupo são responsáveis pelo seu bem-estar.

A agressividade se converte em amor ensinando e aprendendo a conhecer o outro, oqual, sendo diferente, é plenamente humano como nós. O outro, por ser diferente,pode ser complemento ou talvez opositor, mas nunca inimigo (TORO, 1993).

O grupo deve favorecer o desenvolvimento das atitudes de flexibilidade e respeito às diferenças,pois cada pessoa é única, porém, é possível conviver em harmonia mesmo na diversidade, tendocomo fim os objetivos comuns a serem alcançados.

As experiências adquiridas no processo grupal devem nos ajudar nas relações com os outros gruposque encontraremos na nossa vida.

Os grupos se formam intencionalmente ou ocasionalmente. Pessoas se encontram com freqüência paradiscutir, vivenciar, desenvolver ações que lhes dizem respeito enquanto um determinado segmento.

Em nosso cotidiano, fazemos parte de inúmeros grupos distintos e, em cada um deles, exercemospapéis diferentes. No grupo familiar, no grupo escolar, no grupo de formação de projetos sociais,na associação de moradores, na rua onde moramos, em cada um desses lugares participamos degrupos diferenciados com atores específicos e temos uma atuação mais ou menos ativa, deliderança ou não, mais aberta ou mais fechada, de acordo com nosso grau de identificação ecompromisso com o que o grupo significa para cada um de nós.

Os grupos formados com o objetivo específico de promover o desenvolvimento pessoal e social dejovens também têm suas peculiaridades. O Facilitador deve ter atenção e trabalhar diariamentealguns pontos que favorecerão a convivência saudável e um maior rendimento do grupo.

Para a construção do sentimento de grupo e manutenção deste é importante atentarmos paraalguns pontos de grande relevância no cotidiano das relações entre as pessoas que compõem ummesmo segmento:

COMUNICAÇÃO buscar clareza e sinceridade nos diálogos e democratizar as informações.

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AFETIVIDADE cuidar para que as pessoas do grupo sejam respeitadas e valorizadas com suasdiferenças e suas qualidades.

PAPÉIS definir os papéis de cada participante do grupo, buscar desempenhar aqueles que assumiu,sem, contudo, deixar-se estereotipar, mudando os papéis entre os participantes com freqüência.

PACTO DE CONVIVÊNCIA elaborar e respeitar as regras de convivência.

SOLIDARIEDADE colocar-se no lugar do outro, mudando de ângulo para evitar julgamentos epreconceitos.

APLICAR APRENDIZADOS buscar exercitar os aprendizados assimilados no decorrer do trabalho,aprimorando-se e ajudando no desenvolvimento do grupo.

Conviver é uma tarefa de aprendizado diário. É como uma teia que vamos construindo a cada dia.Bernardo Toro, em seu livro 7 Aprendizagens Básicas para a Educação em Convivência Social(1993) cita dicas do que precisamos aprender para possibilitar uma convivência saudável:

1 Aprender a não agredir o semelhante.

2 Aprender a comunicar-se.

3 Aprender a interagir.

4 Aprender a decidir em grupo.

5 Aprender a cuidar de si.

6 Aprender a cuidar do entorno.

7 Aprender a valorizar o saber social.

Buscando diariamente aprender e aprofundar essas habilidades, teremos maior possibilidades desucesso nas relações que estabelecemos nos diversos grupos de que participamos e de ajudarmostais grupos a também desenvolverem esses aprendizados.

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PLANO DE ATIVIDADE 9SUBTEMA GRUPO

PARA SERMOS UMA EQUIPE, “PRECISAMOS DESCOBRIR A ALEGRIA DE CONVIVER.”Carlos Drummond de Andrade

OBJETIVO Compreender as facilidades e dificuldades do processo de formação de um grupo.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Cópias dos textos 30 unidades

Papel A4 30 unidades

Lápis 30 unidades

Borracha 30 unidades

Canetas 30 unidades

1O MOMENTO: ALINHAMENTO: FÁBULA DA CONVIVÊNCIA.• Leitura do texto.

• Reflexão e comentários.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: JOGO DOS QUADRADOS.• Divisão do grupo em cinco subgrupos. O Facilitador distribui os envelopes contendo cinco

conjuntos recortados (conforme modelo ao final), confeccionados em cartolina ou outro materialsimilar.

• Os envelopes devem ser preparados anteriormente, de forma que apenas um dos grupos recebaas peças corretas; os outros subgrupos recebem envelopes com as peças misturadas.

• O Facilitador pede aos grupos que só abram o material após as instruções para a atividade.

• Se alguém no grupo já conhecer a dinâmica, pede para não a revelar, deixando o grupodescobrir os caminhos sozinhos.

• O Facilitador cita as regras: regra nº 1 - Não pode falar! Qualquer outra forma de comunicaçãonão verbal é permitida; regra nº 2 - Não pode rasgar, amassar, dobrar, quebrar ou riscarnenhuma das peças ou o envelope; regra nº 3 - Cada grupo vai construir um quadrado com omaterial que está dentro dos envelopes.

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• Se o grupo não perceber que tem que efetuar trocas entre si, o Facilitador pode dizer depois dealgum tempo: “nem sempre a solução para os nossos problemas está em nossas mãos”,provocando que se movimentem em silêncio.

• Os quatro grupos que estão “trocados” ficarão intrigados porque um grupo terminou tão rápido.

• Depois que todos tiverem terminado, voltam ao grupão original e iniciam-se os comentários, aexpressão dos sentimentos, dos aprendizados...

3O MOMENTO: MINHA CAMINHADA NO GRUPO.• Após delimitação do espaço do grupo na sala, todos, de pé, formam um círculo bem aberto.

• Cada participante é chamado a representar sua entrada no grupo, caminhando do lugar em quese encontra até o centro. Ele caminha e se movimenta de modo a expressar as facilidades edificuldades que encontrou no processo de fazer parte do grupo.

• Chegando ao centro, ele expressa com seu corpo como se sente atualmente no grupo.

• Volta ao seu lugar no círculo e se senta.

• Durante o debate, o grupo comenta as diversas caminhadas e expressões corporais: o que lhechamou a atenção? Houve surpresa no que viu? O que quis expressar com a sua caminhada?

4O MOMENTO: REDAÇÃO EM CORRENTE.• O grupo, em círculo, passa uma folha de papel iniciada com a frase: ESTAR NUM GRUPO É...

• A folha é passada de mão em mão, e cada um escreve sua impressão, seu pensamento, suacolaboração sobre o tema abordado.

• Todos procuram construir um texto lógico e comentam a seguir o processo de construção. Foifácil ou difícil? O que percebemos nesta atividade?

5O MOMENTO: FECHAMENTO: EU TENHO VALOR.• O Facilitador distribui cópias do texto “Eu Tenho Valor” entre os participantes e faz a leitura do

mesmo.

• Provoca a reflexão, fazendo relação com a temática que foi discutida no encontro.

6O MOMENTO: AVALIAÇÃO: AVALIAÇÃO DOS ROSTOS.• O Facilitador distribui uma cópia do questionário dos rostos para cada participante.

• Solicita-lhes que escrevam o que acharam do encontro, de acordo com cada rostinho.

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AVALIAÇÃO

Foi bom!!!

Mais ou menos....

Precisa melhorar!!!

FÁBULA DA CONVIVÊNCIAHá milhões de anos, durante uma era glacial, quando parte de nosso planeta esteve encoberta porgrandes camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, pornão se adaptarem às condições.

Foi, então, que uma grande quantidade de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger esobreviver, começou a se unir, juntar-se mais e mais.

Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavamuns aos outros, aqueciam-se mutuamente, enfrentando por mais tempo aquele frio rigoroso.

Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos,justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. Eafastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se, por não suportarem mais tempo osespinhos dos seus semelhantes. Doíam muito...

Mas essa não foi a melhor solução! Afastados, separados, logo começaram a morrer de frio,congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar pouco a pouco, com jeito, comcuidado, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima,mas o suficiente para conviver sem magoar, sem causar danos e dores uns nos outros.

Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.

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É fácil trocar palavras, difícil é interpretar o silêncio!

É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar!

É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração!

É fácil apertar as mãos, difícil é reter o calor!

É fácil conviver com pessoas, difícil é formar uma equipe!

DINÂMICA DOS QUADRADOSModelo dos quadros para os subgrupos

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Xu txnho valor?Autor desconhecidoApxsar do mxu computador sxr dx um modxlo antigo, funciona bxm com xxcxção dx uma txcla.

Há 42 txclas qux funcionam bxm, mxnos uma, x isso faz uma grandx difxrxnça.

Txnhamos cuidado para qux nossa xquipx não sxja como xssx computador, x qux todos os mxmbrostrabalhxm como dxvxm.

Ninguxm txm o dirxito dx pxnsar: “Afinal sou apxnas uma pxssoa, x sxm dúvida não faria difxrxnçapara o nosso grupo’’.

Comprxxndamos qux para o grupo podxr progrxdir xficixntxmxnte, prxcisa da participação ativa dxtodos os sxus mxmbros. Sxmprx qux vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx do mxucomputador x diga a sx mxsmo: “Xu sou uma das txclas importantxs da nossa atividadx x os mxussxrviços são importantx x sobrxtudo nxcxssários”.

Contamos com sua colaboração e participação.

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PLANO DE ATIVIDADE 10SUBTEMA GRUPO

OBJETIVOS Integrar o grupo, compreender o conceito de grupo, desenvolver o sentimento depertencimento.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Caixa de palitos de fósforo 01 unidade

Fichas de papel em branco 25 unidades

Hidrocor 30 unidades

Flip-chart 01 unidade

Folhas de flip-chart 20 unidades

1O MOMENTO: ALINHAMENTO: APRESENTAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO DO DIA.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: TÉCNICA: INCLUSÃO E EXCLUSÃO.1. O Facilitador solicita aos jovens que caminhem pela sala, em silêncio.

2. A um sinal seu, os jovens devem formar subgrupos de cinco ou seis pessoas.

3. Formados os subgrupos, o Facilitador solicita a cada subgrupo que decida pela saída de um dosseus membros.

4. Os participantes do subgrupo, de mãos dadas, fazem um círculo e tentam impedir a entrada domembro que ficou de fora, e este tentará, de diversas formas, entrar no círculo.

5. Quando os membros que estavam de fora conseguirem entrar no círculo, ou após um tempo, oFacilitador solicita-lhes que, agora, tentem sair do círculo, sendo que, dessa vez, os demaisparticipantes o impedirão de fazê-lo.

6. Após algum tempo de atividade, o Facilitador abre o debate, ressaltando as questões:

a ) Como se sentiu fora do grupo?

b ) Quem decidiu a sua saída e por quê?

c ) Você conseguiu entrar no círculo?

d ) Quais as estratégias que você utilizou para tentar entrar no círculo?

e ) Como se sentiu quando entrou?

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f ) Como os outros membros do grupo se sentiram quando foi definida a saída de um membro?

g ) O que sentiram com a atividade?

h ) Quais as palavras-chave desta atividade? (Inclusão e Exclusão)

i ) Qual a relação desta atividade com o tema Grupo?

DICAS

O FACILITADOR DEVE ATENTAR PARA QUE OS JOVENS NÃO SE MACHUQUEMDURANTE O JOGO.

ANOTA, EM FLIP-CHART, AS FALAS RELEVANTES DO GRUPO.

RESSALTA A IMPORTÂNCIA DE SABER ACOLHER OS COLEGAS DO GRUPO,TRABALHANDO SEMPRE NA LINHA DA INCLUSÃO, E NÃO DA EXCLUSÃO.

PONTUA QUE A FORMAÇÃO DE UM GRUPO SE DÁ, INICIALMENTE, ATRAVÉS DOAGRUPAMENTO DE PESSOAS, E QUE A RIQUEZA DESTE SÓ É POSSÍVEL COM AACEITAÇÃO DAS DIFERENÇAS.

3O MOMENTO: FORTALECENDO O GRUPO: TÉCNICA DA GALINHA, DA RAPOSA E DOSPINTINHOS.• O Facilitador solicita dois voluntários.

• O primeiro será a galinha, o segundo a raposa, e os demais participantes do grupo serão ospintinhos.

• A raposa terá a função de correr atrás dos pintinhos para capturá-los; a galinha terá a função dedefender os pintinhos, evitando que a raposa tenha êxito, e os pintinhos correrão da raposa paranão serem pegos.

• À medida que cada pintinho for pego pela raposa, o Facilitador deve parar a atividade e, nafrente do grupo, fazer a pergunta: “Pintinho, agora que você foi pego pela raposa, você podeescolher: quer ser galinha ou raposa?”.

• A depender da escolha do pintinho capturado, ele irá compor um dos dois grupos: raposa ougalinha, ajudando-os em suas funções.

• Após a captura de todos os pintinhos, ou após algum tempo de atividade, o Facilitador solicitaaos grupos que se sentem, fazendo duas filas: das galinhas e das raposas. Caso tenham sobradopintinhos, forma-se outra fila de frente para os dois grupos.

• Cada participante comenta como se sentiu e por que fez a escolha por um grupo ou outro.

• O Facilitador escreve algumas falas para auxiliar seus comentários após a discussão do grupo.

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DICAS

O FACILITADOR ORIENTA O GRUPO A EVITAR SITUAÇÕES QUE POSSAM MACHUCARO COLEGA DURANTE A CORRERIA.

PONTUA PARA O GRUPO AS QUESTÕES:

A ) POR QUE FEZ TAL ESCOLHA?

B ) O QUE TERIA ACONTECIDO SE TODOS TIVESSEM ESCOLHIDO SER GALINHAS?

C ) COMO ESTAMOS FAZENDO ESCOLHAS EM NOSSA VIDA POLÍTICA, CIDADÃ?

A ) QUAL O APRENDIZADO QUE ADQUIRIMOS COM ESTA ATIVIDADE?

4O MOMENTO: O QUE É SER GRUPO?• O Facilitador distribui fichas para cada um dos participantes.

• Solicita-lhes que escrevam nas fichas resposta sobre a questão: o que é ser grupo?

• Abre espaço para discussão. Cada participante lê sua resposta e mostra o que escreveu na ficha,explicando seu ponto de vista para o grupo.

• O Facilitador conclui a atividade, ressaltando os pontos e as características mais relevantes paraa construção e manutenção de um grupo.

5º MOMENTO: AVALIAÇÃO: TÉCNICA: TEIA DE CORDÃO.• O Facilitador explica a metodologia.

• Entrega a um dos participantes o rolo de cordão.

• Após a sua avaliação sobre a atividade do dia, o participante joga o rolo de cordão para outrapessoa do grupo, que repete os passos até que todos do grupo tenham avaliado a atividade.

• O Facilitador avalia a atividade, suscitando a participação do grupo, faz uma associação entre ateia de cordão que se formou e as relações que se estabelecem no mundo, refletindo sobre oformato que podemos dar a essas teias a partir da forma como vivemos em comunidade. Fazreflexões também sobre a teia que pode ser construída no Projeto de Formação de Agentes deDesenvolvimento Comunitário ao longo desses meses que se seguirão.

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COMUNICAÇÃO

‘’E QUE TUDO SEJA IGUAL E QUE TUDO SEJA OUTRA COISA.’’PABLO PICASSO

O QUE É...

É um momento de troca deinformações entre duas ou maispessoas. Ato de transmitir umamensagem e receber retornos.

FALANDO SOBRE

O termo Comunicação deve ser um dos mais utilizados nos últimos tempos. Fala-se da necessidadede se ter uma comunicação eficaz para que os grupos “funcionem” bem.

A palavra comunicar vem do latim comunicare, que significa “pôr em comum”. É o processo deemitir e receber idéias, informações, imagens, é uma troca.

A interação do homem com seus semelhantes permite a comunicação, favorece a organizaçãosocial e o estabelecimento de vínculos. “A primeira função da comunicação é a busca do

reconhecimento, por isso, a recusa à comunicação com o outro produz hostilidade e afeta sua auto-estima” (TORO, 1993).

Existem muitas formas de estabelecer a comunicação: através da fala, de gestos, de expressões faciais,de movimentos corporais e da escrita. O silêncio também é uma forma de nos comunicarmos. É

importante exercitar as diversas formas de comunicação e refletir sobre a importância dedesenvolvermos uma boa comunicação para facilitar nossa vida pessoal, social e profissional.

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O processo de comunicação é bastante complexo, pois está relacionado a diversos aspectos queestão no ambiente, no interlocutor e no receptor. Este último pode ter uma visão completamentediferente do mesmo objeto ou ambiente. Existe uma variação enorme na forma em quepercebemos. Pode-se dizer que temos muitos “mundos” dentro de cada um de nós. A realidade nãoé única para todos os seres humanos. Interpretamos a realidade que nos chega através dos nossossentidos. Cada indivíduo percebe o que está à sua volta de maneira singular. A informação sensorialassociada ao mundo interno cria um universo de emoções, sensações e sentimentos. Como seressimbólicos e imaginativos, cada indivíduo carrega uma série de concepções e percepções quedeterminam a forma de se relacionar, o lugar que vai assumir diante do outro.

A percepção é a nossa forma de ver o mundo, como percebemos a realidade. Uma mistura deinformação sensorial, experiências vividas, crenças e valores. Perceber é interpretar. Nossa forma deperceber o mundo está diretamente relacionada às experiências que vivenciamos e interfere naforma como nos relacionamos com as alegrias e dificuldades na vida.

A percepção é construída por dois momentos: primeiro, o estímulo chega até nosso cérebro atravésdos sentidos e, depois, é interpretado de acordo com a nossa visão de mundo, transformando-senuma informação com significado. A imagem que construímos produz o nosso pensamento, e esteproduz os nossos sentimentos. Cada imagem e cada pensamento têm um sentimento que lhes dávida. O sentimento é o que impulsiona para a realização.

A não consciência do cenário interno condiciona o comportamento e provoca uma reação. Nestaposição, condicionados por nossas concepções, em vez de agir, reagimos ao outro. O agirpressupõe uma escuta “limpa”, uma reflexão e uma escolha sobre que atitude adotar: o que falar,como falar, quando falar e que resultado se pretende alcançar.

Nesse processo de perceber a realidade a partir de nossas concepções, corremos o risco de sermospreconceituosos. Ser preconceituoso é o ato de julgar antes mesmo de conhecer. É a imagempreconcebida que fazemos de determinadas pessoas, coisas ou situações.

O preconceito é uma atitude de antecipação ao conhecimento. Muitas vezes, a partir de um únicocontato inicial, fazemos diversas suposições, criamos um rótulo. Quando rotulamos alguémcorremos o risco de marcar irremediavelmente aquela pessoa. Deixamos de ver o ser humano paranos fixar em determinado atributo. Esquecemos, por vezes, que somos muitos, que desempenhamosdiversos papéis em nossas vidas e que não podemos ser traduzidos apenas por uma únicacaracterística.

A discriminação é uma conseqüência do preconceito. Fazer distinção, limitar a atuação de alguémou seus direitos, por conta de uma idéia preconcebida, supõe o ato de descriminar. Discriminarpode significar impedir alguém de ser livre e pleno nas suas escolhas e atos. É de fundamentalimportância entendermos que somos todos diferentes em essência e iguais em direitos.

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O poder pessoal de transformação e construção do novo está relacionado com a capacidade deagir assertivamente, de não se deixar determinar pelo meio ou pelo cenário interno, de seproporcionar a possibilidade de escolher a melhor alternativa de ação. As pressuposições trazemcomo conseqüência a antecipação de resultados, expectativas que preenchem o espaço darelação com o outro e contribui para colocar entraves na relação interpessoal. O que se visualizaé apenas uma parte da realidade, dentro do enquadre daquilo que é pressuposto. Ao sercondicionado por este cenário interno, o processo de comunicação fica prejudicado e sobrapouco espaço para o novo e para a troca, pois se reage tendo como base apenas a imaginação,criando-se uma fantasia.

É de fundamental importância que o indivíduo se dê conta dos seus sentimentos e pensamentos eexercite a sua capacidade de discernir os fatos das elucubrações e fantasias criadas por ele. Esseprocesso de tomada de consciência é algo que requer um grande comprometimento, pois implicaem alterar padrões de comportamentos reativos, simples e cômodos para outros mais complexos,onde o indivíduo passa a se responsabilizar pela sua ação, deixando de ser simplesmenteconseqüência do meio intra ou interpessoal. Ao reagir, evita-se a responsabilidade, pois a atitude éjustificada por algo que é externo. Agindo assim, perde-se fundamentalmente qualidade de vida,pois poucas são as chances de uma comunicação saudável, de troca, de resultados efetivos, desatisfação e de crescimento pessoal.

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Para facilitar a comunicação e o relacionamento interpessoal é importante nos conhecermos,sabermos do nosso potencial e limitações e buscarmos conhecer as outras pessoas com as quaisnos relacionamos no dia-a-dia. Saber ouvir é uma característica fundamental para o sucesso nasinterações relacionais: o “escutar”.

O Facilitador precisa estar atento e levar o grupo a perceber e respeitar as diferenças, mostrandocomo estas podem interferir na comunicação de cada participante. Para a manutenção dorelacionamento saudável do grupo, a comunicação precisa ser cuidada com atenção. No decorrerdo processo, muitos serão os momentos de discordâncias e conflitos. É importante desenvolver acapacidade de refletir, argumentar, voltar atrás, mudar de idéia, convencer e ser convencido e denegociar. Na construção da teia, os fios precisam se entrelaçar, porém, sem se embaraçar.

A negociação faz parte do nosso dia-a-dia pessoal e profissional. Na medida em que comunicoalgo, busco fazer que o outro compreenda o meu ponto de vista, a minha idéia, ou seja, tentoinfluenciá-lo. A negociação é algo inerente à comunicação e, para termos melhores resultadosnesse processo, é necessário entender como ela funciona.

Negociação é o processo pelo qual pelo menos dois indivíduos diferentes, com diferentespercepções, motivações e necessidades, tentam acordar sobre um assunto de interesse comum. “Anegociação é a condição da decisão em grupo. Podemos definir o consenso como a escolha de uminteresse compartilhado que, ao ser colocado fora, faz com que oriente e comprometa a todos queo escolhem” (TORO, 1993).

Neste processo podemos identificar dois tipos de negociação:

GANHA X PERDE quando apenas uma das partes se beneficia da negociação.

Algumas características:

• Estabelecimento de um clima de desconfiança.

• As pessoas assumem uma atitude defensiva.

• Pouca preocupação com o estabelecimento de vínculos positivos e duradouros.

• Poucas concessões / certa inflexibilidade.

• As pessoas possuem uma posição extremada diante dos pontos em discussão.

• Estabelecimento de uma relação mais emocional e impulsiva.

• O tempo é um fator-chave para quem quer ganhar uma negociação; às vezes, decide-se tudo noúltimo minuto.

GANHA X GANHA quando todas as partes saem ganhando na negociação. Para se chegar a esteresultado, duas estratégias devem ser seguidas pelos negociadores:

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• Focar no problema, na causa da negociação, e não nas pessoas.

• Focar nas necessidades e interesses, não nas oposições.

Algumas características:

• Estabelecimento de um clima de confiança e transparência.

• Preocupação com o estabelecimento de vínculos positivos e duradouros.

• Concessões de acordo com as necessidades; trabalho em prol do acordo mútuo.

• O atendimento das necessidades mútuas é algo buscado.

• Estabelecimento de uma relação mais racional e razoável.

• O tempo de negociação é um pouco maior, pois se busca a solução que seja interessante paratodos os lados.

Em um processo de negociação, a informação prévia sobre o outro e sobre a sua própria condiçãoé fundamental para se elaborar a melhor estratégia para que o seu interesse possa ser atendido.Deve-se conhecer até onde as partes podem ceder.

Destacam-se os seguintes elementos:

• O negociador.

• A outra parte.

• O processo de comunicação - dividido em três fases: antes (planejamento e preparação),durante (a negociação propriamente dita) e depois (revisão e avaliação).

• O ambiente - cenário onde vai acontecer a negociação.

Existem três tipos de comunicação:

* Agressiva: quando se tem postura ofensiva, impondo seu ponto de vista e desrespeitando aopinião do outro.

• Passiva: quando se assume uma postura submissa, apática, por medo ou descompromisso.

• Assertiva: quando se tem postura afirmativa, objetiva, direta, visando dar e obter respostas clarase precisas.

A comunicação é um importantíssimo instrumento para o desenvolvimento das pessoas, dos grupos,das instituições, comunidades e sociedade. É uma ferramenta fundamental para o sucesso.Identificar os meios de comunicação que utilizamos e debater a forma como estes vêminfluenciando as nossas vidas contribuem para que tenhamos um olhar mais crítico diante dasinformações que nos são disponibilizadas e nos ajudam a interpretar o contexto em que vivemos e aidentificar soluções mais rápidas e eficazes.

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Saber interpretar os códigos da comunicação do grupo é um exercício muito importante para oFacilitador, pois pode ajudá-lo a identificar conflitos e demandas. Para facilitar a leitura dacomunicação entre as pessoas do grupo é necessário conhecê-lo e estar sempre atento a todos osdetalhes e formas de comunicação no momento das atividades.

PALAVRAS-CHAVE: argumentação, negociação, saber ouvir, retorno, linguagem não verbal, visãode mundo, sensação, realidade, estímulos, interpretação, significado, observação seletiva, ilusão.

PLANO DE ATIVIDADE 11TEMA COMUNICAÇÃO

OBJETIVO Desenvolver a comunicação entre os participantes do grupo.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Micro-system 01 unidade

CD música “Palavras”, de Marcelo Fromer 01 unidadee Sérgio Britto, por Titãs

Cópias do texto “A Bolacha” 25 unidades

1O MOMENTO: ALINHAMENTO: ESCLARECIMENTO DOS OBJETIVOS DO ENCONTRO.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: DESEJO TUDO DE BOM!• Os participantes ficam em círculo e de mãos dadas.

• Olham profundamente para a pessoa ao lado e desejam algo positivo para ela. Pode ser alegria,paz, riqueza, dinheiro, trabalho, namorado(a).

• É realizada uma rodada na qual cada participante fala para o colega o seu desejo, até fechar ocírculo.

• Inicia-se outra rodada, repetindo-se o passo anterior, sendo que num ritmo mais rápido.

• O momento é finalizado quando o ritmo estiver acelerado demais, com o Facilitador levandotodos para o centro, culminando em um abraço coletivo.

3º MOMENTO: FOTOLINGUAGEM.• O Facilitador coloca fotos de revistas e jornais pela sala.

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• Os participantes passeiam pela sala, olhando as fotos, e escolhem duas fotos que tenhamligação entre si.

• Depois, durante sete minutos, pensam nas seguintes questões:

a ) Que realidade me revelam?

b ) Qual a ligação que existe entre elas?

c ) Por que me identifiquei com elas?

• Cada um apresenta as fotos e as conclusões às quais chegou. O restante do grupo podequestionar a ligação dos fatos entre si e fazer uma ou duas perguntas para clarear mais asafirmações.

• O Facilitador conclui que cada pessoa pode ter uma percepção diferente sobre as mesmas coisas.

4º MOMENTO: TEXTO “A BOLACHA”.• O Facilitador distribui o texto entre os jovens.

• Pede que alguém faça a leitura.

• Facilita a exposição de idéias e o debate.

5º MOMENTO: AVALIAÇÃO: MÚSICA “PALAVRAS”, DE MARCELO FROMER E SÉRGIO BRITTO,POR TITÃS.• Audição da música e leitura da letra.

• Reflexão do grupo sobre o dia.

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Palavraspor TitãsPalavras não são másPalavras não são quentesPalavras são iguaisSendo diferentesPalavras não são friasPalavras não são boasOs números pra os diasE os nomes pra as pessoasPalavra eu precisoPreciso com urgênciaPalavras que se usemem caso de emergênciaDizer o que se senteCumprir uma sentençaPalavras que se dizSe diz e não se pensaPalavras não têm corPalavras não têm culpaPalavras de amorPra pedir desculpasPalavras doentiasPáginas rasgadasPalavras não se curamCertas ou erradasPalavras são sombrasAs sombras viram jogosPalavras pra brincarBrinquedos quebram logoPalavras pra esquecerVersos que repitoPalavras pra dizerDe novo o que foi ditoTodas as folhas em brancoTodos os livros fechadosTudo com todas as letrasNada de novo debaixo do sol

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Observe se não estácomendo o biscoito do outroSALETTE, Maria; RUGGERI, Wilma. In: Para que minha vida setransforme. 12 ed. Campinas: Ed.Verus, 2001, p. 101.Certo dia, uma jovem estava na sala de embarque do aeroporto, à espera de seu vôo. Enquantoesperava, comprou um livro e um pacote de biscoito. Sentou-se numa poltrona para descansar e lerem paz. Ao lado dela sentou-se um homem.

Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem também pegou um. Ela se sentiu indignada, masnão disse nada. Ela pensou para si: “Mas que cara de pau. Se eu estivesse mais disposta, lhe dariaum soco no olho para que ele nunca mais esquecesse...”

A cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um. Aquilo a deixava tão indignada queela não conseguia reagir. Restava apenas um biscoito e ela pensou:

“O que será que o abusado vai fazer agora?” Então, o homem dividiu o biscoito ao meio, deixandoa outra metade para ela. Aquilo a deixou irada e bufando de raiva. Ela pegou o seu livro e as suascoisas e dirigiu-se ao embarque.

Quando se sentou confortavelmente em seu assento, para surpresa dela, o seu pacote de biscoitoestava ainda intacto, dentro de sua bolsa.

Ela sentiu muita vergonha, pois quem estava errada era ela, e já não havia mais tempo para pedirdesculpas. O homem dividiu os seus biscoitos sem se sentir indignado, ao passo que isto a deixaramuito transtornada.

Em nossas vidas, por vezes, estamos comendo os biscoitos dos outros, e não temos a consciência deque quem está errado somos nós.

Antes de concluir, observe melhor! Talvez as coisas não sejam exatamente como você pensa!

Não pense o que não sabe sobre as pessoas.

Existem quatro coisas na vida que não se recuperam:

• A pedra, depois de atirada.

• A palavra, depois de proferida.

• A ocasião, depois de perdida.

• E o tempo, depois de passado.

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PLANO DE ATIVIDADE 12TEMA COMUNICAÇÃO

OBJETIVO Conhecer a importância da comunicação para estabelecer as relações entre aspessoas, os tipos de comunicação, os veículos de comunicação, comunicação e negociação e osfatores influenciadores da negociação.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Retroprojetor 01 unidade

Transparências 01 unidade

Durex 01 unidade

Tesoura 01 unidade

Piloto 20 unidades

Fichas de cartolina ou papel carmem 30 unidades

Papel-metro para construção da árvore 06 metros

1O MOMENTO: ALINHAMENTO: ESCLARECER QUAL A ATIVIDADE DO DIA E SEU OBJETIVO.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: TÉCNICA: MÍMICA.• O Facilitador solicita quatro voluntários e pede que cada um passe para o grupo, através de

mímica, uma mensagem curta.

• Os demais participantes tentam adivinhar o que o voluntário quer dizer.

• Após algum tempo, todos discutem sobre a importância de uma comunicação clara e comopodemos dar inúmeras interpretações a um mesmo fato.

3O MOMENTO: EXPOSIÇÃO PARTICIPATIVA COM TRANSPARÊNCIAS.• O Facilitador faz uma exposição sobre os temas: conceito de comunicação; os tipos de

comunicação (assertiva, agressiva e passiva); as formas de comunicação (facial, mímica, verbal,escrita, musical etc.); os veículos de comunicação; comunicação e negociação; e os fatoresinfluenciadores da negociação.

4O MOMENTO: DRAMATIZAÇÃO DOS TIPOS DE COMUNICAÇÃO.

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• Divisão em subgrupos.

• Os subgrupos elaboram uma situação real onde tenha ocorrido um dos três tipos decomunicação.

• Após as apresentações, o grupo debate o fato dramatizado.

5O MOMENTO: FECHAMENTO: PONTOS RELEVANTES.• O Facilitador ressalta os pontos mais relevantes da atividade, reforçando os conteúdos

trabalhados.

6O MOMENTO: AVALIAÇÃO: EXERCITANDO A APRENDIZAGEM.• Cada participante avalia a atividade com uma forma de comunicação.

PLANO DE ATIVIDADE 13TEMA COMUNICAÇÃO

OBJETIVOS Reconhecer a importância do cenário interno na determinação dos nossossentimentos e ações e desenvolver a capacidade de fazer a leitura desta influência na forma comovemos o mundo e nos relacionamos com as pessoas.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Flip-chart 01 unidade

Transparências com o conteúdo teórico

Retroprojetor 01 unidade

Canetas, lápis e borracha 30 unidades

Papel A4 100 unidades

Folhas de flip-chart 05 unidades

1O MOMENTO: ALINHAMENTO: APRESENTAÇÃO DO OBJETIVO DA ATIVIDADE DO DIA.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: AMPLIANDO A PERCEPÇÃO.• O Facilitador deve estimular o grupo a identificar momentos em sua vida em que agiu de forma

inadequada com alguém.

Perguntas

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a ) Vocês já tiveram um sentimento negativo por alguma pessoa, o qual, com o passar do tempo, aoconhecerem melhor essa pessoa, provou ser equivocado?

b ) Qual era a imagem inicial que vocês faziam dessa pessoa?

3O MOMENTO: DRAMATIZAÇÃO.• O Facilitador pede a ajuda de duas duplas, constituídas por um menino e uma menina, para

encenar duas situações distintas.

• Distribui para cada dupla a situação a ser encenada e solicita que façam um breve ensaio decinco minutos em algum lugar fora da sala.

• Aos outros integrantes da turma, o Facilitador pede para observar as encenações.

SITUAÇÃO 1Ela está esperando o seu namorado que sempre vai encontrá-la às 16 horas. Já são 19 horas e nadade ele chegar. Aí, ela começa a pensar que ele deve estar em algum lugar curtindo com os amigos erodeado de mulheres. Então, começa a ficar furiosa, com ciúmes, e cada vez mais ansiosa e comraiva dele. Assim que ele chega em sua casa, ela não consegue se controlar e pergunta, gritando,onde ele tinha andado, com quem estava, e não consegue acreditar em nada do que ele fala.

SITUAÇÃO 2Ela está esperando o seu namorado que sempre vai encontrá-la às 16 horas. Já são 19 horas enada de ele chegar. Aí, ela começa a pensar que deve ter acontecido alguma coisa grave com ele:talvez tenha sido assaltado, o ônibus quebrou, ficou preso em algum engarrafamento... Então,começa a ficar cada vez mais preocupada e com piedade. Assim que ele chega em sua casa, ela,quase chorando de tanta preocupação, pergunta onde ele tinha andado, o que tinha acontecido elhe enche de beijos.

• O Facilitador coordena o debate com o grupo, suscitando a discussão sobre:

a ) O que levou as meninas a agirem de forma diferente?

b ) O que foi determinante para a ação das meninas: o cenário interno ou a atitude dos seusnamorados?

c ) Estas situações acontecem na realidade?

• O Facilitador deve anotar no flip-chart as conclusões dos grupos.

• O Facilitador tenta construir com o grupo o modelo mental que levou as meninas a agiremdaquela forma nas duas situações, estimulando o grupo a reconstruir as duas situações:

SITUAÇÃO 1Imagem: curtição com os amigos e rodeado de mulheres.

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Pensamento: sentado no banco da praça, ou num bar, rodeado de amigos e mulheres, paquerando,chamando para sair, marcando encontros.

Sentimento: raiva, ciúme, fúria, ansiedade...

Palavras: exemplos: cachorro, mulherengo...

Ação: não o deixa falar, grita, ofende...

SITUAÇÃO 2Imagem: ônibus quebrou

Pensamento: algo grave aconteceu.

Sentimento: compaixão, preocupação, piedade...

Palavras: exemplos: coitado, deve estar sofrendo...

Ação: quase chorando de tanta preocupação, pergunta onde ele tinha andado, o que tinhaacontecido e lhe enche de beijos.

4° MOMENTO: EXPOSIÇÃO PARTICIPATIVA COM RETROPROJETOR.• O Facilitador apresenta o conteúdo teórico, enfatizando a importância da tomada de consciência

quanto ao nosso filme interior, pois ele é determinante nas nossas ações e interfere diretamenteem nossa comunicação.

5O MOMENTO: FECHAMENTO: COMENTÁRIO DO FACILITADOR.• Comentário do Facilitador, associando os conteúdos à melhoria das relações pessoais, sociais e

profissionais.

6O MOMENTO: AVALIAÇÃO: DIZER, COM UMA PALAVRA, COMO AVALIA A ATIVIDADE DO DIA.

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PLANO DE ATIVIDADE 14TEMA COMUNICAÇÃO

OBJETIVO Desenvolver a capacidade de negociação no dia a dia.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Flip-chart 01 unidade

Folhas de flip-chart 10 unidades

Transparências com o conteúdo teórico

Retroprojetor 01 unidade

Canetas 25 unidades

Lápis 25 unidades

Borracha 25 unidades

Papel A4 30 unidades

Pilotos 05 unidades

Sacos de amendoim salgado 18 unidades

Tangerinas 17 unidades

Caixas de chiclete colorido 19 unidades

Chocolates 15 unidades

Maçãs 20 unidades

Lista de resultados das negociações 06 unidades 01 Cada grupo + Facilitador

1O MOMENTO: ALINHAMENTO: APRESENTAÇÃO DO OBJETIVO DA ATIVIDADE DO DIA.

2O MOMENTO: REFLETINDO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA NEGOCIAÇÃO.• O Facilitador distribui uma ficha para cada participante.

• Solicita-lhes que escrevam sobre a importância da capacidade de negociação no dia-a-dia.

• Apresentação individual, explicando para o grupo sua visão sobre o tema.

• O Facilitador relaciona em flip-chart as palavras-chave que vão sendo apresentadas nas falasdos participantes.

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3º MOMENTO: ABRIGO SUBTERRÂNEO.• Divisão do grupo em subgrupos.

• Distribuição das Fichas de Trabalho entre os participantes.

• O Facilitador dirá ao grupo: “O mundo será totalmente destruído e ficarão apenas cinco pessoaspara reconstruí-lo. Este pequeno grupo terá a responsabilidade de criar um novo mundo”.

• Cada subgrupo irá discutir e definir quais das pessoas que constam na FICHA DE TRABALHOserão escolhidas para construir o novo mundo.

• O Facilitador circulará por todos os subgrupos para observar a discussão entre os participantes.

• Os subgrupos deverão anotar quais as razões que os levaram a escolher ou não as pessoas.

• Após a escolha de cada subgrupo, o Facilitador solicitará que os participantes formem umgrande círculo e abrirá o debate, questionando quem escolheu cada um dos personagens dalista.

• O Facilitador deverá conduzir o trabalho de modo que o grupo se sinta estimulado a argumentar,discordar e demonstrar suas capacidades de negociação, de argumentação, de escuta, derespeito à opinião contrária, capacidade de escolha e mostrar seus preconceitos.

• Ao final, o grupo avalia a atividade relatando o que sentiu, o que observou e o que aprendeu.

FICHA DE TRABALHOEscolha, das opções abaixo, apenas 5 alternativas com as quais você irá construir um novo mundo:

( ) Um homossexual inteligente de 46 anos de idade.

( ) Um sacerdote católico com 60 anos.

( ) Um professor de 26 anos de idade, bonito, simpático e instruído.

( ) A esposa do professor com 25 anos. Ela é portadora do vírus HIV e ambos preferem ficarjuntos no abrigo ou fora dele.

( ) Uma prostituta jovem e negra.

( ) Uma universitária que fez voto de castidade.

( ) Uma enfermeira sádica.

( ) Uma criança de 5 anos.

( ) Uma mulher branca, menopáusica, com excessivo desejo sexual.

( ) Um médico impotente.

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( ) Um adolescente dependente de drogas.

( ) Uma mãe de santo.

( ) Uma excelente dona de casa, porém, moralista e preconceituosa.

Componentes do grupo:

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Liderança

O QUE É...

É a posição de uma pessoa oude um grupo, legitimada pelosdemais, que lhe confere a autoridadepara coordenar e ser o porta-vozde um segmento.

FALANDO SOBRE

No módulo de mobilização, trabalhamos de forma introdutória o tema Liderança para marcar anoção de atuação proativa necessária ao agente de desenvolvimento comunitário. Neste momento,aprofundaremos um pouco mais este conceito e conheceremos as características de um líder e ostipos de liderança existentes.

Ao fazer parte de trabalhos em grupos, sempre identificamos a presença de pessoas que estão à frentedos movimentos, que se destacam mobilizando de forma mais efetiva a participação de outros, aquem todos se reportam para a tomada de decisões. Essa responsabilidade de implicar-se nosprocessos, atuando como protagonistas, sugere uma postura de liderança. Mas o que significa mesmoser líder? É aquele que manda? Que define as regras e dita o que deve ser feito pelos demais?

Uma posição de liderança pressupõe que alguém a reconheça como tal e a valide. Um líder precisaser legitimado pelo grupo.

Ser líder demanda a capacidade de comunicação, de ser sociável, de ser um articulador e ummediador de conflitos. Um líder legítimo identifica as oportunidades e o potencial daqueles queparticipam do grupo, contribui para a manutenção de um ambiente de trabalho saudável entre osparticipantes, apresenta firmeza e segurança no momento de corrigir os rumos e socializa asinformações de forma democrática e ética.

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EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE LIDERANÇASA liderança autocrática é aquela em que o líder parte dopressuposto de que só ele detém o conhecimento e, comoconseqüência, o outro deve ser direcionado a cumprir o que eleacredita como sendo o fundamental.

Na liderança participativa, os objetivos a serem alcançados sãocompartilhados, assim como os caminhos para atingi-los e osresultados alcançados.

Uma liderança exercida de maneira participativa envolve os demais,agrega outros conceitos e permite a diversidade de opiniões.

O líder participativo tem consciência de que é parte de um todo e queos demais elementos do grupo podem contribuir com suasconcepções e com o processo de construção e de tomada dedecisões. A liderança democrática, reconhecida e legitimada portodos, fortalece nos participantes do grupo a autoconfiançana sua capacidade de colaborar e de intervirpositivamente para alcançar os objetivos comuns.

A depender da necessidade, a cada momento, umapessoa do grupo poderá assumir a liderança domesmo. Isso ajuda a não criar estereótipos eoportuniza que diversos integrantes possamparticipar com diversos papéis e exercitar seuspotenciais.

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PLANO DE ATIVIDADE 15SUBTEMA LIDERANÇA

OBJETIVO Compreender o papel do líder, a postura adequada do líder participativo e asvantagens desta forma de liderar.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Flip-chart 01 unidade

Folhas de flip-chart 10 unidades

Transparências com o conteúdo teórico

Retroprojetor 01 unidade

Canetas 30 unidades

Lápis 30 unidades

Borracha 30 unidades

Papel A4 30 unidades

Pilotos 05 unidades

Cópias das fichas de trabalho 30 unidades

Cópia dos formulários de “Dimensões Pessoais” 17 unidadespara cada participante

Aparelho DVD 01 unidade

Televisor 01 unidade

DVD com trecho do filme “A formiguinha Z” 01 unidade

1O MOMENTO: ALINHAMENTO: ESCLARECER PARA O GRUPO A ATIVIDADE DO DIA E SEUOBJETIVO.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: REFERÊNCIAS E ESTILOS DE LIDERANÇAS.• O Facilitador distribui para cada participante uma cópia da ficha de trabalho “Referências e

Estilos de Liderança”.

• Solicita a todos que reflitam e respondam às questões propostas.

• Divisão em subgrupos.

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• A partir das respostas de cada participante, as características encontradas são relacionadas emtarjetas e todos tentam classificá-las quanto ao estilo de liderança que julgam pertinente. Dãonome para cada estilo encontrado.

• Cada subgrupo apresenta os estilos de liderança encontrados.

• Discussão sobre consenso entre as apresentações.

3O MOMENTO: TRECHO DO FILME “A FORMIGUINHA Z”.• Exposição.

• Discussão.

4O MOMENTO: EXPOSIÇÃO PARTICIPATIVA.• Apresentação de conteúdo teórico pelo Facilitador.

• Esclarecimento de dúvidas.

5O MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL.

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REFERÊNCIAS E ESTILOS DE LIDERANÇAS.• Lembre-se de diferentes pessoas que tiveram um papel de liderança na sua vida. Quais foram?

• Você consegue identificar diferenças no estilo de cada uma dessas pessoas? O que caracterizaessas diferenças?

• Que efeito tem/tiveram essas diferentes maneiras de liderança sobre você?

Nº LIDERANÇAS/NOMES ESTILOS EFEITOS SOBRE VOCÊ

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Papéis

O QUE É...

Há vários “lugares sociais” queassumimos nas diversas relações quevivemos no cotidiano, a exemplo deser filho ou filha, ser irmão, seraluno, ser colega, ser funcionário, serchefe, ser subordinado, ser líder,entre outros, e que favorecem onosso crescimento pessoal e social.A cada “lugar social”, ou status,corresponde um conjunto decomportamentos socialmenteatribuídos, são os papéis sociais.

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FALANDO SOBRE

Cada um de nós tem diversos papéis na sociedade. Fazemos parte de um todo e somos importantesenquanto parte deste todo. Os papéis sociais que assumimos têm fundamental importância para aconstrução de nossa identidade, tanto individual quanto coletiva.

Nas nossas relações assumimos papéis diferentes. Isso não significa mudar de personalidade; aocontrário, significa que todo papel tem um lugar, tem um referencial no outro, e isso faz parte dadinâmica do grupo. Em muitas situações vivemos e somos atores - representamos, interpretamospapéis, contudo, nem sempre temos a visão precisa diante dos diversos papéis que assumimos.Em determinados momentos nos colocamos no lugar de filho(a), no lugar de mãe, no lugar decolega, no lugar de amigo(a), no lugar de aluno(a), no lugar de componente de uma equipe, delíder, entre outros.

O papel não é só do sujeito, ele surge no conceito relacional do grupo; por isso, algumas vezes, osmembros de um grupo terminam por assumirem o papel do outro, o que pode gerar algum tipo deconflito. Por exemplo, se somos funcionários, agimos de uma determinada forma; se passamos a serchefes, agiremos de outro modo. Esses são exemplos de papéis sociais que foram culturalmenteassimilados e que se adaptam às necessidades de cada situação.

Em toda relação, nós atribuímos um papel ao outro, no processo de interação, que, às vezes, podeestar claro ou não. Se há alguém que é autoritário no grupo é porque alguém se coloca no papelde submisso; se alguém é muito arrojado, logo existe o que é muito prudente; se há quem assuma opapel de falante, é porque um outro assume o papel de falar menos; e assim por diante. São papéissimbólicos, necessários, que aparecem em maior ou menor intensidade, dependendo da dinâmicado próprio grupo.

É necessário, portanto, que o grupo seja capaz de identificar, no exercício diário, as interpretaçõessimbólicas, favorecendo que os seus membros assumam papéis diferentes, que contribuam noprocesso de construção e fortalecimento das atividades grupais, tendo cada um condições deentender e assumir o seu papel dentro do grupo.

É legal sermos diferentes, mas é importante encontrarmos uma unidade na diversidadede nossas diferenças. Temos que refletir sobre nossas ações e analisar as situaçõesde forma crítica para o desenvolvimento pessoale social. Afinal, fazemos parte de umasociedade e somos co-responsáveis por ela.Cada um tem seu lugar, seu papel e todossão importantes. Na produção da teia, cadaum tem sua tarefa, diferente, porém, tãoimportante quanto todas.

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PLANO DE ATIVIDADE 16SUBTEMA PAPÉIS

OBJETIVO Perceber os papéis sociais e sua importância.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Caneta 30 unidades

Cartolinas coloridas 06 unidades 04 cores

Desenho das caras 75 unidades Alegre, triste e reflexiva

Fita-crepe 01 unidade

Lápis 30 unidades

Micro-system 01 unidade

Papel A4 100 folhas

Papel colorido em tiras (azul, amarelo, rosa) 30 tiras 10 de cada cor

CD música “Bom Dia”, de Swami Jr. 01unidadee Paulo Freire, por Zizi Possi

1º MOMENTO: ALINHAMENTO: INFORMES DO DIA E ACOLHIDA.• O Facilitador solicita ao grupo que forme um círculo.

• O Facilitador informa ao grupo quais as atividades previstas para este encontro e quais osobjetivos das mesmas.

• Ao comando do Facilitador, os participantes devem unir-se num abraço coletivo.

2O MOMENTO: AQUECIMENTO: REFLEXÃO SOBRE A MÚSICA “BOM DIA”, DE SWAMI JR. EPAULO FREIRE, POR ZIZI POSSI.• Audição da música, com os participantes andando pela sala e olhando os colegas, em silêncio.

• Comentário sobre a música.

• O Facilitador associa a letra da música ao estado de construção em que sempre estamos: cadadia somos um, diferentes e mais ricos de conhecimentos e experiências.

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3º MOMENTO: MÁSCARAS E ATORES.• Antecipadamente, o Facilitador escreve em pequenos papéis quatro locais de

encontro social (escola, família, trabalho, entre amigos), de acordo com aquantidade dos participantes, com o objetivo de dividi-los em grupos.

• Estes papéis são distribuídos aos participantes, um para cada, e eles sãoconvidados a se dividirem em subgrupos conforme a semelhança encontradanos papéis (grupo da família, da escola, do trabalho e entre amigos).

• O Facilitador solicita a cada grupo que discuta e escolha uma situaçãoque represente os papéis dos atores desse espaço (trazendo experiênciasvividas por eles).

• Apresentações dos grupos.

• O Facilitador pede aos participantes que, durante as apresentações,analisem a situação trazida pelos demais grupos, percebendo o que lheschamou a atenção e com o que se identificaram, anotando em uma folhade papel.

• O Facilitador abre o debate, ressaltando as questões: o que me chamou aatenção? Já vivi estas histórias? Por que me identifiquei com este papel? Porque não me identifiquei?

• Ao final, o Facilitador conclui a atividade com as questões: quantos papéisrepresentamos nos espaços sociais e qual a sua importância? Em qual deles eu mesinto mais confortável? Em que espaço sou eu mesmo? Por que existem esses papéis?O que é essencial?

4º MOMENTO - FUNCIONANDO COMO CORPO.• Previamente, o Facilitador escreve, em pequenos papéis, nomes das partes de um corpo

humano.

• Divide o grupo em subgrupos, utilizando-se de números.

• Distribui para cada subgrupo uma folha de cartolina colorida e um papelzinho com uma partedo corpo (cabeça, braço direito, braço esquerdo, perna direita, perna esquerda, troncocompleto).

• Solicita aos participantes que desenhem, na folha de cartolina colorida, a parte do corpo quereceberam e descrevam a função e a importância desta parte.

• Em seguida, cada subgrupo escolhe um apoio e um relator para apresentar a produção para ogrupão.

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• Ao final, o Facilitador abre a discussão, pontuando o papel de cada parte do corpo e suaimportância, ressaltando as questões: em que as partes do corpo são semelhantes? Em que sãodiferentes? Seus papéis são iguais no corpo? Qual é a importância de cada papel? Por que sãocoloridos? O que eles formam? Se faltar algum papel, o todo se prejudica? Se algum papelestiver com problemas, os demais podem sentir? O que faz o corpo se sentir bem? Quem dá asordens a este corpo? Apenas um órgão ou todos participam? O que existe neste corpo que nãofoi desenhado? O que querem acrescentar que acreditam ser importante? Somos um corpo?Qual é o nosso papel neste corpo? O que temos feito para ajudar o corpo? O que temos feitoque tem prejudicado o corpo? Mudei de grupo, o que senti? Mudanças são importantes? Após aplenária, o material produzido fica exposto.

5º MOMENTO: FECHAMENTO: TÉCNICA DA PALAVRA POSITIVA.• O grupo é dividido em dois grandes subgrupos: de um lado ficam os que querem aprender algo

e, do outro, os que têm a ensinar.

• Do lado dos que querem aprender, os participantes falam o que gostariam de aprender,pensando num grande defeito que possuem.

• A cada palavra dita, os participantes que estão do lado dos que ensinam falam uma palavra oufrase de incentivo aos que querem aprender, com base no desejo do seu aprendizado.

• Depois, os grupos são trocados e acontece o mesmo procedimento.

• O Facilitador conclui a atividade, ressaltando que estamos sempre mudando, aprendendoe alterando nossos papéis.

6º MOMENTO: AVALIAÇÃO: ROSTOS ALEGRES, TRISTES E PENSATIVOS.• Previamente, o Facilitador desenha em cartolinas três tipos de rostos, expressando

sentimentos de alegria, tristeza e reflexão, e espalha-os no chão.

• Pede a todos que formem um círculo em volta dos rostos e peguem aquele com oqual mais se identificaram após a atividade.

• Solicita aos participantes que escrevam no verso do rosto por que o escolheram eassinem na frente o seu nome.

• Debate. Expondo o rosto escolhido, cada participante descreve rapidamente aquelecom o qual se identificou e o motivo.

• O Facilitador faz um breve comentário sobre os papéis e a nossa vida e solicita a todosque se despeçam com a melhor cara que tiverem e com um beijo coletivo.

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Bom Diapor Zizi PossiUm dia quero mudar tudoNo outro eu morro de rir,Um dia tô cheia de vidaNo outro não sei onde ir,

Um dia escapo por poucoNo outro não sei se vou me livrar,Um dia esqueço de tudoNo outro não posso deixar de lembrar,

Um dia você me maltrataNo outro me faz muito bem,Um dia eu digo a verdadeNo outro não engano ninguém,

Um dia parece que tudoTem tudo pra ser o que eu sempre sonhei,No outro dá tudo erradoE acabo perdendo o que já ganhei

Logo de manhã, bom dia...

Um dia eu sou diferenteNo outro sou bem-comportada,Um dia eu durmo até tardeNo outro eu acordo cansada,

Um dia te beijo gostosoNo outro, nem vem que eu quero respirar,Um dia quero mudar tudo no mundoNo outro eu vou devagar,

Um dia penso no futuroNo outro eu deixo pra lá,Um dia eu acho a saídaNo outro eu fico no ar,

Um dia na vida da gente,Um dia sem nada demais,Só sei que eu acordo e gosto da vidaOs dias não são nunca iguais!

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PLANO DE ATIVIDADES 17OBJETIVO Formação de subgrupos para desenvolvimento do plano de ação.

Data ____________________ Público-alvo ___________________

MATERIAL QTD OBSERVAÇÃO

Pilotos 30 unidades

Fichas de cartolina 30 unidades

Classificadores 30 unidades

Fita adesiva 01 rolo

1º MOMENTO: ALINHAMENTO: INFORMES DO DIA E ACOLHIDA.

2º MOMENTO: AQUECIMENTO: COELHO NA TOCA.• O Facilitador solicita que os participantes caminhem pela sala ao som de música.

• Quando a música parar, o Facilitador dirá: “Coelho na toca” e todos deverão correr e buscar sereunir em dupla, formando um túnel com os braços, e um terceiro participante deverá entrar no túnel.

• Repetir a atividade por quatro ou cinco vezes.

3º MOMENTO: FORMANDO SUBGRUPOS POR ÁREA DE INTERESSE.• O Facilitador faz uma retrospectiva das atividades que foram realizadas com o objetivo de

reconhecimento da escola e do entorno comunitário e com o objetivo de revelar os talentos equalidades individuais e grupais. Estimula aos jovens a resgatar estes aprendizados e sínteses.

• O Facilitador lançará a pergunta: “a partir dos conhecimentos adquiridos até agora, se vocêpudesse desenvolver um projeto de intervenção na comunidade, qual a atividade que vocêdesejaria desenvolver a partir de seus talentos?”

• Cada participante deverá escrever a resposta em uma ficha de cartolina com seu nome.

• Cada participante colocará a ficha na parede, com fita adesiva.

• O Facilitador deverá colocar as fichas em colunas de acordo com a proximidade das áreas deatuação ou talentos escolhidos pelos participantes.

• Deverá solicitar que formem subgrupos fixos de trabalho a partir da organização das fichas.

• Deverá esclarecer que, a partir desse momento, os subgrupos começarão a escrever o plano deação que desenvolverão no entorno escolar, a partir das atividades sugeridas pelos Facilitadores,

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coletando os dados conforme formulário em anexo. Esses dados serão levantados no decorrer dodesenvolvimento do Projeto, de acordo com as atividades realizadas.

• O Facilitador entregará para cada participante um classificador para que sejam guardados osdados coletados no decorrer do Projeto.

FORMULÁRIO DO PLANO DE AÇÃO PILOTOCRIE AQUI A IMAGEM DA VISÃO DE FUTURO COMPARTILHADA DA SUA ESCOLA E DO SEUENTORNO COMUNITÁRIO.COMO EU VEJO A COMUNIDADE NO FUTURO?Nome do Plano/Título:Local e ano de elaboração:

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DEIXE REGISTRADO PARA TODOS O MUNDO QUE VOCÊ VAI AJUDAR A CONSTRUIR.

IMPRIMA SUA MARCA NA VIDA!!!!Autores

1. DADOS GERAIS SOBRE A MINHA ESCOLA E ENTORNO COMUNITÁRIO.

Neste campo deverão ser anotados os dados socioeconômicos gerais da sua escola e entornocomunitário (população, faixa etária, emprego, organizações sociais, equipamentos públicos...),bem como os recursos naturais e os dados culturais.

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2. VISÃO DE FUTURO COMPARTILHADA DA ESCOLA E DO ENTORNO COMUNITÁRIO.O grupo deve descrever a escola e o entorno comunitário dos seus sonhos.

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3. HISTÓRICO DA ESCOLA E DO ENTORNO COMUNITÁRIO.Neste campo deverão ser anotados os históricos da sua escola e do entorno comunitário.

SOBRE A ESCOLAQuantos alunos matriculados?Nível de satisfação quanto à escola? 1. alunos, 2. professores, 3. diretores, 4. funcionários daescola e 5. comunidade.Quais mudanças estes atores fariam na escola?Qual o nível de participação da comunidade na gestão da escola?

SOBRE A COMUNIDADEQuem são as lideranças na comunidade?Quais os problemas existentes na comunidade?

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4. OBJETIVOS DO GRUPO.A partir da visão de futuro são delineados os objetivos geral e específicos que se deseja alcançar.

OBJETIVO GERAL

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

5. TALENTOS E RECURSOS EXISTENTES NA ESCOLA E NO ENTORNO COMUNITÁRIO.O grupo irá registrar aqui os talentos individuais – identificar os talentos e as habilidades da comunidadeque possam auxiliá-lo na execução do plano de ação. Quais os recursos comunitários existentes?

Mapeando as associações e os grupos comunitários – avaliar como os novos grupos poderiam serformados e como os grupos poderiam atuar para potencializar o efeito de suas ações natransformação da realidade local.

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Mapeando as instituições – identificar quem trabalha na região e de que forma, para se tentarfortalecer a articulação entre as instituições e as conexões entre elas e a comunidade.

Mapeando a economia local – pode fornecer idéias para atividades econômicas ainda inexploradaslocalmente e que podem ser viabilizadas por moradores com o apoio de empresários locais (podeser um desdobramento do Projeto a formação empreendedora).

6. O PÚBLICO BENEFICIÁRIO.Escrever aqui quem serão os beneficiários diretos com as atividades realizadas.

7. O GRUPO INTERVENTOR.Descrever os participantes do grupo, o motivo pelo qual a ação é importante, as potencialidades dogrupo e as ações que serão realizadas.

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8. METODOLOGIA.Escreva aqui o que o grupo vai fazer para levar a sua escola e/ou entorno comunitário à situaçãodesejada. Como provocar a transformação desejada, dentro do limite de atuação do grupo? Quaisas ações/atividades que serão desenvolvidas?

O que é possível fazer para ajudar a comunidade?

O que minha equipe fará para contribuir com o desenvolvimento da comunidade?

9. PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES.

ATIVIDADE OBJETIVO RESPONSÁVEL DURAÇÃO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

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10. QUADRO DE PARCEIROS.

PARCEIRO AÇÃO

11. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES.Descreva aqui quais são as atividades que serão desenvolvidas e quando elas deverão ocorrer.(Incluir todas as atividades, da mobilização à avaliação e encerramento).

ATIVIDADES MESES

01 02 03 04

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12.CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO.O grupo deve descrever cada atividade e o custo de cada uma. Se a atividade não terá custo, estedado deve estar bastante claro.

ATIVIDADES MESES

01 02 03 04

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