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AFO P/ ANALISTA-TRIBUTRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL PROFESSOR: SRGIO MENDES
AULA 1
Instrumentos De Planejamento:
Ppa, Ldo E Loa
INTRODUO
Ol amigos! Como bom estar aqui!
com enorme alegria que tenho voc como aluno e assim ter a satisfao de que
voc inicialmente aprovou nossa aula demonstrativa, decidindo continuar o curso,
onde farei imediatamente o possvel para atender s suas expectativas, j que como
diria um famoso primeiro-ministro ingls:
"Iremos fazer imediatamente aquilo que possvel, o impossvel ir demorar um
pouco mais de tempo". (Winston Churchill)
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e a Lei
Oramentria Anual (LOA) so as leis que regulam o planejamento e o oramento
dos entes pblicos federal, estaduais e municipais. Essas leis constituem etapas
distintas, porm integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das
aes governamentais.
Na seo denominada Dos Oramentos na Constituio Federal (CF/88) tem-se essa integrao, por meio da definio dos instrumentos de planejamento PPA, LDO e
LOA, os quais so de iniciativa do Poder Executivo.
Segundo a Constituio Federal de 1988: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes oramentrias;
III - os oramentos anuais.
A Constituio Federal de 1998 recuperou a figura do planejamento na
administrao pblica brasileira, mediante a integrao entre plano e oramento por
meio da criao do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes Oramentrias
(LDO). O PPA, assim como a LDO, uma inovao da Constituio de 1988. Antes
do PPA, existiam outros instrumentos de planejamento estratgico, como o
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Oramento Plurianual de Investimentos (OPI), com 3 anos de durao, o qual no se
confunde com o PPA, que possui 4 anos de durao.
O PPA o instrumento de planejamento de mdio prazo do Governo Federal que
estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administrao
Pblica Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de durao continuada.
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratgico (Plano
Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Oramentria Anual). Sua relevncia
reside no fato de ter conseguido diminuir a distncia entre o plano estratgico e as
LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos
estratgicos existentes antes da CF/88.
A LOA um instrumento que expressa a alocao de recursos pblicos, sendo
operacionalizado por meio de diversos programas.
O PPA, assim como a LDO, uma inovao da Constituio de 1988. Antes do
PPA, existiam outros instrumentos de planejamento estratgico, como o Oramento
Plurianual de Investimentos (OPI), o qual no se confunde com o PPA.
Ateno: as bancas ainda tentam confundir o candidato como se o PPA j existisse
antes da CF/88, porm com outro nome. Existiam outros instrumentos de
planejamento, mas eles no tm relao com o Plano Plurianual. O PPA inovao
da atual CF! O PPA substituiu os Oramentos Plurianuais de Investimentos,
estendendo-lhes a vigncia em um exerccio financeiro.
PLANO PLURIANUAL
O Plano Plurianual - PPA o instrumento de planejamento de mdio prazo do
Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da Administrao Pblica Federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.
Repare que o PPA define dois tipos de despesas que devem obrigatoriamente estar
em seu contedo:
A primeira se refere s despesas de capital, que so aquelas que contribuem,
diretamente, para a formao ou aquisio de um bem de capital, como, por
exemplo, a pavimentao de uma rodovia. O termo e outras delas decorrentes se relaciona s despesas correntes que esta mesma despesa de capital ir gerar aps sua
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realizao. Despesas correntes so as que no contribuem, diretamente, para a
formao ou aquisio de um bem de capital, como as despesas com pessoal,
encargos sociais, custeio, manuteno, etc. Neste mesmo exemplo, aps a
pavimentao da rodovia, ocorrero diversos gastos com sua manuteno, ou seja,
gastos decorrentes da despesa de capital pavimentao da rodovia. Assim, tanto a
pavimentao da rodovia (despesa de capital) quanto o custeio com sua manuteno
(despesa corrente relacionada de capital) devero estar previstos no Plano
Plurianual.
A segunda despesa a ser considerada na elaborao do PPA a dos programas de
durao continuada, ou seja, todos aqueles que tiverem a sua durao prolongada
por mais de um exerccio financeiro. Se o programa de durao continuada, deve
constar do PPA.
Logo, as aes oramentrias cuja execuo esteja restrita a um nico exerccio
financeiro esto dispensadas de serem discriminadas no PPA do governo federal,
porque no se caracterizam como de durao continuada. A exceo ocorre com as
despesas de capital e outras delas decorrentes, porque devem estar no PPA, no
importando sua durao.
Segundo o art. 165 da CF: 1 - A lei que instituir o plano plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao
continuada.
Em nosso pas, o exerccio financeiro coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da
Lei 4320/64. Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF: 1 - Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro
poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade.
Esse artigo deve ser assim interpretado:
Se a execuo do investimento no ultrapassar um exerccio financeiro, ele no necessita estar no PPA, apenas na Lei Oramentria Anual (LOA).
Se a execuo do investimento ultrapassar um exerccio financeiro, ele deve estar inicialmente previsto no PPA ou, se no estiver, deve estar previsto em
outra lei que altere o PPA, autorizando a incluso deste investimento.
Ateno: Investimento na linguagem do dia-a-dia se refere normalmente a uma
aplicao ou aquisio que proporciona algum retorno financeiro. Exemplo: aes
na bolsa de valores. Na linguagem oramentria, portanto em todo nosso curso,
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diferente: investimentos so despesas com o planejamento e a execuo de obras,
inclusive com a aquisio de imveis considerados necessrios realizao destas
ltimas, e com a aquisio de instalaes, equipamentos e material permanente.
Exemplo: Construo de um prdio pblico.
Caiu na prova: (ESAF APO/SP - 2009) Segundo disposio da Constituio Federal de 1988, as diretrizes e metas da administrao pblica, para as despesas de capital, so
definidas no seguinte instrumento:
a) em lei ordinria de ordenamento da administrao pblica.
b) na lei que institui o plano plurianual.
c) na lei oramentria anual.
d) na lei de diretrizes oramentrias.
e) no decreto de programao financeira do poder executivo.
O examinador quer saber qual o instrumento que trata das diretrizes e metas para as
despesas de capital. J vimos que a lei que instituir o Plano Plurianual. No
podemos esquecer que o PPA estabelecer, de forma regionalizada, alm das
diretrizes e metas, os objetivos da administrao pblica federal para as despesas de
capital e tambm de outras delas decorrentes e para as relativas aos programas
de durao continuada.
Olhando assim comentada, a questo parece fcil. No entanto, muita gente preparada
marcou que se tratava da LDO e no do PPA. Veremos que na LDO constam as
metas e prioridades e no PPA vimos que so as diretrizes, objetivos e metas. Existe
um processo para decorar Diretrizes (D), Objetivos (O) e Metas(M) do PPA (DOM),
mas deve-se ter ateno que numa questo essas palavras podem vir em ordem
diferente ou com a omisso de uma delas, para tentar confundir com a LDO, como
nesta questo que acabamos de estudar.
Resposta: Letra B.
A organizao das aes do Governo est sob a forma de programas, o qual o
elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual aos oramentos anuais,
execuo e ao controle. O programa o instrumento de organizao da atuao
governamental que articula um conjunto de aes oramentrias ou no-
oramentrias, que concorrem para a concretizao de um objetivo comum
preestabelecido, mensurado por indicadores, visando soluo de um problema ou o
atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.
A organizao das aes do Governo sob a forma de programas visa proporcionar
maior racionalidade e eficincia na administrao pblica e ampliar a visibilidade
dos resultados e benefcios gerados para a sociedade, bem como facilitar a
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mensurao total dos custos necessrios ao alcance de um dado objetivo e elevar a
transparncia na aplicao dos recursos pblicos. Assim, toda ao finalstica do
Governo Federal dever ser estruturada em Programas orientados para a consecuo
dos objetivos estratgicos definidos para o perodo do PPA.
Os Programas so classificados em dois tipos:
Programas Finalsticos: dos quais resultam bens ou servios ofertados diretamente sociedade, cujos resultados sejam passveis de mensurao;
Programas de Apoio s Polticas Pblicas e reas Especiais: so programas voltados aos servios tpicos de Estado, ao planejamento,
formulao de polticas setoriais, coordenao, avaliao ou ao controle
dos programas finalsticos, resultando em bens ou servios ofertados ao
prprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de natureza
tipicamente administrativas.
Cuidado: Essa a classificao atual! Alguns livros ainda trazem a antiga
classificao em 4 tipos que no existe mais!
Caiu na prova: (ESAF EPPGG/MPOG 2009) Acerca dos mecanismos e procedimentos adotados pelo sistema de planejamento e oramento do Governo Federal, incorreto
afirmar que:
a) a Lei de Diretrizes Oramentrias, a quem compete nortear o Plano Plurianual,
tem por princpio promover a integrao entre as aes de planejamento e
oramento.
b) dotado de um evidente carter coordenador das aes governamentais, o Plano
Plurianual subordina todas as iniciativas oramentrias aos seus propsitos. c) uma estrutura oramentria baseada em programas se caracteriza, entre outras,
por facilitar a mensurao total dos custos necessrios ao alcance de um dado
objetivo.
d) os programas podem ser classificados como finalsticos ou como de apoio s
polticas pblicas e reas especiais.
e) em matria oramentria, o programa o elemento de integrao entre o Plano
Plurianual, os oramentos anuais, a execuo e o controle.
Questo bem recente do concurso para EPPGG realizado h poucas semanas. O
examinador quer a alternativa incorreta: a) a incorreta. A Lei de Diretrizes Oramentrias tem por princpio promover a
integrao entre as aes de planejamento e oramento. A LDO o elo entre PPA e
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LOA, logo ao Plano Plurianual compete nortear a LDO. Cuidado: uma troca
comum nas provas.
b) Correta. A finalidade da Lei Oramentria Anual a concretizao dos objetivos
e metas estabelecidas no PPA, o qual subordina todas as iniciativas oramentrias
aos seus propsitos.
c) Correta. A organizao das aes do Governo sob a forma de programas visa
proporcionar maior racionalidade e eficincia na administrao pblica e ampliar a
visibilidade dos resultados e benefcios gerados para a sociedade, bem como facilitar
a mensurao total dos custos necessrios ao alcance de um dado objetivo e elevar a
transparncia na aplicao dos recursos pblicos.
d) Correta. Atualmente, os programas podem ser classificados como finalsticos ou
como de apoio s polticas pblicas e reas especiais. Os Programas Finalsticos
so os quais resultam bens ou servios ofertados diretamente sociedade, cujos
resultados sejam passveis de mensurao; j os Programas de Apoio s Polticas
Pblicas e reas Especiais so programas voltados aos servios tpicos de Estado,
ao planejamento, formulao de polticas setoriais, coordenao, avaliao ou
ao controle dos programas finalsticos, resultando em bens ou servios ofertados ao
prprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de natureza
tipicamente administrativas.
e) Correta. A organizao das aes do Governo est sob a forma de programas, o
qual o elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual aos oramentos
anuais, execuo e ao controle.
Resposta: Letra A
Na esfera federal os prazos para o ciclo oramentrio esto no art. 35 da ADCT:
2 - At a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, 9, I
e II, sero obedecidas as seguintes normas: I - o projeto do plano plurianual, para vigncia at o final do primeiro exerccio
financeiro do mandato presidencial subsequente, ser encaminhado at quatro
meses antes do encerramento do primeiro exerccio financeiro e devolvido para
sano at o encerramento da sesso legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes oramentrias ser encaminhado at oito meses e
meio antes do encerramento do exerccio financeiro e devolvido para sano at o
encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa;
III - o projeto de lei oramentria da Unio ser encaminhado at quatro meses
antes do encerramento do exerccio financeiro e devolvido para sano at o
encerramento da sesso legislativa.
Esses prazos estaro em vigor enquanto no for editada a Lei Complementar
prevista na CF/88 para:
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I - dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, a elaborao e a
organizao do plano plurianual, da lei de diretrizes oramentrias e da lei
oramentria anual;
II - estabelecer normas de gesto financeira e patrimonial da administrao direta e
indireta bem como condies para a instituio e funcionamento de fundos.
Importante: Diferena entre legislatura, sesso legislativa e perodo legislativo: A legislatura, segundo a CF, o perodo de quatro anos. Cada legislatura possui
quatro sesses legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro a 22 de
dezembro. Por sua vez, cada sesso legislativa, possui dois perodos legislativos, o
primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1 de agosto a 22 de
dezembro. Em suma:
QUADRO LEGISLATURA
Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sesses legislativas anuais.
Sesso Legislativa Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 perodos.
1 perodo: 02 Fev a 17 Jul Perodo Legislativo
2 perodo: 1 Ago a 22 Dez
Veja que, segundo o ADCT, a vigncia do PPA de quatro anos, iniciando-se no
segundo exerccio financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no
primeiro exerccio financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser encaminhado do
Executivo ao Legislativo at quatro meses antes do encerramento do primeiro
exerccio, ou seja, at 31 de agosto. E a devoluo ao Executivo deve ser feita at o
encerramento do segundo perodo da sesso legislativa (22 de dezembro) do
exerccio em que foi encaminhado.
Caiu na prova: (CESPE Planejamento e Execuo Oramentria Min. da Sade 2008) O plano plurianual um instrumento de planejamento governamental de longo prazo, tendo
vigncia de quatro anos, de modo a coincidir com o mandato do chefe do Poder
Executivo.
Ateno: O PPA no se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA
elaborado no primeiro ano de governo e entrar em vigor no segundo ano. A partir
da, ter sua vigncia at o final do primeiro ano do mandato seguinte.
Cuidado: um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar durante
todo o seu PPA? A resposta sim, desde que o chefe do executivo seja reeleito,
porm, como vimos, ser o mesmo governante em mandatos diferentes.
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Resposta: Errada.
QUADRO PPA
Estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas
(DOM) da administrao pblica federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.
Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro
poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade.
Assim como a LDO, inovao da CF/88.
Vamos aproveitar para falar um pouco mais sobre a Lei Complementar no editada
sobre os Instrumentos de Planejamento:
Veja o art. 165 da CF/88:
9 - Cabe lei complementar: I - dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, a elaborao e a
organizao do plano plurianual, da lei de diretrizes oramentrias e da lei
oramentria anual;
II - estabelecer normas de gesto financeira e patrimonial da administrao direta e
indireta bem como condies para a instituio e funcionamento de fundos.
Repare que desde a Constituio de 1988 est prevista a edio de uma lei
complementar sobre finanas pblicas e at o presente momento ela no foi editada,
logo no existe um modelo legalmente constitudo para organizao, metodologia e
contedo dos PPAs, LDOs e LOAs. Assim, ainda a Lei 4320/64 que estatui
Normas Gerais de Direito Financeiro para elaborao e controle dos oramentos e
balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal. por isso
que invariavelmente nos valemos da Lei 4320/64 que foi recepcionada com status de
lei complementar, porm ela no atende mais as nossas necessidades. Para isso,
quem cumpre esse vcuo legislativo a Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) que
todo ano acaba tendo, entre suas diversas atribuies que veremos a seguir, que
legislar como se fosse a lei complementar prevista na CF, o que a transforma num
calhamao de artigos.
Cuidado: A Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, conhecida como Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece normas de finanas pblicas voltadas
para a responsabilidade na gesto fiscal, porm sua funo no foi de preencher as
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lacunas da Lei 4320/64. Ela tambm no a Lei prevista no 9 do art. 165. Outra
lei complementar deve ser editada. Atualmente, na ausncia dessa Lei, naquilo que a
Lei 4320/64 no dispe, quem cumpre esse vcuo legislativo a Lei de Diretrizes
Oramentrias (LDO).
Caiu na prova:
(FCC Auditor Substituto de Conselheiro TCE/AL 2008) De acordo com a Constituio Federal, dispor sobre o exerccio financeiro cabe :
(A) emenda constitucional.
(B) lei complementar.
(C) lei ordinria.
(D) resoluo do Senado.
(E) medida provisria.
Segundo o art. 165 da CF:
9 - Cabe lei complementar: I - dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, a elaborao e a
organizao do plano plurianual, da lei de diretrizes oramentrias e da lei
oramentria anual;
II - estabelecer normas de gesto financeira e patrimonial da administrao direta e
indireta bem como condies para a instituio e funcionamento de fundos. Resposta:
Letra B.
Vamos montar um quadro para a lei complementar:
QUADRO LEI COMPLEMENTAR
Cabe lei complementar prevista no 9 do art. 165 da CF e ainda no editada:
I - dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, a elaborao e a
organizao do PPA, LDO E LOA;
II - estabelecer normas de gesto financeira e patrimonial da administrao direta e
indireta bem como condies para a instituio e funcionamento de fundos.
A LRF no a Lei Complementar do 9 do art. 165.
Na ausncia dessa Lei, quem cumpre esse vcuo legislativo a cada ano a LDO.
Porm na esfera federal os prazos para o ciclo oramentrio esto no ADCT.
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LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS
A LDO tambm surgiu atravs da Constituio de 1988, almejando ser o elo entre o
planejamento estratgico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei
Oramentria Anual). Sua relevncia reside no fato de ter conseguido diminuir a
distncia entre o plano estratgico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam
incorporar as diretrizes dos planejamentos estratgicos existentes antes da CF/88.
Segundo o art. 165 da CF/88: 2 - A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da
administrao pblica federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio
financeiro subsequente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor
sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao
das agncias financeiras oficiais de fomento.
SEGUNDO A CF, A LDO:
Compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal
Incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente
Orientar a elaborao da LOA
Dispor sobre as alteraes na legislao tributria
Estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficias de fomento
Ateno: Os examinadores tentam confundir o termo diretrizes, objetivos e metas que se refere ao PPA com o termo metas e prioridades que se refere LDO.
PPA Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM)
LDO Metas e Prioridades
A doutrina majoritria afirma que a vigncia da LDO de um ano. Todavia, a LDO
extrapola o exerccio financeiro, uma vez que ela estabelece regras oramentrias a
serem executadas ao longo do exerccio financeiro subsequente. O prazo para
encaminhamento da LDO ao Legislativo de oito meses e meio antes do
encerramento do exerccio financeiro (15 de abril) e a devoluo ao Executivo deve
ser realizada at o encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa (17 de
julho).
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Caiu na prova: (ESAF APO/SP - 2009) Assinale a opo que apresenta uma das principais caractersticas da lei de diretrizes oramentrias, segundo a Constituio Federal de
1988. a) Especifica as alteraes da legislao tributria e do PPA.
b) Define a poltica de atuao dos bancos estatais federais.
c) Define as metas e prioridades da administrao pblica federal.
d) Determina os valores mximos a serem transferidos, voluntariamente, aos
Estados, Distrito Federal e Municpios. e) Orienta a formulao das aes que integraro o oramento do exerccio seguinte.
Vimos que as diretrizes oramentrias fixadas pela LDO tm diversos objetivos,
entre eles, as metas e prioridades da administrao pblica.
2 - A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da
administrao pblica federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio
financeiro subsequente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor
sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao
das agncias financeiras oficiais de fomento.
Vamos agora destrinchar esse pargrafo:
I) Definio das metas e prioridades da administrao pblica federal: as
disposies que constaro do oramento devem ser comparadas com as metas e
prioridades da administrao pblica. Assim, pode-se verificar se as metas e
prioridades podem ser concretizadas a partir da alocao de recursos na Lei
Oramentria.
II) Orientao elaborao da lei oramentria anual: refora a idia que a
LDO um plano prvio Lei Oramentria, assim como o Plano Plurianual um
plano prvio LDO. o termo mais genrico, pois incluem tambm as metas e
prioridades da administrao pblica, as alteraes na legislao tributria e a
poltica de aplicao das agncias oficiais de fomento.
III) Disposio sobre as alteraes na legislao tributria: os tributos tm
diversas funes. A mais conhecida a funo fiscal, aquela voltada para
arrecadao. No entanto, uma outra importante funo a reguladora, onde o
governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, incentivando ou
desestimulando comportamentos para alcanar os objetivos do Estado. Assim,
verifica-se a importncia das alteraes na legislao tributria e se justifica sua
presena na LDO.
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IV) Estabelecimento da poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de
fomento: objetiva o controle dos gastos das agncias que fomentam o
desenvolvimento do pas. Sua presena na LDO justifica-se pela repercusso
econmica que ocasionam.
Logo, uma das principais caractersticas da LDO, segundo a CF, que ela define as metas e prioridades da administrao pblica federal.
Resposta: Letra C.
Alm dos dispositivos referentes LDO previstos na CF/88, veremos que a Lei de
Responsabilidade Fiscal aumentou o rol de funes da LDO:
Art. 4o A lei de diretrizes oramentrias atender o disposto no 2o do art. 165 da
Constituio e:
I - dispor tambm sobre:
a) equilbrio entre receitas e despesas; b) critrios e forma de limitao de empenho, a ser efetivada nas hipteses
previstas na alnea b do inciso II deste artigo, no art. 9 e no inciso II do 1 do
art. 31;
e) normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos
programas financiados com recursos dos oramentos;
f) demais condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades
pblicas e privadas.
Obs: As alneas c e d esto faltando porque foram vetadas.
Assim:
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPOR SOBRE:
Equilbrio entre receitas e despesas
Critrios e forma de limitao de empenho, caso a realizao da receita possa no comportar o
cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal previstas
Normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programas financiados
com recursos dos oramentos
Demais condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas
Segundo o art. 4 da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrar a LDO: 1o Integrar o projeto de lei de diretrizes oramentrias o Anexo de Metas
Fiscais, em que sero estabelecidas metas anuais, em valores correntes e
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constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primrio e montante
da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes.
O resultado primrio corresponde diferena entre as receitas arrecadadas e as
despesas empenhadas, no considerando o pagamento do principal e dos juros da
dvida, tampouco as receitas financeiras. J o resultado nominal mais abrangente,
pois corresponde diferena entre todas as receitas arrecadadas e as despesas
empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas do principal e dos juros da dvida,
bem como as receitas financeiras obtidas.
Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conter:
I - avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; II - demonstrativo das metas anuais, instrudo com memria e metodologia de
clculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas
nos trs exerccios anteriores, e evidenciando a consistncia delas com as premissas
e os objetivos da poltica econmica nacional;
III - evoluo do patrimnio lquido, tambm nos ltimos trs exerccios,
destacando a origem e a aplicao dos recursos obtidos com a alienao de ativos;
IV - avaliao da situao financeira e atuarial: a) dos regimes geral de previdncia social e prprio dos servidores pblicos e
do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
b) dos demais fundos pblicos e programas estatais de natureza atuarial; V - demonstrativo da estimativa e compensao da renncia de receita e da
margem de expanso das despesas obrigatrias de carter continuado.
Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatria de carter continuado a
despesa corrente derivada de lei, medida provisria ou ato administrativo normativo
que fixem para o ente a obrigao legal de sua execuo por um perodo superior a
dois exerccios.
Temos tambm integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, onde sero avaliados
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas pblicas,
informando as providncias a serem tomadas, caso se concretizem.
Os passivos contingentes podem ser definidos como dvidas cuja existncia depende
de fatores imprevisveis, como os processos judiciais em curso e dvidas em
processo de reconhecimento.
Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da Unio apresentar, em anexo
especfico, os objetivos das polticas monetria, creditcia e cambial, bem como
os parmetros e as projees para seus principais agregados e variveis, e tambm as
metas de inflao, para o exerccio subsequente.
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Caiu na prova: (ESAF APO/MPOG - 2008) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) atribuiu novas e importantes funes ao oramento e Lei de Diretrizes Oramentrias. Nos
termos da LRF, a Lei de Diretrizes Oramentrias recebeu novas e importantes
funes entre as quais no se inclui:
a) mostrar as despesas relativas dvida pblica, mobiliria ou contratual e
respectivas receitas, sendo o financiamento da dvida demonstrado de forma
separada nas leis de crditos adicionais.
b) estabelecer critrios e formas de limitao de empenho, na ocorrncia de
arrecadao da receita inferior ao esperado, de modo a comprometer as metas de
resultado primrio e nominal previstas para o exerccio.
c) quantificar o resultado primrio obtido com vistas reduo do montante da
dvida e despesas com juros.
d) dispor sobre o controle de custos e avaliao dos resultados dos programas
financiados pelo oramento.
e) disciplinar as transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas.
Vamos ao nosso quadro:
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPOR SOBRE:
Equilbrio entre receitas e despesas
Critrios e forma de limitao de empenho, caso a realizao da receita possa no comportar o
cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal previstas
Normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programas financiados
com recursos dos oramentos
Demais condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas
Montamos mais um quadro, desta vez com o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de
Riscos Fiscais:
INTEGRAR O PROJETO DA LDO O ANEXO DE METAS FISCAIS QUE CONTER:
As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e
primrio e montante da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes.
A avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.
Demonstrativo das metas anuais, instrudo com memria e metodologia de clculo que justifiquem os
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resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos trs exerccios anteriores, e evidenciando a
consistncia delas com as premissas e os objetivos da poltica econmica nacional.
Evoluo do patrimnio lquido, tambm nos ltimos trs exerccios, destacando a origem e a aplicao
dos recursos obtidos com a alienao de ativos.
Avaliao da situao financeira e atuarial:
dos regimes geral de previdncia social e prprio dos servidores pblicos e do FAT;
dos demais fundos pblicos e programas estatais de natureza atuarial
Demonstrativo da estimativa e compensao da renncia de receita e da margem de expanso das
despesas obrigatrias de carter continuado.
INTEGRAR O PROJETO DA LDO O ANEXO DE RISCOS FISCAIS
Onde sero avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas pblicas,
informando as providncias a serem tomadas, caso se concretizem.
Na questo: a) a incorreta. O refinanciamento da dvida pblica constar separadamente na lei
oramentria e nas de crditos adicionais.
b) Correta. A LDO dispor sobre critrios e forma de limitao de empenho, caso a
realizao da receita possa no comportar o cumprimento das metas de resultado
primrio ou nominal previstas.
c) Correta. O Anexo de Metas Fiscais da LDO conter as metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e
primrio e montante da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para
os dois seguintes.
d) Correta. A LDO dispor sobre normas relativas ao controle de custos e
avaliao dos resultados dos programas financiados com recursos dos oramentos
e) Correta. A LDO deve disciplinar as condies e exigncias para transferncias de
recursos a entidades pblicas e privadas.
Resposta: Letra A.
Vamos falar de mais uma caracterstica da LDO, segundo o art. 169 da CF/88: 1 A concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao, a criao de
cargos, empregos e funes ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a
admisso ou contratao de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da
administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo
poder pblico, s podero ser feitas:
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I - se houver prvia dotao oramentria suficiente para atender s projees de
despesa de pessoal e aos acrscimos dela decorrentes;
II - se houver autorizao especfica na lei de diretrizes oramentrias,
ressalvadas as empresas pblicas e as sociedades de economia mista.
Assim, necessrio autorizao especfica na LDO para a concesso de qualquer
vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos, empregos e funes ou
alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso ou contratao de pessoal,
a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da administrao direta ou indireta,
inclusive fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico. A exceo se d para
as empresas pblicas e para as sociedades de economia mista.
A cobrana da letra fria da LDO no to comum nas provas da ESAF. No entanto,
citarei os artigos que considero com mais probabilidade de aparecerem numa prova,
considerando j a LDO 2010, sancionada em agosto pelo Presidente da Repblica
(Lei n 12.017, de 12 de agosto de 2009):
Art. 5: traz definies importantes sobre as despesas. O tema ser estudado na aula sobre Despesa Pblica.
Art. 6: excluses aos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social. Art 7: classificaes da despesa pblica. O tema ser estudado tambm na
aula sobre Despesa Pblica.
Art. 8: Todo crdito oramentrio deve ser consignado, diretamente, unidade oramentria qual pertencem as aes correspondentes, vedando-se
a consignao de crdito a ttulo de transferncia a unidades oramentrias
integrantes dos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social.
Art. 32 Condies para transferncia de recursos a ttulo de subvenes sociais.
Art. 54 - As empresas estatais no-integrantes dos oramentos fiscal e da seguridade social sero includas nos oramentos de investimentos das
estatais com todos os investimentos realizados, independentemente da fonte
de financiamento utilizada. Veremos ainda nesta aula.
Art. 56 (caput, 12, 13, 14 e 15): Abertura de crditos adicionais suplementares e especiais por projeto de Lei.
Art. 57 Abertura de crdito adicional suplementar por decreto.
Art. 58 Abertura de crdito adicional extraordinrio. O tema Crditos Adicionais ser tratado em aula especfica sobre o assunto.
Caiu na prova. Questo sobre o art. 6 da LDO-2010: (CESPE Analista Judicirio Administrativo - TRE/GO 2008) Devem integrar os oramentos fiscal e da seguridade social os recursos destinados a:
A) fundos de incentivos fiscais.
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B) conselhos de fiscalizao de profisses regulamentadas.
C) um ente federativo diverso daquele que efetuou a arrecadao.
D) empresas que recebam recursos apenas sob a forma de participao societria.
A questo tambm trata da LDO que foi publicada em 2008 para a elaborao e
vigncia da LOA em 2009. Porm vamos responder esta questo pela LDO 2010. Segundo o art.6 da LDO 2010, os Oramentos Fiscal e da Seguridade Social compreendero o conjunto das receitas pblicas bem como das despesas dos Poderes
da Unio, seus fundos, rgos, autarquias, inclusive especiais, e fundaes
institudas e mantidas pelo Poder Pblico, bem como das empresas pblicas,
sociedades de economia mista e demais entidades em que a Unio, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e que dela
recebam recursos do Tesouro Nacional, devendo a correspondente execuo
oramentria e financeira, da receita e da despesa, ser registrada na modalidade total
no Sistema Integrado de Administrao Financeira do Governo Federal SIAFI. At este ponto, pouco acrescenta CF/88. No entanto, apresenta algumas excluses e
por meio delas que responderemos questo.
So estas as excluses dos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social: I - os fundos de incentivos fiscais, que figuraro exclusivamente como informaes
complementares ao Projeto de Lei Oramentria de 2010;
II - os conselhos de fiscalizao de profisso regulamentada, constitudos sob a
forma de autarquia; e
III - as empresas pblicas ou sociedades de economia mista que recebam recursos da
Unio apenas em virtude de:
Participao acionria;
Fornecimento de bens ou prestao de servios;
Pagamento de emprstimos e financiamentos concedidos;
Transferncia para aplicao em programas de financiamento.
Um fundo um conjunto de recursos previamente definidos na sua lei de criao ou
em outro ato legal, destinados, exclusivamente, ao desenvolvimento ou
consolidao de atividades pblicas devidamente caracterizadas. J incentivos
fiscais so estmulos a determinadas atividades criadas por medidas tributrias que
reduzam ou eliminam os impostos efetivamente cobrados sobre tais atividades.
Assim, os fundos de incentivos fiscais so aqueles que atuam com recursos de
incentivos fiscais, por meio de instituies financeiras oficiais e sob a superviso de
rgos regionais. Segundo a LDO-2010, so os fundos de incentivos fiscais que
figuraro exclusivamente como informaes complementares ao Projeto de Lei
Oramentria de 2010. Exemplos: Fundo de Recuperao Econmica do Esprito
Santo - FUNRES, Fundo de Investimentos do Nordeste - FINOR e Fundo de
Investimentos da Amaznia - FINAM.
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Vamos questo: a) Errada. Os fundos de incentivos fiscais figuraro exclusivamente como
informaes complementares ao Projeto de Lei Oramentria de 2010. Logo, esto
entre as excluses do Oramento Fiscal e da Seguridade Social.
b) Errada. Os conselhos de fiscalizao de profisso regulamentada, constitudo sob
a forma de autarquia, esto entre as excluses do Oramento Fiscal e da Seguridade
Social.
c) Correta. Algumas receitas so arrecadadas por um ente, porm pertencem a outro.
Por exemplo, alguns impostos so arrecadados pela Unio, como o Imposto de
Renda, mas parte significativa pertence a outros entes federados. Se so arrecadados
pela Unio, segundo o princpio do Oramento Bruto, devem constar do
Oramento pelos seus totais, mesmo se forem destinados a ente federativo diverso
daquele que efetuou a arrecadao.
d) Errada. A empresa pblica ou sociedade de economia mista que receba recurso da
Unio apenas em virtude de participao acionria est entre as excluses do
Oramento Fiscal e da Seguridade Social, assim como as que recebam recursos da
Unio apenas em virtude de fornecimento de bens ou prestao de servios;
pagamento de emprstimos e financiamentos concedidos e/ou transferncia para
aplicao em programas de financiamento.
Resposta: Letra C Nos exerccios ao final da aula resolverei mais uma questo sobre o tema, desta vez
baseada no art. 32 da LDO-2010.
LEI ORAMENTRIA ANUAL
A Lei Oramentria Anual o instrumento pelo qual o poder pblico prev a
arrecadao de receitas e fixa a realizao de despesas para o perodo de um ano. A
LOA o oramento por excelncia ou o oramento propriamente dito. A finalidade
da LOA a concretizao dos objetivos e metas estabelecidas no PPA. o
cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonncia com o que foi
estabelecido na LDO. Portanto, orientado pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA,
compreende as aes a serem executadas, seguindo as diretrizes estabelecidas na
LDO.
Veremos em aula especfica o assunto Ciclo Oramentrio (aula 2). De forma
simplificada, a elaborao da proposta oramentria para um dado exerccio
financeiro funciona da seguinte forma: todos os poderes (Executivo, Legislativo,
Judicirio e mais o Ministrio Pblico), elaboram suas propostas oramentrias e
encaminham para o poder Executivo (para o Ministrio do Planejamento, no caso da
Unio; e para as Secretarias de Planejamento, nos outros entes), o qual
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consubstancia todas as propostas e encaminha um projeto de lei de oramento ao
Legislativo.
Quanto vigncia, tambm segue o ADCT. O projeto da Lei Oramentria anual
dever ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do trmino do exerccio
financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo at o encerramento da sesso
legislativa (22 de dezembro) do exerccio de sua elaborao.
Segundo o art. 165 da CF/88:
5 - A lei oramentria anual compreender: I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e
entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e
mantidas pelo Poder Pblico;
II - o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a
ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e
fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.
Cuidado: Pela CF/88, a LOA compreende o oramento fiscal, da seguridade social e
de investimentos das estatais. No existe mais oramento monetrio, porm ele
ainda cai em prova para confundir o candidato! No existem mais oramentos
paralelos. Fique ligado!
Segundo o 7 do art. 165 da CF/88, os oramentos fiscais e de investimentos das
estatais, compatibilizados com o plano plurianual, tero entre suas funes a de
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional.
Ateno: note que o Oramento da Seguridade Social no tem a funo de reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional.
Sobre a Seguridade Social, tem-se o art. 194 da CF/88, que dispe que a seguridade
social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes
Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade,
previdncia e assistncia social.
A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e
econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e
recuperao. Quanto previdncia social, fundada na idia de solidariedade social,
deve ser organizada sob a forma de um regime geral, sendo este de carter
contributivo e filiao obrigatria. J a assistncia social apresenta caracterstica de
universalidade, j que ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuio seguridade social.
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Ateno: O oramento da seguridade social aplicado a todos os rgos que
possuem receitas e despesas pblicas relacionadas seguridade social (previdncia,
assistncia e sade) e no apenas aqueles que prestam servios de seguridade social.
Por exemplo, o Ministrio do Planejamento possui despesas de assistncia mdica
relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do oramento da seguridade
social.
Ainda, a CF veda a utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos
dos oramentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir dficit
de empresas, fundaes e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, 5 (o
qual define que a LOA compreender os oramentos fiscal, de investimentos das
estatais e da seguridade social).
Segundo o Professor Giacomoni, a forma de tratamento e disposio dos trs
oramentos que constituem a lei oramentria anual fiscal, seguridade social e investimento das empresas estatais , igualmente, estabelecida nas LDOs. Enquanto o oramento de investimento das empresas individualizado, constituindo
documento separado, os outros dois fiscal e seguridade social so tratados como categorias classificatrias de receita e despesa, e apresentados conjuntamente no
mesmo documento. Essa soluo tem merecido crticas, pois a falta de separao
clara entre os citados oramentos deixaria pouco transparentes os valores de um e
outro. De qualquer forma, como praticamente todas as entidades federais tm
encargos classificveis nos dois oramentos, a metodologia utilizada a mais
recomendvel.
Caiu na prova: (CESPE Analista Administrativo - ANATEL 2009) Enquanto o oramento de investimento das empresas estatais individualizado, constituindo documento
separado, os oramentos fiscal e da seguridade social so apresentados
conjuntamente no mesmo documento, o que tem ensejado crticas por parte dos que
entendem que a falta de separao dos dois ltimos compromete a necessria
transparncia dos respectivos valores, como, por exemplo, os referentes
previdncia social.
V-se que a questo praticamente uma cpia da opinio do consagrado autor.
Porm, ele no quis dizer que so duas leis, uma com os oramentos fiscal e da
seguridade e outra com o oramento de investimento. Na verdade, o que ele quis
dizer que h uma clara diviso dentro da prpria Lei. No PLOA 2010 temos o
CAPTULO II DOS ORAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL e o
CAPTULO III DO ORAMENTO DE INVESTIMENTO. Nos volumes que
compe a LOA o oramento de investimento tambm est separado.
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Resposta: Certa
Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas antes, precisaremos do
importante conceito de empresa estatal dependente.
Primeiro, temos que saber que uma empresa controlada uma sociedade cuja
maioria do capital social com direito a voto pertena, direta ou indiretamente, a ente
da Federao.
Consoante a LRF, empresa estatal dependente uma empresa controlada, mas
que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas
com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excludos, no ltimo caso,
aqueles provenientes de aumento de participao acionria.
Este conceito importantssimo, porque sendo uma empresa estatal considerada
dependente, ela participar do Oramento Fiscal e da Seguridade Social.
Integram o oramento de investimentos apenas as chamadas empresas
estatais no-dependentes.
Vejamos agora o j citado art. 54 da LDO-2010, cujo contedo j caiu em provas,
pois ele j existia em LDOs anteriores: "O Oramento de Investimento previsto no
art. 165, 5, inciso II, da Constituio, abranger as empresas em que a Unio,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto,
ressalvado o disposto no 5 deste artigo, e dele constaro todos os investimentos
realizados, independentemente da fonte de financiamento utilizada."
A ressalva do 5 deste artigo da LDO-2010 o que trata das estatais dependentes,
ou seja, as que esto integralmente nos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social e
no constam do Oramento de Investimentos.
Logo, as empresas estatais no-integrantes dos oramentos fiscal e da seguridade
social (ou seja, as no-dependentes) sero includas nos oramentos de
investimentos das estatais com todos os investimentos realizados,
independentemente da fonte de financiamento utilizada.
Caiu na prova: (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Nos termos da Lei de
Responsabilidade Fiscal, para que uma empresa estatal seja considerada dependente,
necessrio que, alm de controlada, ela receba do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas:
I. com pessoal.
II. de custeio em geral. III. de capital, includos os provenientes de aumento de participao acionria.
IV. de capital, excludos os provenientes de aumento de participao acionria.
a) I ou II ou IV.
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b) I e II e III. c) II ou III ou IV.
d) I e II e IV.
e) I ou II ou III.
Vamos interpretar o conceito de empresa estatal dependente da LRF:
QUADRO EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE
uma empresa controlada, ou seja, uma sociedade cuja maioria do capital social
com direito a voto pertena, direta ou indiretamente, a ente da Federao.
Porm, que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de
despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital.
Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes
de aumento de participao acionria, no ser considerada estatal dependente.
Sendo estatal dependente, integrar o Oramento Fiscal e da Seguridade Social.
Se for no-dependente, integrar o Oramento de Investimentos.
I) II) e IV) Corretos. O recebimento de recursos financeiros pela empresa controlada
para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excludos os provenientes de aumento de participao acionria, a torna empresa
estatal dependente.
III) Errado. Devem ser excludas as despesas de capital provenientes de aumento de
participao acionria.
Logo, I ou II ou IV a alternativa que responde o item.
Resposta: Letra A.
A LRF tambm traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5 da LRF, o projeto
de lei oramentria anual, elaborado de forma compatvel com o plano plurianual e
com a lei de diretrizes oramentrias:
I - conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programao dos
oramentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; II
- ser acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e
despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de
natureza financeira, tributria e creditcia, bem como das medidas de compensao
a renncias de receita e ao aumento de despesas obrigatrias de carter
continuado;
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III - conter reserva de contingncia, cuja forma de utilizao e montante, definido
com base na receita corrente lquida, sero estabelecidos na LDO, destinada ao
atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
A reserva de contingncia tem por finalidade atender, alm da abertura de crditos
adicionais, perdas que, embora sejam previsveis, so episdicas, contingentes ou
eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituio, com vistas a enfrentar
provveis perdas decorrentes de situaes emergenciais.
O mesmo artigo da LRF determina ainda que constaro da LOA todas as despesas
relativas dvida pblica, mobiliria ou contratual, e as receitas que as atendero.
Ainda, tem-se que o refinanciamento da dvida pblica constar separadamente na
lei oramentria e nas de crdito adicional.
Finalmente, integraro as despesas da Unio, e sero includas na lei oramentria,
as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais,
custeio administrativo, inclusive os destinados a benefcios e assistncia aos
servidores, e a investimentos.
A LRF tambm impe limitaes visando preservao do patrimnio pblico.
Assim, devemos saber tambm que, segundo o art. 45 da LRF, uma das condies
limitantes que a lei oramentria e as de crditos adicionais s incluiro novos
projetos aps adequadamente atendidos os que estiverem em andamento e
contempladas as despesas de conservao do patrimnio pblico, nos termos em
que dispuser a lei de diretrizes oramentrias.
Outra limitao a do 5 do art. 5, o qual dispe que a LOA no consignar
dotao para investimento com durao superior a um exerccio financeiro que no
esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua incluso.
Ainda, ressalta no art. 44 que vedada a aplicao da receita de capital derivada da
alienao de bens e direitos que integram o patrimnio pblico para o financiamento
de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdncia social,
geral e prprio dos servidores pblicos.
Caiu na prova: (FCC ACE - TCE/CE 2008) O projeto de lei oramentria anual, elaborado de forma compatvel com o Plano Plurianual, com a Lei de Diretrizes Oramentrias e
com as normas da Lei de Responsabilidade Fiscal, dispor sobre:
(A) a variao patrimonial, evidenciando a alienao de ativos.
(B) a forma de realizao de despesas sem prvio empenho.
(C) o clculo do baixo crescimento da taxa de variao acumulada sobre o PIB. (D) a reserva de contingncia destinada ao atendimento de passivos contingentes e
outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
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(E) as formas de compra de ttulos da dvida e a data de sua colocao no mercado.
Segundo a LRF, o projeto de lei oramentria anual, elaborado de forma compatvel
com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias:
I - conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programao dos
oramentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; II
- ser acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e
despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de
naturezas financeiras, tributrias e creditcia, bem como das medidas de
compensao a renncias de receita e ao aumento de despesas obrigatrias de
carter continuado;
III - conter reserva de contingncia, cuja forma de utilizao e montante, definido
com base na receita corrente lquida, sero estabelecidos na LDO, destinada ao
atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
Resposta: Letra D
EXERCCIOS
1) (ESAF Procurador PGFN 2006) A propsito do oramento, e de acordo com o modelo constitucional brasileiro vigente, a lei que instituir o plano plurianual
estabelecer:
a) o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, de modo pormenorizado, com
exceo de fundos para rgos e entidades da administrao indireta.
b) de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de durao continuada.
c) o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social, bem como das empresas que
contm com participao federal, embora a Unio no exera direito de voto.
d) o oramento da administrao direta e indireta, sob responsabilidade da Unio,
excluindo-se o oramento da Seguridade Social.
e) sistema especfico e pormenorizado para reduo de desigualdades sociais,
vedando-se, no entanto, a utilizao de anistias e de remisses.
Segundo o art. 165 da CF/88: 1 - A lei que instituir o plano plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao
continuada.
Resposta: Letra B
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2) (FCC ACE/TI - TCE/AM 2008) Sobre as finanas pblicas disciplinadas na Constituio Federal, considere:
I. A Lei Oramentria Anual (LOA) um instrumento intermedirio entre o Plano
Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO). II. As diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica para investimentos que
ultrapassem um ano devem ser estabelecidos no PPA.
III. As metas e as prioridades da administrao pblica para um perodo de um ano
devem ser estabelecidas na LOA.
IV. A poltica econmico-financeira e o plano de trabalho do governo para um
perodo de um ano devem ser estabelecidos na LDO.
Est correto o que consta APENAS em:
(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) II, III e IV.
(E) III e IV.
I) Errado. A Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) um instrumento
intermedirio entre o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Oramentria Anual (LOA).
A LDO o elo entre o PPA e a LOA.
II) Correto. Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio
financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei
que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade. E, como sabemos,
o PPA estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica.
III) Errado. Segundo o 2 do art. 165 da CF, a LDO compreender as metas e
prioridades da administrao pblica federal.
IV) Errado. O oramento anual um plano de trabalho governamental expresso em
termos monetrios e que evidencia a poltica econmico-financeira do Governo. Logo,
apenas a afirmativa II est correta.
Resposta: Letra C
3) (ESAF Tcnico de Nvel Superior/SPU 2006) Nos termos da Constituio Federal, a lei oramentria anual compreender:
I. o oramento fiscal.
II. o oramento de investimento das empresas estatais.
III. o oramento da seguridade social.
Assinale a opo correta. a) Os itens I, II e III esto corretos.
b) Apenas o item I est correto.
c) Apenas os itens I e II esto corretos.
d) Apenas os itens I e III esto corretos.
e) Apenas os itens II e III esto corretos.
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Segundo o art. 165 da CF/88:
5 - A lei oramentria anual compreender: I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e
entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e
mantidas pelo Poder Pblico;
II - o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a
ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e
fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.
Logo, os itens I, II e III esto corretos.
Resposta: Letra A
4) (CESPE Analista Administrativo - ANATEL 2009) Em atendimento ao disposto no texto constitucional, estabelecendo a necessidade de lei complementar
em matria oramentria, editou-se a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que
preencheu as lacunas da Lei n 4.320/1964.
A LRF estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na
gesto fiscal, porm sua funo no foi de preencher as lacunas da Lei 4320/64.
Outra lei complementar deve ser editada, consoante o art. 165 da CF:
9 - Cabe lei complementar: I - dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, a elaborao e a
organizao do plano plurianual, da lei de diretrizes oramentrias e da lei
oramentria anual;
II - estabelecer normas de gesto financeira e patrimonial da administrao direta e
indireta bem como condies para a instituio e funcionamento de fundos.
Atualmente, na ausncia dessa Lei, quem supre esse vcuo legislativo a Lei de
Diretrizes Oramentrias (LDO) que todo ano acaba tendo, entre suas diversas
atribuies, que preencher as lacunas da Lei 4.320/64.
Resposta: Errada.
5) (ESAF Analista Contbil-Financeiro SEFAZ/CE 2006) Sobre o Plano Plurianual PPA de que trata o art. 165 da Constituio Federal correto afirmar, exceto:
a) sua durao atual de quatro anos.
b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
Administrao Pblica para as despesas de capital.
c) a elaborao d-se no primeiro ano do mandato do governante.
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d) os programas de governo e seus principais elementos constitutivos so objeto do
PPA. e) os valores a serem aplicados nos programas no constam do PPA por serem
objeto da Lei Oramentria Anual LOA.
A questo pede o que no se pode afirmar, logo quer a alternativa incorreta. a) Correta. O PPA o instrumento de planejamento de mdio prazo cuja durao de
quatro anos no Governo Federal prevista no art. 35 do ADCT.
b) Correta. O PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da Administrao Pblica Federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.
c) Correta. O PPA ser encaminhado at quatro meses antes do encerramento do
primeiro exerccio financeiro do mandato do governante e devolvido para sano at
o encerramento da sesso legislativa. Assim, o PPA elaborado no primeiro ano de
governo e entrar em vigor no segundo ano. A partir da, ter sua vigncia at o final
do primeiro ano do mandato seguinte.
d) Correta. A organizao das aes do Governo est sob a forma de programas, o
qual o elemento central do PPA, integrando o Plano Plurianual aos oramentos
anuais, execuo e ao controle.
e) a incorreta. No PPA constam os programas com seus valores para todo o
perodo do Plano, divididos por cada um dos quatro anos.
Resposta: Letra E
6) (FCC Assessor - MPE/RS 2008) Considere as afirmaes em relao ao Oramento Pblico no Brasil. I. A Lei Oramentria Anual compreender o oramento fiscal, o oramento de
investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto e o oramento da seguridade social.
II. A Lei de Diretrizes Oramentrias tem a finalidade de nortear a elaborao dos
oramentos anuais de forma a adequ-los s diretrizes, objetivos e metas da
administrao pblica, estabelecidos no plano plurianual.
III. O Plano Plurianual um plano de mdio prazo, atravs do qual procura-se
ordenar as aes do governo que levem realizao dos objetivos e metas fixadas
para um perodo de cinco anos.
IV. A Lei dos Oramentos Anuais o instrumento utilizado para a consequente
materializao do conjunto de aes e objetivos que foram planejados visando ao
atendimento e bem-estar da coletividade.
V. A Lei de Diretrizes Oramentrias compreender as metas e prioridades da
administrao pblica.
So verdadeiras APENAS as afirmaes
(A) II e IV.
(B) I, II, IV e V.
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(C) II e III.
(D) I, IV e V.
(E) I, II e III.
I) Correto. Segundo o 5 do art. 165 da CF, a LOA compreender:
O oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e
mantidas pelo Poder Pblico;
O oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
O oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e
fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.
II) Correto. A LDO o elo entre o Plano Plurianual e a Lei Oramentria Anual.
III) Errado. O Plano Plurianual - PPA o instrumento de planejamento de mdio
prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da Administrao Pblica Federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.
No entanto, sua vigncia de 4 anos.
IV) Correto. A Lei dos Oramentos Anuais o oramento propriamente dito, logo a
LOA a materializao por meio de aes dos programas que foram previstos no
PPA, visando ao atendimento e bem-estar da coletividade.
V) Correto. A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades
da administrao pblica federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio
financeiro subsequente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor
sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das
agncias financeiras oficiais de fomento.
Logo, as afirmativas I, II, IV e V esto corretas.
Resposta: Letra B
7) (ESAF AFCE TCU 2006) No que se refere matria oramentria, a Constituio de 1988, em seu artigo 165, determina que leis de iniciativa do Poder
Executivo estabeleam o Plano Plurianual, as diretrizes oramentrias e os
oramentos anuais. Identifique a opo falsa com relao ao tema.
a) A Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) consiste na lei que norteia a elaborao
dos oramentos anuais, compreendidos o oramento fiscal, o oramento de
investimento das empresas estatais e o oramento da seguridade social.
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b) A Lei Oramentria Anual (LOA) objetiva viabilizar a realizao das aes
planejadas no Plano Plurianual e transform-las em realidade.
c) A Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), sob forma de projeto, deve ser
encaminhada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, na esfera federal, at oito
meses e meio antes do encerramento do exerccio financeiro (15 de abril) e
devolvida para sano at o final do primeiro perodo da sesso legislativa (17 de
julho).
d) O Plano Plurianual corresponde a um plano, por meio do qual se procura ordenar
as aes do governo que levem ao alcance dos objetivos e das metas fixados para
um perodo de trs anos.
e) A Lei do Oramento, sob forma de projeto, deve ser encaminhada, no mbito
federal, at quatro meses antes do encerramento do exerccio financeiro (31 de
agosto) e devolvida para sano at o final da sesso legislativa.
A alternativa C foi adaptada porque os prazos do perodo legislativo mudaram. Para
relembrar:
QUADRO LEGISLATURA
Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sesses legislativas anuais.
Sesso Legislativa Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 perodos.
1 perodo: 02 Fev a 17 Jul Perodo Legislativo
2 perodo: 1 Ago a 22 Dez
A questo pede a alternativa incorreta. a) Correta. A LDO tem a finalidade de nortear a elaborao dos oramentos anuais.
Pela CF/88, a LOA compreende o oramento fiscal, da seguridade social e de
investimentos das estatais.
b) Correta. A finalidade da LOA a concretizao dos objetivos e metas
estabelecidas no PPA. o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em
consonncia com o que for estabelecido na LDO.
c) Correta. O projeto de lei de diretrizes oramentrias ser encaminhado at oito
meses e meio antes do encerramento do exerccio financeiro (15 de abril) e
devolvido para sano at o encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa
(17 de julho). d) a incorreta. A CF/88 recuperou a figura do planejamento na administrao
pblica brasileira, mediante a integrao entre plano e oramento por meio da
criao do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO). O
PPA, assim como a LDO, uma inovao da Constituio de 1988. Antes do PPA,
existiam outros instrumentos de planejamento estratgico, como o Oramento
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Plurianual de Investimentos (OPI), com 3 anos de durao, o qual no se confunde
com o PPA, que possui 4 anos de durao.
e) Correta. O projeto de lei oramentria da Unio ser encaminhado at quatro
meses antes do encerramento do exerccio financeiro (31 de agosto) e devolvido
para sano at o encerramento da sesso legislativa.
Resposta: Letra D.
8) (FGV APO/PE - 2008) matria tratada na lei do Plano Plurianual: (A) as metas fiscais para o exerccio em curso e para os dois exerccios seguintes em
valores correntes e constantes.
(B) a previso das receitas e das despesas para o exerccio em conformidade com a
Lei de Diretrizes Oramentrias. (C) as diretrizes, os objetivos e as metas da administrao pblica para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao
continuada.
(D) as alteraes na legislao tributria e os seus reflexos na instituio, previso e
efetiva arrecadao no exerccio.
(E) a avaliao da situao financeira e atuarial do regime geral de previdncia
social e do regime prprio dos servidores pblicos e do Fundo de Amparo ao
Trabalhador.
a) Errada. matria tratada na LDO, no anexo de metas fiscais, em que sero
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primrio e montante da dvida pblica, para o
exerccio a que se referirem e para os dois seguintes.
b) Errada. As matrias tratadas no PPA no so elaboradas em conformidade com a
LDO. Preste ateno! As matrias da LDO que devem estar em conformidade
com o PPA. A LDO o elo entre PPA e LOA.
c) Correta. exatamente o que estudamos sobre a matria tratada no PPA: as
diretrizes, os objetivos e as metas da administrao pblica para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao
continuada.
d) Errada. A LDO que deve dispor sobre alteraes na legislao tributria. e) Errada. matria tambm tratada na LDO, no anexo de metas fiscais, no qual
constar a avaliao da situao financeira e atuarial dos regimes geral de
previdncia social e prprio dos servidores pblicos e do Fundo de Amparo ao
Trabalhador.
Resposta: Letra C.
9) (CESPE Analista Administrativo - ANATEL 2009) Uma das condies estabelecidas na Lei de Diretrizes Oramentrias em vigor para a transferncia de
recursos a ttulo de subvenes econmicas para entidades privadas, que exeram
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atividades espordicas em reas sociais, que prestem servios a preos subsidiados
e estejam registradas no Conselho Nacional de Assistncia Social.
A questo trata da LDO que foi publicada em 2008 para a elaborao e vigncia da
LOA em 2009. Porm vamos responder esta questo pela LDO 2010. Lembre-se
que uma das funes da LDO orientar o Oramento Anual. O art. 32 da
LDO - 2010 afirma que para a entidade privada sem fins lucrativos receber recursos
a ttulo de subvenes sociais, dever exercer atividades de natureza continuada
nas reas de cultura, assistncia social, sade ou educao. Dever tambm, dentre
outras condies, ser de atendimento direto ao pblico, de forma gratuita, e tenham
certificao de entidade beneficente de assistncia social nas reas de sade,
educao ou assistncia social, expedida pelo Conselho Nacional de Assistncia
Social - CNAS ou por outro rgo competente das demais reas de atuao
governamental. Ou seja, a questo fala de atividades espordicas e preos
subsidiados, logo est incorreta.
Resposta: Errada.
10) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Segundo a Lei de
Responsabilidade Fiscal, o Anexo de Metas Fiscais, em que sero estabelecidas
metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primrio e montante da dvida pblica, para o exerccio a que
se referirem e para os dois seguintes, dever integrar o:
a) Relatrio de Gesto Fiscal. b) Relatrio Resumido da Execuo Oramentria.
c) Projeto da Lei do Plano Plurianual.
d) Projeto da Lei de Diretrizes Oramentrias.
e) Projeto da Lei Oramentria Anual.
Segundo o art. 4 da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrar a LDO: 1o Integrar o projeto de lei de diretrizes oramentrias o Anexo de Metas
Fiscais, em que sero estabelecidas metas anuais, em valores correntes e
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primrio e montante
da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes.
A questo reproduz na ntegra esse dispositivo da LRF.
Resposta: Letra D
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E aqui terminamos a aula 1
Na aula 2 continuaremos a falar de planejamento e oramento na CF/88, LRF e Lei 4320/64 abordando o Ciclo Oramentrio. Trataremos da elaborao, discusso,
aprovao, execuo, avaliao, fiscalizao e controle interno e externo dos
oramentos, bem como de iniciativa, prazos, emendas, alteraes e tramitao das
leis oramentrias.
Forte abrao!
Srgio Mendes
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MEMENTO AULA 1
LEI COMPLEMENTAR
Cabe lei complementar prevista no 9 do art. 165 da CF e ainda no editada:
I-dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, a elaborao e a organizao do PPA, LDO E LOA;
II - estabelecer normas de gesto financeira e patrimonial da administrao direta e indireta bem como
condies para a instituio e funcionamento de fundos.
A LRF no a Lei Complementar do 9 do art. 165.
Na ausncia dessa Lei, quem cumpre esse vcuo legislativo a cada ano a LDO.
Porm na esfera federal os prazos para o ciclo oramentrio esto no ADCT.
EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE
uma empresa controlada, ou seja, uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertena, direta ou indiretamente, a ente da Federao.
Porm, que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de
custeio em geral ou de capital.
Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes de aumento de
participao acionria, no ser considerada estatal dependente.
Sendo estatal dependente, integrar o Oramento Fiscal e da Seguridade Social.
Se for no-dependente, integrar o Oramento de Investimentos.
PPA
Estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administrao pblica federal
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.
Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso
no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade.
Assim como a LDO, inovao da CF/88.
LDO:
SEGUNDO A CF, A LDO:
Compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal
Incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente
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Orientar a elaborao da LOA
Dispor sobre as alteraes na legislao tributria
Estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficias de fomento
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPOR SOBRE:
Equilbrio entre receitas e despesas
Critrios e forma de limitao de empenho, caso a realizao da receita possa no comportar o cumprimento
das metas de resultado primrio ou nominal previstas
Normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programas financiados com recursos
dos oramentos
Demais condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas
INTEGRAR O PROJETO DA LDO O ANEXO DE METAS FISCAIS QUE CONTER:
As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primrio e
montante da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes.
A avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.
Demonstrativo das metas anuais, instrudo com memria e metodologia de clculo que justifiquem os
resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos trs exerccios anteriores, e evidenciando a
consistncia delas com as premissas e os objetivos da poltica econmica nacional.
Evoluo do patrimnio lquido, tambm nos ltimos trs exerccios, destacando a origem e a aplicao dos
recursos obtidos com a alienao de ativos.
Avaliao da situao financeira e atuarial:
dos regimes geral de previdncia social e prprio dos servidores pblicos e do FAT;
dos demais fundos pblicos e programas estatais de natureza atuarial
Demonstrativo da estimativa e compensao da renncia de receita e da margem de expanso das despesas
obrigatrias de carter continuado.
INTEGRAR O PROJETO DA LDO O ANEXO DE RISCOS FISCAIS
Onde sero avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas pblicas, informando
as providncias a serem tomadas, caso se concretizem.
NECESSIDADE DE AUTORIZAO ESPECFICA NA LDO:
Regra: concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos, empregos e funes
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ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso ou contratao de pessoal, a qualquer ttulo, pelos
rgos e entidades da administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo poder
pblico. Exceo: empresas pblicas e sociedades de economia mista.
LOA:
SEGUNDO A CF, A LOA COMPREENDER:
I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e
indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico;
II - o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto;
III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da
administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.
Seu projeto ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia.
Os oramentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, tero entre suas
funes a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional.
vedada a utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos, inclusive dos
mencionados no art. 165, 5 (o qual define que a LOA compreender os oramentos fiscal, de investimentos
das estatais e da seguridade social).
SEGUNDO A LRF, A LOA:
Deve ter seu projeto elaborado de forma compatvel com o PPA e LDO
I - conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programao dos oramentos com os objetivos e
metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO;
II - ser acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia, bem como das
medidas de compensao a renncias de receita e ao aumento de despesas obrigatrias de carter continuado;
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III - conter reserva de contingncia, cuja forma de utilizao e montante, definido com base na receita corrente
lquida, sero estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos
fiscais imprevistos.
Constaro todas as despesas relativas dvida pblica, mobiliria ou contratual, e as receitas que as atendero.
O refinanciamento da dvida pblica constar separadamente na lei oramentria e nas de crdito adicional.
CONSIDERAES SOBRE A LOA:
Enquanto o oramento de investimento das empresas individualizado, constituindo documento separado, os
outros dois fiscal e seguridade social so apresentados conjuntamente no mesmo documento.
Do oramento da seguridade social participam todos os rgos que possuem receitas e despesas pblicas
relacionadas previdncia, assistncia e sade e no apenas aqueles que prestam servios de seguridade social.
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LISTA DE QUESTES COMENTADAS NESTA AULA
I) QUESTES APRESENTADAS DURANTE A AULA
1) (ESAF APO/SP - 2009) Segundo disposio da Constituio Federal de 1988, as diretrizes e metas da administrao pblica, para as despesas de capital, so
definidas no seguinte instrumento:
a) em lei ordinria de ordenamento da administrao p