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13/04/2015
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Marcilio Melo – Diretor da Gestec MunicipalBelo Horizonte, 14 de abril de 2015
III SEMINÁRIO DE GESTÃO E ARRECADAÇÃO MUNICIPAL
AMM – Associação Mineira de Municípios
A BASE DE CÁLCULO E A JURISPRUDÊNCIA APLICÁVEL AO ITBIA Gestão e a Arrecadação do ITBI
Diretor da Gestec Municipal – Tecnologia em Métodos de
Gestão Municipal;
Professor e Consultor Municipal;
Contabilista; Graduado em Gestão Pública; Especialista em
Direito Tributário e Direito Tributário Municipal;
Atuação na Área Pública desde 1984 – Agente Fiscal ....;
Consultoria para o Fisco Municipal; Empresas de Tecnologia da
Informação; Planejamento e O&M;
Estudante!
Marcilio Melo
Tecnologia em Gestão Municipal
Organiza, Capacita e Orienta
Diagnósticos – Organização & Métodos
Assessoria e Consultoria
Treinamento – Capacitação - Seminários – Workshops
Programa Continuado Modernização da Fazenda
Projetos – Recadastramento digital Geoprocessamento
Cadastro Multifinalitário
Planta de Valores PGV; Fiscalização e Auditoria Fiscal –Simples Nacional
Gestec Municipal
Informações atualizadas sobre o tema proposto e Métodos Modernos de
Arrecadação
Ilustrar sobre “O QUE” fazer para Aumentar a Arrecadação do ITBI –
assegurando a Certeza e Liquidez do Crédito (Segurança)
A Modernização do Cadastro Técnico e Impactos na Gestão Pública
A Legislação Municipal e a Segurança na Arrecadação
O Lançamento - O PTA competente – o Crédito - NBCASP
A Jurisprudência Aplicável
Intercâmbio e troca experiências
OBJETIVOS
COMPORTAMENTO DA RECEITA MUNICIPAL
EVOLUÇÃO DAS RECEITAS PRÓPRIAS X FPM
RECEITA MUNICIPAL
Fonte: CNM
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RECEITA MUNICIPAL
Fonte: Revista Multi Cidades 2014
EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS RECEITAS 2013
ITBI IPTU TAXAS ISSQN ICMS IPVA FPM
11,3% 4,6% 4,5% 2,1% 6,0% 2,8% 1,3%
ITBI; 11,30%
IPTU; 4,60%TAXAS; 4,50%
ISSQN; 2,10%
ICMS; 6%
IPVA; 2,80%FPM; 1,30%
RECEITAS
RECEITA MUNICIPAL
Fonte: Revista Multi Cidades 2014
RECEITA MUNICIPAL
Fonte: dados, https://siconfi.tesouro.gov.br/
Amostra, valor médio, 5.334 municípios Brasileiros
818 municípios de MG
RECEITA MUNICIPAL
Municípios de BrasileirosPer Capita Média ITBI
Menor Valor R$
Município de Menor Valor
Maior Valor R$
Município de Maior Valor
Até 10 mil habitantes 21,60 0,01
Central do Maranhão - MA;Granjeiro - CE; Jardim do Mulato - PI;Milagres do Maranhão - MA;Riachão do Bacamarte - PB; São João do Arraial - PI
423,47 Paraíso das Águas - MS
De 10 mil a 20 mil hab. 16,02 0,01Caracol - PI; Cedral - MA; Lagoa do Mato - MA; Piripá - BA; Primavera - PE; São Miguel do Tapuio- PI
644,90 Xangri-lá - RS
De 20 mil a 50 mil hab. 19,87 0,01Cachoeira do Piriá - PA;Icatu - MA; Vitorino Freire - MA
273,67 Gramado - RS
De 50 mil a 100 mil hab. 29,49 0,01 Vigia - PA 508,52 Nova Lima - MG
De 100 mil a 200 mil hab. 35,26 0,39 Cametá - PA 330,33 Balneário Camboriú SC
De 200 mil a 500 mil hab. 49,89 4,88 Santarém - PA 371,74 Barueri - SP
Acima de 500 mil hab. 85,35 13,98 Duque de Caxias - RJ 161,06 Porto Alegre - RS
Fonte: dados, https://siconfi.tesouro.gov.br/
Amostra 5,334 municípios de Brasileiros
RECEITA MUNICIPAL
Municípios de Minas GeraisPer Capita Média ITBI
Menor Valor R$Município de Menor Valor
Maior Valor R$Município de Maior Valor
Até 10 mil habitantes 13,81 0,09Jenipapo de Minas - MG; Pingo-d'Água - MG
191,44 Capitólio - MG
De 10 mil a 20 mil hab. 13,51 0,06 Chapada do Norte - MG 122,90 Perdizes - MG
De 20 mil a 50 mil hab. 23,32 0,71 São João do Paraíso - MG 105,97 Santana do Paraíso - MG
De 50 mil a 100 mil hab. 48,05 4,86 São Franciso - MG 508,52 Nova Lima - MG
De 100 mil a 200 mil hab. 29,56 13,53 Ubá - MG 61,52 Pouso Alegre - MG
De 200 mil a 500 mil hab. 32,00 19,56 Ribeirão das Neves - MG 48,77 Uberaba - MG
Acima de 500 mil hab. 110,38 46,62 Juiz de Fora - MG 141,69 Belo Horizonte - MG
Fonte: dados, https://siconfi.tesouro.gov.br/
Amostra 818 municípios de MG
COMO MUDAR A REALIDADE DA ARRECADAÇÃO,
SEM IMPACTAR NO ORÇAMENTO DOS
CONTRIBUINTES?
A FAZENDA MUNICIPAL
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OBRIGAÇÕES DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL
SUJEITO ATIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL
OBRIGAÇÃO LEGAL – Sujeito Ativo da Obrigação Constitucional
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Obrigação Legal do Sujeito Ativo do ITBI - Município
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LC 101/00
– Arts. 11, 13, 14, 73 e 73A
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL – Arts. 141 e 142 – Responsabilidade Funcional dos
Agentes Tributários
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Nº 8.429/92 – Arts. 10 e 12 – Obrigação
do Gestor e Servidor
DECRETO LEI Nº 201/67 – Incisos VII e VIII, do artigo 4º - “Dispões sobre a
Responsabilidade de Prefeitos...” ......
A FAZENDA MUNICIPAL
OBRIGAÇÃO LEGAL – Sujeito Ativo da Obrigação Constitucional
A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena
de responsabilidade funcional (art.142 CTN);
O art. 10 da Lei de Improbidade Administrativa estabelece que:
“Constitui Ato de Improbidade Administrativa, dentre outros:
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no
que diz respeito à conservação do patrimônio público;”
A FAZENDA MUNICIPAL
PRERROGATIVAS DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL
Art. 37. (...) Constituição Federal
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas
áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
(...)
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas
por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio.
A FAZENDA MUNICIPAL
PRERROGATIVAS DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL (..continuação..)
“Art. 167. São vedados: (Constituição Federal)
(...)
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, ...”
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
A FAZENDA MUNICIPAL
ITBI
Imposto sobre Transmissão "inter vivos",
a qualquer título,
por ato oneroso,
de Bens Imóveis
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1809 – O Alvará nº 3 cria com a denominação de Imposto da SISA –
Serviços de Impostos de Sua Alteza - cobrado por transações
imobiliárias.
1891 – A primeira Carta Magna a tratar, a de 1891 estabelecia como
sendo de competência dos Estados o imposto sobre transmissão de
propriedade.
1934 a 1946 - CF/34 – CF/37 – CF/46: subdividem em dois impostos, um
inter vivos e outros causa mortis, sendo ambos de competência dos Estados.
1961 - EC 5/61: atribui o imposto inter vivos aos municípios
BREVE HISTÓRICO
1969 - Constituição de 1969: Imposto de transmissão pertencente aos Estados e DF somente.
1988 - Constituição de 1988: desmembrando-os em:
I) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
atribuído aos Estados e Distrito Federal;
II) outro incidente sobre transmissão inter vivos e em caráter oneroso de
bens imóveis, conferido aos municípios.
BREVE HISTÓRICO
Constituição Federal: Arts. 145, II e 156;
Código Tributário Nacional: Arts. 35 a 42;
Legislação Municipal;
Súmulas do STF: 75, 82, 108, 110, 111, 326, 328, 329, 470 e
656.
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
Imposto de Competência Municipal com a seguinte Hipótese deIncidência previsto na Constituição Federal:
“transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bensimóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobreimóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a suaaquisição;” (II, Art. 156 CF).
O QUE É ITBI
I - Transmissão inter vivos (entre vivos), a qualquer título, desde que
onerosamente, de bens imóveis por natureza ou acessão física. (Art.35 CTN)
Natureza = “o solo e suas adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutospendentes, o espaço aéreo e o subsolo.”
Acessão Física = “Tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, comoa semente lançada à terra, os edifícios e construções, de modo que se não possa retirarsem destruição, modificação, fratura ou dano.”(Antiga redação art. 43 Código Civil)
Transmissão propriedade - de terreno ou prédio/construção
Depende de negócio jurídico oneroso (p. ex., compra e venda, permuta, dação
em pagamento, arrematação em hasta pública)
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
II - Cessão de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos a sua aquisição. (Art.35 CTN)
Direitos passíveis de Cessão (exceto os de garantia):
• a propriedade; •a superfície;
• a servidão predial; •o usufruto;
• o uso; •a habitação;
• a promessa irretratável de compra e venda;*
* Há polêmica quanto a promessa sem registro no imóvel, por transferir
direitos obrigacionais ou pessoais, e não reais.
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
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- Incide ITBI na meação (divisão decorrente da separação)?
Somente incidirá se houver partilha desigual e sobre a diferença
transmitida a título oneroso.
Não se apura a partição do patrimônio. A análise deve ser por imóvel –
assim se os cônjuges possuem 50% e houver a transmissão dos outros
50% - nestes incide ITBI ou ITCMD – os autos devem comprovar.
- Incidência de ITBI na sucessão:
I) Cessão onerosa de bem recebido como herança a outro herdeiro
específico Incide ITBI
II) Renúncia pura e simples em favor do monte partilhável: não incide ITBI
e sim ITCMD
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
Imunidades ITBI:
I - Transmissão de bens ou direitos a pessoa jurídica para fins de
integralização de capital;
II - Transmissão de bens ou direitos a pessoa jurídica por força de fusão,
cisão, incorporação ou extinção.
Integralização de capital: pessoa física ou jurídica possuidora de
participação em sociedade empresária transmite parcela de seu
patrimônio a esta na proporção de sua quota ou ação estipulada
contratualmente. (Art. 156, §2º, I, da Constituição Federal)
HIPÓTESE DE NÃO INCIDÊNCIA
Imunidades ITBI:
Fusão: operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para
formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações
Cisão: operação pela qual uma companhia transfere parcelas do seu patrimônio
para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes,
extinguindo-se a companhia cindida, se for total, ou dividindo-se o seu capital,
se apenas parcial
Incorporação: operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por
outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações
Extinção: dissolvida a sociedade empresarial, a transferência do patrimônio
restante é imune ao ITBI
HIPÓTESE DE NÃO INCIDÊNCIA
Imunidades ITBI
Exceção à regra: pessoa jurídica adquirente de bens ou direitos cuja atividade
preponderante for a compra e venda de imóveis, a locação de bens imóveis ou
arrendamento mercantil
Preponderância: se as atividades representarem mais de 50% da receita
operacional da empresa adquirente nos dois anos anteriores e dois subsequentes.
Pessoa jurídica nova: com até dois anos de atividade antes da data da
transmissão - o fisco observará se há preponderância pelos três anos seguintes a
data da aquisição dos bens.
Constatada a preponderância, lança-se o tributo conforme a lei da época da
transmissão.**
HIPÓTESE DE NÃO INCIDÊNCIA
Imunidades ITBI - templos de qualquer culto:
Templos: “Concepção moderna” – templo enquanto entidade, instituição,
de modo a abranger todo o ativo imobiliário ligado diretamente ao
desempenho do culto.
Culto: manifestação religiosa cuja liturgia pregue valores consonantes
com os princípios constitucionais.
Atividades essenciais: - Interpretação ampliativa – todos o patrimônio
destinado ao implemento das finalidades essenciais do templo-entidade.
HIPÓTESE DE NÃO INCIDÊNCIA
Imunidades ITBI - recíproca sobre patrimônio dos entes federativos:
Decorrência direta do princípio federativo
Total: administrações diretas, Poder Judiciário e Poder Legislativo
Apenas finalidades essenciais: administração indireta, autarquias,
fundações e consórcios públicos (salvo se constituídos sob forma de
associação privada)
Como regra não se aplica a empresas públicas, sociedades de economia mista
ou entidades privadas nas quais o poder público tenha qualquer participação
(exceto exploração econômica / livre concorrência)
HIPÓTESE DE NÃO INCIDÊNCIA
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Imunidades ITBI
Empresas públicas prestadoras de serviços públicos: O STF possui
entendimento de que empresas públicas prestadoras de serviço público
considerado atividade-fim do Estado, em especial os de monopólio do
poder público, estão abrangidas pela imunidade recíproca.
Exemplos: envio e entrega de correspondências (CORREIOS), exploração
de petróleo (PETROBRÁS), infraestrutura portuária e aeroportuária
(INFRAERO)
Adquirente com promessa de compra e venda de imóvel público
transcrito em nome de entidade imune, desde que irretratável, não faz jus
à imunidade de ITBI
HIPÓTESE DE NÃO INCIDÊNCIA
Imunidades ITBI - Sobre patrimônio de partidos políticos, entidades sindicais de trabalhadores e instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos:
Partidos políticos e respectivas fundações: somente partidos registrados perante o
TSE podem usufruir dessa benesse.
Sindicatos de empregados: abrange sindicatos, federações, confederações e
centrais sindicais.
Instituições de educação: instituição que promova transmissão de conhecimentos
ou informações úteis à educação das pessoas. Ex.: escolas, faculdades, bibliotecas,
associações culturais, centros de pesquisa, museus, teatros, centros de estudos).
Abrange entidades dedicadas à cultura, mas não aquelas voltadas exclusivamente
ao lazer. (Exs: clubes esportivos ou recreativos, sociedades carnavalescas).
HIPÓTESE DE NÃO INCIDÊNCIA
Imunidades ITBI - Instituições de assistência social sem fins lucrativos:
Entidades que promovam assistência social, assim entendida a
atividade de auxílio ao Estado no atendimento dos direitos sociais
previstos no art. 6º da CF, como moradia, saúde, educação,
segurança, maternidade, trabalho, assistência aos desamparados,
etc.:
HIPÓTESE DE NÃO INCIDÊNCIA
Imunidades ITBI - Instituições de assistência social sem fins lucrativos:
É requisito cumprir com o disposto no Art. 14 do CTN
Requisitos para que o fisco possa deferir e manter o benefício (Art.14):
I – o requerente deve provar a natureza não-lucrativa da atividade e a
aplicação de seus resultados, vez que é vedada a distribuição de qualquer
parcela do patrimônio ou rendas da mesma, a qualquer título;
II - aplicação integral no Brasil dos seus recursos para manutenção dos seus
objetivos institucionais;
III – manutenção de escrituração de suas receitas e despesas em livros
revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
Não descumprimento: Suspensão da imunidade. Vigorar enquanto cumprir.
HIPÓTESE DE NÃO INCIDÊNCIA
LANÇAMENTO X CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO
CADASTRO TÉCNICO MUNICIPAL
Guia de Transmissão Cadastro
(Dados declarados)
LANÇAMENTO DO ITBI
ATUALIZADO ?SITUAÇÃO REAL ?
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A tecnologia da Informação como Solução
Identificação física do imóvel através de imagens (aéreas e de
fachadas);
Percepção real da localização do imóvel em mapas
multitemáticos, atualizados, com identificação de equipamentos
urbanos e outros aspectos de valorização e desvalorização;
Intercambio de dados com os Cartórios; CREA; CRI etc.;
LANÇAMENTO DO ITBI
A situação “legal” e “real” do imóvel- De que forma impacta o ITBI? - Como proceder?
Situação legal (projeto de loteamento registrado) e
situação de fato (campo de futebol existente)
LANÇAMENTO DO ITBI
Fonte: Ministério das Cidades (2010)
Funções do Cadastro Técnico
Fiscal (“Dados Reais”) Posturas / Urbanístico / ObrasX
Qual destas ordena o ITBI?
CADASTRO TÉCNICO MUNICIPAL
Aspecto Pessoal:
CTN – “Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação
tributada, como dispuser a lei.”
Qualquer das partes envolvidas, tanto o transmitente ou cedente quanto o
adquirente ou cessionário.
Geralmente, os municípios atribuem a sujeição passiva ao adquirente ou
cessionário.
FATO GERADOR DO ITBI
Aspecto Material:
Transmissão da propriedade
Transmissão de direitos reais
Cessão de direitos à aquisição de imóveis**
Aspecto Espacial:
local onde é situado o bem (Art. 156, § 2º, II, CF)
FATO GERADOR DO ITBI
Aspecto Temporal:
Registro do Título de Transmissão - (Direito Real).
Controvérsia: momento do negócio, lavratura da escritura ou momento da
efetiva transmissão com o registro em cartório?
Jurisprudência “pacificada” do STJ O Fato gerador ocorre no momento da efetiva transmissão do “Direito Real” = Registro Imóvel
FATO GERADOR DO ITBI
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Aspecto Temporal:
Afinal, o ITBI pode ser exigido antes do Registro no Cartório de Imóveis?
TEMPOS: DE OCORRÊNCIA DO FG X DATA PARA PAGAMENTO
(CF) Art. 150 ... § 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária
a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo
fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
((** Como muito no “Manicômio Tributário” há controvérsias .....))
FATO GERADOR DO ITBI BASE DE CÁLCULO DO ITBI
Fonte: Ministério das Cidades (2010)
Valor Venal=
Valor de MercadoX
Valor da TransaçãoX
Valor DeclaradoX
Valor Venal do IPTUX (“Pauta” )
BASE DE CÁLCULO
Aspecto quantitativo:
“Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens oudireitos transmitidos” (CTN)
STJ – “... A Base de Cálculo é o valor de mercado ou
da transação ...” São sinônimos?
BASE DE CÁLCULO DO ITBI
Preço efetivo da Transação ou o Preço do Mercado?
AFINAL, QUAL BASE DE CÁLCULO UTILIZAR?
Base de cálculo: Valor Venal dos Bens = Valor de Mercado
Base a ser apurada: O que determina a Lei Municipal? O valor Venal
registrado no município? Valor do negócio efetivo, o que for maior?
Impugnação: deve ser conferido ao contribuinte o direito de impugnar
administrativamente o valor apurado caso entenda indevido.
BASE DE CÁLCULO DO ITBI
Não precisa haver uma identidade obrigatória entre as bases destes dois
impostos municipais.
PGV - Planta Genérica “IPTU”: Não necessariamente é a base de
cálculo, exceto se a Lei Municipal assim dispuser.
A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que "o valor venal do
imóvel apurado para fins de ITBI não coincide, necessariamente, com
aquele adotado para lançamento do IPTU". Precedentes: AgRg no REsp
1.226.872/SP, Rel. Ministro Castro Meira, DJe 23/4/2012; AgRg no AREsp
36.740/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, DJe 22/11/2011; AgRg no Ag
1.120.905/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 11/9/2009.
IPTU X ITBI
Identidade da Base de Cálculo
ALÍQUOTAS
Fixadas na legislação municipal
– Progressividade não permitida STF - Súmula n. 656/STF
– Admitido a seletividade / alíquotas diferenciada (ex. SFH)
Majoração de alíquota – Exige lei, anterioridade e noventena.
ALÍQUOTAS DO ITBI
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COMO ARRECADAR MELHOR O ITBI?
LANÇAMENTO X CONTABILIZAÇÃO
CADASTRO TÉCNICO MULTIFINALITÁRIO
X
NA GESTÃO PÚBLICA
X
LANÇAMENTOS TRIBUTÁRIOS
CADASTRO TÉCNICO MUNICIPAL
O Cadastro Técnico Multifinalitário - DA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
Art. 28 O CTM, acrescido de outros cadastros temáticos, fornece informações para a avaliação de imóveis para fins fiscais, extrafiscais e quaisquer outros fins que envolvam valores dos imóveis urbanos e rurais.
Art. 29 A avaliação de imóveis é um processo técnico, que deve ser transparente, estar em
conformidade com as normas da ABNT e fornecer ao Município o valor venal, entendido
como o valor de mercado, base de cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU e
demais tributos imobiliários.
Art. 30 Recomenda-se que o resultado final da avaliação retrate a real situação dos valores dos imóveis no mercado, permitindo o fortalecimento da arrecadação local dos tributos
imobiliários e a promoção da justiça fiscal e social, com o tratamento isonômico dos
contribuintes.
§ 1º ... (PORTARIA 511/09 – Ministério das Cidades)
CADASTRO TÉCNICO MUNICIPAL
O Cadastro Técnico Multifinalitário
de Parcelamentos do Solo (lotes)
de Obras e Edificações
de Serviços Públicos no Logradouro
de Infraestrutura urbana regional (pública e privada)
de Planta de Valores Imobiliários fins IPTU
de VVI / Pesquisas / Estudos Imobiliários fins ITBI / Valoriza /
Desvaloriza os Imóveis
Fiscal (Imobiliário e Econômico)
CADASTRO TÉCNICO MUNICIPAL
O Cadastro Técnico MultifinalitárioArt. 32. A adoção de um Cadastro Territorial Multifinalitário completo e atualizado
auxiliará os Municípios brasileiros a exercerem suas competências prescritas nos artigos 30
e 156 da Constituição Federal de 1988, cumprindo a função social do seu território,
prevista no texto constitucional, artigos 5º, inciso XXIII, 3º, incisos I a IV, 30, inciso VIII, 170,
inciso III, 182 e 183, atendendo ao princípio da igualdade, nos termos dos arts. 5º, caput e
150, inciso II da Constituição Federal de 1988. (PORTARIA 511/09 – Ministério das Cidades)
CADASTRO TÉCNICO MUNICIPAL
REORGANIZAR E MODERNIZAR O SETOR DE ARRECADAÇÃO
Oferecer materiais e infraestrutura administrativa e tecnológica
adequada
Estabelecer Coordenação
Instituir fluxo das rotinas, prazos e responsáveis
Regulamentar em Ato Administrativo os serviços, procedimentos
e atos a serem exarados e responsabilidades
Suporte especializado, treinamentos e capacitação progressiva
MODERNIZANDO A ARRECADAÇÃO DO ITBI
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CTM x Legislação Municipal
(Projeto de Lei - revisar a Legislação Municipal sempre que for o caso)
Correta descrição do: Sujeito Passivo; Fato Gerador; da Base de
Cálculo, Alíquotas; Obrigações Acessórias (ex.:GTI); Extinção; CND ...;
... PTA – Contencioso – Prazos – Fiscalização – Lançamento – Declaração
...
Comissão de Valores Imobiliários x Ato Declaratório Presunção dos
Valores de Mercado x Estudos Econômicos e do Mercado Imobiliário
Definição do ITBI por Declaração + Aspectos da Fiscalização e
Arbitramento; Antecipação do Pagamento...
MODERNIZANDO A ARRECADAÇÃO DO ITBI
Decreto Regulamentar
Modelos de guias de declaração e transmissão
Documentação geral e específica
Instâncias administrativas; defesa e contraditório
Prazos ... Trâmites ...
MODERNIZANDO A ARRECADAÇÃO DO ITBI
Lançamento por Declaração – Art. 147 CTN:
Técnica do Arbitramento Fiscal – Art. 148 CTN
Lançamento de Ofício Ampla defesa e Contraditório
Tempo de Recolhimento do tributo x Tempo de Ocorrência doFato Gerador x §7º, Art. 150 CF.
LANÇAMENTO DO ITBI
Obrigação Acessória – Guia de Transmissão
Declaração de Transmissão Imobiliária Inter Vivos Oneroso
Lançamento por Declaração
Termos da Declaração / Guia de Transmissão
Informações necessárias – dados completos
Preenchimento / Responsabilidade pelas Informações
LANÇAMENTO DO ITBI
LANÇAMENTO DO ITBI
versofrente
- Padronização do Modelo - Regras preenchimento - União de Atos Adm.
otimizando procedimentos- Garantir ritos essenciais de
legalidade e formalidade.
Medidas concretas para o Lançamento do ITBI
Modelo Guia de Transmissão
MODERNIZANDO A ARRECADAÇÃO DO ITBI
Possível Fluxograma – Trâmite Lançamento do ITBI
Emite Guia -
Lançamento e Cobrança
Protocolo Arrecadação Fiscalização /
ObrasArrecadação
Cadastro
Multifinalitário
Comissão
de Valores
Fiscalização
Tributária
Requerimento do
Contribuinte tramita e é avaliado pelos setores
pertinentes
Contribuinte Declara a
Transmissão Imóvel –Valor do Imóvel
Há Dados
divergentes entre
registro e situação fática?
O Valor
declarado
merece fé?
Sim
Não
Arbitramento Fiscal
?
?Sim
Não ?Agente Fiscal Despacho PTA
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Cadastro Multifinalitário e Cadastro de VVI
Alimentação dinâmica com transmissões, avaliações técnicas,
declarações, ofertas de mercado etc.
Viabilidade do “ITBI Eletrônico” com a emissão da Guia de
Arrecadação na internet ou no cartório, mediante convênio.
MODERNIZANDO A ARRECADAÇÃO DO ITBI MODERNIZANDO A ARRECADAÇÃO DO ITBI
Contribuinte concorda com valor VVI
presumidoNão Contribuinte poderá pegar a guia de
arrecadação no próprio “cartório”, e com a quitação ESTA APTO A SOLICITAR A CND NA
INTERNET DO NADA CONSTA DAQUELE IMÓVEL
Sim
Contribuinte declara
no Cartório em registro da transação
Presume VVITécnico - ABNT
“ITBI Eletrônico”
Valor declarado é maior que VVI presumido?
Se contribuinte não concordar com
VVI presumido poderá ingressar com
as laudos e provas solicitando o
lançamento de ofício.
O ITBI E AS NBCASP
Registro Contábil do Lançamento x Dívida Ativa
Crédito constituído Registro Contábil “à receber”
Não pagamento de Crédito + Apura Mora Dívida Ativa
Fiscalização atuante na Constituição do Crédito e na Inscrição emDívida
** Atenção especial na inscrição em Dívida Ativa com o “arbitramento fiscal”
- Certeza e Liquidez - se necessário intima o Cartório para prestar
informações do Registro de Imóveis = Materialização do Fato Gerador
declarado.
LANÇAMENTO DO ITBI LANÇAMENTO DO ITBI
Fonte: Grupo de Estudos CASP : Sub Grupo Créditos Tributários STN
JURISPRUDÊNCIA APLICÁVEL AO ITBI
Aspecto temporal – TEMPO DO PAGAMENTO
Momento da Transmissão: Registro Público Imóveis
(ARE 793919 / RJ - RIO DE JANEIRO - RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO -Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI - Julgamento:05/02/2014).
Decisão Monocrática - sobre a possibilidade do Fisco exigir o ITBI em
momentos anteriores ao seu fato gerador. Faz referência a precedentes do
mesmo STF, indicando que o "Guardião da Constituição" vem aceitando a
aplicação do § 7º do art. 150 da CF/88 para outros tributos que não apenas o
ICMS.
JURISPRUDÊNCIA
13/04/2015
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Aspecto quantitativo – BASE DE CÁLCULO
STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL AgRg no REsp 1226872 SP
2010/0211767-5 (STJ) - Data de publicação: 23/04/2012
Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. ITBI. BASE DE CÁLCULO. VALOR VENAL DO IMÓVEL. IPTU.
PLANTAS GENÉRICAS. APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO POR ARBITRAMENTO. ART.
148 DO CTN . POSSIBILIDADE.
1. A forma de apuração da base de cálculo e a modalidade de lançamento do IPTU e do
ITBI são diversas, não sendo possível vincular os valores, que em regra serão
diferentes. 2. É possível, mediante processo administrativo, arbitrar a base de cálculo
desde que presentes os pressupostos autorizativos do artigo 148 do CTN , como
ocorreu na espécie.
JURISPRUDÊNCIA
Aspecto quantitativo – BASE DE CÁLCULO
Base de cálculo na arrematação de bens: Será o valor alcançado em hasta
pública, e não o valor venal ou o valor da avaliação judicial. Nesse sentido o
STJ:
"TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA. ITBI. ARREMATAÇÃO
JUDICIAL. BASE DE CÁLCULO. VALOR DA ARREMATAÇÃO E NÃO O VENAL.
PRECEDENTE. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL DEMONSTRADO. DIREITO LOCAL.
SÚMULA 280 DO STF. OMISSÃO – ART. 535, CPC. INOCORRÊNCIA. RECURSO
PROVIDO PELA ALÍNEA "C". 1. A arrematação representa a aquisição do bem
alienado judicialmente, considerando-se como base de cálculo do ITBI aquele
alcançado na hasta pública.” (STJ, RESP 1188655, Rel, Min. Luix Fux, DJE
08/06/2010)
JURISPRUDÊNCIA
IMUNIDADE. Destinação de Imóvel (terreno) às finalidades essenciais da entidade.
RE 470520/SP, rel. Min. Dias Toffoli, 17.9.2013. (RE-470520). STF - Supremo Tribunal
Federal – Informativo nº 720, 1ª Turma.
Segundo o STF deve prevalecer o entendimento da presunção em favor da entidade, o
contrário de presumir que o imóvel será utilizado para as finalidades da entidade,
deve ocorrer por meio de provas de que o imóvel não está atendendo às finalidades, e
assim feito, respeitado o prazo decadencial de 5 anos, a Fazenda poderia cancelar a
imunidade e constituir o crédito.
Para fins de cobrança de ITBI, é do município o ônus da prova de que imóvel
pertencente a entidade religiosa está desvinculada de sua destinação institucional.
JURISPRUDÊNCIA
DÚVIDAS FREQUENTES
Quando é devido o ITBI?
Contratos de “gaveta” com o imóvel sendo comercializado
várias vezes, pode o Fisco cobrar o ITBI de cada transação?
Qual valor de base de cálculo utilizar para lançar o ITBI?
Guias de ITBI não pagas – como tratar - inscrever ou não
em dívida ativa
OUTRAS DÚVIDAS FREQUENTES
“Informalidades” que resultam em trocar o nome do proprietário junto ao
Cadastro Imobiliário impacta diretamente no ITBI e especialmente na
correspondência entre os dados do CTI (Fiscal) e Registro de imóvel
Multifinalitário resolve;
Incide ou não ITBI no contrato de compra e venda - ‘”só pago IPTU seestiver no meu nome...”
Guia ITBI paga: quando e forma de proceder a troca do proprietário
no cadastro - o legal x pratico (Art. 197 CTN – Cartório informar e/ou
contribuinte);
OUTRAS DÚVIDAS FREQUENTES
13/04/2015
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“O QUE LEVAR PARA CASA”?
A Arrecadação Tributária é uma obrigação que deve ser
exercida, sob risco de penalidades – ao servidor e ao gestor
- em casos de negligência
A Arrecadação Tributária deve ter precedência sobre
demais setores, investimentos prioritários e recursos
vinculados.
É necessário uma capacitação progressiva dos servidores
O QUE LEVAR PARA CASA
Marcilio Melo
www.gestecmunicipal.com.br
III Seminário de Gestão e Arrecadação Municipal AMM – Associação Mineira de Municípios
Abril - 2015
OBRIGADO