142950aula 15_resexerrecrev28 a 30

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    OAB XIV EXAME2 FASEProcesso do Trabalho

    Aryanna Manfredini

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    RESOLUO DO EXERCCIO DE RECURSO DE REVISTA

    E QUESTES 28 A 30

    I - PROPOSTA

    Murilo Camargo, brasileiro, props, em 06/06/2010, perante a Justia do Trabalho dePernambuco, reclamao trabalhista pelo rito sumarssimo, em face de sua ex-empregadoraIndstria Petroqumica Transforma Ouro e Glamour Ltda.

    Na pea exordialo autor informou que foi admitido em 14/08/2004 na funo de auxiliarde servios gerais e, posteriormente, em 01/08/2007, passou a exercer a funo de auxiliar

    de produo. A sua dispensa ocorreu em 04/02/2010 e, na poca do desligamento, seusalrio era de R$ 1.500,00 por ms. O reclamante apresentou pedidos lquidos, postulandoequiparaosalarial com Patrcia Hebe, a qual laborava na funo de auxiliar de produo eque recebia remunerao no valor de R$ 1.700,00. O obreiro postulou, ainda, devoluo dedescontossalariais referentes ao seguro de vida, adicional de periculosidade, face ao laborrealizado em contato com inflamveis, calculado sobre o salrio mensalmente recebido,condenao da r em honorrios advocatciose correomonetria a partir do ms a quese refere a verba devida. A reclamao trabalhista foi distribuda para a 29 Vara doTrabalho de Recife/PE e autuada sob o n 2.222/2010.

    Notificada, a reclamada compareceu na audinciauna designada, na qual, aps recusada

    a proposta inicial de conciliao, foi apresentada defesa, com prejudicial deprescrio quinquenal a contar da data do ajuizamento da ao e, no mrito, foramimpugnadas, na ntegra, as pretenses formuladas na petio inicial.

    Alegou-se em defesa que o labor no era perigoso, que as diferenas salariais no eramdevidas porque a paradigmatinha maior produtividade que o reclamante, que os descontosde seguro de vida foram expressamente autorizados pelo obreiro, impugnou-se os valorespostulados a ttulo de honorrios advocatciose, ainda, com fulcro no art. 459, 1, da CLT,afirma que a correo monetria deve incidir apenas a partir do ms subsequente ao daprestao dos servios. Seguiu-se a oitiva dos litigantes e duas testemunhas de cadaparte. Em seguida, suspendeu-se a audincia para realizao da prova tcnica, que visavaverificar a existncia da periculosidade no trabalho do obreiro.

    Realizada a percia, o laudo foi juntado aos autos pelo perito nomeado pelo juzo, queconcluiu pela existncia de periculosidade.As partes se manifestaram sobre o laudo, e foidesignada audincia para o encerramento da instruo, na qual foi realizada a ltimatentativa de conciliao. Ento, o Juzo da 29 Vara do Trabalho de Recife/PE proferiusentenadeclarando a prescriodos direitos anteriores a 5 (cinco) anos contados da datada dispensa do reclamante, deferiu o pagamento das diferenas salariais perseguidas emrazo da equiparao salarial, por entender pela ausncia de prova do fatoimpeditivo alegado pela reclamada, adicional de periculosidade, em razo daconcluso do laudo pericial, calculado sobre o conjunto de parcelas de natureza salarialdo reclamante, devoluo de descontos realizados a ttulo de seguro de vida, pois o juzo

    entendeu que a autorizao do reclamante no era suficiente para legitimar o desconto,pagamento de 20% do valor da condenao, referente aos honorrios advocatcios diante

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    da sucumbncia da reclamada e, correo monetria a partir do ms da prestao dosservios, sob o argumento de que a concesso ao empregador de prazo para pagamentodos salrios at o 5 dia til do ms subsequente ao da prestao dos servios benefcio

    que deve ser interpretado restritivamente, no abrangendo a correo monetria.O juzo ainda arbitrou como valor da condenao a quantia de R$ 17 058,11 e, como

    custas processuais no importe de 2% sobre o valor da condenao.

    Contra a deciso proferida pelo juzo de primeiro grau, a reclamada, tempestivamente,interps recurso ordinrio, impugnando integralmente a condenao imposta nasentena, repetindo os argumentos apresentados na defesa e destacando os casos deviolao ao texto de lei e jurisprudncia sumulada. Para tanto, a reclamada realizou odepsito recursal no importe de R$ 7.058,11 e recolheu as custas processuais.

    O referido recurso ordinrio patronal foi recebido pelo juzo a quo, por despacho, no

    efeito meramente devolutivo, tendo sido o reclamante notificado para oferecer suascontrarrazes, que por sua vez foram regularmente apresentadas. O processo foidistribudo ao Relator e, na sequncia, foi includo em pauta de julgamento. Na sesso dejulgamento, o representante do Ministrio Pblico do Trabalho declinou quanto realizaode parecer oral e a 6 Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regio entendeupor conhecer do apelo patronal e negar-lhe provimento. Foi publicada a certido dejulgamento contendo as mesmas razes declinadas em sentena.

    Na qualidade de advogado, formule a pea processual cabvel em favor dareclamada, que no se conforma com a deciso proferida em sede de recurso ordinrio.

    _____________________________________

    IIRESOLUO DO PRIMEIRO EXERCCIO DE RECURSO DE REVISTA

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DOEGRGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGIO

    Recorrente: Murilo CamargoRecorrido: Indstria Petroqumica Ouro Glamour Ltda.

    RT n 2.222/2010

    NDSTRIA PETROQUMICA OURO E GLAMOUR LTDA., j qualificada nos autos emepgrafe em que contende com MURILO CAMARGO, tambm qualificado, vemrespeitosamente perante Vossa Excelncia por intermdio de seu advogado abaixoassinado, com fulcro nos arts. 893, III e 896, 6 da CLT, INTERPOR

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    RECURSO DE REVISTA

    para o Colendo Tribunal Superior do Trabalho.

    Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade deste recurso, dentre osquais se destacam a legitimidade, capacidade, interesse processual, tempestividade eregularidade de representao. Alm destes, ressaltam-se tambm:

    a) depsito Recursal: recolhido no valor de R$ 10.000,00, no prazo do recurso, por meio daguia GFIP anexa, nos termos da smula 245 e 426 do TST.

    b) custas Processuais: recolhidas quando da interposio do recurso ordinrio. Frisa-se que

    no houve acrscimo no valor das custas e, portanto, no h valor algum a ser recolhido.

    c) prequestionamento: a matria est prequestionada, uma vez que foi tratada no acrdoimpugnado, nos termos da Smula 297 do Colendo TST.

    d) Transcendncia com relao aos reflexos gerais de natureza econmica, politica, socialou jurdica, nos termos do art. 896-A, CLT.

    Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimao da outra partepara apresentar contrarrazes ao recurso de revista no prazo de 8 dias, conforme

    estabelece o artigo 900 da CLT e a posterior remessa ao Colendo Tribunal Superior doTrabalho.

    Nesses Termos,

    Pede deferimento.

    Local e Data.

    Advogado

    OAB n

    COLENDO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

    RAZES DO RECURSO DE REVISTA

    O respeitvel acrdo no merece ser mantido, razo pela qual requer a sua reforma.

    IPREJUDICIAL DE MRITO01. PRESCRIO QUINQUENAL

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    O Egrgio TRT manteve a sentena que acolheu a prescrio quinquenal a partir da datado trmino do contrato de trabalho.

    Tal deciso caracteriza ofensa literal e direta Constituio e divergncia jurisprudencial.Observe-se:

    O art. 7, XXIX da CF estabelece o seguinte:

    Art. 7, XXIX- ao, quanto aos crditos resultantes dasrelaes de trabalho, com prazo prescricional de cincoanos para os trabalhadores urbanos e rurais, at o limitede dois anos aps a extino do contrato de trabalho;

    J a smula 308, I, do TST, possui a seguinte redao:

    Smula 308, I, TST.Respeitado o binio subseqente cessao contratual, a prescrio da ao trabalhistaconcerne s pretenses imediatamente anteriores a cincoanos, contados da data do ajuizamento da reclamao e,no, s anteriores ao qinqnio da data da extino docontrato. (ex-OJ n 204 da SBDI-1 - inserida em08.11.2000)

    Apesar do art. 7, XXIX da CF e smula 308, I, do TST estabelecerem conjuntamente que

    o prazo de cinco anos da prescrio quinquenal conta-se da data do ajuizamento da ao, oE. TRT, o juzo a quo posicionou-se de forma contrria, acolhendo a prescrio quinquenala partir da data do trmino do contrato de trabalho.

    No se pode admitir deciso regional contrria melhor interpretao da Constituiorealizada pelo Colendo TST.

    Diante do exposto, requer a reforma do acrdo para que seja acolhida a prescrio

    quinquenal e extinto o processo com resoluo do mrito, nos termos do art. 269, IV, doCPC, quanto s verbas postuladas anteriores aos ltimos cinco anos contados da data doajuizamento da ao 06/06/2005.

    Suges to de rem is ses:no art. 7, XXIX, CF, incluir a smula 308, I, do TST.

    IIMRITO

    01. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

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    O Egrgio TRT manteve a sentena que fixou como base de clculo do adicional depericulosidade o conjunto de parcelas de natureza salarial do reclamante.

    Tal deciso caracteriza divergncia jurisprudencial. Observe-se:

    A smula 191 do TST estabelece o seguinte:

    Smula 191, TST. O adicional de periculosidade incideapenas sobre o salrio bsico e no sobre este acrescidode outros adicionais. Em relao aos eletricitrios, o

    clculo do adicional de periculosidade dever serefetuado sobre a totalidade das parcelas de naturezasalarial.

    Apesar da smula 191 do TST estabelecer que a base de calculo do adicional depericulosidade o salrio base do empregado, o juzo a quo posicionou -se de formacontrria, fixando como base de clculo o conjunto de parcelas de natureza salarial.

    No se pode admitir deciso regional contrria ao entendimento consolidado doColendo TST.

    Diante do exposto, requer a reforma do acrdo para que seja estabelecida comobase de clculo do adicional de periculosidade o salrio base do reclamante.

    Suges to de rem is ses:no art. 193 da CLT, incluir a smula 191 do TST.

    02. DEVOLUO DOS DESCONTOS

    O Egrgio TRT manteve a sentena determinando a devoluo dos descontosrealizadosattulodesegurodevida, sob o argumento de que aautorizaodoreclamantenoerasuficienteparalegitimarodesconto.

    Tal deciso caracteriza divergncia jurisprudencial. Observe-se:

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    A smula 342 do TST estabelece o seguinte:

    Smula 342, TST. Descontos salariais efetuados peloempregador, com a autorizao prvia e por escrito doempregado, para ser integrado em planos de assistnciaodontolgica, mdico-hospitalar, de seguro, deprevidncia privada, ou de entidade cooperativa, culturalou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seubenefcio e de seus dependentes, no afrontam odisposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada aexistncia de coao ou de outro defeito que vicie o atojurdico.

    Apesar da smula 342 do TST estabelecer que so lcitos os descontos salariaisefetuados pelo empregador para ser integrado em seguro de vida, mediante autorizao doreclamante, o juzo a quo posicionou-se de forma contrria, entendendo insuficiente talautorizao, mantendo a condenao do reclamado devoluo dos valores descontados.

    No se pode admitir deciso regional contrria ao entendimento consolidado do C.TST.

    Diante do exposto, requer a reforma do acrdo para que seja afastada dacondenao os valores descontados dos salrios do reclamante a ttulo de seguro e vida.

    Suges to de rem is ses:no art. 462 da CLT, incluir a smula 342 do TST.

    03. HONORRIOS ADVOCATCIOS

    O Egrgio TRT manteve a sentena que condenou o reclamado ao pagamento de

    honorrios de 20% do valor da condenao, diante da sucumbncia da reclamada.

    Tal deciso caracteriza divergncia jurisprudencial. Observe-se:

    As smulas 219, I, e 329 do TST estabelecem o seguinte:

    Smula 219, TST.

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    I - Na Justia do Trabalho, a condenao ao pagamentode honorrios advocatcios, nunca superiores a 15%(quinze por cento), no decorre pura e simplesmente da

    sucumbncia, devendo a parte estar assistida porsindicato da categoria profissional e comprovar apercepo de salrio inferior ao dobro do salrio mnimoou encontrar-se em situao econmica que no lhepermita demandar sem prejuzo do prprio sustento ou darespectiva famlia. (ex-Smula n 219 - Res. 14/1985, DJ26.09.1985).

    Smula 329, TST.

    Mesmo aps a promulgao da CF/1988, permanecevlido o entendimento consubstanciado na Smula n219 do Tribunal Superior do Trabalho.

    Apesar das smulas 219 e 329 do TST, I, estabelecerem que os honorrios, nuncasuperiores a 15%, no decorrem da mera sucumbncia, o juzo a quo posicionou -se deforma contrria, condenando o reclamado a pagar honorrios no importe de 20%, pura esimplesmente em razo da sucumbncia.

    No se pode admitir deciso regional contrria ao entendimento consolidado doColendo TST.

    Diante do exposto, requer a reforma do acrdo para que seja afastada dacondenao os honorrios deferidos.

    Suges to de rem is ses:na smula 219 do TST, incluir a smula 329 do TST e OJ 305 da

    SDI-1, TST.

    04. CORREO MONETRIA

    O Egrgio TRT manteve a sentena que condenou o reclamado ao pagamento dacorreo monetria a partir do ms da prestao dos servios, sob o argumento de que aconcesso ao empregador de prazo para pagamento dos salrios at o 5 dia til do mssubsequente ao da prestao dos servios benefcio que deve ser interpretadorestritivamente, no abrangendo a correo monetria.

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    Tal deciso caracteriza divergncia jurisprudencial. Observe-se:

    A smula 381 do TST estabelece o seguinte:

    Smula 381, TST.

    O pagamento dos salrios at o 5 dia til do mssubseqente ao vencido no est sujeito correomonetria. Se essa data limite for ultrapassada, incidir ondice da correo monetria do ms subseqente ao daprestao dos servios, a partir do dia 1.

    Apesar da smula 381 do TST estabelecer que a correo monetria deve incidir apartir do ms subsequente ao da prestao dos servios, o juzo a quo posicionou-se deforma contrria, condenando o reclamado a pagar a correo monetria a partir do ms daprestao dos servios.

    No se pode admitir deciso regional contrria ao entendimento consolidado doColendo TST.

    Diante do exposto, requer a reforma do acrdo para que a correo monetria sejafixada a partir do ms subsequente ao da prestao dos servios.

    Suges to de rem is ses:no art. 459, 1, da CLT, incluir a smula 341 do TST.

    III

    REQUERIMENTOS FINAIS

    Diante do exposto requer o conhecimento do presente recurso e o acolhimento daprejudicial de mrito para que seja reformado o acrdo e extinto o processo com resoluoo mrito, nos termos do art. 269, IV, do CPC, quanto as verbas postuladas anteriores aosltimos cinco anos contados da data do ajuizamento da ao 06/06/10, ou seja, 06/06/2005e, no mrito, o provimento do recurso para fins de reforma do acrdo nos itens supramencionados.

    Nesses Termos,

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    Pede deferimento.

    Local e Data.

    Advogado

    OAB n...

    _____________________________________________

    IIILEGISLAO ESPECFICA

    01. Adicional de PericulosidadeSmula 191, TST.O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salrio bsico e nosobre este acrescido de outros adicionais. Em relao aos eletricitrios, o clculo doadicional de periculosidade dever ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de naturezasalarial.

    02. Devoluo dos DescontosSmula 342, TST. Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorizao

    prvia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistnciaodontolgica, mdico-hospitalar, de seguro, de previdncia privada, ou de entidadecooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefcio e deseus dependentes, no afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstradaa existncia de coao ou de outro defeito que vicie o ato jurdico.

    03. Honorrios AdvocatciosSmula 219, TST. HONORRIOS ADVOCATCIOS. HIPTESE DE CABIMENTO (novaredao do item II e inserido o item III redao) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27,30 e 31.05.2011

    I - Na Justia do Trabalho, a condenao ao pagamento de honorrios advocatcios, nuncasuperiores a 15% (quinze por cento), no decorre pura e simplesmente da sucumbncia,devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar apercepo de salrio inferior ao dobro do salrio mnimo ou encontrar-se em situaoeconmica que no lhe permita demandar sem prejuzo do prprio sustento ou da respectivafamlia. (ex-Smula n 219 - Res. 14/1985, DJ 26.09.1985).

    Smula 329, TST. HONORRIOS ADVOCATCIOS. ART. 133 DA CF/1988 (mantida) -Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003Mesmo aps a promulgao da CF/1988, permanece vlido o entendimentoconsubstanciado na Smula n 219 do Tribunal Superior do Trabalho.

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    04. Correo MonetriaSmula 381, TST.CORREO MONETRIA. SALRIO. ART. 459 DA CLT (converso daOrientao Jurisprudencial n 124 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

    O pagamento dos salrios at o 5 dia til do ms subseqente ao vencido no est sujeito correo monetria. Se essa data limite for ultrapassada, incidir o ndice da correomonetria do ms subseqente ao da prestao dos servios, a partir do dia 1. (ex-OJ n124 da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998).

    Questo 28 a 30

    QUESTO 28 - (OAB/FGVXI Exame) Roberto interps Recurso Ordinrio ao ter cinciade que foi julgado improcedente o seu pedido de reconhecimento de vnculo empregatcioem face da empresa NOVATEC LNEA COMPUTADORES LTDA. Ele no juntoudeclarao de miserabilidade na petio inicial e no recurso, mas requereu, em pedidoexpresso no apelo, o benefcio da gratuidade de justia, afirmando no ter recursos pararecolher o valor das custas sem prejuzo do seu sustento e de sua famlia. O juiz prolator dasentena negou seguimento ao recurso, considerando-o deserto. Diante deste panorama,responda justificadamente: A simples meno ou transcrio do dispositivo legal no pontua

    A) Considerando que Roberto no juntou a declarao de miserabilidade, analise se possvel o deferimento da gratuidade de justia na hiptese retratada. (Valor: 0,65)

    A gratuidade de justia est regulamentada no Art. 790, 3, da CLT e na Lei n. 1.060/50. Ajurisprudncia do TST admite que tal benefcio seja requerido em qualquer tempo ou graude jurisdio, desde que, na fase recursal, o seja no prazo alusivo ao recurso OJ n 269 daSDI-I do TST, o que ocorreu no caso em exame OU Sim, seria possvel o deferimento deofcio da gratuidade, desde que presentes os requisitos do Art. 790, 3, da CLT.

    Legislao especfica

    Art. 790, CLT.Nas Varas do Trabalho, nos Juzos de Direito, nos Tribunais e no TribunalSuperior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecer sinstrues que sero expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.

    3o facultado aos juzes, rgos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho dequalquer instncia conceder, a requerimento ou de ofcio, o benefcio da justia gratuita,inclusive quanto a traslados e instrumentos, queles que perceberem salrio igual ou inferiorao dobro do mnimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que no esto em condiesde pagar as custas do processo sem prejuzo do sustento prprio ou de sua famlia.

    OJ 269 DA SDI-1 DO TST - JUSTIA GRATUITA. REQUERIMENTO DE ISENO DE

    DESPESAS PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO - O benefcio da justia gratuitapode ser requerido em qualquer tempo ou grau de jurisdio, desde que, na fase recursal,

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    OJ 304 do TST ou Lei 1060/50, Arts. 4 ou 5(0,20).

    OBS.: necessria a indicao precisa dofundamento legal. A mera indicao dofundamento legal ou jurisprudencial nocredencia pontuao.

    Questo 29. (OAB/FGVXI Exame) Joo, empregado da empresa Beta, sentiu-se maldurante o exerccio da sua atividade e procurou o departamento mdico do empregador, quelhe concedeu 15 (quinze) dias de afastamento do trabalho para o devido tratamento. Aps odecurso do prazo, Joo retornou ao seu mister mas, 10 (dez) dias depois, voltou a sentir o

    mesmo problema de sade, tendo sido encaminhado ao INSS, onde obteve benefcio deauxlio doena comum.

    Diante da situao, responda, justificadamente, aos itens a seguir. A simples meno outranscrio do dispositivo legal no pontua.

    A) A quem competir o pagamento do salrio em relao aos primeiros 15 dias deafastamento? (Valor: 0,65)

    Durante os primeiros 15 dias de afastamento por motivo de doena competir empregadora o pagamento do salrio, na forma do Art. 60, 3, da Lei 8.213/91 OU Art. 476da CLT OU Decreto n. 3.048/99, Art. 75.

    Legislao especfica

    Art. 60, Lei 8213/91. O auxlio-doena ser devido ao segurado empregado a contar dodcimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contarda data do incio da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.

    B) Caso o INSS concedesse de plano a Joo, dada a gravidade da situao, aaposentadoria por invalidez comum, que efeito jurdico o benefcio previdencirio teria sobreo contrato de trabalho? (Valor: 0,60)

    O contrato ficar suspenso at que haja a recuperao, na forma do Art. 475, da CLT.

    Legislao especfica

    Art. 475, CLT -O empregado que for aposentado por invalidez ter suspenso o seu contrato

    de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdncia social para a efetivao dobenefcio.

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    1 - Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoriacancelada, ser-lhe- assegurado o direito funo que ocupava ao tempo da

    aposentadoria, facultado, porm, ao empregador, o direito de indeniz-lo por resciso docontrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478, salvo na hiptese de ser ele portadorde estabilidade, quando a indenizao dever ser paga na forma do art. 497.

    2 - Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poder rescindir, comeste, o respectivo contrato de trabalho sem indenizao, desde que tenha havido cinciainequvoca da interinidade ao ser celebrado o contrato.

    QuesitosNotaspossveis

    Nota

    A. A empregadora pagar o salrio (0,45).Indicao do Art. 60, 3, da Lei n. 8.213/91OU Art. 476 da CLT OU Decreto n. 3.048/99,Art. 75 (0,20).

    OBS.: necessria a indicao precisa dofundamento legal. A mera indicao dofundamento legal ou jurisprudencial nocredencia pontuao.

    0,0 /0,45 /0,65

    B. O contrato ficar suspenso (0,40). Indicaodo Art. 475 da CLT. (0,20). OBS.: necessriaa indicao precisa do fundamento legal. Amera indicao do fundamento legal oujurisprudencial no credencia pontuao.

    0,00 /0,40 /0,60

    Questo 30 (OAB/FGV VII Exame) Um recurso de revista interposto em face deacrdo proferido por Tribunal Regional do Trabalho em recurso ordinrio, em dissdioindividual, sendo encaminhado ao Presidente do Regional. Diante desta situao hipottica,responda, de forma fundamentada, s seguintes indagaes:

    a) Se o Presidente admitir o recurso de revista somente quanto parte das matriasveiculadas, cabe a interposio de agravo de instrumento? (valor: 0,65)

    No cabe a interposio de agravo de instrumento, que somente seria possvel se orecurso tivesse o seguimento negado. Segundo o posicionamento contido na Smula n 285do TST, o fato de o juzo primeiro de admissibilidade do recurso de revista entend-lo

    cabvel apenas quanto parte das matrias veiculadas, no impede a apreciao integralpela Turma do Tribunal Superior do Trabalho, sendo imprpria a interposio de agravo de

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    instrumento.

    Legislao especfica

    SMULA 285, TSTRECURSO DE REVISTA. ADMISSIBILIDADE PARCIAL PELO JUIZ-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO. EFEITO (mantida)Res.121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.20036. O fato de o juzo primeiro de admissibilidade dorecurso de revista entend-lo cabvel apenas quanto a parte das matrias veiculadasno impede a apreciao integral pela Turma do Tribunal Superior do Trabalho, sendo

    imprpria a interposio de agravo de instrumento.

    b) cabvel a oposio de embargos de declarao contra deciso deadmissibilidade do recurso de revista? (valor: 0,60)

    No cabvel a oposio de embargos de declarao contra deciso de admissibilidadedo recurso de revista. Os embargos declaratrios, nos termos da lei (artigos 897-A da CLT e535 do CPC), so opostos em face de decises, ou seja, pronunciamentos jurisdicionaisrevestidos de cunho decisrio. Contudo, o despacho proferido pelo Presidente do TribunalRegional no se reveste dessa natureza. Neste sentido, o entendimento consubstanciado naOJ n 377 da SBDI-1 do TST.

    Legislao especfica

    Art. 897-A, CLTCabero embargos de declarao da sentena ou acrdo, no prazo decinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audincia ou sessosubsequente a sua apresentao, registrado na certido, admitido efeito modificativo da

    deciso nos casos de omisso e contradio no julgado e manifesto equvoco no examedos pressupostos extrnsecos do recurso.

    Art. 535, CPC.Cabem embargos de declarao quando: I houver, na sentena ou noacrdo, obscuridade ou contradio; II for omitido ponto sobre o qual deviapronunciar-se o juiz ou tribunal.

    OJ 377, SDI-1. EMBARGOS DE DECLARAO. DECISO DENEGATRIA DERECURSO DE REVISTA EXARADO POR PRESIDENTE DO TRT. DESCABIMENTO.NO INTERRUPO DO PRAZO RECURSAL. (DEJT divulgado em 19, 20 e22.04.2010) No cabem embargos de declarao interpostos contra deciso de

    admissibilidade do recurso de revista, no tendo o efeito de interromper qualquer prazorecursal.

    Espelho de correo

    QuesitosNotaspossv

    eisNota

    A. No, a admisso do recurso de revista pelo

    Presidente do TRT apenas quanto parte dasmatrias veiculadas no impede a sua

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    apreciao integral pela Turma (0,40) OU

    No, o agravo de instrumento cabvel

    quando negado seguimento ao recurso.Indicao da Smula 285 do TST (0,25) Obs.:a mera indicao da smula no pontua.

    B. No cabvel, conforme OJ n 377 do TST(0,60). OU

    No cabvel por no se tratar de deciso quecomporte oposio de embargos declaratrios(0,30). Indicao da OJ n 377 do TST (0,30).

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