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II

Olá Estudante, seja bem-vindo (a)!

É com grande satisfação que produzimos este material para que você, possa ampliar os conhecimentos adquiridos ao longo do primeiro bimestre e aprofundar algumas habilidades e conceitos importantes para o seu desenvolvimento.

No Plano de Estudo Tutorado - PET você, aprenderá conceitos e processo e fenômenos dos diferentes componentes curriculares previstos no Plano de Curso 2021 elaborado a partir do CBC. Fique atento, pois seus professores aprofundarão as habilidades através de atividades e tarefas apresentadas na sua turma do Google Sala de Aula, disponível no App Conexão Escola 2.0.

Com este material, você poderá adquirir novos conhecimentos, lançar novos olhares, realizar novas associações entre os conceitos dos componentes curriculares, refletir sobre temas propostos e aplicá-los na busca por soluções para problemas que afligem sua comunidade, nosso país e o mundo.

Esperamos, assim, que você tenha uma ótima jornada com o PET do segundo bimestre.

Bons estudos!

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PLANO DE ESTUDO TUTORADO

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

TURNO:TOTAL DE SEMANAS: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:

Mundo moderno, colonizações e relações étnico-culturais.

TEMA/TÓPICO:

Representações europeias do Novo Mundo.

HABILIDADE(S):

1.1. Ler e analisar fontes: relatos dos cronistas dos impérios coloniais (Pero Vaz Caminha), descobridores (Cristóvão Colombo) e viajantes em geral (Hans Staden, Jean de Lèry, Thevet), visando à construção de uma narrativa histórica.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

Povos ameríndios; processo de colonização da América; Idade Moderna europeia.

INTERDISCIPLINARIDADE:

Geografia, Língua Portuguesa e Biologia.

TEMA: O Novo Mundo nos relatos de viagem dos navegantes, descobridores e cronistas: mitos e visões.

Caro(a) estudante, vamos dar início ao PET 2. Nessa semana, você irá identificar e analisar fontes histó-ricas correlacionadas ao período da expansão marítima europeia e o contato dos europeus com povos de outros continentes. Por meio dessas fontes, poder-se-á reconhecer e entender a construção das narrativas históricas.

As condições para as navegações europeias e a chegada à futura América.

Entre os séculos XV e XVII, diversos povos europeus empreenderam viagens marítimas em busca de novas terras para o comércio, exploração e/ou povoamento. O continente enfrentava o declínio das relações econômicas feudais, o aumento gradativo da classe burguesa e das populações urbanas, a centralização de poder nas famílias reais e, principalmente, alterações nas visões de mundo: o Renasci-mento Cultural e Científico e a Reforma Religiosa. Todas essas mudanças internas incentivaram a busca por novas relações econômicas.

COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIAANO DE ESCOLARIDADE: 1º ANO – EMPET VOLUME: 02/2021NOME DA ESCOLA:ESTUDANTE:TURMA:BIMESTRE: 2ºNÚMERO DE AULAS POR SEMANA:

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No início dessas viagens exploratórias e/ou de reconhecimento, o imaginário dos navegantes, e da popula-ção, estava bem impregnado das mitologias medievais: a de que a Terra era plana; a existência de monstros marinhos; populações de gigantes; de homens sem cabeça e olhos, nariz e boca no tórax; dentre outras.

Mas, os reais perigos dessas viagens, eram as condições insalubres dos navios: higiene pessoal; ali-mentação; proliferação de doenças.

Os portugueses foram os primeiros a se lançar nessa empreitada, seguido pelos espanhóis. O objetivo primário era uma nova rota comercial com a Índia (ou índias). Os portugueses investiram no contorno do continente africano como rota, enquanto os espanhóis investiram na navegação à oeste (levando em consideração a esfericidade do planeta).

Em 1492, os portugueses ainda não tinham conseguido conquistar seu objetivo primário. Já o navega-dor genovês, Cristóvão Colombo, patrocinado pela Coroa Espanhola, em outubro daquele ano, encon-trou terras navegando à oeste da costa atlântica europeia.

Leia um trecho da carta de Colombo em que anuncia a descoberta de terras que, futuramente, serão nomeadas de América:

Senhor, porque sei que terá prazer na grande vitória que Nosso Senhor me concedeu em minha viagem, escrevo-lhe esta, pela qual saberá como em 33 dias passei das ilhas de Canária para as Índias, com a armada que os ilustríssimos rei e rainha nossos senhores me concederam, onde encontrei muitas ilhas povoadas com gente sem número; e de todas elas tomei posse por Sua Alteza com pregão e bandeira real estendida, e não me contradisseram.À primeira que encontrei, nomeei San Salvador (ilha Watling) em comemoração a Vossa Alta Majestade, ao qual maravilhosamente tudo isto se deve; os índios a chamam de Guanahaní; à segunda pus o nome de ilha de Santa Maria de Conceição (Cayo Rum); à terceira de Fernandina (Isla Long); à quarta de Isabela (Isla Crooked); à quinta de ilha Juana (Cuba), e assim a cada uma um novo nome.

Disponível em: http://www.revistasamizdat.com/2009/10/carta-de-cristovao-colombo-anunciando-o.html. Acesso em: 25 mar. 2021.

Após essa primeira viagem, outras com o caráter de descobrir, conhecer, foram realizadas pelos espa-nhóis. Essas viagens permitiram o início do processo de exploração, dominação e colonização do Novo Mundo, a América, na primeira metade do século XVI.

O mapa a seguir retrata as rotas de navegadores a serviço da Coroa Espanhola e da Coroa Portuguesa.

Disponível em: <https://4.bp.blogspot.com/-t1uPXEORVG0/WS2-EgTaeCI/AAAAAAAAFGw/8C67rfDfJykJWalJGDJqeAX7sAJEZXljACLcB/s640/Rotas_das_gr_viagens_de_descobrimento-2.jpg>. Acesso em: 09 abr. 2021.

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PARA SABER MAIS:

CONHEÇA a história de Isabel de Castela, a Católica, rainha espanhola que financiou as viagens de Co-lombo: https://youtu.be/VwCNrCJIO_I

ASSISTA a esse pequeno vídeo (menos de 3 minutos) sobre as navegações portuguesas e as viagens de Colombo: https://www.youtube.com/watch?v=3aFAFCRoLPo.

ATIVIDADES

1 - Leia o trecho a seguir:

“De onde vi outra ilha ao oriente, distante desta dezoito léguas, à qual logo pus o nome de a Espa-nhola e fui para lá, e segui a parte setentrional, assim como de Juana ao oriente, 188 grandes léguas por linha reta. Juana e todas as outras são fertilíssimas em grande grau, e esta ao extremo. Nela, há muitos portos na costa para o mar, sem comparação, que eu saiba, a outros entre os cristãos, e rios fartos, bons e grandes, que são maravilhosos. Suas terras são altas, e nela há muitas serras e montanhas altíssimas, incomparáveis às da ilha de Tenerife; todas belíssimas, de feições, e todas acessíveis, e cheias de altas árvores de mil espécies que parecem chegar ao céu; e ouvi dizer que jamais lhes caem as folhas, segundo pude entender, pois as vi tão verdes e belas como são em maio na Espanha, e estavam floridas, com frutos maduros, [...] Espanhola é maravilhosa; há serras, mon-tanhas, várzeas, campinas, e terras belas e férteis para plantar e semear, para criar gados de todas as sortes, para edificação de vilas e povoados. Só se crê nos portos de mar daqui ao vê-los, e nos rios vários e grandes, e nas águas salubres, a maioria dos quais traz ouro. Há grandes diferenças nas árvores, frutos e ervas desta e as de Juana. Nesta, há muitas especiarias, e grandes minas de ouro e de outros metais”.

Disponível em: http://www.revistasamizdat.com/2009/10/carta-de-cristovao-colombo-anunciando-o.html. Acesso em: 25 mar. 2021.

a) Quais as primeiras impressões de Colombo sobre as novas terras recém-descobertas?

b) Quais as riquezas elencadas pelo autor da carta eram até então desconhecidas pelos espanhóis?

2 - Os navegadores europeus estavam sujeitos a perigos reais e outros imaginários. Quais eram esses?

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3 - Leia o trecho a seguir:

“As gentes desta ilha e de todas as outras que encontrei e das quais tive notícia, andam todas des-nudas, homens e mulheres, assim como as mães os parem, ainda que algumas mulheres se cubram num único lugar com uma folha de erva, ou uma coberta de algodão feita para isto. Eles não têm ferro, nem aço, nem armas, nem palavra para isto, não porque não sejam gente de boa constituição e de bela estatura, mas porque são medrosos ao extremo”.

Disponível em: http://www.revistasamizdat.com/2009/10/carta-de-cristovao-colombo-anunciando-o.html. Acesso em: 25 mar. 2021.

Qual a imagem os espanhóis começaram a construir das populações nativas da América?

4 - (Enem 2010)

Chegança

Sou Pataxó,Sou Xavante e Carriri,Ianomâmi, sou TupiGuarani, sou Carajá.Sou Pancaruru,Carijó, Tupinajé,Sou Potiguar, sou Caeté,Ful-ni-ô, Tupinambá.

Eu atraquei num porto muito seguro,Céu azul, paz e ar puro...Botei as pernas pro ar.

Logo sonhei que estava no paraíso,Onde nem era preciso dormir para sonhar.

Mas de repente me acordei com a surpresa:Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar.Da grande-nau,Um branco de barba escura,Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar.E assustado dei um pulo da rede,Pressenti a fome, a sede,Eu pensei: “vão me acabar”.Levantei-me de Borduna já na mão.Aí, senti no coração,O Brasil vai começar.

NÓBREGA, A.; FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998.

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A letra da canção apresenta um tema recorrente na história da colonização brasileira, as relações de poder entre portugueses e povos nativos, e representa uma crítica à ideia presente no chamado mito

a) da democracia racial, originado das relações cordiais estabelecidas entre portugueses e nati-vos no período anterior ao início da colonização brasileira.

b) da cordialidade brasileira, advinda da forma como os povos nativos se associaram economi-camente aos portugueses, participando dos negócios coloniais açucareiros.

c) do brasileiro receptivo, oriundo da facilidade com que os nativos brasileiros aceitaram as re-gras impostas pelo colonizador, o que garantiu o sucesso da colonização.

d) da natural miscigenação, resultante da forma como a metrópole incentivou a união entre co-lonos, ex-escravas e nativas para acelerar o povoamento da colônia.

e) do encontro, que identifica a colonização portuguesa como pacífica em função das relações de troca estabelecidas nos primeiros contatos entre portugueses e nativos.