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Assuntos Diversos - Out. 2013 - Página | 1 IVA - Ato Isolado - Sujeito passivo - Declaração de Inicio de atividade - Emissão de fatura - Auto-faturação - Liquidação do IVA - Taxas - pagamento do imposto - n.º 2 do artigo 27.º (Artigo: 1º, 2º, 3º, 6º, 7º, 8º, 29º, 31º, nº 14 do artigo 29º, n.º 11 do artigo 36.º) A venda de madeira, efetuada por particular, de forma extemporânea e não repetida, configura um ato isolado, sujeito a imposto e dele não isento, tributada à taxa reduzida de 6%, por enquadramento na verba 5.4 da Lista I, anexa ao Código do IVA; A elaboração da fatura, pode ser efetuada pelo transmitente ou, pelo adquirente dos bens, desde que, respeitadas as condições enunciadas nos n.ºs 9 a 11 da presente informação. IVA - Ouro para Investimento - Registo das operações de cada cliente de montante igual ou superior a € 12.469,95 O "Regime especial aplicável ao ouro para investimento", só tem aplicação nas operações sobre ouro para investimento, tal como este se encontra definido no respetivo diploma legal. Não se tratando de ouro para O "Regime especial aplicável ao ouro para investimento", só tem aplicação nas operações sobre ouro para investimento, tal como este se encontra definido no respetivo diploma legal. Não se tratando de ouro para investimento, estão sujeitas a tributação de acordo com as regras do Código do IVA; Assim, a venda de ouro em placa só será de enquadrar no referido Regime Especial caso se trate de ouro que caiba nos limites conceptuais do art.º 2º do referido Regime Especial; Estabelece o art.º 10º do referido regime especial, sob a epígrafe "Cumprimento da obrigação" que, "Nas transmissões de ouro para investimento em que tenha sido exercida a renuncia à isenção do imposto, prevista no artigo 5.º e nas transformações de ouro sob a forma de matéria-prima ou de produtos semitransformados de toque igual ou superior a 325 milésimos, o pagamento do imposto e as demais obrigações decorrentes dessas operações, com exceção das previstas no artigo 12.º, devem ser cumpridas pelo adquirente quando este seja um sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do art.º 2 º do Código do IVA, que tenha direito à dedução total ou parcial do imposto"; De acordo com o nº 1 do art.º 12º, "Os sujeitos passivos que efetuem operações abrangidas no âmbito deste diploma devem possuir um registo com a identificação de cada cliente com quem realizem operações de montante igual ou superior a €12.469,95, ainda que não se encontrem obrigados ao pagamento do imposto nos termos do artigo 10º"; Significa isto que, os sujeitos passivos, ainda que não se encontrem obrigados ao pagamento do imposto nos termos do artigo 10º (o pagamento do imposto e as demais obrigações decorrentes dessas operações é efetuada pelo adquirente), devem possuir o registo de cada cliente com quem realizem operações de montante igual ou superior a € 12.469,95; O estipulado no art.º 12º reporta-se, assim, à obrigação de registar as operações de cada cliente quando o montante for igual ou superior a € 12.469,95. Orientações da Administração Tributária

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A s s u n t o s D i v e r s o s - O u t . 2 0 1 3 - P á g i n a | 1

IVA - Ato Isolado - Sujeito passivo - Declaração de Inicio de atividade - Emissão de fatura - Auto-faturação - Liquidação do

IVA - Taxas - pagamento do imposto - n.º 2 do artigo 27.º (Artigo: 1º, 2º, 3º, 6º, 7º, 8º, 29º, 31º, nº 14 do artigo 29º, n.º 11 do

artigo 36.º)

A venda de madeira, efetuada por particular, de forma extemporânea e não repetida, configura um ato isolado, sujeito a

imposto e dele não isento, tributada à taxa reduzida de 6%, por enquadramento na verba 5.4 da Lista I, anexa ao Código do

IVA;

A elaboração da fatura, pode ser efetuada pelo transmitente ou, pelo adquirente dos bens, desde que, respeitadas as

condições enunciadas nos n.ºs 9 a 11 da presente informação.

IVA - Ouro para Investimento - Registo das operações de cada cliente de montante igual ou superior a € 12.469,95

O "Regime especial aplicável ao ouro para investimento", só tem aplicação nas operações sobre ouro para investimento, tal

como este se encontra definido no respetivo diploma legal. Não se tratando de ouro para O "Regime especial aplicável ao

ouro para investimento", só tem aplicação nas operações sobre ouro para investimento, tal como este se encontra definido no

respetivo diploma legal. Não se tratando de ouro para investimento, estão sujeitas a tributação de acordo com as regras do

Código do IVA;

Assim, a venda de ouro em placa só será de enquadrar no referido Regime Especial caso se trate de ouro que caiba nos

limites conceptuais do art.º 2º do referido Regime Especial;

Estabelece o art.º 10º do referido regime especial, sob a epígrafe "Cumprimento da obrigação" que, "Nas transmissões de

ouro para investimento em que tenha sido exercida a renuncia à isenção do imposto, prevista no artigo 5.º e nas

transformações de ouro sob a forma de matéria-prima ou de produtos semitransformados de toque igual ou superior a 325

milésimos, o pagamento do imposto e as demais obrigações decorrentes dessas operações, com exceção das previstas no

artigo 12.º, devem ser cumpridas pelo adquirente quando este seja um sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1

do art.º 2 º do Código do IVA, que tenha direito à dedução total ou parcial do imposto";

De acordo com o nº 1 do art.º 12º, "Os sujeitos passivos que efetuem operações abrangidas no âmbito deste diploma devem

possuir um registo com a identificação de cada cliente com quem realizem operações de montante igual ou superior a

€12.469,95, ainda que não se encontrem obrigados ao pagamento do imposto nos termos do artigo 10º";

Significa isto que, os sujeitos passivos, ainda que não se encontrem obrigados ao pagamento do imposto nos termos do

artigo 10º (o pagamento do imposto e as demais obrigações decorrentes dessas operações é efetuada pelo adquirente),

devem possuir o registo de cada cliente com quem realizem operações de montante igual ou superior a € 12.469,95;

O estipulado no art.º 12º reporta-se, assim, à obrigação de registar as operações de cada cliente quando o montante for igual

ou superior a € 12.469,95.

Orientações da Administração Tributária

A s s u n t o s D i v e r s o s - O u t . 2 0 1 3 - P á g i n a | 2

IVA – Art.º 60 - Transmissão de bens efetuada, a uma cidadã moçambicana, por pequenos retalhistas, e a possibilidade de

acionar D.L. 295/87

No caso em apreço, constata-se que a cidadã adquirente não informou o vendedor, no momento da aquisição, de que

desejava efetuar a mesma isenta de imposto, ao abrigo do citado D.L. 295/87. Caso o tivesse feito, aquele sujeito passivo,

enquadrado no regime dos pequenos retalhistas, teria informado a adquirente de que ele não poderia efetuar aquela venda

isenta de imposto, devido ao facto de se encontrar enquadrado num regime especial de liquidação de IVA, o qual não permite

que os adquirentes procedam à dedução do mesmo, nem permite ao sujeito passivo vendedor efetuar quaisquer

exportações;

Deste modo, o sujeito passivo requerente não pode efetuar qualquer reembolso de imposto na situação exposta, por falta de

suporte legal, uma vez que se encontra enquadrado num regime especial de IVA que não permite a dedução do imposto por

parte dos adquirentes.

IVA – Art.º 36 - Direito à dedução - Fatura - Impressa em ficheiro com formato PDF e enviada por correio eletrónico ao

destinatário

A impressão de faturas (emitidas em papel) em ficheiro com formato PDF e enviadas por email, ao destinatário dos

bens/serviços, é um procedimento que, para efeitos do Código do IVA, nomeadamente para efeitos do exercício do direito à

dedução, não pode ser aceite, por falta de disposição legal que o permita.

IVA – Art.º 36 - Elementos das faturas - Quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou serviços prestados

Para efeitos de faturação, nos termos da alínea b), do n.º 5, do artigo 36.º, do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado

(CIVA), a quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou serviços prestados, com especificação dos elementos

necessários à determinação da taxa aplicável é um dos elementos a constar na referida fatura, sob pena de não conferir o direito

à dedução do imposto nela contido.

IVA – Art.º 31.º - Enquadramento de herança indivisa

O procedimento que vem sendo adotado, quando não é o autor da sucessão que exerce em nome individual uma atividade

sujeita a IVA, mas sim o cônjuge sobrevivo, de forma a que este possa continuar o desenvolvimento dessa atividade, é o

seguinte:

o Cessação da atividade do cônjuge sobrevivo;

o Inicio de atividade da herança indivisa;

o Cessação da herança indivisa assim que ocorra a partilha;

o Eventual reinicio de atividade pelo cônjuge sobrevivo.

Não o tendo feito atempadamente e, inclusive, tendo entregue, erradamente, uma declaração de inicio no NIF da primeira

herança indivisa com o CAE e enquadramento errados, devem tais elementos ser corrigidos pela Direção de Serviços de

Registo de Contribuintes a fim de ser regularizada a situação da mesma.

Tendo, posteriormente havido o falecimento do empresário em nome individual e desde que os herdeiros deste continuem,

em conjunto, a atividade anteriormente desenvolvida, devem proceder, ainda, à entrega da declaração de cessação de

atividade nos termos do nº 1 do art.º 34º do CIVA, para o NIF 706XXX, cessando a atividade na data do óbito do falecido

empresário em nome individual, bem como entregar uma declaração de inicio reportada à mesma data, para a herança

indivisa com o NIF 708XXX, sem prejuízo das penalidades que ao caso couber.

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IVA – Art.º 29 - Auto Facturação - Facturas elaboradas pelo adquirente dos bens e/ou serviços, em nome e por conta do

fornecedor

O sujeito passivo pretende adoptar no âmbito a facturação, os seguintes procedimentos:

Quanto ao acordo prévio na forma escrita:

o Conforme referido no ponto 5 desta informação o acordo prévio, formalizado por escrito, pode conter as cláusulas

que os intervenientes entenderem, desde que salvaguardados os interesses da Administração Fiscal pelo

cumprimento das condições elencadas no nº 11 do artigo 36º do CIVA. Consequentemente, não cabe à

Administração Fiscal, pronunciar-se sobre tal acordo, uma vez que o mesmo pode contemplar condições que só os

intervenientes podem aceitar ou não;

Quanto à prova de que o fornecedor tomou conhecimento da emissão da factura e aceitou o seu conteúdo:

o De harmonia com a alínea b) do nº 11 do artigo 36º do CIVA, o que se exige é a prova, não só do conhecimento da

emissão da factura, como da aceitação do conteúdo da mesma. Resulta da citada disposição legal que o adquirente

tem que possuir prova de aceitação expressa, emitida pelo fornecedor em como tomou conhecimento da emissão da

factura e aceitou o seu conteúdo, pelo que entendemos que o procedimento proposto não pode ser aceite uma vez

que não faz prova bastante, perante a Administração Fiscal, de que o fornecedor dos bens ou serviços tomou

conhecimento da emissão da factura e aceitou o seu conteúdo;

Layout de facturação:

o As facturas emitidas pelo sistema de auto facturação têm que obedecer aos requisitos normais exigidos à

facturação, ou seja, obedecer aos requisitos do artigo 5º do Decreto-lei 198/90, de 19/6 e conter os elementos

previstos nas alíneas a) a f) do nº 5 do artigo 36º do CIVA. Face ao exposto, desde que as facturas obedeçam aos

citados requisitos, são consideradas emitidas de forma legal, não obedecendo o layout (formato) a nenhum requisito

específico;

Emissão de todas as facturas segundo o mesmo método:

o Face ao exposto ao longo da presente informação, havendo um acordo prévio escrito entre fornecedor e adquirente,

concordando em utilizar facturas emitidas segundo o método previsto no nº 11 do artigo 36º do CIVA, todas as

facturas ou documentos equivalentes emitidos entre eles devem ser abrangidos por aquele método de facturação

(auto facturação);

Registo das facturas emitidas segundo o método da auto facturação:

o Conforme referido na presente informação a responsabilidade das facturas emitidas segundo o método da auto

facturação é da responsabilidade do fornecedor dos bens ou dos serviços. Este procedimento consiste na

substituição do fornecedor pelo adquirente apenas na elaboração da factura, não se verificando por esse facto,

procedimentos diferentes quanto às obrigações fiscais na esfera do fornecedor, nomeadamente no que respeita ao

registo das operações;

Numeração sequencial própria:

o As facturas elaboradas pelo adquirente dos bens/serviços, para além das condições exigidas pelo nº 11 do artigo

36º do CIVA, bem como do artigo 5º do Decreto-lei 198/90, de 19/6, devem:

Conter todos os elementos previstos nas alíneas do nº 5 do artigo 36º do CIVA;

Obedecer a uma ordem sequencial própria e, havendo vários fornecedores/prestadores, cada um deve

ter uma ordem sequencial própria;

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Facturas de fornecedores estrangeiros, elaboradas por sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio em

território nacional:

o Quando os fornecedores de bens ou serviços não têm sede, estabelecimento estável ou domicílio no território

nacional, e as facturas são elaboradas pelos adquirentes, sujeitos passivos em território nacional, a emissão das

facturas devem obedecer às regras impostas no país em que o fornecedor se encontra registado, não cabendo à

Administração Fiscal Portuguesa pronunciar-se sobre o assunto;

o Aliás, refira-se que, conforme nº 12 do artigo 36º do CIVA, o procedimento previsto no nº 11 fica sujeito a

autorização prévia da Direcção Geral dos Impostos, quando se trate da elaboração de facturas ou documentos

equivalentes pelos próprios adquirentes dos bens ou dos serviços ou por terceiros que não disponham de sede,

estabelecimento estável ou domicílio em qualquer Estado membro.

IVA – Art.º 23 - Dedução do IVA - Sujeito passivo misto, que pratica, em simultâneo, operações isentas sem direito à dedução

e operações tributadas que conferem esse direito.

O art.º 23º do CIVA estipula, no seu nº 1 que, "Quando o sujeito passivo, no exercício da sua actividade, efectuar operações

que conferem direito a dedução e operações que não conferem esse direito, nos termos do art.º 20º, a dedução do imposto

suportado na aquisição de bens e serviços que sejam utilizados na realização de ambos os tipos de operações é

determinada do seguinte modo:

o Tratando-se de um bem ou serviço parcialmente afecto à realização de operações não decorrentes do exercício de

uma actividade económica prevista na alínea a) do nº 1 do artigo 2º, o imposto não dedutível em resultado dessa

afectação parcial é determinado nos termos do nº 2;

o Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, tratando-se de um bem ou serviço afecto à realização de operações

decorrentes do exercício de uma actividade económica prevista na alínea a) do nº 1 do art.º 2º, parte das quais não

confira direito à dedução, o imposto é dedutível na percentagem correspondente ao montante anual das operações

que dêem lugar a dedução.";

Esta regra geral, normalmente conhecida por método de percentagem da dedução ou "prorata" pode ser afastada pela

aplicação, nos termos dos nºs 2 e 3 do mesmo artigo 23º, do chamado "método de afetação real", o qual consiste na

possibilidade de deduzir a totalidade do imposto suportado na aquisição de bens e serviços destinados a atividades que

dêem lugar à dedução, mas impedindo, simultaneamente, a dedução do imposto suportado para a execução de operações

que não conferem esse direito.

IVA – Art.º 22 - Impossibilidade de recuperação do IVA pago, por um despachante oficial, por conta do cliente num processo

de importação de bens

Enquanto despachante oficial, no processo de despacho alfandegário como representante da entidade importadora para o

cumprimento dos atos e formalidades previstos na legislação aduaneira, o sujeito passivo do IVA em operações de

importação é, nos termos legalmente previstos, a entidade importadora, pelo que é sobre esta que recai a obrigação de

entrega do imposto ao Estado e o direito a deduzir, e eventualmente solicitar o reembolso, do imposto suportado;

Nesta medida, a recuperação do IVA que a Requerente entregou ao Estado por conta do seu cliente, deverá ser efetuada no

âmbito da relação contratual entre a Requerente e o respetivo cliente, e não pela via da solicitação do reembolso ao Estado.

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IVA – Art.º 22 - Reembolso – Pedido efectuado por sujeito passivo nos caos em que a obrigação de liquidação do imposto é

da responsabilidade do adquirente – Garantia Bancária

Constata-se, por um lado, que a AT só pode exigir uma garantia bancária, e se assim o entender, quando o valor de um

reembolso ultrapasse os 30.000 euros. Quanto à prestação de garantia bancária para os pedidos de valor superior a 10.000

euros, quando estão em causa primeiros pedidos, a obrigatoriedade da prestação de garantia apenas se verifica caso o

sujeito passivo opte pelo seu recebimento no prazo de 30 dias, caso contrário, torna-se desnecessária, passando o prazo de

pagamento para o normal, isto é, até ao fim do 2º mês seguinte ao da apresentação do pedido;

Pelo que ficou exposto, o sujeito passivo requerente pode solicitar o reembolso referente ao crédito de imposto que tem ao

seu dispor, sem que para isso seja necessária a prestação de uma garantia bancária, desde que não opte pelo prazo

especial de pagamento de 30 dias, estabelecido no referido Despacho Normativo nº 18-A/2010;

Após o deferimento do pedido para pagamento no prazo normal, o valor do reembolso, no caso da existência de dívidas

fiscais por parte do sujeito passivo, ou da existência de penhoras ativas, como, por exemplo, do Instituto de Gestão

Financeira da Segurança Social, será utilizado para pagamento das mesmas.

IVA – Art.º 21 - Direito à dedução – Exclusão - Aquisição de garrafões de água, disponibilizados aos clientes e empregados

na receção do escritório

O IVA suportado nas aquisições de garrafões de água disponíveis em escritórios, está excluído do direito à dedução, por força

da al. d) do nº1 do art.21º do CIVA, uma vez que não se destinam a ser fornecidas "em cantinas, economatos, dormitórios e

similares" (redação da al. b) do nº2 do art.21º do CIVA).

IVA - Art.º 21 - Direito á dedução - Cessão de créditos para cobrança

Sendo o direito à dedução um direito de natureza pessoal e sendo o respetivo crédito de IVA pessoal e intransmissível, a sua

regularização/dedução apenas compete ao sujeito passivo que efetuou a liquidação/entrega nos Cofres do Estado;

Nestes termos, sendo a requerente titular dos referidos créditos, os quais pretende vir a ceder através de contrato de cessão

de créditos na modalidade de cessão para cobrança, só poderá proceder à dedução/regularização do respetivo IVA, desde

que figure como credor dos seus créditos nas respetivas certidões judiciais, não sendo possível, no caso de se tratar de

pessoa distinta daquela que figura nas faturas ou documentos equivalentes;

Mais se esclarece que a empresa cessionária não pode proceder à dedução/regularização do respetivo IVA, uma vez que o

direito à dedução é um direito de natureza pessoal e como tal, intransmissível.

IVA – Art.º 21 - Direito á dedução – Exclusão do direito á dedução do IVA contido em fatura relativa a consumo de energia em

operações fora do âmbito da sua atividade, ou seja para fins privados

Verifica-se que os serviços de potência contratada, taxa de exploração e contribuição audiovisual, constantes na fatura de

eletricidade para consumo da instalação elétrica, são utilizados pelo requerente em operações fora do âmbito da sua

atividade, ou seja para fins privados;

Deste modo, o IVA suportado a montante sobre as despesas em causa, constantes na fatura de consumo da instalação

elétrica de utilização para fins privados, não é dedutível nos termos dos artigos 19.º e 20.º do Código do IVA, na medida em

que os serviços não são utilizados para a realização de operações tributáveis.

IVA – Art.º 21 - Direito à dedução – Oferta de bebidas a clientes

A oferta aos clientes das bebidas em apreço não é equiparada, para efeitos de IVA, a uma transmissão onerosa, uma vez

que a sua aquisição é efetuada com exclusão do direito à dedução por força da alínea d) do nº 1 do art.º 21º do CIVA;

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Conclui-se deste modo que o imposto suportado na aquisição de bebidas para ofertar não é passível de direito à dedução,

pelo que, na oferta das referidas bebidas aos seus clientes, a requerente não deve liquidar imposto, em virtude de se tratar

de transmissão gratuita de bens não equiparada a uma transmissão onerosa de bens, para efeitos de IVA.

IVA – Art.º 19 - Direito à dedução – Fatura na forma legal

A fatura em causa, não preenche os requisitos da alínea b) do n.º 5 do art.º 36º do CIVA, pois não identifica de forma clara a

natureza dos serviços prestados, apenas indicando “serviços entre 15 de julho e 15 de setembro de 2011”. Trata-se de um

requisito essencial da fatura, cuja omissão impede o direito à dedução do IVA nela contido, nos termos do art.º 19º, n.º 6 do

CIVA.

IVA – Art.º 19 - Direito à dedução - Criação, desenvolvimento e gestão do Parque de Ciência e Tecnologia

No caso de subvenções não tributadas, porque não conexas com o preço das operações tributáveis, deve atender-se ao

seguinte:

o Caso a subvenção vise financiar operações decorrentes de uma atividade económica sujeitas a IVA, embora isentas

que não conferem direito à dedução e não isentas que conferem o direito à dedução, o respetivo montante deve

integrar o denominador do pro rata previsto no nº4 do art.º 23º do CIVA;

o Se a subvenção visa financiar operações sujeitas a IVA e que conferem integral direito à dedução, estas não têm

qualquer influência no montante do imposto dedutível;

Tratando-se de subsídios ao equipamento, estes não devem ser tributados nem provocam alterações no direito à dedução,

ainda que auferidos por sujeitos passivos mistos, nos termos do n.º4 do art.º 23º do CIVA.

IVA – Art.º 19.º - Direito à dedução - IVA contido em faturas ou documentos equivalentes emitidas em nome das sociedades

incorporadas no âmbito de um processo de fusão de sociedades

Que à sociedade resultante da fusão é permitido o exercício do direito à dedução do imposto contido em faturas emitidas em

nome das sociedades incorporadas extintas, desde que a fusão esteja registada e seja entregue a declaração de cessação

de atividade das sociedades fundidas, e observados os requisitos dos artigos 19.º e seguintes do Código do IVA, tendo em

conta que a esta (s) sociedade (s) continua (m) o exercício da atividade na esfera da sociedade incorporante;

Todavia, e em conformidade com o disposto no n.º 5 do artigo 3.º do Código do IVA, "administração fiscal adopta as medidas

regulamentares adequadas, nomeadamente a limitação do direito à dedução, quando o adquirente não seja um sujeito

passivo que pratique exclusivamente operações tributadas";

No que concerne ao prazo para efeitos de exercício do direito à dedução do IVA contido faturas emitidas em nome das

entidades incorporadas, encontra-se, do mesmo modo, sujeito ao limite temporal previsto no n.º 2 do art.º 98.º do Código do

IVA, ou seja, a sociedade incorporante só pode exercer o direito à dedução do imposto até ao decurso de quatro anos após o

nascimento do direito à dedução nos termos do artigos 7.º e 8.º do referido Código.

IVA – Art.º 16.º - Valor tributável - Elementos necessários à determinação do valor tributável expressos em moeda diferente

da moeda nacional

Quando se verificar a exigibilidade do imposto devem ser aplicadas as taxas de Câmbio referidas nos nºs 8 e 9 do artigo 16º

do Código do IVA;

Do mesmo modo, os valores a constar no anexo L à IES/Declaração Anual de Informação Contabilística e Fiscal, são os

valores declarados nas respetivas declarações periódicas e, consequentemente, os que constam das registos contabilísticos

a que se refere o artigo 44º do Código do IVA.

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IVA – Art.º 18.º - Isenções – Cooperativa de Serviços - Impossibilidade de aplicação da al. 21) do art.º 9º

Não fica claro qual a estrutura criada pelo agrupamento que é comum, dado que se refere que os serviços poderão ser

desenvolvidos quer pela cooperativa com pessoal próprio da sua equipa, quer com pessoal da equipa dos seus membros,

ou, ainda, contratando terceiros;

Assim sendo, o grupo - que conforme refere o requerente, vai pedir o reembolso atenta a natureza dos serviços prestados -

não se limita a exigir dos seus membros o reembolso exato da parte que lhes incumbe nas despesas comuns, uma vez que a

estrutura que presta os serviços não é comum;

Para além das condições já analisadas, os serviços prestados pelo agrupamento, têm ainda de contribuir de forma

diretamente necessária para a atividade dos seus membros, que é, recorde-se, isenta;

Assim, excluem-se do âmbito de aplicação da citada disposição, os serviços que, dado o seu caráter geral, não se encontram

vinculados de uma forma, não só necessária, mas também direta, à atividade desenvolvida pelos membros do agrupamento;

Os serviços de limpeza, desinfeção e saneamento, são serviços de caráter geral que, embora evidentemente necessários,

não se encontram diretamente relacionados com os serviços medico sanitários prestados pelos estabelecimentos

hospitalares;

Relativamente às distorções de concorrência, o TJUE, afirmou que a concessão da isenção deve ser recusada, se existir um

forte grau de probabilidade, que essa isenção é suscetível por si só, de afastar os operadores independentes do mercado em

que o agrupamento que reivindica a isenção exerce a sua atividade. Trata-se de determinar se a isenção concedida a um e a

tributação do outro constituem a causa determinante pela qual os operadores independentes são, de facto, excluídos do

mercado.

IVA – Art.º 18.º - Taxas - Feiras e outros eventos promocionais, de uma dada região, considerando a predominância

sociocultural e etnográfica da região

No caso concreto da feira em apreço, constata-se que do seu programa fazem parte um conjunto diversificado e heterogéneo

de espetáculos e animações, não se direcionando, no entanto, especificamente para os espetáculos que se encontram

elencados na verba 2.6 da lista II anexa ao CIVA.

Alias, da descrição elaborada pela requerente no que concerne ao orçamento geral dos custos imputados à feira, constata-se

que as atividades que representam 80% do custo do orçamento geral, são diversificadas, passando por espetáculos de

música, dança, jogos e mercados tradicionais, de campinos, equestres, tauromáquicas, produtos agrícolas, pecuários, entre

outras;

Note-se ainda, que a referência feita na antiga verba 2.15 da lista I a "outros divertimentos públicos" não foi mantida na atual

verba 2.6 da lista II, o que revela claramente a intenção do legislador em restringir o âmbito desta última;

Deste modo, porque o evento em questão extravasa o âmbito de aplicação da citada verba 2.6 da lista II, os ingressos de acesso à

feira estão sujeitos à taxa normal de IVA (23%).

IVA – Art.º 18.º - Taxas - Jogos de bilhar, snooker e matrecos ou matraquilhos

A partir de 1 de janeiro de 2012, as prestações de serviços que consistam em proporcionar a utilização de jogos desportivos, tais

como os jogos de bilhar, snooker e matrecos ou matraquilhos são tributadas à taxa normal do imposto, a que se referem os n.ºs

1, alínea c), e 3, ambos do art.º 18.º do CIVA, por falta de previsão nas listas I e II anexas ao mencionado Código.

IVA – Art.º 18.º - Taxas - Água para consumo, das redes de abastecimento de água potável, sem adição de outras substâncias

A água para consumo, disponibilizada pelas redes de abastecimento de água potável, sem adição de outras substâncias, é

tributada á taxa reduzida, a que se refere a alínea a) do 1 do artigo 18.º do Código do IVA.

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IVA – Art.º 18.º - Enquadramento em IVA dos trabalhos gráficos. Tributação das transações eletrónicas

Relativamente aos trabalhos gráficos que, em concreto, são elencados na exposição, designadamente:

o Revista e Livro - Capa mole e capa dura, se abrangidos pela verba 2.1, da Lista I e nela não excecionados, ou seja,

desde que se ocupem predominantemente das matérias nela referidas, será aplicável a taxa reduzida prevista na

alínea a) do nº 1 do artº 18º do CIVA, quer se trate de transmissões de bens ou de serviços prestados;

o Cadernos e blocos - Capa mole e argolas; Calendários - Com ou sem argolas; Agendas - Capa mole e capa dura de

papel comum impresso; Estacionário - papel de carta, cartões de visita, tratando-se de bens excecionados da citada

verba 2.1, da Lista I anexa ao Código do IVA, a taxa aplicável é a normal, prevista na alínea c) do nº 1 do art.º 18º,

do mesmo diploma legal.

IVA – Art.º 18.º - Taxas – Reparações de elevadores para condomínios e particulares

A operação de prestação de serviços de reparação e montagem de elevadores, diversa das empreitadas tipificadas na verba

2.27 da Lista I anexa ao CIVA, sendo assim tributável à taxa normal de IVA, nos termos da alínea c) do nº 1 do art.º 18º do CIVA,

tanto nas situações de faturação desses serviços a sujeitos passivos de imposto, como a particulares.

IVA – Art.º 18.º - Taxas - Jardins zoológicos, botânicos e aquários

A atividade prosseguida pela requerente, um jardim zoológico, sob a forma comercial de sociedade por quotas, não está

abrangida pela verba 2.6 da Lista II anexa ao CIVA, aplicando-se, às prestações de serviços efetuadas no exercício da mesma, a

taxa normal, a que se refere o n.º 1, alínea c), e o n.º 3, ambos do art.º 18.º do CIVA.

IVA – Art.º 18.º - Taxas aluguer de contentores para posterior recolha de resíduos

A prestação de serviços de simples "aluguer de contentores", ainda que estes se destinem ao armazenamento de resíduos, ou

ao seu acondicionamento para posterior recolha, extravasa o âmbito de aplicação da citada verba 2.22 da Lista I anexa CIVA,

sendo, por isso, tributada à taxa normal por aplicação do preceituado na alínea c) do nº 1 e nº 3 do art.º 18º do citado Código.

IVA – Art.º 18.º - Taxas – Bilhetes de ingresso em visitas a aquários oceânicos

De harmonia com o disposto na verba 2.6 da lista II anexa ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA), são

sujeitas à taxa intermédia, as "entradas em espectáculos de canto, dança, música, teatro, cinema, tauromaquia e circo.

Exceptuam-se as entradas em espectáculos de carácter pornográfico ou obsceno, como tal considerados na legislação sobre

a matéria";

A citada verba restringe o âmbito de aplicação aos espetáculos de circunstância específica, direcionados apenas para

atividades de canto, música, teatro, cinema, tauromaquia e circo, pelo que, as entradas para outras atividades, ainda que

revistam um caráter de divertimento público, ao não congregarem os pressupostos da citada verba, é-lhes aplicável a taxa

normal, por força do disposto na alínea c) do nº 1 e alínea a) e b) nº 3 do art.º 18º do CIVA;

Assim, apesar do reconhecimento inequívoco da missão prosseguida pela requerente e o seu impacto, inquestionável, no

âmbito do conhecimento da preservação da biodiversidade, a taxa a aplicar nas entradas nos aquários é a normal, por falta

de enquadramento na verba 2.6 da lista II anexa ao CIVA.

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IVA – Art.º 18.º - Taxas aluguer de contentores para posterior recolha de resíduos

A prestação de serviços de simples "aluguer de contentores", ainda que estes se destinem ao armazenamento de resíduos, ou

ao seu acondicionamento para posterior recolha, extravasa o âmbito de aplicação da citada verba 2.22 da Lista I anexa CIVA,

sendo, por isso, tributada à taxa normal por aplicação do preceituado na alínea c) do nº 1 e nº 3 do art.º 18º do citado Código.

IVA – Art.º 18.º - Taxas – Bilhetes de ingresso em visitas a aquários oceânicos

De harmonia com o disposto na verba 2.6 da lista II anexa ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA), são

sujeitas à taxa intermédia, as "entradas em espectáculos de canto, dança, música, teatro, cinema, tauromaquia e circo.

Exceptuam-se as entradas em espectáculos de carácter pornográfico ou obsceno, como tal considerados na legislação sobre

a matéria";

A citada verba restringe o âmbito de aplicação aos espetáculos de circunstância específica, direcionados apenas para

atividades de canto, música, teatro, cinema, tauromaquia e circo, pelo que, as entradas para outras atividades, ainda que

revistam um caráter de divertimento público, ao não congregarem os pressupostos da citada verba, é-lhes aplicável a taxa

normal, por força do disposto na alínea c) do nº 1 e alínea a) e b) nº 3 do art.º 18º do CIVA;

Assim, apesar do reconhecimento inequívoco da missão prosseguida pela requerente e o seu impacto, inquestionável, no

âmbito do conhecimento da preservação da biodiversidade, a taxa a aplicar nas entradas nos aquários é a normal, por falta

de enquadramento na verba 2.6 da lista II anexa ao CIVA.

IVA – Art.º 18.º - Taxas - Karting, enquanto jogo desportivo

O "jogo desportivo karting" está sujeito a imposto sobre o valor acrescentado à taxa normal de 23%, por falta de enquadramento

nas listas anexas ao CIVA.

IVA – Art.º 16.º - Subsídios e subvenções

Na situação em análise, não se demonstra que os preços nos diversos projetos de participação em feiras sofram uma

redução diretamente proporcional ao incentivo recebido, sendo que o referido incentivo visa sobretudo cobrir o conjunto de

custos de financiamento dos projetos com a participação em feiras e no estrangeiro;

Se a requerente realiza, simultaneamente, operações que não conferem o direito à dedução - isentas nos termos do n.º 19 e

n.º 14 do art.º 9.º do CIVA - e operações que conferem esse direito, qualifica-se como sujeito passivo "misto", obrigado, para

efeitos do direito à dedução, à disciplina do art.º 23.º do CIVA. Por consulta ao cadastro verifica-se que a requerente optou

por um dos métodos de dedução previstos naquele artigo (método da afetação real);

No caso de sujeitos passivos mistos que utilizem o método da afetação real, existindo uma separação contabilística entre as

aquisições de bens e serviços destinados à atividade que confere a dedução integral do IVA e as aquisições que dizem

respeito à atividade sem direito à dedução, o recebimento de um subsídio/incentivo (tributado ou não), não altera o respetivo

direito à dedução, inicialmente conferido a um ou outro sector.

IVA – Art.º 16.º - Indemnização que visa compensar proveitos

No caso controvertido, está - se na presença de uma indemnização que visa, pois, compensar proveitos que o requerente deixa

de obter por motivos imputáveis ao outro contraente, pelo que a mesma é sujeita a IVA, sendo passível de tributação por força

dos nº 1 e 5 do art16º do CIVA, pelo que devem ser tributadas à taxa normal, por força do estabelecido na alínea c) do nº 1 do

art.18º do CIVA.

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IVA – Art.º 16.º - "apoio social extraordinário ao consumidor de energia" - é um desconto

Face ao que antecede e nos temos da alínea e) do n.º 3 do artigo 59.º e do artigo 68º, ambos da Lei Geral Tributária, presta-

se o seguinte esclarecimento:

o O ASECE, "apoio social extraordinário ao consumidor de energia" é um desconto concedido aos clientes elegíveis e,

por conseguinte, um desconto financeiro enquadrável no conceito estabelecido na alínea b) do n.º 6 do artigo 16.º do

CIVA, ou seja, montante a excluir ao valor do fornecimento de eletricidade e de gás natural;

o Os montantes correspondentes ao ASECE, transferidos do Estado para os operadores das redes de distribuição e

destes para os comercializadores de eletricidade e de gás natural, destinam-se ao pagamento de parte do preço

normal dos bens, sendo, portanto, paga a título de contraprestação;

o A imputação do valor do ASECE aos operadores das redes de distribuição e, por estes, ao Instituto de Gestão

Financeira da Segurança Social, IP/Estado é uma operação sujeita a IVA e tributada à taxa normal de imposto,

definida na alínea c) do nº 1 do artigo 18º do CIVA.

IVA – Art.º 9.º - Isenções - Atividade de prestamista por meio de empréstimos caucionados – Taxa de avaliação do bem dado

sob garantia

O crédito concedido em função do "contrato de mútuo garantido por penhor" é uma prestação de serviços nos termos do n.º 1

do art.º 4.º, dado o caráter residual deste preceito legal e, por consequência, operação sujeita a imposto por força da alínea

a) do n.º 1 do artigo 1.º, embora dele isenta nos termos da alínea a) do n.º 27 do artigo 9.º, todos do CIVA;

A avaliação é uma operação associada à formalização contratual, que verifica os pressupostos de prestação acessória da

concessão de empréstimo, prestação principal;

A taxa de avaliação partilha do mesmo enquadramento fiscal da prestação principal - concessão de empréstimo, ou seja,

beneficia da isenção prevista na alínea a) do n.º 27 do artigo 9.º do CIVA.

IVA – Art.º 9 - Isenções – Prestações de serviços designadas "business broker", isto é, intermediário na compra e venda de

participações sociais de sociedades

A expressão operações relativas a títulos reporta-se às operações que alteram a relação juridico-financeira das partes

detentoras das participações sociais e, por sua vez, a negociação está associada à informação subjacente aos títulos e

conducente à transmissão das partes sociais, não sendo, portanto atividade de negociação fornecer apenas informações de

natureza documental e, eventualmente, receber os pedidos de subscrição dos títulos;

Se o contribuinte não se limitar a fornecer aos seus clientes informação documental relativa aos títulos objeto do negócio,

tendo antes por objetivo conseguir que se concretize a modificação dos direitos e obrigações das partes sobre as

participações sociais objeto de intermediação, estar-se-á perante uma prestação de serviços, que tem subjacente uma

operação de negociação de títulos;

Aliás, se da atividade estivesse ausente esta finalidade não faria sentido que a remuneração ocorresse após a realização da

operação entre as partes, conforme parece advir dos factos alegados no pedido de informação vinculativa e mencionados no

ponto 1.2 da presente informação;

Nesta perspetiva, as comissões auferidas pela Requerente no âmbito dos serviços de intermediação na compra ou venda, do

todo ou parte, de uma empresa encontram-se abrangidas pela isenção prevista na alínea e) do n.º 27 do art.º 9.º do CIVA.

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IVA – Art.º 9.º - Isenções - Atividade de prestamista por meio de empréstimos caucionados – Taxa de avaliação do bem dado

sob garantia

O crédito concedido em função do "contrato de mútuo garantido por penhor" é uma prestação de serviços nos termos do n.º 1

do artigo 4.º, dado o caráter residual deste preceito legal e, por consequência, operação sujeita a imposto por força da alínea

a) do n.º 1 do artigo 1.º, embora dele isenta nos termos da alínea a) do n.º 27 do artigo 9.º, todos do CIVA;

A avaliação é uma operação associada à formalização contratual, que verifica os pressupostos de prestação acessória da

concessão de empréstimo, prestação principal;

A taxa de avaliação partilha do mesmo enquadramento fiscal da prestação principal - concessão de empréstimo, ou seja,

beneficia da isenção prevista na alínea a) do n.º 27 do artigo 9.º do CIVA.

IVA – Art.º 9.º - Letras em carteira - Débito de despesas adicionais (encargos financeiros debitados pela entidade bancária

e/ou outras despesas)

Se estiverem em causa encargos financeiros debitados pela entidade bancária, que por sua vez são debitados ao respetivo

cliente, ficam abrangidos pela isenção atrás referida, desde que tais encargos tenham enquadramento no nº 27 do art.º 9º do

CIVA;

No entanto, se o débito aos clientes respeita a outras despesas, que não sejam daquela natureza (encargos financeiros),

extravasa o ambito de aplicação da citada isenção, devendo ser tributados à taxa normal do imposto, a que se refere a alínea

c) do nº 1 e nº 3 do art.º 18º do CIVA.

IVA – Art.º 4.º - Prestações de serviços - Fornecimento de códigos alfanuméricos

O fornecimento de códigos alfanuméricos para acesso às páginas amarelas da internet, constitui um serviço de apoio à

presença de empresas na internet, como tal configura-se uma prestação de serviços abrangida pelo conceito residual

previsto no n.º 1 do art.º 4.º do Código do IVA;

Deste modo, a operação é faturada, nos termos da alínea b) do n.º 1 do art.º 29.º do Código do IVA, como uma prestação de

serviços, e está sujeita às regras de localização das prestações de serviços definidas no art.º 6.º do mesmo diploma legal.

IVA – Art.º 4.º - Indemnização relacionada com a rescisão de um contrato de arrendamento - Sanção ou reparação de um

dano; com ou sem caráter remuneratório

Para o enquadramento na sujeição, ou não, das quantias a titulo de indemnização, há que ter em conta o principio

subjacente do IVA como imposto sobre o consumo, que corresponde, basicamente, ao disposto na Diretiva 2006/112/CE;

Deste modo, são tributáveis em IVA as indemnizações que tenham subjacente uma transmissão de bens ou prestação de

serviços e, como tal, configuram uma contraprestação a obter, resultante de uma operação sujeita a imposto;

Se as indemnizações sancionarem a lesão de qualquer interesse, sem caráter remuneratório, porque não remuneram

qualquer operação, antes se destinam a reparar um dano ou a sancionar uma omissão ou atraso, não são tributáveis em IVA,

na medida em que não têm subjacente uma transmissão de bens ou prestação de serviços;

Assim, a indemnização a pagar, não constituindo uma sanção ou a reparação de um dano, sem caráter remuneratório,

configura uma contraprestação sujeita a imposto. No entanto, estando em causa a rescisão de um contrato de arrendamento,

operação enquadrada como uma prestação de serviços, nos termos do n.º 1 do art.º 4.º do CIVA, embora isenta, por

enquadramento na isenção prevista no n.º 29 do art.º 9.º, a indemnização a pagar pela sua rescisão beneficia igualmente da

referida isenção, pelo que não deve ser tributada em IVA.

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IVA – Art.º 4.º - Redébito de despesas em cheque-oferta/voucher

Dependendo do conteúdo expresso da factura emitida, o débito do valor dos custos poderá ser ou não objecto de tributação,

tendo em conta o disposto no artigo 18º do Código, se na factura constar:

i. Somente, despesas de operações isentas, o respectivo débito beneficia também de isenção, devendo a factura

conter o motivo justificativo da não aplicação do imposto, de conformidade com o previsto na alínea e) do nº 5

do artigo 36º do CIVA;

ii. O débito de custos de forma indiscriminada, a liquidação do imposto deve fazer-se pelo valor global, à taxa

normal, nos termos da alínea c) do nº 1 do artigo 18º do CIVA;

iii. O débito de custos de forma individualizada será tratado segundo a natureza de cada uma das componentes

da despesa, sendo a sua tributação efectuada à taxa prevista para cada um deles no artigo 18º do CIVA. Deste

modo, efectuando a devida discriminação da despesa, poderá utilizar a mesma taxa que lhe foi aplicada na

factura que pretende redebitar;

A refacturação de custos consubstancia uma prestação de serviços nos termos do n.º 1 do art.º 4.º do CIVA, dado o carácter

residual deste conceito, que abrange todas as operações decorrentes da actividade económica não excluídas por definição;

O redébito dos custos decorrentes da aquisição dos cheques-oferta enquadra-se nos subpontos ii. ou iii. infra, quer a

liquidação do imposto ocorra ou não no momento da sua aquisição, devendo, nesta última situação, constar o motivo

justificativo da não indicação da taxa do imposto, como por exemplo: "Liquidação do imposto diferida para a data do resgate

do cheque-oferta".

IVA – Art.º 3.º - Transferência de Activos, num processo de liquidação e cessação, para a detentora do capital social

A transmissão do património da Requerente para o acionista principal beneficia do regime de exclusão preconizado no n.º 4

do art.º 3.º e do n.º 5 do art.º 4.º, ambos do CIVA;

A dedução do imposto contido nas despesas prévias de investimento à atividade projetada está conforme os preceitos legais

supra mencionados e, bem assim, com a jurisprudência comunitária sobre a matéria;

O reembolso é o meio legal para a Requerente recuperar o crédito de imposto remanescente, não sendo devida qualquer

regularização a favor do Estado, quer relativamente ao crédito de imposto já reembolsado, quer ao montante de crédito a

reembolsar.

IVA – Art.º 3.º - Garantia prestada aos bens vendidos - Substituição de peças avariadas, com ou sem emissão de factura

Se os produtos usados para substituição dos avariados em garantia não forem objeto de qualquer faturação, isto é, se o seu

custo for exclusivamente suportado pela Requerente, tais transmissões consideram-se ainda parte do valor tributável da

transmissão original, não incidindo IVA sobre as mesmas;

Se, relativamente às mesmas, a Requerente proceder a qualquer débito ao cliente, ao fabricante ou a um terceiro, ainda que

respeitante a um valor parcial do custo, ou se a operação for objecto de um crédito pelo correspondente valor, emitido pela

outra parte, a mesma está sujeita a imposto. De igual modo, o débito de quaisquer custos inerentes à operação, quando

efetuado, seja respeitante ao envio da peça ao cliente, seja ao envio das peças defeituosas ao fabricante, constitui uma

operação tributável sujeita a imposto e dele não isento.

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IVA – Art.º 2.º - Bilheteira de espetáculo que inclui bilhetes pagos pelos espectadores, convites e lugares cativos

Em 2011, os bilhetes de espetáculos, tendo enquadramento na verba 2.15 da lista I anexa ao CIVA (espetáculos e

divertimentos públicos), eram tributados à taxa reduzida de IVA, prevista na alínea a), do nº 1, do art.º 18º, do CIVA;

Os bilhetes para espetáculos, vendidos a partir de 01.01.2012, que tenham enquadramento na verba 2.6, aditada pelo art.º

122º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de Dezembro, são sujeitos à taxa intermédia prevista na alínea b), do nº 1, do art.º 18º, do

CIVA, atualmente em 13%;

Os bilhetes vendidos a partir de 01.01.2012 e que não tenham enquadramento na verba 2.6 da Lista II anexa ao CIVA, estão

sujeitos à taxa normal de imposto previsto na alínea c), do nº 1, do art.º 18º, do CIVA, atualmente em 23%;

Os lugares cativos e convites cedidos, caso configurem uma mera liberalidade e não se verifique qualquer interesse ou

necessidade da empresa, são tributados em IVA, nos mesmos termos das alíneas anteriores, pois constituem operações

gratuitas efetuadas para fins alheios à empresa, equiparadas por força da alínea b), do nº 2, do art.º 4º do CIVA a prestações

de serviços onerosas;

Os lugares cativos e convites cedidos, desde que realizados no interesse direto ou necessidade da empresa não são

tributados em IVA pois constituem operações gratuitas não efetuadas para fins alheios à empresa.

IVA – Art.º 1.º - Locação de bens imóveis de que resulte a transferência onerosa da exploração de estabelecimento comercial

ou industrial e não apenas “paredes nuas”

Estamos perante um imóvel devidamente preparado para o desenvolvimento de atividades desportivas e culturais,

comprovada pela "licença de recinto emitida pelo IGAC" e não de um imóvel "paredes nuas", pelo que, o referido contrato de

arrendamento, não se encontra abrangido pela isenção do n.º 29 do art.º 9.º, mas enquadrado na exceção prevista na sua

alínea c);

Em face do exposto, podemos, assim, concluir que estamos perante uma operação, que não beneficia do princípio que

estabelece a isenção na locação de bens imóveis, previsto no n.º 29 do art.º 9.º do CIVA, configurando uma concessão de

exploração do imóvel enquadrada na alínea c) do mesmo normativo e, como tal, abrangida pelo conceito de prestação de

serviços, de harmonia com a alínea a) do n.º 1 do artigo 1.º, conjugada com o n.º 1 do artigo 4.º do CIVA, encontrando-se a

"renda mensal" sujeita a liquidação de imposto à taxa definida na alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º do referido Código.

IVA – Art.º 1.º - Indemnização - Incumprimento de uma obrigação contratual, inobservância do pré-aviso, que visa compensar

a perda de receitas pelo exercício de funções

No caso em apreço, a indemnização, resultante do incumprimento de uma obrigação contratual - inobservância do pré-aviso,

e determinada com base no valor correspondente ao prazo de aviso prévio em falta - visa compensar a perda de receitas

pelo exercício de funções;

Com efeito, a indemnização tem subjacente uma prestação de serviços no conceito residual previsto no n.º 1 do artigo 4.º do

Código do IVA, visto a rescisão antecipada concedida pela requerente, ou seja, a desvinculação de uma das partes,

representar uma contrapartida para o recebimento da indemnização, visando repor o nível de rendimentos que deixou de

obter;

Deste modo, a indemnização está sujeita a IVA, na medida que tem subjacente a contraprestação de uma operação

tributável - prestação de serviços, como decorre do art.º 16.º, conjugado com a alínea a) do n.º 1 com o art.º 1.º e art.º 4.º,

todos do Código do IVA, sendo tributada à taxa normal prevista na alínea c) do n.º 1 do art.º 18.º do referido Código.

G e n é r i c o s - O u t . 2 0 1 3 - P á g i n a | 14

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IVA - Bens em segunda mão – Comissão paga ao fornecedor incluída no valor de compra

Para o caso apresentado, tendo presente os conceitos de "sujeito passivo revendedor" e de "bens em 2ª mão", por um lado,

e, por outro, porque a aquisição (de produtos usados, nomeadamente roupa e sapatos), é efetuada no interior da

Comunidade a uma pessoa que não é sujeito passivo (trata-se de particulares), as transmissões de bens em segunda mão,

estão sujeitas a este Regime Especial;

Na emissão das faturas deve ter em conta o que estabelece o art.º 6º do Regime Especial, e liquidar o IVA, à taxa normal em

vigor no momento em que o imposto se tornar exigível, nos termos da al. c) do nº 1 do art.º 18º do CIVA;

Nos termos do art.º 20, "A disciplina do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado e a do Regime do IVA nas

Transações Intracomunitárias serão aplicáveis em tudo o que não se revelar contrário ao disposto no presente Regime

Especial";

Por último, refira-se que, quanto à aquisição dos bens usados, efetuada a particulares, e, uma vez que as vendas efetuadas

pelos particulares, estão fora do campo de incidência do imposto e como tal não sujeitas a IVA, estão os mesmos

desobrigados da emissão da respetiva fatura. Todavia, uma vez que o adquirente é um sujeito passivo do imposto, e, como

tal, tem que documentar as respetivas compras, tem sido entendimento destes Serviços, que pode ser o adquirente a emitir o

respetivo documento de compra com a identificação do vendedor e respetivo comprador com a indicação da quantidade,

denominação usual dos bens transmitidos e respectivo preço, ou seja, conter nomeadamente, os elementos estabelecidos no

nº 5 do art.º 36º do CIVA, com as respetivas adaptações.

IVA - Associação em Participação - Comissão de negociação prevista no contrato de associação em participação

A contribuição dos "investidores alemães" à Requerente não constitui uma prestação de serviços efectuada a título oneroso,

conforme previsto na alínea a) do artigo 1.º do CIVA e, por conseguinte, trata-se de uma operação fora do âmbito de

aplicação do imposto;

Sendo a associação em participação um meio para a concretização de um negócio não configura, em si mesma, uma

actividade económica na acepção do artigo 2.º do CIVA;

A comissão de negociação prevista no contrato de associação em participação configura uma operação fora do campo de

incidência do imposto.