15/02/2014 - jornal semanário - edição 3002

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BENTO GONÇALVES sábado 15 DE FEVEREIRO DE 2014 ANO 47 N°3002 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br FERNANDO LEVINSKI ANTÔNIO SÉRGIO DE OLIVEIRA/RÁDIO DIFUSORA, DIVULGAÇÃO FABIANO MAZZOTTI, DIVULGAÇÃO Primeiro homicídio do ano Página 13 ERS-431 só no mês de março Rodovias Agora é a hora da virada Gauchão 2014 Comerciante é morto a tiro no Licorsul Esportivo encara o Grêmio pre- cisando da vitória e musa do clube chama o torcedor para incentivar Reginaldo Gobatto, o Regi, foi assassinado após perseguir assaltantes que invadiram sua lancheria Página 25 Lar de mais ninguém Lar das meninas Páginas 14,15 e 16 Decisão do prefeito Guilherme Pasin em cancelar projeto de acolhimento de crianças reacende polêmica e desagrada aos doadores da instituição

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15/02/2014 - Jornal Semanário - Edição 3002 - Bento Gonçalves/RS

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Page 1: 15/02/2014 - Jornal Semanário - Edição 3002

BENTO GONÇALVESsábado15 DE FEVEREIRO DE 2014ANO 47 N°3002 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

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Primeiro homicídio do ano

Página 13ERS-431 só no mês de marçoRodovias

Agora é a hora da virada

Gauchão 2014

Comerciante é morto a tiro no Licorsul

Esportivo encara o Grêmio pre-cisando da vitória e musa do clube chama o torcedor para incentivar

Reginaldo Gobatto, o Regi, foi assassinado após perseguir assaltantes que invadiram sua lancheria

Página 25

Lar de mais ninguémLar das meninas

Páginas 14,15 e 16

Decisão do prefeito Guilherme Pasin em cancelar projeto de acolhimento de crianças reacende polêmica e desagrada aos doadores da instituição

Page 2: 15/02/2014 - Jornal Semanário - Edição 3002

Dermatologia, saúde pública e combate a bactériasA dermatologia é uma importante questão de saú-

de pública. É certo que, nos dias atuais, a fama des-sa especialidade médica está mais ligada à estética do que a problemas de saúde. No entanto, a dermatologia precisa ser encarada mais seriamente pela sociedade. Cerca de 10% dos usuários de unidades básicas de saú-de procuram assistência por uma queixa dermatológi-ca e um em cada quatro indivíduos que vão a Centros de Saúde têm uma lesão de pele que requer atenção.

Outro exemplo da relevância da dermatologia na saúde coletiva é o uso indiscriminado de antibióticos para tratamento, tópico ou sistêmico, de transtornos cutâneos. Muitas vezes, os problemas tratados são fre-quentes, como acne, que chega a acometer 80% da po-pulação. O uso indiscriminado de produtos à base de antibióticos pode provocar resistência bacteriana. E é papel do dermatologista coibir essa prática e colaborar para que a sociedade receba essa informação.

Ocasionado principalmente pelo uso inadequado de antibióticos, a resistência bacteriana pode acarretar a ineficácia desses medicamentos em tratamentos futu-ros, o que dificulta o controle de infecções o propicia o surgimento das temidas superbactérias. Na derma-tologia, o uso de antibióticos para tratar doenças co-muns merece atenção redobrada.

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que mais de 50% das prescrições de antibióticos no mundo são inadequadas. Atualmente, entre os me-dicamentos tópicos utilizados no Brasil para o trata-mento da acne, aproximadamente 40% contêm anti-bióticos. Para a acne, assim como outras doenças, o mercado já disponibiliza opções livres da substância.

E, nesse caso, o tratamento com creme ou pomadas com antibiótico é muito mais relacionado à resistên-cia bacteriana que o tratamento oral, exceto quando o último é usado de forma inadequada. É fundamental que a classe médica esteja bem preparada e constan-temente atualizada para utilizar a melhor alternativa.

O problema, contudo, vai além: os riscos do uso de antibióticos não afetam somente o paciente, mas também quem convive com ele, até mesmo o médico que trata o problema. Um estudo europeu realizado com dermatologistas e publicado no British Journal of Dermatology mostrou que mais de 60% desses profis-sionais carregavam em sua pele a bactéria envolvida no surgimento da acne (Propionibacterium acnes), resistente aos antibióticos que o próprio médico pres-crevia aos seus pacientes. E esta seleção de bactérias resistentes pode acontecer também com outras pesso-as que convivem com quem usa antibióticos, mesmo em cremes, pomadas, ou géis.

É importante que todos conheçam melhor os riscos e benefícios dos produtos que utilizam, mesmo por questões estéticas. E assim como todo medicamento, géis, cremes e pomadas também devem ser prescritos por um médico.

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

DR. PAULO VELHOProfessor de Dermatologia e especialista em infectologia da

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO

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Telefones:Central/Fax: 3455.4500

Escritório Centro: 3452.2186Rádio - Estúdio: 3455.4530

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www.radiorainha.fm.brRepresentante em Porto Alegre

Grupo de DiáriosRua Garibaldi, 659, Conjunto 102

Centro - POA - Fone: (51) 3272.9595e-mail: [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

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Semanário na Internet

Sensação de impunidadeEditorial

A morte do comerciante Reginaldo Gobatto, conhecido na comunidade bento-gonçalvense como Regi, nos leva há vários questionamentos: porque ele foi atrás dos assaltan-tes se estava desarmado? porque não ligou para a polícia e monitorou os ladrões até onde eles iriam estar? porque não se resignou e foi até o plantão registrar uma ocorrência po-licial? Verdade seja dita: estamos chegando ao ponto que a sensação da impunidade nos leva a momentos de loucura, de ficarmos fora de si.

Regi já tinha assistido sem reagir sua lan-cheria ser assaltada outras três vezes. Como mandam os órgãos de segurança pública, entregou todos os pertences e o dinheiro de um dia inteiro de trabalho. Quem o conhe-cia sabe de sua luta para manter o seu ne-gócio, iniciado com uma van de cachorro--quente. Neste ano, pensava em ampliar a lancheria onde tantas pessoas iam assistir jogos da dupla Gre-Nal. Estava preocupado em dar mais conforto a sua clientela.

Enquanto isso, do outro lado, homens com várias pas-sagens pelo presídio, capazes de qualquer coisa por um trocado. O cidadão que efetuou o disparo, por sinal, recen-temente havia saído do regime semiaberto, passando para prisão domiciliar. Não pensou duas vezes e foi resolver a vida da maneira mais fácil (para ele é claro).

Estamos chegando ao ponto que a sen-sação da impunidade nos leva a momentos de loucura, de ficar-mos fora de controle

Muitos não entendem os motivos que levaram o comer-ciante a perseguir os ladrões com seu automóvel. Mas é fá-cil de entender esta indignação toda quando percebemos que estamos em um país onde a polícia prende e, horas depois, o ladrão já está na rua, impune, rindo da cara dos policiais. E as vítimas do seu roubo novamente serão ata-cadas, pois ele sabe que o tempo de prisão será curto e logo mais adiante ele estará livre de novo.

Regi cansou de tudo isso. Esta é a impres-são. Para quem era incansável por alcançar seus objetivos, ser alguém na vida e ter su-cesso em seu empreendimento, é inadmis-sível alguém chegar do nada gritando “isso é um assalto” e levar aquilo que foi con-quistado. Não vai faltar quem diga: pô, mas eram apenas R$ 1,6 mil.

Porém, pela atitude do comerciante, é nítido que não foi pelos pertences rouba-dos ou pelo dinheiro levado. Foi um ato de

quem estava cansado de ser atacado e não ver nada aconte-cer com os ladrões. A sensação de impunidade e indignação crescem de forma extrema e faz com que queiramos fazer a tal “justiça com as próprias mãos”. Claro que Regi não fez o certo, e acabou morrendo por isso. Mas para os amigos que o conheciam melhor é fácil entender que, se fosse possível voltar no tempo, ele faria a mesma coisa novamente.

Sábado, 15 de fevereiro de 20142 Opinião

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Silvio Pinheiro Davi, superintendente do Daer

“O Daer está levando o Crema a sério. Quem não está é a empresa que está

executando a obra”

PainelAsfalto nas estradas do interior

“Apenas São Miguel passará por um processo de recapeamento, pois já possui asfalto. Podemos chamar aquilo de asfalto? Recapeamento? Já foi realizado um que o resultado está aí, para quem quiser ver, pior que estrada de chão! Tem que fazer tudo de novo!”

Carol Osmarini

“Que bom para quem mora no Vale dos Vinhedos. Enquanto isso o pessoal do Municipal fica comen-do poeira com a rua nova, e quando chove não tem como sair de casa porque o barro vai até os joe-lhos. Cadê a rua, Lunelli? E cadê o novo prefeito que não continuou a obra?”

Charlene de Souza

“Triste o fato do poder público insistir que “pavi-mentação” é sinônimo de “asfalto”. A tecnologia dos PAV-S é muito melhor para estradas internas do que asfalto e, com certeza é muito mais barato. Já sofremos as consequências desta tendência ao asfaltamento, com suas elevadas temperaturas e impermeabilidade do solo”.

Sérgio Marino Neves

Alerta aos navegantes

“Em janeiro de 2013, influenciado por promes-sa de renda maior que a poupança, apliquei um certo valor em um fundo de aplicações do banco Sicredi local. Recomendei que não desejava fundo de ações, por ser de alto risco. Informavam que o fundo seria lastreado em letras do tesouro, prefe-rencialmente. Assinei o termo de adesão, sem ler o contrato, aliás, nem apresentado ou, se foi, dis-pensada a leitura, dado que certamente prenhe de cláusulas leoninas, como costuma acontecer. Mi-nha surpresa ao fim de um ano, ao colher os resul-tados, fui informado que tinha perdido por desva-lorização de 12,54%, somado aos lucros cessantes de 7%”, chegando a um estrago em torno de 20%. O nome do fundo é IMA-B. Faço um alerta para que outros incautos, como eu, não entrem neste suicídio financeiro. Gentil Pompermayer

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HUMOR Moacir Arlan

Semáforo

PARE!

ATENÇÃO

SIGA!

A falta de empresas participan-tes das licitações da prefeitura.

Esportivo precisa de vitórias conse-cutivas para fugir do rebaixamento

A geração de empregos nas in-dústrias em Bento Gonçalves

Sábado, 15 de fevereiro de 2014 3

NO

EMIR

LEITÃO Uma das reclamações de motoristas e pedestres diz respeito ao cruzamento da rua Ângelo Marcon, no bairro São Roque. Falta um semáforo ou pelo menos placas indicativas priorizando as preferen-ciais. Já ocorreram muitos acidentes neste trecho. O último foi na terça-feira, 11, onde uma moto acabou chocando-se com um veículo, paralisando o trânsito num trecho onde existe muito movimento. Atenção redobrada nesta área que faz ligação com os bairros Zatt e Ouro Verde.

Cruzamento perigoso

Estão abertas as inscrições para

o concurso de soldado bombeiro

da Brigada Militar. Serão 400 va-

gas para várias cidades gaúchas.

Os vencimentos iniciais para os

que forem aprovados são de R$

1.864,70. Mais informações pelo

site: https://www.brigadamilitar.

rs.gov.br/Multimidea/Internet/

Concursos/CBFPM/2014/Edital-

01SdBomb.pdf

“A nossa escola EMI Primeiros Passos, fica localizada na rua Adelaide Basso Pasquali, no bairro Conceição. Ao lado há um morador que transporta lixo de outras locali-dades e despeja todo no seu terreno. A prefeitura vem fa-zer a limpeza, mas quando eles se retiram esse morador acaba tendo as mesmas atitudes. A nossa preocupação é que seguidamente vemos ratos, baratas e outros bichos ao redor da escola. Estamos preocupados com a saúde de nossas crianças, pois esses bichos podem transmitir doenças e também a dengue. Muitas vezes esse morador queima esses lixos no seu terreno, ocasionando fumaça forte para nossa escola. Estamos tendo atenção da pre-feitura para o recolhimento dos lixo, mas precisaria de alguma atitude punitiva para esse morador”.

Professoras Tereza e Rosângela

Lixo que envergonha

Ônibus queimados em ato público em São Paulo e um jovem de 19 anos morto. Cinegrafista morto em ato público de protesto. Paciente protesta na porta de hospital em Goiânia por adiamento de cirurgia, ato comum por aqui também. Manifestantes voltam a protestar nas ruas do Rio. Lula (Lula?) pede confiança a investidores e minimiza impactos de incertezas no país. Estamos a perigo? Envie a sua sugestão de pergunta pelo e-mail [email protected]

A pergunta que não quer calar

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Sábado, 15 de fevereiro de 20144 Opinião

[email protected]

A água mineral na pautaO vereador Moisés Scussel protocolou jun-

to a Câmara de Vereadores um projeto de lei que tem como objetivo a aferição da qualidade das águas minerais comercializadas em Bento Gonçalves. O comércio de água mineral, no-tadamente em bombonas de 5, 10, 20 litros tem crescido muito nos últimos tempos. Mas, nunca tivemos por aqui análises que possibi-litem aos consumidores ter a certeza de que “não estão comprando gato por lebre”. Sim, em vários municípios brasileiros essas análi-ses já foram feitas. Estudantes universitários já fizeram monografias sobre o assunto. Uma delas concluiu assim o seu trabalho: “Conside-rando os padrões para água mineral utilizados nessa pesquisa e o padrão para bactérias he-terotróficas estabelecido pela legislação para água de consumo humano, quarenta amostras (58%) de doze marcas (70,6%) podem estar inadequadas para consumo humano”. A au-tora desse trabalho é a mestranda Maria Fer-nanda Falcone Dias, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara, São Paulo.

É direito de todosÉA mestranda Maria Fernanda concluiu um

trabalho de amplitude considerável. Foram analisadas sessenta e nove amostras de dezes-sete marcas, de embalagens de 330 a 600 ml, comercializadas em supermercados da cidade. Como se vê, as amostras foram as de maior pre-ço, não sendo consideradas as de 5, 10 ou 20 litros. Sem dúvidas, o consumo de água mineral deixou de ser algo elitizado. O crescimento no-tório do poder aquisitivo da população fez com que a água mineral tivesse um aumento muito grande no consumo. Daí a necessidade premen-te da população saber, realmente, o que está comprando, o que está pagando e o que está bebendo. O vereador Moisés Scussel apresenta seu projeto em muito boa hora. Vamos torcer para que seus pares lhe deem a devida atenção e cobertura para que o projeto seja aprovado e o prefeito Guilherme Pasin o sancione tornando--o lei. Saber, exatamente, o que se está com-prando é um direito de todos nós.

AntônioFrizzo

A criseIronizar é uma das coisas que mais gosto de fazer. Se fala tanto em “in-

vestir em educação” no Brasil. Acho ironia. Ouço isso desde que tinha 8 anos de idade. Naquele tempo não havia “transporte escolar gratuito”. Havia só o “expresso canela” (andar a pé, mesmo) e era muito comum se ver crianças e adolescentes andando de sandálias (tipo franciscanas) e chinelos de dedo, mesmo no inverno, com geada. Merenda escolar? Era a que levávamos de casa. Mas, havia uma coisa importantíssima: a profes-sora era “autoridade” e ensinava, não tinha medo de delinquentes infantis ou juvenis; os pais eram “autoridades”; as pessoas de mais idade eram “autoridades”; os policiais eram “autoridades”. Todos eram respeitados. Agora, qualquer fedelho aí de 10, 12, 15 ou 17 anos se julga no direito de desrespeitar, de ofender a quem bem entender, inclusive seus próprios pais. Essa “crise” aí é real, palpável, notória, insofismável. É a “crise da falta de respeito”, a “crise da falta de educação vinda de casa”.

A crise IIMas há outra “crise”. Essa é fruto da ânsia de destruir o Brasil, de de-

tonar as instituições. É a ânsia de chegar ao poder a qualquer custo. Há algum tempo, os “donos do Brasil” (grandes empresários, banqueiros, empreiteiros, usineiros, ruralistas) que financiam campanhas políticas no intuito de ter esses vendilhões, que se elegem, sob controle, a exemplo de setores da chamada “grande imprensa”, manipulada, servil, não raramen-te suja, desinformativa, deflagraram um campanha fantástica. Querem porque querem destruir a imagem do Brasil no exterior; querem aumento na taxa básica de juros (claro, são eles os beneficiados); querem recessão, desemprego. Querem o “quanto pior melhor”. Encheram tanto o saco que o governo cedeu. Aumento a taxa de juros. E os preços começaram a ser remarcados. Sem motivos concretos, apenas pela pressão da imprensa e seus pit bulls comentaristas que insistem na “inflação descontrolada”. A inflação é menor, em média, do que foi nos governos de fhc e de Lula. Mas, precisam aporrinhar, detonar. Querem ver a “crise” virar CRISE, mesmo. O povo? Bem, o povo que se dane.

A dívidaQuem ainda não ouviu falar que a “dívida pública está altíssima”? To-

dos, certamente, porque “eles” adoram fazer isso. Mas, será, mesmo, que ela está “altíssima”? Em valor nominal está maior, bem maior do que era. Mas, há que se fazer comparações para melhor avaliar. Tudo na vida é relativo, não é mesmo? Até a própria “relatividade” é relativa. Vejamos: o PIB médio do governo fhc foi de 2,5% no primeiro mandato e 2,1% no segundo; o PIB médio do governo Lula foi de 3,5% no primeiro mandato e 4,6% no segundo; nos três anos de Dilma foi de 1,8%. Pois bem, a divida pública foi de 1995 a 2002, de 146,3% do PIB; de 2003 a 2013, chega a menos 41,1%. Esses números podem ser contestados. Qualquer leitor po-derá enviar outros para o meu e-mail. Terei prazer em publicar.

ÚLTIMASPrimeira: O pagamento de tapioca

com cartão corporativo por um ex-mi-nistro (algo em torno de dez pilas) virou manchete nacional por vários dias, prati-camente em toda a imprensa;

Segunda: Um processo de sonegação que supera um bilhão de reais, sequer é mencionado. Essa é a “imprensa infor-mativa” brasileira;

Terceira: A “Crise” chegou ao campo. A produção de grãos chegou ao recorde histórico de 193,6 toneladas. A continuar assim o Brasil irá “quebrar”;

Quarta: Não se tem ouvido comentários sobre a Rua Coberta (verba federal já libe-rada) e sobre a conclusão da Via Del Vino. E segundo ouvi, o dinheiro para a nova bi-blioteca já foi pro espaço. Fatos ou boatos?

Quinta: Aliás, as minorias barulhen-tas, aproveitando o espaço imenso dei-xado pelos omissos, conseguiu detonar o projeto do novo presídio;

Sexta: Obviamente por falta de pulso das administrações públicas. O que mais essas minorias conseguirão obstruir, causando males irreversíveis para toda a população?

Sétima: O Lago da Fasolo está cheio de “marrequinhas”, vegetação que pode-rá exterminar os peixes. O que está sendo feito para evitar isso? Respostas para os leitores que me questionaram;

Oitava: Estamos prestes a retomar o ano letivo. E isso significa incremento considerável no trânsito. Significa abusos nas contumazes infrações de trânsito;

Nona: Mas, antes de tudo, significa tomada de posição firme por parte das autoridades responsáveis no sentido de coibir o “tô na minha, danem-se” usado por muitos motoristas;

Décima: O Grêmio venceu o Nacional pela Libertadores. Resultado de muito significado. Tomara que sirva de motiva-ção para conquistar a classificação para as oitavas de final;

Décima-primeira: Amanhã, às 16 h, na Montanha dos Vinhedos, o Esportivo enfrentará o Grêmio. Jogo vital para o Es-portivo, onde vencer é a única coisa a fazer. Vou torcer, sim, para o nosso Esportivo. E o Estádio deverá estar lotado. O Esportivo precisa dos bento-gonçalvenses.

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Sábado, 15 de fevereiro de 2014 5

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Sábado, 15 de fevereiro de 20146 Geral

Fim do assédio moral em votação

Um dos projetos de lei que estão na pauta de votação

para a sessão ordinária da pró-xima segunda-feira, 17, na Câ-mara de Vereadores de Bento Gonçalves tem como objetivo proibir ações de assédio moral nas dependências dos órgãos públicos. O projeto de autoria da vereadora Neilene Lunelli (PT) foi criado em dezembro de 2011.

A parlamentar explica que realizou dois arquivamentos desde a criação do projeto de lei para procurar mais emba-samento para encaminhá-lo para votação. “Eu realizei al-guns cursos de formação para ter mais fundamentos, por isso realizei os dois arquivamen-tos”, explica. O projeto de lei foi desarquivado no final do

Câmara de Vereadores

Projeto foi criado pela vereadora Neilene Lunelli (PT) em 2011. Preposição passou por dois arquivamentos feitos pela autora

Outros seis projetos estão na pauta de votação da próxima sessão

Fernando [email protected]

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mês de janeiro para ser enca-minhado à votação.

Neilene afirma que deci-diu desenvolver esse proje-

to de lei por ter presenciado muitas situações de assédio moral durante a carreira de professora.

De acordo com os detalhes do projeto, é considerado as-sédio moral “toda ação, gesto ou palavra praticada de forma repetitiva por agente, servi-dor, empregado, estagiário ou qualquer pessoa que, abusan-do da autoridade que lhe con-ferem suas funções...”.

O projeto determina que qualquer tipo de funcionário está sujeito a sanções. As pu-nições variam de advertência escrita, suspensão, demissão (para cargos de confiança) ou destituição de cargo ou função de confiança para funcioná-rios concursados.

A pauta de votação

Além deste, há outros seis projetos incluídos na pauta de votação da próxima sessão. Destes, quatro são de autoria do Executivo bento-gonçalvense.

Um destes é a etapa de se-gunda e terceira votação da abertura de crédito de R$ 3 milhões que será utilizado para o asfaltamento de pouco mais de cinco quilômetros em algumas localidades do inte-rior do município. Os outros projetos do executivo são a aberturas de crédito, duas no valor de R$ 100 mil e outro de R$ 3.640.

O vereador Moacir Camerini (PT) apresenta um projeto de resolução que altera a maneira como acontece o arquivamento de projetos de lei. Atualmente, quando um item é arquiva-do pelo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e da Assessoria Jurídica o plenário não pode realizar a votação.

Há também um projeto de resolução para conceder a me-dalha do mérito cultural Oscar Bertholdo a Velcy Soutier.

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Sábado, 15 de fevereiro de 2014 7

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Sábado, 15 de fevereiro de 20148 Geral

Bento vai receber mais estrangeiros

O médico cubano Luís Enri-que Rodriguez Rodriguez não está mais realizando aten-dimentos na Unidade de Es-tratégia da Família do bairro Vila Nova. Ele foi deslocado da atividade devido a pro-blemas com a comunicação e também com procedimentos técnicos realizados.

Segundo Marco Antônio Ebert, foram realizadas pelo menos três reuniões com a comunidade para se ter uma noção de como estava o tra-balho do médico no bairro. Ele revela que houve algumas reclamações dos moradores por não entenderem o que o médico falava. Além disso, o profissional apresentava dificuldade em fazer os re-gistros das informações nos prontuários, além de ter uma maneira muito diferente no atendimento médico. “Pre-

A prefeitura de Bento Gon-çalves deve receber mais

quatro profissionais do progra-ma Mais Médicos do Governo Federal. A chegada deve acon-tecer no mês de março, junto com a nova leva de 2.890 médi-

Mais Médicos

Médico Luís Enrique Rodriguez Rodriguez, que já estava na cidade, será transferido para trabalhar em outro município

Médico cubano está mudando de cidade

Médico Luís Enrique Rodriguez Rodriguez irá atuar em outro município

Da Redaçãoredaçã[email protected]

cos estrangeiros que virão para o Brasil. No Rio Grande do Sul, que já dispõe de 400 profissio-nais do programa, 229 novos médicos começarão a atuar a partir do próximo mês.

De acordo com o coorde-nador médico da Secretaria Municipal da Saúde, Marco Antonio Ebert, a prefeitura já

foi comunicada extraoficial-mente da recepção dos novos profissionais. Eles irão atuar no programa de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Ebert não soube informar se os novos médicos serão bra-sileiros, cubanos ou oriundos de outro país.

O coordenador médico da

SMS explica que os novos mé-dicos irão suprir as necessida-des existentes nos postos de saúde dos bairros Vila Nova, Municipal, Conceição e Apa-recida. No Aparecida a coloca-ção só será confirmada após o profissional que hoje atua na unidade solicitar afastamento das suas atividades, devido ao

ingresso na residência médi-ca. “Com estes profissionais, resolveremos as carências do município para o trabalho de atendimento básico às famílias nos bairros da cidade, ficando com o número de médicos con-siderado ideal para a realiza-ção deste tipo de procedimen-to”, destaca Ebert.

cisávamos que ele tomasse mais conhecimento de como são os procedimentos por aqui. Ele precisa aprender mais sobre o trabalho médico brasileiro, que é muito dife-rente do cubano”.

Visitas paradas

Com a ausência do médico cubano, as visitas domicilia-res estão temporariamente suspensas. De acordo com Ebert, os atendimento estão sendo realizados apenas na ESF. Atualmente, a Secreta-ria Municipal de Saúde está disponibilizando dois médi-cos, com carga horária de 20 horas cada um, para o aten-dimento da população. Este procedimento deve continuar até a chegada dos novos pro-fissionais de saúde, provavel-mente no mês de março.

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Sábado, 15 de fevereiro de 2014 9Geral

Onde foram parar as empresas?Licitações públicas

Prefeitura não consegue participações nos processos para obras da UPA, Cozinhas Comunitárias e Praça do PEC

Licitações sem interesseConstrução da Praça do Esporte e da Cultura (PEC), no bair-

ro Ouro Verde;Construção do novo Ceacri Carrossel da Esperança, no Muni-

cipal (teve uma empresa que apresentou proposta, mas com va-lor superior ao previsto no edital da prefeitura);

Conclusão da Unidade de Pronto Atendimento 3 (UPA 3), no Botafogo;

Reboco, fechamento provisório das janelas e cobertura do pré-dio de internação, atrás da UPA;

Instalação da cozinha comunitária, no São Roque;Construção dos camarins no anfiteatro da Fundação Casa das

Artes;Instalação de elevador monta-cargas também no anfiteatro;Construção de muro de contenção na Escola Maria Margarida

Zambom Benini, no Vila Nova 2;Canalização da rede coletora de esgoto misto na rua José Má-

rio Mônaco, no Centro, entre a Saldanha Marinho e a Júlio de Castilhos;

Execução de reformas estruturais em seis escolas municipais;Consertos e trocas de telhados, calhas, condutores pluviais e

forros de madeira externos, em diversos órgãos da prefeitura.

A prefeitura municipal vem enfrentando problemas para

realizar a licitação de obras im-portantes na cidade. Neste ano, a maioria das licitações não teve empresas interessadas em parti-cipar. A burocracia no processo de contratação e o cronograma completo de algumas empresas da cidade são apontados como um dos problemas enfrentados.

Na quarta-feira, 12, a prefei-tura sofreu um revés com a Uni-dade de Pronto Atendimento (UPA). Nenhuma empresa apa-receu na abertura de envelopes. As obras, que começaram ainda na administração passada, foram interrompidas em outubro de 2012 por problemas financeiros da prefeitura. Após terem sido retomadas no último ano, a atual administração rompeu o contra-to com a construtora Engeporto em novembro passado por pro-

Da Redaçãoredaçã[email protected]

blemas na execução dos traba-lhos. O prédio estava 95% con-cluído, mas há reparos a serem feitos mesmo na parte já pronta da estrutura. Duas licitações para a conclusão das obras teriam os envelopes abertos ontem, mas nenhuma empresa mostrou in-teresse. Um dos processos previa R$ 509,8 mil para conclusão do prédio e construção de uma fossa e outro, R$ 165 mil para finalizar as unidades de internação.

O prefeito Guilherme Pasin ga-rante que, nos próximos dias, o poder público vai analisar o por-quê da falta de interessados na licitação: há várias questões. Pri-meiro, é o boom da construção civil. Mas precisamos analisar dentro da planilha de orçamen-to dessas obras se não estamos implantando todas as condições que a iniciativa privada necessi-ta. A tabela que rege é nacional, chamada Sinapi, que possui pre-ços já programados, nacionais. Temos que entender se a falta

de empresas interessadas é por uma realidade local ou questão de mercado.

Pasin diz que novos editais serão lançados para a conclusão das obras nos próximos dias. Um terceiro processo, para instalação de uma subestação elétrica na UPA, foi alterado e terá os enve-lopes abertos no dia 17 de março. A prefeitura pretende que a UPA esteja funcionando ainda neste primeiro semestre.

Para o presidente da Ascon Vinhedos, Diego Panazzolo, a maioria das construtoras de Bento não executa obras públi-cas. As que fazem são poucas e, normalmente, enfrentam pro-cessos burocráticos o que, mui-tas vezes, inviabilizam o serviço. Além disso, como já há algum tempo não vinham sendo fei-tas obras no município, essas empresas passaram a atender outras cidades e, com isso, têm seus cronogramas comprometi-dos com outras obras.

FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL

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Sábado, 15 de fevereiro de 201410 Geral

Pinto Bandeira recebe prefeitos

Uma reunião entre os prefei-tos de Pinto Bandeira, João

Pizzio, e de Aceguá, Julio Cezar Pintos, definiu a realização de uma confraternização entre os prefeitos dos últimos 30 municí-pios emancipados no Rio Grande do Sul, em 1996. A ideia de Pizzio foi acolhida por Pintos, durante uma visita realizada na terça-

Municípios emancipados

Representantes dos 30 distritos que viraram cidades em 1996 vão se encontrar em novembro ou dezembro na Serra

-feira, 11, ao município que faz fronteira seca com o Uruguai.

Durante o encontro, os gesto-res discutiram a atual situação dos dois municípios, avaliaram o momento econômico e político do estado e comentaram sobre a redução dos recursos que vêm dos governos estadual e fede-ral, entre outros temas da pauta

municipalista. Eles também tro-caram experiências de governo nos dois municípios, que têm, em comum, o fato de terem sido emancipados na mesma data, em 16 de abril de 1996.

Pintos lembrou das reuniões de trabalho que foram realiza-das pelos 30 prefeitos, entre os anos de 2001, quando os mu-

nicípios foram instalados, e 2008. Fato este que referendou a intenção de João Pizzio em convidar os demais 29 atuais administradores desse grupo para uma confraternização, em Pinto Bandeira, no final deste ano, depois do período eleitoral. Pizzio acertou com o prefeito de Aceguá que será convidada uma

autoridade de nível estadual para participar do encontro. A partir de agora, os dois prefeitos vão ficar em contato permanen-te para a articulação do evento, principalmente, na mobilização dos demais 28 gestores para estarem presentes à confrater-nização, que será em novembro ou dezembro, na Serra Gaúcha.

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Geral

Sábado, 15 de fevereiro de 2014 11Geral

Investimento é o mais procurado

Para quem deseja comprar um imóvel na planta ou em construção, os bancos ofere-cem diversas modalidades de financiamento. A Caixa Eco-nômica Federal também dis-põe de opções para facilitar a aquisição do apartamento ou casa. Com recurso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é possível fi-

O maior receio das pessoas que optam pela compra na planta é sofrer com a demora da entrega ou até mesmo não receber o imóvel. Conforme Leandra Michelon, correto-ra de imóveis, os riscos de mercado sempre irão existir, mas hoje são mínimos. “O corretor bem preparado vai ofertar um imóvel de uma construtora que ele conhece e confia, afinal o compromis-so com o cliente é até o ato da escritura do imóvel. Se o cliente se sentir lesado deve procurar seus direitos de consumidor”, orienta.

Bento Gonçalves se carac-teriza por construtoras pro-fissionais e confiáveis, apre-sentando poucos casos de reclamação. Mesmo assim, o cliente deve se munir de

Atraído pelos preços baixos e boas condições de paga-

mento, o garçom Luis Henrique dos Santos, 24 anos, comprou recentemente um apartamen-to na planta. O imóvel de dois quartos, localizado no bairro Ouro Verde, ainda está com as obras em fase inicial e levará tempo para ficar pronto. Mas pra Santos isso não é proble-ma. “O prazo para entrega do apartamento é maior, o que me dá mais tempo também para pagar”, afirma. Antes de fechar o negócio, Santos analisou ou-tras propostas de compra e procurou saber mais sobre a construtora responsável pelo empreendimento. “Encontrei muitos apartamentos menores e com o preço maior do que di-reto na planta. A entrada que precisei dar não foi muito alta e ainda tenho a possibilidade de financiar o restante do va-lor”, destaca.

Assim como Santos, centenas de pessoas buscam por imóveis nessa modalidade justamente pelas facilidades e vantagens para quem está investindo. De acordo com Nestor Mário Manzoni, corretor de imóveis, os imóveis na planta são os mais procurados pelos clien-tes e correspondem a maior parte dos negócios fechados

Imóveis na planta

A compra na fase de construção é a opção mais vantajosa pelo baixo valor de entrada e bom prazo de pagamento

Facilidade em linhas de crédito para fechar negócio

Riscos são mínimos para quem deseja comprar

JOSIAN

E RIBEIR

O

Corretor de imóveis, Nestor Manzoni, avalia vantagens da compra e fala da valorização dos imóveis na planta

Josiane [email protected]

Procom dá dicas para um bom negócioEscolha bem o local: conheça bem o bairro, se o empreendi-

mento está bem localizado e se atende suas necessidades;Pesquise sobre a construtora: para evitar aborrecimentos, é im-

portante fazer uma pesquisa sobre o histórico da construtora. É possível checar se a obra está regularizada junto à prefeitura com alvará, registros e projetos anteriores;

Negocie: quando se compra um apartamento na planta é pos-sível negociar a forma de pagamento da parte da construção;

Se proteja em caso de atraso: no contrato consta a data de entrega do imóvel, com uma margem de erro de 180 dias para mais ou para menos. O comprador pode exigir o cumprimen-to forçado da obrigação da construtora, aceitar um produto ou serviço equivalente ou rescindir o contrato com direito a res-tituição do valor.

pela imobiliária. “Comprar na planta sempre vai ser vantajo-so, com retorno de 30% a 40% até o momento de finalização da obra”, afirma.

Segundo Manzoni, a grande procura está relacionada ao valor da entrada que tende a ser mais baixo do que para ou-tros tipos de compra. Seguindo esse comportamento, o valor da prestação também tende a ser menor, se encaixando no orçamento do cliente. “A compra na planta se encaixa em vários perfis de comprador sem definição de classe média ou alta. As vantagens chamam a atenção de todos. Quando o imóvel estiver pronto a pessoa poderá realizar um financia-mento bancário para pagar o restante das parcelas, podendo estender o prazo de pagamento em até 35 anos”, explica.

Depois de acertadas as par-celas que serão pagas durante a construção, Manzoni afirma que o cliente deve ter consciência de que todos os valores serão rea-justados de acordo com o Índice Nacional de Custo da Constru-ção (INCC) que irá influenciar na evolução dos custos de cons-truções habitacionais até a en-trega das chaves. “O aumento da correção é normal e pode chegar a 8% ao ano. Em dois anos, tem-po em média para construção de um prédio, a correção pode che-gar a 20%”, complementa.

Avalie antes de comprar

Antes de concluir a compra na planta, Manzoni chama atenção para algumas questões que o comprador deve obser-var. Optar por um empreen-dimento ainda em fase de lançamento é a principal dica. “Assim a pessoa terá mais tem-po para pagar e terá um rendi-mento melhor”.

O comprador deve levar em conta o tipo da construção e se o que está sendo ofertado se encaixa com suas necessi-dades. “Geralmente a procura maior fica em apartamentos de um dormitório pela facili-dade também de alugar após a compra. Mas grande fatia opta também por dois quartos, principalmente se for a primei-ra compra. O importante é que a pessoa analise seus rendi-mentos, localização e estrutura do imóvel a ser adquirido na planta”, alerta.

Segundo o corretor de imó-veis, os riscos para a compra são mínimos. “As maioria das construtoras de Bento são con-fiáveis e não apresentaram problemas de falta de entrega, por exemplo. As pessoas com-pram imóveis uma ou duas vezes na vida, por isso não po-dem ir no impulso. É preciso conhecer bem o negócio que está fechando”, finaliza.

informações. “É importante que ele busque referências da construtora como tempo de mercado, obras executa-das e entregues”, destaca.

Além de saber mais sobre a construtora, Leandra afirma que a pessoa precisa analisar a área útil do imóvel, acaba-mentos, posição solar e visi-tar a obra. Prazo de entrega, memorial descritivo da obra e multa em caso de atraso também são questões a se-rem levantadas. “Geralmen-te quem compra na planta é o investidor. Pelo fato do empreendimento estar sen-do construído o cliente paga com mais flexibilidade. Tan-to consumidor quanto cons-trutora têm direitos e deveres e devem cumprir o combina-do no contrato”, ressalta.

nanciar o imóvel, com até 30 anos para pagar.

Se o interessado deseja com-prar um imóvel na planta e faz parte de um condomínio, sindicato, cooperativa ou as-sociação, a Caixa oferece uma linha de crédito vinculada ao Sistema Brasileiro de Poupan-ça e Empréstimo (SBPE), com prazo estendido.

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Sábado, 15 de fevereiro de 201412 Geral

Empresa e Daer não se entendem

Na novela do Crema/Serra nas rodovias RSC-470 e

ERS-431 ninguém consegue se entender. O superintenden-te regional do Departamento Autônomo de Estradas de Ro-dagem (Daer), Silvio Pinheiro David, afirma que a empresa responsável pelas obras não cumpriu com o prazo de entre-gar o cronograma de obras na quarta-feira, 12.

A partir disso, o superinten-dente revela que o secretário de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul, João Victor Domingues, realizou uma reunião com a emprei-teira na quinta-feira, 13, para cobrar o retorno da empresa aos trabalhos no máximo até segunda-feira, 17. O superin-tendente acredita que possi-velmente a construtora deverá

Crema/Serra

Superintendente regional do departamento em Bento diz que cronograma não foi entregue. Penalizações podem acontecer

João Domingues (ao centro) teria cobrado a empresa pelo retorno das obras

Fernando [email protected]

ter algum tipo de penalidade prevista em contrato.

Porém, o gerente de con-tratos da empreiteira, o en-genheiro Tiago Borto, revela que o cronograma de obras foi

protocolado no Daer na quin-ta-feira. Perguntado sobre os detalhes do documento, Borto afirmou que não poderia di-vulgar os detalhes.

Sobre a reunião que teria

acontecido com o secretá-rio Domingues, o engenheiro afirma que nada aconteceu. A respeito de possíveis atra-sos nos pagamentos do Daer à empresa, Borto se negou a responder. Um dos motivos que teriam sido alegados pela demora no retorno aos traba-lhos teria sido um atraso no pagamento. Porém, o superin-tendente regional afirma que os vencimentos estão sendo quitado de maneira regular com a empreiteira.

Entretanto, o gerente de contratos garante que as obras de conservação foram retomadas no dia 3 de janei-ro. A empresa possui dois contratos com o governo do Estado, um para conservação e outro para restauração do pavimento asfáltico.

A assessoria de imprensa do Daer informou que não seria possível fazer a divul-

gação dos detalhes do crono-grama pois ele está passando por uma avaliação interna. O diretor geral de projetos da autarquia, Miguel Molina, foi procurado para falar sobre o assunto, mas ele não foi en-contrado até o fechamento desta edição.

Relembre

Após uma série de adiamen-tos do início das obras nas ro-dovias RSC-470 e ERS-324, a empresa iniciou os trabalhos de recuperação asfáltica no início do mês de dezembro, po-rém, no dia 20 do mesmo mês tudo foi interrompido por cau-sa das férias coletivas.

Algumas ações de tapa-bura-cos foram realizadas, a primei-ra aconteceu no mês de agosto. Desde janeiro, segundo a em-presa, essa é a única medida feita pela empresa.

FERN

AND

O LEVIN

SKI/ARQ

UIVO

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Prazo de entrega muda novamente

Na manhã do dia 22 de no-vembro do ano passado houve um demoronamento no qui-lômetro 13,5 da ERS-431. No mesmo dia a Polícia Rodoviária Estadual realizou o bloqueio do trecho e alertou os motoris-tas que precisavam seguir para os municípios de Guaporé e São Valentim do Sul para que buscassem rotas alternativas a partir de Veranópolis.

O secretário de Infraestru-tura e Logística do Estado, João Victor Domingues, veio a Bento no dia 25 para anun-ciar que obras seriam feitas no local em caráter emergencial. Na época, Domingues comu-nicou que os trabalhos inicia-riam em até 30 dias.

Nos primeiros dias de de-zembro o Daer apresentou o cronograma de obras para o lo-cal. Porém, no início de janeiro a autarquia alegou atrasos pelo fato de ações terem sido plane-jadas no final do mês de dezem-bro e, em virtude disso, muitas empresas se encontravam no período de férias coletivas. Em janeiro o local chegou a ser in-terrompido algumas vezes, po-rém, sempre foi desbloqueado pelos motoristas.

O prazo final para a recons-trução do quilômetro

13,5 da ERS-431 fornecido pelo Departamento Autôno-mo de Estradas de Rodagem (Daer) era 25 deste mês, po-rém, o anúncio nunca alimen-tou as esperanças de quem precisa passar pelo local. E, nesta semana, as expectativas terminaram quando o Daer anunciou que o prazo para a finalização da obra ficará para a primeira quinzena do mês de março.

A justificativa apresenta-da pelo departamento é que o processo de sondagem está atrasado por causa das ca-racterísticas do terreno, com muitas rochas. A sondagem no local será com cinco furos,

ERS-431

Daer alega que atraso aconteceu por causa das condições do terreno. Finalização da obra pode acontecer em março

Relembre o cronograma do desabamento

Monte Belo e Santa Tereza ainda aguardam o convênio com o Daer

Fernando [email protected]

Sábado, 15 de fevereiro de 2014 13Geral

FERN

AND

O LEVIN

SKI/ARQ

UIVO

o tempo de duração de cada furo deveria ser de aproxi-madamente dois dias, porém, alguns chegaram a durar mais de cinco dias.

Este já é o segundo atraso

no percurso da obra, inicial-mente a Secretaria de Infraes-trutura e Logística e o Daer informaram que o trânsito estaria liberado na primeira metade de fevereiro, o prazo

seguinte ficou para o dia 25 e, agora será na primeira meta-de de março.

Apesar de somente o pro-blema no quilômetro 13,5 pa-recer estar perto do fim, a ro-dovia ERS-431 ainda precisa de vários outros reparos. Em suas passagens por Bento, o secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, João Vic-tor Domingues, afirmou que o governo preparava ações para recompor todos os pontos crí-ticos da rodovia, incluindo a conclusão da ponte que não possui as cabeceiras. Porém, Domingues não apresentou prazos para estas ações.

Ainda na bronca

Quando o diretor-geral do Daer, Carlos Eduardo Viei-ra, esteve em janeiro no local

desmoronado da ERS-431, ele comunicou que o Daer realizaria uma parceria com os municípios de Monte Belo do Sul e Santa Tereza para que as estradas que fossem ser utilizadas como desvios à ERS-431 pudessem passar por melhorias.

Entretanto, os prefeitos das duas cidades, Lírio Turri e Diogo Siqueira, estão insatis-feitos pois nada saiu do papel. Inicialmente o Daer fornece-ria verbas para que os muni-cípios realizassem as refor-mas, entretanto, a autarquia afirmou que assumiria a res-ponsabilidade das estradas.

Porém, cansados de espe-rar um contato do Daer para formalizar o convênio, os prefeitos estão realizando os consertos das estradas com o dinheiro dos municípios.

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Sábado, 15 de fevereiro de 201414 Especial

Prefeito cancela acolhimento de crianças e reacende a polêmica

Traição, falta de palavra, inte-resses escusos... Esses estão

sendo os principais termos usa-dos por lideranças da comunida-de, envolvidas com a causa, para definir seu sentimento ante a de-cisão da prefeitura, esta semana, em cancelar o projeto de acolhi-mento institucional que final-mente seria feito naquele prédio a partir de 2014, com o conse-quente cancelamento da licitação para as obras de adequação às novas normas de acolhimento.

A notícia pegou de surpresa até mesmo o Secretário de Ad-ministração, César Gabardo, que desde o início de 2013, ha-via sido designado pelo Prefei-to Pasin para estar à frente do projeto que tinha como objetivo realizar uma simples reforma no prédio do Lar das Meninas

Lar das Meninas

Costura de um ano de reuniões de César Gabardo com a comunidade para uma equação harmônica não valeu de nada

Facchin [email protected]

para adequá-lo às novas nor-mas de acolhimento a menores em situação de risco, que atual-mente são albergados de forma provisória e precária junto à Casa Azaléia. O que mais im-pressionou os envolvidos neste comodato foi que a decisão do cancelamento acabou sendo to-mada ao final de uma reunião

Em entrevista ao Jornal Se-manário, o Promotor Élcio Resmini de Menezes afirmou que, no final daquela reunião, a decisão de cancelar a licita-ção foi do Prefeito Pasin em comum acordo com a Secre-tária Roseli. “A questão é mais interna, é administrativa. Há o entendimento da secretária de Assistência Social que o local não seja adequado, de que não caiba o acolhimento no Lar das Meninas. Por mim já estava tudo sendo encaminhado, sem outras necessidades de análi-ses, mas, como nesta reunião o Prefeito e a Secretária aborda-ram de surpresa o assunto e me pediram novamente um pare-cer sobre o local, considerei en-tão pedir à Divisão de Assesso-ramento Técnico do MP, para que a equipe de assistência so-cial venha a Bento Gonçalves e elabore um parecer técnico sobre o aspecto do atendimen-to para embasar a decisão da promotoria. O parecer conclu-sivo desta equipe técnica será o meu posicionamento final” destacou o Promotor, acres-centando que esta decisão só foi tomada pela insistência da

Promotor diz que questão é interna

Promotor diz que foi supreendido com o assunto na reunião

administração para que o MP se posicionasse sobre o local. “Eu evitei fazer essa solicitação ao DAT até então, pois acredi-tava num consenso. Como veio à tona de novo a discussão, vou pedir para que a equipe venha a Bento Gonçalves para fazer uma verificação da conve-niência, dentro da legalidade, do acolhimento naquele local. Também já vou pedir para que os profissionais façam essa ve-rificação na Casa Azaléia e ver se o local é ou não condizente para o acolhimento”, garantiu.

Indagado sobre qual o local adequado ou não para o aco-lhimento de menores que es-tão vulneráveis e em situação de riscos, Élcio Resmini de Menezes diz que não compete ao MP decidir se o acolhimento vai ser aqui ou ali. “Essa deci-são não me compete. Cabe ao prefeito decidir, tanto que ele já determinou o cancelamento das obras de adequações. A mi-nha questão está vinculada ao melhor atendimento à criança e ao adolescente”.

Para finalizar, o Promotor garantiu que o assunto foi tra-tado de forma colateral entre

a Secretária e o Prefeito ao fi-nal da reunião e que, na opor-tunidade, disse que já havia afirmado ao Secretario César Gabardo, que “desde o início deixei claro que eu não me opunha que fosse construída essa parceria prefeitura/co-munidade, pois havia perspec-tivas de fazer ajustes e refor-mas, mas que eu não podia me manifestar sobre a questão da conveniência administrativa da casa de acolhimento ser lá ou noutro lugar”.

Secretária diz que pareceres contrários foram dados pelo Promotor e Comdica

Falando em nome do Pre-feito Pasin, a Secretária Ro-seli Fornasier, disse que não será mais feito o acolhimento institucional de menores em condição de risco no prédio do Lar das Meninas e que será feito um reordenamento de serviços a serem prestados no local. Segundo a secretária o assunto foi levantado pelo Prefeito Pasin na reunião e foi dele a decisão de cancelar a licitação e o acolhimento de menores em situação de risco no Lar das Meninas. Roseli Fornasier disse que a presi-dente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), Pa-trícia Giuriatti também esta-va presente.

“Antes de fazer qualquer coisa nós nos aconselhamos com o Comdica e com o Mi-nistério Público. Quem deu parecer na reunião foi o Pro-motor Élcio, a presidente do Comdica e o professor Décio”. Questionada sobre qual teria sido a posição do Promotor sobre o projeto de acolhimen-to no prédio do Lar das Me-ninas na reunião, a secretária disse: “Ele não concorda”. E completou: “o parecer técnico das assistentes sociais do mu-nicípio também é contrário à instalação de acolhimento no Lar das Meninas. Na reunião, eu nem dei meu parecer, por-que todos já sabem o que eu penso sobre esse assunto” ar-

gumenta. A Secretária garan-tiu que enviaria uma cópia deste parecer técnico para o jornal, mas até o fechamento da edição não enviou.

Ainda, segundo a secretária Roseli Fornasier, “enquanto se desenvolvia a licitação para adequações nos moldes que tinha sido proposto e apro-vado, recebemos do Governo Federal o novo modelo para acolhimento de menores, se-gundo o qual fica bem claro que não é possível ter outras atividades sendo desenvolvi-das no mesmo local” destaca a secretária. Questionada so-bre o porquê de não cancelar as outras atividades e man-ter apenas o acolhimento no Lar das Meninas, que foi o compromisso assumido pelo secretário César Gabardo, também presidente de seu partido (PMDB), durante as reuniões em que este novo modelo foi abordado com a comunidade, a Secretária primeiro disse que se fos-se feito só o acolhimento lá, este serviço não iria ocupar todo o espaço disponível no prédio do Lar das Meninas, embora construído com mais de R$ 1,5 milhão de recursos de doadores da comunidade para tal, e depois foi categóri-ca ao afirmar que “não iria as-sumir um custo de R$ 90 mil para atender só 20 crianças em situação de risco, que é a média de acolhimento”.

-que tratava sobre outro as-sunto- pelo Prefeito Guilherme Pasin, sua Secretária de Assis-tência Social Roseli Fornasier e o Promotor Élcio Resmini de Menezes, à revelia e sem a con-sulta aos demais envolvidos, como o próprio Secretário Ga-bardo. Quanto a quem tomou a iniciativa de introduzir o assun-to acolhimento institucional nessa reunião e de ser o mentor dos fundamentos que levaram ao cancelamento, o nome ain-da é uma incógnita, pois o Pro-motor diz que foi a secretaria Roseli Fornasier, que diz que nem abriu a boca e passa a res-ponsabilidade ao Promotor e ao Prefeito. Solicitado através do assessor de comunicação Car-los Quadros a emitir uma nota oficial a respeito, o Prefeito Pasin, que estava essa semana em Brasília numa agenda que ninguém na prefeitura soube

informar, determinou que a se-cretária Roseli Fornasier falaria em seu nome.

Segundo o Promotor Élcio Resmini de Menezes, a decisão de cancelar tudo foi tomada ao final de uma reunião onde o assunto era outro -Justiça Res-taurativa- e estavam presentes o Prefeito Guilherme Pasin, a Secretária Roseli Fornasier e a Professora Bernardete Capra-

ra, da Escola de Gestão, quan-do, segundo o Promotor, a questão do acolhimento foi le-vantada ao final e tratada rapi-damente, pegando-o também de surpresa. “Eu nem havia me preparado para falar sobre o tema naquele momento, vis-to que o processo de reforma para adequação ao acolhimen-to estava em andamento”, diz o Promotor.

Secretário Gabardo, que comandou o projeto, não foi ouvido na decisão

FELIPE MAC

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Page 15: 15/02/2014 - Jornal Semanário - Edição 3002

Sábado, 15 de fevereiro de 2014 15Especial

É a ponderação de Ana Inês Facchin, que representou a pre-sidente da Comissão de Doadores do Lar das Meninas, Maristela Cusin Longhi, nas diversas reu-niões que o Secretário de Gover-no Cesar Gabardo conduziu em nome do prefeito Pasin, no de-correr de 2013, em torno do as-sunto, com a comunidade. “Hoje as crianças em condição de risco de Bento Gonçalves são empilha-das no albergue Casa Lar Aza-leia, onde já visitei pessoalmente e constatei que crianças, bebês e adolescentes chegam a dividir o mesmo quarto-cubículo, o que é totalmente inadequado, pra não falar que presenciam as lamenta-ções de mulheres vitimadas pela violência e lá acolhidas pela Lei Maria da Penha” destaca.

Segundo ela, é uma situação ab-surda que não condiz com a pu-jança de Bento Gonçalves. “Tanto que ainda quando prefeito, Darcy Pozza foi quem solicitou à então presidente do Rotary Club, Inês Pompermayer, que a entidade construísse com a comunidade um local adequado ao acolhimen-to institucional. Se há décadas já havia esta necessidade, por que ralo esta necessidade fluiu atual-mente para que o Lar não tenha acolhimento?” Ana Inês Facchin diz que, por outro lado, acompa-nhou e gravou todas as reuniões

“A comunidade foi enganada em seu anseio social”

Entenda o caso na próxima página

conduzidas pelo secretário Cesar Gabardo em 2013. “Ele teve pa-ciência e coragem para costurar com harmonia uma solução ou-vindo todas as partes envolvidas e principalmente resgatando um respeito aos mais de 300 doa-dores da comunidade, a maioria empresários e lideranças, que tornaram possível a construção daquele prédio e não estavam até então tendo voz junto ao colegia-do do Lar das Meninas”. E acres-centa: “em todos os momentos das reuniões, o secretário Cesar sempre deixou bem claro que no prédio do Lar das Meninas seria feito prioritariamente o acolhi-mento institucional e que, se a lei não permitisse outras ativi-dades concomitantes no prédio, ele teria apenas o acolhimento institucional e não as outras ativi-dades. Durante todas as reuniões, inclusive, foram feitos ajustes na proposta de comodato, ajustes que depois, na câmara, quando da aprovação do comodato, não foram mantidos. Mesmo assim, o secretário Cesar Gabardo ga-rantiu à comissão de doadores que o acolhimento institucional de menores em condição de risco seria feito no prédio do Lar das Meninas, sim, questão de honra. E todas aquelas reuniões sempre tiveram a presença do promotor Elcio Resmini de Menezes que

era sistematicamente consultado a cada novo passo e nunca se opôs ao que estava sendo decidido, di-zendo que por ele estava tudo bem, a decisão cabia à prefeitura. Entretanto, apesar de todos os esforços do secretário Cesar Ga-bardo em conduzir a questão com equilíbrio e bom senso, também fui surpreendida esta semana ao saber que a decisão de cancelar a licitação e o início do acolhimento institucional no Lar das Meninas tenha sido tomada no final de uma reunião que nem era pra isso e da qual participaram prefeito, secretária Roseli Fornazier e Pro-motor, sem que o secretário Cesar Gabardo tenha sido sequer cha-mado antes de tomar a decisão o que denota, no meu modesto entendimento, uma condução de certa forma superficial para uma decisão tão importante.

Entendo que ao fazer a declara-ção que faz a secretária Roseli For-nasier, em nome do prefeito Pasin, expõe negativamente a palavra e compromisso assumido pelo secretário Cesar Gabardo que, in-clusive, preside o partido do qual a secretária é membro. Dá até a impressão de que a intenção disso tudo pudesse ter sido política no sentido de expor o secretário, ou talvez que haja algum interesse escuso nesta comunidade em não dar um atendimento adequado

a crianças em condição de risco. A secretária Roseli volta ao velho argumento, alegando que o pré-dio do Lar das Meninas é grande demais para o acolhimento de 20 crianças... mas grande demais é problema? Eu sempre pensei que pequeno demais fosse problema, como aliás o é o atual Albergue onde as crianças estão sendo em-pilhadas. Quanto aos 90 mil reais que serviriam para adequar o pré-dio e a secretária deu a entender que não valeria à pena investir para atender somente 20 crianças (!!). Ora, francamente, a comissão de doadores SEMPRE se colocou à disposição para buscar estes re-cursos, afinal, foram mais de um milhão de reais que essa comis-são levantou ao longo dos anos com este objetivo na construção do prédio, portanto não seriam os últimos 90 mil o problema, tanto que a comissão solicitou varias vezes à secretária uma listagem de necessidades para tanto que jamais foi apresentada. Por outro lado, quanto a prefeitura paga pelo aluguel da casa Azáleia?

Quanto à afirmação de o prédio lar das meninas não ser adequado às novas leis federais de acolhi-mento é uma inverdade. Se fosse verdade, o prédio da casa Lar Os-car Bertholdo em Farroupilha que é um case de referência nacional sobre o assunto, conforme relata-

do inclusive em reportagem da re-vista NOI, estaria fechado. Ele não tem o formato de “residência” que a secretária defende e tampouco é pequeno ou próximo de qual-quer coisa, que seriam também seus argumentos. Pelo contrário, ele está bem afastado do Centro, num local tranquilo, a caminho do santuário Caravaggio. Portan-to, se não vamos ter acolhimento institucional no prédio do Lar das Meninas, só posso concluir que a comunidade foi enganada pois colocou muito dinheiro na cons-trução do prédio, depois acreditou no novo governo Pasin, mas não vai ser atendida nos seus anseios e os membros da comissão de doadores já estão afirmando que tamanha é sua decepção que nun-ca mais doarão nada para causa alguma em nossa comunidade, muito menos à causa Lar das Me-ninas. Que situação. E a pergunta que não quer calar fica no ar: a quem interessa que as crianças e menores em condição de risco de Bento continuem sem Lar? Por-que uma situação como esta em que a comunidade quer e bota di-nheiro para fazer um acolhimento digno e legal mas autoridades não querem, só está acontecendo em Bento Gonçalves! Ao contrário de todo o resto do pais”.

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Sábado, 15 de fevereiro de 201416 Especial

Entenda o casoAcompanhe, em tópicos, síntese dos

principais fatos que marcaram a trajetória do Lar das Meninas desde sua concepção:

Em 2000, a então presidente do Rotary Club, Inês Pompermayer, apresentou em reunião de diretoria sua ideia de consti-tuir o Lar das Meninas e buscou ajuda na Prefeitura, administração Darcy Pozza, que já possuía um anteprojeto com este fim.

Em 11 de setembro de 2001, o então Secretário de Ação Social, Fernando Fer-rari, lhe pediu a implantação da casa Lar das Meninas em parceria com a prefeitura, argumentando a emergência de uma insti-tuição assim já naquela época. Seis meses depois, Inês conversa com o então Prefei-to Darci Pozza que imediatamente defi-ne a doação de terreno para a construção.

Sob liderança de Inês Pompermayer, uma comitiva visita o Lar de Novo Ham-burgo, considerado modelo no Estado, que viria a ser a inspiração para formar uma noção concreta de como funciona uma Casa Lar e formular o projeto Lar das Meninas condizente com a realida-de local. Ou seja, o Patronato nunca foi a fonte de inspiração e, sim, o Lar de No-vo Hamburgo, completamente diferente e adequado à legislação vigente. Segue-se a Formulação do Estatuto e Ata de fun-dação do Lar das Meninas, autorização do Prefeito, escolha do terreno e como-dato com a Prefeitura.

- Iniciam-se as arrecadações da doado-res da comunidade para a construção do Lar. Inês tomou a frente nas arrecadações, mobilizando a comunidade, clubes de ser-viços e grandes empresários da cidade. A Movergs (presidida por Maristela Longhi) foi fator determinante no processo, assim como a Vinícola Salton, grande colabora-dora por acreditar na causa. Centenas de pessoas voluntárias mobilizaram-se, por nove anos, doando desde cargas de con-creto, acabamentos e esquadrias até po-tes de mel e doações de festas de aniver-sário, resaltando as doações da saudosa Ana Variani. Todas as doações aconte-ceram porque as pessoas acreditaram na causa e também na idoneidade da presi-dente do Lar das Meninas e idealizadora do projeto, Inês Pompermayer.

- Em 2004 o Comdica deu parecer fa-vorável ao sistema de acolhimento institu-cional para o Lar das Meninas, conceden-do uma inscrição na ação social.

- Em 18 de abril de 2005 o então Pre-feito, Alcindo Gabrieli, estabeleceu a Lei do Prazo para a construção do prédio, até 2007. Com este prazo não cumprido, porque a edificação terminou em 2009, o imóvel passaria imediatamente (por Lei) para a Prefeitura de Bento Gonçalves. E os rotarianos sabiam disso.

- Em 2007, Paulo Rocca, Ana Passaia e Daiane Predebom (representantes do Comdica e Parceiros Voluntários) comu-nicaram oficialmente que não seria per-mitido o acolhimento institucional, o que não convenceu a então Presidente do Lar, Inês Pompermayer. Naquele momento, Inês procurou a então Juíza da Infância e Adolescência, Fernanda Guiringhelli, que

garantiu não haver problema algum em fazer o acolhimento, muito pelo contrário, apoiando que o sistema fosse adotado. Depois deste fato esclarecido, o Comdica passou a afirmar que não havia deman-da para o projeto de acolhimento do Lar e permaneceram os boatos errôneos de que a lei não permitia.

- O projeto de acolhimento foi feito e re-modelado pelos voluntários Carolina Silva Dias e Dr.Rogério Schultz até chegar ao acolhimento temporário provisório de acor-do com o Estatuto da Criança e do Ado-lescente, a Constituição Federal, as novas normas federais e as normas previstas pe-lo Comdica. Este projeto foi simplesmen-te desaprovado pelo Comdica durante a gestão de Patrícia Giuriatti, alegando sem qualquer base de dados que Bento Gon-çalves não possuía demanda e que o ór-gão apenas aprovaria no prédio um con-traturno escolar.

- Como não acontecia o projeto, Inês, que então fora estranhamente destituída à revelia da presidência do Lar das Meninas em 2010, logo após a inauguração, con-tinuou lutando com o apoio unânime das centenas de doadores voluntários do pro-jeto. Mas a partir deste momento imperou a ideia errônea de que a Lei não permiti-ria o acolhimento institucional temporário, previsto em lei. Porém, a entidade, sob nova presidência e com a obra inaugura-da, continuou arrecadando doações na co-munidade desinformada, sem prestar ne-nhum tipo de serviço para a comunidade.

- Não acontecendo o projeto de aco-lhimento institucional prometido e, a rigor nenhum outro projeto, Inês Pompermayer encaminhou carta ao Rotary Bento Gon-çalves e ao Lar das Meninas propondo--se a retomar a administração da entida-de, assegurando os recursos necessários de doadores para viabilizar o acolhimento institucional. Esta carta jamais foi sequer respondida pelo Rotary e nem pela nova diretoria do Lar das Meninas.

- A Diretora do Semanário, Ana Inês Facchin, ciente da situação, propôs-se em Reunião do Rotary Bento Gonçalves a co-laborar significativamente com o Lar desde que houvesse o acolhimento institucional, mas o Rotary respondeu que este acolhi-mento não aconteceria, que era ilegal e que seria feito um comodato com o então Prefeito Roberto Lunelli para implantar um contraturno, que foi por ela contestado por ser totalmente inviável e sem demanda. O comodato não aconteceu e o Rotary tam-bém manifestou na ocasião que queria alu-gar o prédio do Lar das Meninas para um Sindicato que ministraria cursos pagos de padeiros e confeiteiros para alunos com mais de 17 anos, conforme rege a Lei, o que fugia completamente ao propósito do Lar que é de atendimento ao público me-nor de 17 anos.

- Em todo este período desde que a obra do Lar foi inaugurada em 2009, suas ins-talações serviram unicamente e indevida-mente como sede para as reuniões/janta-res do Rotary Club Bento Gonçalves, que chegou a intitular o prédio como “nossa se-

de própria” em seu jornal interno, com des-pesas de luz, água, etc de sua utilização sendo escancaradamente debitadas para a Associação Beneficente Lar das Meninas.

- Uma Comissão formada por Carolina Silva Dias, Inês Pompermayer e Ana Inês Facchin encaminhou então denúncia ao Governador do Rotary, ao Promotor da In-fância e da Juventude, ao Juiz da Infância e da Juventude e foi à Promotoria Geral do Estado do Rio Grande do Sul (Dr. Veiga) com anexo de abaixo assinado de mais de 300 doadores solicitando que o Lar das Meninas tivesse efetivamente acolhi-mento institucional. Na ocasião, Dr. Veiga chamou Dra. Regina, da Infância e Ado-lescência, a quem a comissão colocou a premência de ser feito o acolhimento uma vez que até então chegou-se a 22 crian-ças sendo acolhidas simultaneamente pelo Albergue em condições precárias. E a Dra. Regina constatou que este acolhimento de crianças em Bento não estava sendo rela-tado à justiça em Porto Alegre.

- O Promotor Élcio Resmini de Mene-zes convocou depois uma audiência pú-blica para tratar do acolhimento institucio-nal em Bento, na Câmara de Vereadores que se resumiria num debate apenas. Nes-te debate, a diretoria do Lar das Meninas, confrontada por doadores e lideranças da comunidade, disse que aceitaria de bom grado todos quantos quisessem se asso-ciar ao Lar das Meninas. Ato continuo, em quatro dias 32 doadores do Lar das Me-ninas encaminharam oficialmente solicita-ção para serem filiados e também partici-par de chapa da diretoria que seria eleita nos próximos dias. A resposta veio num réles email assinado pelo preposto do Lar das Meninas, argumentando que nenhum dos nomes seria aceito por se tratarem de desconhecidos e ainda acusando-os de mal intencionados.

- Promotor e Juiz da Infância e Adoles-cência promovem reunião com Rotary nas dependências do Lar das Meninas e na ocasião o juiz Rudolf afirma que o prédio era grande e poderia ser melhor aprovei-tado como contraturno escolar. Argumento questionado pela representante dos doa-dores, Ana Facchin, na reunião, alegan-do que a era para resolver o acolhimento institucional e não o aproveitamento me-lhor de um prédio de Bento. Se fosse pa-ra aproveitamento de um prédio, havia vá-rios prédios na comunidade para aproveitar melhor. E que não havia demanda para um contraturno ali, muito menos professores. Infelizmente, mesmo assim, ficou definido que seria feito o contraturno com até 300 crianças, sendo que jamais foi conseguida uma criança sequer para o tal contraturno, nem sequer professores. Mesmo assim, a entidade recebeu verbas e alimentos da Prefeitura Municipal para tal.

- Rotary Bento Gonçalves tenta assina-tura do comodato para Ceacri com o então prefeito Lunelli no último dia de sua ges-tão, ato que foi frustrado e não aconteceu.

- Na gestão Guilherme Pasin, Rotary tenta um novo acordo para comodato de Ceacri com a nova Secretária de Ação

Social. A Comissão de doadores reúne-se com

atual Prefeito para conversa sobre o futuro do Lar das Meninas.

- Por iniciativa do Secretário Cesar Gabardo, foram ouvidas todas as par-tes, desde a Comissão de Doadores que não concordava com a transformação em Ceacri, o colegiado, o Rotary, que que-riam transformar em Ceacri, e o Promo-tor que nunca disse que era contra a lei e que se a prefeitura entendesse de co-locar o acolhimento lá seria uma decisão da prefeitura. Por varias vezes a secreta-ria de Assistência Social insistiu que não fosse feito acolhimento lá, mas o Secre-tário de Governo foi categórico em não abrir mão do acolhimento por entender que a Comissão de Doadores tinha sido muito propositiva ao aceitar a proposta dos demais de fazer lá não só o acolhi-mento como também as oficinas e até a Justiça Restaurativa.

- Foi feito um termo de comodato em conjunto com todas as partes, porém quando o termo chegou à Câmara de Vereadores para aprovação, não conti-nha as alterações definidas em reunião, ou seja, o comodato ficou nos termos ini-ciais propostos pelo colegiado do Lar das Meninas sem as alterações feitas em con-junto nas reuniões. Mesmo assim, a ideia foi adiante com o apoio da Comissão de Doadores porque o Secretário de Governo sempre garantiu que lá seria feito o aco-lhimento prioritariamente e começaria no início de 2014.

- Na ultima reunião de 2013 com o Se-cretário Cesar Gabardo, a Secretária Ro-seli Fornasier ficou de apresentar um ante- projeto das reformas, que foi apresentado, e que a partir de então iria precisar da aju-da dos rotaryanos e da Comissão de Doa-dores para viabilizar as reformas. Os ro-taryanos não foram à reunião seguinte na secretaria de Assistência Social. A Comis-são de Doadores compareceu e propôs que buscaria os recursos bastando que a secretária disponibilizasse a lista de ma-teriais e necessidades, o que nunca acon-teceu. A comissão, através da voluntária Carolina Dias, conseguiu todos os com-putadores em Brasília para equipar o lo-cal, até para as oficinas, mas só seriam instalados quando a entidade entrasse em funcionamento.

- Nesse ano veio a notícia de que a Pre-feitura tinha aprovado licitação de R$120 mil para as reformas e tudo estava andan-do, para fazer finalmente no Lar o acolhi-mento. Na ultima terça de manhã o Se-cretário Cesar Gabardo entra em contato com os membros da Comissão de Doa-dores informando que o Prefeito Pasin, o Promotor Élcio de Menezes e Secretária Roseli Fornasier haviam se reunido, sem a sua presença, decidindo cancelar a licita-ção e não fazer mais o acolhimento no Lar das Meninas. Todo um trabalho de anos de lideranças da comunidade e a dedica-ção de meses do Secretário foram descar-tados literalmente em uma reunião de três pessoas que nem era sobre o assunto.

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Sábado, 15 de fevereiro de 2014 17Geral

Nada muda nas aulas no Estado

Apesar do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) adiar

a obrigatoriedade do uso dos simuladores que auxiliarão a formar novos condutores no dia 30 de junho de 2014, o Detran do Rio Grande do Sul publicou uma nota oficial em seu site na quarta-feira, 12, afirmando que nada mudará no estado.

De acordo com o texto, o Rio Grande do Sul é o pioneiro no Brasil com os simuladores. O departamento afirma que os Centros de Formação de Con-dutores (CFC) do estado pos-suem 47 simuladores e que o sistema já está em uso desde o dia 1º de janeiro e duas mil aulas já foram ministradas.

Para quem está inscrito nos CFCs de Bento nada será al-terado, as aulas continuarão a acontecer com o auxílio de si-

Simuladores

Contran emitiu parecer adiando obrigatoriedade do uso do aparelho. Detran/RS afirma que aparelho está consolidado no RS

Alunos da categoria B tem que passar por cinco aulas no simulador, ao final de cada é emitido um relatório

Fernando [email protected]

ESTEFANIA V. LIN

HAR

ES/ARQ

UIVO

muladores. Na cidade todos os CFCs já possuem o simulador.

A determinação inicial do

Contran exigia que todos os lo-cais tivessem o simulador des-de o início de janeiro, porém,

foi constatado que em alguns estados seria necessário mais algum tempo para a adaptação

das escolas, além de questões técnicas, como internet, cria-ção de unidades itinerantes ou móveis, e a criação de centro de simuladores compartilha-dos entre os CFCs.

Como acontece?

Os alunos da Carteira Na-cional de Habilitação (CNH) da categoria B, ou fizerem a alteração para esta, precisam realizar cinco aulas com dura-ção de 30 minutos. Cada uma das lições custa R$ 47,06, to-talizando R$ 235,30.

Ao final de cada aula o equi-pamento emitirá um relatório de desempenho. O documen-to indicará erros e acertos nas situações da aula, que poderá ser chuva, neblina ou obstá-culos nas vias. Na primeira aula o aluno será ensinado sobre pedais, faróis e limpa-dores de parabrisa.

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Sábado, 15 de fevereiro de 201418 Geral

Déficit em Bento é de 400 vagas

Conforme Iraci Luchese, a Secretaria de Educação recebe constantemente denúncias de irregulari-dades nas matrículas na rede municipal de ensino. A maioria das denúncias indica que famílias com boas condições financeiras mantém seus filhos matri-culados no ensino público. Um dos critérios para o preenchimento da vaga é que a família, incluindo to-dos membros, somem uma baixa renda. “A queixa é constante, mas é referente às administrações anterio-res. Desde 2013 estamos administrando uma políti-ca rígida quanto ao ingres-so dos alunos”, explica a secretária.

Para controle, todas as fichas cadastrais estão sen-do analisadas antes da con-firmação da vaga. “Liga-mos para as empresas para confirmar a renda dos re-querentes. Se verificamos irregularidade, contata-mos os pais e pedimos a re-gularização”. No entanto, Iraci explica que não pode negar a rematrícula de alunos que, eventualmen-te, estejam em desacordo. “Não podemos impedir que esses alunos realizem a rematrícula, pois eles já garantiram a vaga. Todos possuem o direito à edu-cação e isso não podemos negar”, explica.

Iraci destaca ainda que a população deve denunciar casos de eventuais irregula-ridades. “Acredito que não tenhamos nenhuma crian-ça matriculada de forma incorreta a partir dessa ad-ministração. Caso aconteça algum problema, os pais devem entrar em contato para denunciar que toma-remos as medidas necessá-rias. Temos muitas famílias que têm renda muitíssimo baixa e precisamos atender essas pessoas de forma ple-na”, finaliza.

A rede de ensino municipal iniciou o ano letivo de

2014 com um déficit de 600 vagas para educação infantil. Segundo dados da Secretaria de Educação, dois meses de-pois, ainda 400 crianças es-peram pelo acesso ao ensino. A falta de profissionais qua-lificados, especialmente para atender os berçários, é uma das principais dificuldades apontadas pela secretaria.

De acordo com a secretária de Educação, Iraci Luchese Vas-ques, o ajuste das vagas na edu-cação infantil está sendo feito desde novembro, momento em que a secretaria abriu o período de inscrições da rede. “O fluxo de entradas e saídas de alunos é sempre grande, mas estamos otimistas e essa situação já está sendo solucionada”, afirma.

Conforme Iraci, a medida encontrada para contornar o cenário é a compra de vagas em todas as escolas do mu-nicípio. Do déficit de 600 va-gas, 200 já foram sanadas. Os alunos foram distribuídos em quatro turmas de Jardim A e B, de idades entre 4 e 5 anos, em uma escola de Ensino Fun-damental. “Fizemos um cha-mamento público para que es-sas escolas participem abrindo vagas, inclusive instituições particulares. Até a metade de

Educação infantil

Principal dificuldade do ensino municipal é a falta de profissionais qualificados, especialmente para atender o berçário

Denúncia de matrículas irregulares

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Profissionais passarão por cursos de qualificação. Concurso público para preencher vagas acontece em junho

Josiane [email protected]

Documentos para inscrição na educação infantilCópia de certidão de nascimento da criança inscrita e dos de-

mais filhos dependentes, como comprovante;

Comprovação de renda (pai, mãe e/ou filho trabalhador) – De-claração da empresa e contracheque;

Autônomos: declaração com autenticação ou reconhecimento de firma em tabelionato e cópia da contribuição INSS;

Diaristas: declaração com autenticação ou reconhecimento de firma em tabelionato e recibo;

Pensão: cópia do recibo;

Observação: as declarações deverão ser atualizadas e nelas deve constar o horário de trabalho, o valor recebido, o endereço completo e o telefone do local de trabalho;

Comprovante de aluguel/financiamento – Cópia do contra-to com autenticação ou reconhecimento de firma em tabelionato;

Comprovação de residência – Cópia de conta de água ou luz atualizada.

Qualificação

Vagas abertas para curso de atendente na rede infantil

Com o objetivo de qualificar e capacitar pessoas para atuar como atendentes nas Escolas de Educação Infantil, a pre-feitura, através da Escola de Gestão Pública e Secretaria de Educação (SMED) promovem o curso gratuito “Educação In-fantil: Uma (re) construção de ideias e experiências”.

Com carga horária de 160h, a atividade acontece de 21 de março até 19 de julho. Podem participar pessoas interessa-das em atuar na Educação In-fantil e que possuam o Ensino Médio. As inscrições devem

ser realizadas na Coordenado-ria de Tecnologia de Informa-ção (CTEC), de 24 de fevereiro até 14 de março. As vagas são limitadas.

Serviço: Curso de qualificaçãoPeríodo: 21 de março até 19

de julho de 2014 Horário: sexta-feira: 18h às

22h10 | sábado: 8h às 13hLocal: Auditório do Ctec Pré-requisito: Ensino Médio Inscrições: 24 de fevereiro

até 14 de março na Ctec Fone: 3055.7248

março devemos reverter esse quadro. Caso o número de va-gas abertas não atinja a meta, podemos realizar um termo aditivo, solicitando mais vagas ao longo do ano”, explica.

De acordo com a secretária, a construção de uma escola in-fantil localizada no bairro São João, com capacidade para atender cerca de 120 crian-ças, será uma peça importante para suprir essa grande de-manda. “Estamos em proces-

so de licitação para constru-ção da escola. Sabemos que esse momento de dificuldade é passageiro”, avalia.

Falta de profissionais

Para a secretária, a principal dificuldade da educação in-fantil está em encontrar pro-fissionais qualificados para atender os berçários. “Para cada seis bebês, precisamos de um profissional para dar

suporte. Infelizmente faltam candidatos”, destaca.

Neste sentido, a secretaria busca oferecer cursos de quali-ficação para pessoas interessa-das em atuar nessa área. Além disso, Iraci afirma que o muni-cípio irá abrir um concurso pú-blico em junho para suprir a fal-ta desses profissionais. “Nosso objetivo, sem dúvida, é oferecer educação a todas as crianças e inseri-lás na rede de ensino in-fantil”, afirma a secretária.

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Empolgado, o pequeno Lo-renzo busca a mochila ain-

da vazia. “Vou pra escola ama-nhã?”, pergunta para a mãe. A ansiedade para começar as au-las na rede infantil do municí-pio é visível. Mas o menino, de dois anos e três meses, vai ter que aguardar um pouco mais para iniciar os estudos. Ele faz parte das crianças que aguar-dam pela abertura de novas vagas na rede infantil de en-sino. O município precisaria, hoje, ofertar mais 400 vagas para berçário e maternal.

A situação preocupa a mãe Berenice Fonseca Ribas, 30 anos, que tenta pelo segun-do ano uma vaga para o filho no turno da tarde. Em 2013, quando Lorenzo tinha um ano e meio, a inscrição foi em vão. “A diretora da escola me infor-mou que não havia vagas e que minha renda não era compatí-vel. Nossa renda é baixa, não temos condições financeiras de pagar uma escola particu-lar”, declara.

Ela, que é diarista, não con-segue ficar em casa durante

Dois anos de espera sem solução

Berenice aguarda uma vaga na educação infantil para o filho Lorenzo

Sábado, 15 de fevereiro de 2014 19Geral

todo o dia para cuidar do filho em função dos horários de tra-balho: a saída é deixar Loren-zo com a mãe. “Minha mãe é doente e não pode se desgas-tar tanto. Ela já perdeu várias consultas e exames para poder cuidar do Lorenzo. Até quan-do vamos precisar esperar uma solução?”, questiona.

Segundo Berenice, tanto ela quanto outras famílias não re-ceberam nenhuma resposta ou definição de quando a vaga vai ser liberada. Inscrita desde no-vembro para a vaga, ela espera que até o final do mês a questão seja resolvida. A primeira previ-são para resposta era 14 de ja-neiro. O segundo prazo também encerrou no dia 3 deste mês. “Nos informaram apenas que faltam profissionais para atuar, principalmente para atender os bebês. Estamos esperando um posicionamento da escola ou Se-cretaria. Minha mãe me ajuda, mas penso nas pessoas que não conseguem essa mesma ajuda. Lorenzo sempre me pergunta quando vai poder começar as aulas na escolinha”, afirma.

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Irregularidade nas matrículas

No histórico da dificuldade para garantir a vaga, Berenice questiona o processo para se-leção dos alunos. Segundo ela, muitas famílias possuem uma renda alta e não precisariam se beneficiar do ensino público. “Não é apenas uma família, são várias. Essas pessoas acabam tirando a vaga de outras crian-ças que não têm as mesmas condições”, diz.

Para inscrição, é preciso informar os rendimentos de todos os integrantes da famí-lia. A vaga é destinada para candidatos com baixa renda. “Entreguei os comprovantes e os valores corretos dos sa-lários. Sei que muitas pessoas falsificam documentos e in-formam salários muito mais baixos e conseguem garantir uma vaga”, complementa. Se não conseguir uma vaga, Be-renice dará continuidade às denúncias. “Não quero preju-dicar ninguém, apenas desejo uma vaga”.

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Sábado, 15 de fevereiro de 201420 Geral

Para quem quer economi-zar não só no período do Ve-rão, a RGE dá dicas para usar a energia de modo adequado e seguro na sua residência sem abrir mão do conforto.

1) Nos dias quentes, colo-que o chuveiro na posição “verão” (o consumo será cerca de 30% menor);

2) Dose o uso do ar-condi-cionado e feche bem os am-bientes ao liga-lo;

3) Não durma com a tele-visão ligada;

4) Instale a geladeira em lo-cal bem ventilado, não encos-tada em paredes ou móveis;

Medidas básicas para economizar o ano inteiro

JOSIAN

E RIBEIR

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Cidade Bento Gonçalves Caxias do Sul Erechim Frederico Westphalen GramadoGravataí Nova PrataPalmeira das MissõesPasso Fundo Santa Rosa Santo ÂngeloSoledadeTrês Passos Vacaria

Dias227

35 126 69 15

169 115 21 54 74

228 234 66

Região SerraSerra Alto Uruguai Produção Hortênsias Metropolitana Nordeste Produção Planalto Noroeste Missões Planalto Celeiro Campos

Economia relativa em dias de abastecimento

Município registra boa economia

À meia-noite de domingo, 16, termina o horário de verão.

Os relógios deverão ser atrasa-dos em uma hora nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Distrito Federal.

Para o vendedor Roberto Giu-liano, 48 anos, o fim do horário diferenciado é um alívio. “Não gosto, sou contra esse horário. Para quem realiza trabalho ex-terno, como eu, só dificulta”, avalia. Ele também questiona a eficácia do programa. “Não sei se existe mesmo uma redução apenas pelo horário de verão. É preciso avaliar também que o consumo de energia com ele-

Horário de verão

Consumo de energia elétrica corresponde a 23.690 megawatts, volume suficiente para atender Bento por 22 dias

Assim como Giuliano, brasileiros devem atrasar o relógio em uma hora

Josiane [email protected]

trodomésticos reduzem bastan-te nessa época como chuveiro elétrico, ferro de passar ou má-quina de lavar. Na minha conta de luz não vi nenhuma redução no período”, comenta.

Após 119 dias, desde o iní-cio do horário especial, a Rio Grande Energia (RGE), dis-tribuidora de energia elétrica que atende 262 cidades do estado do Rio Grande do Sul, registrou uma redução de 0,63% no consumo de ener-gia elétrica na sua área de concessão, e ainda uma dimi-nuição de 5,25% na demanda no horário de pico. Essa eco-nomia no consumo de energia elétrica corresponde a 23.690 MWh, volume suficiente para

atender uma cidade como Bento Gonçalves por 22 dias. O índice supera a expectativa da empresa, que estabeleceu 18 dias antes do início do ho-rário de verão. A economia é possível em razão do melhor aproveitamento da luz natu-ral, já que essa defasagem de uma hora torna os dias “mais longos”.

Segundo a RGE, o registro de consumo de energia elétrica neste verão foi alto, com pico de 2,067 megawatts. Apesar da rede fortalecida, a empresa trabalha com ações voltadas para o uso racional da energia elétrica e dá dicas para que os clientes mantenham um con-sumo equilibrado.

FONTE: RGE

5) Não deixe a porta da ge-ladeira aberta por muito tem-po e não se esqueça de man-ter as borrachas de vedação da porta em bom estado;

6) Acumule roupas para lavar e também para passar;

7) Nos banheiros, cozi-nhas, lavanderia e garagem, instale lâmpadas fluores-centes. Elas iluminam me-lhor, duram mais e gastam menos energia;

8) Apagar a luz ao sair de um ambiente;

9) Não use benjamins (peça para ligar vários apa-relhos a uma só tomada).

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Sábado, 15 de fevereiro de 2014 21Geral

Dois mil ficaram sem energia elétrica

O temporal que caiu em Bento Gonçalves na

quarta-feira, 12, causou mui-tos prejuízos em vários bair-ros da cidade. A RGE infor-mou que cerca de duas mil pessoas ficaram sem energia elétrica em Bento Gonçalves. A empresa também afirmou que o serviço foi reestabeleci-do até o final da quarta-feira.

Segundo informações da RGE, muitas residências fica-ram com meia fase de ener-gia, com um fornecimento de apenas 40% de energia.

Árvores

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMAM) registrou que pelo menos 21 árvores de grande porte sofre-ram algum tipo de dano com o temporal e ventanias que atingiram a cidade durante a semana. A SMMAM afirma que não aconteceu nenhum prejuízo ao patrimônio públi-co ou privado na cidade.

Os técnicos da secretaria estão realizando um trabalho nas árvores do município, o objetivo é identificar como está a situação das plantas, principalmente dos galhos, para evitar que nada caia du-rante os próximos temporais ou com condições normais de tempo.

A ação também visa evitar que os galhos caiam na fiação da rede elétrica. A Secretaria de Meio Ambiente alerta que quem identificar uma árvo-re que apresente algum risco de queda, pode solicitar uma avaliação da SMMAM pelo te-lefone 3055.7190.

Temporal

Chuva caiu no final da tarde de quarta-feira no município e na região

Noemir Leitã[email protected]

Corpo de Bombeiros foi acionado para auxiliar nas ocorrências

Galhos de árvores foram recolhidos em algumas regiões da cidade

SMMAM identificou 21 árvores de grande porte danificadas em Bento

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Faleceram em Bento

LOUDINA POLACHINI, no dia 05 de Fevereiro de 2014. Natural de Veranópolis, RS, era filha de Francisco Zorzi e Ernesta Sartori Zorzi e tinha 82 anos.

ELLIAS PELEGRINI, no dia 06 de Fevereiro de 2014. Natural de Guaporé, RS, era filho de Severino Pelegrini e Maria Bechi Pelegrini e tinha 78 anos.

ARMELINDO ANTONIO TRIACCA, no dia 07 de Fevereiro de 2014. Natural de Anta Gorda, RS, era filho de Angelo Triacca e Letícia Schenatto e tinha 81 anos.

TÂNIA REGINA DE MELO LANES, no dia 07 de Fevereiro de 2014. Natural de São Luiz Gonzaga, RS, era filha de João Lanes da Silva e Terezinha de Melo Lanes e tinha 48 anos.

ERNESTA CANOSSA PANIZZI, no dia 07 de Fevereiro de 2014. Natural de Monte Belo do Sul, RS, era filha de Faustino Canossa e Adelina Benatti e tinha 86 anos.

LEDA PASQUALI DAUDT, no dia 07 de Fevereiro de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Augusto Pasquali e Josephina Allegretti Pasquali e tinha 93 anos.

ELISA ANTUNES DOS SANTOS, no dia 08 de Fevereiro de 2014. Natural de Ametista do Sul, RS, era filha de Adolfo Antunes dos Santos e Ibraina Marcelina dos Santos e tinha 76 anos.

MARIA DE ARAUJO MASUTTI, no dia 09 de Fevereiro de 2014. Natural de Soledade, RS, era filha de Laurentino Lopes Rodrigues e Joana Lourenço de Araujo e tinha 78 anos.

ANDRÉA LARA DE OLIVEIRA, no dia 09 de Fevereiro de 2014. Natural de Novo Hamburgo, RS, era filha de Marcílio Naldi de Oliveira e Lúcia Alves Lara de Oliveira e tinha 36 anos.

DIVA SOMENSI ROMIO, no dia 11 de Fevereiro de 2014 . Natural de Coronel Pilar/Garibaldi, RS, era filha de Luiz Somensi e Victória Cettolin Somensi e tinha 70 anos.

NEBRIDIO BONALUME, no dia 11 de Fevereiro de 2014. Natural de Farroupílha, RS, era filho de Francisco Bonalume e Angelina Pirola Bonalume e tinha 80 anos.

JOÃO PAULO MORAZ, no dia 11 de Fevereiro de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Carlos Moraz e Marilde Lando e tinha 1 dia.

TATIANE DOLARES, no dia 11 de Fevereiro de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Marilene de Fátima Dolares e tinha 1 dia.

Sábado, 15 de fevereiro de 201422 Obituário

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23Publicações LegaisSábado, 15/02/2014

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Sábado, 15 de fevereiro de 201424 Segurança

Uma motocicleta e um au-tomóvel Saveiro colidiram na noite de terça-feira, 11, na rua Vitória Carraro, no bairro Bo-tafogo, em Bento Gonçalves.

O condutor da moto, de 23 anos, teve ferimentos leves e foi socorrido pelo Samu e enca-minhado para o Hospital Tac-chini para atendimento. O mo-torista do carro nada sofreu.

Os dois veículos apresenta-ram danos materiais, e foram recolhidos para o depósito do Detran.

Trânsito

Tanto a motocicleta quanto o carro tiveram danos materiais

Colisão entre carro e moto deixa um ferido

Um caminhão ficou trancado em um cruzamento do bairro Bo-tafogo, na tarde desta quarta-fei-ra, 12, por volta das 13h30min.

O motorista transitava na rua Fortaleza com a Goiânia e ao tentar fazer a conversão o caminhão puxou muito para a esquerda e ficou parado na rua, atrapalhando o trânsito de veículos no local.

O Departamento Municipal de Trânsito (DMT) esteve no local para orientar os moto-ristas. Guinchos retiraram o caminhão da via.

Agressão

Um homem de 32 anos, fo-ragido da justiça, acabou

sendo agredido com golpes de faca na manhã de quinta-fei-ra, 13, na rua Lajeadense, no bairro Municipal, em Bento Gonçalves.

Segundo informações, o ho-mem teria tentado assaltar uma casa no local e foi sur-preendido por um morador que puxou uma faca. Ele teve parte do seu corpo lesionado, como braços, pernas e altura das costas.

O homem foi socorrido pelo Samu e pela Brigada Militar e conduzido até o Plantão 24 horas para exames. Após, o homem foi encaminhado ao Presídio Estadual de nossa ci-dade, já que se trata de uma pessoa que estava foragida da justiça. Além disso, ele também tinha antecedentes criminais dos mais variados tipos.

Foragido da justiça é esfaqueado na ruaHomem tentou assaltar uma casa e morador lhe feriu com facadas

Noemir Leitã[email protected]

O Samu socorreu o indíviduo que depois foi encaminhado ao Presídio

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EMIR

LEITÃO

RSC-470

Um dos automóveis foi parar fora da pista com o impacto da batida

Dois motoristas sofreram ferimentos leves após uma colisão na RSC-470, no qui-lômetro 218, nas conhecidas curvas da morte, no final da tarde de quarta-feira, 12, em Bento Gonçalves.

Uma caminhoneta S-10, com placas de Caxias do Sul, que vinha no sentido Garibal-di/Bento Gonçalves, perdeu o

Acidente envolvendo dois veículos deixa feridos

controle do carro e invadiu a pista contrária onde atingiu a caminhoneta D-40, com pla-cas de Bento Gonçalves.

A rodovia ficou trancada, gerando congestionamento, e só foi liberada depois que os automóveis foram retira-dos e que o Corpo de Bom-beiros compareceu para fa-zer a lavagem da pista.

FOTO

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Botafogo

Caminhão fica trancado ao fazer conversão

O veículo precisou ser retirado com a ajuda de um guincho

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Sábado, 15 de fevereiro de 2014 25Segurança

Homicídio

Comerciante é morto após assaltoReginaldo José Gobatto, 37, teria entrado em luta corporal com os assaltantes e acabou sendo morto em seguida

Em uma ação rápida come-tida por três elementos, o

comerciante Reginaldo José Gobatto, 37 anos, acabou morrendo, após o seu estabe-lecimento comercial ter sido assaltado na madrugada des-ta sexta-feira, 14, em Bento Gonçalves.

Passava de meia noite quando os indivíduos entra-ram na lancheria, Regi Lan-ches, que fica na rua Marques de Souza, no bairro São Fran-cisco e anunciaram o roubo. No momento da ação haviam clientes dentro do local. Os assaltantes levaram cerca de R$ 1.600, além de 8 dólares e 19 pesos. Também foram levados um notebook, máqui-nas fotográficas e cerca de R$ 120 em moedas, entre outros objetos.

Os assaltantes utilizaram um veículo Gol, com placas

Noemir Leitã[email protected]

Há quatro anos Reginaldo tinha sua lancheria no bairro São Francisco

Segundo o delegado Eduardo Limberger do Amaral, respon-sável pelo inquérito policial, a atitude tomada pelo comer-ciante, de perseguir os bandi-dos, foi arriscada pois ele não estava nem armado. “Neste tipo de situação, é necessário tomar todos os cuidados. A po-lícia sempre será a melhor ma-neira de realizar essas buscas e tomar as providências, pois em estado de desespero, tanto dos assaltantes que querem fugir do local, como de vítimas que bus-cam recuperar seus pertences, o pior sempre poderá ocorrer e isso é preciso evitar”, afirmou.

Ana Paula Capoani, 33 anos, também c o m e r c i a n t e , destaca a amiza-de que tinha e o bom vizinho que era Gobatto. “Ele era nosso cliente e uma pessoa es-petacular, esta-mos muito aba-lado com tudo isso”, ressaltou.

M a r c e l o Cousandier, 50 anos, disse estar triste com o que ocorreu. “O Gobatto sempre foi um excelente clien-te, sério e res-ponsável, espero que a justiça possa ser feita, porque perdi um grande amigo e um dos melhores clientes, porque como vendedor ele sempre me tratou bem e com respeito”, disse.

L e n a r a de Araújo J a n i s c h , 25 anos, diz que o esta-belecimento de Regi “já havia sido a s s a l t a d o outras vezes, mesmo assim ele conti-nuava a ser um guerreiro, uma pessoa trabalhadora e honesta. Para nós perde-mos um grande amigo, mais do que um irmão”, salienta.

Miriam Sessi, 30 anos, co-merciante, disse emocionada que, “ele era uma pessoa mara-vilhosa, trabalhador e sempre honesto e competente em tudo que fazia. Fará falta. Foi uma perda lamentável, e espero jus-tiça acima de tudo”, destacou.

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de Bento Gonçalves, para fu-gir do local.

Indignado com o roubo, o comerciante saiu em perse-guição aos assaltantes, com seu automóvel Focus, e nas proximidades do Daer, no Licorsul, acabou batendo no carro dos bandidos. A vítima entrou em luta corporal com os assaltantes e acabou sendo baleado, com um tiro na ca-beça. Não resistindo aos feri-mentos veio a falecer.

O veículo Gol, com os as-saltantes, foi interceptado no bairro Botafogo pela Bri-gada Militar. Eles trocaram tiros com os policiais e dois deles foram capturados. Is-mael Guedes (Quedinho), 37 e Claudinei Gobbi, 31, foram presos e encaminhados para a Delegacia de Polícia de Pron-to Atendimento (DPPA) e de-pois de serem ouvidos foram levados para o Presídio Esta-dual de Bento Gonçalves.

Guedes estava em regime

domiciliar e já possuía ante-cedentes por roubos, furtos e até homicídios, enquanto que Gobbi também já tem passa-gem pela polícia. Ambos os assaltantes são de nossa cida-de. O terceiro elemento não foi identificado e localizado.

A polícia também apreen-deu uma arma pistola 380 que estava de poder de um dos assaltantes, que será pe-riciada. Ela possivelmente foi usada para matar o comer-ciante.

Este foi o primeiro homi-cídio de 2014 registrado em Bento Gonçalves.

Reginaldo

O comerciante Reginaldo Gobatto será sepultado na localidade de Arco Verde, in-terior de Carlos Barbosa, de onde era natural. Ele tinha seu estabelecimento em Ben-to Gonçalves há quatro anos e era bem conhecido na cidade.

Delegado alerta para os perigos da perseguição

Delegado Eduardo do Amaral

ANTÔNIO SÉRGIO DE OLIVEIRA/DIFUSORA, DIVULGAÇÃO

Amigos falam sobre o comerciante Regi

Moacir Arlan, 36 anos, relata que Re-ginaldo “foi uma pessoa com a qual tive a honra de conviver no período que morei no São Francisco. Ajudei a desenvolver alguns materiais gráficos para a lancheria, acompa-nhei o crescimento do estabelecimento des-de que atendia em uma Tauner em frente a um mercado. Um grande amigo/irmão, tra-balhador e extremamente honesto, sempre

pensando não só em ter clientes e sim fazer amigos. Tinha planos e projetos para disponibilizar um espaço maior e mais confortável agora em março e infelizmente o sonho foi interrompido. Ficarão na memória as boas recor-dações. Que se faça justiça e o amigo/irmão que descanse em paz”, concluiu.

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Sábado, 15 de fevereiro de 201426

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.911 [email protected]

Espírito altruístico...

INSPIRADO no amor fraterno e o desejo de abrir o coração na profundeza de sua humildade e o propósito de fazer o bem e ao próximo pode-se dizer que pessoas iluminadas merecem distinção especial. Com esta pequena introdução e recheada de reconhecimentos, estamos nos refe-rindo a pessoa do profissional João Car-los Pompermayer engenheiro e diretor da Construtora Bento Gonçalves, 48 anos de profícua existência, ao lado de Elcio Ca-ron e equipe. De uma trajetória atuante e participativa o Engº João Carlos Pom-permayer destaca-se em nosso meio so-cial, cultural e comunitário com elevado espírito altruístico. Como profissional da engenharia civil e em meio a participação junto a comunidade João Carlos Pomper-mayer nos mostra seu carinho e preocupa-ção com Bento Gonçalves, com o Hospital Tacchini e sua laboriosa gente. Colabo-rando e auxiliando diferentes entidades e instituições com projetos marcantes Pom-permayer vem contribuindo para a gran-deza desta abençoada terra.

Trajetória de trabalho

ASSIM, pelos relevantes serviços presta-dos à comunidade e em especial nos pro-jetos, nas obras de construção, de amplia-ção e investimentos do Hospital Tacchini. Além de participar ativamente ao longo de 50 anos como membro do Conselho de Administração do Tacchini onde também foi presidente, no período de 1969 a 1971. Uma estrutura hospitalar com o aval e res-ponsabilidade do engenheiro João Carlos Pompermayer cuja trajetória dedicada vo-luntariamente ao Tacchini é digna de reco-nhecimento. Justo reconhecimento e ho-menagem prestadas a um homem simples e abnegado.

Tacchini presta homenagem

PELA feliz iniciativa em distinguir o mais antigo conselheiro, grande mestre e colaborador Pompermayer com uma placa metálica que aconteceu em 29/01/2014, cumprimentos aos membros diretivos do Tacchini na pessoa do presidente do Con-selho de Administração Antonio Carlos Stringhini, Armando Piletti Superinten-dente Geral e Hilton Mancio, Superinten-dente Executivo. Parabéns João Carlos Pompermayer ao afirmar que o que fez até hoje não representa um trabalho e sim um prazer. E isto é tão verdade que ele conti-nua fazendo por amor à causa. Amigo João: Que Deus ilumine o seu caminho e de sua carismática família, com muita paz, saúde e amor. Parabéns! Bento agradece!

Expobento 2014– grande expectativa

A maior feira Multisetorial do Brasil con-tinua acelerando os preparativos! A 24ª EX-POBENTO – Uma Feira Sem Limites e com as cores da Copa do Mundo – vai surpre-ender em todos os aspectos. Liderada pelo presidente Rafael De Toni, a EXPOBENTO – a Vitrine da Serra Gaúcha – será realizada no Parque de Eventos em Bento Gonçalves – RS de 05 a 15 de junho 2014 com a expec-tativa de gerar bons negócios. Segundo o di-retor de comercialização José Carlos Zortéa mais de 70% dos espaços já foram coloca-dos. A feira deverá reunir mais de 450 ex-positores, 30 mil itens em produtos e mais de 200 mil visitantes. Para o presidente da EXPOBENTO 2014 Rafael De Toni e equipe e presidente do CIC/BG Leonardo Giordani, entidade promotora, na expectativa de um acontecimento marcante e de pleno suces-so. Fique ligado!

SIMMME – seguem as obras...

E continuam, conforme cronograma as obras de construção da nova e ampla Sede do SIMMME – Sindicato das Indústrias Me-talúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico – de Bento Gonçalves junto a Rua Domin-gos Rubechini, Bairro Fenavinho. Com uma trajetória de lutas e conquistas ao longo de seus 37 anos de destacada atuação, 350 in-dústrias associadas integrando os setores de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul e Santa Tereza o SIMMME liderado pelo presidente Juarez José Piva e membros diretivos se-guem um trabalho de constantes inovações.

Nova e moderna sede

TENDO em vista o seu crescimento, avan-ços na qualificação e tecnologia, participa-ção expressiva no mercado e buscando no-vos horizontes aos associados o SIMMME com a construção de sua nova Sede, numa área de 1.705 m² com cinco pavimentos abre caminhos para cursos profissionali-zantes e uma série de atividades. Para o presidente do SIMMME empresário Juarez José Piva, a vice-presidente e coordenadora da Comissão de Obras empresária Fabiana Geremia Bucco o investimento representa mais qualificação de profissionais ligados ao setor. Sucesso gente amiga!

Tomara-que-caiaA história da moda diz que foi o cinema quem lançou a tendência do vestido sem alças, com a personagem do filme Gilda, Rita Hayworth, em 1946. Estou aqui para desmentir o registro. Na verdade, o primeiro modelito surgiu em Bento Gonçalves, antes dos anos quarenta, com a estilista por vocação e intuição, “vó Delfina”. Ela criou e costurou para sua filha um vestido roxo furta-cor que deixava o colo e os ombros totalmente livres, numa época em que a parte feminina mais cobiçada ainda era o tornozelo. Leonor estreou-o num baile do Clube Aliança, provocando um verdadeiro frenesi no meio social da cidade. O tititi chegou aos ouvidos do padre, que inquiriu a “despudorada” no confessionário, dias depois do evento. E olha que, naquele tempo, nem havia face-book...Retornando ao Aristocrático... Ao deslizar pelo tapete vermelho que cobria os degraus rumo ao salão, Leonor roubou todos os olhares. De queixo caído, os homens babavam, e as mulheres condenavam a ousadia da moça, possivelmente numa inveja disfarçada. Afinal era preciso ser muito mulher para encarar a sociedade de frente... e de costas também, é claro. Em meio ao puritanismo da época, surgiu um belo doutor de Garibaldi, que ficou encantado com tamanha leveza. O jovem tratou de se infiltrar na família, pediu licença e enlaçou a moça numa inesquecível valsa, e outra, mais outra, até o fim da noite. Foi amor à primeira dança, que não acabou com o casamento... nem com a despedida inexorável do companheiro, há alguns anos atrás. Coisa rara.

PS: A jovem Leonor, do texto acima, completou no dia 12/02, oitenta e sete anos. Parabéns!

Por Falar de Amor...

Minhas primeiras lágrimas de amor foram para o es-panhol Antonio Prieto, no longa “La Novia”, de 1961. Na época, a principal característica do cinema era fazer chorar... ou fazer rir. Não tinha o meio termo, ao menos não que eu me lembre.

Muitos filmes depois, ainda carrego viva na memó-ria o enredo do memorável “La Novia”: a mocinha, que era disputada pelo jovem cantor e por um médico, teve de escolher o segundo, embora amasse o primeiro, por causa de seu grave estado de saúde. Ela precisava de cuidados ininterruptos, o que só um mago do coração como marido poderia lhe oferecer.

As músicas mais marcantes foram “El Reloj” e “La Novia”, obviamente. Aliás elas, e não o personagem de Prieto, é que me prenderam, com a linguagem univer-sal do amor.

Música é assim: quando nos toca, estamos fadados à entrega... “Detén el tempo em tus manos/ Haz esta no-che perpetua/ Para que nunca se vaya de mi/ Para que nunca amanezca...”

IGVariedades DenisedaRé

A FRASEA virtude de fazer o bem é

um dom e benção de Deus! (.)

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Sábado, 15 de fevereiro de 2014 27

Hoje e amanhã, acontecerá, em Faria Lemos, distrito de Bento Gonçalves, grande festa em louvor de Nossa Senhora de Lurdes. As tradicio-nais festividades terão como organizadores os Fabriqueiros da Matriz e as Senhoras Zeladoras do Apostolado da Oração. Sobre o sucesso da Festa, o Pe. Sady Covolan disse que “geralmen-te, quando esta festa é organizada, muita gente comparece, pois o ambiente é acolhedor e serve muito bem para passar horas divertidas. Além

disso, nós temos a praça ao lado da Matriz, uma praça magnífica, para a gente de deliciar”.

Para os interessados em participar da festa o Pe. Sady disse que “haverá ônibus para o local, hoje, às 19 horas e amanhã, em todas as horas saindo de frente do Bar da Bolsa”. Portanto, quem ainda não planejou seu fim-de-semana, tem aí uma ótima dica, que é ir a Faria Lemos e participar da tradicional festa de Nossa Senhora de Lourdes.

Faria Lemos movimentada com grande festa

A máquina de costura e a roupa do imigrante italiano

Toda a roupa para uso da família era confeccionada pe-las mulheres (mães e filhas) costurada a mão ou a máqui-na de costura movida à mão.

A máquina de costura geralmente era a peça do enxo-val obrigatória da mulher e ocupava lugar de destaque na casa. Colocada sobre uma mesinha (de cedro) servia para costurar roupas e chapéus de palha. O tecido era compra-do em peças, pelo casal e geralmente eram tecidos grossos e resistentes: algodão, para lençóis; riscados para calças, camisas, vestidos (mesmo padrão para toda família). Fa-ziam também os colchões e os acolchoados com tecidos de brim listrado. Era pratica, entre os imigrantes, que todas as mulheres aprendessem a costurar e bordar. As vezes era a mãe que ensinava as filhas nos dias de chuva, à noi-te ou no período de entressafra, quando havia pouco tra-balho na lavoura. Aprendiam a costurar camisas, calças, cuecas (mudande), vestidos, saias, spartilhos, corpetes... desmanchavam uma peça de roupa velha, e sobre ela cor-tavam as roupas novas. Quando era possível, aprendiam a costurar com costureiras ou alfaiates...

Mesmo em desuso, hoje a máquina manual é ainda obje-to decorativo na maioria das casas dos italianos e constituí--se em objeto de trabalho e, até de submissão da mulher.

Bordado a mão, crochê, macramé... eram aprendidos da mãe ou de amigas que trabalhavam à noite, à luz dos pe-quenos lumes a querosene e as noites de filó.

A marca da efetividade presente nos objetos domésti-cos comentados concretiza-se no encontro que permite a troca de vivências e experiências. O imigrante e seus de-pendentes vivenciaram essa experiência em reuniões que remontam a seus antepassados.

Contam os primeiros imigrantes que, como na Itália fa-zia muito frio durante os três ou quatro meses de inverno rigoroso, as famílias que não dispunham de aquecimen-to nas casas ou recursos para o vestuário suficiente para se proteger do frio, viam-se obrigados a permanecer em recintos fechados. Assim, reuniam-se nos estábulos (das vacas) a fim de aproveitar o calor que delas se desprendia. Para não permanecer estáticos. Aproveitavam para tecer o linho, faziam os fios de linho, de onde o termo “ filó” , usual entre os italianos.

A prática foi trazida para o Brasil. Como o frio não era tão itenso, não havia necessidade de permanecer em abri-gos fechados. Mas para estas pessoas, era importante o convívio com os vizinhos, parentes e amigos. Por isso, o costume de se reunirem à noite, cada vez, na casa de um dos participantes.

AssuntaDeParis

Máquina manual de costura para costurar roupas e chapéus

A São Vendelino vai receber sinalização

O trecho da estrada São Vendelino, compre-endido entre Bento Gonçalves e Adolorata da estrada estadual RS-26/99, passará a ter sina-lização vertical (sinalização de placas e pos-tes, ao longo da estrada), dentro do prazo de 30 dias, contados a partir da homologação da concorrência pública aberta pelo DAER, para execução daquele serviço. Na última quinta--feira, as firmas concorrentes apresentaram suas propostas, na sala do Conselho de Tráfe-go do DAER, em Porto Alegre.

O novo preço do trigo

O Conselho Monetário Nacional teve, na última segunda-feira, uma reunião no Rio de Janeiro, quando fixou o novo preço mínimo para o trigo em Cr$ 80,00 a saca, represen-tando um aumento de 78 por cento, sobre o preço alcançado na última safra (45,00). A Federação Brasileira das Cooperativas de Trigo e Soja (FECOTRIGO), no mês de janei-ro, através de seu Presidente, Sr Ari Dionísio Dalmolin, apresentou seu estudos de custo de produção e solicitou que o preço do trigo fos-se fixado em Cr$ 83,00 para a próxima safra.

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A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

BENTO GONÇALVES

Sábado15 DE FEVEREIRO DE 2014ANO 47 N°3002R$ 3,00

56 páginasPrimeiro caderno .................. 28 páginasEsportes ................................. 4 páginasEmpresas & Empresários ......... 8 páginasSaúde & Beleza ........................ 8 páginasCaderno S ................................ 8 páginas

A diarista Berenice Fonseca Ribas, 30 anos, segue em busca de uma vaga para o seu filho Lorenzo, de apenas dois anos

Uma espera de dois anos

Educação infantil

Artigo

Estética é ou não tratamento de saúde?

Saúde&Beleza

JOSIAN

E RIBEIR

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Páginas 18 e 19