16 a 18 julho 2011

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16/07 a 18/07/2011 130 XIX

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16/07 a 18/07/2011130XIX

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ESTADO DE MINAS-P.11 16/07/2011

ESTADO DE MINAS-P.3 CADERNO CULTURA - 16/07/2011

MÁRIO FONTANA

EXPLORAÇÃO MINERAL

Pedra no caminho das mineradorasMinistério Público fecha cerco às empresas que ameaçam o patrimônio

histórico e cultural de Minas. Já há 20 procedimentos abertos

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CONT...ESTADO DE MINAS-P.11 16/07/2011

Inquérito para checar impactos

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HOJE EM DIA-P.2 16/07/2011

ESTADO DE MINAS-P.25 16/07/2011

MP pede afastamento de Flávio Leroy

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ESTADO DE MINAS-P.12 16/07/2011

Brinquedo liberado no lanche

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HOJE EM DIA-1ªP. E P.2 17/07/2011

Documentos atribuídos a empresas fantasmas e com indícios de superfaturamento investigados pelo Ministério Público Estadual eram usados pelos parlamentares para ob-

ter ressarcimento do dinheiro da chamada verba indenizató-ria. PÁGINA 3, POLÍTICA

Vereadores usam notas forjadas em Vespasiano

POSTO VENDE NOTAS FORJADAS PARA USO DE VEREADORES

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CONT...HOJE EM DIA-P.2 17/07/2011

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O TEMPO-P.5 17/07/2011

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CONT...O TEMPO-P.5 17/07/2011

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ESTADO DE MINAS-P.4 18/07/2011

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CONT...ESTADO DE MINAS-P.4 18/07/2011

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ESTADO DE MINAS-P.5 18/07/2011

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ESTADO DE MINAS-P.11 17/07/2011

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CONT...ESTADO DE MINAS-P.4 18/07/2011

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CONT...ESTADO DE MINAS-P.4 18/07/2011

Parlamentares entendem que não há imoralidade

O TEMPO-P.2 18/07/2011 A PARTE

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Adriana Nicacio UNGIDOSApenas 11 ministros tomam as de-

cisões que caberiam aosrepresentantes eleitos democrati-

camente pelo povo brasileiroNos últimos meses, o Congresso

esteve praticamente paralisado. En-volvido pelas crises do Executivo, limitou-se a emendar projetos remeti-dos pelo próprio governo, brigar pela liberação de verbas e, como tem sido a praxe, não regulamentou sequer um dos inúmeros projetos de interesse da população que tramitam na Casa há muitos anos. Enquanto deputados e se-nadores passaram o semestre a discu-tir temas de sua própria cozinha, os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal fizeram o que os parlamentares têm se recusado a fazer: legislar. Só este ano o STF determinou que casais do mesmo sexo podem unir-se legalmente e que a Lei da Ficha Limpa só vale a partir do ano que vem, temas de extrema impor-tância que deveriam ter sido decididos democraticamente pelo Congresso.

E nada indica que a situação vai mudar no médio prazo. Quando voltar do recesso em agosto, a Suprema Cor-te tem uma agenda lotada de decisões sobre matérias engavetadas há anos pelo Congresso. O presidente do STF, ministro Cezar Peluso, adianta que ain-da este ano o tribunal pretende dar sua posição sobre a criação de novas regras para o aviso prévio, a permissão para o aborto de fetos anencéfalos e a de-marcação de áreas de quilombolas. O ex-presidente do STF ministro Gilmar Mendes concorda que o Supremo não pode substituir o Congresso, mas afir-ma que há “paralisia institucional” e falta “agenda legislativa”. “As forças políticas se digladiam e não encontram solução para os temas.

Congresso tem condições mais democráticas para legislar, com au-

diências públicas, mas na omissão le-gislativa é preciso decidir”, diz Gilmar Mendes.

Enquanto o STF se torna o su-premo legislador federal, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) tem outras preocupações. Ele pede “publi-camente” que o governo reveja sua po-sição de não prorrogar os prazos para o repasse dos restos a pagar, relativos ao Orçamento de 2009. E quando vol-tar do recesso, em agosto, encontrará a pauta de votações trancada por me-didas provisórias que não foram apre-ciadas no primeiro semestre. No seu primeiro mandato, o senador Pedro Taques (PDT-MT) é uma das poucas vozes dissonantes no Parlamento. Ele reclama que o Congresso só pensa em “emendas e cargos” e que os parlamen-tares se tornaram despachantes do Or-çamento da União. Ele tenta unir for-ças com outros colegas para “restaurar a atividade legislativa” e levar as duas Casas a pautar as grandes discussões.

“Estamos caminhando para o ati-vismo judicial, em que 11 deuses deci-dem o que é bom. Não é legítimo numa democracia. Eles não foram eleitos”, diz o senador.

Mas, apesar da constatação de que o Parlamento anda inerte, são poucos os deputados e senadores que se aven-turam em tentar levar à votação temas polêmicos. Um dos principais juristas do País, Ives Gandra Martins, 76 anos, lembra que participou de audiências com o relator da Constituinte, deputado Bernardo Cabral, e diz que não era a in-tenção dos constituintes que o Supremo fizesse as leis. “Tenho admiração pelos ministros do STF e livros publicados com alguns deles, mas o Supremo está incinerando o artigo 102 da Constitui-ção. Ele não pode legislar”, diz Gandra Martins. Poder, não pode. Mas quem pode parece não estar muito interessa-do em fazê-lo.

REVISTA ISTO É – P.48 E 49 20/07/2011

Supremo legislador federalDeputados e senadores estão mais preocupados com emendas orçamentárias e distribuição de cargos do que

em elaborar leis, e o STF passa a exercer mais o papel dos parlamentares

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Justiça

Perto de acabarPeriga o critério usado pelo STJ para encaminhar ao Pla-

nalto nomes de juízes candidatos à vaga na corte, quando há duas cadeiras na disputa. A prática de formar uma lista tríplice

e outra com apenas um nome – a ser completada depois com os excluídos na primeira rodada – deve ser derrubada pelo STF. Segundo dois ministros do Supremo ouvidos pela coluna, além de inconstitucional, o critério reduz a possibilidade de escolha da Presidência da República.

REVISTA ISTO É –P.35 20/07/2011RICARDO BOECHAT

MedicinaSem dobrasA 5ª Vara Empresarial da Justiça do Rio decidirá na sema-

na que vem algo que interessa muito a ex-obesos, ou seja, se os planos de saúde têm que pagar a retirada do excesso de pele

comum em quem passou por cirurgia bariátrica. A Defensoria Pública do RJ pensa que sim e acionou no tribunal a Bradesco Saúde, Cassis (Banco do Brasil), Unimed, Assim, Amil e Pame. Para cada pedido negado pede multa de R$ 40 mil. A decisão pode virar paradigma na Justiça brasileira.

REVISTA ISTO É –P.35 20/07/2011RICARDO BOECHAT

ESTADO DE MINAS-P.2 16/07/2011

Arraial proibido na Prado Lopes

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Solange Azevedo Duas décadas e meia depois do fim da ditadura mi-

litar (1964-1985), o Brasil não está livre da tortura – uma das pragas que marcaram o regime. Sevícias como pressão psicológica, choques, espancamentos, violência sexual e assassinatos ainda fazem parte do cotidiano de delegacias, batalhões da PM, presídios e unidades para adolescentes infratores. Nos anos de chumbo, as víti-mas preferenciais eram estudantes engajados, intelectu-ais e líderes políticos. Os militares se viram obrigados a arrefecer quando as ações praticadas nos porões da repressão repercutiram no Exterior. Atualmente, os tor-turadores mostram sua face mais cruel aos pobres e en-carcerados. Pessoas sem voz e com pouquíssimo acesso à Justiça. Mas tudo indica que a violência contra esses cidadãos, em breve, também repercutirá além das fron-teiras nacionais e voltará a abalar a imagem do País. Uma delegação do Subcomitê da ONU para a Prevenção da Tortura virá ao Brasil, provavelmente em setembro, e fará visitas-surpresa a locais de privação de liberdade. O objetivo do grupo é traçar um panorama das agressões e pressionar para que o Estado tome providências.

Não existem números confiáveis sobre tortura no País. Como se trata de um crime praticado, em geral, por policiais ou carcereiros, as vítimas têm medo de de-nunciar. Casos como o dos seis PMs presos em flagrante na semana passada por terem ameaçado e ateado fogo num morador de rua em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, são raríssimos. O que chega aos tribunais é uma pequena parcela do que ocorre diariamente. “A tortura no País é cultural, generalizada e sistemática. Começou no período da escravidão e se mantém até hoje”, afir-ma Margarida Pressburger, integrante do Subcomitê da ONU. “A vocação brasileira para a tortura se solidificou porque os torturadores não são punidos.” Para castigar, arrancar confissões ou obter informações sobre tercei-ros, agentes do Estado adotam a ferramenta criminosa da tortura como método de trabalho.

“Os dados nacionais mais recentes são de 2003. Depois disso, o programa Disque-Denúncia federal foi desativado. Em dois anos, foram recebidas 20 mil de-núncias”, diz Luciano Mariz Maia, procurador da Re-pública e membro do Comitê Nacional Contra a Tortu-ra. Maia afirma que, de cada três casos de tortura, um é praticado por policiais civis, um por PMs e o outro por categorias como a dos carcereiros e dos guardas ci-vis. “Em um terço dos registros, não há crime aparente, como quando alguém é pego só porque está olhando o quintal de uma casa”, relata o procurador.

Pela lei brasileira, torturar é “constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causan-do-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação, declaração ou confissão” ou “submeter al-guém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com empre-go de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo”. O engenheiro R., 34 anos, sentiu na pele o que isso significa. Vive à base de remédios desde 2007, quando foi detido por policiais do Departamento de Investigações sobre Crime Organiza-do (Deic), em São Paulo. Suspeito de repassar linhas de teste da Vivo para o crime organizado, ele foi abordado sem mandado de prisão, algemado e jogado numa via-tura. No trajeto até o Deic, de acordo com o depoimento de R. à Corregedoria, os policiais pararam num galpão e o torturaram. Ele afirma que levou socos, choques nas pernas e no ânus e foi abusado sexualmente.

Os policiais exigiram que ele confessasse um crime que não havia cometido. No ano passado, R. foi inocen-tado pela Justiça. Apesar da absolvição, ele não conse-gue levar uma vida normal. Faz acompanhamento psi-cológico e psiquiátrico. Já tentou suicídio. Raramente sai de casa e entra em pânico quando vê aglomerações. R. perdeu tudo: o emprego, a mulher, os amigos, a saú-de. Ele denunciou o caso à Corregedoria. Mas o órgão arquivou duas apurações preliminares alegando “ausên-cia de elementos e fragilidade da declaração prestada”. Entre 2007 e maio de 2011, segundo a Secretaria da Se-gurança Pública de São Paulo, 77 policiais civis foram demitidos por violência – o que inclui, entre outros de-litos, lesão corporal e tortura.

“Quem investiga é a própria polícia ou funcioná-rios dos presídios. Muitas vezes, é o torturador quem leva a vítima para o exame de corpo de delito, e os mé-dicos que fazem os laudos se omitem”, diz José de Jesus Filho, assessor jurídico da Pastoral Carcerária Nacional. “É um problema o Judiciário imaginar que torturadores são psicopatas”, afirma o procurador Maia. “A tortura é racional e quem a pratica acha que está fazendo algo positivo para a sociedade, que está desvendando delitos. No meio em que esses indivíduos estão inseridos, é uma escolha intimamente defensável.”

A enfermeira S., 42 anos, foi presa em março de 2010. Ela relata que, logo depois de pegar carona com um amigo da filha e um conhecido dele, uma viatura os abordou. Ao revistar o carro, um dos PMs teria en-

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O Brasil que ainda torturaO que a delegação da ONU, que virá ao Brasil em setembro, irá encontrar em todo o território nacional

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contrado uma arma debaixo do banco. Começava ali o tormento. S. conta que os três foram levados para o 37o Batalhão da Polícia Militar, na zona sul da capi-tal paulista. “Estava algemada e fui empurrada várias vezes contra a parede, fiquei com um galo na testa. Me jogavam no chão, davam socos na minha nuca e chutes na minha bunda, me puxavam pelos cabelos”, diz. “Ficavam me perguntando quem era o dono de uma moto amarela e falando que, se eu indicasse al-guma boca de fumo, eles me soltariam. Mas eu não vi nenhuma moto.”

S. chora ao recordar que uma policial exigiu que ela ficasse nua para ser revistada. “A porta estava aberta e todo mundo que entrava se achava no direito de me bater”, lamenta. “Os policiais riam e falavam: ‘Olha que desgraça, que baranga’. Um deles beliscou o meu mamilo. Fiquei das quatro da tarde até umas 7 horas apanhando. Os meninos pagaram R$ 5 mil e foram liberados. Só falaram que o revólver estava na minha bolsa porque também foram torturados.” S. passou 38 dias na cadeia. Procurada por ISTOÉ, a As-sessoria de Imprensa da PM foi lacônica. Em nota, respondeu que a responsabilidade administrativa de três policiais, “por terem conduzido pessoa presa para dependências do quartel para que fosse realizada re-vista pessoal minuciosa”, está sendo apurada.

“Quando agressões são um método investigativo e agentes públicos se sentem no direito de mitigar a vida, a tortura se torna apenas um detalhe”, afirma o advogado Rildo Marques, do Centro Santo Dias de Direitos Humanos. Em junho, J. encontrou o neto com hematomas nos braços e nas pernas. Ele é um dos 16 internos que apanharam na Unidade 28 da Fundação Casa (antiga Febem paulista). “Tinha menino com o pé quebrado, com pontos na cabeça, com o dedo de-cepado”, diz J.

O relato dessa senhora, de 62 anos, foi confirma-do à ISTOÉ por mães de outros três internos. A insti-tuição, no entanto, não admite tamanha violência. “Há indícios de que o tumulto foi iniciado pelos adolescen-tes e que houve excesso de alguns funcionários. Esta-mos apurando”, alega Jadir Pires de Borba, corregedor da fundação. “Houve confronto. Há adolescentes com escoriações e ferimentos na cabeça, mas nenhum com fraturas ou dedo decepado.” Seis funcionários foram atendidos no pronto-socorro. Desde 2005, 77 servido-res da instituição foram demitidos por justa causa em decorrência de agressões e maus-tratos.

A tortura física pode deixar marcas visíveis. A psicológica, não. J., 26 anos, passou 2010 no Hospi-tal de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Taubaté. Dependente de crack e inserido num quadro que a ci-

ência chama de “borderline” – um distúrbio em que o indivíduo apresenta sintomas inerentes a qualquer ser humano, mas com uma intensidade que o afasta do eixo da normalidade – ele foi internado após roubar um celular e ser considerado pela Justiça paulista in-capaz de responder por seus atos.

Na companhia da mãe, J. contou que ficava tran-cafiado na cela 20 horas por dia e que não recebeu tratamento médico. “Minha mãe pediu para o pesso-al do hospital não me dar prestobarba, porque eu me cortava. Mesmo assim, eles davam. Uma vez, avisei a um funcionário que eu estava surtando e que ia me cortar. Ele me falou para esperar o turno dele acabar e passar a lâmina no pescoço”, diz o rapaz. “Fizeram al-guma coisa na minha cabeça. Sai pior do que entrei. A psicóloga falava que minha mãe estava contra mim.” Contatada por ISTOÉ, a SAP não se manifestou.

O Subcomitê da ONU encontrará histórias esca-brosas. A sequência de torturas praticadas por policiais no Rio de Janeiro levou parlamentares a tomar uma providência inédita no Brasil. O deputado Marcelo Freixo (PSOL) criou, através de lei, o Comitê de Pre-venção à Tortura no Estado para monitorar delegacias, presídios, unidades socioeducativas e manicômios. “A ditadura militar acabou, mas a tortura continua”, ga-rante Freixo. Não faltam exemplos. Em março, T., 42 anos, foi agredido durante três horas numa delegacia da capital fluminense. “Queriam que eu confessasse que era parceiro de um traficante”, afirma. “Eram cin-co policiais me batendo e me xingando. Davam socos e tapas. Tentaram me chutar no rosto, mas me protegi com as mãos e fiquei com os dedos machucados. Um deles pegou um alicate, apertou e puxou meu pênis”. Diante da dor insuportável, T. assinou a confissão. Cinco policiais que o agrediram chegaram a ficar 15 dias presos.

Assim como outras vítimas entrevistadas para esta reportagem, T. preferiu manter o anonimato por-que teme pela própria segurança e de familiares. Indaiá Moreira, 43 anos, não. Ela percorre os tribunais flumi-nenses em busca de Justiça desde 2009. O filho dela, Vinicius, morreu 20 dias depois de ser preso. “Tor-turaram e mataram meu filho dentro da delegacia”, conta Indaiá. Vinicius, 20 anos, tinha um ferimento subcutâneo na cabeça, o que lhe causou um coágulo, e marcas de queimaduras de cigarro pelo corpo. In-daiá recebeu uma indenização de R$ 50 mil porque o Estado reconheceu que falhou na guarda de Vinicius, pego numa tentativa de assalto. “Não me interessa o dinheiro, quero que os responsáveis pela morte dele sejam punidos”, sentencia Indaiá. “Sei que vai ser di-fícil, mas vou lutar até o fim.”

CONT...REVISTA ISTO É –P.50 A 53 20/07/2011

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CONT...REVISTA ISTO É –P.50 A 53 20/07/2011

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HOJE EM DIA-P.12 16/07/2011

ESTADO DE MINAS-P.8 16/07/2011

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Decio Michellis Jr. - Diretor de Energia do Departamento de Infraes-trutura da Fiesp e consultor do Progra-ma Minas Sustentável da Fiemg

Ao longo de sua história de mais de 500 anos, o Brasil acumulou um dé-ficit de investimentos públicos na con-servação ambiental e passivos sociais decorrentes dos diferentes modelos econômicos praticados. Inviáveis de serem resolvidos no curto prazo, esses déficits estão elevando a pressão para aumento das compensações socioam-bientais sobre o setor privado, para em-preendimentos industriais e agroindus-triais já em operação, bem como sobre instalações e atividades existentes há décadas – seculares, em alguns casos.

O setor produtivo vem executan-do sua função econômica e de desen-volvimento social de forma aderente à legislação ambiental brasileira, imple-mentando e operando suas instalações em obediência ao arcabouço regulató-rio ambiental, que totaliza mais de 16 mil normas legais. Um dos temas mais recorrentes nessa legislação é exata-mente o das compensações ambientais que incidem sobre a atividade econô-mica, entre elas as medidas compensa-tórias no licenciamento ambiental (art. 12, parágrafo único, da Lei 6.981/81); compensação ambiental da lei do Sis-tema Nacional de Unidades de Conser-vação (art. 36, 47, 48 da Lei 9.985/00); compensação florestal para supressão de vegetação da Lei 4.771/65; com-pensação para supressão de vegetação em mata atlântica (art. 17 e 32 da Lei 11.428/06); compensação por supres-são de Área de Preservação Permanen-te (art. 4, parágrafo 4º, do Código Flo-restal), compensações pelas emissões de gases de efeito estufa (GEE), com-pensações financeiras, compensações diversas oriundas de exigências de ór-gãos como prefeituras, Instituto Nacio-

nal do Patrimônio Histórico (Iphan), Fundação Nacional do Índio (Funai), além das demais compensações impos-tas por processos judiciais, Termos de Acordo e de Ajuste de Conduta pro-postos pelo Ministério Público e/ou incluídos nas condicionantes das licen-ças ambientais.

De fato, dependendo de sua natu-reza, a implementação ou operação de um empreendimento industrial pode ter impactos negativos, mas é igual-mente verdadeiro que também produz retornos altamente positivos, tais como geração de emprego, renda, impostos e taxas utilizados pelos governos muni-cipais, estaduais e federal, inclusive em ações públicas de preservação ambien-tal. Na verdade, é importante registrar que impactos negativos são geralmen-te minimizados pelos empreendedores por meio de programas incluídos nos respectivos processos de licenciamen-to ambiental, muitos deles melhorando a qualidade sócioambiental na área de inserção do empreendimento.

No entanto, observa-se atualmente a tendência de se cobrarem compensa-ções crescentes, mesmo onde os im-pactos já são mitigados ou minimiza-dos, algumas sem relação direta com os empreendimentos, com elevados custos e com a agravante de que são muitas vezes cobranças sobre empreendimen-tos implantados antes da legislação ambiental. São cobranças que, neste caso, ferem o princípio constitucional da não retroatividade. Registre-se que os ônus impostos ao setor produtivo em decorrência de cobranças indevidas de todo tipo de compensações são extre-mamente onerosos, colocando em risco especialmente pequenas e médias em-presas, que podem ser inviabilizadas em razão direta desstes custos adicio-nais não previstos ou não devidos.

Na verdade, a responsabilidade

por impactos negativos (inerentes a qualquer atividade humana) e danos (agora proibidos por lei) ao meio am-biente além de ser objetiva é também solidária. “Eu produzo, você compra, nós poluímos”. A conjugação desses verbos expressa de forma mais abran-gente a responsabilidade solidária en-tre o setor produtivo, o consumidor e o contribuinte. A partir dessa premissa, faz-se necessário que tais compensa-ções sejam proporcionais, adequadas e justificadas pelo interesse público e atendam o critério da razoabilidade.

Vale dizer: é preciso ponderar so-bre as restrições impostas somente ao setor produtivo e aquelas que deveriam ser também de responsabilidade dos consumidores e dos contribuintes (qua-se sempre são as mesmas pessoas) fren-te aos objetivos ambientais almejados por todos. Igualmente, a pretensão de se retroagir ilimitadamente a obrigação de compensar traduz uma contradição do Estado brasileiro consigo mesmo, pois que as relações e direitos que se fundam sob a garantia e proteção das suas leis não podem ser arbitrariamente destituídos de legalidade, sob pena de gerar insegurança jurídica.

É um desafio diário buscar solu-ções de adequação à legislação am-biental e de inovação e ainda garantir a competitividade e a rentabilidade dos empreendimentos existentes e futuros que operem de acordo com as melho-res práticas de sustentabilidade, geran-do emprego, renda e qualidade de vida para todos. Isso exige extrema e estrita legalidade na definição das compen-sações socioambientais por parte do poder público e de outros atores da so-ciedade. Se assim não for, estaremos fadados a um futuro duvidoso.

ESTADO DE MINAS-P.9 18/07/2011

Exageros ambientaisÉ preciso haver equilíbrio e estrita legalidade na definição das compensações

socioambientais, ou estaremos fadados a um futuro duvidoso

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