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Ano II Número 145 Data 16.03.2012

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AnoII

Número145

Data16.03.2012

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Paulo Henrique LobatoA alegria dos motoristas de Belo Ho-

rizonte com a aprovação em segundo turno do Projeto de Lei (PL) 844/09, que limita o preço da hora nos estacionamentos da ca-pital a R$ 5, vai durar pouco. Ontem, no Dia Mundial do Consumidor, o próprio au-tor do texto, o vereador João Oscar (PRB), reconheceu que o artigo é inconstitucional e será vetado pelo prefeito Marcio Lacer-da (PSB). Opinião semelhante à de juristas renomados ouvidos pelo Estado de Minas. Resultado: os condutores continuarão pa-gando um preço alto pelo serviço. O valor da hora na cidade oscila de R$ 6 a R$ 10 – diferença de 66%. As empresas do setor oferecem cerca de 25 mil vagas na cidade.

O valor das frações e da hora nos esta-cionamentos privados da capital se tornou uma espécie de mina de ouro para os em-presários do ramo. Uma das justificativas é o aumento assustador da frota da cidade, que subiu 94% em 10 anos, de 742,1 mil veículos, em 2002, para 1,442 milhão em 2012. Uma pesquisa do site www.merca-domineiro.com.br, divulgada no mês pas-

sado, confirma o bom lucro da atividade. Segundo o estudo, o preço médio do servi-ço em BH subiu 16% entre abril de 2011 e fevereiro deste ano. Apesar do preço alto, muitos estacionamentos não conseguem atender a demanda.

É fácil flagrar empresas com placas informando lotação completa nos estacio-namentos privados. “Está cada vez mais difícil e caro parar os carros em Belo Ho-rizonte. Os preços estão nas alturas”, la-mentou o comerciante Osias Rocha, de 72 anos. Ontem, a notícia foi publicada no site do EM, sendo alvo de vários comentários (veja alguns abaixo). O projeto, disse Os-car João, tem como objetivo colocar um freio no que ele chamou de “extorsão” de preços. “O artigo que limita o valor da hora deve ser vetado, mas minha intenção é co-locar o assunto em discussão. Do jeito que está não pode continuar.”

O advogado José Alfredo Baracho Jú-nior também não vê constitucionalidade na proposta. Ele enfatiza que o poder público não pode intervir na atividade econômica das empresas. Claro, acrescenta, que há ex-

ceções, como as tarifas de ônibus. “Não é o caso dos estacionamentos. Não é uma ativi-dade delegada pelo poder público, embora seja usada pela população. Estacionamen-to privado não é um serviço público. Esse ponto do projeto de lei é inconstitucional.”

Por outro lado, acredita o vereador, outros artigos do PL 844 podem ser san-cionados, como a proposta que proíbe as empresas de obrigar os clientes a deixar a chave do veículo nos automóvel. “Isso tem que acabar. É errado. Deixar a chave precisa ser facultativo ao cliente”, critica o parlamentar. Já o Sindicato das Empresas de Administração e Operação de Estacio-namentos, Garagens, Vallet Park e Simila-res do Estado de Minas Gerais

(Sindepark-MG) acredita que a pre-feitura irá vetar a proposta.

Na remota hipótese de o texto ser san-cionado por Marcio Lacerda, o advogado do sindicato das empresas, Henrique Al-vim, não descarta a possibilidade de ajuizar uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin). “Estou certo de que o PL aprovado será vetado pelo Executivo, diante da sua

estado de minas - economia - p.14 - 16.3.12dia do consUmidoR

Polêmica sobre o estacionamento Enquanto a população reclama dos valores cobrados em BH, juristas afirmam que projeto de lei é inconstitucional

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Paula TakahashiAmparados por uma das mais mo-

dernas legislações de defesa do direito dos consumidores do mundo, os brasi-leiros ainda têm que lutar para que os artigos do Código de Defesa do Con-sumidor (CDC) sejam cumpridos na íntegra. Sem contar as demais leis que entram em vigor e acabam sendo suma-riamente desrespeitadas pelas empre-sas. Entre elas, a responsabilidade soli-dária, Lei do SAC – Serviço de Atendi-mento ao Cliente –, atendimento em 15 minutos na fila dos bancos, clareza na publicidade e Lei do Marketing. Apesar de ontem ter sido comemorado o Dia Mundial dos Consumidores, ainda há muitas conquistas a serem alcançadas.

“O próprio código, em muitos as-pectos, é constantemente desrespeita-do”, afirma o presidente da Associação

Brasileira de Consumidores (ABC), Danilo Santana, ao citar o artigo 32 do CDC. “As empresas importadoras são obrigadas a manter peças de reposição e assistência técnica para os produtos e, isso, até hoje, não é obedecido”, conta. Em geral, à medida em que a tecnolo-gia é substituída, os fabricantes param de oferecer peças para as assistências técnicas. Com isso, muitas vezes um aparelho torna-se obsoleto diante da falta de componentes no mercado.

Outro artigo desrespeitado, segun-do Caio Lúcio Montano Brutton, advo-gado especialista em direito do consu-midor e sócio do escritório Fragata e Antunes Advogados, é o 34 do CDC, que prevê a responsabilidade solidária entre os fornecedores. “O consumidor recorre ao estabelecimento onde reali-zou a compra e se depara com a orien-

tação de que deve entrar em contato com o fabricante, quando na verdade, o ponto de vendas também tem respon-sabilidades.”

A Lei do Marketing (Lei 20.012) , que disciplina o marketing direto e cria lista pública daqueles que não desejam receber propagandas pelo celular, não pegou. “Isso já funciona a todo vapor em São Paulo, mas aqui ainda não saiu do papel”, lamenta o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa. Para chegar às ruas, é preciso um órgão encarregado na gestão do cadastro, o que ainda não foi definido pelo poder executivo. “Nós e o Movimento das Donas de Casa estaríamos aptos a colo-car o sistema para funcionar”, afirma.

Já no terceiro ano de vigência, a Lei do SAC ainda não funciona na íntegra. Longos minutos de espera,

dia do consUmidoR

Leis continuam desrespeitadas No Brasil, empresas desafiam o código e o consumidor também é prejudicado com a falta de conhecimento da legislação

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RIO DE JANEIRO. A organização não-governamental Consumers Inter-national (CI), presente em 115 países, divulgou ontem, Dia Mundial do Con-sumidor, um levantamento realizado desde meados de 2011 até fevereiro deste ano revelando que os serviços fi-nanceiros são o maior alvo de reclama-ções no mundo.

Cláusulas abusivas nos contratos de adesão, falta de informação e pouca transparência nos produtos oferecidos pelas instituições, alto custo nas opera-ções de remessa de dinheiro de um país para o outro, além dificuldades para trocar de banco, falta de concorrência real no setor e falta de opções para os clientes, estão entre as principais quei-xas.

Nas enquetes realizadas em sete países - Austrália, Bélgica, Espanha, França, Itália, Portugal e Reino Unido - foram ouvidos aproximadamente 25

mil consumidores. “Em uma pesquisa que realizamos em cinco países, todos os bancos analisados apresentaram al-gum grau de descumprimento dos di-reitos dos consumidores estabelecidos por suas próprias leis, e de normas in-ternacionais reconhecidas pelos países, como as Diretrizes para a Proteção do Consumidor”, disse Juan Trímboli, di-retor da Consumers International para América Latina e Caribe.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a União dos Trabalhadores Bancários de São Paulo enviarão carta aos prin-cipais bancos públicos e privados do país. O documento pede a adesão de cada banco à Declaração sobre Venda Responsável de Produtos Financeiros, modelo estabelecido em 2010 pela Uni Finance - Global Union, entidade que reúne 237 sindicatos que representam cerca de 3 milhões de trabalhadores em

todo o mundo.De acordo com a CI, enquanto nos

países emergentes há reclamações so-bre as altas taxas de serviços bancários, nas nações mais desenvolvidas grande parte dos consumidores quer mais faci-lidade para trocar de banco.

AlertaRecall. Foi lançado ontem o pri-

meiro sistema de alertas rápidos de re-call da América Latina. O consumidor que quiser receberá em seu e-mail in-formações sobre os recalls no país.

e-commerceProibição.A B2W disse que tra-

balha “intensamente” para resolver os problemas de compras feitos em seus três sites: Shoptime, Submarino e Americanas.com. O Procon de SP vai recorrer contra a liminar que permitiu as vendas.

o tempo - edição eletRônica - economia - 16.3.12consumidor

Setor financeiro é o mais reclamado em todo o mundoNo Brasil, bancos podem aderir à Declaração sobre Venda Responsável

SÃO PAULO. O Bradesco aparece no topo da lista das empresas com maior número de reclamações feitas ao Pro-con-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo. É o que mostra um levantamento divulgado ontem, Dia Internacional dos Direi-tos do Consumidor, e que faz parte do Cadastro de Reclama-ções Fundamentadas em 2011.

O Bradesco lidera a lista com 1.723 reclamações. Em segundo lugar, com 1.574 reclamações, aparece no ranking a B2W � empresa responsável pelos sites de e-commerce Americanas.com, Submarino e Shoptime. Itaú Unibanco é o terceiro colocado, com 1.383, seguido por LG, com 1.164, e TIM, com 937 queixas.

o tempo - edição eletRônica - economia - 16.3.12

Em SP, Bradesco é o que recebe mais queixas

JULIANA GONTIJOO preço dos estacionamentos da capital poderá ser ta-

belado, se o Projeto de Lei 844/09, aprovado na quarta-feira em segundo turno pela Câmara Municipal, for sancionado pelo prefeito Marcio Lacerda. O projeto, de autoria do vere-ador João Oscar (PRP), estabelece o valor máximo de R$ 5 por hora de permanência.

O vereador disse que aposta na sanção e estima que o projeto seja apreciado pelo executivo já no próximo mês. Outro PL que aguarda sanção e que também trata de estacio-namento, porém em shoppings e hipermercados, é de autoria do vereador Léo Burguês (PSDB). O PL 1851/2011, prevê gratuidade por até quatro horas para os consumidores que fizerem compras acima de R$ 30.

o tempo - economia - 16.3.12

Falta a “canetada”Preço do estacionamento em BH pode passar a ser tabelado

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hoje em dia - política - máRcio FagUndes - p.6 - 16.3.12

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Depois de todo aquele imbróglio com o contrato entre CAM e BWA (o que significam essas letras; Bad, Wrong, Athletic?), ele foi reescrito para se adequar às exigências ju-rídicas e assim a Advocacia Geral do Estado o acatou como legal. Isso é uma coisa. Outra coisa são as perguntas que os americanos ainda podem e devem fazer para que as pulgas atrás da orelha fiquem sossegadas: 1) O América tem direito a 5% da renda bruta auferida no Independência: como o clu-be vai controlar o movimento financeiro e saber qual foi a renda bruta real do mês?; 2) Há um sistema de controle finan-

ceiro com transparência (a palavra é importante) suficiente para permitir ao América o acesso direto, sem maquiagem, a esses números mensais?; 3) Fissurados por lucros, CAM e BWA saberão cumprir as cláusulas definidas acima das assi-naturas reconhecidas e carimbadas em cartório?

Se provarem que está tudo certo, então vou torcer para que a massa atleticana lote o Colosso do Horto em todos os jogos, pois 5% da renda bruta de R$ 10 milhões são bem melhores do que 5% de R$ 1 milhão.

estado de minas - sUpeRespoRtes da aRqUibancada - p.2 - 16.3.12

Independência

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metRo - economia - p.10 - 16.3.12

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O setor de telecomunicações no Brasil está entre os campeões de reclamações dos consumidores, superado ape-nas pelas instituições financeiras. O tema é debatido até hoje em Porto Alegre, no II Simpósio dos Direitos dos Consu-midores nas Telecomunicações, promovido pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Fórum Latino-Americano de Defesa do Consumidor. O evento é custeado pela Oi Brasil Telecom, dentro de um Termo de Ajuste de Conduta firmado com o MPF, o Ministério Público do Rio Grande do Sul e a 4 Vara Federal da Capital.

Para o presidente do Fórum Latino-Americano de Defe-

sa do Consumidor, Alcebíades Santini, as empresas do setor ainda falham muito no pós-venda. “O investimento em ma-rketing e na conquista dos novos consumidores é fabuloso, mas, depois, o sentimento que existe é de abandono. Segun-do a avaliação do diretor do Procon RS, Cristiano Aquino, a dificuldade no atendimento, os contratos de fidelização, as informações confusas em promoções e a qualidade do ser-viço 3G são as maiores queixas dos usuários. Para Aquino, as redes sociais são importantes ferramentas para os clientes conhecerem melhor seus direitos.

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Consumidor cita campeões de queixas

Em comemoração ao Dia do Con-sumidor, o Ministério Público divulgou ontem, através do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon/CE), o cadastro de reclamações do Ceará, referente ao ano de 2011. Os problemas com aparelhos celulares li-deram o ranking de assuntos das quei-xas (com 16%), seguido por produtos de informática (10%), cartões de cré-dito (9%) e serviços de telefonia (7%). Conforme dados do levantamento, dos 3.801 cadastros de reclamações, 84% foram solucionados junto às empresas.

Segundo a secretária executiva do Decon/CE, Ann Celly Sampaio, é que os números de 84% de resoluções e acordos entre as partes indicam que as empresas estão tendo maior interesse das empresas em solucionar as recla-mações e mais respeito ao Código do Consumidor.

Mas ela ressalva: “O nosso objeti-vo não é mostrar isso como uma glória. A gente tem uma tristeza imensa em mostrar que ainda tem esse número de

reclamações. E nós estamos trabalhan-do, nos reunindo com as empresas para melhorar o atendimento e relaciona-mento com o consumidor”. As forne-cedoras de móveis e eletrodomésticos, assim como as empresas de telefonia, bancos e financeiras são recorrentes entre as principais queixas.

Reclamações emergentesNo demonstrativo de áreas com

maior número de queixas, houve de-manda expressiva de reclamações com serviços privados (5,55%) - que en-globam os serviços de Internet e TV a cabo, por exemplo; queixas com as operadoras de planos de saúde (2,53%) e os projetos de habitação (1,55%).

Preocupados com as sucessivas reclamações contra as operadoras de planos de saúde, o Decon realizará, ao longo do ano de 2012, cursos de capa-citação e seminários para promotores de Justiça, para aprimorar a defesa dos consumidores nessa área.

Conforme o promotor de Justiça do Decon, Ricardo Memória, “os pla-

nos estão massificando a captação de clientes sem dar uma resposta satisfa-tória a sua clientela”.

Já os índices de insatisfação com habitação são reflexos, conforme Me-mória, de práticas abusivas das cons-trutoras e empresas de corretagem.

“Existem reclamações preocupan-tes em relação aos imóveis comprados pelo Programa Minha Casa Minha Vida. Quanto ao valor de corretagem, reclamações de cobranças de entradas, prazos fora da data de entrega, e em muitos casos a compra de imóveis que nem sequer foram construídos”, expli-ca.

Segundo Ann Celly, a pesquisa também observou o aumento da insa-tisfação do cearense com novos itens de consumo como, por exemplo, os produtos de informática, tablets e apa-relhos celulares chineses. Sites de com-pras coletivas também passaram a ser alvos de reclamações.

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Aparelhos celulares estão no topo das reclamações

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Em algumas redes, funcionários disseram desconhecer a promoção combinada com associação de supermercados

DE SÃO PAULOConsumidores que estiveram ontem, Dia do Consumi-

dor, em alguns supermercados de São Paulo conseguiram ganhar uma sacola reutilizável só após explicar aos funcio-nários que tinham direito a esse benefício se comprassem cinco itens.

A associação que representa o setor informa que o caso foi pontual e que em todo o Estado a expectativa era distri-buir ao menos 6 milhões de sacolas reutilizáveis.

A ação de ontem fazia parte de acordo firmado no mês passado entre a Apas (Associação Paulista de Supermerca-dos), o Ministério Público Estadual e o Procon-SP na cam-panha pela substituição das sacolinhas descartáveis.

“Consegui a sacola reutilizável após pedir ao caixa e explicar que eu tinha direito. Também fiquei decepcionada

com a qualidade, quase uma sacola de plástico normal”, dis-se Geni Belotto, que fazia compras ontem no Dia % de São Caetano. A rede não é associada à Apas, mas participou da campanha.

No Extra da Brigadeiro Luis Antonio (Bela Vista), con-sumidores na fila também não eram avisados da promoção.

“Depois de passar minha compra, pedi a sacola, porque percebi que a caixa já estava me dando a sacolinha normal”, disse a copeira Josefa Teixeira Costa.

“O importante é que nenhum consumidor deixou de ser atendido”, disse João Galassi, presidente da Apas.

Para estimular os consumidores, o Extra distribuiu cupons que dão direito a duas sacolas reutilizáveis grátis (de R$ 0,59). No Pão de Açúcar, o cupom dá direito a uma (de R$ 1,99). O Carrefour forneceu sacolas de ráfia de 35 litros importadas da China.

(CLAUDIA ROLLI)

conamp - Folha de s. paUlo - sp - 16.3.12

Consumidor vê dificuldade para ganhar sacola reutilizável

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continUação