17 de fevereiro de 2016 – quarta-feira – ano 25 – nº 4… · servidores do estado de mi-nas...

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17 DE FEVEREIRO DE 2016 – QUARTA-FEIRA – ANO 25 – Nº 4.801 Profissionais afetados pela Lei 100 podem ter acesso temporário ao Ipsemg Servidores desligados do ser- viço público estadual em 31 de dezembro de 2015, em ra- zão da declaração de incons- tucionalidade da Lei Com- plementar 100, de 2007, po- derão ter acesso temporário à prestação dos serviços de assistência médica, hospita- lar, odontológica e social pelo Instuto de Previdência dos Servidores do Estado de Mi- nas Gerais (Ipsemg). É o que dispõe o Projeto de Lei (PL) 3.230/16, do governador, re- cebido em Plenário durante a Reunião Ordinária de ontem. A proposição pretende amenizar o impacto da deci- são do Supremo Tribunal Fe- deral (STF) na Ação Direta de Inconstucionalidade 4.876, que angiu os servidores enquadrados na Lei 100. O acesso aos referidos serviços de saúde será garando até o dia 31 de dezembro de 2018. De acordo com o projeto, a assistência, extensível aos dependentes, será prestada exclusivamente aos benefi- ciários que formalizarem essa opção no prazo máximo de 30 dias, a contar da data da publicação da lei. Para isso, o interessado deverá arcar com o custeio relavo à assistência. A alíquota de contribui- ção será de 4,8% para o se- gurado e cada um dos seus dependentes inscritos, com exceção dos filhos menores de 21 anos. O limite máxi - mo de contribuição será de R$ 375, enquanto o valor mínimo será de R$ 45. Entre outros pontos, a proposição define, ainda, que a contribuição prevista incidirá sobre o valor da úl- ma remuneração recebida pelo beneficiário antes do seu desligamento. Para os dependentes com mais de 21 e menos 35 anos, a contribui- ção para o custeio será igual ao valor mínimo de R$ 45,00. Licença – O projeto também aborda a situação dos que es- tavam afastados de suas a- vidades em função de licença médica, à época em que o STF declarou a inconstucio- nalidade da Lei 100. Aqueles enquadrados nessa situação terão restabelecida a licença para tratamento de saúde, pelo prazo máximo de 24 meses, a contar da data da concessão inicial. Nesse ca- so, o licenciado receberá o valor equivalente à sua úl- ma remuneração. O governador ainda es- tabelece que a licença para tratamento de saúde será converda em aposentadoria por invalidez, antes do prazo de 24 meses estabelecido, se assim opinar a junta médica competente. Composição de bloco – Na mesma reunião, foi comu- nicada a indicação do depu- tado Gustavo Corrêa (DEM) como líder do bloco de oposi- ção Verdade e Coerência. PL prevê reajuste para servidores do TJ Outro projeto recebido pelo Plenário na reunião de on- tem foi o PL 3.231/16, do presidente do Tribunal de Jusça, desembargador Pe- dro Carlos Biencourt Mar- condes, por meio do qual ele propõe um reajuste de 6,28% nos vencimentos dos servidores do Poder Judiciá- rio. A recomposição salarial seria dividida em duas eta- pas: 2% retroavos a 1º de janeiro deste ano, e 4,20% a parr de 1º de maio. O aumento não se aplica- ria ao servidor inavo cujos proventos tenham sido calcu- lados nos termos do argo 40 da Constuição Federal. PM e Bombeiros – Ainda durante a Reunião Ordiná- ria, o Plenário recebeu men- sagem do governador con- tendo proposta de emenda ao PL 3.173/16, que fixa os efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais no período de 2016 a 2019. A emenda promove ajus- tes nos cargos das duas corpo- rações, contemplando, assim, as promoções de cabos e sol- dados, por tempo de serviço. O PL 3.231/16 já pode ser analisado, em 1 o turno, no Plenário, após receber parece- res de três comissões ontem. (leia mais na página 2) Três mensagens foram recebidas pelo Plenário durante a Reunião Ordinária de ontem Guilherme Dardanhan

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Page 1: 17 DE FEVEREIRO DE 2016 – QUARTA-FEIRA – ANO 25 – Nº 4… · Servidores do Estado de Mi-nas Gerais (Ipsemg). É o que dispõe o Projeto de Lei (PL) 3.230/16, do governador,

17 DE FEVEREIRO DE 2016 – QUARTA-FEIRA – ANO 25 – Nº 4.801

Profissionais afetados pela Lei 100 podem ter acesso temporário ao Ipsemg

Servidores desligados do ser-viço público estadual em 31 de dezembro de 2015, em ra-zão da declaração de incons-titucionalidade da Lei Com-plementar 100, de 2007, po-derão ter acesso temporário à prestação dos serviços de assistência médica, hospita-lar, odontológica e social pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Mi-nas Gerais (Ipsemg). É o que dispõe o Projeto de Lei (PL) 3.230/16, do governador, re-cebido em Plenário durante a Reunião Ordinária de ontem.

A proposição pretende amenizar o impacto da deci-são do Supremo Tribunal Fe-deral (STF) na Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.876, que atingiu os servidores enquadrados na Lei 100. O acesso aos referidos serviços de saúde será garantido até o dia 31 de dezembro de 2018.

De acordo com o projeto, a assistência, extensível aos dependentes, será prestada exclusivamente aos benefi-ciários que formalizarem essa opção no prazo máximo de 30 dias, a contar da data da publicação da lei. Para isso, o interessado deverá arcar com o custeio relativo à assistência.

A alíquota de contribui-ção será de 4,8% para o se-

gurado e cada um dos seus dependentes inscritos, com exceção dos filhos menores de 21 anos. O limite máxi-mo de contribuição será de R$ 375, enquanto o valor mínimo será de R$ 45.

Entre outros pontos, a proposição define, ainda, que a contribuição prevista incidirá sobre o valor da úl-tima remuneração recebida pelo beneficiário antes do seu desligamento. Para os dependentes com mais de 21 e menos 35 anos, a contribui-

ção para o custeio será igual ao valor mínimo de R$ 45,00.Licença – O projeto também aborda a situação dos que es-tavam afastados de suas ati-vidades em função de licença médica, à época em que o STF declarou a inconstitucio-nalidade da Lei 100. Aqueles enquadrados nessa situação terão restabelecida a licença para tratamento de saúde, pelo prazo máximo de 24 meses, a contar da data da concessão inicial. Nesse ca-so, o licenciado receberá o

valor equivalente à sua últi-ma remuneração.

O governador ainda es-tabelece que a licença para tratamento de saúde será convertida em aposentadoria por invalidez, antes do prazo de 24 meses estabelecido, se assim opinar a junta médica competente.Composição de bloco – Na mesma reunião, foi comu-nicada a indicação do depu-tado Gustavo Corrêa (DEM) como líder do bloco de oposi-ção Verdade e Coerência.

PL prevê reajuste para servidores do TJOutro projeto recebido pelo Plenário na reunião de on-tem foi o PL 3.231/16, do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Pe-dro Carlos Bittencourt Mar-condes, por meio do qual ele propõe um reajuste de 6,28% nos vencimentos dos servidores do Poder Judiciá-

rio. A recomposição salarial seria dividida em duas eta-pas: 2% retroativos a 1º de janeiro deste ano, e 4,20% a partir de 1º de maio.

O aumento não se aplica-ria ao servidor inativo cujos proventos tenham sido calcu-lados nos termos do artigo 40 da Constituição Federal.

PM e Bombeiros – Ainda durante a Reunião Ordiná-ria, o Plenário recebeu men-sagem do governador con-tendo proposta de emenda ao PL 3.173/16, que fixa os efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais no período de 2016 a 2019.

A emenda promove ajus-tes nos cargos das duas corpo-rações, contemplando, assim, as promoções de cabos e sol-dados, por tempo de serviço.

O PL 3.231/16 já pode ser analisado, em 1o turno, no Plenário, após receber parece-res de três comissões ontem. (leia mais na página 2)

Três mensagens foram recebidas pelo Plenário durante a Reunião Ordinária de ontem

Guilherme Dardanhan

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2 • quarta-feira – Assembleia Informa 17 de fevereiro de 2016COMISSÕES

Projeto que fixa o efetivo da PM e dosBombeiros está pronto para Plenário

Está pronto para ser ana-lisado no Plenário, em 1º turno, o Projeto de Lei (PL) 3.173/16, que fixa os efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado até o ano de 2019. Ontem, o re-lator da matéria na Comis-são de Constituição e Justiça (CCJ), deputado João Alberto (PMDB), opinou pela legali-dade da proposição e apre-sentou as emendas nº 1 e 2. Durante a tarde, prevaleceu o mesmo entendimento do parlamentar nas Comissões de Administração Pública e de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO).

Na mensagem encami-nhada à ALMG, o governador destacou que o número total do efetivo será mantido, com o quantitativo de 51.669 mi-litares na PM e 7.999 nos Bombeiros.

A proposta também pre-vê que o número de milita-res do sexo feminino nos quadros de oficiais, oficiais complementares e praças da PM será de até 10% do efetivo previsto, não ha-vendo limite para os de-mais quadros. O percentual também vale para os qua-dros de oficiais e praças do Corpo de Bombeiros.Emendas – A primeira emen-da faz a adequação do pro-jeto à técnica legislativa. Já a emenda nº 2 contempla modificação apresentada pe-lo governador, por meio de

mensagem encaminhada ao Plenário (leia na matéria de capa), com o objetivo de pro-mover ajustes nos cargos pa-ra contemplar as promoções dos cabos e soldados por tempo de serviço. Licitação sustentável – Ou-tro projeto que já pode ser encaminhado ao Plenário, é o PL 15/15, que insere dispo-sições voltadas para a pro-teção do meio ambiente na aquisição de bens e serviços nas licitações do Estado. A proposição recebeu pare-cer favorável de 2º turno da Comissão de Administração Pública. A relatora, depu-tada Cristina Corrêa (PT), opinou pela aprovação da matéria, de autoria do de-

putado Inácio Franco (PV), na forma do vencido (texto aprovado em 1° turno). Férias-prêmio – A mesma comissão aprovou parecer de 1º turno favorável ao PL 2.790/15, que dispõe sobre o direito ao gozo de férias--prêmio do servidor público que comprove a efetiva par-ticipação no tratamento do cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, cola-teral ou por afinidade, até o segundo grau, diagnosticado com câncer. A proposição, do deputado Cássio Soares (PSD), foi relatada pelo deputado Ca-bo Júlio (PMDB), que opinou pela aprovação da matéria na forma do substitutivo n° 1, apresentado pela CCJ.

Para evitar eventuais questionamentos, o novo texto retira da proposta o ca-ráter imperativo que veio em seu texto original. Estágio – Também recebeu parecer pela sua aprovação na Comissão de Administra-ção Pública o PL 1.765/15, do deputado Anselmo José Do-mingos (PTC). O projeto pre-vê que o valor a ser pago ao estagiário não poderá ser in-ferior a 290 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs), que correspondem a, aproximadamente, R$ 790.

O parecer de 2º turno do relator, deputado Agosti-nho Patrus Filho (PV), é pela aprovação da proposição na forma do vencido.

Transporte no interior será discutidoEntre os requerimentos apro-vados pela Comissão de Trans-porte, Comunicação e Obras Públicas ontem, estão dois pe-didos de audiências públicas do deputado Douglas Melo (PSC) para discutir os proble-mas que o fluxo de veículos na MG-238 está trazendo para o município de Cachoeira da Prata e a falta de pavimenta-ção na MG-231, que liga os

municípios de Cordisburgo e Santana do Pirapama.

A Comissão de Participa-ção Popular também aprovou requerimento para a realiza-ção de audiência pública. O objetivo é apurar, em conjun-to com a Comissão de Direitos Humanos, denúncia de agres-são da Polícia Militar a foliões do Bloco da Bicicletinha, na Capital. Os autores do reque-

rimento são a deputada Marí-lia Campos e o deputado Cris-tiano Silveira, ambos do PT.

Já a Comissão de Minas e Energia aprovou requeri-mento para a realização de audiência pública conjunta com a Comissão de Desen-volvimento Econômico. O de-putado Antônio Carlos Aran-tes, autor da solicitação, quer discutir os custos da energia

elétrica, da comercialização de produtos e da utilização da água no Projeto Jaíba.

A pedido do deputado Rogério Correia (PT), a Comis-são de Esporte, Lazer e Juven-tude aprovou a realização de uma audiência para fazer um balanço da parceria público--privada (PPP) firmada entre o governo e a empresa Minas Arena para gerir o Mineirão.

O entendimento da CCJ sobre a proposição foi seguido nas demais comissões

Clarissa Barçante

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17 de fevereiro de 2016 quarta-feira – Assembleia Informa • 3COMISSÕES

País não conta com uma política capaz de garantir segurança de barragens

O rompimento da Barragem do Fundão, da minerado-ra Samarco, em novembro do ano passado, ressalta a existência de problemas nos processos de licenciamento ambiental e a falta de uma política nacional de seguran-ça de barragens. Essa é a opi-nião do coordenador da for-ça-tarefa Rio Doce, do Minis-tério Público Federal (MPF), o procurador da República José Adércio Leite Sampaio, que participou ontem de au-diência pública da Comissão Extraordinária das Barragens.

“Não há e não havia ele-mentos nos relatórios do De-partamento Nacional de Pro-dução Mineral (DNPM) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) que apon-tassem Fundão como uma barragem insegura”, afirmou o procurador. Além disso, segundo Sampaio, apesar de a barragem apresentar um histórico de problemas rei-terados, o empreendimento não foi alvo de nenhuma das 57 ações ajuizadas pelo MPF em 2012 contra empresas responsáveis por barragens consideradas inseguras. Es-ses fatos, na sua avaliação, reforçam a ineficiência dos parâmetros usados para ava-liar a segurança de estruturas desse porte.

No entanto, apesar da avaliação de que o poder público se omitiu na fiscaliza-ção, Sampaio enfatizou que a responsabilidade primeira do acidente ocorrido em Maria-na é da empresa Samarco.

Nesse mesmo sentido, as deputadas Marília Campos (PT) e Celise Laviola (PMDB) lembraram que as falhas no licenciamento devem ser consideradas, mas destaca-ram a importância de que a responsabilidade da empresa não seja esquecida.

Já o deputado Agostinho Patrus Filho (PV) lembrou que a Lei Federal 12.334, que tra-ta das barragens, determina

que a empresa mineradora é a responsável por eventuais danos e problemas ao meio ambiente e às pessoas.

O promotor de Justiça Felipe Faria de Oliveira, por sua vez, reforçou a preocu-pação do Ministério Público Estadual em relação às falhas que se evidenciam na área de licenciamento ambiental. En-tre elas, ele citou a expedição de documentos e da conces-são da autorização provisória de operação de forma preci-pitada e acelerada pelos ór-gãos responsáveis.

Outro ponto abordado por Oliveira foi a segurança das estruturas remanescentes,

após as movimentações de re-jeitos ocorridas em janeiro. Irregularidades – O deputado Rogério Correia (PT), relator da Comissão das Barragens, questionou os convidados so-bre os procedimentos adota-dos para o licenciamento am-biental da Barragem do Fun-dão. Ele afirmou que a licença prévia para o empreendimen-to teria sido autorizada em fe-vereiro de 2007, de forma uni-lateral, sem que o documento fosse submetido à votação do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), que pos-teriormente teria referendado a licença. Em junho do mesmo ano, segundo o parlamentar,

teria sido concedida a licença de instalação.

De acordo com o promotor Felipe Faria de Oliveira, não é de praxe a concessão de licen-ça de instalação poucos meses após concedida a licença prévia nem a outorga de licenças de forma unilateral.

Ainda segundo o pro-motor, em 2011 foi feito um adendo à licença de opera-ção, com o intuito de adi-cionar obrigações relativas à questão do desmate. No entanto, na revalidação da licença, as obrigações pre-vistas no termo de licencia-mento não teriam sequer sido mencionadas.

Os deputados destacaram que a responsabilidade da Samarco não pode ser esquecida

Pollyanna Maliniak

Tremores não causariam acidenteO chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio His-tórico da Superintendência Regional de Polícia Federal em Minas Gerais, Roger Lima de Moura, confirmou que, no dia do rompimento da barra-gem, foram registrados aba-los sísmicos de baixa inten-sidade na região, o que não minimizaria o fato de Fundão

nunca ter sido considerado um empreendimento total-mente seguro.

“Um abalo sísmico pode funcionar como gatilho para romper uma barragem que já tem problemas, mas não de uma barragem saudável”, dis-se. Para o representante da Polícia Federal, a Samarco as-sumiu o risco de um acidente.

Acúmulo de água – A drena-gem e o acúmulo de água na barragem foi outro problema apontado por Rodrigo Macedo de Bustamante, delegado re-gional de Polícia Civil. Segundo ele, o método de construção da barragem de Fundão difi-culta a implantação do siste-ma interno de drenagem para controle do volume de água.

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4 • quarta-feira – Assembleia Informa 17 de fevereiro de 2016

Ausente, delegada será reconvocada paraprestar esclarecimentos sobre denúncia

A escrivã da 26ª Delegacia de Polícia Civil de Rio Casca (Zo-na da Mata), Karina Conrado de Souza, deu detalhes à Co-missão de Segurança Pública sobre ocorrência envolvendo suspeitos detidos pela Po-

lícia Militar (PM) na região, os quais teriam sido soltos no mesmo dia, por telefone, pela delegada responsável. Também convocada para prestar esclarecimentos à comissão ontem, a delega-

da Cleide de Oliveira Fiorillo mais uma vez não compare-ceu, assim como em outras duas oportunidades.

A ausência foi criticada pelos deputados, que apro-varam nova convocação da

delegada. Segundo o presi-dente da comissão e autor do requerimento para a au-diência, deputado Sargento Rodrigues (PDT), há contra Cleide Fiorillo mais de sete denúncias por improbidade administrativa, inclusive so-bre outras situações em que ela também teria deixado de ratificar flagrantes.O caso – Segundo informa-ções recebidas por Sargen-to Rodrigues, no dia 1º de dezembro do ano passado duas pessoas foram detidas pela Polícia Militar em São Pedro dos Ferros, portando armas de fogo com a nume-ração raspada.

Após serem conduzidas para a delegacia, elas teriam sido liberadas pela delegada Cleide, por telefone, uma vez que ela não estava presente. Depois disso, no dia seguinte, os suspeitos voltaram a ser detidos pela PM, desta vez conduzindo um veículo rou-bado. Em 16 de dezembro, a comissão ouviu os policiais militares que abordaram os suspeitos na ocasião.

Guilherme Bergamini

A delegada foi acusada de liberar, por telefone, uma dupla presa em flagrante

Escrivã apresenta detalhes da ocorrênciaA escrivã Karina de Souza dis-se aos deputados que, no dia da ocorrência em São José dos Ferros, dava expediente na delegacia de Rio Casca. Um dos policiais repassou a ela as informações que constam no boletim de ocorrência. Se-gundo Karina, foram detidos dois homens que estariam num posto de gasolina, em atitude suspeita. A dupla te-ria fugido em uma moto, ao avistar uma viatura da PM. O passageiro teria retirado um objeto durante a fuga, e um dos policiais, achando tratar--se de uma arma, atingiu o suspeito no joelho.

Na sequência, segundo a escrivã, verificou-se que o condutor não era habilitado e foram encontradas com

o passageiro uma bucha de maconha, uma arma com nu-meração raspada e alguma quantia em dinheiro.

Questionada pelos deputa-dos, Karina de Souza informou que, no momento da ocorrên-cia, a delegada não estava em Rio Casca, onde, na época, co-bria férias do delegado titular, uma vez que responde pela delegacia de Jequeri, onde se encontraria no momento. Se-gundo a escrivã, por telefone, a delegada confirmou com ela os dados da ocorrência.

Karina de Souza relatou à delegada, então, que, pelo registro da ocorrência, o pas-sageiro teria admitido a pos-se da maconha e do dinheiro, mas não da arma encontrada. “Passei os dados, e ela me dis-

se que iria fazer o flagrante de ambos, deslocando-se para Rio Casca”, contou.

Indagada sobre se a de-legada assim o teria feito, a escrivã não respondeu. Disse ter sido orientada a não dar a informação, tendo em vista que a Corregedoria da Polícia Civil está investigando o ocor-rido. Ela informou, contudo, que o flagrante não teria sido ratificado, mediante uma jus-tificativa que desconhece.

Sobre o dia seguinte, quando os suspeitos libera-dos na véspera teriam se en-volvido em nova ocorrência, a escrivã disse que não estava na delegacia no momento. No local, estariam presentes escrivães ad hoc, situação em que servidores de outros se-

tores assumem a função em caráter de colaboração. Reestruturação – O deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT) lembrou que, se não fosse a ajuda de muitas prefeituras, a falta de estrutura das po-lícias seria ainda pior, ao cri-ticar a figura do escrivão ad hoc. O deputado Cabo Júlio (PMDB) endossou o colega e defendeu a reestruturação da polícia. No entanto, ele frisou que, independentemente do crime cometido no dia se-guinte pelos suspeitos em São José dos Ferros, a soltura não se justificaria.

Na reunião, foi aprova-do requerimento de moção de aplauso pelos serviços prestados pela escrivã Kari-na de Souza.

COMISSÕES

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17 de fevereiro de 2016 quarta-feira – Assembleia Informa • 5

Reunião Extraordinária (9 horas)PL 3.173/16

Do governador. Fixa os efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bom-beiros do Estado no período de 2016 a 2019. Discussão em 1º turno

Reunião Ordinária (14 horas)Indicação Ipem

Do governador. Indica Fernando Antônio França Sette Pinheiro Teixeira

para o cargo de diretor-geral do Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado (Ipem). Votação em turno único

Indicação IGTecDo governador. Indica Daniel Lisbeni Marra Fonseca para o cargo de diretor-geral do Instituto de Geoinformação e Tecnologia (IGTec). Vo-tação em turno único

Indicação IpsemgDo governador. Indica Hugo Vocurca Teixeira para o cargo de presiden-

ORDEM DO DIA

ORADORES

Salários IO atraso no pagamento e o parcelamento dos salários dos servidores públicos do Estado foi o tema abordado pelo deputado Sargento Ro-drigues (PDT). O parlamentar apresentou um áudio do ano passado no qual o deputado Rogério Correia (PT), da base

do governo, negava a possi-bilidade de atrasos de paga-mento. Rodrigues salientou que o salário dos servidores referente ao mês de janeiro ainda não tinha sido deposita-do até a tarde de ontem. “No governo passado, pagamento no quinto dia útil era obriga-ção”, disse. Ele também criti-

cou a criação de novas secre-tarias de Estado no ano pas-sado e afirmou que o governo de Minas não pagará o piso este mês para os professores, conforme prometido. Sargen-to Rodrigues anunciou, ainda, que no dia 20 de março será feita uma manifestação dos servidores da Polícia Militar.

Salários IIO deputado Gustavo Valada-res (PSDB) deu continuida-de ao tema abordado pelo orador que o antecedeu. Segundo ele, ao prever, no ano passado, que o gover-no iria atrasar o pagamento dos servidores, a oposição apenas reproduzia fala do secretário de Fazenda, que

admitiu o risco de o Estado não conseguir efetuar o pa-gamento até o quinto dia útil. “Na época, já prevendo a falta de compromisso, dis-semos aos servidores que re-programassem o pagamento de suas contas”, afirmou. De acordo com Valadares, o governo estadual “não está nem aí para os servidores

públicos”. Em apartes, o de-putado Bonifácio Mourão (PSDB) concordou com o colega, e o deputado Rogé-rio Correia retrucou, dizen-do que a crise não atinge somente Minas Gerais, mas também estados governados pelo PSDB. Ele acrescentou que o PT, aqui, recebeu uma administração falida.

Defesa IA defesa do governador coube ao líder do governo, deputado Durval Ângelo (PT), que elogiou o debate de ideias “fundamen-tado com consequência e argu-mentos”. Durval afirmou que, para encontrar respostas para a situação que vive hoje o Es-tado, é preciso recorrer às ori-

gens da crise, que atribuiu aos governos passados. Ele criticou o que considerou dois mitos do governo do PSDB: o chamado choque de gestão e o déficit ze-ro, que, segundo ele, nunca exis-tiram. Exibindo livro que lançou no ano passado sobre o governo do PSDB em Minas, Durval con-denou o que classificou como

12 anos de irresponsabilidade e má gestão. Em aparte, Rogério Correia disse que os servidores nunca foram tão mal tratados como no governo anterior e citou o projeto enviado ontem pelo governador Pimentel para amenizar os problemas enfren-tados pelos atingidos pela in-constitucionalidade da Lei 100.

CríticasO deputado Gustavo Corrêa (DEM) também criticou o go-verno do Estado. Segundo o parlamentar, os mineiros não aguentam mais pagar impostos. Para Corrêa, os deputados da ba-se do governo “estão defenden-do o indefensável, pois prome-teram fazer o melhor governo

e pagar o piso nacional aos pro-fessores, e isso não aconteceu até hoje”. Outro tema abordado por Corrêa foi o pagamento dos salários dos servidores, sempre realizado em dia na adminis-tração passada, de acordo com o deputado. Na sua opinião, o atual governo mentiu para ven-cer as eleições. Em aparte, Ar-

len Santiago (PTB) também fez críticas aos governos estadual e federal, sobretudo na área da saúde. Em outro aparte, Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) foi mais um a condenar governo do PT. Ele ainda informou que proto-colou na ALMG um pedido de instalação de uma frente par-lamentar contra a CPMF.

Defesa IIA deputada Marília Campos (PT) criticou a forma como os debates políticos vêm sendo conduzidos nos dias de hoje. Segundo a deputada, as dis-cussões atuais não trazem con-tribuições para a melhoria das condições do Estado e do po-vo. Ela defendeu o governo de

Fernando Pimentel, afirmando que muitos problemas vividos hoje foram criados nas admi-nistrações anteriores. Como exemplo, ela citou a Lei Com-plementar 100, recentemente considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aprovada durante o gover-no de Aécio Neves. Ela também

criticou o governo anterior por não aplicar recursos suficientes na saúde. Em aparte, o deputa-do Professor Neivaldo (PT) disse que, na condição de professor efetivado da rede pública, so-freu na pele o chamado choque de gestão, traduzido, na prática, segundo ele, como congela-mento de salários.

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6 • quarta-feira – Assembleia Informa 17 de fevereiro de 2016

TV ASSEMBLEIA

ACONTECE HOJE

ORDEM DO DIA (cont.)

MESA DA ASSEMBLEIA

Deputado Adalclever LopesPresidente Deputado Hely Tarqüínio1º-vice-presidenteDeputado Lafayette de Andrada2º-vice-presidente

Deputado Braulio Braz3º-vice-presidenteDeputado Ulysses Gomes1º-secretárioDeputado Alencar da Silveira Jr.2º-secretárioDeputado Doutor Wilson Batista3º-secretário

SECRETARIACristiano Felix dos SantosDiretor-geralCarlos NavarroSecretário-geral da Mesa

ASSEMBLEIA INFORMAEditado pela Diretoria de

Comunicação Institucional da ALMGDiretor: Rodrigo LucenaGerente-geral de Imprensa e Divulgação: Fabíola FarageEdição: Bernardo Esteves (editor-geral)

Revisão: Leonardo MordenteDiagramação: Mylène Marques End.: R. Martim de Carvalho, 94 – 8º andar – BH – CEP: 30190-090 Tel.: (31) 2108-7715 Impresso pela Gerência-Geral de Suporte Logístico (ramal 7763)www.almg.gov.br

9 horas• Comissão de Direitos Humanos (Auditório) – discutir e votar proposições

que dispensam Plenário• Reunião Extraordinária (Plenário)

10 horas• Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (Plenarinho IV) – dis-

cutir e votar pareceres sobre quatro proposições, entre as quais o PL 3.173/16 (1º turno), do governador, que fixa os efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado no período de 2016 a 2019

10h30• Comissão de Meio Ambiente (Plenarinho I) – discutir e votar proposições

que dispensam Plenário• Comissão de Constituição e Justiça (Plenarinho II) – discutir e votar pareceres

sobre 35 proposições, entre as quais o PL 2.772/15 (1º turno), que tem como primeiro signatário o deputado Gustavo Corrêa, que revoga a Lei 21.720, de 2015, a qual autoriza o uso de depósitos judiciais para pagar despesas do Estado

14 horas• Reunião Ordinária (Plenário)• Visitas Orientadas (ALMG) – adolescentes trabalhadores do Núcleo

Vida da ALMG• Reunião preparatória do fórum técnico Plano Estadual de Cultura (Sala

de Reuniões 1 do GPI)14h15

• Comissão de Assuntos Municipais (Plenarinho III) – discutir e votar propo-sições que dispensam Plenário

• Comissão de Meio Ambiente (Plenarinho IV) – discutir e votar proposi-ções que dispensam Plenário

• Comissão Extraordinária das Barragens (Auditório) – discutir e votar pro-posições que dispensam Plenário

14h30• Comissão de Administração Pública (Plenarinho III) – discutir e votar pa-

recer sobre o PL 3.173/16 (2º turno), do governador, que fixa os efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado no período de 2016 a 2019

• Comissão de Trabalho (Plenarinho I) – discutir e votar proposições que dispensam Plenário

• Comissão de Redação (Plenarinho II) – discutir e votar pareceres de re-dação final

15 horas• Comissão de Agropecuária e Agroindústria (Auditório) – discutir e votar

parecer sobre o PL 921/15 (2º turno), do deputado Braulio Braz, que institui o Polo de Piscicultura Ornamental

• Comissão de Saúde (Plenarinho IV) – discutir e votar pareceres sobre 16 proposições, entre as quais o PL 1.584/15 (2º turno), do deputado Carlos Pimenta, que torna obrigatória a presença de profissional treinado em primeiros socorros nos eventos promovidos pelo Estado

16 horas• Comissão de Cultura (Plenarinho III) – discutir e votar proposições que

dispensam Plenário16h30

• Comissão Extraordinária do Idoso (Plenarinho II) – discutir e votar propo-sições da comissão

18 horas• Reunião Extraordinária (Plenário)• Comissão de Administração Pública (Plenarinho IV) – discutir e votar pa-

recer sobre o PL 3.173/16 (2º turno), do governador, que fixa os efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado no período de 2016 a 2019

0h Plenário (continuação) 1h Panorama – Volta às aulas 1h30 Assembleia Notícia 2h Comissão de Cultura 05/11 – Restauração de igrejas em Sabará 3h55 Palestra – A função judicial no Direito Internacional

Contemporâneo, com Antônio Augusto Trindade 6h TV Escola: Mobilidade Urbana – Teleaula 3 (Transporte

Público) 6h30 Horário da Câmara Municipal de Belo Horizonte/Interior:

Zás/ Parlamento Brasil 7h30 Brasil Eleitor 8h Mundo Político 8h30 Panorama (inédito) – Dengue, febre chikungunya e zika vírus 9h Assembleia Notícia – Reunião Extraordinária de Plenário (ao vivo) 12h Memória e Poder – Artista plástica Lêda Gontijo 13h Mundo Político 13h30 TV Escola: Mobilidade Urbana – Teleaula 3 (Transporte

Público)

13h45 Assembleia Notícia (ao vivo) 14h Plenário (ao vivo) – Reunião Ordinária, com os

pronunciamentos, discussão e votação de proposições 18h Horário da Câmara Municipal de Belo Horizonte/Interior:

Plenário (ao vivo) – Reunião Extraordinária 19h Assembleia Notícia (ao vivo) 19h30 Panorama – Dengue, febre chikungunya e zika vírus 20h Comissões Extraordinárias das Águas e das Barragens

10/12 – Entrega do relatório da audiência realizada pela Câmara de Brumadinho sobre barragens na bacia hidrográfica do Rio Paraopeba

21h Assembleia Debate – O futuro do futebol brasileiro 22h Assembleia Notícia 22h30 Mundo Político (inédito) – Entrevistas, comentários e notas

sobre a movimentação política no País 23h Plenário (reprise)

* programação sujeita a alterações

te do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). Discussão em turno único

Indicação DetelDo governador. Indica José Francisco Vieira de Seniuk para o cargo de diretor-geral do Departamento Estadual de Telecomunicações. Discus-são em turno único

Indicação FeamDo governador. Indica Diogo Soares de Melo Franco para o cargo de presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam). Discussão em turno único

Indicação Loteria MineiraDo governador. Indica Henrique Pereira Dourado para o cargo de dire-

tor-geral da Loteria do Estado. Discussão em turno único

PL 616/15Da deputada Rosângela Reis. Dispõe sobre a Política Estadual de Di-versificação Produtiva dos Municípios Mineradores. Discussão em 1º turno

PL 3.173/16Do governador. Fixa os efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bom-beiros do Estado no período de 2016 a 2019. Discussão em 1º turno

Reunião Extraordinária (18 horas)PL 3.173/16

Do governador. Fixa os efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bom-beiros do Estado no período de 2016 a 2019. Discussão em 1º turno