170 a brasil colonial os primeiros 30 anos
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Brasil colonial: os primeiros trinta anos
Prof. Cristiano Pissolato
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Expedições exploratórias portuguesas
• Em 1501 é enviado para o Brasil a primeira expedição sob comando de navegadores experientes: Gaspar de Lemos* e o florentino Américo Vespúcio.
• Objetivos: reconhecimento do litoral, averiguar potencialidades econômicas.
• Retornaram a Portugal em 1502.
Américo Vespúcio (1454-1512) nasceu na cidade de Florença (República Florentina) era mercador, navegador e astrônomo trabalhando para a Espanha e para Portugal de 1501 a 1504, participando novamente de viagens espanholas a partir de 1505.
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• Objetivos: reconhecimento do litoral, averiguar potencialidades econômicas.
• Retornaram a Portugal em 1502.
Nau de Gaspar de Lemos.
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Parte do mapa-múndi português de 1502.
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Impressões iniciais do Brasil
• As primeiras expedições exploratórias chegaram a conclusão que o Brasil não oferecia lucros fáceis e imediatos.
• O foco da Coroa portuguesa continuou sendo o comércio de especiarias.
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Pau-brasil: primeira atividade econômica
• A árvore abundante no litoral brasileiro, o pau-brasil (Caesalpinia echinata) desde o atual Pernambuco até o sul do estado do Rio de Janeiro.
Os indígenas chamavam a árvore de ibirapitanga, significando “madeira” (ibira) e “vermelha” (pitã).
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• Antes do “descobrimento” do Brasil os europeus adquiriam a madeira vinda do Oriente.
O nome pau-brasil refere-se a cor de brasa do interior de seu tronco.
Flor do pau-brasil no Jardim Botânico de São Paulo.
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• Utilidade da madeira: principalmente a extração de um corante utilizado para tingir tecidos, construção de móveis.
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• Outra expedição foi enviada em 1503 sob comando de Gonçalo Coelho*, tendo também participado dessa viagem Américo Vespúcio.
• Os comerciantes que financiaram a viagem conseguem um arrendamento para a exploração da árvore pau-brasil, entre eles destaca-se Fernão de Noronha.
Fernão de Noronha judeu português, converteu-se ao catolicismo (cristão-novo) tinha ligações com casas bancarias na Europa. Além de explorar a árvore pau-brasil recebeu em 1504 do rei D. Manuel I a primeira capitania do mar, a ilha de São João da Quaresma (atual Ilha de Fernando de Noronha).
Cristão-novo: nome dado a judeus e muçulmanos que converteram-se ao catolicismo na Península Ibérica.
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Terra Brasilis, mapa dos Atlas Miller elaborado entre 1515-1519 por Lopo Homem e outros. Destacando a exploração de pau-brasil.
• Foram construídas diversas feitorias na costa brasileira, para armazenar a madeira até o carregamento e defender a costa.
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Extração da madeira
• Dependia do trabalho dos índios, eles que derrubavam e carregavam até a costa e depois nos navios a mercadoria.
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• As árvores chegavam a ter um metro de diâmetro e dez a quinze metros de altura, depois para o transporte cortavam em toras de vinte a trinta quilos.
Gravura do francês André Thévet do século XVI mostrando os indios cortando e levando até a costa a madeira.
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• Os índios recebiam em troca: tecidos, anzóis, machados, pás, foices, espelhos, pentes, facas e navalhas. A troca de um produto por outro é chamado de escambo.
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• Navios de outras nações, principalmente franceses também realizavam o corte e carregamento da árvore cobiçada na Europa.
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• Portugal reagiu mandado para o Brasil expedições policiadoras, mas logo concluiu-se que era impossível policiar um litoral tão extenso com recursos escassos.
Em 1516 o rei português D. Manuel I manda uma expedição policiadora comandada por Cristóvão Jacques.
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Devastação ambiental
• A devastação começou desde cedo com a exploração do pau-brasil e da Mata Atlântica seguiu-se para a implantação das lavouras canavieiras.
Madeira de origem ilegal em 2008. Fonte: Agência Brasil
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Estimativas apontam que 12% do território nacional era coberto pela Mata Atlântica, da floresta existente em 1500 apenas 8% sobrevive. Mapa fonte: SOS Mata Atlântica.
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• A árvore do pau-brasil em poucas décadas tornou-se escasso, no século XVI estimativas levam a um numero de dois milhões de árvores de pau-brasil tenham sido cortadas e transportadas para a Europa.
A capital portuguesa na primeira década do século XVI por Duarte Galvão.