DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL COM PARTILHA DE BENS

(quando o casal ao solver a sociedade de fato, partilha os bens adquiridos)

Termo de Escritura Pública de Dissolução de União Estável com Partilha Bens, como segue:

SAIBAM quantos esta virem, que aos... () dias do mês de... do ano de dois mil e... (), neste Serviço Notarial, nesta cidade e Comarca de..., Estado..., perante mim,..., Tabelião, compareceram partes entre si justas e contratadas, como outorgantes reciprocamente outorgados, de um lado como primeiro contratante: Senhor A..., (qualificação); e de outro lado como segunda contratante: Sra. C..., (qualificação); os presentes reconhecidos como os próprios por mim,..., Tabelião Designado, através dos documentos de identificação que me foram apresentados, do que dou fé. Então, pelos outorgantes reciprocamente outorgados me foi, uniforme e sucessivamente, dito: 1. que mantiveram vida em comum, como se casados fossem, durante mais de... () anos; 2. que durante essa convivência, os contratantes não tiveram filhos; 3. que nesse período, o primeiro contratante adquiriu em seu nome, xx imóveis, sendo: (relacionar e descrever todos os imóveis adquiridos) a) o imóvel constituído pelo terreno designado por lote..., da quadra..., sito à Rua..., Bairro das Acácias, nesta cidade, de forma regular, medindo..... e confrontando..., Havido por... (citar a forma de aquisição, título de propriedade e o RGI); b) e assim por diante, até quantos forem os imóveis adquiridos; 4. que os imóveis acima descritos se encontram completamente livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou responsabilidades de qualquer natureza, inclusive foro ou pensão; 5. que esses imóveis foram adquiridos pelo contratante varão com a participação, pelo trabalho, na atividade comercial que o primeiro contratante explorava de uma Construtora e Imobiliária, sita à Avenida Jacinto Sá, 202, nesta cidade e já vendida pelo primeiro contratante, pelo preço certo e ajustado de R$... (), quantia essa, depositada em caderneta de poupança sob o n..., do Banco n..., Agência n..., de titularidade do primeiro contratante; 6. que eles contratantes resolveram de comum acordo e na melhor harmonia, desfazer a sociedade de fato e conjugal que mantiveram até a presente data, o que ora fazem por esta escritura e na melhor forma de direito, e com a partilha dos bens antes descritos e caracterizados; 7. que essa divisão se dará da seguinte forma: o primeiro contratante ficará em plena propriedade com os imóveis: (relacionar os imóveis que caberão ao contratante varão com o valor correspondente a cada um) e mais com a importância de R$... (), correspondente a 50% da caderneta de poupança supra-aludida, e a segunda contratante ficará com os seguintes imóveis: (relacionar os imóveis que caberão a contratante com o valor correspondente a cada um) e mais com a importância de R$... (), correspondente a 50% da dita caderneta de poupança, que lhe é paga neste ato, em cédulas da moeda corrente do País, contada e achada exata, perante mim,..., Tabelião, perfazendo o total de sua parte o valor de R$... (), sendo R$... (), pela meação do produto da caderneta de poupança e R$... () pelos imóveis que ora lhe são entregues, na proporção de R$... () para cada imóvel, tudo em pagamento de sua meação na sociedade conjugal que mantinha com o primeiro contratante, e de cujo recebimento lhe dá plena, rasa,

geral e irrevogável quitação, para não mais reclamar sob qualquer título ou fundamento com relação à União Estável que mantiveram até a presente data, e se obriga por si, herdeiros e sucessores, a fazer esta quitação, sempre boa, firme e valiosa a todo tempo; 8. que em face dessa dissolução da sociedade de fato que o primeiro contratante manteve com a segunda contratante, por esta escritura e na melhor forma de direito, lhe cede e transfere, pelos valores citados, todo o domínio, direito, ação e posse que tinha sobre cada aludido imóvel que lhe foi acima atribuído, havendo-a desde já por empossada nos mesmos, por bem desta escritura e da clausula constituti, obrigando-se por si, herdeiros e sucessores, a fazer esta Escritura de Dissolução de União Estável sempre boa, firme e valiosa a todo tempo, respondendo pela evicção de direito. Declaram ainda as partes que, em face dessa dissolução de união estável, eles contratantes se dão plena, mútua e recíproca quitação, afirmando não mais reclamarem ou repetirem com fundamento nessa aludida união, que fica a partir desta data sem mais nenhum valor em Juízo ou fora dele, permanecendo em silêncio. Pelos outorgantes reciprocamente outorgados foi dito que aceitam esta escritura nos expressos termos em que se apresenta. Certifico: 1. que a presente paga de custas; 2. que ficam arquivadas as xérox; 3. que foram apresentadas as certidões; 4. os impostos de transmissão de propriedade foram recolhidos pelas guias...; 5. emitida (ou não) a Declaração sobre Operações Imobiliárias – DOI, conforme IN-SRF n... . Assim o disseram, me pediram e lhes lavrei esta escritura, que feita, lida e aceita, assinam perante mim,..., Tabelião, do que dou fé. Dispensada a presença de testemunhas conforme Normas da Corregedoria Geral de Justiça deste Estado. Devidamente protocolada sob n..., do livro n..., de Protocolo de Escrituras destas Notas. Eu,.........................,Tabelião, a digitei e conferi, subscrevo, dou fé, assino em público e razo. Emolumentos. Encerramento/ Assinaturas.

Doutrina:

Para a lavratura deste instrumento, fundamentado no Código Civil, arts. 1571 a 1590 e 1723 a 1727, se faz necessária apresentação das certidões: negativas (todas), quitações fiscais, ônus reais e enfitêutica; recolhimento do imposto de transmissão (ITBI) dos imóveis transferidos a segunda contratante. Considerando que assim dissolveu-se a união estável existida entre os contratantes dividindo-se os bens adquiridos na constância desta convivência, de modo a não mais haver qualquer pleito por parte da contratante a qualquer tempo e juízo.