19 - histÓria dos hebreus - edc
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INTERNATIONAL BIBLICAL SEMINARY,
INC.
Diretor: Dr. Pedro Quezada
HISTÓRIA DOS HEBREUS
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“Lembra-te dos dias da antiguidade,
atenta para os anos de gerações e gerações;
pergunta a teu pai, e ele te informará, aos teus anciãos, e eles to dirão”, Dt 32.7.
CLAUDIMAR EVANGELISTA SOARES
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HISTÓRIA DOS HEBREUS
“Lembra-te dos dias da antiguidade, atenta para os anos de gerações e gerações”, Dt 32.7.
CLAUDIMAR EVANGELISTA SOARES Lagoa da Prata - MG, Março de 2002
1. Unidade 1 – Primórdios da História ....................................................................................................... 04
Eva Unidade 1 .................................................................................................................................... 08
2. Unidade 2 – A Chamada de Moisés e o Êxodo .......................................................................................08
Eva Unidade 2 .................................................................................................................................... 11
3. Unidade 3 – A Conquista da Terra e os Juízes ...................................................................................... 12
Eva Unidade 3 .................................................................................................................................. 15
4. Unidade 4 – A Monarquia em Isarel .......................................................................................................16
Eva Unidade 4 ................................................................................................................................... 21
5. Unidade 5 – Os Opressores de Isarel (1) ................................................................................................. 22
Eva Unidade 5 ................................................................................................................................... 26
6. Unidade 6 – Os opressores de Israel (2) .................................................................................................. 27
Eva Unidade 6 .................................................................................................................................. 32
7. Unidade 7 – O Estado de Israel ................................................................................................................ 33
Eva Unidade 7 ................................................................................................................................... 36
8. Unidade 8 – Novos Desafios ..................................................................................................................... 37
Eva Unidade 8 .................................................................................................................................. 40
Obras Consultadas .......................................................................................................................................... 02
OBRAS CONSULTADAS
História dos Hebreus - Flávio Josefo
5a Edição - 2001 - Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
Atlas Bíblico -Aharoni, Yohanan et ai.
1a Edição - 1999 - Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
Pequena Enciclopédia Bíblica - O. S. Boyer
25a Edição - Editora Vida
Bíblia de Estudo Pentecostal
1995 - Casa Publicadora das Assembleias de Deus
Bíblia de Referência Thompson
1993-Editora Vida
Bíblia Sagrada
Tradução Mediante Versão Monges Maredsous (Bélgica)
Centro Bíblico Católico - 108a Edição - Editora Ave Maria
(Nos livros de l e II Macabeus )
Realidades de Israel - Caderno Comemorativo aos 50 anos do Estado de Israel.
Almanaque Abril 97 - Editora Abril
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INTRODUÇÃO
Israel é um milagre da história! Israel é um milagre da fé! Israel é um milagre de Deus! Assim
define um dos maiores teólogos nesta matéria.
Outro depoimento sobre este povo vem do mesmo teólogo que chega a afirmar que Israel é um
pouco do coração de Deus.
Estudar a história desse povo é se emocionar, pois é um povo escolhido por Deus e protegido
por ele. Castigado várias vezes, mas sempre restaurado pelo Senhor.
Este povo tem sofrido como nenhum outro ao longo de sua história, conseguiu sobreviver
durante milênios, mantendo seu ritualismo, suas tradições e idiomas, são compelidos pelo próprio
estatuto que os rege, a lembrança de Jerusalém; "Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém,... apegue-se a
minha língua ao meu paladar." S1137:5-6.
O mundo cristão jamais poderia dissociar a Palestina da sua própria história, posto que foi o
lugar escolhido por Deus para que seu Filho ministrasse aos homens a mensagem do bem e do perdão.
Esperamos que os fatos e acontecimentos que vamos estudar nesta matéria venham contagia-
lo, impelindo-o a crer mais em Deus e nos seus milagres.
Bandeira de Israel
O Hino de Israel
Kol od balevav penima
Nefesh Iehudi omia
Ulfaatei mizrach kadima
Ain letz
ion tzofia
Od lo avda tikvatenu
Hatikva bat shnot alpaim
Lihiot am chofshi beartzeinu
Eretz Tzion v'Yirushalaim
Enquanto dentro do coração
De cada alma judia palpitar
E na direção do oriente
Os olhos se dirigirem
Ainda não passou nossa esperança
Esperança que tem dois mil anos
De ser um povo livre em nossa terra
A Terra de Tzion e Jerusalém
Mapa de Israel
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UNIDADE 1 - PRIMÓRDIOS DA HISTORIA
Segundo a Bíblia, depois do dilúvio Noé e sua família se estabeleceram-na Arménia, pois a
viagem descrita em Gn 11.2, indica o rumo do ocidente, para a terra de Sinear, ou seja, a terra de
Sumer, das antigas narrativas. Estabelecidos aqui, fundaram diversas cidades mencionadas em
Génesis, muitas das quais estão agora identificadas como Acade, Babel, Ereque, Ur e outras (Gn
10:10), espalhando-se depois por terras mais distantes. Os povos mais notáveis desta dispersão foram
os acádios, os sumérios, os mitanios e os hiteus. Em torno destas três ou quatro raças gira toda a vida
social e política dos primeiros séculos após o dilúvio.
Sem qualquer dúvida, o culto dos caldeus era monoteísta. O que causa surpresa é como esse
culto puro foi convertido na mais torpe idolatria, que vem daqueles tempos. Começaram a adorar as
forças da natureza (Chuva, trovão, sol, lua, etc.). Os templos e as divindades planetárias começaram a
surgir por toda à parte. ANU era o deus dos céus, BEL, era o senhor do mundo invisível e HEA, a deusa
dos infernos. Estas divindades principais tinham sido geradas por uma divindade superior dos Hebreus,
que sempre apareceu com o nome de IL ou EL, o nome do Deus supremo. Desses três primeiros
deuses vieram muitos outros, multiplicando-se à medida que o povo se afastava de Deus.
Após a chegada dos amorreus à Babibônia aumentou ainda mais a mistura de costumes,
aumentando então a quantidade de deuses, o que levou Deus a criar uma nova raça, os hebreus.
A FAMÍLIA DE ABRAÃO
A família de Abraão proviera dos amorreus(Ez 16:3, 45), um povo mais ou menos monoteísta.
Com esta família, seria iniciado o terceiro capítulo da história humana. Ur dos caldeus, ou Orfah,
também chamada Edessa, foi à terra de Abraão. Não se sabe nada sobre a infância de Abraão, senão
que nasceu no meio de um povo idólatra, visto que na sua cidade havia um grande templo construído a
uma deusa notável. Alguns têm admitido que Terá, pai de Abraão, seria também idólatra, mas parece
que apenas adorava a deuses domésticos (Gn 31:19). Contudo, é certo que no meio do politeísmo
reinante, havia profundas marcas de monoteísmo. Da sua cultura também pouco se sabe, senão que
seria um rude pastor. A cultura de Ur tinha atingido proporções consideráveis no tempo de Abraão. Ele
nasceu em 2.160 a.C., mais ou menos, depois que a civilização camita e semita dera ao mundo
algumas das suas mais renomadas concepções.
Ao contrário do que muitos estudiosos do Antigo Testamento pensam, Abraão não era um
beduíno com um cajado na mão e um saco nos ombros, vagando de um lado para outro, sua cultura era
muito avançada, principalmente no idioma, Abraão era um diplomata, viajante, capitalista, pois era
homem de grandes recursos, mantendo relações com reis e imperadores, indo à guerra contra quatro
grandes monarcas, os venceu com 318 soldados (Gn 12), é o herói que os estudantes do V.T. devem
aprender a conhecer.
A CHAMADA DE ABRAÃO
"Ora, disse o Senhor a Abrão: sai da tua terra, da tua parentela, da casa de teu pai, e vai à terra que te
mostrarei...” (Gn 12:1).
A historia judaica começou há mais ou menos 4.000 anos com o patriarca Abraão, seu filho
Isaac e seu neto Jacó. Documentos encontrados na mesopotâmia, que datam de 2.000 - 1.500 a.C.,
confirmam aspectos de sua vida nómade, tal como a Bíblia descreve. O Livro de Génesis relata como
Abraão foi conclamado a abandonar Ur, na Caidéia, e ir para Canaã, para iniciar a formação do povo
com a fé no Deus Único.
No capítulo 11.31 se conta como Terá saiu de Ur dos Caldeus, levando a família rumo a Ara,
pelo que se pode inferir que narrativa do capítulo 12 é uma repetição do ato anterior. De qualquer forma
o chamado veio a Abraão, como nos informa outra escritura em Atos 7. 1,2.
"Era homem muito sensato, muito prudente e de muito grande espírito e tão eloquente que podia
persuadir tudo o que queria. Como nenhum outro o igualava em capacidade e em virtude, ele deu aos
homens conhecimento da grandeza de Deus muito mais perfeito do que tinham antes. Foi ele primeiro
que ousou dizer que existe um só Deus; que o Universo é obra de suas mãos e que é unicamente à sua
bondade e não às nossas próprias forças que devemos atribuir toda a nossa fidelidade. O que o levava
a falar desta maneira, era, depois de ter atentamente considerado o que passa sobre a terra e sobre o
mar, o curso do sol, da lua e das estrelas, que ele tinha facilmente deduzido que há um poder superior
que regula seus movimentos, e sem o qual todas as coisas cairiam na confusão e na desordem; porque
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elas por si mesmas não tem poder algum para nos proporcionares benefícios que delas haurimos, mas
elas o recebem dessa potência superior, à qual estão absolutamente sujeitas, o que nos obriga a
honrar somente a Ele e a reconhecer o que lhe devemos por contínuas ações de graças. Os Caldeus e
os outros povos da Mesopotâmia, não podendo tolerar estas palavras de Abraão, levantaram-se contra
ele. Assim por ordem de Deus e por seu auxilio, ele saiu do pais para ir morar na ferra de Canaã."
Como Terá era o chefe da família, é natural que ele seja envolvido na vocação de Abraão.
Arrumada as coisas, teria a família demandada à terra prometida, que ficava do outro lado do deserto
da Arábia. Subindo o Eufrates, vieram a Ara, também designada, noutros passos, por Padã-Arã ou
ainda Garram. É uma região ampla, com boas pastagens para os gados. Ou porque Terá fosse velho, e
não pudesse aguentar a viagem, ou por outros motivos que a Bíblia não conta, pararam ali, até que
Terá morreu. Peia narrativa bíblica, tudo parece ter corrido como se tratasse de uma família de
imigrantes em demanda de outro país, coisa que seria muito natural, especialmente naqueles dias.
Entretanto, as descobertas arqueológicas nos abrem um mundo novo. De modo geral, Ara era uma
terra desconhecida até poucos tempos atrás. Uma terra apenas de beduínos mal situados, e nada mais.
Era simplesmente a terra "entre rios".
A cidade de Naor, irmão de Abraão (Gn 24.24), onde Isaque encontrou a esposa, era uma das
cidades do reino de Mari, um reino pacífico, e de onde, depois, nos veio, igualmente, o profeta o Balaão.
Até que ponto a família de Abraão teria influído nos destinos do reino de Mari, não sabemos, mas
somos levados admitir que teria exercido grande influência, especialmente em matéria religiosa, pois
era teísta, enquanto Mari era um reino politeísta. As coisas eram de tal modo em Ara, que Abraão
parece até ter se descuidado do chamado para ir à terra de Canaã. Tudo indica que a região gozava de
paz e prosperidade e que viver entre o povo de Mari era viver em Paz.
Com a morte de Terá tinham cessado os motivos que detiveram Abraão de continuar a viagem
para o ocidente. Deus então lhe ordena que vá à terra do seu destino. O capítulo 12 de Génesis deixa-
nos meio incertos do ocorrido, mas o final do capítulo 11 é que nos esclarece o assunto. Saíram todos
de Ur e vieram a Ara. No capítulo 12.4 é relembrada a chamada: "Partiu, pois, Abraão, como lhe
ordenara o Senhor, e Ló foi com ele", ficando, portanto, em Ara todo o resto da família.
Ao entrar na Palestina e passar pelas cidades muradas, pelas fortalezas que mais tarde o
conquistador Josué teve de vencer, teria ficado impressionado. O que nós atualmente conhecemos de
Laquís, para mencionar apenas uma fortaleza, basta para nos convencer de que ele teria ficado
impressionado. Não teria sido sem motivo que Deus lhe aparecera no carvalhal de Manre (Gn 12.6-8) e
lhe repetira a promessa, como dizer: "Não te espantes com as cidades muradas, com as fortalezas,
porque tudo isto será posto abaixo no devido tempo." Notamos que Constantemente Deus reafirma,
tanto a ele como a seus descendentes, que a terra prometida lhe seria entregue. Nós sabemos que, mais de
600 anos depois, ainda se julgava impossível conquistar uma terra de tal modo guarnecida de fortes exércitos
e grandes muralhas. Para Deus nada é impossível.
Depois do grande concerto celebrado no capitulo 15 de Génesis, em que ficou estabelecido o
contrato oficial de que Deus cumpriria as promessas anteriormente feitas, veio a mudança do nome
herói, de Abrão para Abraão, como pai de muitas gentes. Igualmente, foi mudado o nome de Sarai
"minha princesa" para Sara, pois ela seria a geratriz da família eleita. Concomitantemente, é
estabelecido o rito da circuncisão , por meio do qual a raça escolhida seria distinta de todas as outras.
Este rito tem prevalecido até por nossos dias e é por ele que se identifica o verdadeiro Hebreu.
Abraão já estava velho e também a sua mulher, e a garantia da promessa não tinha sido dada.
Sem filho, como iria Abraão herdar a terra prometida? Finalmente tendo Abraão 100 anos de idade,
nasce Isaque, o herdeiro. Ismael já era grande a este tempo, e agora estava fora de dúvida que ele não
seria mesmo o herdeiro das promessas, embora lhe coubesse uma grande tarefa, conforme a história
nos ensina. Os ismaelitas, ramo árabe, são numerosíssimos, ocupando uma área muito maior do que a
Palestina mesma. Do Paquistão à Arábia, encontram-se eles de permeio com muitos outros povos.
Na vida do patriarca, poucos incidentes teriam deixado maior impressão do que o quase
sacrifício de Isaque. Abraão deixou, para as gerações, o seu grande amor a Deus e sua inquebrantável
obediência e fé. O Monte Moriá ficava bem no cume da montanha de Judá. Vindo de Berseba, onde
morava, nas terras de Abimeleque, recebe a ordem, e parte sem discutir. No terceiro dia de viagem
levantou os olhos e viu a montanha. Mil anos mais tarde, Salomão edificaria ali mesmo, suntuoso
templo a Jeová, de modo que assim nós podemos entender que o sacrifício prototípico de Isaque
encontrava agora sua plena realização com os sacrifícios de bezerros e cabras, numa permanente
demonstração de fé, até que chegasse o verdadeiro sacrifício, que tira o pecado do mundo.
O casamento de Isaque não podia deixar de constituir um problema doméstico. Casar com uma
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filha da terra seria um perigo para a realização da promessa. Então mandou seu fiel mordomo Eliezer a
Ara, a terra dos seus familiares, em busca de Rebeca. Feito o casamento, Abraão devia sentir-se
realizado. Foi em Ara que tanto Isaque, como mais tarde Jacó, encontraram suas companheiras.
Com 175 anos de vida, farta e produtiva, Abraão terminou a sua carreira, deixando a promessa de
Deus entregue a seu filho Isaque.
A DESCENDÊNCIA DE ABRAÃO
Com a morte de Abraão Deus abençoou a Isaque. Este habitava junto ao poço Laai-Roi (que
significa "aquele que vive e me vê), onde nasceram seus filhos Esaú e Jacó".
Génesis 25 - 26 - Rebeca estava grávida e de maneira tão esquisita, e que Isaque, temendo por ela,
consultou a Deus, para saber qual seria o fim daquela estranha gravidez. Deus respondeu-lhe que ela
teria dois filhos, dos quais dois povos, que teriam seus nomes, teriam também sua origem, mas o mais
novo seria mais poderoso que seu irmão. Viu-se pouco tempo depois o efeito desta predição. O pais de
Canaã era nesse mesmo tempo flagelado por uma carestia extraordinária e no Egito, ao contrário,
reinava a abundância. Isaque resolveu ir até lá, mas Deus ordenou-lhe que parasse em Gerar. (Gn.
26.2). Como havia grande amizade entre o rei Abimeleque e Abraão, este príncipe mostrou-lhe a
principio muito boa vontade. Mas quando ele viu que Deus o favorecia em todas as coisas começou a
sentir inveja e obrigou-o a se retirar.
O CONCERTO DE DEUS COM ISAQUE
(1) Deus procurou estabelecer o concerto abraâmico com cada geração seguinte, a partir de Isaque, filho de
Abraão (17.21). Noutras palavras, não bastava que Isaque tivesse por pai a Abraão; ele, também, precisava
aceitar pela fé as promessas de Deus. Somente então é que Deus diria: "Eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e
multiplicarei a tua semente" (26.24). (2) Durante os vinte primeiros anos do seu casamento, Isaque e Rebeca
não tiveram filhos (25.20,26). Rebeca permaneceu estéril até que Isaque orou ao Senhor, pedindo que sua
esposa concebesse (25.21). Esse fato demonstra que o cumprimento do concerto não se dá por meios
naturais, mas somente pela ação graciosa de Deus, em resposta à oração e busca da sua face. (3) Isaque
também tinha de ser obediente para continuar a receber as bênçãos do concerto. Quando uma fome
assolou a terra de Canaã, por exemplo, Deus proibiu Isaque de descer ao Egito, e o mandou ficar onde
estava. Se obedecesse a Deus, teria a promessa divina: "...confirmarei o juramento que tenho jurado a
Abraão, teu pai"
Bíblia de Estudo Pentecostal
Em Berseba, já bem avançado em idade, Isaque é enganado por seu filho Jacó e lhe dá a
benção patriarcal que pertencia a Esaú. Comparando os dois irmãos: Esaú gostava do campo, da vida
livre, das iguarias; pois sua vida era dominada pelos apetites e paixões sensuais. Com essa índole, era-
lhe impossível avaliar devidamente as bênçãos e as promessas espirituais concedidas a Abraão e a
Isaque. Por outro lado Jacó, apesar da ambição desmedida, era perseverante e tinha compreensão
espiritual comprovada pelas experiências em Betei (Gn. 28. 10-22) e em Peniel (Gn. 32. 22-32).
Por causa dos planos humanos Jacó fugiu para o lar de seu tio Labão, que o tratou com astúcia
igual à sua própria. Entretanto, no serviço para Labão, Jacó tornou-se rico e Leia e Raquel, filhas de
Labão, tornaram-se suas esposas. Na sua volta de Padã-Arã para Canaã, depois da luta misteriosa na
escuridão da noite, à beira do Jaboque, mudou-lhe o nome para Israel (Gn. 32.28),nome este,
expressivo do novo homem, pois ninguém pode passar a noite com Deus sem experimentar uma
transformação espiritual. Depois se reconciliou com seu irmão Esaú. E Jacó veio a seu pai Isaque, a
Manre, a Quiriate-Arba (que é Hebrom), onde peregrinaram Abrão e Isaque. E Isaque expirou e morreu,
e foi recolhido aos seus povos, velho e farto de dias, com 180 anos; e Esaú e Jacó, seus filhos, o
sepultaram.
Por causa dos malefícios de seus filhos, a velhice de Jacó foi pesarosa até que, finalmente, se
refugiou no Egito, com José, seu filho predileto. No Egito, com 147 anos, Jacó expirou e foi congregado
ao seu povo.
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A IDA PARA EGITO
Gênesis 37. - José, que Jacó tivera de Raquel, era o mais querido de todos os seus filhos, quer
por causa das melhores qualidades de espirito e de corpo, que ele tinha sobre os outros, quer por sua
grande sabedoria. Este afeto que seu pai não podia esconder excitou contra ele a inveja e o ódio de
seus irmãos. Estes aumentaram ainda mais por causa de alguns sonhos que lhes contou na presença
de seu pai e que lhe pressagiavam uma felicidade extraordinária e era mesmo capaz de suscitar a
inveja entre pessoas mais próximas. Inveja e ódio estes que fizeram que seus irmãos intentassem sua
morte, mas Ruben o mais velho, não aprovando tamanha crueldade, fez-lhes ver a enormidade do
crime que queriam cometer e convenceu-os pelo que o colocaram em uma cisterna, passando por
aquele local uma caravana de Ismaelitas que desciam ao Egito, vendo Judá não haver proveito em tirar-
lhe a vida propôs a sua venda como escravo.
José vendido para o Egito por seus irmãos, foi preso por causa de falsa acusação da mulher de seu
senhor. Entretanto, a sua habilidade de interpretar sonhos fez com que ele conquistasse favor de Faraó
e o primeiro lugar depois do trono. Génesis 42 a 47 relata como, durante a fome na terra, o pai e irmãos
de José desceram de Canaã para permanecer em Gósen. Jacó viaja então para o Egito, e mais uma vez ouve a
voz de Deus (Gn. 46.2) encorajando-o,
"E falou Deus a Israel em visões, de noite, disse: Jacó! Jacó! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Eu sou
Deus, o Deus de teu pai; não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação. E
descerei contigo ao Egito e certamente te farei tomar a subir; de José porá a sua mão sobre os teus
olhos. Então, levantou-se Jacó de Berseba; e os filhos de Israel levaram Jacó, seu pai, e seus meninos,
e as suas mulheres, e nos carros que Faraó enviara para o levar. E tomaram o seu gado e a sua
fazenda que tinham adquirido na terra de Canaã e vieram ao Egito, Jacó e toda a sua semente com ele.
Os seus filhos, e os filhos de seus filhos com ele, as suas filhas, e as filhas de seus filhos, e toda a sua
semente levou consigo ao Egito". (Gn 46:2-7)
Segundo diz alguns, quando Abraão desceu ao Egito, e mais tarde a sua família, o país era
governado pelos odiados Hicsos, ou "Reis Pastores", que tinham vencido os governadores egípcios.
Pelo espaço de mais de 500 anos (ou 259 anos, segundo Treasury) dominaram aqueles reis o Egito.
Compreende-se, pois, a cordial recepção de Abraão e depois de Jacó na corte dos Faraós, bem como
a cessão da terra de Gósen para os israelitas habitarem, sendo os pastores uma abominação para os
egípcios, por cujo motivo convinha haver alguma separação entre os israelitas, pastores de profissão, e
o povo egípcio, que odiava os pastores.
Em Êxodo 1.8 diz que: "se levantou um rei que não conhecia a José", e esta declaração lacónica
tem sido interpretada como indicativa do período quando os Hicsos foram expulsos.
Ao fato liga-se, sem maiores dificuldades, a extensão do cativeiro, a que não somente os
hebreus foram submetidos, mas todos os outros povos asiáticos que gozavam a vida nas fartas terras
egípcias. Este acontecimento deve relacionar-se também com a sorte de Moisés. Por algum tempc
julgou-se improvável estabelecer o fato do cativeiro hebreu no Egito e também os fatos relacionados
com a Salvação de Moisés. Alegava-se que não era costume dos monarcas egípcios associarem nc
governo qualquer parente, fosse filho ou esposa. Entretanto, a história melhor interpretada revela que
isso era comum, pelo menos em algumas dinastias. Dessa interpretação resultou não somente o
estabelecimento dos fatos relacionados com os hebreus no Egito, como também a data presumível em
que eles se deram. Já não padece dúvida que a cidade de Jericó foi tomada pelos hebreus no ano de
1.400 a.C. Assentada esta data, é fácil reconstituir o restante da história. Se em 1.440 a.C. Justamente
nesta época reinava no Egito Amenotep II, sucessor do grande Tutmés III, o monarca em cujo reinado
Moisés matou o egípcio e teve de fugir, e que morreu meses antes de Moisés ser comissionado por
Deus para voltar ao Egito e tirar dali o Seu povo. O Cativeiro teria começado 120 anos antes, ou seja,
no tempo de Amósis l, quando os hicsos foram expulsos.
A história foi escrita pelo dedo de Deus, para servir a seus altos e beneficentes propósitos. Foi
providencial a tomada do Egito pelos Hicsos, para que os filhos de Israel pudessem estabelecer-se ali;
foi providencial a sua expulsão, para que os hebreus, submetidos ao duro labor forçado, desejassem
sair; foi providencial a subida ao poder de um rei casado com uma asiática, a princesa Iti, possivelmente
uma hebréia, para que não só fosse possível a saída, mas não houvesse maiores complicações.
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EVA UNIDADE 1 - MARCAR COM UM X A ALTERNATIVA CORRETA 1 - ONDE NOÉ E SUA FAMÍLIA SE ESTABELECERAM APÓS O DILÚVIO? a) __ Na região da Arménia
b) __ Na região da Palestina
c) __ Na região do Egito
2 - DE QUE POVO SURGIU A FAMÍLIA DE ABRAÃO? a) __ Dos Edumeus
b) __ Dos Amorreus
c) __ Dos Babibônicos
3 - QUAL A TERRA NATAL DE ABRAÃO? a) __ Sinear
b) __ Sumer
c) __ Ur dos Caldeus
4 - QUANDO COMEÇA A HISTÓRIA JUDAICA? a) __ Há 4.000 anos com o patriarca Abraão
b) __ Há 6.000 anos com Adão e Eva
c) __ Há 5.000 anos com Noé
5 - QUAL O DESTNO DE ABRAÃO COM SUA FAMÍLIA, LOGO APÓS SUA CHAMADA? a) __ 0 Egito
b) __ A Arábia
c) __ Ara ou Padã-Arã
6 - QUAL PARENTE FOI LEVADO POR ABRÃO NA CONTINUAÇÃO DA JORNADA? a)__ Seu pai Terá
b)__ Seu irmão Naor
c)__ Seu sobrinho Ló
7 - QUE INCIDENTE MARCA PROFUNDAMENTE A FÉ DE ABRAÃO? a)__ O sacrifício de Isaque
b)__ O nascimento de Ismael
c)__ A morte de Sara
8 - NO CASAMENTO DE ISAQUE E REBECA, QUEM FOI O INTERMEDIÁRIO? a)__Labão
b).__Eliezer
c)__Ismael
9 - QUAIS AS DIFERENÇAS EXISTENTES ENTE ESAU E JACÓ? a) __ Um era negro o outro era branco
b) __ Um era baixo outro era alto
c) __ Esaú gostava da vida no campo, Jacó gostava da vida doméstica.
10 - COMO FOI O ESTADO FINAL DO POVO DE ISRAEL NO EGITO? a)__ Após a morte de José, estes foram feitos escravos.
b)__ Se multiplicaram e tomaram o poder político
c)__ Desistiram do Egito e voltaram ás suas terras
UNIDADE 2 - A CHAMADA DE MOISÉS E O ÊXODO
Quatrocentos e trinta anos se passaram desde que os filhos de Israel desceram ao Egito. Tendo
o tempo apagado a memória das obrigações que todo o Egito devia a José e tendo o reino passado a
outra família (Ex. 1.8). Temendo a numerosa multidão que se tornara os descendentes de José, eles
começaram a maltratar os israelitas e oprimi-los com trabalhos. Os empregaram em cavar vários diques
para deter as águas do Nilo e diversos canais para leva-las. Os faziam a trabalhar na construção de
muralhas para cercar as cidades, levantar pirâmides de altura prodigiosa.
"Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais cresciam; de maneira que se
enfadavam por causa dos filhos de Israel." (Ex 1:12)
"Então, ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio,
mas a todas as filhas guardareis com vida" (Ex 1:22)
Esta foi a medida encontrada por faraó para inibir o crescimento da população israelita e outros
povos no Egito. Em Êxodo no capitulo 2 a partir do versículo primeiro, vemos o relato de como uma
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família teve que se portar para livrar da morte uma criança que haviam guardado durante três meses.
Criança esta que por um livramento de Deus, e por Ele conduzido se tornaria aquele que livraria
Israel do cativeiro egípcio.
"E foi-se a um varão da casa de Levi e casou com uma filha de Levi. E a mulher concebeu, e teve um
filho, e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses. Não podendo, porém, mais escondê-lo,
tomou uma arca de juncos e a betumou com betume e pez; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à
borda do rio. E a irmã do menino postou-se de longe, para saber o que lhe havia de acontecer. E a filha
de Faraó desceu a lavar-se no no, e as suas donzelas passeavam pela borda do rio; e ela viu a arca no
meio dos juncos, e enviou a sua chada, e a tomou. E, abrindo-a, viu o menino, e eis que o menino
chorava; e moveu-se de compaixão dele e disse: Dos meninos dos hebreus é este. Então, disse sua
irmã à filha de Faraó: Irei eu a chamar uma ama das hebréias, que crie este menino para ti? E a filha de
Faraó disse-lhe: Vai. E foi-se a moça e chamou a mãe do menino. Então, lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino
de cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino e criou-o. E, sendo o
menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou o seu nome Moisés e disse: Porque das
águas o tenho tirado." (Ex 2:1-10)
MOISÉS. O ministério de Moisés prenuncia, de certa maneira, o ministério de Jesus Cristo. Tanto
Moisés como Jesus foram alvos de tentativa de morte, quando nenés (1.16; Mt 2.13). Tanto Moisés como
Cristo ministraram como profetas (Dt 18.15,18, At 3.22; 7.37), sacerdotes (SI 99.6; Hb 7.24), reis (Dt 33.4,5)
e pastores (Êx 3.1; Jo 10.11-14). Ambos sofreram com o povo de Deus (1Pe 2.2.4; Hb 11.25,26), livraram o
povo da escravidão (At 7.35; Gl 5.1) e instauraram um concerto (19.5; Hb 8.5-13). Êxodo 2.
Bíblia de Estudo Pentecostal
Já não resta mais dúvida de que a princesa que salvou Moisés das águas foi Hat Shepsut ou
Hatshput, que também usava o titulo real de "Makara" princesa esta, filha de Tutmés e co-regente com
o pai, e depois, com Totés II e III, a mesma princesa reinante durante várias conquistas na Ásia. Podia,
portanto, dispor da sua vontade e adotar como seu filho um menino hebreu.
A era de Moisés está perfeitamente caracterizada, tanto nos documentos egípcios, como na
história geral. Moisés nasceu justamente no período da restauração da monarquia egípcia, depois da
expulsão dos hicsos em 1.580 a.C. como medida preventiva contra qualquer tentativa de conquistar o
poder, o governo egípcio submeteu todos os povos ao regime de trabalho forçado. Conforme Êxodo, os
meninos deveriam ser afogados no Nilo, pois só os homens faziam o estado correr perigo. Foi nesta
triste conjuntura que nasceu Moisés em 1520 a.C., que a princesa Hatshepsut salvou das águas e
adotou como filho, pois não tinha qualquer filho ao tempo e nem mesmo depois que casou com os
irmãos Tutmés II e III.
Naturalmente, sendo filho da rainha e não tendo ela outros filhos, Moisés seria o seu herdeiro.
Para tanto, foi educado em todas as ciências do tempo, tais como matemática, astronomia, geografia e
ciências ocultas. Aos 40 anos teria terminado seu curso e pensado o que fazer então. Sabia da situação
do seu povo e conhecia, com segurança, o que havia na sua história. Julgando com que seu prestígio
poderia fazer alguma coisa por seu povo, foi fazer-lhe uma visita, quando viu um feitor maltratar um
hebreu, e, da intervenção, tornou-se assassino. O que isto representaria na corte é difícil de dizer. Com
a morte do egípcio, o moço decidiu fugir, deixando sua velha mãe.
Chegando em Edom familiarizou-se com Jetro, de quem se tornou empregado e genro. Por quarenta
anos pastoreou os rebanhos do sogro.
"E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Mídia; e levou o rebanho atrás do deserto e
veio ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de
fogo, no meio de uma sarça; be olhou, e e/s que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. E
Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima. E,
vendo o SENHOR que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse; Moisés!
Moisés! E ele disse: Eis-me aqui." (Ex 3:1-4)
Deus chamou Moisés para enviá-lo ao Egito e tirar de lá o seu povo Israel. Moisés recusou a
honra do convite de Deus, alegando diversas razões muito plausíveis, como não sendo a pessoa
indicada, não sabendo falar, não tendo credenciais junto ao povo e etc. Deus, como, sempre,
complacente, contornou as dificuldades, e Moisés foi ao Egito. Depois de 40 anos, já bastante velho,
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voltava à sua terra.Tudo ali estava mudado. O fausto, a arrogância própria dos monarcas antigos, em
nada favorecia as pretensões do embaixador de Deus. Ao se apresentar no palácio, de cajado na mão,
acompanhado de seu irmão Arão, não podia apresentar quaisquer credenciais que o autorizassem a
pleitear a causa do seu povo e a levar o Egito a perder tão grande número de braços escravos.
Podemos, pois, imaginar a situação embaraçosa para Moisés ao pleitear a saída do povo. Com certeza,
Moisés sabia antecipadamente que a saída não seria pacífica. Não estava inocente da situação, e
Deus mesmo havia prevenido do que ocorreria. O que se desenrolou daí em diante, o descreve um
quadro tétrico, pavoroso, inconcebível, de que nos falam todas as crónicas antigas, de muitos povos. As
dez pragas não tinham por fim amedrontar o coração do monarca, mesmo que isto estivesse implícito.
Havia outra coisa, mais importante: demonstrar a futilidade da religião oficial desacreditá-la e criar nova
situação, como efetivamente se criou. Estava-se, pois, frente a frente com um duplo problema: criar
condições para que o povo pudesse sair, e ao mesmo tempo, destruir a idolatria. Este particular não foi
concebido de imediato, mas pouco depois o Egito era uma terra onde Deus, o Único Deus, era adorado,
mediante o Disco solar. As dez pragas do Egito (as águas tornaram-se sangue, as rãs; os piolhos; as
moscas; a peste dos animais; as úlceras; a saraiva; os gafanhotos; as trevas; e a morte dos
primogênitos) é assunto bem conhecido. Segundo alguns autores, as pragas foram o fim de um ciclo na
história do mundo. Os rabinos nos dão muita informações, em seus Targuns (tradução das Escrituras
do Antigo Testamento para o Aramaico) , a respeito destas calamidades universais. No Egito nada
escapou a esta manifestação divina. Assim concluímos que o Egito (e quem sabe o mundo?) foi
terrivelmente visitado por uma calamidade de que jamais se pôde esquecer. A Bíblia, de um modo
geral, não esconde este acontecimento que marcou as mentes dos homens, e até dos videntes, com a
marca de destruição. O salmo 18. 7-15 relata o fato em cores bem sinistras. Mesmo que se admita o
lado poético da narrativa, o fundo parece ser real. Igualmente o salmo 29.8, narrando um possível fato
local, bem pode ser um reflexo do acontecimento geral. O salmo 114 é todo ele de uma ode ao
tremendo cataclismo que visitou o Egito e todo o mundo.
TODO PRIMOGÉNITO... MORRERÁ. Deus ia levar a efeito o julgamento final contra os egípcios; o
filho primogénito de cada família ia morrer. Esse seria um golpe terrível sobre os egípcios, uma vez
que o primogénito normalmente concretizava as esperanças, ambições e alvos da família. O
julgamento divino foi a justa retribuição da parte de Deus pelo pecado e iniquidade deles. A crueldade
com que eles tinham tratado os hebreus e o afogamento dos nenés masculinos era, na realidade, uma
perseguição ao primogénito de Deus (4.22). Estavam ceifando o que tinham semeado.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
O ÊXODO
"Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus que estava mais perto; porque Deus disse:
para que porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra, e tornem ao Egito". (Êx 13.17)
Com a última praga e a morte de todos os primogénitos do Egito, não era possível ao governo
retardar por mais tempo a saída do povo. Ou Moisés era atendido ou o Egito desapareceria do mapa
como nação líder do antigo testamento. Assim, determinada a saída, Deus deu ordens para que o
evento passasse a constituir um ponto de partida, uma data nacional, na futura nacionalidade. Antes da
última praga, Deus determinou que o sangue do animal sacrificado na páscoa fosse colocado nos
umbrais das portas da casa de cada israelita. Assim, serviu este sangue de elemento de remissão e
simbolizou a redenção do povo da servidão egípcia, e, ao mesmo tempo, foi o símbolo da saída. Por
isso que a palavra "páscoa", no hebraico, significa "passagem", isto é, a passagem do anjo destruidor,
que poupou a vida dos primogénitos israelitas. Então a redenção pelo sangue tornou-se a viga-mestra
de todo o cerimonialismo hebraico pelos anos a fora.
Eram cerca de 600.000 homens de guerra, sem contar as mulheres, os meninos e os velhos. Era
a multidão que abandonava a terra da servidão de 430 anos, exatamente quatrocentos e trinta anos,
(Ex. 12.40). Estas cifras conferem com Gaiatas 3.17 e Atos, mesmo contrariando Génesis 15.13 onde
os algarismos são dados em termos redondos.
Assim relata o historiador Judeu Flávio Josefo, sobre a travessia do povo israelita ao Mar
Vermelho, sob o comando de Moisés.
"Levou os israelitas pelo mar, à vista dos egípcios, que, por estarem cansados da viagem, tinham
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adiado o combate para o dia seguinte. Quando chegou à beira do mar, tendo na mão a vara com a qual
fizera tantos milagres, implorou o socorro de Deus e fez esta ardentíssima oração: "Vós vedes, Senhor,
que é humanamente impossível, quer pela força, quer pela astúcia, sair deste perigo, tão grande, como
o que nos encontramos agora. Somente vós podeis salvar este povo, que só saiu do Egito para vos
obedecer. Nossa única esperança está em vosso auxílio; somente vós sois o nosso refúgio em tão
extrema conjuntura; vós podeis, se quiserdes, nos defender contra o furor dos egípcios, apressai-vos,
pois, Deus todo poderoso, em estender o vosso braço em nosso favor e erguei o ânimo e a esperança
do vosso povo, em seu desalento e desespero. Este maré estes rochedos que nos cercam e se opõem
à nossa passagem são obras de vossas mãos. Ordenai, somente, Senhor, e obedecerão à vossa ordem
e podeis, mesmo, se quiserdes, fazer-nos voar pelos ares". Este admirável guia do povo de Deus,
depois de ter acabado a sua oração, tocou o mar com sua vara maravilhosa e no mesmo instante ele
se dividiu, para deixares hebreu passar livremente, atravessando-o á pé enxuto, como se estivessem
andando em terra firme. Moisés vendo esta manifestação do auxílio de Deus entrou por prímeiro no
espaço aberto e ordenou aos israelitas que o seguissem por aquele caminho que o Todo Poderoso lhes
havia feito contra a ordem da natureza e lhe desses graças, tanto mais fervorosas, quanto o meio de
que se servia para tirá-los de tal perigo podia passar por incrível. Os hebreus não podendo mais, no
momento, não duvidar da assistência tão visível de Deus, apressaram-se em seguira Moisés."
O plano lógico era o povo sair em direção à Palestina, entrando pelo oeste, assim rumando pela
terra dos filisteus, povo guerreiro e temível, como se vê depois. Então os guiou pelo sul, rumo ao Sinai,
lugar que, a nosso ver, era mesmo para onde deveriam ir. Não se esqueceram de levar consigo a
múmia de José, que, antes de morrer, sabendo que Deus um dia visitaria o seu povo, ordenou que
fossem os seus ossos enterrados na terra prometida.
Depois de catorze meses e vinte dias no Sinai, partiu o povo, em demanda da Palestina, e tudo
indica que eles pretendiam, como era natural, entrar em Palestina pelo sul, atravessando o País do sul.
Dali mandou Moisés os doze espias, para verificarem as condições da terra e a segurança das cidades.
O relatório foi que a terra era boa e farta, e, como prova, traziam um cacho de uvas carregado por dois
homens, mas as cidades eram muradas e os habitantes eram gigantes, de modo que os espias eram
como gafanhotos diante deles. Assim, não havia outro recurso senão voltar para o Egito. Portanto a
conquista estava fora de qualquer cogitação. Tudo que os espias disseram era verdade. As cidades
eram fortificadas, muitos dos cananeus sendo de grande estatura; todavia, não consideraram um ponto
capital: a presença de Deus e a vitória assegurada por Ele.
Como castigo, todos os maiores de vinte anos cairiam no deserto, e uma geração nova entraria
na terra prometida. Que anos intermináveis e que monotonia insuportável seriam aqueles dias! Nada se
sabe por onde o povo andou naqueles anos. Foi um período de vida perdido, durante o qual nem a
Bíblia se ocupa do povo. Alguns tristes incidentes, entretanto, ficaram registrados como exemplo para
os crentes. 1. A rebelião de Core, que queria usurpar os direitos conferidos divinamente a Arão; 2. O
ciúme de Miriã e a sua morte; 3. A morte de Arão, por causa de sua transgressão; 4. A rocha que
Moisés feriu, zangado, motivo por que, como punição, não entrou em Canaã.
Muitas foram as batalhas dos israelitas, em sua jornada, contra os habitantes da terra, sendo, no
lado oriental do Jordão, a última dessas contra os midianitas. Com a derrota dos midianitas estava
terminada a campanha oriental do Jordão. Alguns dos mais perigosos adversários estavam destruídos e
então era preciso preparar o ânimo do povo para a travessia jordânica e para tomar posse da terra do
outro lado. E sucedeu que no ano quadragésimo, no mês undécimo, no primeiro dia do mês, estava
Israel, conforme a tudo o que o Senhor lhe mandara acerca deles. Moisés terminou aí a sua carreira,
com 120 anos de idade, deixando parte da promessa divina cumprida, e cumpriu uma missão histórica
de excepcional significação para toda a humanidade (Dt 34).
EVA UNIDADE 2 - MARCAR COM UM X A ALTERNATIVA CORRETA 1- QUE MEDIDAS FARAÓ TOMOU PARA IMPEDIR O CRESCIMENTO DOS HEBREUS? a)__ Mandou matar os meninos
b)__ Os expulsou do Egito
c)__ Separou os casais de hebreus
2-0 QUE SIGNIFICA O NOME MOISÉS? a)__ Colocado nas águas
b)__ Tirado das águas
c)__ Surgido das águas
3 - EM QUE O MINISTÉRIO DE MOISÉS SE PARECE COM O DE JESUS? a)__ Ambos eram da mesma tribo
b)__ Ambos foram colocados nas águas quando criança
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c)__ Ambos foram alvos de tentativa de morte
4 - O QUE OBRIGOU MOISÉS A FUGIR PARA MÍDIA? a)__ O assassinato de um egípcio
b)__ A crise financeira no Egito
c)__ A descoberta que ele não era egípcio
5 - QUAL A 1ª REAÇÃO DE MOISÉS ANTE A ORDEM DE DEUS PARA LIBERTAR O POVO?
a)__ Aceitou naturalmente
b)__ Alegou ter algumas dificuldades para realizar a tarefa
c)__ Aceitou mas impôs suas condições
6 - QUE MEIOS DEUS USOU PARA FORÇAR FARAÓ LIBERTAR O POVO? a)__ Enviou um exército para dar cobertura ao povo hebreu
b)__ Orientou o povo a não produzir mais nada para o Egito
c)__ Enviou dez pragas na terra do Egito
7 -QUAL FOI A ÚLTIMA PRAGA ENVIADA POR DEUS CONTRA O EGITO?
a)__ A morte de todo primogénito não-hebreu
b)__ A transformação das águas em sangue
c)__ A praga das trevas
8 - COMO FOI A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO PELOS HEBREUS? a)__ Foi sem nenhum contra-tempo, visto que os egípcios estavam ocupados com seus mortos
b)__ Foi feita de forma milagrosa, o mar se abriu e Israel passou
c)__ Foi uma travessia cheia de dificuldades, pois Faraó alcançou o povo
9 - QUE DETALHE PARTICULAR PODE SE OBSERVAR NA SAÍDA DO POVO DO EGITO? a)__ Levaram consigo alguns egípcios
b)__ Deixaram alguns parentes no Egito
c)__ Levaram consigo os ossos de José
10-0 QUE ACONTECEU AO EXÉRCITO DE FARAÓ NO MAR VERMELHO? a)__ Foram mortos após o mar se fechar sobre eles
b)__ Voltaram ao Egito pois não alcançaram o povo
c)__ Se reagruparam para fazer uma nova investida contra os hebreus
UNIDADE 3 - A CONQUISTA DA TERRA E OS JUIZES
JOSUÉ E A CONQUISTA DA TERRA
Os fatos relatados a seguir tem a sua fonte no livro de Josué, escrito no século XIV a.C.; o
primeiro dos livros históricos do AT, a descrever a história de Israel como nação na Palestina.
Apresenta aspectos admiráveis na vida Josué, escolhido por Deus como sucessor de Moisés, para
guiar o povo e estabelece-los na terra prometida, bem como os grandes milagres operados por Deus
em favor de seu povo, provendo livramentos e vitórias que lhes permitiram tomar posse da terra; destacando-
se entre eles a queda de Jericó no capitulo 6; e o prolongamento das horas da luz do dia,
na batalha em Gibeão no capitulei 0. Estes acontecimentos se dão desde a morte de Moisés até a
morte de Josué, abrangendo um período aproximado de 25 a 30 anos. A invasão de Israel a Canaã se
deu aproximadamente em 1.404 anos a.C.
Josué filho de Num, da tribo de Benjamim, também chamado Oséias (Nm 13.8, Ex. 33.11, 1Cr
7.27) quer dizer "Jeová é Salvação". O nome Josué (hb. Yehoshua' ou Yeshua') é o equivalente
hebraico do nome "Jesus" no NT, em grego Josué, no seu encargo de introduzir Israel na terra
prometida, é um tipo ou prefiguração no AT, de Jesus, cuja obra foi levar "muitos filhos à glória" (Hb
2.10; 4.1-13; 2 Co 2.14). Além disso, assim como o primeiro Josué usou a espada do terrível juízo
divino na conquista, assjm também o segundo Josué a usará na conquista das nações no fim da história (Ap
19.11-16).
A morte de Moisés levou Josué, o seu fiel companheiro, ao supremo posto de comando. Coube-lhe
uma tarefa não inferior à de Moisés, visto como a conquista não era um problema insignificante, apesar do
muito que já havia sido feito no Oriente. Assim, recomposto o povo, após a morte do seu grande líder,
desfeita a desconfiança que esse fato poderia ter sobre as futuras operações guerreiras, apresta-se a situação
para o outro grande capítulo da sua história. Deus aparece a Josué e mostra-lhe que em sentido algum ele
seria inferior à Moisés na suprema direção do povo. E tudo caminha para a travessia jordânica, ao encontro
dos cananeus, do outro lado do rio. Os homens das tribos, já estabelecidas, comprometeram-se a seguir seus
irmãos até a vitória final, e assim fizeram.
Na tomada de Jericó, Josué deu ordens a seus homens que executassem movimentos
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contornando a cidade, seguida pelos sacerdotes conduzindo a Arca da Aliança e tocando trombetas,
uma vez por dia, durante seis dias. No sétimo dia, ao amanhecer contornaram a cidade por sete vezes.
Na última vez Josué em altas vozes, deu o grito de invasão e os guerreiros em linha, frente para a
muralha, explodiram num só grito. Misteriosamente, largas brechas se abriram em toda muralha
confrontante á linha de combates. A cidade foi invadida e todos os habitantes caíram mortos sob a fúria
dos invasores, inclusive animais que lá se encontravam. Salvaram-se apenas Raab, a mulher que havia
dado abrigo aos dois espiões, e os membros da sua família. Arrecadaram todos os objetos de ouro,
prata, vasos de metal e ferro que foram dedicados ao tesouro do Senhor. E por fim incendiaram a
cidade. (Js. 6)
É notável a fidelidade do Senhor, com aqueles que se dispõem ao seu serviço e se mantém
submissos à sua vontade. Vemos Deus contrariar até mesmo as leis da natureza para dar vitória ao seu
povo, como aconteceu na batalha em Gibeão, prolongando ainda mais o dia para que as trevas da noite
não viessem lhes roubar a vitória.
Além de Jericó, outras cidades foram conquistadas. Completada a primeira série de conquistas,
Josué já não estava em condição de prosseguir. Achava-se cansado pela idade e tratou então de fazer
a distribuição da terra, conforme os planos de Moisés. Algumas ficaram servidas de territórios bons,
com ricas pastagens e campos; outras ficaram encravadas em deserto, como a de Simeão. Algumas
ficaram tão comprometidas com a vizinhança de povos cananeus que nunca puderam estabelecer um
género de vida próprio. Disso resultou uma profunda miscigenação entre hebreus e cananeus, bem
como uma civilização mista, de elementos étnicos provindos dos ensinos de Moisés e de elementos
amorais provindo dos cananeus. Inevitavelmente os invasores deram de mão a seus hábitos, em
grande parte, e adotaram os costumes agrícolas, as instituições civis, os lugares sagrados e muitos ritos
religiosos dos cananeus.
Josué encerrou definitivamente sua missão, erguendo em Siquém um monumento e, em breve
solenidade conclamou a todo o povo a assumir um compromisso solene de obediência a Deus. Morreu
aos 110 anos de idade e foi sepultado no termo da sua herdade, em Timnate-Sera, que está no monte
de Efraim, para o norte de Gáas.
Nota. Podemos observar que desde os primórdios tempos, Deus desejou em seu coração criar para
si um povo separado. Com a desobediência do homem, veio a entrada do pecado no mundo e com isso
sua inevitável queda. Por causa de sua natureza pecaminosa o homem se desviou caca vez mais de
Deus, pelo que chamou a Abraão para dele fazer uma nação santa para Ele. Manifestar sua Glória no
meio do seu povo, sempre foi o desejo de seu coração; e viver para sua Glória era o motivo pelo qual
Deus criara uma nação. Deus sempre estaria com seu povo, mas era importante que este se
mantivesse separado. Santos. A destruição de todo aqueles povos conquistados era uma determinação
de Deus; em seu justo juízo contra a iniquidade manifestada em seu grau máximo (Gn 15.16; Dt 9.4,5).
Bem como salvaguardar Israel da destruidora influência do pecado e idolatria. A destruição destes
povos prenuncia o juízo final de Deus sobre os ímpios, no fim dos tempos. Como relatado acima, o
comprometimento de algumas tribos com aquele povo resultou, em uma influência, que trouxe muitas
consequências. Os israelitas não obedeceram ao Senhor e não expulsaram completamente todos os
habitantes de Canaã, seguindo seus caminhos detestáveis, praticando a idolatria. Como resposta a
esta apostasia vemos o que fez o Senhor no livro de Juizes.
O PERÍODO DOS JUÍZES DE ISRAEL
Para começarmos o comentário sobre o período dos Juizes em Israel, vale refletirmos e fazemos
uma pergunta. O que levaria um povo, que presenciara grandes livramentos e milagres operados por seu
Deus, a entrar por um caminho que os conduzisse à apostasia e consequente queda e opressão? A
resposta para a indagação é a seguinte: desobediência as determinações, as ordens do Senhor, isto os
conduziram à apostasia, tendo como consequência sua queda e opressão. É interessante notarmos
que, o período dos Juizes, compreende uma época escura na história de Israel; e que a narração de
cada período de decadência é iniciada da seguinte forma: "Então, fizeram os filhos de Israel o que
parecia mal aos olhos do Senhor" (2.11; 3.7).
Notamos no estudo desta época em Israel, algumas profundas verdades, que devem ser
observadas, por todo aquele que anseia viver uma vida integra na presença de Deus; a saber: Aquele
que pertence a Deus deve vê-lo e reconhece-lo como seu Senhor e Rei; conviver com o pecado sempre
irá destruí-lo; mas se houver humildade, reconhecendo o erro e abandonando-o, orando e buscando o
perdão, Deus sempre virá ao encontro deste e o livrará. (2 Cr 7.14).
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Josué morreu, deixando a terra meio conquistada. Foi feita a divisão, cabendo a cada tribo
acabar de submeter os povos vencidos. Entretanto, muitos problemas surgiram, ao ser tentada a
empreitada, e o que se pensa podia ter sido feito em meses levou séculos. Os israelitas vinham de uma
terra de sábios e de grandes tradições, mas eles mesmos, constituindo uma mistura de povos asiáticos,
poucas tradições tinham, legadas pelo tronco abraâmico. Alem disto, o estabelecimento de um povo
forasteiro numa terra há muito ocupada, com costumes e tradições antigos, não era coisa a ser
resolvida em pouco tempo. Assim, passando o ímpeto de conquista, a onda quebrou-se de encontro ao
rochedo, para voltar cada vez mais branda, até perder de todo a fúria inicial. Os israelitas foram, aos
poucos, se acomodando à nova situação, e o que antes tinha sido uma impraticável foi cedendo
lentamente, até tornar um imperativo de ordem social. Começaram a realizar-se os casamentos mistos,
a celebrar-se festas religiosas em comum, e não tardou que vencedores e vencidos se irmanassem
num só e fundamental problema - viver. A religião e os costumes cananeus passaram a perder os
aspectos repugnantes ao gosto Israelita e, como o tempo é o maior demolidor de preconceitos, em
pouco, uns e outros passaram a adorar osmesmos deuses ea celebraras mesmas festas. A vida era
pacífica, de modo geral. Destarte, cananeus e israelitas deram-se as mãos e passaram a viver uma vida
comum.
Os Juizes que são apresentados no livro que traz este nome chegaram á sua posição por feitos
de bravura em guerra contra os vizinhos. Morria o juiz, morria o juizado até que outra circunstância
criasse um novo. Era assim em Israel. O povo de Israel, na sua vida em comum com os cananeus, provocou a
ira do Senhor, porquanto o deixaram e serviram a Baal e a Astarote. Assim, o Senhor os deu na mão dos
roubadores, e os entregou na mão dos seus inimigos ao redor, e não puderam mais estar em pé diante dos
seus inimigos.
BAAL, hb. Senhor: l O supremo deus dos cananeus, correspondendo a Bei, senhor, dos Babibônicos.
O título por extenso, do Baal cananeu, era Baal-Semain, isto é, Senhor do Céu. Baalins (Jz 2.11) é a
forma plural; cada lugar tinha seu próprio Baal, senhor divino. Assim havia Baal-Hazor, Baal-Hermom,
Baal-Peor, etc. Baal era o deus do sol, responsável pela germinação e crescimento da lavoura, o
aumento dos rebanhos e a fecundidade das famílias. Em tempos de seca e peste, sacrificavam-lhe
vitimas humanas para apaziguar a sua ira, 2 Rs. 16.3; 21.6; Jr. 19.5. Nesses holocaustos, a família
geralmente oferecia o primogénito, a vítima sendo queimada viva. Baal era a divindade masculina, e
Astarote a feminina entre os fenícios e os cananeus. A adoração a Baal, no tempo de Moisés, passara
para os amonitas e os moabitas, Nm 22.41. Os cultos não exigiam a santidade e o povo de Deus se
deixou seduzir, especialmente, pela licenciosidade dos seus ritos, entre os moabitas. Nm 25. 3-18; Dt
4.3. No tempo de Acabe e Jesabel, o culto a Baal permeou a maior parte da nação, 1 Rs 18.22; Rm
11.4. Os altares de Baal foram derribados, Jz 6.28; 2Rs 10.28; 23.4. Mencionam-se templos de Baal
em Israel, 1Rs 16.32; 1Rs 11.18. Os 450 profetas de Baal, mortos por Elias, 1 Rs 18.19,40. Jeú
exterminou de Israel, o culto a Baal matando os seus adoradores reunidos no seu templo, 2 Rs 10. 18-
28. Mas depois de Acabe e Jesabel introduzirem o culto a Baal, esse costume se tornou desonroso entre os israelitas, Os
2.16. Levantaram altares a Baal nos terraços das casas, nas ruas de Jerusalém e em todas as cidades de Judá, Jr 7.9;
11.13; 32.29. A resposta divina a Elias, quando parecia que todo Israel servia a Baal, foi: Reservei para mim 7000
homens, que não dobraram joelhos diante de Baal, Rm 11.4.
Nessas circunstâncias, eles clamavam ao Senhor, e o Senhor levantava aos filhos de Israel
libertadores, que iam adiante deles na batalha e os libertava do jugo inimigo. Era assim que o povo vivia
e foi assim que atravessou três séculos e meio de vida.
Relação dos Juizes em Israel
OPRESSOR O JUIZ REFERÊNCIA
Mesopotâmia
Otniel
Jz3.7-11
Moabe
Eúde
Jz 3.12-30
Filistia
Sangar
Jz3.31
Jabim
Débora - Baraque
Jz caps.4 e 5
Midiã
Gideão
Jz 6.1 -8.32
Contenda Internas
Abimeleque
Jz 9
Paz?
Tola
Jz10. 1,2
Paz?
Jair
Jz10. 3,5
Amom
Jefté
Jz 10.6-12.7
Paz?
Ibsãn
Jz12.8-10
15
Paz?
EIom
Jz 12.11,12
Paz?
Abdom
Jz12.13- 15
Filistia
Sansão
Jz13 a 16
Filistia
Eli
1 Sm 1 a 4
Filistia
Samuel
1 Sm 7 a 12
Tem havido certa discrepância quanto ao tempo compreendido pelo livro de Juizes. Mas que
parece não haver controvérsia. Segundo 1 Reis 6.1, o período que medeou entre a saída dos israelitas
do Egito e o inicio da construção do templo, no ano quarto do reinado de Salomão, foi de 480 anos.
Temos, pois, um ponto de partida, que foi a saída do Egito ou o Êxodo. Este se deu, sem qualquer
sombra de dúvida, em 1.444 a.C. Alguns historiadores desprezam a fração de 4, para darem o fato em
algarismos redondos. Digamos, então, que o êxodo ocorreu em 1.440 a.C. A peregrinação pelo deserto
levou 40 anos, pois a entrada em Canaã deu-se em 1.404 ou 1.400 a.C. com esta data concordam os
melhores arqueólogos, tais como Sir Charles Marston, Garstang e outros. Sabemos que Saul foi
proclamado rei em 1044 e Davi em 1004 e Salomão em 964. De 1440 a 960, ano 4° do reinado de
Salomão, vão justamente 480 anos. Entre o período da conquista terminado em 1394, até a
proclamação de Saul como rei, decorreram 350 anos. Este foi o tempo em que os filhos de Israel
ficaram sob o governo dos Juizes.
Se tivéssemos de buscar um elemento, no meio de tantos, que teriam servido para aglutinar o
povo e prepará-lo para a sua grande missão, destacaríamos a religião. Foram os elementos contidos na
lei de Moisés que salvaram a nação, pois não havia elemento humano que pudesse ser capaz e que
nós julgássemos digno de merecer as honras do salvador da nacionalidade em embrião. Samuel, o
último Juiz, encontrou doze tribos desorganizadas, sem rei e sem lei, e conseguiu levá-las ao ponto de
pedirem um rei. Foi, pois, a religião de Moisés que salvou o povo e o preservou através de dias escuros,
como foram os dias dos juizes. Os sociólogos e os economistas têm, nesta história, elementos
bastantes para elaborarem uma obra que realce o poder da religião sobre o meio.
O livro de Juizes termina com a declaração de que "naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada
qual fazia o que parecia reto aos seus olhos". Vale dizer que havia um sentimento moral e religioso
dominante entre o povo, que o salvou da desintegração e do aniquilamento.
EVA UNIDADE 3 - MARCAR COM UM X A ALTERNATIVA CORRETA 1 - QUEM FOI O SUCESSOR DE MOISÉS? a) __ Josué, seu fiel companheiro.
b) __ Arão, seu amado irmão.
c) __ Seu sogro Jetro
2 - QUAL A PRIMEIRA CIDADE CONQUISTADO PELO POVO SOB O COMANDO DE JOSUÉ? a)__ A cidade de Ai
b)__ A cidade de Jecicó
c)__ A cidade de Jerusalém
3 - COMO FOI A VITÓRIA DE JOSUÉ SOBRE JERICÓ? a)__Foi parcial, devido a resistência oferecida por eles
b)__Foi demorada pois ouve um contra-ataque inesperado
c)__Foi total pois Deus agiu sobrenaturalmente
4 - QUAL FOI UM DOS ÚLTIMOS ATOS DE JOSUÉ COMO CONQUISTADOR? a)__ Dividiu a terra entre as tribos
b)__ Fez alianças com todos os povos da vizinhança
c)__ Ergueu um monumento para homenagear Moisés
5 - O QUE CONDUZIU ISRAEL À APOSTASIA? a) __ A fraca liderança dos Juizes
b) __ Desobediências às determinações do Senhor
c) __ A interferência de políticos externos
6 - COM O PASSAR DO TEMPO, O QUE ACONTECEU COM ISRAEL NA TERRA PROMETIDA? a)__ Se impôs veementemente subjugando todos os povos
b)__ Desistiu de conquistar a terra e se espalhou mundo afora
c) __ Se misturou aos povos pagãos e seus costumes
7 - UMA MISTURA QUE ACONTECEU ENTRE ISRAEL E OS POVOS VIZINHOS FOI: a)__ Casamentos mistos
b)__ Adaptação ao cardápio da região
c)__ Adaptação a maneira deles se vestirem
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8 - QUE DIVINDADE PAGÃ ERA MUITO PROCURADA POR ISRAEL NO TEMPO DOS JUIZES? a)__ Dagon
b)__ Baal
c)__ Diana
9 - SEGUNDO SE ESTUDA, QUEM ERA BAAL? a)__Um deus pagão que ganhava as guerras para o povo
b)__ Um deus pagão que cuidava da saúde física do povo
c)__ Um deus pagão que cuidava da lavoura, aumento dos rebanhos e fecundidade das familias
10 - QUEM FOI O ÚLTIMO JUIZ DE ISRAEL? a)__ Samuel
b)__ Gideão
c)__ Sansão
UNIDADE 4 - A MONARQUIA EM ISRAEL
Israel atravessara um período de 380 anos sob a direção dos Juizes, um período escuro em sua
história, mas um período em que compadecendo se Deus puderam experimentar grande livramento e
providencia Divina. Grandes foram os sinais contemplados, e que se tivessem mantido constantes e
fiéis a Deus, não se veriam novamente a murmurar e a pedir um rei, trocando assim a Teocracia pela
Monarquia. Nota-se com muita clareza a importância do papel de Samuel, neste momento de transição
na história de Israel. Sendo o último juiz de Israel, e o primeiro a exercer o ofício de profeta, um homem
de grande espiritualidade que com grande sabedoria conduz Israel a um avivamento espiritual no culto
a Deus, lançando assim os alicerces que definiriam o lugar e o importante papel dos profetas na história
de Israel junto aos reis e o estabelecimento da monarquia de uma forma muito clara. 1Sm. 8:11-18.
"E te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e reis sairão de ti." Gn 17.6.
Entende-se que a monarquia fazia parte das promessas do concerto entre Deus e Abraão, mas
este não era o momento de Deus para que sobre eles fosse constituído, tal pedido foi considerado por
Deus, como eles o rejeitando como rei. Vemos a seguir alguns argumentos usados pelos israelitas em
sua reivindicação por um governo humano.
Os israelitas cansaram-se das incertezas e dúvidas, resultantes de um sistema descentralizador
e desagregador. Um rei seria reconhecido como necessidade nacional, devido a tantas batalhas
perdidas, por causa de chefes improvisados, por causa das rivalidades, cada vez mais acentuadas
entre as tribos, ou porque a presença de um rei daria forma ao Estado, com a sua pompa à moda
oriental. No longo período de suas lutas, por mais de três séculos, teriam visto como era impressionante
um exército tendo à frente um rei. O alvo era que o povo vivesse dirigido por um rei ideal, que, de
acordo com a Teocracia, era Jeová; mas a situação era demasiadamente material para tanto idealismo.
Depois, somou-se o triste fato de que os filhos de Samuel não ofereciam qualquer garantia de os dias
calmos do velho profeta serem continuados. Assim, convinha assegurar a estabilidade nacional antes
que o profeta morresse.
Deveres e leis para os Reis. Dt. 17. 14-20
A MONARQUIA UNIDA
A monarquia na história de Israel começou com a constituição de Saul sobre o trono de Israel e
tendo o seu fim com a queda de Jerusalém. Esta clara a data deste último acontecimento, testificada
com muitos testemunhos decorridos como sendo entre 588 e 586 a. C., o décimo nono ano do reinado
de Nabucodonozor. Para estabelecer desse período uma cronologia coerente, lembremos aqui que no
hebraico frequentemente se conta só uma parte como um ano inteiro.
Saul, o primeiro governante, tinha pela frente um caminho difícil a percorrer. E muitas surpresas
o aguardavam. Depois de organizar o governo, criar planos de administração e reorganizar a defesa
dos territórios, teria de partir para expulsão do inimigo das áreas invadidas e consolidar as posições de
defesa. Esse objetivo o rei alcançou em grande parte, com as vitórias sobre os Amonitas e sobre os
Filisteus (l Sm. 11,8-11 e 14.6-23). Mas enquanto Saul batia contra o inimigo e obtinha grandes vitórias,
no plano interno havia descontentamento. Samuel já não se entendia com Saul. O poder espiritual e a
monarquia entravam em choque, em consequência de erros cometidos pelo rei, que merecem a
reprovação por parte de Samuel. Este retirou seu apoio ao rei e afastou-se para sua morada em Rama
(1Sm. 15.34). Saul terminou suicidando-se em consequência de derrota sofrida em combate contra
tropas inimigas.
Após sua morte Davi tornou-se rei de Judá e Israel. Ao assumir o trono Davi elaborou um plano
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de governo de largas realizações e primeira preocupação foi marchar sobre Jerusalém, de onde poderia
melhor conceber e elaborar seus planos com vistas á formação de um governo forte para construir uma
pátria soberana e livre. Preparou seu exército, marchou disposto a combater os Jebuseus e expulsá-los
de Jerusalém. Ocupou a cidade e instituiu Jerusalém como capital do reino de Israel (2 Sm. 5.5-9).
O reino de Israel chegou ao apogeu do seu poder militar e político sob o governo de Davi. Os
reinos mais poderosos do Antigo Oriente estavam no seu ocaso, deixando um vácuo na parte ocidental
do "Crescente Fértil". Em Davi, Israel encontrou um líder militar brilhante e perspicaz, com capacidade
para explorar a situação predominante. Depois do encontro com Arâ-Zobá, Israel tornou-se o poder
máximo na Síria e Palestina. A Extensão do império israelita sob Davi e Salomão é revelada pela
passagem relativa a Salomão: "Porque dominava sobre tudo quanto havia da banda de cá do rio Tifsâ
até Gaza, sobre todos os reis da banda de cá do rio [a oeste do Eufrates]" (1Rs. 4.24). Em hebraico a
oeste do rio Eufrates significa do outro lado do rio. Este era um império de administração complexa e
três elementos principais podem ser discernidos nele: a população israelita, os reinos conquistados e os
reis-vassalos. No centro do império ficavam as tribos de Israel e Judá, às quais estavam ligadas as
regiões cananita-amorita sob o domínio de Davi. Ao redor delas ficavam os reinos conquistados e
tributários: Edom, Moabe, Amom, Arã-Damasco e Arã-Zobá. Governadores israelitas foram nomeados
sobre alguns desses territórios. (2 Sm. 8.6,14).
Grandes foram as vitórias de Davi, e o seu sucesso político e administrativo é comprovado pela
extensão de seu império. Davi passou fases difíceis na sua vida, tanto particular como política. Foi o
responsável pela morte de um de seus oficiais, chamado Urias, no campo de batalha, com o propósito
de tomar por esposa sua mulher, condenado pelo profeta Nata, que fez previsões sombrias contra a
casa real ( 2Sm. 11). As previsões se confirmaram com a morte do filho Amnon, assassinado pelo
irmão, Absalão, bem como a rebelião deste contra Davi, seu pai.
A Revolta De Absalão (2 Sm 15)
O desenvolvimento administrativo parece ter sido considerado como uma ameaça pela liderança
tribal mais idosa. Deste modo, o filho de Davi, Absalão, pôde manipular a simpatia dos anciãos,
especialmente os de Judá, e faze-los se revoltarem contra seu pai. Os guarda-costas estrangeiros de
Davi e suas unidades guerreiras de elite felizmente se mantiveram leais.
Davi encontrou refúgio no centro administrativo levita em Maanaim. Os transjordanianos podem
ter sentido mais fortemente a necessidade de uma liderança monárquica centralizada devido à sua
posição delicada na fronteira orienta! e ao longo da principal rota das caravanas (a estrada real) que vai
da Arábia a Damasco. A localização de Maanain, na garganta profunda do Jaboque, serve para explicar
como Aimaás, filho de Zadoque, passou à frente do cusita: Cusi tomou o caminho mais direto,
atravessando o terreno acidentado da "floresta de Efraim". Aimás correu por uma trilha mais longa mas
muito mais fácil, pela planície do Jordão e subindo o curso do Jaboque.
Os termos favoráveis concedidos por Davi aos judaítas que haviam apoiado Absalão levaram a
uma certa inquietação no norte. Como resultado, Seba, filho de Bicri, fez uma infeliz tentativa de revolta.
Os esforços de Davi para unir os diversos elementos tribais e urbanos em seu reino incipiente estavam
dando fruto. As instituições por ele formadas, inclusive a administração levítica e o estabelecimento
militar, certamente sentiram necessidade de apoiar a monarquia.
A soma dos anos pesando sobre Davi e uma rebelde e incurável doença retinham-lhe os passos,
obrigando-o a se manter no leito de sofrimento. Para sua sucessão tinha preferência por Salomão, mas
manteve em segredo seu desejo até certo dia, o filho Adonias, sentindo o agravamento da saúde do pai,
resolveu proclamar-se como legítimo sucessor, pois era o primogénito da família.
Davi recebeu de Deus a promessa de que a sua descendência ocuparia o trono de Israel para
sempre. Nos seus últimos dias chamou a Salomão, deu-lhe o trono e fez suas últimas recomendações,
chamando-o à atenção especialmente para o cumprimento da lei de Moisés. Depois de dar os últimos
conselhos ao jovem rei, dormiu com seus pais, tendo reinado em Jerusalém 33 anos e 7 em Hebrom.
O REINADO DE SALOMÃO
Tão logo serenaram os ânimos palacianos, Salomão considerou o sonho supremo de seu pai
Davi, a construção do templo ao Senhor. O local não podia ser melhor. O monte Moriá, numa sublime
elevação, separado do monte Sião pelo vale Tiropeon, uma ponte unindo os dois montes. A construção
do templo é narrada em 1Rs 6 e 1Cr 22. A sua magnificência só pode ser comparada com o esplendor
18
das edificações antigas de que o Egito e Babibônia nos falam.
Salomão estendeu os limites de Jerusalém, fortificando-a e embelezando-a como cabia á capital
de um estado poderoso. O templo, que levou 7 anos para ser construindo, foi eclipsado pelo palácio
real, que levou 13. Os dois prédios representavam as duas principais instituições do reino, a
organização religiosa arônica/levítica e a monarquia. Cada uma dependia da outra para governar a
nação; cada uma tinha grandes propriedades de terra e recursos em todo o país. A eira comprada por
Davi e a colina onde se situavam foram convertidos numa cidadela, expandindo a área real da cidade
para o norte. Os melhoramentos técnicos incluíam muros de arrimo maciços.
Nos montes adjacentes, a sudeste, havia missões diplomáticas dos aliados políticos de Salomão
(como exemplificado por seus casamentos reais, 1Rs. 1.11). cada complexo diplomático tinha seu
próprio santuário de adoração das divindades nacionais (1Rs 11.4-8, 2 Rs. 23.13). As esposas dos
muitos casamentos políticos de Salomão podiam fazer ofertas no santuário da sua divindade familiar.
Em seus últimos anos, Salomão também participou da adoração delas. (1Rs 11.5-9)
MONOPÓLIO COMERCIAL
Bem na época em que não havia poder, no Egito ou na Mesopotâmia, forte o bastante para
dominar a ponte de terra que ia da Ásia à África, a recém-unida nação de Israel obteve supremacia
militar e política sobre os principais corredores de comércio entre o Eufrates e o delta do Egito (1 Rs
4.21 [Hb.5,1], 2Cr. 9.26). As pequenas nações vizinhas a Israel eram politicamente subordinadas,
inclusive os edomitas, moabitas, sidônios (fenícios) e heteus (arameus do norte da Síria); seus laços
com o governo de Salomão eram simbolizados pelas suas alianças de casamento (1 Rs. 11.1). A base
populacional do novo reino se estendera até um ponto jamais alcançado no país. As terras boas para o
cultivo de cereais e vinhas eram intensamente cultivadas. Israel pôde assim suprir as necessidades da
população marítima da Fenícia e também as das numerosas caravanas que cruzavam o seu território.
Em troca de forragem e mantimentos, assim como de água e proteção militar, os israelitas recebiam
pagamento na formas de metais preciosos e mercadorias manufaturadas. Parte desta renda era
investida em fortificações, especialmente das cidades-chave ao longo das principais rotas comerciais.
Salomão chegou a inaugurar suas próprias expedições marítimas, com a ajuda de marinheiros fenícios,
e levou os produtos exóticos da Somália e sul da Arábia para serem negociados nos portos marítimos
da Filístia e Fenícia. A principal artéria de comércio no Levante, a rota que ia do Egito para a
Mesopotâmia, via JezreeI e do vale Bega, ou através dos vaus do Jordão perto de Bete-Seã para Golã
e Damasco, era dominada pelos centros fortificados de Salomão. A "Estrada Real" no planalto
transjordaniano era supervisionada pelas forças salomônicas em Basã. Gileade e planalto de Moabe.
As Caravanas de Eziom-Geber a Gaza tinham de atravessar as rotas controladas pelas fortalezas de
Salomão no deserto e no Neguebe.
Não é de admirar que Hirão de Tiro estivesse tão disposto a fazer um tratado de aliança com os
reis de Jerusalém. O reinado de Salomão marca o apogeu e declínio da monarquia israelita. Seguiu-se um
período de grande prosperidade no qual se destacam intensas relações comerciais com a Fenícia,
particularmente com Hirão, rei de Tiro. Ao Sul, no Golfo de Acaba, o porto de Ezion-Geber transformou-se
no grande centro comercial do Mar Vermelho. A política fiscal e tributária de Salomão acabou por gerar um
descontentamento entre as doze tribos e provocar o declínio de Israel. Salomão fez o que parecia mal
aos olhos do Senhor, e não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi seu pai. Assim, o Senhor
rasgou o reino de sua mão. Reinou Salomão em Jerusalém 40 anos, e morreu. Após a sua morte, a
monarquia cinde-se em dois reinos: Israel e o de Judá.
A MONARQUIA DIVIDIDA
A Divisão do Reino
O pesado fardo da Corvéia (trabalho gratuito e obrigatório realizado durante 03 dias por semana)
afligia o povo do norte, especialmente aos da casa de José. O filho de Salomão, Roboão deixou de
compreender a gravidade da insatisfação deles. Sua ascensão ao trono em Jerusalém foi reconhecida
sem aparente dissensão, mas ele teve de ir a Siquém para ratificação de sua soberania pelas tribos do norte.
Estas últimas haviam escolhido como porta-voz o exilado político que voltara recentemente,
Jeroboão (que era anteriormente encarregado do trabalho em sistema de corvéia prestado pela casa de
José).
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A crise econômica provocada pelos problemas externos durante os últimos anos do reinado de
Salomão haviam tornado ainda mais difícil a vida dos cidadãos de Israel. Quando Roboão altivamente
recusou suas exigências para aliviar os encargos deles, ele insensatamente enviou um burocrata pouco
popular, Adorão, para intimidá-los. Adorão era superintendente do odiado tributo, o trabalho forçado
imposto sobre os antigos enclaves não-israelitas. Não é de admirar que os israelitas tenham
manifestado seu desgosto apedrejando-o até a morte! (2Cr. 10.18). Roboão apressou-se a voltar para
Jerusalém, mas dissuadido pelo profeta Semaías de tentar usar a força armada contra os rebeldes do
norte.
Jeroboão, que estava presente á concentração, aproveitou-se da situação tensa e irreconciliável
para influenciar o povo, sensibilizando-o com argumentos que atingiram em suas raízes nacionalistas e
terminou organizando o reino do Norte com a reunião de dez tribos, ficando as duas restantes tribos do
sul com Reoboão. (1 Rs. 11.26- 12.33; 2Cr 10.)
O Reino do Norte (924 a 722 a.C)
Jeroboão havia recebido de Deus a promessa de governar o reino de Israel, mas logo que se
deu a divisão do reino unificado das doze tribos, e foi proclamado rei do novo Estado do Norte, afastou-
se completamente do Templo de Jerusalém e adotou a idolatria, instituindo a religião que lhe convinha.
Assim, o reino iniciado por Jeroboão nunca ficou firme diante de Deus.
O reino do Norte teve, em sua existência, 19 reis (Jeroboão, Nadabe, Baasa, Ela, Zinri, Onri,
Acabe, Acazias, Jorão, Jeú, Jeoacaz, Jeoás, Jeroboão II, Zacarias, Saium, Menaém, Pecaías, Peca e
Oséias). Foi um reino que se desenvolveu num clima de instabilidade pelas divergências constantes
entre os políticos, resultando, como consequência, a descontinuidade no seio da monarquia, que se
caracterizou pelas mudanças sucessivas na linha sucessória com dinastias diferentes.
Nunca o pais chegou a se consolidar numa estrutura de governo capaz de oferecer segurança e
paz aos governantes, de modo a conduzir os problemas nacionais livres de injunçôes prejudiciais ao
progresso da nação. E se não havia estabilidade na política interna também não era possível uma
conexão segura, desembaraçada e firme para resolver os intrincados problemas da política externa.
Devido à falta de entendimento entre os políticos, as crises se repetiam minando o organismo nacional,
as bases de segurança da nação. O problema religioso, que deveria ser um dos suportes de
sustentação do regime monárquico do povo de Israel, descia a ponto zero.
A consciência do povo minada por falsas ideias religiosas, ao sabor de uma minoria influenciada
por tradições estranhas, acrescidas ainda de muitos fatores negativos, envolvendo problemas de ordem
moral, enriquecimento ilícito em detrimento dos direitos do povo, assistência social deficiente, tudo isto
acumulado, apressava o desmoronamento da nação.
As pressões externas atuavam sempre mais violentas, ameaçando a soberania nacional. E sob
constante ameaça de invasão pelos assírios, para os quais dependia pesados tributos, o governo
procurou ajuda com os Egípcios. Salmanazar V, porém, rei da Assíria, não era monarca para se
amedrontar com alianças ocidentais. Marchou contra Samaria e cercou-a durante três anos, para cair
em 722 nas mãos de Sargão II. O que passou, então, dentro dos muros da cidade de Onri está além de
qualquer descrição. Vencidos pela fome e pela peste, com os exércitos assírios em redor, entregaram-
se, e os que não morreram foram levados em cativeiro para as regiões da Assíria e Babibônia.
O ano 722 marca o fim do Reino do Norte, o começo do cativeiro Israelita e também o auge do
Império Assírio, que a este tempo dominava todas as cidades assírias, bem como grande parte do
antigo Império Hiteu, estendendo os seus domínios para o sul, ameaçando a existência de Jerusalém,
que ainda resistiu mais tarde nas mãos dos Babibônicos.
A destruição do reino de Israel foi a grande lição que Deus deu ao mundo. Enquanto o povo se mantém
fiel, há prosperidade e paz; quando o povo se esquece de Deus, tudo desaparece. Esta tem sido a lição
que a maioria os povos não têm querido aprender.
O Reino do Sul
A dinastia davídica continuou com a instituição do Reino de Judá em 924 a.C. terminando com a
queda de Jerusalém, sob a Babilônia, entre 588 e 586 a.C. Eis a dinastia de Davi: Davi, Salomão Reoboão,
Abião, Asa, Jeosafá, Jeorão, Acazias, Atalia, Joás, Amazias, Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, Manassés, amom,
Josias, Jeioacaz, Jeoiaquim, Joaquim (Jeconias) e Zedequias.
Judá ficava enclausurada entre as suas altas montanhas, sem contato com a vida grandiosa que ao
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longe se desenvolvia, especialmente nas costas mediterrâneas e pelos confins da Síria e Assíria. Por isso,
particularmente, é que a sua sobrevivência ao Reino do Norte deve ser vista. O reino do Norte servia de
barreira contra o espírito avassalador dos sírios, e depois, dos assírios, situação esta que gerou não pequenas
crises em Judá e nos seus profetas. Jerusalém, devido ao seu prestígio de centro de culto e da nacionalidade,
dominava as outras cidades e contribuiu para que as influências desintegradoras que minavam outras cidades
do norte não atingissem o sul.
Enquanto Jeroboão era puramente um grande político, pouco se dando à religião, isto é, apenas se
servisse a fins políticos, Reoboão era religioso e a isso se deve uma parte do seu esforço. Ante a ameaça
constante que afetava diretamente a segurança dos dois reinos de Israel e Judá, seus governantes recorriam
ora a um ora a outro, firmando aliança para garantir a defesa dos seus territórios, e por esse meio, havia uma
penetração de idéias pagãs, que não só se propagavam no meio do povo, mas até mesmo entre sacerdotes e
governantes.
Nos dias de Acaz, houve uma aliança entre Israel e a Síria e estes atacaram Judá, fazendo com que
Acaz pedisse socorro ao rei da Assíria e foi atendido, tendo o rei Tiglate-Pileser atacado e ocupado a cidade
de Damasco. Rezim, rei da Síria, foi morto e toda a população deportada para Quir. Judá, entretanto, teve de
suportar pesado ônus em conseqüência da ajuda recebida, ficando subordinado ao pagamento de tributo ao
rei da Assíria.
Nos dias de Ezequias, filho de Acaz, Senaqueribe ocupou o trono da Assíria. Judá estava na mira do
novo soberano que mobilizou seu exército e o enviou contra as forças de defesa do rei Ezequias. O país foi
invadido e ocupadas todas as cidades fortificadas. Objetivando conter o ímpeto do invasor, Ezequias enviou
emissário relatando sua intenção de submeter-se aos tributos que fossem impostos. Mas a submissão
tributária não satisfez o invasor. A pressão continuou com o envio de tropas até as proximidades de
Jerusalém, exigindo a rendição do país e blasfemando do Deus de Israel. Jerusalém ficou isolada com as
comunicações cortadas com o exterior, parecendo que estava por pouco tempo a queda da cidade. Ezequias
envia seus servos a Isaías, o profeta, e Deus através desse envia resposta consoladora ao rei Ezequias, que
orando a Deus foi atendido. Deus enviou o seu anjo e numa só noite foi destruído o exército assírico
composto de 185.000 soldados. Em Nínive pouco tempo depois, Senaqueribe foi assassinado.
O pesadelo passou, caiu o cerco e Jerusalém voltou a normalidade.
Com Manassés e Amom o reino de Judá experimentou um período de declínio espiritual, o qual
terminou com a ascensão de Josias ao trono, o qual implantou uma reforma religiosa fazendo o que era mau
aos olhos do Senhor.
Com parte de seu plano de governo, Josias ampliou as fronteiras do país ocupando parte do território
do antigo reino de Israel. O reino de Judá passava por uma fase de tranqüilidade. Esta fase foi interrompida
pela movimentação de tropas do Egito forçando passagem na direção de Carquêmis, marchando contra o
império assirico. Opondo-se à passagem dessas tropas pelo território de Judá, Josias mobilizou seu exército e
marchou em defesa da soberania nacional. Travou combate com tropas do Faraó Neco e encontrou a morte
no campo de batalha, na planície de Megido.
Morre Josias e o povo israelita sofre tremendo golpe. A grande reforma empreendida por ele sofreu
um impasse, porque viu-se estancada por uma série de mudanças incompatíveis com o objetivo da reforma.
Jeoacaz, filho de Josias, assume o governo sob a tutela do Egito. Porém Faraó Neco o mandou prender em
Ribla, em terra de Hamate, para que não reinasse em Jerusalém, e estabeleceu a Jeoiaquim, também filho de
Josias. Dominado o Egito pela Babilônia, passa Judá ao seu domínio. Jeoiaquim tentou resistir, mas morre
em combate e Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar. Poucos meses depois é preso e exilado em Babilônia,
juntamente com a sua mãe, suas mulheres, seus eunucos, os poderosos da terra, os valentes até sete mil, os
carpinteiros e ferreiros até mil, e todos os varões destros na guerra.
E o rei de Babilônia estabeleceu a Zedequias em lugar de Joaquim, e este reinou 11 anos em
Jerusalém, sendo o último rei do período dos reis de Israel.
No ano de seu reinado, no mês décimo, aos dez do mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio
contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acampou contra ela, e levantaram contra ela tranqueiras em
redor. E a cidade foi sitiada até ao undécimo ano do rei Zedequias, aos nove do quarto mês, quando a cidade
se via apertada da fome, nem havia pão para o povo da terra. Os sofrimentos do povo foram indescritíveis.
As lamentações de Jeremias nos dão do que ocorreu dentro dos muros da cidade Santa durante o cerco.
Quando os muros foram arrombados e os soldados caldeus invadiram a cidade, os famintos foram passados à
espada, as mulheres foram presas da licenciosidade, os nobres passados à espada ou amarrados e levados
para Babilônia. Alguns conseguiram fugir pelos montes, mas foram caçados como animais selvagens e,
depois de torturados, mortos ou conduzidos amarrados para as planícies da Mesopotâmia. Os cadáveres
amontoavam-se pelas ruas; e os nobres eram amarrados, mão a mão, e conduzidos ao suplicio.
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Nunca na história do mundo, o pecado produziu tão amargos resultados. Além da destruição da
Cidade Santa, da ruína das famílias e da juventude, justamente os mais afetados, a vergonha e a humilhação
sem igual puseram esta infeliz gente ao ridículo, diante dos antigos inimigos edomitas, amonitas e todos os
povos seus vizinhos. O templo foi queimado e a cidade arrasada, carregando-se todas as riquezas para os
tesouros da Babilônia.
Para que a terra não se despovoasse, Nabucodonosor deu ordem para que um chefe nacional lá
ficasse para tomar conta dos cativos. Esta escolha caiu em Gedalias. Jeremias, o profeta, foi tratado com
brandura, devido ao papel conciliador que tinha tomado nas disputas entre o Egito e a Babilônia sobre Judá,
e teve à escolha de ir para babilônia ou ficar na terra, escolhendo a segunda opção. Juntamente com
Gedalias, procurou aproveitar qualquer vantagem que ainda pudesse restar, reunindo e encorajando o povo.
O terror que havia caído sobre o povo era aliviado por algumas vagas esperanças de salvação vindas do Egito
e por isso prepararam uma traição, sendo Gedalias morto, após o que os revoltosos carregaram Jeremias e
fugiram para o Egito.
EVA UNIDADE 4 - MARCAR COM UM X A ALTERNATIVA CORRETA 1 - COMO ERA CONHECIDA A FORMA DE GOVERNO NO TEMPO DOS JUIZES a)__Teocracia
b)__Democracia
c)__Monarquia
2 - QUEM FEZ A TRANSIÇÃO DO PERÍODO DOS JUÍZES PARA A MONARQUIA? a)__ Saul
b)__ Samuel
c)__ O Sacerdote Eli
3 - UM DOS MOTIVOS QUE LEVOU ISRAEL A PEDIR UM REI FOI: a)__ Para que a promessa de Deus se cumprisse logo
b)__ Não havia mais ninguém que quisesse se candidatar a Juiz
c)__ Eles pensaram que um rei daria forma ao Estado
4 - QUEM FOI O PRIMEIRO REI DE ISRAEL? a)__ Saul
b)__ Samuel
c)__ Davi
5 - UMA DAS PRIMEIRAS ATITUDES DE DAVI COMO REI FOI: a)__ Exterminar qualquer coisa que lembrasse Saul
b)__ Marchar sobre Jerusalém para conquistá-la
c)__ Marchar contra os filisteus
6 - UMA DAS QUALIDADES DE DAVI COMO REI ERA: a)__ A boa aparência
b)__ As amizades com os países vizinhos
c)__ A liderança militar brilhante
7 - UM DOS FATOS NEGATIVOS NO REINADO DE DAVI FOI: a)__ A revolta de seu filho Absalão
b)__ A revolta de seu filho Salomão
c)__ A revolta de seu filho Amon
8 - QUE FEITO MARCOU POSITIVAMENTE O REINADO DE SALOMÃO? a)__ A retomada dos territórios das mãos dos filisteus
b)__ A construção do templo em Jerusalém
c)__ Os diversos acordos políticos com países vizinhos
9 - COMO FICOU DIVIDIDO POLITICAMENTE ISRAEL APÓS A MORTE DE SALOMÃO? a)__ Reino unido e reino dividido
b)__ Reino grande e reino pequeno
c)__ Reino do Norte e reino do Sul
10 - QUAL CIDADE FICOU SENDO A CAPITAL DO REINO DO SUL? a)__ Jerusalém
b)__ Samaria
c)__ Silo
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UNIDADE 5 - OS OPRESSORES DE ISRAEL (1)
A PREPARAÇÃO PARA O CATIVEIRO
Não só os profetas Isaías e Jeremias, mas outros merecem entrar no rol dos que alertaram o
povo quanto ao juízo de Deus em forma de cativeiro. Jeremias foi, sem dúvida, o que teve a sorte de
profetizar contra o seu povo e contra a nação, visto como tanto os reis como o povo eram rebeldes a
Deus. Diante da situação internacional daqueles dias, só um poder podia livrar- o de Jeová. Os lideres,
porém, entendiam que mais valia um forte rei, que um grande Deus, e por essa causa selaram a sorte
da nação e da religião para aqueles dias. Habacuque profetizou nos últimos dias de Jerusalém. Pouco
se sabe de suas atividades, senão que seria companheiro de Jeremias, com ele partilharia as
amarguras que a próxima queda da cidade Santa iria sofrer. Obadias teria trabalhado também nos
últimos dias de Jerusalém, e sua profecia breve dirige-se aos edomitas, para mostrar que, se o.povo
eleito ia sofrer por seus pecados, eles não seriam poupados, mesmo que morassem nas cabeças das
rochas. Naum, bem como Miquéias, contemporâneos de Isaias, tiveram o seu papel de conselheiros
dos reis e do povo. Não foi por falta de conselho e ajuda que a nação foi destruída. Deus não
descansava, mandando os seus profetas admoestar uns e outros; a rebeldia, porém, podia mais que os
conselhos dos sábios.
O CATIVEIRO BABILÔNICO
O cativeiro foi uma calamidade nacional e religiosa. A julgar pelo sentimento dos povos daqueles
dias, um povo assim arruinado dava prova de que o seu deus tinha sido impotente para o preservar.
Jeová, pois, teria sido julgado pelos observadores, e mesmo historiadores, como um Deus igual aos dos
outros povos. Do ponto de vista nacional, a calamidade não foi menor, porque arruinou toda a estrutura
maravilhosa, construída á custa de tantos esforços e duros labores. Os dias dos juizes de Israel, as
experiências de vida de Saul e Davi, o apogeu de Salomão, tudo foi reduzido a nada. As maravilhosas
promessas feitas, de que nenhum povo seria tão glorioso quanto este, de pouco valeram. Entretanto,
nem tudo foi perdido. Os judeus perderam a sua cidade, a sua terra e importância como Nação, mas
ganharam o que não tinham podido obter nos dias pacíficos. Os seus profetas foram cuidadosamente
estudados, os conselhos do pastor do cativeiro, Ezequias, foram ouvidos, a religião entrou num estágio
espiritual, com a fundação de escolas, sinagogas e tantos outros meios de que se valeram os
desterrados, nos dias de suas tristezas junto ao rio Quebar. Quando pois, voltaram para sua terra,
vinham curados para sempre da idolatria e da apostasia. Os judeus destes últimos vinte e cinco séculos
podem ser acusados de muitas falhas, mas, de idolatria e apostasia, não. Hoje, ainda espalhados pelo
mundo por causa do pecado da rejeição do Messias aguardam fielmente o cumprimento das promessas
de Deus.
Passados 70 anos de cativeiro, veio a queda do Império Babibônico sob os Medos e os Persas. E no
primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor pela boca de Jeremias,
despertou o Senhor o espírito de Ciro, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por
escrito, dizendo: " O Senhor, Deus dos Céus, me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe
edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o Senhor seu
Deus seja com ele, e suba." II Cr. 36.22,23. Assim foi concedida a libertação aos Judeus e término do
cativeiro.
A ORIGEM DOS SAMARITANOS (2RS 17.24-41)
Quando as dez tribos foram transportadas para o cativeiro na Assíria, milhares dos pobres
ficaram. Sargon II rei da Assíria trouxe cativos estrangeiros de Babibônia, Cuta, Ava, Hamate, Sefarvaim
para habitarem "nas cidades da Samaria", a totalidade do Reino do Norte, a fim de destruir qualquer
sentimento nacionalista que ainda restasse. Isto resultou numa raça mestiça. Casamentos mistos entre
os israelitas deixados e os estrangeiros trazidos á terra de Israel, resultaram no povo samaritano. O
resultado foi uma mistura de tradições religiosas e culturais estrangeiras com os costumes e a fé dos
hebreus (2Rs 17.29-33). Já nos tempos do NT, no entanto, muitos samaritanos tinham deixado seus
modos pagãos e tinham nutrido uma fé baseada exclusivamente no Pentateuco. Jesus testemunhou a
uma mulher samaritana (Jo 4.4-26). Posteriormente muitos samaritanos tornaram-se crentes em Cristo
através do ministério de Filipe (At. 8.5-25)
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PERÍODO INTERBÍBLICO OU DO SEGUNDO TEMPLO
A volta a Israel, a reconstrução de Jerusalém e o templo marca o início de um novo período na
história de Israel. Este período chamado e interbiblico ou período do segundo templo. Ele põe fim ao
período monárquico da história de Israel.
O período inteiro consiste de quatro épocas, sendo:
- Período Pérsico - 537 a 330 a.C
- Período Grego-330 a 167 a.C
- Período Macabeu ou Asmoneano - 167 a 63 a.C
- Período Romano - 63 a C. a 313 d.C
PERÍODO PÉRSICO (537 A 330 A.C)
Na Bíblia Sagrada, principalmente nos Livros de Esdras e Neemias, vemos um perfeito relato do
que ocorrera neste período da história de Israel.
Cumpriu Deus sua promessa profética através de Jeremias (Jr 29.10-14), no sentindo de
restaurar o povo judeu depois de setenta anos de exílio, trazendo-o de volta à sua própria terra. (Ed
1.1,2). O colapso de Judá como nação e sua deportação para Babilônia ocorrera em três levas
separadas. Semelhantemente, a restauração do remanescente exílico, ocorreu em três levas. Na
primeira (538 a.C) 50.000 exilados voltaram, liderados por Zorobabel e Jesua; na Segunda (457 a.C),
mais de 17.000 voltaram conduzidos por Esdras, e na terceira leva (444 a.C), Neemias e seus homens
levaram de volta o restante do povo.
A repatriação dos judeus, sob a inspirada liderança de Esdras, a construção do Segundo Templo
no Sítio onde se erguera o Primeiro, a fortificação das muralhas de Jerusalém e o estabelecimento da
Knesset Haguedolá (a Grande Assembleia) Ne 7.73—8.1), o supremo órgão religioso e judicial do povo
judeu, marcaram o início do segundo estado judeu (período do Segundo Templo). Dentro do âmbito do
Império Persa, a Judéia era uma nação cujo centro era Jerusalém, sendo a liderança confiada ao sumo
sacerdote e ao conselho dos anciãos.
O PERÍODO GREGO (330 A 167 A.C)
"Período Grego", chamado o tempo da dominação Macedônica no mundo. Compreendendo as
primeiras conquistas de Filipe, até as guerras Macabéias.
Alexandre Magno, sucessor de seu pai Filipe, derrotou os Persas apossando-se do vasto
Império que formaram.
Alexandre, além de conceder a Jerusalém privilégios especiais, distinguiu com provas de
amizade os judeus que por ele se estabeleceram na cidade de Alexandria, onde o judaísmo assumiu as
suas relações mais íntimas com o helenismo quanto à sua filosofia e à sua literatura. Ao morrer
Alexandre, as suas conquistas passaram para as mãos de seus generais; e, durante as pelejas que
desde então sucederam, a Palestina compartilhava da confusão, até que a batalha de Ipso (301 a.C) fez
dos reis do Egito (os Ptolomeus) os dominadores dela durante um século inteiro, a despeito de diversos
atentados por parte dos seus antagonistas, os reis da Síria (os Selêucidas) para vencê-los. O novo
poder soberano era tanto mais forte como mais justo que o pérsico, e a sua administração o governo de
Jerusalém nas mãos da dinastia sumo-sacerdotal auxiliada por uma espécie de senado, incluindo as
ordens superiores do sacerdócio, cresceu e se consolidou.
Fora da Palestina também os judeus tornavam-se influentes, não somente em Alexandria, mas
também na Líbia, em Cirene, na Ásia Menor e em toda parte da Síria onde se estabeleciam pela coação
ou pelo favor dos Ptolomeus e Selêucidas. Do outro lado também o intercâmbio estrangeiro nutria-se
pelas colónias gregas da Palestina setentrional, especialmente as da zona que cercava o Mar da
Galiléia.
O resultado mais importante de tudo isso foi a versão grega das Escrituras hebraicas, chamada
de Septuaginta, obra esta que fez desaparecer o isolamento dos judeus e determinou a forma de
linguagem em que havia de ser escrito o Novo Testamento. Durante a supremacia ptolemaica, a
influência da cultura helénica se fazia sentir na vida e na literatura dos judeus; porém os seus efeitos
tornaram se mais evidentes depois de 198 a.C., quando Antíoco, o Grande (Seleucida), subjugou a
Judéia. Ao passo que o helenismo avançava, a nobreza sacerdotal tornava-se mais mundana. O cargo
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de sumo sacerdote veio a ser objeto de baixas intrigas. No tempo de Antíoco Epifânio, entre as classes
superiores, ficou moda verter o nome em forma grega (por exemplo, Menelau em Menaém) e de outras
maneiras menos inocentes, obscurecer a sua origem judaica. Afinal a loucura de Antíoco e de seus
partidários sumo sacerdotais produziu uma crise seguida por uma revolta violenta.
O PERÍODO MACABEU OU ASMONEANO - (167 A 63 A.C)
Antíoco e seus conselheiros, dando ouvidos aos mais extremos dentre os judeus helenizados,
acreditaram que a maioria da nação judaica estava pronta para aceitar a cultura grega. Impaciente com
lento progresso da helenizaçâo, Antíoco decidiu transformar a casa de Deus num templo grego de Zeus
ou Dionízio, a quem ele equiparava ao Deus de Israel. A forte resistência do povo levou à primeira
perseguição religiosa conhecida na história: a adoração a Deus foi proibida e os judeus forçados a
sacrificar a outros deuses.
A perseguição deu origem a uma revolta que não explodiu em Jerusalém, mas no vilarejo judeu
de Modim, no distrito de Lida. Alguns dos chefes pertenciam a povoados vizinhos, judeus piedosos que
se reuniram para defender a Lei. Matatias , sacerdote da família dos asmoneus, e seus filhos, se
recusaram a ordem real de sacrificar a Zeus. Matatias matou um judeu que estava prestes a obedecê-
la, assim como ao representante do rei, e destruiu o altar do povoado. Modim estava situada perto de
Lida, capital do distrito, e ficou então exposta a represálias. Matatias e seus filhos fugiram,
provavelmente para as montanhas "próximas a Samaria" (Gofna). Os hasideanos se juntaram ali a eles.
Do seu refúgio, Matatias e seus homens avançaram, derrubaram os altares dos deuses estrangeiros e
incitaram os povoados judeus contra os helenistas que viviam em Jerusalém sob a proteção do exército
Seleucida. Apolônio comandante das tropas de Samaria e governador da região nas vizinhanças de
Gofna marchou para esmagar a rebelião. Judas Macabeu que assumira o comando com a morte do pai,
Matatias, atacou as tropas reais, e as dizimou. Apolônio foi morto em combate e Judas tomou sua
espada e "desde então a usava sempre nos combates". Em resposta, as autoridades Selêucidas
retiraram as regiões de Lida e Gofna da Judéia e as anexaram a Samaria.
Judas Macabeu, o terceiro dos cinco filhos de Matatias, que do falecimento de seu pai em 166
a.C até sua própria morte na batalha de Elasa em 161 a.C., comandou em uma das mais heróicas
campanhas da história, os defensores da sua terra e da sua fé. Seu trabalho foi terminado por seus
irmãos que fundaram a dinastia asmoneana. Das suas fileiras levantara-se o partido chamado
Chasidim, que se distinguiu pela piedade e que se aderiu ao movimento macabeu, o qual serviu de
estímulo para reunir a nação toda, em volta da fé dos patriarcas.
Por meio das guerras a favor da libertação do jugo sírio, o fim religioso se alcançou. O templo foi
restaurado e de novo solenemente consagrado (165 a.C); e o líder macabeu foi reconhecido como o
Governador e Sumo Sacerdote para sempre, até que se levantasse um profeta fiel.
Entretanto, nessa época, a maior parte da nação estava possuída do espírito da agressão
estrangeira; e contra só mesmos sucessores do sossegado Chasidim, cuja esperança estava em Deus
e não na intervenção humana, Constantemente levantavam os seus protestos. Aos olhos dessa
crescente oposição religiosa, que nos últimos dias de Hircano (135-106 a.C) veio a ser conhecida como
fariseus (heb., perushim, isto é, separatistas), a ideia do Judaísmo estava em perigo. Esses homens,
cuja fortaleza estava nos escribas ou estudantes professos da Lei, pouco a pouco ganharam a atenção
do povo. Sofreram grande revés sob Alexandre Janeu (105 - 78 a.C), a favor de quem se deu uma
reação popular. Mas o terreno perdido foi mais do que recuperado sob sua viúva Alexandra (78 a 69
a.C), que separou a liderança secular da sagrada (seu filho Hircano II ficando como Sumo Sacerdote).
Cerca dessa época, o Sinédrio, mais do que nunca, ficou dominado pelos escribas e assim continuou
daí por diante. Ao morrer Alexandra, dissenções internas, concentrando-se ao redor de Hircano e de
seu irmão Aristóbulo, deram aos romanos o seu ensejo: sob Pompeu ocuparam Jerusalém, aboliram a
monarquia, restituíram a Hircano o título de Sumo Sacerdote.
Sob a dinastia dos Hasmoneus, que durou 80 anos, as fronteiras do reino eram muito
semelhantes ás do tempo do Rei Salomão; o regime atingiu consolidação política e a vida judaica
floresceu.
O PERÍODO ROMANO
Enquanto os fariseus lucraram com a mudança que roubou aos saduceus (casta exclusivista
composta de homens ricos e de posição; tinham sua sede no templo em Jerusalém e eram sujeitos a
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toda espécie de influências mundanas, incluindo a cultura grega e política romana.) a sua influência
política, ela realçou o contraste entre o ideal farisaico e a esperança popular da restauração do reino. A
dureza do seu jugo se sentiu, especialmente, quando Antípater, da odiada raça iduméia, sob mandado
de Roma, ficou até a sua morte em 43 a.C. ocupando o verdadeiro poder de estado, e quando, em 37
a.C seu filho Herodes o Grande, com o apoio de Roma, tornou-se rei da Judéia.
Por nascimento, indumeu; por profissão, judeu; por necessidade, romano; por cultura e por
escolha, grego; esse monarca sem escrúpulo, por inspirar temor, conservava-se no poder. Preencheu
os principais cargos do governo com homens desconhecidos e de descendência sacerdotal da
Babibônia e de Alexandria, e aboliu a posição de Sumo Sacerdote vitalício. Por interessar os judeus no
grande empreendimento nacional - Herodes lançou-se a um audacioso programa de construções, que
incluía as cidades de Cesaréia de Sebástia e as fortalezas em Heródio e Massada. Ele também
reformou o Templo, transformando-o num dos mais magníficos edifícios da época. Ele procurou desviar
de si a apatia do povo. Por ocasião de sua morte em 4 a.C., foi feita uma tentativa de insurreição que os
romanos, no entanto, reprimiram severamente, entregando o país ao três filhos de Herodes.
Filipe ficou com a região ao leste do Jordão; Antipas com a Galiléia e Peréia; Arquelau com a
Judéia e Samaria. Depois de 6 d.C., passou o reino de Arquelau para o governo direto de Roma, Pondo
Pilatos sendo procurador de 26 a 36 d.C.
O NASCIMENTO DE JESUS
Deus preparou o mundo para receber o Seu Filho Unigênito.
A Grécia, deu ao mundo a cultura, a língua; Alexandre o Grande instituiu o Koiné (grego popular)
como língua obrigatória em todo o império grego, por isso, o Novo Testamento foi escrito nesta língua;
Roma, pelas armas fechou as portas das guerras, havia paz no mundo, chamada de PAX
ROMANA.
A Judéia contribuiu com seu tradicionalismo religioso e nacional, sua fidelidade ao Senhor,
somada aos 400 anos de silencio profético, gerou uma grande expectativa e o mundo estava
plenamente preparado para receber o Messias.
Jesus não veio nessa época por obra do acaso, seu nascimento em Belém ligava-se ao passado
multissecular da intensa atividade de Deus em preparar todas as coisas para aquele glorioso momento,
que a Bíblia o chama de "Plenitude dos tempos" (Gl 4:4).
Quando tudo estava preparado, o mundo estava em condições de recebê-lo, então o "Sol da
Justiça” da profecia de Malaquias, despontou no horizonte da humanidade.
"A seu tempo" é o que Paulo diz (Rm 5.6), Cristo se manifestou. O mundo em que Jesus nasceu,
era o melhor de toda a sua história, para assistir o evento de tamanha significação e repercussão. Por
outro lado, olhamos e vemos um mundo desiludido, vivendo em constantes lutas, em meio a
imoralidades; um mundo escravo de opressores, de ambiciosos; um mundo de filosofias, ciências, artes,
literatura; um mundo de religião, deuses, templos, sacerdotes; um mundo de conquistadores; um mundo
de crimes, divórcios, infanticídios, horrores. Por outro lado, olhamos e vemos a mão de Deus ultimando
tudo, dando os derradeiros toques e, sobre as ruínas de um passado inglório, construir um mundo
cristão e, por meio da cruz de seu filho, salvar a humanidade errante e perdida. Foi em tal tempo que
nasceu nosso Senhor Jesus Cristo.
Após a morte de Herodes, a Judéia caiu sob a administração romana direta. À proporção que
aumentava a opressão romana à vida judaica, crescia a insatisfação, que se manifestava por violência
esporádica, até que rompeu uma revolta total no ano 66. As forças romanas, lideradas por Tito,
superiores em número e armamento, arrasaram finalmente. Jerusalém (ano 70), conforme profetizado
por Jesus no seu sermão (Mt 24 e 25) e posteriormente derrotaram o último baluarte judeu em Massada
(ano 73).
MASSADA
Aproximadamente 1.000 judeus - homens, mulheres e crianças - sobreviventes da destruição de
Jerusalém, ocuparam e fortificaram o palácio do Rei Herodes, situado no alto do monte Massada, às
margens do Mar Morto. Durante três anos, eles resistiram às repetidas tentativas romanas de desalojá-
los. Quando os romanos finalmente escalaram o monte e irromperam na fortaleza, descobriram que os
defensores e suas famílias haviam preferido morrer por suas próprias mãos a serem escravizados.
A destruição total de Jerusalém e do Templo foi uma catástrofe para o povo judeu. De acordo
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com o historiador da época, Flávio Josefo, centenas de milhares de judeus pereceram durante o cerco a
Jerusalém e em outros pontos do país, e outros milhares foram vendidos como escravos.
Um último breve período de soberania judaica na era antiga foi o que se seguiu à revolta de
Shimon Bar Kochbá (132), quando Jerusalém e a Judéia foram reconquistadas. No entanto, dado o
poder massivo dos romanos, o resultado era inevitável. Três anos depois, segundo o costume romano,
Jerusalém foi "sulcada por uma junta de bois"; a Judéia foi rebatizada de Palestina e a Jerusalém foi
dado o novo nome de Aelia Capitolina.
Embora o Templo tivesse sido destruído e Jerusalém completamente queimada, os judeus e o
judaísmo sobreviveram a seu fatídico encontro com Roma. O organismo legislativo e judiciário supremo,
o Sanhedrin (sucessor da Knesset Haguedolá) reuniu-se em lavne (ano 70) e, mais tarde, em
Tiberíades. Sem a estrutura unificadora do estado e do Templo, a pequena comunidade judaica
remanescente recuperou-se gradualmente, reforçada de vez em quando pela volta de exilados. A vida
institucional e comunal se renovou, os sacerdotes foram substituídos por rabinos e a sinagoga tornou-se
o centro das comunidades judaicas, conforme se evidencia pelos remanescentes de sinagogas
encontradas em Cafarnaum, Korazin, Baram, Gamia e outros locais. A Halachá (lei religiosa judaica)
tornou-se o elo comum entre os judeus e foi transmitida de geração a geração.
A HALACHÁ
A Halachá é o corpo de leis que tem guiado a vida judaica em todo o mundo desde os tempos pós-
bíblicos. Ela trata das obrigações religiosas dos judeus, tanto em suas relações interpessoais quanto em suas
observâncias rituais, abrangendo praticamente todos os aspectos do comportamento humano - nascimento e
casamento, alegria e tristeza, agricultura e comércio, ética e teologia.
Enraizada na Bíblia, a autoridade da Halachá é baseada no Talmud, o corpo de leis e saber
judaicos (completado no ano 400), que compreende a Mishná, primeira compilação escrita da Lei Oral
(codificada em 210) e a Guemará, uma elaboração da Mishná. A fim de oferecer orientação na
observância da Halachá, compilações concisas e sistematicamente ordenadas foram redigidas por
eruditos religiosos, a partir dos séculos l e II. Uma das mais autorizadas destas codificações é o
Shulchan Aruch, escrito por Joseph Caro em Safed {Tzfaf) no século XVI.
DIÁSPORA JUDAICA
Diáspora é o processo de dispersão dos judeus pelo mundo e conseqüente formação de
comunidades judaicas fora da Palestina.
A primeira diáspora inicia-se em 586 a.C., quando o imperador Babibônico Nabucodonozor II (605
a.C.-562 a.C.) invade Jerusalém e deporta os judeus para a Babibônia. Apesar da libertação de
Jerusalém pelo imperador persa Ciro II (559 a.C.-529 a.C.), em 539 a.C., apenas uma parte dos judeus
retorna a Jerusalém. A maioria opta por permanecer na Babibônia, e alguns migram para vários países
do Oriente.
O segundo momento da diáspora acontece no ano 70, com a destruição de Jerusalém pelos
romanos. A partir desse momento, os judeus dirigem-se para diversos países da Ásia Menor e do sul da
Europa, formando comunidades que mantêm a religião e os hábitos culturais judaicos. As que se
estabelecem mais tarde nos países do Leste Europeu ficam conhecidas como ashkenazi. Empurrados
pelo islamismo, os judeus do norte da África (sefaradins) migram para a Península Ibérica. Expulsos de
lá pela cristandade no século XV, migram para Holanda, Bálcãs , Turquia, Palestina e, estimulados pela
colonização europeia, chegam ao continente americano.
As visões judaicas a respeito da diáspora (tefutzah, em hebraico) divergem. Enquanto a maioria
dos judeus ortodoxos apoia o sionismo (retorno a Israel), outros se opõem ao conceito de moderna
nação como um Estado secular e acreditam que esta só poderá existir após a chegada do Messias.
EVA UNIDADE 5 - MARQUE COM UM X A ALTERNATIVA CORRETA 1 -COMO É CHAMADO O CATIVEIRO EFETUADO POR NABUCODONOZOR? a)__ Cativeiro Babibônico
b)__ Cativeiro sírio
c)__ Cativeiro grego
2 - QUANTO TEMPO DUROU O CATIVEIRO BABIBÔNICO a)__ 430 anos
b)__ 70 anos
27
c)__ 49 anos
3 - PORQUÊ FOI TRAZIDO OUTRO POVO PARA HABITAR A REGIÃO DE SAMARIA? a)__ Para reconstruírem as cidades destruídas
b)__ Porque esse outro povo não tinha pátria
c) __ Para destruir o sentimento nacionalista dos judeus
4 - QUEM LIDEROU A REPATRIAÇÃO DOS JUDEUS E A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO? a)__Esdras
b)__Neemias
c)__Ciro
5 - COMO FOI A DOMINAÇÃO DE ALEXANDRE EM RELAÇÃO A ISRAEL a)__Foi de intensa perseguição
b)__Foi de intensa amizade e privilégios aos judeus
c)__Foi sufocante, impedindo Israel de reerguer-se
6 - QUE FAMÍLIA LUTOU ARDUAMENTE CONTRA OS OPRESSORES DE ISRAEL? a)__ A família dos Herodes
b)__ A família de Esdras
c)__ A família dos Macabeus
7 - EM QUE PERÍODO (dominante) ACONTECEU O NASCIMENTO DE JESUS? a)__ No período romano
b)__ No período grego
c)__ No período macabeu
8 - DE ACORDO COM O APÓSTOLO PAULO, QUEM ÉPOCA NASCEU JESUS? a)__ A chegada do tempo
b)__ A plenitude dos tempos
c)__ A realidade do tempo
9 - COMO FICOU CONHECIDA A ÚLTIMA RESISTÊNCIA JUDAICA AO IMPÉRIO ROMANO? a)__ Halachá
b)__ Diáspora
c) __ Massada
10 - O QUE É DIÁSPORA? a)__ É um processo de dispersão de judeus pelo mundo
b)__ É um movimento de conversão e reconhecimento de Jesus como o Messias
c)__ É um movimento armado de resistência ao inimigo
UNIDADE 6 - OPRESSORES DE ISRAEL (2)
Domínios sob os quais viveu Israel após a sua dispersão e acontecimentos que culminaram com
a Criação do Estado de Israel - Cumprimento da Profecia - o Brotar da Figueira.
DOMINAÇÃO ESTRANGEIRA
O Domínio Bizantino - (313-636) No final do século IV, após a conversão do imperador Constantino ao cristianismo (313) e a
fundação do Império Bizantino, a Terra de Israel se tornara um país predominantemente cristão. Foram
construídas igrejas nos lugares santos cristãos de Jerusalém, Belém e da Galiléia, e fundaram-se
mosteiros em várias partes do país. Os judeus estavam privados de sua relativa autonomia anterior,
assim como do direito de ocupar postos públicos; também lhes era proibida a entrada em Jerusalém,
com exceçâo de um dia por ano (Tishá beAv - dia 9 de Av), quando podiam prantear a destruição do
Templo.
A invasão persa de 614 contou com o auxílio dos judeus, animados pela esperança messiânica
da libertação. Em gratidão por sua ajuda, eles receberam o governo de Jerusalém; esse interiúdio,
porém, durou apenas três anos. Subsequentemente, o exército bizantino recuperou o domínio da cidade
(629), e os habitantes judeus foram novamente expulsos.
O Domínio Árabe - (636-1099)
A conquista do país pelos árabes ocorreu quatro anos após a morte do profeta Maomé (632) e
durou mais de quatro séculos, sob o governo de califas estabelecidos primeiramente em Damasco, depois em
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Bagdá e no Egito. No início do domínio muçulmano, os judeus novamente se instalaram em
Jerusalém, e a comunidade judaica recebeu o costumeiro status de proteção concedido aos não-
muçulmanos sob domínio islâmico, que lhes garantia a vida, as propriedades e a liberdade de culto, em
troca do pagamento de taxas especiais e impostos territoriais.
Contudo, a introdução subsequente de restrições contra os não-muçulmanos (717) afetou a vida
pública dos judeus, assim como sua observância religiosa e seu status legal. A imposição de pesados
impostos sobre as terras agrícolas levou muitos judeus a mudar-se das áreas rurais para as cidades,
onde sua situação pouco melhorou; as crescentes discriminações sociais e econômicas forçaram
muitos outros a abandonar o país. Pelo final do século XI, a comunidade judaica da Terra de Israel
havia diminuído consideravelmente, tendo perdido também parte de sua coesão organizacional e
religiosa.
Os Cruzados - (1099-1291)
Nos 200 anos seguintes, o país foi dominado pelos cruzados que, atendendo a um apelo do
Papa Urbano II, partiram da Europa para recuperar a Terra Santa das mãos dos "infiéis". Em julho de
1099, após um cerco de cinco semanas, os cavaleiros da Primeira Cruzada e seu exército de plebeus
capturaram Jerusalém, massacrando a maioria de seus habitantes nâo-cristâos. Entrincheirados em
suas sinagogas, os judeus defenderam seu quarteirão, mas foram queimados vivos ou vendidos como
escravos. Nas poucas décadas que se sucederam, os cruzados estenderam seu poder sobre o restante
do país, em parte através de tratados e acordos, mas, sobretudo em consequência de sangrentas
conquistas militares. O Reino Latino dos Cruzados constituía-se de uma minoria conquistadora,
confinada em cidades e castelos fortificados.
Quando os cruzados abriram as rotas de transporte da Europa, a peregrinação à Terra Santa
tornou-se popular; ao mesmo tempo, um crescente número de judeus procurava retornar à sua pátria.
Documentos da época revelam que um grupo de 300 rabinos da França e Inglaterra chegou ao país,
instalando-se em Acre (Aço) e em Jerusalém.
Após a derrota dos cruzados pelo exército muçulmano de Saladino (1187), os judeus passaram
a gozar novamente de uma certa dose de liberdade, inclusive o direito de viver em Jerusalém. Embora
os cruzados conseguissem ainda manter sua presença no país após a morte de Saladino (1193), ela se
limitava a uma rede de castelos fortificados. O domínio cruzado sobre o pais chegou ao fim com a
derrota final frente aos mamelucos (1291), uma casta militar muçulmana que conquistara o poder no
Egito.
O Domínio Mameluco - (1291-1516)
Sob o domínio mameluco, o país tornou-se uma província atrasada, cuja sede de governo era
em Damasco. Acre, Jafa (lafo) e outros portos foram destruídos por temor a novas cruzadas, e o
comércio, tanto marítimo quanto terrestre, foi interrompido. No final da Idade Média, os centros urbanos
do pais estavam virtualmente em ruínas, a maior parte de Jerusalém estava abandonada e a pequena
comunidade judaica vivia à míngua. O período de decadência sob os mamelucos foi obscurecido ainda
por revoltas políticas e econômicas, epidemias, devastação por gafanhotos e terríveis terremotos.
O Domínio Otomano - (1517-1917)
Após a conquista otomana, em 1517, o país foi dividido em quatro distritos, ligados
administrativamente à província de Damasco; a sede do governo era em Istambul. No começo da era
otomana, cerca de 1000 famílias judias viviam na Terra de Israel, em Jerusalém, Nabius (Sichem),
Hebron, Gaza, Safed (Tzfaf) e algumas aldeias da Galiléia. A comunidade se compunha de descendentes de
judeus que nunca haviam deixado o país, e de imigrantes da África do Norte e da
Europa.
Um governo eficiente, até a morte do sultão Suleiman, o Magnífico (1566), trouxe melhorias e
estimulou a imigração judaica. Alguns dos recém-chegados se estabeleceram em Jerusalém, mas a
maioria se dirigiu a Safed onde, nos meados do século XVI, a população judaica chegava a 10.000
pessoas; a cidade se tornara um próspero centro têxtil, e foco de intensa atividade intelectual. O estudo
da Cabala (o misticismo judaico) floresceu durante este período, e novos esclarecimentos da lei judaica,
codificados no Shulchan Aruch, espalharam-se por toda a Diáspora, desde as casas de estudo de
29
Safed.
À proporção que o governo otomano declinava e perdia sua eficiência, o país foi caindo de novo
em estado de abandono geral. No final do século XVIII, a maior parte das terras pertencia a
proprietários ausentes, que as arrendavam a agricultores empobrecidos pelos impostos, elevados e
arbitrários. As grandes florestas da Galiléia e do monte Carmel estavam desnudas; pântanos e desertos
invadiam as terras produtivas.
O século XIX testemunhou os primeiros sinais de que o atraso medieval cedia lugar ao
progresso. Várias potências ocidentais procuravam alcançar posições na região, frequentemente
através de atividades missionárias. Eruditos ingleses, franceses e americanos iniciavam estudos de
arqueologia bíblica; a Inglaterra, a França, a Rússia, a Áustria e os Estados Unidos abriram consulados
em Jerusalém. Foram inauguradas rotas marítimas regulares entre a Terra de Israel e a Europa,
instalada conexões postais e telegráficas e construída a primeira estrada, entre Jerusalém e lafo. O
renascimento do país como a encruzilhada comercial de três continentes acelerou-se com a abertura do
Canal de Suez.
Conseqüentemente, a situação dos judeus do pais foi melhorando, e a população Judaica
aumentou consideravelmente. Em meados do século, a superpopulação dentro das muralhas de
Jerusalém levou os judeus a construir o primeiro bairro fora dos muros (1860) e, durante os vinte e
cinco anos seguintes, mais outros sete, formando o núcleo da Cidade Nova. Por volta de 1880, os
judeus já constituíam a maioria da população de Jerusalém. Terras agrícolas eram compradas em todo
o país; novas colónias rurais se estabeleciam; e o hebraico, durante muitos séculos restritos à liturgia e
à literatura, era revivido. O cenário estava pronto para a criação do movimento sionista.
Sionismo
O movimento de libertação nacional do povo judeu - é uma palavra derivada de 'Sion', o
sinónimo tradicional de Jerusalém e da Terra de Israel. O ideal do sionismo - a redenção do povo judeu
em sua pátria ancestral - está enraizado na contínua espera pelo retorno e na profunda ligação à Terra
de Israel, que foi sempre parte inerente da existência judaica na Diáspora através dos séculos.
O sionismo político surgiu em consequência da contínua opressão e perseguição dos judeus na
Europa Oriental e da desilusão com a emancipação na Europa Ocidental, que não pusera fim à
discriminação nem levara à integração dos judeus nas sociedades locais. Sua expressão formal foi o
estabelecimento da Organização Sionista (1897), durante o Primeiro Congresso Sionista, reunido por
Teodoro HerzI em Basileia, na Suíça. O programa do movimento sionista continha elementos
ideológicos e práticos para a promoção do retorno dos judeus à sua terra, do renascimento social,
cultural, econômico e político da vida nacional judaica, procurando também alcançar o reconhecimento
internacional para o lar nacional do povo judeu em sua pátria histórica, onde os judeus não fossem
perseguidos e pudessem desenvolver suas vidas e identidade.
O Domínio Britânico - (1918-1948)
Em julho de 1922, a Liga das Nações confiou à Grã-Bretanha o Mandato sobre a Palestina
(nome pelo qual o país era designado na época). Reconhecendo "a ligação histórica do povo judeu com
a Palestina", recomendava que a Grã-Bretanha facilitasse o estabelecimento de um lar nacional judaico
na Palestina-Eretz Israel (Terra de Israel). Dois meses depois, em setembro de 1922, o Conselho da
Liga das Nações e a Grã-Bretanha decidiram que as estipulações destinadas ao estabelecimento deste
lar nacional judaico não seriam aplicadas à região situada a leste do Rio Jordão, cuja área constituía os
três quartos do território do Mandato - e que mais tarde tornou-se o Reino Hashemita da Jordânia.
Imigração
Motivadas pelo sionismo e encorajadas pela "simpatia para com as aspirações sionistas dos
judeus", expressas pela Inglaterra, através do Ministro de Relações Exteriores Lord Balfour (1917),
chegaram ao país, entre 1919 e 1939, sucessivas levas de imigrantes, cada uma das quais trouxe sua
contribuição específica ao desenvolvimento da comunidade judaica. Cerca de 35.000 judeus chegaram
entre 1919 e 1923, sobretudo da Rússia, e tiveram influência marcante sobre o carátere a organização
da sociedade nos anos seguintes. Estes pioneiros lançaram os fundamentos de uma infra-estrutura
social e econômica abrangente, desenvolveram a agricultura, estabeleceram formas de assentamento
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rural comunal singulares - o kibutz e o moshav - e forneceram a mâo-de-obra para a construção de
moradias e estradas. A onda seguinte, entre 1924 e 1932, trouxe uns 60.000 judeus, sobretudo da
Polónia, e contribuiu para o desenvolvimento e enriquecimento da vida urbana.
Estes imigrantes se estabeleceram principalmente em Tel Aviv, Haifa e Jerusalém, onde criaram
pequenos negócios, firmas de construção e indústrias leves. A última grande onda imigratória anterior à
2a Guerra Mundial ocorreu na década de 30, após a ascenção de Hitier ao poder, e compôs-se de cerca
de 165.000 pessoas. Estes recém-chegados muitos dos quais eram profissionais e académicos,
representaram o primeiro grande influxo proveniente da Europa Central e Ocidental. Por sua educação,
habilidades e experiência, eles elevaram os padrões comerciais, refinaram as condições urbanas e
rurais e ampliaram a vida cultural da comunidade.
Administração
As autoridades mandatórias britânicas concederam às comunidades judaica e árabe o direito de
gerirem seus próprios assuntos internos. Utilizando-se deste direito, a comunidade judaica, conhecida
como o ishuv, elegeu em 1920 um órgão governamental autónomo, baseado em representação
partidária, que se reunia anualmente para avaliação das atividades e a eleição do Conselho Nacional
(Vaad Leumi), responsável pela implementação de sua política e programas. Este conselho
desenvolveu e manteve uma rede nacional de serviços educacionais, religiosos, sociais e de saúde,
financiada por recursos locais e por fundos angariados pelo judaísmo mundial. Em 1922, conforme
estipulado pelo Mandato, foi constituída a "Agência Judaica", para representar o povo judeu diante das
autoridades britânicas, governos estrangeiros e organizações internacionais.
Desenvolvimento Econômico
Durante as três décadas do mandato, a agricultura expandiu-se, foram criadas fábricas e
construíram-se estradas; as águas do Rio Jordão foram represadas para a produção de energia elétrica; e o
potencial mineral do Mar Morto passou a ser explorado. Em 1920 foi fundada a Histadrut (Federação Geral
de Trabalhadores), para promover o bem-estar dos trabalhadores e criar empregos, através do
estabelecimento de empresas de propriedade cooperativa no setor industrial, assim como de serviços de
comercialização para as colónias agrícolas comunais.
Cultura - Aos poucos, ia surgindo uma vida cultural específica da comunidade judaica na Terra
de Israel. A arte, a música e a dança desenvolveram-se gradualmente, com o estabelecimento de
escolas profissionais e estúdios. Criaram-se galerias e salas de espetáculos onde se apresentavam
exposições e espetáculos frequentados por um público exigente. A estreia de uma nova peça, o
lançamento de um novo livro ou a retrospectiva de um pintor local eram comentados pela imprensa e
tornavam-se o tema de animadas discussões nos cafés e reuniões sociais.
O hebraico foi reconhecido como uma das três línguas oficiais do país, ao lado do inglês e
árabe, e era usado em documentos, moedas e selos, assim como nas transmissões radiofónicas. A
atividade editorial proliferou, e o país tornou-se o centro mundial da atividade literária em hebraico.
Teatros de vários géneros abriam suas portas a audiências entusiásticas, e apareceram as primeiras
peças originais hebraicas.
Oposição Árabe E Restrições Britânicas
O renascimento nacional judaico e os esforços da comunidade por reconstruir o país
encontraram forte oposição por parte dos nacionalistas árabes. Seu ressentimento explodiu em
períodos de intensa violência (1920, 1921, 1929, 1936-39), quando os transportes judeus eram
molestados, campos e florestas incendiados e a população judaica era atacada sem motivo.
As tentativas do movimento sionista de chegar a um diálogo com os árabes foram infrutíferas, e
o nacionalismo árabe e judeu se polarizou em situação explosiva. Reconhecendo os objetivos opostos
dos dois movimentos nacionais, a Grà-Bretanha recomendou (1937) que o pais fosse dividido em dois
estados, um árabe e um judeu. A liderança judaica aceitou a ideia da partilha e encarregou a Agência
Judaica de negociar com o governo britânico, num esforço de reformular alguns aspectos da proposta.
Os árabes eram absolutamente contra qualquer plano de partilha.
Os Movimentos Clandestinos
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Três movimentos clandestinos judeus operaram durante o período do Mandato Britânico. O
maior era a Haganá, fundado em 1920 pela comunidade judaica como milícia de auto-defesa para
garantir a segurança da população judaica. A partir dos meados da década de 30, ela também passou a
retaliar os ataques árabes e a responder às restrições britânicas contra a imigração judaica com
demonstrações de massa e atos de sabotagem. O Etzel, criado em 1931, rejeitou as restrições auto-
impostas pela Haganá e iniciou ações independentes contra objetivos árabes e ingleses. O menor e
mais militante dos grupos, o Lechi, surgiu em 1940, e sua linha era sobretudo anti-britânica. Os três
grupos foram dissolvidos em maio de 1948, com a criação das Forças de Defesa de Israel.
Atos de violência contínuos e em grande escala levaram a Grã-Bretanha a publicar o Livro
Branco (maio de 1939), que impunha drásticas restrições à imigração judaica, embora tal restrição
significasse negar ao judaísmo europeu um refúgio à perseguição nazista. O início da 2a Guerra
Mundial, pouco depois, levou David Ben-Gurion, mais tarde o primeiro chefe de governo israelense, a
declarar: "Lutaremos na guerra como se não houvera o Livro Branco, e combateremos o Livro Branco
como se não houvesse guerra."
Voluntários Judeus Na 2ª Guerra Mundial
Mais de 26.000 homens e mulheres da comunidade judaica do país uniram-se ás forças
britânicas como voluntários no combate à Alemanha nazista e seus aliados do Eixo, servindo no
exército, marinha e aeronáutica. Em setembro de 1944, depois de prolongados esforços da Agência
Judaica no país e do movimento sionista no exterior pelo reconhecimento da participação dos judeus da
Palestina no esforço de guerra, foi constituída a Brigada Judaica unidade militar independente das
forças britânicas, com bandeira e emblema próprios. Formada por cerca de 5.000 homens, a Brigada
atuou no Egito, no norte da Itália e no noroeste da Europa. Após a vitória dos aliados na Europa (1945),
muitos de seus membros uniram-se ao movimento de "imigração ilegal", para trazer sobreviventes do
Holocausto á Terra de Israel.
O Holocausto
Durante a 2a Guerra Mundial (1939-1945), o regime nazista executou, deliberada e
sistematicamente, seu plano-mestre de liquidação da comunidade judaica da Europa; durante este
período foram assassinados 6 milhões de judeus, entre os quais 1,5 milhão de crianças. À proporção
que as tropas nazistas varriam a Europa, os judeus eram perseguidos selvagemente, submetidos a
torturas e humilhações inconcebíveis e fechados em guetos, onde tentativas de resistência armada
trouxeram em consequência medidas ainda mais drásticas. Dos guetos eles eram transportados aos
campos de concentração onde alguns afortunados eram submetidos a trabalhos forçados, e a maioria
era assassinada em fuzilamentos em massa ou nas câmaras de gás. Somente uns poucos escaparam.
Alguns fugiram para outros países, outros se uniram aos partisanos e alguns foram escondidos por não-
judeus, que o fizeram arriscando suas próprias vidas. Em consequência, de uma população de quase 9
milhões, que constituíra no passado a maior e mais vibrante comunidade judaica do mundo, sobreviveu
apenas um terço, incluindo aqueles que haviam deixado a Europa antes da guerra
Após a guerra, os britânicos intensificaram suas restrições ao número de judeus que tinham
permissão de entrar e se estabelecer no país. A comunidade judaica reagiu, instituindo uma ampla rede
de atividades de "imigração ilegal", para salvar os sobreviventes do Holocausto. Entre 1945 e 1948,
cerca de 85.000 judeus ingressaram no país, através de rotas secretas e muitas vezes perigosas,
apesar do bloqueio naval britânico e do patrulhamento nas fronteiras para interceptar os refugiados
antes que eles chegassem ao país. Os que eram capturados eram internados em campos de detenção
na ilha de Chipre.
O CAMINHO PARA A INDEPENDÊNCIA
A inabilidade da Grã-Bretanha em conciliar as exigências opostas das comunidades judaica e
árabe levou o governo inglês a requerer que a "Questão da Palestina" fosse inscrita na agenda da
Assembleia Geral das Nações Unidas (abril de 1947). Em consequência, foi constituído um comitê
especial para preparar propostas relativas ao futuro do país. Em 29 de novembro de 1947, a
Assembleia votou pela adoção da recomendação do comitê propondo a partilha do país em dois
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estados, um judeu e outro árabe. A comunidade judaica aceitou o plano; os árabes o rejeitaram. Após a
decisão da ONU, os militantes árabes locais, ajudados por forças voluntárias irregulares dos países
árabes, desfecharam violentos ataques contra a comunidade judaica, num esforço por frustrar a
resolução da partilha e impedir o estabelecimento do estado judeu. Após vários revezes, as
organizações de defesa judaicas expulsaram a maior parte das forças atacantes, tomando posse de
toda a área que tinha sido destinada ao estado judeu.
Em 14 de maio de 1948, data em que o Mandato Britânico terminou, a população judaica na
Terra de Israel era de 650.000 pessoas, formando uma comunidade organizada, com instituições
políticas, sociais e econômicas bem desenvolvidas - de fato, uma nação em todos os sentidos, e um
estado ao qual só faltava o nome.
EVA UNIDADE 6 - MARCAR COM UM X A ALTERNATIVA CORRETA 1 - QUE DOMÍNIO PERMITIA AO JUDEU VISITAR O PAÍS SÓ UMA VEZ POR ANO?
a) __ O domínio bizantino
b) __ O domínio romano
c) __ O domínio grego
2 - QUANTO TEMPO DUROU O DOMÍNIO ÁRABE? a)__ Cerca de 300 anos
b)__ Mais de quatro séculos
c)__ Pouco mais de 700 anos
3 - QUEM APELOU PARA QUE OS CRUZADOS MASSACRASSEM OS NÃO CRISTÃOS? a)__ Os árabes
b)__ Os judeus
c)__ Papa Urbano II
4 - EM QUE PERÍODO ISRAEL PERDEU TOTALMENTE SUA IMPORTÂNCIA NO MUNDO? a)__ Período Mameluco
b)__ Período dos Cruzados
c)__ Período Árabe
5-0 QUE ACONTECEU A NAÇÃO JUDAICA NO PERÍODO OTOMANO? a)__O pais foi totalmente destruído
b)__O país experimentou melhoria em vários sentidos
c)__O país passou a ser governado pelos papas
6-0 QUE É MOVIMENTO SIONISTA? a)__ Movimento de repressão aos judeus
b)__ Movimento de extradição de judeus
c)__ Movimento de libertação nacional do povo judeu
7 - QUE FATO IMPORTANTE OCORREU NO PERÍODO DO DOMÍNIO BRITÂNICO? a)__ A volta em grande escala de judeus para a palestina
b)__ A vitória de Israel sobre os britânicos
c)__ A expulsão dos árabes da palestina
8- O QUE FOI CRIADO PARA PROMOVER O BEM-ESTAR DOS TRABALHADORES JUDEUS? a)__Uma liga de defesa dos interesses judaicos
b)__Uma Federação Geral dos Trabalhadores
c)__Uma cooperativa para melhorar a exportação dos seus produtos
9 - QUE ATO HERÓICO OS VOLUNTÁRIOS JUDEUS DA 2a GUERRA REALIZOU?
a)__Dominou o exército alemão
b)__Lutou bravamente contra os ingleses
c)__Trouxe sobreviventes do holocausto para a terra de Israel
10 - QUE ATITUDE VERGONHOSA OS NAZISTAS TIVERAM CONTRA OS JUDEUS? a)__O holocausto
b)__A proibição de lutar no exército alemão
c)__A expulsão dos judeus do território alemão
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UNIDADE 7 - O ESTADO DE ISRAEL
“Quem Jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode acaso, nascer uma
terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois São, antes que lhe viessem as
dores deu à luz seus filhos." Is. 66.8
INDEPENDÊNCIA
O Estado de Israel foi proclamado no dia 14 de maio de 1948, de acordo com o plano de partilha
da ONU de 1947. Menos de 24 horas depois, os exércitos regulares do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e
Iraque invadiram o país, forçando Israel a defender a soberania que acabara de reconquistar em sua
pátria ancestral. Nesta luta - conhecida como a Guerra de independência de Israel - as recém-formadas
Forças de Defesa de Israel (FDI), pobremente equipadas, rechaçaram os invasores em lutas ferozes e
intermitentes, que se prolongaram por 15 meses, e custaram a vida de 6.000 israelenses (quase 1% da
população judaica no pais na época).
No transcurso dos primeiros meses de 1949, realizaram-se negociações diretas, sob os
auspícios da ONU, entre Israel e cada um dos países invasores (exceto o Iraque, que se recusou a
negociar com Israel até hoje); o resultado foi a assinatura de acordos de armistício, que refletiam as
posições no final dos combates. Em consequência, a planície costeira, a Galiléia e todo o Neguev
ficaram sob soberania israelense, a Judéia e a Samaria (a Margem Ocidental) ficaram sob o domínio da
Jordânia e a Faixa de Gaza, sob administração egípcia; a cidade de Jerusalém ficou dividida, cabendo à
Jordânia o controle da parte oriental, inclusive a Cidade Velha, e a Israel, o setor ocidental da cidade.
A CONSTRUÇÃO DO ESTADO
Com o fim da guerra, Israel concentrou seus esforços na construção do estado pelo qual o povo
tinha lutado tão longa e arduamente. O primeiro Knesset (parlamento) de 120 assentos entrou em
funcionamento após as eleições nacionais (25 de janeiro de 1949), com a participação de quase 85%
dos eleitores. Duas figuras que haviam conduzido Israel à independência tornaram-se os líderes do
país: David Ben-Gurion, presidente da Agência Judaica, foi eleito Primeiro-Ministro; e Chaim Weizmann.
presidente da Organização Sionista Mundial, foi o primeiro Presidente eleito pelo Knesset. Em 11 de
maio de 1949, Israel tornou-se o 59.° membro das Nações Unidas.
De acordo com o conceito de "reunião dos exilados", que é a verdadeira razão de ser do Estado
de Israel, os portões do país foram abertos de par em par, confirmando o direito de cada judeu de vir a
Israel e, ao chegar, receber cidadania. Nos primeiros quatro meses de independência, chegaram ao
país cerca de 50.000 imigrantes, em sua maioria sobreviventes do Holocausto. No final de 1951, haviam
chegado cerca de 687.000 pessoas, homens, mulheres e crianças, dentre os quais 300.000 refugiados
dos países árabes; a população judaica do país duplicara no prazo de quatro anos.
A crise econômica causada pela Guerra da Independência e a necessidade de dar atendimento
à população que crescia rapidamente exigiram uma política de austeridade interna e a procura de ajuda
financeira do exterior. O auxílio prestado pelo governo dos Estados Unidos, os empréstimos de bancos
americanos, a contribuição dos judeus da Diáspora e as reparações alemãs do pós-guerra foram
empregados na construção de moradias, na mecanização da agricultura, no estabelecimento da
marinha mercante e da linha aérea nacional, no desenvolvimento industrial e na expansão de rodovias,
telecomunicações e rede elétrica.
No final da primeira década, a produção industrial do país tinha dobrado, assim como o número
de pessoas empregadas; as exportações industriais haviam quadruplicado. O aumento das áreas
cultivadas havia trazido a auto-suficiência no suprimento de todos os produtos alimentícios básicos
(exceto carne e cereais); cerca de 20.000 hectares de terra árida foram reflorestados, e foram plantadas
árvores ao longo de 800 km de estradas.
O sistema educacional, desenvolvido pela comunidade judaica no período anterior ao estado e
que agora incluía o setor árabe, expandiu-se consideravelmente. A frequência escolar tornou-se gratuita
e compulsória para todas as crianças entre 5 e 14 anos (desde 1978 ela é obrigatória até os 16 anos e
gratuita até os 18). As atividades artísticas e culturais floresciam, misturando elementos ocidentais, do
Oriente Médio e da África do Norte; judeus chegados de todas as partes do mundo traziam
consigo as tradições especificas de suas comunidades, assim como os aspectos culturais
preponderantes dos países onde haviam vivido durante gerações.
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Quando Israel celebrou seu 10° aniversário, a população ultrapassava os 2 milhões de
habitantes.
A CAMPANHA DO SINAI, 1956
Apesar de tudo, estes anos de construção nacional foram obscurecidos por sérios problemas de
segurança. Os acordos de armistício de 1949 não só haviam fracassado em pavimentar o caminho para
a paz; eram também constantemente violados. Contrariando a resolução do Conselho de Segurança da
ONU de 14 de setembro de 1951, os navios israelenses e aqueles com destino a Israel eram impedidos
de passar pelo Canal de Suez; o bloqueio ao Estreito de Tiran foi reforçado; incursões de grupos
terroristas provenientes dos países árabes vizinhos ao território de Israel, vindos para matar e sabotar,
eram cada vez mais frequentes; e a península do Sinai convertia-se gradualmente numa imensa base
militar egípcia.
Com a assinatura de uma aliança militar tripartite entre o Egito, a Síria e a Jordânia (outubro de
1956) a ameaça à existência de Israel tornou-se mais iminente. No curso de uma campanha militar de
oito dias, as FDI capturaram a Faixa de Gaza e toda a península do Sinai, detendo-se a 16 km a leste
do Canal de Suez. A decisão da ONU de enviar uma Força de Emergência (UNEF) ao longo da fronteira
Egito-Israel e garantias egípcias de permitir a livre navegação no Golfo de Eilat levaram Israel a
concordar em retirar-se em etapas (novembro de 1956 - março de 1957) das áreas conquistadas
poucas semanas antes. Em consequência, o Estreito de Tiran foi aberto, permitindo o desenvolvimento
do comércio com países da Ásia e da África, assim como a importação de petróleo do Golfo Pérsico.
OS ANOS DE CONSOLIDAÇÃO
Durante a segunda década (1958-68), as exportações duplicaram e o PNB subiu cerca de 10%
anualmente. Artigos anteriormente importados, como papel, pneus, rádios e geladeiras, eram agora
fabricados no país; mas o crescimento mais vertiginoso ocorreu nos ramos recentemente criados, como
metalúrgica, mecânica, química e eletrônica. Como o mercado interno para os produtos alimentícios
estava chegando rapidamente a ponto de saturação, o setor agrícola voltou-se a culturas destinadas à
indústria alimentícia, assim como a produtos frescos para fins de exportação. Para atender à demanda
do crescente tráfego comercial, um segundo porto para navios de grande calado foi construído em
Ashdod, na costa do Mediterrâneo, além do já existente em Haifa.
Em Jerusalém foi construída a sede definitiva do Knesset, assim como novos prédios para o
Centro Médico Hadassa e para a Universidade Hebraica, em substituição aos locais anteriores situados
no Monte Scopus, abandonados após a Guerra da Independência. Foi fundado o Museu Israel, com o
objetivo de colecionar, conservar, estudar e expor os tesouros artísticos e culturais do povo judeu.
As relações exteriores de Israel expandiam-se: estreitaram-se os laços com os Estados Unidos,
os países da Comunidade Britânica, a maioria dos países da Europa Ocidental, quase todos os países
da América Latina e da África e alguns da Ásia. Iniciaram-se extensos programas de cooperação
internacional, e centenas de israelenses, médicos, engenheiros, professores, agrónomos, peritos em
irrigação e monitores de movimentos juvenis, compartilhavam seu know-how e experiência com outros
países em desenvolvimento.
Em 1965 o país trocou embaixadores com a República Federal da Alemanha, um passo que fora
anteriormente adiado por causa das amargas memórias do povo judeu dos crimes cometidos durante o
regime nazista (1933-45). Oposição violenta e debates públicos precederam a normalização das
relações entre os dois países.
O JULGAMENTO DE EICHMANN
Em maio de 1960, Adolfo Eichmann, um dos principais organizadores do programa de
extermínio nazista duranta a 2a Guerra Mundial, foi trazido ao país para ser julgado segundo a Lei
israelense (de Punição) dos Nazistas e de Seus Colaboradores, de 1950. Neste julgamento, iniciado em
abril de 1961, Eichmann foi considerado culpado de crimes contra a humanidade e o povo judeu, e
condenado à morte. Seu apelo à Suprema Corte foi rejeitado, e ele foi enforcado em 30 de maio de
1962. Esta foi a única vez em que a pena de morte foi aplicada sob a lei israelense.
A GUERRA DOS SEIS DIAS, 1967.
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As esperanças por mais uma década de relativa tranquilidade se esvaneceram, com a escalada
dos ataques terroristas árabes através das fronteiras com o Egito e a Jordânia, o persistente
bombardeamento dos núcleos populacionais do norte da Galiléia pela artilharia Síria e os massivos
preparativos militares dos estados árabes vizinhos. Quando o Egito novamente deslocou um grande
número de tropas para o deserto do Sinai (maio de 1967), ordenou que as forças de manutenção de
paz da ONU (aí estacionadas desde 1957) se retirassem da área, re-impôs o bloqueio do Estreito de
Tiran e fez uma aliança militar com a Jordânia, Israel viu-se diante de exércitos árabes hostis em todas
as frentes. Como o Egito violara os acordos alcançados após a Campanha de Sinai de 1956, Israel
invocou seu direito inerente de auto-defesa e desencadeou um ataque preventivo contra o Egito, no sul,
(5 de junho de 1967), seguido por um contra-ataque à Jordânia, no leste e a expulsão das forças sírias
entrincheiradas no planalto do Golan, ao norte.
Ao fim de seis dias de combates, as antigas linhas de cessar-fogo tinham sido substituídas por
novas; a Judéia, a Samaria, Gaza, a península do Sinai e o planalto do Golan estavam agora sob o
controle de Israel. Os núcleos populacionais do norte do país ficavam livres do bombardeamento sírio,
que durara 19 anos; a passagem de navios israelenses e com destino a Israel, através do Estreito de
Tiran estava assegurada; e Jerusalém, que estivera dividida entre Israel e Jordânia desde 1949, foi
reunificada sob a autoridade de Israel.
ENTRE DUAS GUERRAS
Terminada a guerra, o desafio diplomático de Israel era traduzir suas vitórias militares em paz
permanente, baseando-se na resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU que apelava
pelo"reconhecimento da soberania, integridade territorial e independência política de todos os estados da
região e de seu direito de viver em paz dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, livres de ameaças
ou atos de força". A posição árabe, contudo, conforme formulada na Conferência de Cúpula de Cartum
(agosto de 1967) era "não à paz com Israel, não a negociações com Israel e não ao reconhecimento de
Israel". Em setembro de 1968, o Egito iniciou uma "guerra de desgate", com ações esporádicas e
estáticas ao longo das margens do Canal de Suez, que se transformaram em combates de grande
escala, causando pesadas perdas a ambos os lados. As hostilidades cessaram em 1970, quando o
Egito e Israel aceitaram um novo cessar-fogo ao longo do Canal de Suez.
A GUERRA DE IOM KIPUR, 1973
Três anos de relativa calma ao longo das fronteiras terminaram no lom Kipur (Dia da Expiação),
o dia mais sagrado do calendário judaico, quando o Egito e a Síria lançaram um ataque de surpresa
coordenado contra Israel (6 de outubro de 1973): o exército egípcio atravessou o Canal de Suez e as
tropas sírias invadiram o planalto do Golan. Durante as três semanas seguintes, as Forças de Defesa
de Israel mudaram o rumo da batalha e repeliram os atacantes, atravessando o Canal de Suez, e
penetrando no Egito, ao mesmo tempo em que avançavam até 32 km de distância de Damasco, capital
da Síria. Dois anos de difíceis negociações entre Israel e o Egito e entre Israel e a Síria resultaram em
acordos de separação de tropas, pelos quais Israel se retirou de parte dos territórios conquistados na
guerra.
DA GUERRA À PAZ
Embora a guerra de 1973 tenha custado a Israel um ano de seu PIB (Produto Interno Bruto), a
economia já tinha se recobrado na segunda metade de 1974. Os investimentos estrangeiros cresceram,
e quando Israel se tomou um membro associado do Mercado Comum Europeu (1975), abriram-se
novos mercados aos produtos israelenses. O turismo incrementou e o número anual de visitantes
ultrapassou o marco de um milhão.
As eleições de 1977 para o Knesset trouxeram ao poder o bloco do Likud, uma coalizão de partidos
liberais e centristas, terminando com quase 30 anos de predominância do Partido Trabalhista. Ao tomar
posse, o novo primeiro-ministro, Menachem Begin, reiterou o compromisso de todos os seus
predecessores por uma paz permanente na região, apelando aos países árabes a virem à mesa das
negociações.
O círculo vicioso da rejeição por parte dos árabes a todos os apelos de paz de Israel foi rompido
com a visita do presidente egípcio Anuar Sadate a Jerusalém (novembro de 1977), à qual se seguiram
negociações entre o Egito e Israel, sob os auspícios dos E.U.A., e que culmiram com os acordos de
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Camp David (setembro de 1978). Tais acordos continham as linhas gerais para um acordo de paz
abrangente no Oriente Médio, inclusive uma proposta detalhada de auto-governo para os palestinos.
Em 26 de março de 1979, Israel e o Egito assinaram um tratado de paz em Washington, que trouxe o
fim aos 30 anos de estado de guerra entre os dois países.
De acordo com os termos do tratado, Israel retirou-se da península do Sinai, substituindo as
antigas linhas de cessar-fogo e acordos de armistício por fronteiras internacionais mutuamente
reconhecidas.
Alguns dos países africanos que haviam rompido suas relações com Israel em resultado da
pressão árabe durante a crise do petróleo de 1973 renovaram seus vínculos econômicos,
restabelecendo as relações diplomáticas.
OPERAÇÃO PAZ PARA A GALILÉIA, 1982
A fronteira internacional com o Líbano jamais foi questionada por nenhuma das partes. Contudo,
quando a Organização de Libertação da Palestina (OLP) se instalou no sul do Líbano, após ter sido
expulsa da Jordânia (1970), passando a perpetrar repetidas ações terroristas contra as cidades e
colónias agrícolas do norte de Israel (Galiléia), causando danos físicos e materiais, as Forças de Defesa
de Israel cruzaram a fronteira e entraram no Líbano (1982). A "Operação Paz para a Galiléia" conseguiu
remover a maior parte da infra-estrutura organizacional e militar da OLP para fora da região. Desde
então, Israel mantém uma pequena zona de segurança no sul do Líbano, adjacente á sua fronteira
setentrional, para salvaguardar a população da Galiléia contra os constantes ataques de elementos
hostis.
EVA UNIDADE 7 - MARCAR COM UM X A ALTERNATIVA CORRETA 1 - EM QUE DATA FOI PROCLAMADA A CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL? a)__ 14 de maio de 1948 b)__ 14 de maio de 1947 c)__ 29 de novembro de 1947
2 -O QUE CONTRIBUIU BASTANTE PARA A CONSTRUÇÃO DO ESTADO JUDEU? a)__ O retorno maciço dos judeus, principalmente os sobreviventes do holocausto.
b)__ O auxílio financeiro das nações vizinhas
c)__ O fim da perseguição aos judeus
3 - COMO FICOU CONHECIDA A LUTA PELA LIBERAÇÃO DO ESTREITO TIRAN? a)__ Campanha da paz b)__ Campanha da tríplice aliança c)__ Campanha do Sinai
4-0 QUE ACONTECEU AO NAZISTA ADOLFO EICHMANN? a)__ Foi julgado e condenado a morte em Israel
b)__ Foi capturado e depois libertado
c)__ Foi capturado e extraditado para a Alemanha
5-0 QUE ACONTECEU A ISRAEL NA GUERRA DOS SEIS DIAS? a)__Israel foi parcialmente destruído pelos inimigos
b)__Israel obteve uma vitória expressiva sobre os inimigos
c)__Israel só não perdeu o domínio de Jerusalém por causa da intervenção do Egito
6-0 QUE POITRATADO NA CONFERÊNCIA DA CÚPULA DE CARTUM? a)__ O cessar fogo contra Israel
b)__ O extermínio total de Israel
c)__ Não a paz com Israel, Não a negociação com Israel, não ao reconhecimento de Israel
7 - O QUE FOI A GUERRA DE IOM KIPUR? a)__ Foi uma guerra travada contra o Egito e a Síria no dia mais sagrado para Israel
b)__ Foi uma guerra vencida na península do Íon Kipur
c)__ Foi uma guerra travada na planície do Íon Kipur
8- O QUE OCORREU POLITICAMENTE COM ISRAEL EM 1975? a)__Foi ignorado pelo Conselho de Segurança da Onu
b)__Foi aceito como membro no Mercado Comum Europeu
c)__Foi admitido como integrante da Liga Árabe
9- O QUE AJUDOU O FECHAMENTO DO ACORDO DE PAZ ENTRE ISRAEL E O EGITO? a) __ A visita do Secretario Geral da ONU em Israel
b) __ A visita do papa à Terra Santa
c) __ A visita do presidente Egípcio a Jerusalém
10- COMO FICOU CONHECIDA A INVASÃO ISRAELENSE NO SUL DO LÍIBANO? a)__ Paz para a Galiléia
b)__ Paz para o Oriente Médio
c)__ Paz para o Líbano
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UNIDADE 8 - NOVOS DESAFIOS
DESAFIOS INTERNOS
Nas décadas de 80 e 90, Israel absorveu mais de 750.000 novos imigrantes, em sua maioria da
antiga União Soviética, Europa Oriental e Etiópia. Este grande influxo de consumidores, assim como o
considerável aumento do número de trabalhadores, profissionais ou não, somados a medidas estritas
de controle inflacionário, colocaram a economia num período de expansão acelerada, tendo sido
atingido um dos maiores índices de crescimento do PIB entre os países ocidentais.
O governo que subiu ao poder após as eleições de 1984 para o Knesset se compunha dos dois
principais partidos políticos - o Trabalhista (centro/esquerda) e o Likud (centro-direita). Este foi
substituído, em 1988, por uma coalizão encabeçada pelo Likud à qual, após o período de governo de
quatro anos, seguiu-se em 1992 uma coalizão trabalhista e de outros pequenos partidos de esquerda.
Durante estes anos, cada um dos governos trabalhou pela consecução da paz, o desenvolvimento
econômico e a absorção dos imigrantes, de acordo com suas próprias convicções políticas.
RUMO À PAZ NA REGIÃO Desde a assinatura do tratado de paz Egito-Israel (1979), várias iniciativas foram apresentadas,
por Israel e outros, com o objetivo de promover o processo de paz no Oriente Médio. Tais esforços
levaram à reunião da Conferência de Paz de Madrid (outubro de 1991), realizada sob os auspícios dos
Estados Unidos e União Soviética, que reuniu representantes de Israel, da Síria, do Líbano, da Jordânia
e dos palestinos. Os procedimentos formais foram seguidos de negociações bilaterais entre as partes e
por conversações multilaterais tratando de problemas regionais.
AS CONVERSAÇÕES BILATERAIS
Israel e os Palestinos
Após meses de intensivos contatos secretos em Oslo entre negociadores de Israel e da
Organização de Libertação da Palestina (OLP), foi formulada uma Declaração de Princípios, onde foram
delineados os arranjos para o auto-governo dos palestinos na Margem Ocidental e na Faixa de Gaza.
Sua assinatura foi precedida por uma troca de cartas (setembro de 1993) entre o líder da OLP Yasser
Arafat e o Primeiro-Ministro Yitzhak Rabin, nas quais a OLP renunciava ao uso do terrorismo,
comprometia-se a invalidar os artigos de sua Carta que negam o direito de Israel à existência, e se
comprometia a uma solução pacífica do conflito territorial de tantas décadas entre palestinos e judeus.
Por sua parte, Israel reconhecia a OLP como representante do povo palestino.
Assinada por Israel e a OLP em setembro de 1993 em Washington, a Declaração de Princípios
contém um conjunto de princípios gerais mutuamente acordados sobre um período interino de cinco
anos de auto-governo palestino, a ser implantado em quatro etapas. O primeiro passo, estabelecendo o
auto-governo na Faixa de Gaza e na área de Jericó, ocorreu em maio de 1994. Em agosto do mesmo
ano foi introduzida a segunda etapa, que envolvia a transferência de poderes e responsabilidades aos
representantes palestinos na Margem Ocidental em cinco esferas específicas - educação e cultura,
saúde, bem-estar social, impostos e turismo. O Acordo Interino Israelense-Palestino de setembro de
1995, que constitui a terceira etapa, ampliou o auto-governo palestino na Margem Ocidental através da
eleição de uma autoridade autónoma - o Conselho Palestino - a fim de permitir aos palestinos a
condução de seus assuntos internos.
A última etapa
Negociações entre as partes sobre os arranjos para o status final - iniciaram-se de acordo com o
que estava previsto em maio de 1996. Tais conversações determinarão a natureza permanente das
disposições, cobrindo assuntos pendentes que incluem: os refugiados, os assentamentos, assuntos de
segurança, fronteira e Jerusalém.
Israel e a Jordânia:
Três anos de conversações entre a Jordânia e Israel, após a Conferência de Madrid, culminaram
38
com uma declaração do Rei Hussein e do Primeiro-Ministro Yitzhak Rabin (julho de 1994), pondo fim ao
estado de guerra de 46 anos entre os dois países. O tratado de paz Jordânia-Israel foi assinado no
posto fronteiriço do Arava (perto de Eilat, em Israel, e Acaba, na Jordânia) no dia 26 de outubro de
1994, na presença do Presidente americano Bill Clinton. Desde então, Israel e a Jordânia vêm
cooperando em várias esferas para benefício de ambos países.
Israel e a Síria:
Nos marcos estipulados por Madrid, as conversações entre as delegações israelenses e Sírias
se iniciaram em Washington e têm-se realizado periodicamente em nível de embaixadores, com a
participação de altos funcionários americanos. Dois ciclos recentes de conversações de paz sírio-
israelenses (dezembro de 1995 e janeiro de 1996) focalizaram a segurança e outros assuntos-chave.
Profusamente detalhadas e de amplo escopo, as conversações identificaram importantes áreas de
concordância e convergência conceptuais, para discussão e consideração futuras.
CONVERSAÇÕES MULTILATERAIS
As conversações multilaterais foram iniciadas como parte integrante do processo de paz, com o
objetivo de encontrar soluções para problemas regionais fundamentais, e ao mesmo tempo instaurar
confiança para permitir relações normalizadas entre as nações do Oriente Médio. Após a Conferência
Multilateral de Moscou para o Oriente Médio (jsneiro de 1992), na qual participaram 36 países e
organizações internacionais, as delegações se dividiram em cinco grupos de trabalho, que tratam de
áreas específicas de interesse regional comum: meio ambiente, controle dos armamentos e segurança
regional, refugiados, fontes de água e desenvolvimento econômico. Seus participantes se encontram
periodicamente em vários locais da região.
ISRAEL RUMO AO SÉCULO XXI
Após o assassinato do Primeiro-Ministro Yitzhak Rabin (novembro de 1995), o governo - de
acordo com seu direito de nomear um dos ministros (neste caso, obrigatoriamente um membro do
Knesset) para exercer o cargo de primeiro-ministro até as próximas eleições - nomeou o Ministro das
Relações Exteriores Shimon Peres a esta função, com todos os privilégios concedidos pelo cargo. As
eleições de maio de 1966 trouxeram ao poder uma coalizão governamental constituída de elementos
nacionalistas, religiosos e centristas, chefiada por Binyamin Netanvahu do Likud.
Com o objetivo de dedicar-se aos interesses primordiais do Estado de Israel, o governo tem
diante de si vários desafios, entre os quais a continuação do processo de paz; a garantia da segurança
do país; a ampliação dos laços diplomáticos no mundo; a melhoria do sistema educacional, com a
instituição de turmas menores e o aumento do número de aulas diárias; a promoção de oportunidades
educacionais iguais; a ênfase nos estudos científicos e tecnológicos, a fim de atender à indústria
israelense; o aumento da competividade econômica com menor intervenção governamental; a redução
do déficit na balança de pagamentos; a manutenção de um índice inflacionário baixo; a diminuição da
burocracia governamental; a diminuição do peso dos impostos; o encontro de soluções para os
problemas habitacionais; e a expansão da infra-estrutura. O ritmo constante de imigração e o progresso
do processo de paz influenciarão sem dúvida de forma positiva o crescimento e o desenvolvimento
contínuo de Israel rumo ao próximo século.
ATUAL SITUAÇÃO POLÍTICA DE ISRAEL
NOME OFICIAL: Estado de Israel (Medinat Yisra'el).
CAPITAIS: Jerusalém (não reconhecida pela ONU), Telaviv (sede da maioria das embaixadas estrangeiras)
LOCALIZAÇÃO: Oeste da Ásia
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GEOGRAFIA: Área: 20.700 km
2.
Hora local: +5h.
Clima: mediterrâneo.
Cidades: Jerusalém (633.700), Telaviv (348.100), Haifa (265.700), Rishon Leziyyon (188.200), Holon
(163.100) (1998).
POPULAÇÃO: 6,2 milhões (2001);
Nacionalidade: israelense;
Composição: judeus 79,2%, árabes e outros 20,8% (1999).
Idioma: hebraico, árabe (oficiais), inglês.
Religião: judaísmo 77,1%, islamismo 12%, cristianismo 5,8% (católicos 2,7%, outros 3,1%), sem religião
e ateísmo 4,8%, bahaísmo 0,3% (2000).
Densidade: 299,52 hab./km2 (2001).
População urbana: 91% (2000).
Crescimento demográfico: 2,02% ao ano; fecundidade: 2,7 filhos por mulher;
Expectativa de vida: Homem 77,1 -Mulher 81 anos;
Mortalidade infantil: 5,9%o (2000-2005).
Analfabetismo: 3,9% (2000).
ECONÔMIA: Moeda: shekel novo; cotação para US$ 1: 4,13 (jul./2001).
Crescimento PIB: 5,2% ao ano (1990-1999).
Renda per capita: US$ 16.310 (1999).
Força de trabalho: 3 milhões (1999).
Exportação: US$ 25,8 bilhões (1999).
Importação: US$ 33,2 bilhões (1999).
Parceiros comerciais: EUA, Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda (Países Baixos), Suíça.
DEFESA: Exército: 130 mil;
Marinha: 6,5 mil;
Aeronáutica: 36 mil (2000).
Gastos: US$ 8,8 bilhões (1999).
RELAÇÕES EXTERIORES: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU.
Embaixada: tel. (61) 244-7675, fax (61) 244-6129, e-mail: [email protected] - Brasília, DF.
GOVERNO: República parlamentarista.
Divisão administrativa: 6 distritos subdivididos em municipalidades.
Presidente: Moshé Katsav (desde 2000).
Primeiro-ministro: Ariel Sharon (Partido Likud) (desde 2001).
Partidos: Trabalhista de Israel, Likud, Shas, Meretz.
Legislativo: unicameral - Assembleia, com 120 membros.
Constituição: não há Constituição escrita.
ECONOMIA Agricultura: laranjas (475 mil t), grapefruit (370 mil t), tomate (365 mil t), batata (235 mil t), trigo (145 mil
t) (1994).
Pecuária: aves (27 milhões), bovinos (362 mil), ovinos (330 mil) (1994)
Pesca, 18,6 mil t (1993)
Minérios: fosfato (2,6 milhões t), potássio (2,1 milhões de t), gás natural (24 mil m3) (1993)
Indústria: alimentícia, bebidas, tabaco, máquinas elétricas, refino de petróleo, carvão, metalúrgica,
lapidação de diamantes.
Parceiros comerciais: EUA (principal), Grã-Bretanha, Alemanha, Bélgica, Japão, Suíça.
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CONCLUSÃO
Observando a História de Israel, compreendemos o zelo de Deus por um povo desde a sua
formação. Um povo chamado para ser separado para Deus. Um povo com o qual Deus fez uma aliança
a qual permanece até os dias de hoje. Um povo que devido as terríveis perseguições pelas quais
passaram, poderiam já ter desaparecido da face da terra. Mas preservado devido a aliança feita com
Deus.
A perseguição e dispersão não fizeram com que fossem exterminados, Deus com seu dedo
escrevendo a história da humanidade, nos dias atuais cria meios e faz com que novamente este povo
seja reconhecido como nação.
"O Estado de Israel, é hoje uma realidade". Isto é o cumprimento da promessa de Deus. Têm
surgido muitas perguntas com respeito aos acontecimentos desde o reconhecimento de Israel como
Estado. Mas nós sabemos a razão pela qual Israel sobressaiu durante todas estas gerações.
Sabemos que Israel é o meio pelo qual Deus usou, para através dele concretizar o seu projeto
de redenção da humanidade.
E para nós resta uma advertência: " Aprendei agora esta parábola da figueira: Quando já os
seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabei que está próximo o verão. Igualmente vós, quando
virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas." (Mateus 24.32,33).
O reconhecimento de Israel como Estado e a volta de inúmeros judeus espalhados pelo mundo
para sua terra, e o cumprimento do que disse Jesus, isto é o brotar da figueira.
É de vital importância que a Igreja de Cristo, olhe para história deste povo, seus erros, acertos
muito nos ensinam acerca do amor e justiça Divina.
EVA UNIDADE 8 - MARCAR COM UM X A ALTERNATIVA CORRETA 1 - NA DÉCADA DE 1980, QUEM MAIS FORNECEU IMIGRANTES A ISRAEL? a)__ A antiga União soviética, a Europa Oriental e a Etiópia.
b)__ A antiga Alemanha Oriental
c)__ O continente europeu e asiático
2 - QUAIS OS DOIS PRINCIPAIS PARTIDOS POLÍTICOS DE ISRAEL? a)__ Os Democratas e os Conservadores
b)__ O Trabalhista e o Likud
c)__ O Trabalhista e o Liberal
3 - COMO SE CHAMOU O DOCUMENTO ASSINADO ENTRE ISRAEL E OS PALESTINOS? a)__ Declaração de Métodos para a Paz no Oriente Médio
b)__ Declaração dos Direitos Palestinos e Israelenses
c)__ Declaração de Princípios
4-0 QUE CONTINHA A DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS ASSINADOS PELOS DOIS PAÍSES? a)__ Um conjunto de princípios mutuamente acordados a ser implantado em quatro etapas
b)__ Um conjunto de leis bilaterais para lutar contra a intervenção americana na região
c)__ Um conjunto de medidas que só beneficiariam os palestinos
5 - O QUE SIGNIFICA OLP? a)__ Ordem para Legalização do Poder
b)__ Organização para Libertação da Palestina
c)__ Organização de Leis e Pactos
6 - COMO FICOU A RELAÇÃO ISRAEL/JORDÂNIA APÓS A CONFERÊNCIA DE MADRI? a)__ Não houve nenhum acordo de paz
b)__ O Primeiro Ministro israelense se recusou a assinar o acordo de paz
c)__ Foi assinado um acordo de paz, pondo fim a um estado de guerra de 46 anos.
7 - COMO ESTÁ O RELACIONAMENTO ISRAEL/SÍRIA EM RELAÇÃO À PAZ? a)__ As conversações estão sendo feitas em níveis de embaixadores e tratam da segurança
b)__ Está em estado muito primitivo, longe de ser um diálogo produtivo.
c)__ Os Estados Unidos não apoiam tais conversações
8 - QUE ASSUNTOS FORAM DISCUTIDOS NAS CONVERSAÇÕES BILATERAIS EM MOSCOU? a)__ O avanço tecnológico e científico na região do Oriente Médio
b)__ Meio-ambiente Controle de Armamentos e segurança regional, etc.
c)__ Projetos de pesquisas espaciais em conjunto com os países europeus
9 - QUAL O NOME DO PRIMEIRO-MINISTRO ASSASSINADO EM ISRAEL? a)__ Binyamin Netanyahu b)__ Simin Peres c)__ Yitzhak Rabin
10 - QUAL O NOME DA CAPITAL POLÍTICA DE ISRAEL a)__ Telaviv b)__ Jerusalém c)__ Haifa
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NOME DO ALUNO: ____________________________________________________________________
NOME DA MATÉRIA: ______________________________________________ DATA ___/___/______
FOLHA DE TAREFAS
Suas tarefas para eliminar a matéria serão responder os exercícios de cada unidade, copiar as
respostas para o gabarito e enviá-lo, juntamente com o comprovante de pagamento da próxima mensalidade.
Não precisa destacar as folhas de seu manual de estudo. Basta copiar as respostas e nos remetê-las.
Preencha a lacuna ―a‖ ou ―b‖ ou ―c‖ das respectivas
questões conforme este exemplo:
GABARITO DE RESPOSTAS
EVA 1 EVA 2 EVA 3 EVA 4 EVA 5 EVA 6 EVA 7 EVA 8
1 – (a) (b) (c)
1 – (a) (b) (c)
1 – (a) (b) (c)
1 – (a) (b) (c)
1 – (a) (b) (c)
1 – (a) (b) (c)
1 – (a) (b) (c)
1 – (a) (b) (c)
2 – (a) (b) (c)
2 – (a) (b) (c)
2 – (a) (b) (c)
2 – (a) (b) (c)
2 – (a) (b) (c)
2 – (a) (b) (c)
2 – (a) (b) (c)
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3 – (a) (b) (c)
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Endereço para correspondência
Pr. Ronaldo Batista Pereira – Coordenador Rua 16 Lt.15 /Qd. 73 – Bairro: Parque Paulista (9324-1655)
25261-400 – Duque de Caxias – RJ
1 – (a) (b) (c)