1ª frequência tp (resumo final)
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Licenciatura em Psicologia 2º Ano/2º Semestre
- Sofia Margarida Clemente Vieira Rodrigues Da Graça Teorias da Personalidade 1
Teorias da PersonalidadePersonalidade
1. O que é a Personalidade?] Personalidade é um tema complexo. Conceituá-la é uma tarefa difícil
para os estudiosos do assunto pois existem inúmeras definições de
Personalidade;
] Personalidade tem origem na palavra latina persona que designa a
máscara que o actor de teatro usava na antiguidade, para exprimir
diferentes emoções e atitudes;
] Sabemos que não há duas personalidades idênticas, como não
existem duas pessoas idênticas, mas existem traços comuns:
y Cada indivíduo é único;
y Consistência do comportamento;
y A personalidade como conceito que ajuda a prever e a explicar o
comportamento humano.
] A personalidade é traço distintivo de cada ser humano, é formada pela
combinação de características e qualidades distintas.
Uma definição simplificada de Personalidade
Personalidade é a resultante psicofísica da interacção dahereditariedade com o meio, manifestada através do
comportamento, cujas características são peculiares a cada
pessoa.
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2. Deter minantes da Personalidade.
] As determinantes da Personalidade são:
Hereditariedade;
Ambiente;
Situação.
] A Personalidade é, na generalidade, considerada como fruto de factores
hereditários e ambientais, e moderada por condições situacionais,
3. Conceitos de Psicologia da Personalidade.
] Temperamento;
(tendência herdada do indivíduo para reagir ao meio de maneira
peculiar. Assim, desde o nascimento, entre os indivíduos verificam-se
diferentes limiares de sensibilidade frente aos estímulos internos ou
externos, diferenças no tom afectivo predominante, variações no ritmo,
intensidade e periodicidade dos fenómenos neurovegetativos - que
funciona involuntariamente ou inconscientemente);
] Car ácter/Traço;
(conjunto de formas comportamentais mais elaboradas e determinadas
pelas influências ambientais, sociais e culturais, que o indivíduo usa
para adaptar-se ao meio. Ao contrário do temperamento, o carácter é
predominante volitivo - depende da vontade - e intencional.);
] Tipos de Personalidade
Personalidade é a interacção dos aspectos físicos, temperamentais e
caracteriológicos.
4. Aplicação das Teorias.] Psicoterapia;
] Avaliação Psicológica;
] Pesquisa.
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Carl Gustav Jung
5. Freud vs Jung.
] Freud concebia a Líbido como uma pulsão,
instinto ou energia denatureza puramente sexual, mas Jung acreditava que não;
] Jung recusa a forte caracterização sexual praticada por Freud, a Líbido
é energia vital num sentido mais geral e indiferenciado (energia essa
que, podendo assumir também um aspecto sexual, não é inteiramente
redutível a ele);
] No fundo, a grande clivagem/divergência entre ele e Freud, era que
Jung considerava que focalizar , na sexualidade, como sendo a energia
que o nosso comportamento era algo muito redutor/limitador;
] Jung achava que, para além da sexualidade, outros factores/fontes
ajudavam a explicar o nosso comportamento.
6. Líbido ou Energia Psíquica.
] Para Jung, esta força instintiva não poderia possuir apenas uma origem
sexual. Amplia este conceito designando-a como a Energia Psíquica;
] Esta Energia Psíquica está presente em toda a natureza,
incluindo emtodos os aspectos da natureza humana (mente, corpo, linguagem,
sexualidade, alimentação, mito, religião, arte, jogos, trabalho, amor ,
ódio, actividades ligadas à cultura«..).
7. Valor de um Elemento.
] A quantidade de energia psíquica investida num elemento da
personalidade é designada por valor desse elemento;
] O valor é uma medida de intensidade, ou seja, quando um indivíduo
investe muito numa ideia, isso quer dizer que essa ideia exerce uma
força considerável no início e na direcção do seu comportamento;
] Ao colocar energia em algo é valorizar algo.
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8. Funcionamento da Energia Psíquica ou Líbido.
] Para explicar o funcionamento da Energia Psíquica ou Líbido, Jung
utilizou dois princípios:
1. Princípio da Oposição
O conflito está sempre presente em toda a psicologia
jungiana;
Toda a sensação, desejo ou sentimento tem o seu oposto;
O conflito entre as polaridades é o principal motivador do
comportamento e gerador de energia;
Jung usa muitos opostos na sua teoria, ou seja, todos os
desejos têm opostos e é este conflito que gera também a
nossa energia ± a energia psíquica.
2. Princípio da Equivalência
Designa-se também por Princípio da Conservação da Energia;
Se um valor psíquico enfraquece ou desaparece, a energia a
ele ligada não se perderá, mas reaparecerá num novo valor;
Quer isto dizer que quando um valor tem menor intensidade,
então, um novo valor substituirá o anterior com uma maior
intensidade (esta é uma grande tendência humana).
9. Estrutura da Psique.
] Para Jung, a Personalidade Total ou Psique é composta por sistemas,
ou estruturas diferentes que se podem influenciar uns aos outros;
] Esses sistemas são: o Ego, o Inconsciente Pessoal e o Inconsciente
Colectivo;
10. Ego.
] É o centro da consciência;
] Parte da Psique preocupada com a percepção, o raciocínio, sensações
e lembranças;
] É a consciência de nós mesmos;
] É responsável pela execução das actividades normais da vida quando
estamos acordados;
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] Age de maneira selectiva, admitindo na consciência apenas parte dos
estímulos aos quais somos expostos;
] No fundo, o Ego é a nossa parte consciente e é onde chega apenas uma
parte do ³material´, o resto vai para o Inconsciente Pessoal.
11. Ego ± Atitudes - Introversão e Extroversão.
] Jung descobriu que cada indivíduo pode ser caracterizado como sendo
primariamente orientado pelo interior (a energia dirige-se ao mundo
interno do indivíduo) ou pelo exterior (a energia é focalizada no mundo
externo);
] Os Introvertidos concentram-se nos seus próprios pensamentos e
sentimentos no seu mundo interior , tendendo à Introspecção
O perigo para os introvertidos é imergir intensamente no seu interior que
perdem ou tornam ténue, o contacto com o ambiente externo;
Ou seja, um introvertido tem tendência para ter dificuldade nas relações
sociais;
] Os Extrovertidos envolvem-se com o mundo exterior das pessoas e
das coisas.
Tendem a ser mais sociais e mais conscientes do que acontece à sua
volta.Estes indivíduos estão tão orientados para os outros que podem acabar
por apoiar-se para os outros que podem acabar por deixar de
desenvolver as suas próprias opiniões.
O perigo para estes indivíduos é perder a individualidade.
Conclusão:
] Jung enfatizava que, nem a Introversão, nem a Extroversão, são uma
melhor que a outra.
Ou seja,
não é melhor ser introvertido nem extrovertido;O ideal para o ser humano é ser flexível, capaz de se adaptar a qualquer
dessas atitudes, pois quanto mais flexível um indivíduo for , mais em
equilíbrio ele actua.
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12. Ego ± Atitudes ± Funções Psíquicas.
] Jung identificou 4 Funções Psicológicas às quais chamou de Funções
Fundamentais:
a) Pensamento
- Maneira alternativa de elaborar julgamentos e tomar decisões.
- Está sempre relacionado com a verdade.
- As pessoas nas quais predomine a Função do Pensamento são
Reflexivas.
- Estes indivíduos são grandes planeadores.
b) Sentimento
- Os indivíduos sentimentais são orientados para o aspecto
emocional da experiência.
- Preferem emoções fortes e intensas ainda que não negativas, a
experiências apáticas.
- Para este indivíduo tomar decisões deve estar de acordo com
julgamentos de valores próprios (por exemplo: o bom ou mau, certo
ou errado) em vez de julgar em termos de lógica ou eficiência.
c) Sensação
- Refere-se a um enfoque na experiência directa, na percepção de
detalhes, de factos concretos.
- Reporta-se no que uma pessoa pode tocar , ver , cheirar.
- É a experiência concreta e tem sempre prioridade sobre a
discussão ou a análise da experiência.
- Os indivíduos sensitivos tendem a responder à situação vivencial
imediata e lidam eficientemente com todos tipos de crises e
emergências.
- Estão sempre prontos para o momento actual,
adaptam-sefacilmente emergências do quotidiano.
- Trabalham melhor com instrumentos, veículos e utensílios do que
qualquer um dos outros tipos.
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d) Intuição
- Forma de processar informações em termos de experiência
passada, objectivos futuros e processos inconscientes.
- As implicações da experiência são mais importantes para os
intuitivos do que a experiência real em si mesma.- Pessoas fortemente intuitivas dão significado às suas percepções
com tamanha rapidez que não conseguem separar as suas
interpretações conscientes dos dados sensoriais brutos obtidos.
- Processam informação muito depressa e relacionam a experiência
passada com as informações da experiência imediata.
13. Funções relacionadas com cada uma das Funções
Psíquicas.
1. Função Dominante
- Segundo Jung, de entre as funções específicas existe sempre uma
que é preferida pelo sujeito.
- Esta função surge pelo exercício e pelo desenvolvimento dos traços
congénitos.
- Também chamada de Função Principal, atribui ao indivíduo
características psicológicas particulares.
2. Função Secundária ou Auxiliar e Terciária
- No curso do desenvolvimento existe sempre a função que é distinta da
função principal, ou seja, a chamada Função Secundária.
- Fica relegada para um plano inferior e a sua existência é útil para
servir à função principal.
- A Função Terciária tem desenvolvimento rudimentar e é a oposta à
função auxiliar na escala de preferências.
3. Função Inferior - Função menos desenvolvida que se contrapõe à função dominante.
- Por norma a função dominante é consciente e a função menos
diferenciada é a função inferior.
- Tende a aparecer abruptamente quando uma pessoa se encontra sob
pressão e/ou doente.
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14. Tipos Psicológicos
] Pensamento Introvertido (Considera as ideias gerais aquilo que de
mais importante há, ou seja, quando aborda um problema, procura,
antes de mais, situar ideias e pontos de vista que lhe permitam uma
visão panorâmica dos temas a estudar.)
] Pensamento Extrovertido (Atitude de estabelecer ordem clara, lógica,
entre coisas concretas. O raciocínio abstracto não o atrai. Gosta de fazer
prevalecer os seus pontos de vista que coordena de maneira rígida e
impessoal tornando-se autoritário. Conduta pautada segundo regras
rigorosas, dentro dos seus princípios que aplica também aos outros.)
] Sentimento Introvertido (Pessoas calmas, retraídas, silenciosas.
Pouco acessíveis e difíceis de compreender , as suas verdadeira
intenções permanecem ocultas, pelo que existe algo de enigmático a
envolvê-las. Elevada profundeza, secretos e intensos. Evitam
manifestações emocionais exuberantes. Parecem frios e indiferentes,
quando na realidade ocultam, muitas vezes, grandes paixões.)
] Sentimento Extrovertido (Adequada relação com os objectos
exteriores, vivendo da melhor forma com o seu mundo. Acolhedores e
afáveis. Irradia um calor comunicativo que torna o indivíduo deste tipo o
centro de amizades numerosas. Faz a correcta avaliação desses
amigos. Facilmente pesa as qualidades positivas e negativas e não
forma assim ilusões sobre as pessoas com quem convive.
Manifestações exuberantes de afectividade que podem parecer
excessivas aos olhos de outros.)
] Sensação Introvertida (Extremamente sensível às impressões
provenientes dos objectos. Fixa-os em detalhes como se possuíssem
internamente uma máquina fotográfica. Essas impressões atingem-nos
profundamente mas não transparecem em reacções que dêem a medidade repercussão que as qualidades sensoriais dos objectos
determinaram. Ou seja, não demonstram a intensidade com que as
impressões os atingiram, dissimulam o impacto que lhes foi causado.
Indivíduos que põem acima de tudo o prazer estético, apreciam formas,
cores, perfumes.)
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] Sensação Extrovertida (Delicia-se na apreciação sensorial das coisas.
Ama os prazeres da mesa e o conforto das habitações. Relaciona-se de
modo concreto e prático aos objectos exteriores. Adapta-se facilmente
às circunstâncias possuindo seguro sentido da realidade. Os que
³sabem viver´.)] Intuição Introvertida (Sensível aos lugares e às possibilidades novas
que as coisas possam oferecer. O exterior interessa-o mas está mais
voltado para o interior. As múltiplas solicitações do exterior , quando
excessivas, chegam a ser consideradas como algo desagradável.
Cansa-se facilmente e aborrece-se de coisas que já lhe afiguram óbvias.
Os acontecimentos exteriores permanecem um tanto nebulosos devido à
incapacidade para registar o que ocorre diante dos seus olhos e de fixar
os detalhes precisos. Pessoa menos apta para prestar testemunhos.
Prazer em distanciar-se da realidade quotidiana.
] Intuição Extrovertida (Constante procura de novas possibilidades.
Empreende várias iniciativas ao mesmo tempo, pois tem dificuldade em
deixar de agarrar probabilidades vantajosas que se lhe oferecem sem
que os outros percebam. Não lhe agradam as situações estáveis. Sente-
se aí um prisioneiro.).
15. Inconsciente Pessoal.
] Camadas mais superficiais do inconsciente (fronteiras imprecisas com o
consciente).
] Estão incluídas: as Percepções e Impressões Subliminares (carga
energética insuficiente para atingir o consciente); Combinações de
Ideias (ainda demasiado fracas e indiferenciadas); Traços de
Acontecimentos (ocorridos durante o curso da vida e perdidos pela
memória consciente); Recordações Penosas (demais para seremrelembradas); Grupos de Representações (com forte potencial
afectivo, incompatíveis com a atitude consciente ± Complexos).
] Estes elementos podem provocar distúrbios tanto de natureza psíquica
como de natureza somática.
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16. Complexos.
] Caminhos que permitem chegar ao inconsciente.
] Desvinculam-se da consciência, passam a actuar no inconsciente, onde
continuam numa existência relativamente autónoma, a influências a
conduta.
] Os complexos podem ser conscientes ou inconscientes.
17. Inconsciente Colectivo.
] Jung acreditava que, para além da herança biológica, também
nascemos com uma herança psicológica.
] Ambas são determinantes essenciais do comportamento e da
experiência do ser.] Jung acreditava que a mente da criança já possui uma estrutura que
molda e canaliza todo o posterior desenvolvimento e interacção com o
ambiente.
] O Inconsciente Colectivo inclui materiais psíquicos que não provêm da
experiência pessoal mas de um património colectivo (o mesmo em
qualquer lugar e em qualquer época, não varia de pessoa para pessoa)
da espécie humana.
] Aos conteúdos do Inconsciente Colectivo,
Jung designou por Arquétipos.
18. Arquétipos.
] Experiências antigas contidas no inconsciente colectivo que se
manifestam por temas ou padrões recorrentes.
] Jung referenciou os seguintes arquétipos:
Persona;
- É a forma, através da qual, nos apresentamos ao mundo;
- É o carácter que assumimos;
- É através dela que nos relacionamos com os outros;
- Inclui todos os nossos papéis sociais (tipo de roupa que
escolhemos, o nosso estilo de expressão pessoal.);
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- Dependemos dela para os nossos relacionamentos diários (no
trabalho, no grupo de amigos);
- Possui um lado benéfico (auxilia a convivência com os outros ,
transmite sensação de segurança,) e um lado maléfico (perigo do
indivíduo se identificar com o papel por ele desempenhadofazendo com que a pessoa se distancie da sua própria natureza;
- Serve para nos proteger contra as características internas que
achamos que nos desqualificam e que queremos, portanto,
esconder.
Sombra;
- Para Jung a Sombra é o centro do Inconsciente Pessoal, o
núcleo do material que foi reprimido da consciência;
- Inclui aquelas tendências, memórias, desejos e experiências
que são rejeitadas pelo indivíduo como incompatíveis com a
persona e contrárias aos padrões e ideais sociais;
- Representa o que consideramos inferior na nossa personalidade
e o que negligenciamos e nunca desenvolvemos em nós
mesmos;
- É perigosa quando não é reconhecida pelo portador (que tende
a projectar qualidades indesejáveis no outros ou a deixar-se
dominar pela sombra sem se aperceber);
- Nunca pode ser totalmente eliminada;
- Quanto mais consciente mais recuperamos partes previamente
reprimidas por nós mesmos.
Anima/Animus;
- Anima constitui o lado feminino no homem;
- Constitui o lado masculino na mulher;
- Reconhecimento, por Jung, de que os humanos são,
essencialmente, bissexuais;
- Ambos os sexos possuem aspectos do sexo oposto, não só
biologicamente como também psicologicamente através de
sentimentos e atitudes;
- Contribuem para a maturidade do psiquismo do indivíduo (se
bem integrados no ego);
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- Responsáveis pelas qualidades das relações com pessoas do
sexo oposto.
Self;
- É o arquétipo central, da ordem e totalidade da personalidade;
- É formado pelo consciente e inconsciente que secomplementam (originando o Self);
- Centro de toda a personalidade;
- Emana toda a energia de que a psique dispõe;
- Integra e equilibra todos os aspectos do inconsciente conferindo
estabilidade à personalidade humana;
- Apenas emerge quando todos os outros sistemas da psique se
tiverem desenvolvido, por volta da meia-idade.
19. Desenvolvimento da Personalidade.
] Segundo Jung, o desenvolvimento da personalidade corresponde ao
mecanismo da individuação, ou seja, ao processo em que a pessoa se
torna um indivíduo psicológico;
] Jung acreditava que o desenvolvimento da Personalidade era um
processo contínuo ao longo da vida do indivíduo;
] O Ego inicia o desenvolvimento no início da infância;
] O Ego só se começa a formar quando as crianças começam a
diferenciar-se das outras pessoas;
] Da adolescência até à idade adulta os indivíduos estão centrados em
actividades preparatórias (predominam os processos conscientes);
] Na meia-idade (35-40 anos) ocorrem grandes mudanças da
personalidade, onde se dá início ao processo da realização do self , rumo
à Individuação.
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20. Individuação.
] Segundo Jung, todo o indivíduo tem uma tendência para a individuação
ou auto desenvolvimento;
] Significa tornar-se um ser único, homogéneo, na medida em que, por
individualidade, entendemos a nossa singularidade mais íntima, última e
incomparável (tornamo-nos o nosso próprio self);
] Processo de desenvolvimento da totalidade e de movimento em
direcção a uma maior liberdade;
] Quanto mais conscientes nos tornamos de nós mesmos, através do auto
conhecimento, mais se reduzirá a camada do inconsciente pessoal que
recobre o inconsciente colectivo;
] O primeiro passo no processo de individuação é o desnudamento da
Persona (embora esta tenha funções protectores mas também tem uma
máscara que esconde o Self e o Inconsciente);
] Representa um compromisso entre o indivíduo e a sociedade acerca
daquilo que alguém parece ser (nome, título, ocupação);
] O passo seguinte é o Confronto com a Sombra (o indivíduo aceita a
realidade da sombra e dela se distingue);
] Finalmente, dá-se o Desenvolvimento do Self (O Self é a nossa meta
de vida pois é a mais completa expressão de indivíduo. O Self torna-se onovo ponto central da psique e integrando o material consciente e o
inconsciente.
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Alfred Adler
21. Adler vs Freud.
] Adler não concordava em absoluto com as ideias freudianas emdiversos aspectos, nomeadamente na importância que Freud conferia às
pulsões sexuais na origem das neuroses.
] Para Adler , toda a humanidade partilhava um sentimento de
inferioridade que levava os indivíduos a procurar obter formas de
compensar essa deficiência.
] Adler explicava as neuroses, os problemas psíquicos e, de uma maneira
geral, a própria personalidade através de um complexo de inferioridade
que resultaria da experiência infantil de dependência bem como de umainferioridade orgânica.
22. Teoria Adleriana
(Inferioridade, Compensação e Superioridade).
] Adler observou que as pessoas com fraquezas orgânicas, tendem, por
meio de processos de compensação diversos, a tentar restabelecer o
equilíbrio, quer através de treinos adequados, quer recorrendo a
exercícios específicos.
] Esta motivação suplementar para esforços adicionais de superação
física, resulta num sobre-fortalecimento dos órgãos, antes fracos,
resultando daí uma maior destreza e força do indivíduo.
] Faz uma analogia da inferioridade orgânica com a inferioridade
psicológica, introduzindo a ideia de Complexo de Inferioridade.
] Para Adler , os sujeitos respondem a essa inferioridade através de um
mecanismo de Compensação,
tentando ser bons naquilo em que sesentem inferiores, ou destacando-se noutras áreas.
] Exemplo: Se olharmos para os jogos das crianças e para as suas
fantasias tendem a ter em comum o desejo de crescer , de ser grande,
de ser um adulto: este é um processo de compensação.
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] Se o sujeito fica dominado por estas forças de inferioridade pode
desenvolver um Complexo de Inferioridade.
] Estas pessoas apresentam uma baixa auto-estima e revelam pouca
noção de auto-eficácia.
] Para além da compensação e do complexo de inferioridade, existe umaterceira forma do sujeito lidar com os sentimentos de inferioridade.
Supercompensando-os e criando um Complexo de Superioridade
(envolve encobrir a inferioridade, pretendendo ser superior aos outros).
] Quando o sujeito se sente pequeno, uma forma de se engrandecer é
fazer os outros se sentirem ainda mais pequenos.
23. Luta pela Superioridade ou Perfeição.
] É o desejo que todos os indivíduos têm de realizar o seu potencial , e de
ficarem mais perto do seu ideal.
] Luta pela perfeição não foi o primeiro conceito que Adler utilizou para
definir esta força motivacional mas sim Instinto de Agressão.
] Adler considerava a agressividade como um incentivo para a superação
dos obstáculos e/ou como uma manifestação de uma vontade de poder.
] Outra das denominações utilizadas por Adler foi Protesto Masculino,
fazendo espelho da sua cultura.] A ultima expressão utilizada por Adler antes da luta pela perfeição , foi a
de Luta pela Superioridade.
24. Obstáculos ao Crescimento.
] Adler especifica, na infância, três situações que tendem a resultar em
processos de isolamento, falta de interesse social e desenvolvimento de
um estilo pessoal não cooperativo:
Crianças com Inferioridade Orgânica, tendem a tornar-se muito
fechadas em si próprias. Afastam-se da interacção com os outros
devido à valorização do sentimento de inferioridade, ou
incapacidade de competir com sucesso com outras crianças ou
amigos;
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Crianças Super Protegidas e mimadas também têm dificuldade
em desenvolver sentimentos explícitos de interesse social e
cooperação. Falta-lhes a auto-confiança nelas próprias, cuja
percepção não se adquire quando são sempre os outros a fazer
tudo por elas; No caso da Rejeição, esta impede o desenvolvimento da criança.
Uma criança não desejada não apreende as noções de amor e
cooperação em casa, sendo bastante difícil desenvolver essas
capacidades nela própria.
25. Ordem de Nascimento.
] Adler foi o primeiro teórico a incluir a influência na criança não só da
mãe e do pai, mas também dos ir mãos.
] Para Adler a ordem do nascimento tem grande influência social na
infância: a ordem em que o sujeito nasce na família afecta a sua
personalidade.
] Adler descreve quatro situações diferentes:
Primeiro Filho:
(Inicia a sua vida como único filho, com a atenção centrada em si;
quando o segundo filho chega é destronado. No inicio, a criança
pode lutar para recuperar a sua posição perdida. Tendem a tornar-
se bons organizadores, excessivamente interessados em manter a
ordem e a autoridade.)
Segundo Filho:
(Está numa situação diferente. Têm o irmão mais velho como
modelo e tende a tornar-se bastante competitivo, constantemente a
tentar ultrapassá-lo. Esta competição geralmente estimula o
desenvolvimento do segundo filho, que é mais rápido.)
Filho mais Novo:
(Costumam ser os mais mimados, e são os únicos que não são
destronados.)
Filho Único:
(Tem uma posição de primazia e poder na família. Amadurecem
mais cedo pois passam mais tempo na companhia de adultos.)
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26. Objectivos de Vida.
] Para Adler , o objectivo de vida de cada indivíduo é influenciado por
experiências pessoais, valores, atitudes e personalidade.
] Enquanto adultos, podemos ter razões definidas e lógicas para a
escolha de nossa profissão, no entanto, os objectivos de vida que nos
guiam e motivam formaram-se antes, no início da infância, e
permanecem um tanto obscuros e em geral inconscientes.
] A formação de objectivos de vida inicia-se na infância como forma de
compensação de sentimentos de inferioridade, insegurança e
desamparo num mundo adulto.
] Os objectivos de vida, por norma, funcionam como defesa contra
sentimentos de impotência, como uma ponte entre um presente
insatisfatório e um futuro brilhante, poderoso e realizador.
] Têm sempre um lado de ficção ou imaginação, no sentido em que
constituem potencialidades e não realidades.
] Os objectivos de vida dão direcção e finalidade às nossas actividades.
] Exemplo: alguém que luta pela superioridade procurando poder
pessoal desenvolver á traços de car ácter necessários para atingir
esse objectivo, tais como a ambição, a inveja e a desconfiança.
Adler salienta que esses traços de car á
cter não são nem
inatosnem imutáveis, mas foram adoptados como facetas essenciais
tendo em conta a direcção do objectivo do indivíduo.
27. Estilo de Vida.
] Em vez de tratar a personalidade do indivíduo no sentido tradicional,
referindo traços, estruturas, dinâmicas e conflitos, preferiu falar de
Estilos de Vida.
] Referem-se à forma como o indivíduo vive a sua vida , como lida com os
problemas e as relações interpessoais.
] Definiu 4 estilos de vida básicos através dos quais os indivíduos lidam
com os seus problemas ou tarefas de vida:
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Tipo Dominador :
(Desde a infância é caracterizado por uma tendência para a
agressividade e a tentativa de dominar outros. A sua energia é
tão forte ± na luta pelo poder pessoal ± que tendem a empurrar
tudo e todo o que se colocar no seu caminho); Tipo Dependente:
(São pessoas sensíveis que desenvolvem uma concha à volta de
si mesmos para os proteger. Dependem dos outros para resolver
as dificuldades que se lhes apresentam na vida. Têm baixos
níveis de energia, por isso tornam-se dependentes.)
Tipo Esquivo:
(Este é o tipo com menor nível de energia e sobrevive evitando a
vida, especialmente outras pessoas.)
Tipo Socialmente Útil:
(Esta é a pessoa saudável, que tem ao mesmo tempo interesse
social e energia.)
28. Tarefas de Vida.
] Adler defende que as três maiores tarefas com que o indivíduo se
defronta ao longo da sua vida são:
Trabalho:
(O trabalho, para Adler , inclui todas as actividades úteis à
comunidade, e não apenas as ocupações pelas quais recebemos
um salário. O trabalho fornece um sentimento de satisfação e
valorização apenas na medida em que beneficia outros.
A importância do trabalho está essencialmente baseada na nossa
dependência do meio físico.)
Am
izade: (Expressa nossa pertença à raça humana e a nossa constante
necessidade de adaptação e interacção com outros de nossa
espécie. As nossas amizades específicas estabelecem laços.
essenciais com nossa comunidade, uma vez que nenhum
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indivíduo jamais se relaciona com a sociedade do ponto de vista
abstracto.
O empenho amistoso e cooperativo é também um elemento
importante para o trabalho construtivo.)
Amor:(é discutido por Adler em termos exclusivos de amor
heterossexual. Ele envolve uma íntima união de mente e corpo e
a máxima cooperação entre duas pessoas de sexos opostos. O
amor baseia-se no facto de que a intimidade entre os sexos é
essencial para a continuação de nossa espécie. Adler escreve
que o vínculo íntimo do casamento representa o maior desafio
para a habilidade de cooperar com outro ser humano.)
] Adler acentua que estes três problemas, trabalho, amizade e amor ,
estarão sempre inter-relacionados.
] A solução de um, ajuda a solução de outros.
29. Interesse Social.
] Considerava que todo o comportamento humano era social pois,
crescemos num meio social e as nossas personalidades são ali
socialmente formadas.
] O interesse social era então mais do que a preocupação com a
comunidade próxima do indivíduo, incluía sentimentos de afinidade para
com toda a humanidade.
] Preocupação com a comunidade ideal de todo o género humano, e
como o último estágio da evolução de nossa espécie.
] O interesse social não é simplesmente inato ou aprendido, mas uma
combinação dos dois factores.] Para Adler a falta de interesse social está na origem da doença mental.
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30. Fortalecimento do Interesse Social.
] A terapia é um trabalho cooperativo entre terapeuta e paciente , um
relacionamento de apoio que ajuda este último a desenvolver
cooperação e interesse social.
] Adler alegava que a tarefa do médico ou psicólogo é oferecer ao
paciente a experiência de contacto com um companheiro e então
capacitá-lo, para transferir este interesse social entretanto despertado
para outras pessoas.
] Adler salientava que, frequentemente, o terapeuta deve prover os
cuidados, o apoio e o sentido de cooperação que o paciente nunca
recebeu dos seus próprios pais.
] Uma vez que Adler estava convencido do facto de que o interesse estar
voltado para a própria pessoa em vez de estar voltado para os outros é
o núcleo da maioria dos problemas psicológicos, sentia que a maior
missão do terapeuta era afastar gradualmente o paciente do interesse
exclusivo em si próprio, fazendo com que se volte para um trabalho
construtivo para os outros, como um membro com valor para a
comunidade.
31. Avaliação.
] Os métodos básicos de avaliação em Adler são:
A Ordem de Nascimento;
As Primeiras Lembranças:
(Para Adler pouco importa a veracidade dessas lembranças, o
importante era a temática para onde remetiam.)
A Análise de Sonhos:
(Tinha uma abordagem mais directa dos sonhos que Freud ouJung. Para Adler , os sonhos aparecem unificados com a vida
consciente, e reflectem os objectivos que o sujeito quer atingir e
os problemas que enfrenta para o conseguir.)
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Harry Stack SullivanH
32. Teoria Inter-Pessoal.
] Para este autor ,
para compreender a personalidade de alguém,
devemestudar-se as suas relações interpessoais, isto é, as relações que um
sujeito mantém com outras pessoas importantes da sua vida.
] A personalidade deriva das experiências que vivemos, experiências
essas que implicam uma redução das tensões associadas à satisfação
de necessidades.
] Para Sullivan existem dois tipos de necessidades:
Necessidades Físicas:
- Ar; Água; Comida. Necessidades de Segurança:
- São as necessidades interpessoais, de contacto com outros, em
relações portadoras de bem-estar.
- Sullivan definiu segurança como ausência de ansiedade.
- No entanto, a ansiedade é inevitável e torna-se o motor de
desenvolvimento da personalidade.
- O sistema do Self desenvolve um conjunto de mecanismos, que
Sullivan denomina de Operações de Segurança para reduzir a
ansiedade.
33. Sistema do Self (Personificações).
] O conjunto das relações a dois que o sujeito experiencia ao longo da
sua vida determina a sua personalidade
] A personalidade, por essência não pode existir na ausência de pessoas
significativas,
pessoas essas que são as que mais sentido têm na nossavida.
] Sem elas não podemos desenvolver o Sistema do Self , que é uma
parte da personalidade baseada nas relações mantidas com os outros.
] Este sistema do self advém de experiências interpessoais sempre em
desenvolvimento.
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] Este sistema do self advém de experiências interpessoais sempre em
desenvolvimento
] O sistema do Self está dividido em 3 partes:
Eu Bom:(É tudo o que gostamos em nós. Representa a parte de nós que
partilhamos com os outros e é onde habitualmente nos focamos,
porque não produz ansiedade.)
Eu Mau:
(Representa os aspectos do self que são considerados como
negativos, e por isso, escondidos dos outros, e provavelmente alguns
deles, até do self.
A ansiedade que é sentida resulta do reconhecimento da nossa parte
má, como quando nos recordamos de um momento embaraçoso ou
uma experiência passada de culpa.)
Não-Eu:
(Representa todas as coisas que provocam tanta ansiedade que nem
conseguimos assumir que fazem parte de nós. O não-eu é mantido no
inconsciente.)
] A esta espécie de ³sub-selfs´ Sullivan chama Personificações, que são
criadas nas nossas interacções com os outros e através de mecanismos
de Desatenção Selectiva (Mecanismo de Defesa).
] As defesas para além de reduzir a ansiedade, podem levar também a
interpretações deturpadas da realidade.
] Estas personificações são imagens mentais que nos permitementendermo-nos melhor , e ao mundo que nos rodeia.
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34. Desenvolvimento Cognitivo.
] Sullivan postulou três modos desenvolvimentais cognitivos (Modos de
Experiências), através dos quais o sujeito apreende a realidade:
Modo Prototáxico
(Desde o nascimento até à aquisição da linguagem)
A criança apreende mais do que compreende o mundo, de discretos
momentos desconexos, que não são previsíveis. A forma como
experiencia a sua existência confunde-se com a realidade ± a comida
aparece porque ele tem fome, por exemplo.
Modo Paratáxico
(A partir dos 2-3anos)
A criança passa para um tipo de pensamento preditivo, ainda que
rudimentar. Há uma dimensão mágica nas experiências realizadas.
A criança começa a utilizar a linguagem sem contudo compreender o
seu sentido exacto.
Modo Sintáxico
(A partir dos 7-8 anos)
A criança já consegue dar um sentido correcto às palavras, e a
linguagem torna-se precisa e lógica. Utiliza o raciocínio lógico e
percebe as relações entre passado, presente e futuro. O
conhecimento é adquirido através da comparação entre várias
situações que são confrontadas para estabelecer uma relação lógica
entre si.
] Os modos não se excluem entre si.
35. Épocas de Desenvolvimento ou Estágios de
Desenvolvimento.
] O indivíduo passa por estes estágios segundo uma determinada ordem, (o tempo que demora em cada um deles é influenciada pelo contexto
social onde está inserido).
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] As épocas de desenvolvimento são as seguintes:
Período Infantil (0-2anos)
Começa no nascimento, prolongando-se até ao aparecimento da
linguagem. O contacto com a mãe está, neste caso, normalmente
presente e, na maioria das vezes a criança consegue uma fonte dealimento e afecto. A criança vai conferir atributos vagos às pessoas
que dela se ocupam.
Exemplo: Se as interacções entre a mãe e a criança forem calorosas
e reduzirem as tensões primárias da criança, a mãe será
personificada como uma boa mãe. Contrariamente, se as relações
forem más a mãe será personificada como uma má mãe. Baseando-
se nas experiências mantidas com os outros, a criança começa a
diferenciar-se do mundo que a rodeia. Se as experiências foram
prazerosas, agradáveis e ocorrerem num ambiente caloroso, a
criança desenvolverá uma boa representação (personificação) de si.
Período da Infância (2-3 anos)
Nesta fase têm lugar um razoável número de aprendizagens, como a
aceitação das regras de higiene, e de conduta e, sobretudo, a
linguagem.
A criança começa a adquirir competências e autonomia em diversos
registos, aprendendo igualmente emoções negativas como o
desgosto, o medo, a tristeza e a cólera. Compreende também que
nem sempre procedeu bem, adquirindo uma primeira forma de
culpabilidade. Para Sullivan a criança adquiria estas primeiras
aprendizagens segundo cinco grandes modos:
1. Ensaio Frutuoso ± Os comportamentos conseguidos são
memorizados;
2. Recompensas e Puniões;
3. Tentativa e Erro ± Reparar nos erros para evitar repeti-los;
4. Aprender com a Ansiedade ± Quando um comportamento é
associado a uma ansiedade moderada, a criança aprende a
reduzi-lo ou evitá-lo;
5. Aprendizagem Dedutiva.
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Período Juvenil (3-8 anos)
Aparece por altura dos primeiros anos da escola pré-primária em que
a criança é confrontada com outras crianças ( e com outras formas de
se comportar), devendo aceitar novas figuras de autoridade ±
educadores. As ideias e hábitos adquiridos em casa nãocorrespondem aos encontrados no novo universo, sofrendo
reformulações.
Período da Pré Adolescência (9-12 anos)
A criança experimenta a necessidade de mais intimidade e procura
uma relação privilegiada com alguém do mesmo sexo. Juntos
realizam novas experiências e exercem sobre o outro grande
influência. Esta relação ajuda a criança a sentir-se útil e alguém de
quem é possível gostar.
Período da Primeira Adolescência (13-17 anos)
Tem início na puberdade, quando o sujeito procura uma relação com
um parceiro do sexo oposto. O valor pessoal aparece muitas vezes
como sinónimo de atractibilidade sexual, e a aceitação por parte dos
pares do sexo oposto. Sullivan postula três modos de expressão da
intimidade:
1. Autofílico (virado para si próprio);
2. Isofílico (direccionado para um indivíduo do mesmo sexo);
3. Heterofílico (orientado para um indivíduo do sexo oposto).
Final da Adolescência (18-22anos)
Neste estágio, as relações estáveis tornam-se o foco primário do
sujeito, e é nesta fase que as várias facetas da personalidade se
estabilizam.
Fase Adulta (a partir dos 23 anos)
As lutas que o sujeito trava nesta fase são as da segurança
económica, carreira e família. Tendo havido sucesso nos estágios
anteriores, nomeadamente nos anos da adolescência, as relações
adultas e as necessidades de socialização tornam-se mais fáceis de
obter.
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Erich FrommH
36. Freud vs Marx vs Fromm.
] A teoria de Fromm é uma mistura entre Freud e Marx.] Freud enfatizava o inconsciente, as pulsões biológicas, o recalcamento;
] Marx via as pessoas como determinadas pela sua sociedade;
] Fromm acrescentou a estas duas visões deterministas o conceito de
liberdade, fundamental para a compreensão da sua teoria;
] Para ele, através da liberdade ± característica central da natureza
humana - o sujeito transcende o determinismo.
] Então, a Personalidade resulta da interacção dinâmica entre as
necessidades inerentes à natureza humana e as forças exercidas pelas
normas sociais e pelas instituições.
] Os sujeitos estão sujeitos a pulsões contraditórias como as de
liberdade e de segurança.
] Ele defende que os sujeitos utilizam diferentes técnicas para aliviar a
ansiedade associada à percepção de liberdade, e sentirem segurança:
Autoritarismo:
Permitir que um sujeito seja controlado por outro. Tem duas formas de
demonstração ± o masoquismo (submeter-se ao poder dos outros
tornando-se passivo) e o sadismo (tornar-se a autoridade, aplicando a
estrutura aos outros e dominando-os).
Destrutividade:
Neste tipo de técnica o sujeito visa eliminar o outro , fugindo da
sensação de falta de poder relativamente ao mundo eliminando-o. É
este tipo de mecanismo que produz, segundo Fromm as formas mais
graves de prejuízo da humanidade: brutalidade, vandalismo,
humilhação, crime, terrorismo«
Se o desejo de destruir do indivíduo é bloqueado por alguma
circunstância, pode ser redireccionado para o seu interior dando lugar
à auto-agressão, sendo a sua forma mais grave o suicídio.
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Conformidade Autómota:
Vem da pressão social para a conformidade e para a igualdade. Se o
indivíduo se parecer , falar pensar e sentir como todos os da sua
comunidade, desaparece na multidão, e não necessita de tomar
conhecimento da sua liberdade. A pessoa que utiliza a conformidadeautómota é como um ³camaleão social´: apresenta a ³cor´ do contexto
onde está inserido. Ao parecer-se com todos os outros, deixa de se
sentir sozinho. Contudo, também não é ele próprio.
] Como a verdadeira natureza da humanidade é a liberdade, qualquer
uma destas fugas alienam o sujeito de si próprio.
37. Tipos de Famílias.
] Segundo Fromm, a técnica preferencial que o sujeito utiliza para aliviar a
sua ansiedade, depende do tipo de família em que cresceu.
] Define dois tipos de família:
Famílias Simbióticas:
A simbiose é a relação entre dois organismos que não podem viver um sem
o outro.
Num tipo de família simbiótica, alguns membros da família são ³engolidos´
por outros, e por isso não desenvolvem plenamente uma personalidade
própria
Exemplo:
y Pais ³engolem´ a criança, e por isso a personalidade da criança é um
mero reflexo dos desejos dos pais;
y A criança ³engole´ os pais, e neste caso a criança domina e manipula
os pais que existem essencialmente para servir a criança.
Famílias Destrutivas/Afastadas:
Neste caso estamos perante famílias muito frias e desligadas do ponto de
vista afectivo.Na sua versão fria, os pais exigem muito da criança, de quem esperam que
se comporte segundo padrões elevados e bem definidos. As punições são
efectuadas sem grandes afectos e ³para o bem´ da criança. Utiliza-se a
culpa e a retirada do afecto como punição.
Este tipo de família leva à defesa de tipo destrutivo.
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A segunda forma deste tipo de famílias (desligadas) é a mais comum na
actualidade, e inicia-se com a mudança de paradigma relativamente à
educação das crianças ± educá-las como iguais, os pais serem os melhores
amigos dos filhos, o que leva a que deixem de ser realmente pais e passem
a co-habitar com a criança. As crianças sem uma verdadeira condução por
parte do adulto viram-se para os seus pares e para os media na busca de
valores.
38. O que torna uma família boa, saudável e produtiva?
] Fromm sugere que é uma família onde os pais tomem a
responsabilidade de ensinar às suas crianças regras, numa atmosfera
de amor.
] Ao crescer neste tipo de família,
as crianças aprendem a ter consciênciada sua liberdade e a tomar a responsabilidade por si mesmo , e em
última instância pela sociedade como um todo.
39. Tipos de Personalidade ou Orientações.
] Fromm definiu 5 tipos de personalidade, a que chamou Orientações:
Orientação Receptiva:
São o tipo de pessoas que esperam receber o que necessitam.
Acreditam que todos os bens e satisfação das suas necessidadesvêm do exterior. Encontra-se muito nas faixas mais desfavorecidas
da população.
Esta orientação está muito ligada com famílias simbióticas,
especialmente naquelas em que as crianças são ³engolidas´ pelos
pais.
Orientação Exploradora:
Estas pessoas esperam conseguir tirar dos outros aquilo de que
necessitam. De facto, para elas as coisas têm tanto mais valor
quanto são retiradas de outras pessoas (ideias plagiadas, amor
adquirido por coacção). Entre as suas características encontramos
o sentirem-se muito confortáveis a dar ordens aos outros.
Esta orientação está ligada às famílias simbióticas, na versão em
que a criança ³engole´ os pais.
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Orientação Ar mazenadora:
Neste tipo de orientação as pessoas esperam guardar. Vêem o
mundo como posse, ou potenciais posses. Até os entes queridos
são coisas que se possui, guarda ou compra.
O armazenamento está ligado à forma fria da famíliadestrutiva/afastada.
Orientação de Marketing:
Esta orientação espera vender. O sucesso tem a ver com a forma
como o sujeito se vende, como se ³embrulha´, como se publicita.
A família, a escola, o trabalho, a roupa ± tudo participa nesta
publicidade e deve ser o adequado.
Esta orientação também está ligada às famílias
destrutivas/afastadas, e usa o conformismo autómato.
Orientação Produtiva:
Esta é a personalidade saudável segundo Fromm, e este autor
costuma referir-se a ela como a da pessoa sem máscara. É uma
pessoa que, de acordo com a sua natureza biológica e social, não
foge da liberdade e da responsabilidade. Estas pessoas vêm de
famílias que amam sem sobreproteger o indivíduo, que preferem a
razão às regras e a liberdade à conformidade.
] A sociedade que poderá formar estes tipos de família, segundo Fromm é
denominada de Socialismo Humanista Comunitário
Socialismo:
Toda a gente é responsável pelo bem estar dos outros.
Humanista:
Orientada para os seres humanos.
Comunitária:
Composta por pequenas comunidades em oposição a grandes
governos.
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40. Orientação ³Ter´.
] Para Fromm as primeiras quatro orientações de personalidade
(receptiva, exploradora, marketing e armazenadora) funcionam no modo
³ter´.
] Focam-se no consumo, no obter , no possuir. Definem-se pelo que têm.
41. Orientação ³Ser´.
] A orientação produtiva vive no modo ³ser´ ± o que somos é definido
pelas nossas acções no mundo.
] São sujeitos que vivem sem máscara, relacionam-se com as outras
pessoas e são eles próprios.
42. O que Fromm diz relativamente a estas Orientações.
] Fromm diz que a maioria das pessoas usa o modo ³ter´, e usa a palavra
³tenho´ para descrever os seus problemas:
³Tenho um problema´;
³Tenho insónia´;
³Tenho uma casa bonita´.
] O que se deve dizer são coisas como:
³Estou preocupado´; ³Estou bem cansado´;
³Não consigo dormir´.
] Ao dizer que temos um problema evita-se enfrentar o facto de que
nós somos o problema, evitando-se assim assumir a
responsabilidade pela nossa vida.
43. Orientação Biófila/ Orientação Necrófila.
] Fromm sempre se interessou por entender as pessoas más do mundo,
aqueles que com total consciência das maldades dos seus actos não
deixaram de os fazer.
] Isto levou-o aos conceitos de Biofilia e Necrofilia.
] Biófilos são sujeitos direccionados para a vida, para o crescimento,
para o desenvolvimento. Têm atitudes produtivas.
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] Necrófilos são os amantes da morte. Têm uma atracção apaixonada
por tudo o que tem a ver com morte, com doença. Têm um interesse por
transformar o que é vivo em morto, de destruir pelo prazer da destruição.
] Fromm levanta algumas hipóteses:
Existem alguns componentes genéticos que evitam que estessujeitos sintam ou respondam a afectos;
Existe tanta frustração na sua vida que passam o resto dela a
tentar vingar-se;
Cresceram com figuras parentais necrófilas e esse foi o modelo
adquirido.
] São raros os tipos puros de Biofilia e Necrofilia.
Geralmente as pessoas apresentam uma mistura dos dois tipos.
44. Necessidades Humanas.
] Para Fromm as necessidades humanas podem ser expressas numa única
frase: ³ O ser humano necessita de descobrir uma explicação para a sua
existência´.
] Fez uma listagem de 6 necessidades:
Ligação
Temos consciência da nossa separação uns dos outros, e procuramos
ultrapassar isso através do que Fromm chamou de ligação, e que para
ele é o amor no seu sentido mais global.
O amor permite-nos transcender a separação, sem negarmos a nossa
unicidade.
Esta necessidade é tão poderosa que muitas vezes procuramos supri-
la de formas pouco saudáveis:
y Submetendo-nos aos outros;
y Dominando os outros;
y Narcisismo.
Transcendência
Todos nós desejamos transcender , evoluir da nossa condição de
criaturas passivas, e fazemo-lo através da criatividade.
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Queremos ser criadores: temos filhos, plantamos plantas, pintamos,
escrevemos., e através disso realizamo-nos e tornamo-nos livres. Se
essa criatividade for bloqueada pode dar origem à destrutividade.
Raízes
Todos necessitamos de raízes,
necessitamos de nos sentir em casano universo. A versão mais simples desta necessidade é manter os
laços com a nossa mãe. Mas crescer significa deixar o conforto do
amor materno e procurar novas raízes, descobrindo a irmandade da
humanidade.
Sentido de Identidade
³O homem pode ser definido como o animal que consegue dizer eu´
± nós necessitamos de ter um sentido de identidade, uma
individualidade, para nos mantermos sãos.
Estrutura de Orientação
Necessitamos de compreender o mundo e o nosso lugar nele.
A nossa sociedade frequentemente tenta dar-nos essa compreensão
através dos mitos, da filosofia, da ciência, que nos providenciam a
estrutura necessária à compreensão.
Excitação e estímulo
Necessitamos de um ambiente estimulante, que atraia a nossa
atenção, de forma a nos desenvolvermos, e a nos mantermos
ligados às nossas tarefas diárias.
45. Inconsciente Social.
] As famílias reflectem a sociedade e a cultura em que estão inseridas. Estão
de tal forma próximas, que frequentemente esquecem que a sua sociedade
é apenas uma entre uma infinidade de maneiras de funcionar e lidar com as
circunstâncias da vida. Frequentemente pensam que a sua forma de lidar
com as coisas é a única e a natural
] Isto foi apreendido de tal forma que se torna inconsciente
] Fromm chamou-lhe o inconsciente social
] Muitas vezes acreditamos que estamos a agir de acordo com a nossa
liberdade pessoal, mas estamos só a seguir ³ordens´ às quais estamos tão
habituados que nem temos consciência delas.
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Karen HorneyH
46. Teoria de Karen Horney.
] A teoria de Karen Horney está relacionada com a sua vida pessoal e com aforma como ela foi capaz de lidar com os seus problemas.
] A sua teoria das neuroses é considerada uma das melhores teorias sobre
esta temática.
] A neurose tem a ver com a for ma como a pessoa se adapta e controla
os assuntos interpessoais com que se confronta diariamente.
] A neurose resulta de uma ansiedade básica derivada das relações
interpessoais dos sujeitos.
] ³N eurose é um distúrbio psíquico originado nos medos e nas defesascontra esses medos, e na tentativa de arranjar soluções de
compromisso para os conflitos´ (Horney).
] O neurótico é impulsionado por forças emocionais que existem na sua vida.
] Para Horney, são as forças sociais na infância, e não as biológicas que
predominam na influência do desenvolvimento da personalidade.
] Embora as condições, durante a infância, possam bloquear o
desenvolvimento psicológico, o crescimento saudável é sempre possível se
os bloqueios internos forem removidos.] As crianças cujas situações familiares as levaram a sentir-se em perigo
concentram-se na sua sobrevivência psicológica e podem fazer isso
desenvolvendo mecanismos de adaptação estereotipados, que têm que ser
posteriormente trabalhados.
47. Desenvolvimento da Personalidade.
] O desenvolvimento normal da personalidade apenas tem lugar se os
factores presentes no ambiente social da criança lhe permitirem adquirir confiança em si mesma e nos outros.
] Quando estas condições não estão preenchidas a criança vai desenvolver
uma Ansiedade Básica A percepção constante de estar só e
desesperada num mundo hostil.
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] Vários factores familiares contribuem para esta sensação de insegurança
fundamental:
Indiferença;
Superprotecção;
O não cumprir o prometido; Ambiente familiar hostil;
Ter pouco contacto com outras crianças;
Falta de respeito relativamente às necessidades das crianças.
] A chave para compreender a indiferença parental é a percepção da
criança e não as intenções parentais.
] As crianças movem-se psicologicamente em três direcções para aliviar a
sua ansiedade, para tornar a sua vida segura e previsível e para obter
satisfação: Procuram afecto e aprovação;
Tornam-se hostis;
Retraem-se.
] As crianças usam a estratégia de adaptação que melhor satisfaz suas
necessidades, mas quando usam apenas uma estratégia básica, isso
limita o seu repertório de adaptação relativamente a si mesmas e ao seu
mundo.
] Horney realça ainda que, apesar do estereótipo da ³criança frágil´, a
primeira reacção à indiferença parental é a raiva a que ela chama a
Hostilidade Básica.
] Esta hostilidade é frequentemente reprimida pela criança por:
Desamparo/Dependência;
Medo;
Amor;
Culpa.
] Esta hostilidade reprimida, frustra a necessidade de segurança da criança e
gera então a ansiedade básica e é a base de todas as neuroses
posteriores.
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48. Necessidades Neuróticas.
] Estas necessidades baseiam-se em coisas que ela pensava que todos ossujeitos necessitariam para ter sucesso na vida.
] Uma pessoa neurótica pode, teoricamente, exibir estes dez tipos denecessidades, mas basta a presença de alguns para se verificar a existênciade uma neurose.
] Nenhuma destas necessidades é anormal, o que as torna patológicas é aintensidade com que o sujeito as procura.
] Horney definiu 10 necessidades neuróticas, que se constituem como formas deprotecção contra a ansiedade.
]
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49. Tendências Neuróticas.
] Horney descreveu 3 tendências que os indivíduos exibem para si próprios e
para os outros para reduzir a ansiedade.
] São três maneiras de viver , de pensar e de se comportar (3 Tipos de
Personalidade): Tipo Submisso (ou movimento para o outro):
Principais características são a dependência, o desespero, a não
assertividade e a necessidade de ser protegido. São indivíduos que
procuram o contacto dos outros, reconhecendo a sua própria
angústia. Carecem dos afectos dos outros.
Tipo Agressivo ou Hostil (ou movimento contra o outro):
Estes indivíduos procuram entrar em conflito com as outras pessoas;
são ambiciosos,
aspirando ao poder e ao prestígio. Tipo Desligado (afastar-se do outro):
Estes sujeitos não procuram o contacto com os outros, preferindo a
solidão; concentram-se sobre si próprios. Consideram ser únicos e
incompreendidos.
] As pessoas saudáveis alteram a sua atitude confor me o contexto.
50. Tendências Neuróticas.
] Para Horney o Self é o centro do nosso ser e do nosso potencial.] Se temos uma concepção correcta do nosso Self , somos livres para realizar
o nosso potencial, e para atingir os nossos objectivos.
] Para esta autora, o sujeito apresenta dois tipos de Self:
Self Real:
- Corresponde ao que o sujeito efectivamente é.
Self Idealizado:
- É a diferença entre o que o indivíduo é e o que pensa ser.
- Protege o sujeito contra os sentimentos de isolamento e inferioridade,
gerando um auto-conceito mental favorável.
- Esta imagem idealizada do Self depende da tendência neurótica
adoptada pelo indivíduo:
y Submissa: os sujeitos vêem-se como bons, ³santos´.
y Agressiva: os sujeitos vêem-se como fortes e heróicos.
y Desligado: vêem-se como auto-suficientes e inteligentes.
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51. Psicologia Feminina.
] Sentia que o estudo do comportamento feminino estava negligenciado, e
que as culturas encorajavam a mulher a uma postura passiva, pouco
estimulante do seu desenvolvimento individual.
] Após chegar à América, e confrontada com as diferenças culturais do papelda mulher , Horney defende que o complexo de Édipo não é um processo
universal, mas culturalmente determinado.
] Nem todas as mulheres passam por este complexo.
] Introduz ainda o conceito de ³inveja do útero´ em contraponto com o
conceito evocado por Freud de ³inveja do pénis´.
] Os homens podem invejar a capacidade feminina de gerar uma vida
humana.
52. Terapia.
] Horney encorajava a actualização do ego, que considerava uma qualidade
humana inata.
] Especificamente, o paciente em terapia:
Deve abdicar da imagem idealizada do self isto é bastante difícil
porque os neuróticos caracterizam a sua personalidade em termos
positivos.
Deve ser ensinado a abdicar da sua tendência neurótica.
Deve ser incentivado á Auto-análise (através da auto-análise o
paciente desenvolve a capacidade de ser responsável pelo seu
próprio desenvolvimento psicológico).
Em terapia Horney utilizava a interpretação dos sonhos e a
associação livre.
Considerava os sonhos como uma tentativa para resolver os
conflitos, embora as soluções providenciadas pelos sonhos
pudessem não ser soluções psicologicamente saudáveis.
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Erick EricksonH
53. Conceitos básicos.
] A ideia mais original que lançou é a de Crise de Identidade,
ideia essa quenão se encontra noutras teorias.
] Além disso popularizou a ideia de que o desenvolvimento da personalidade
não termina na adolescência, antes continuando durante a idade adulta.
] Não considera uma fase mais importante que a outra.
] Foi o primeiro a formular o conceito de Life Span Development.
] Para ele, o desenvolvimento funciona segundo o Principio Epigenético:
Cada estágio contribui para a formação da personalidade total,
sendo por isso todos importantes mesmo depois de se osatravessar.
As etapas iniciais não se substituem, mas absorvem-se num sistema
hierárquico de diferenciação crescente.
54. Teoria do Desenvolvimento Psicossocial ou Estágios de
Desenvolvimento, segundo Erickson.
] Para Erickson, desenvolvemo-nos através de uma sucessão pré-
determinada de 8 estágios:1. Bebé (1º ano de vida);
Necessidades Fisiológicas;
Esperança;
Confiança/Desconfiança;
Insatisfação das Necessidades;
Dura cerca de 1 ano.
2. Primeira Infância (2/3 anos);
Maior autonomia e controle sobre o exterior; Autonomia/Dúvida;
Higiene;
Situações de Ridicularização;
Livre-Arbítrio.
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3. Idade Pré-Escolar (3/5 anos);
Maior controlo e novos hábitos;
Maior vontade de poder;
Iniciativa/Culpabilidade;
Repressão/Culpabilidade;
Coragem.
4. Idade Escolar (6/11 anos);
Período de grande aprendizagem;
Indústria/Inferioridade;
Cooperação;
Inadaptação;
Competência.
5. Adolescência (12/20 anos);
Modificações Físicas;
Desenvolvimento da Personalidade;
Identidade/Confusão de Papéis;
Consolidar Auto e Hetero-Imagem;
Fidelidade.
6. Jovem Idade Adulta (25/45 anos);
Procura Parceiro;
Intimidade/Isolamento;
Aptidão para fundir identidade;
Amor.
7. Idade Adulta (45/65 anos);
Lugar activo na sociedade;
Criação/Estagnação;
Generatividade;
Auto-Centração;
Cuidar.
8. Maturidade (velhice);
Fim da Vida;
Fazer um balanço;
Integridade/Desespero;
Sabedoria.
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] Cada estágio envolve tarefas desenvolvimentais que são psicossociais na
sua natureza, a que Erikson chamou Crises.
] O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só durante
aquele estágio específico, nesse será então mais proeminente, mas
também nos posteriores a nível de consequências,
tendo também raízesprévias nos anteriores.
] Em cada estádio, a pessoa é submetida a forças negativas e positivas, que
se opõem, devendo a própria pessoa conseguir aproximar-se das forças
positivas para resolver a crise.
] Para ele, é importante o equilíbrio no conhecimento destas duas forças.
] Se um estádio é bem resolvido o indivíduo adquire uma certa qualidade,
ou força psicossocial que o ajudará através dos outros estádios que terá
que ultrapassar ao longo da sua vida.] Se, por outro lado não é bem resolvido, pode desenvolver
desadaptações ou perversidades, bem como colocar em risco o
desenvolvimento posterior.
A perversidade é pior do que a desadaptação, pois envolve muito
pouco do lado positivo da tarefa, e muito do lado negativo. A
desadaptação, por seu lado, envolve muito do lado positivo da
tarefa, e pouco do lado negativo.
] O progresso através de cada estágio é em parte determinado pelo sucessoou falta dele, nos estágios anteriores.
55. Mutualidade.
] Introduz o conceito de Mutualidade, ou seja, não são só os pais que
influenciam o desenvolvimento das crianças, mas estas também
influenciam o desenvolvimento dos pais.
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Abraham MaslowH
56. A Hierarquia das Necessidades Humanas.
] Para Maslow,
algumas necessidades humanas precedem outras,
tendo,
por isso, criado uma Hierarquia das Necessidades Humanas:
Necessidades Fisiológicas ou Básicas:
- Relacionadas com a sobrevivência e incluem a necessidade de
comer , vestir , abrigo.
- São comuns a todos os animais pois são instintivas ou inatas.
- Alguns elementos das nossas sociedades, como os sem abrigo,
não satisfazem as necessidades básicas.
(Exemplo: No trabalho, a satisfação destas necessidades
corresponde ao pagamento de um salário.)
- Satisfeitas com as suas necessidades, as pessoas preocupam-se
com a sua segurança.
Necessidades de Segurança:
- Relacionadas com a segurança física em casa ou no emprego que
deve oferecer um espaço de trabalho limpo e organizado.
- O emprego em si tem que ser seguro e os empregados devem
usufruir de esquemas de reforma ou cobertura em caso de doença.
(Exemplo: Como hoje em dia, muitos empregados estão ameaçados,
há muitas pessoas para quem estas necessidades não estão
satisfeitas.)
Necessidades Sociais:
- São exclusivas do ser humano e têm a ver com a necessidade de
afeição, de auto-respeito e de participação.
- Num ambiente de trabalho, estas necessidades são satisfeitas pela
camaradagem com colegas, o prazer de trabalhar em grupo, a
sensação de pertença àquele grupo.
- Satisfeitas, então, estas necessidades surge algo de mais pessoal.
Necessidades de Estima:
- Têm a ver com a necessidade de reconhecimento pessoal, com o
desejo de domínio e de prestígio, ou seja, possuirmos uma auto-
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imagem positiva e vermos os nossos desempenhos valorizados e
apreciados pelos outros.
Necessidades de Auto-Realização:
- São motivos de nível mais elevado, pois têm a ver com
necessidades de expressão crítica e de conhecer ,
com a ambiçãopessoal.
- (Exemplo: Num contexto de trabalho seria obter grande satisfação
através da execução de trabalho que envolva muita
responsabilidade e/ou que seja altamente criativo ou em que haja
um amplo reconhecimento da sua qualidade e importância.
57. Hierarquia das Necessidades/Neuroses, segundo Maslow.
] Para Maslow,
as necessidades de nível superior são as que distinguem oser humano.
] A emergência das necessidades superiores reflecte um grau mais
elevado de saúde psicológica, no sentido em que foi atingido um
estádio de desenvolvimento mais avançado.
] Contudo, as necessidades superiores não são as menos urgentes e não
necessárias à sobrevivência, sendo, por isso, mais facilmente bloqueadas
por factores patológicos do ambiente.
] (Maslow sugere que perguntando às pessoas como seria a sua vida ideal,
que se recolheria uma informação significativa sobre as necessidades
dessas pessoas (estarem cobertas ou não).)
] Para este autor , se o indivíduo tem um problema significativo ao longo do
seu desenvolvimento (Problema de extrema insegurança, ou fome
enquanto criança, perda de um membro da família por morte ou divórcio,
pode ficar fixado naquele patamar de necessidades para o resto da vida.
] Este é o entendimento de Maslow das Neuroses.
58. Auto-Realizadores.
] Maslow interessou-se por estudar o ajustamento psicológico saudável.
] Estudou indivíduos que, segundo ele, atingiram o nível mais elevado da
pirâmide das necessidades, ou seja, atingiram o máximo da auto-
actualização (os ³auto-realizadores´).
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] Maslow descreveu as características partilhadas por estes indivíduos que
alcançam níveis de desenvolvimento superior:
Têm uma boa percepção da realidade e de si próprios;
Aceitam-se bem a si próprios e aos outros;
Têm pensamentos e emoções espontâneos,
são naturais; Centram-se em problemas que não são pessoais;
São independentes e autónomos;
Sabem apreciar os acontecimentos correntes;
Vivem experiências místicas, que os levam a sentir-se em harmonia
com a natureza, bem como a transcender o tempo e o espaço;
Têm uma identidade humanitária, altruísta, democrática e respeitam
os outros;
São criativos;
Evidenciam um distanciamento da cultura em que vivem;
São fortes, independentes e orientam-se pelas suas próprias visões;
Sabem discernir o bem do mal;
Têm interesses sociais.
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Carl RogersH
59. Teoria Rogeriana.
] A teoria Rogeriana é uma teoria clínica,
no sentido em que se baseou nosvários anos de experiência com os seus clientes;
] Rogers vê os indivíduos como basicamente bons ou saudáveis;
] Vê a saúde mental como a progressão normal da vida, e a doença mental,
criminalidade ou outros problemas humanos como distorções da tendência
natural dos seres vivos.
60. Tendência de Actualização.
] Motivação construtiva,
presente em todas as formas de vida,
dedesenvolver o potencial individual ao máximo. Se eles falharem, não é por
falta de desejo;
] Impulso que está presente em todos os organismos e que os direcciona no
sentido da complexidade;
] Assim, "t odo o organismo é movido por uma t endência inerent e para
desenvolver t odas as suas pot encialidades e para desenvolvê-las de
maneira a favorecer sua conservação e seu enriqueciment o";
] Rogers refere-se assim,
à tendência do organismo para caminhar emdirecção à autonomia, à maturidade e isto envolve uma auto-realização.
61. Desenvolvimento da Personalidade.
] Segundo Rogers, a personalidade desenvolve-se satisfatoriamente se o
ambiente compreender três factores primordiais:
Visão Positiva: cada um de nós procura naquilo que faz um
reconhecimento, procurando ser reconhecido pelo que faz e pelo
que é, principalmente nos primeiros anos de vida auto-estima
positiva;
Empatia: o individuo deve se compreendido naquilo que pensa,
sendo importante tomar em consideração a sua apreciação;
Boas Relações Interpessoais: as relações devem ser
congruentes, e as duas pessoas implicadas na relação devem
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experimentar o mesmo nível emocional relativamente ao
acontecimento que estão a julgar.
É criado o SELF.
62. O Self.] Para Rogers, o Self não é uma entidade estável, imutável, embora
observado num dado momento, pareça ser estável.
] Rogers concluiu que a ideia do eu essencialmente é uma gestalt cuja
significação vivida é susceptível de mudar sensivelmente (e até mesmo
sofrer uma reviravolta) em consequência da mudança de qualquer
elemento, ou circunstância de vida.
] O Self é uma Gestalt organizada e consistente num processo constante
de formar-se e reformar-se à medida que as situações mudam.
] Outros teóricos usam o termo Self para designar aquela faceta da
identidade pessoal que é imutável, estável ou mesmo eterna.
] Rogers usa o termo para se referir ao contínuo processo de
reconhecimento.
] É esta diferença, esta ênfase na mudança e na flexibilidade, que
fundamenta sua teoria e sua crença de que as pessoas são capazes de
crescer ,
mudar e atingir o desenvolvimento pessoal.] O Self ou auto-conceito é a visão que uma pessoa tem de si própria ,
baseada em experiências passadas, estimulações presentes e
expectativas futuras.
63. O Self Ideal.
] É o conjunto das características que o indivíduo mais gostaria de poder
reclamar como descritivas de si mesmo.
] Assim como o Self , é uma estrutura móvel e variável, que passa por redefinições constantes.
] A extensão da diferença entre o Self e o Self Ideal é um indicador de
desconforto, insatisfação e dificuldades neuróticas.
] Aceitar-se como se é na realidade, e não como se quer ser , é um sinal de
saúde mental.
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] A imagem do Self Ideal, na medida em que se diferencia de modo claro do
comportamento e dos valores reais de uma pessoa é um obstáculo ao
crescimento pessoal.
64. Incongruência.] A distância entre o self real e o self ideal, entre ³o que sou´, e ³o que devia
ser´, é chamado de incongruência.
] Quanto maior a distância, maior a incongruência quanto maior a
incongruência, maior o sofrimento.
] Incongruência é, na sua essência o que Rogers define como neurose
(estar desintonizado com o nosso próprio Self).
65. Defesas em estado de Incongruência.] Quando o sujeito está numa situação onde existe uma incongruência entre
o self ideal e o self real, está numa situação ameaçadora.
] Quando está nesse tipo de situação sente ansiedade, que é o sinal que lhe
indica que existe um problema, e que deve evitar essa situação.
] O sujeito foge psicologicamente da situação através das defesas.
] Para Rogers existem dois tipos de defesas:
Negação
Bloquear a situação ameaçadora, mantendo a memória ou o impulso
fora da consciência - recusar-se a percebê-lo.
Distorção Perceptiva
Trata-se de re-interpretar a situação, por forma a que pareça menos
assustadora.
66. Consideração Positiva.
] Após o aparecimento do Self , os indivíduos desenvolvem a necessidade de
Consideração Positiva.
] Esta necessidade é universal e duradoura e engloba o amor , a afeição, a
atenção, o cuidar , de que todos os seres humanos têm necessidade.
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67. Consideração Positiva Incondicional.
] É a atitude de aceitar calorosamente cada aspecto da experiência da
outra pessoa.
] Significa não colocar condições para a aceitação ou para a
apreciação desta pessoa.
] A consideração positiva incondicional implica num cuidado não-
possessivo, numa forma de apreciar o outro como uma pessoa
individualizada a quem se permite ter os seus próprios sentimentos,
suas próprias experiências.
68. Auto-Consideração Positiva.
] Tem a ver com as questões da auto-estima, da auto-valorização e da
imagem positiva do Self.
] O indivíduo adquire esta auto-imagem positiva ao experimentar o olhar
positivo dos outros à medida que se vai desenvolvendo.
] Sem esta auto-avaliação positiva, o sujeito sente-se pequeno e indefeso,
e falha a sua tendência para o desenvolvimento.
] Relacionado com a aquisição da auto-consideração positiva vem outro
conceito abordado por Rogers ± Condições de Merecimento.
] À medida que o indivíduo cresce,
os pais,
os professores,
a sociedade,
dá-lhe o que necessita quando o indivíduo demonstra que o merece
69. Pessoas Plenamente Funcionantes.
] Rogers interessou-se muito por descrever pessoas saudáveis, a que
chama de plenamente funcionantes, e apresentam as seguintes
características:
Abertas à Experiência:
É o oposto da defesa, e é a percepção correcta da experiência do
indivíduo no mundo, incluindo os seus sentimentos.
Vivência Existencial:
Viver no aqui e agora. Rogers insiste que para se manter em
contacto com a realidade, o indivíduo deve perceber que não vive
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nem no passado, nem no futuro, o presente é a única realidade
que tem.
Confiança Organística:
O indivíduo deve se permitir ser guiado pelo processo de
valorização organístico, ou seja, devem confiar nas reacções doseu organismo. Deve confiar nele próprio, fazer o que sente que é
correcto, o que surge naturalmente.
Liberdade Experiencial:
A pessoa totalmente funcionante reconhece o sentimento de
liberdade e toma a responsabilidade pelas suas opções.
Criatividade:
Uma pessoa totalmente funcionante, em contacto com a sua
actualização sente-se obrigada, na sua natureza a contribuir para
a actualização dos outros.
70. Terapia.
] Inicialmente chamou-se não directiva, porque ele sentia que o terapeuta
não devia guiar o cliente, mas em vez disso estar lá para o cliente,
enquanto este dirigia os progressos da terapia.
] À medida que foi ganhando experiência, Rogers percebeu que, por muito
não directivo que fosse, influenciava sempre o cliente.
] Alterou o nome para terapia centrada no cliente ± continuava a sentir que
o cliente era quem poderia dizer o que é que estava mal, descobrir formas
de melhorar , e determinar a conclusão da terapia.
] Actualmente, e apesar de se continuar a utilizar as outras terminologias, a
maioria das pessoas chama a este tipo de terapia rogeriana.
] Rogers descreve-a como ³suportiva, e não reconstrutiva´, utilizando a
analogia de aprender a andar de bicicleta para a explicar.
] A única técnica pela qual Rogers é conhecido é a Reflexão ± reflectir da
comunicação emocional. O terapeuta deve também facilitar a compreensão
acerca do que o cliente está a comunicar.
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71. Requisitos para o Terapeuta.
] O terapeuta, para ser efectivo deve ter três qualidades essenciais:
Congruência ± genuinidade, honestidade com o cliente;
Empatia ± capacidade para perceber o que o cliente sente;
Respeito ± aceitação, consideração positiva incondicional pelocliente.
] Para ele, estas qualidades são ³necessárias e suficientes´.
] Se o terapeuta demonstrar estas três qualidades, o cliente vai melhorar ,
mesmo que não sejam utilizadas outras técnicas.
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Albert Bandura
72. Teoria de Bandura.
] Introduziu factores sociais e cognitivos nas Teorias da Aprendizagem: Atenção;
Sorrisos;
Aprovação;
Interesse;
Aceitação.
] Os reforços só se relacionam maioritariamente com necessidades físicas
nos primeiros anos de vida.
73. Aprendizagem por Observação.
] Muitas das aprendizagens humanas são demasiado complexas para serem
adquiridas por reforços positivos e negativos.
] Os indivíduos podem aprender observando o comportamento dos outros
(Modelagem).
74. Aprendizagem Vicariante.
] Com base em observações dos comportamentos de outros, construímosuma ideia sobre a forma como se constroem novos comportamentos.
] Mais tarde, essa informação vai servir como Guia para a acção.
75. Fases da Modelagem.
] 1ª Fase:
O Modelo.
] 2ª Fase:
Representação Simbólica.
] 3ª Fase:
Reprodução do Modelo.
] 4ª Fase:
Consequências.
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76. Teoria Cognitivo-Social da Aprendizagem.
] Os comportamentos são determinados por variados factores.
] O indivíduo não está apenas sujeito ao ambiente, mas interage com ele.
] Os factores subjectivos individuais são levados em conta.
77. Consequências desta Tríade.
] Os comportamentos têm impacto sobre as nossas crenças e
expectativas.
] O facto de os comportamentos poderem afectar as variáveis biológicas
não é tão linear , mas têm sido encontradas evidências nesse sentido
(comportamentos aditivos).
] O ambiente exerce influência sobre os comportamentos e vice-versa.
78. Auto-Eficácia.
] ³Julgamento das próprias capacidades para executar comportamentos
necessários para atingir um determinado nível de performance´.
] Influenciam a forma como nos sentimos, como resistimos aos
obstáculos, e as escolhas que fazemos.
] Provém do domínio que temos dos nossos comportamentos, da
observação dos outros, da persuasão verbal, e dos estados fisiológicos.