2 agregação dinâmica de modelos de estabilizadores · 25. 2.2 sistema de excitação. a...
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2Agregação Dinâmica de Modelos de Estabilizadores
2.1
Introdução
A agregação dinâmica de modelos de estabilizadores consiste na obtenção
dos parâmetros de um modelo equivalente, a partir do modelo de estabilizador
utilizado em cada unidade geradora de um determinado grupo coerente. Um
grupo coerente é composto por unidades geradoras que apresentam oscilações
idênticas para um determinado distúrbio no sistema.
Nesta dissertação, é utilizada a metodologia desenvolvida por Germond &
Podmore [12] para resolver o problema da agregação dinâmica de unidades
geradoras coerentes, que considera separadamente os parâmetros lineares e os
limites não-lineares dos modelos de unidades geradoras. Os ajustes numéricos
dos parâmetros lineares do modelo equivalente são feitos pelo método de
Levenberg-Marquardt [13,14] por ser eficiente na resolução de problemas de
mínimos quadrados. O erro a ser minimizado, obtido da relação entre as respostas
em freqüência da função de transferência agregada (FTA) e a função de
transferência equivalente (FTE), calculada numa faixa de freqüências discretas de
0,01Hz a 10Hz, é representado pela eq. (2.1) que calcula a soma dos quadrados do
módulo da diferença.
( ) ( )( )∑−
i2
i
2
ieq
i
jωG
jωGjωG (2.1)
sendo: G(jωi) – Função de transferência agregada dos modelos considerados.
Geq(jωi) – Função de transferência equivalente.
Essa metodologia pode ser aplicada a todos os componentes da unidade
geradora, ilustrados na figura 2.1, formando um modelo equivalente para cada um
destes componentes: máquina síncrona, sistema de excitação, estabilizador,
24
regulador de velocidade e turbina, e dinâmica do rotor. No entanto, para a
dinâmica do rotor, a equação mecânica da unidade geradora equivalente é igual à
soma das equações dos geradores individuais, porque as unidades do grupo
apresentam o mesmo desvio de velocidade.
O diagrama da figura 2.1 representa a relação funcional entre as variáveis de
saída, potência elétrica (Pe) e potência mecânica (Pm), com as respectivas
variáveis de entrada, tensão terminal (Vt) e velocidade (ω), para um modelo de
unidade geradora individual. Para o modelo de unidade geradora equivalente, as
potências elétrica e mecânica são iguais às totais de cada grupo coerente [12].
Figura 2.1 - Modelo de unidade geradora
Para um grupo coerente com unidades geradoras equipadas com
estabilizadores aplicados aos sistemas de excitação, o modelo equivalente de
estabilizador é determinado após a obtenção dos modelos equivalentes de
máquina síncrona e de sistema de excitação.
O enfoque desta dissertação é a agregação dinâmica de estabilizadores de
sistema de potência aplicados em reguladores de tensão.
REGULADOR DE VELOCIDADE
+TURBINA
DINÂMICA DO
ROTOR
ESTABILIZADOR DE SISTEMA
DE POTÊNCIA
SISTEMA DE
EXCITAÇÃO
MÁQUINASÍNCRONA
MODELODE
REDE
+
+
+ ∑
∏
∑
VT
VT
VT
Vd
Vq
Id
Iq
IT
u
VS
VREF
efd
VT
δ δ
Pm
Pe
Pe
ωREGULADOR DE
VELOCIDADE +
TURBINA
DINÂMICA DO
ROTOR
ESTABILIZADOR DE SISTEMA
DE POTÊNCIA
ESTABILIZADOR DE SISTEMA
DE POTÊNCIA
SISTEMA DE
EXCITAÇÃO
MÁQUINASÍNCRONA
MODELODE
REDE
+
+
+ ∑
∏
∑
VT
VT
VT
Vd
Vq
Id
Iq
IT
u
VS
VREF
efd
VT
δ δ
Pm
Pe
Pe
ω
25
2.2
Sistema de excitação
A qualidade da energia fornecida aos consumidores, sob o aspecto de
controle de tensão, é efetuado pelo sistema de excitação, além de outros
equipamentos como banco de capacitores, reatores, compensadores síncronos e
estáticos, etc.. O sistema de excitação tem como principal função controlar a
tensão terminal do gerador síncrono através da alimentação em corrente contínua
para o enrolamento de campo do gerador síncrono. Através do ajuste da tensão de
campo é possível controlar a tensão e o fluxo de potência reativa proporcionando
melhoria da estabilidade do sistema. O controle de tensão é mais eficiente nas
proximidades da unidade geradora. Dada a necessidade de suporte de potência
reativa solicitada pelo sistema para manter a tensão controlada, outra função
importante do sistema de excitação está relacionada à proteção dos limites de
capacidade de corrente de campo, corrente máxima do estator e fator de potência.
O sistema de excitação deve responder rapidamente às solicitações do sistema
elétrico causadas por grandes ou pequenos distúrbios, de forma a proporcionar um
bom desempenho durante a estabilidade transitória.
O modelo de sistema de excitação das unidades geradoras do sistema em
estudo, New England, utilizado nas simulações é do tipo DC1A do IEEE [17],
apresentado na figura 2.2. Este modelo foi implementado e testado no programa
EDINCO [16].
+ ∑ VRVREF Efd=(Tefd)
F
F
sTsK+1
tV∆+ ∑
A
A
sTK+1
VRMIN
VRMÁX
EE sTK +1∑
( )fdEfSE =
+
+VS
VT
Figura 2.2 - Modelo de sistema de excitação tipo 1 do IEEE (DC1A)
26
2.3
Estabilizadores de sistemas de potência
Um sistema de potência tem a capacidade de responder a pequenas
oscilações que variam numa faixa de freqüência de aproximadamente 0,2 Hz a
2,5 Hz, porém, quando o amortecimento é insuficiente o sistema pode perder a
estabilidade. Estas oscilações de baixa freqüência resultam em pequenas
variações de ângulo, velocidade e torque no sistema de potência.
Os estabilizadores de sistema de potência têm a função de aumentar o
amortecimento das oscilações do rotor do gerador, causadas por distúrbios no
sistema, através da aplicação de um sinal adicional estabilizante no sistema de
excitação. Este sinal adicional é gerado a partir de um sinal de entrada, que pode
ser de desvio de velocidade, desvio de freqüência, variação da potência elétrica ou
da potência acelerante, produzindo uma componente de torque elétrico em fase
com o desvio de velocidade do rotor [19].
Os estabilizadores de sistemas de potência apresentam duas estruturas
básicas quanto ao número de entradas. Podem ter entrada simples, ou dupla
entrada [17].
- Estabilizadores com sinal de entrada de desvio de velocidade (∆ω):
O sinal de velocidade é obtido através de um taquímetro colocado junto ao
regulador de velocidade, ou em pontos do eixo da máquina isentos de oscilações
torcionais.
Este tipo de estabilizador apresenta problemas de desempenho para os
modos de oscilação nas freqüências mais altas (modos torcionais, modo da
excitatriz, ruído dos transdutores, etc), podendo limitar bastante o ganho do PSS e
reduzir a sua eficiência para amortecer os modos locais e interáreas. Para reduzir
os problemas com as altas freqüências, costuma-se utilizar filtros passa-baixa na
entrada do sinal estabilizador.
27
- Estabilizadores com sinal de entrada de desvio de freqüência (∆f):
O sinal de desvio da freqüência é obtido por intermédio de um transdutor
eletrônico que pode utilizar como entrada a tensão terminal da máquina, a tensão
do barramento de alta da usina ou a tensão sobre o eixo em quadratura da
máquina, calculada a partir de valores da corrente e da tensão terminal.
Os sinais estabilizadores derivados de ∆f têm características de
desempenho semelhantes aos derivados de ∆ω. A principal diferença no uso da
freqüência como sinal de entrada é a sua maior sensibilidade às oscilações do
rotor `a medida que o sistema de transmissão torna-se mais fraco (maior
impedância externa), tornando a ação do sinal estabilizador mais efetiva quando
mais necessária. Uma vantagem deste tipo de sinal é a sua maior sensibilidade aos
modos de oscilação interáreas que o sinal derivado de ∆ω. Assim como o
estabilizador de desvio de velocidade, também enfrenta problemas com ruídos,
sendo necessário à utilização de filtros torcionais.
- Estabilizadores com sinal de entrada de potência elétrica (Pe):
O sinal de potência elétrica é obtido por intermédio de um transdutor
eletrônico que utiliza como entrada tensão e corrente terminais da máquina.
Este tipo de sinal estabilizador apresenta um bom desempenho para os
modos locais de oscilação, com forte rejeição aos modos de alta freqüência,
porém tem problemas de desempenho frente a distúrbios de baixa freqüência, tais
como amplificação das oscilações de natureza mecânica na potência elétrica e
sensibilidade às tomadas rápidas de carga na unidade geradora.
- Estabilizadores com sinal de entrada de potência acelerante (∆Pω):
Basicamente existem duas formas de se obter a síntese da potência
acelerante utilizada nos sinais estabilizadores de potência.
Uma forma é a utilização dos sinais de potência elétrica e potência
mecânica. A potência elétrica é obtida diretamente através de transdutores e a
potência mecânica pode ser calculada através da medida da abertura do
28
distribuidor. O sinal de potência acelerante é resultante da diferença entre os sinais
de potência mecânica e elétrica.
Outra forma utiliza como entrada o sinal de potência elétrica e o sinal de
desvio da velocidade angular, ou da freqüência, e calcula a potência acelerante a
partir destes sinais.
A relação entre os desvios de potência elétrica, mecânica e a da velocidade
do rotor pode ser vista na eq. (2.2):
( )dtPPM emeq ∫ ∆−∆=∆ 1ω (2.2)
onde:
M - constante de inércia, 2H
∆Pm - desvio na potência mecânica de entrada
∆Pe - desvio na potência elétrica de saída
∆ωeq - desvio de velocidade equivalente
Colocando-se a integral do desvio de potência mecânica em função do
desvio de velocidade e da integral do desvio de potência elétrica, tem-se:
dtPMdtP eeqm ∫∫ ∆+∆⋅=∆ ω (2.3)
Passando para o domínio da freqüência, obtém-se a seguinte função de
transferência para o desvio de velocidade resultante:
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
∆+∆
⋅+∆
−=∆ sMssP
sGMssP
s eeeq ωω (2.4)
onde :
G(s) - Função de transferência que representa um possível filtro utilizado para
eliminar sinais indesejáveis
29
Esta expressão do estabilizador do tipo ∆Pω pode ser representada pelo
seguinte diagrama de blocos da figura 2.3.
∑ ∑++
+ -
Ms1
)(sGω∆
eqω∆
Pe∆
Estabilizador
Figura 2.3 – Diagrama de blocos do estabilizador de potência acelerante
Os estabilizadores com entrada simples que utilizam sinais de desvio de
velocidade e freqüência apresentam bom rendimento em baixas freqüências. Para
os estabilizadores com sinais de entrada de potência elétrica ou acelerante, o
melhor desempenho ocorre em altas freqüências. Em virtude destes problemas,
uma alternativa atraente é do estabilizador de dupla entrada, que pode processar os
sinais de freqüência e potência elétrica de forma a garantir melhor desempenho
para faixa de freqüência mais ampla. No Apêndice 2 é apresentada uma relação
dos tipos de PSS utilizados em algumas unidades geradoras do sistema elétrico
brasileiro.
2.3.1
Componentes do estabilizador
O estabilizador de entrada simples possui 3 partes principais, que também
fazem parte da estrutura do estabilizador com duplo canal de entrada, sendo
descritas a seguir:
- Compensador de avanço de fase
Os circuitos de avanço de fase são representados pelas duas compensações
de primeira ordem, que servem para compensar o atraso entre a saída do
estabilizador e o torque elétrico resultante. Com isso é produzido um componente
30
de torque elétrico em fase com o desvio de velocidade do rotor, que apresenta um
efeito atenuante nas oscilações do mesmo. A compensação de fase deve ser
projetada de tal forma que o estabilizador introduza amortecimento dos modos de
oscilação locais e sistêmicos, cobrindo uma ampla faixa de freqüência. Deve ser
selecionada uma característica aceitável para as diferentes condições de operação
do sistema.
- Filtro (Washout)
Funciona como um filtro passa alta, cujo valor da constante de tempo T0
deve ser tal que permita a passagem inalterada de sinais associados com as
pequenas oscilações do rotor em regime permanente. Deve responder apenas para
grandes variações do sinal de entrada. Geralmente a constante de tempo T0 possui
valores na faixa de 1,5 a 5,0 segundos.
- Ganho (K)
É ajustado de forma a proporcionar maior amortecimento das oscilações do
rotor.
- Limitadores
O limite máximo deve estar dentro da faixa de 0,1 a 0,2 pu, para garantir
maior contribuição durante grandes oscilações. O limite mínimo deve ser
ajustado entre -0,05 e -0,1 pu, para fornecer resposta transitória satisfatória.
A verificação dos ajustes dos parâmetros é feita com o auxílio de programas
apropriados para analisar a resposta do controle para pequenas perturbações,
estabilidade transitória e de longo termo em sistemas de energia elétrica.
2.4
Aplicação do método de agregação a estabilizadores
O método de agregação dinâmica utilizado nesta dissertação permite apenas
a agregação de estabilizadores com o mesmo tipo de sinal de entrada e mesmo
ponto de atuação na entrada do regulador de tensão. No trabalho de Germond &
31
Podmore [12] foi considerada a agregação dinâmica de modelos de estabilizadores
com uma única entrada.
Para a obtenção dos parâmetros do estabilizador equivalente, é necessário
que os parâmetros do modelo equivalente do sistema de excitação já tenham sido
previamente identificados. Esta identificação é feita inicialmente sem a presença
do estabilizador. Em seguida, o modelo de estabilizador equivalente é inserido no
modelo de sistema de excitação equivalente, a fim de representar a influência do
sinal de entrada do estabilizador na tensão de campo. Esta relação pode ser
visualizada no diagrama da figura 2.4.
ESTABILIZADOR
++
∑Efd
SINALADICIONAL
VS
VREF ∆VT ( )sGeqE
( )sGeqS
u
SISTEMA DEEXCITAÇÃO
VT
Figura 2.4 - Diagrama de blocos do sistema de excitação e estabilizador equivalentes
Do diagrama de blocos, temos:
GeqS(s) - Função de transferência do modelo de estabilizador equivalente.
GeqE(s) - Função de transferência do modelo de sistema de excitação equivalente.
u - Sinal de entrada do estabilizador, que pode ser ∆ω, ∆f e ∆Pa.
Vref - Tensão de referência
VT - Tensão terminal do gerador
VS - Tensão de saída do estabilizador
∆VT - Sinal de erro de tensão que entra no sistema de excitação
Efd - Sinal de saída do sistema de excitação
O modelo equivalente de estabilizador deve apresentar uma resposta em
freqüência similar à do grupo que irá substituir. Os procedimentos para a
agregação dos estabilizadores, com mesmo sinal de entrada, de unidades
32
geradoras coerentes de um grupo, são iniciados com o cálculo do valor da função
de transferência de cada modelo de estabilizador do grupo coerente, para cada
freqüência discreta na faixa de 0,01 Hz a 10 Hz. A seguir, é realizado o produto
de cada função de transferência do estabilizador pela função de transferência de
cada sistema de excitação e o correspondente fator de ponderação de tensão de
campo. A função de transferência agregada (FTA) representa a soma dos
resultados anteriores obtidos para cada unidade geradora coerente do grupo, como
pode ser verificado pela eq. (2.5).
( )( ) ( ) ( ) ( )sGsGsWsusEFTA SjEj
jj
FD ∑=∆= (2.5)
O processo de ajuste baseia-se inicialmente nos valores obtidos no cálculo
das estimativas iniciais, no qual os ganhos são calculados por uma média
aritmética dos ganhos de cada modelo individual, e as constantes de tempo através
do inverso da média aritmética dos inversos das constantes de cada estabilizador.
A partir destas estimativas são feitos os ajustes dos parâmetros através do método
de Levemberg-Marquardt [13-14] de forma a minimizar o erro entre as resposta
em freqüência da FTE e da FTA. A função de transferência que representa o
modelo equivalente pode ser representada por:
( )( ) ( ) ( )sGsGsusEFTE eq
SeqE
eqFD =∆= (2.6)
Os limites do estabilizador equivalente são calculados aplicando-se,
simultaneamente em cada sistema de excitação do grupo coerente, um degrau na
entrada de cada sistema de excitação do grupo de valor igual ao limite de cada
estabilizador [12].
Aplicando-se o teorema do valor final, obtém-se:
( ) ( ) ( ) ( )00 j
jEE
A
jSLIMjjEj
jSLIMjs
WSK
KVsWsGVLim ⋅
+
= ∑∑→ (2.7)
33
O limite do estabilizador equivalente é definido como :
( ) ( ) ( )000 jEjj
SLIMjeqE
eqSLIM WGVGV ∑= (2.8)
2.5
Implementação de modelos de estabilizadores
O modelo de estabilizador tipo PSS1A (IEEE), apresentado na figura 2.5,
foi implementado no programa EDINCO em trabalho desenvolvido anteriormente
[20].
2
1
11sTsT
++
4
3
11sTsT
++
SLIMV
SV0
0
1 sTsTK+u
SLIMV−
Figura 2.5 - Diagrama de blocos do modelo 1 de estabilizador
A estrutura do diagrama de blocos do estabilizador 1 foi alterada a fim de
proporcionar maior flexibilidade ao mesmo, de modo a representar diferentes
modelos do sistema elétrico brasileiro. O bloco washout do modelo 1 anterior foi
substituído pelo bloco (A0+sT0)/(1+sT0). A figura 2.6 mostra o novo modelo de
entrada simples implementado no programa EDINCO.
2
1
11sTsT
++
4
3
11sTsT
++
K
maxSTV
STV
STmínV
0
00
1 sTsTA
++ω∆
Figura 2.6 - Diagrama de blocos do modelo 1 modificado de estabilizador
34
Esta modificação se fez necessária para atender a contento a implementação
do modelo de estabilizador de dupla entrada, tipo PSS2A (IEEE), no programa
EDINCO [16], além de permitir a modelagem do maior número possível de
estabilizadores com entrada simples existentes no sistema elétrico brasileiro.
Abaixo temos a estrutura que será usada para representar o modelo do
estabilizador de dupla entrada.
∑ ∑++
+ -
maxSTV
STV
STmínV
( D )
( C )
( B )
( A ) ( E )∆ω∆ω∆ω∆ω
Pe
Figura 2.7 - Diagrama de blocos do modelo 2 genérico de estabilizador
No Apêndice 3 é apresentada uma análise com as variações estruturais
encontradas para este tipo de estabilizador em algumas usinas do sistema elétrico
brasileiro, e as faixas de valores dos parâmetros de cada bloco.
Os blocos do diagrama acima possuem a seguinte estrutura:
Bloco (A) :
76
65
4
43
21 1111
11 A
sAsAA
sAsAA
sAsA×
++
×
++
×
+
×
+
Bloco (B) :
+
×
++
×
++
×
+ 7
6
5
54
3
32
1 11111
sBB
sBsBB
sBsBB
sB
Bloco (C) : Normalmente é igual a 1.
35
Bloco (D) (opção 1):
++
×
+
×
+
×
+
×
+ 4
3
2111 141
11
11
11
11
sDDs
sDsDsDsD
Ou a (opção 2):
+
+×
+
×
+
×
+ 1
1
111 141
11
11
11
sDDs
sDsDsD
Esta última opção é utilizada pela maioria dos modelos do sistema elétrico
brasileiro.
Bloco (E) :
++
×
++
×
++
×4
3
2
1
0
00
11
11
1 sTsT
sTsT
sTsTA
K
Foram feitas as seguintes considerações com o objetivo de simplificar o
modelo do PSS2A:
Bloco (A): A2 = A6 = 0; A5 = A7 =1
++
×
+ 4
43
1 111
sAsAA
sA
Bloco (B): B2=B4=1; B3=B5=0
+
×
+ 7
6
1 111
sBB
sB
onde
765,0 BH
B ×=
Bloco (C): Igual a 1.
36
Bloco (D) (opção 2):
+
+×
+
×
+
×
+ 1
1
111 141
11
11
11
sDDs
sDsDsD
Bloco (E): Sem alteração.
O bloco (E) foi apresentado no item anterior.
Obtém-se, portanto, a estrutura implementada no programa EDINCO:
Figura 2.8 - Diagrama de blocos do modelo 2 de estabilizador
Este modelo simplificado atende à modelagem de estabilizadores usados em
algumas usinas como:
- Água Vermelha, Ilha Solteira, Capivara
- Nilo Peçanha, Fontes, Pereira Passos;
- Paulo Afonso e Xingó
Verifica-se na figura 2.8 que esta estrutura fica reduzida ao modelo 1 de
estabilizador se desconsiderarmos o sinal de potência elétrica e considerarmos
A1=A4=D1=0 e A3=1.
O método de agregação dinâmica foi desenvolvido para tratar de modelos
com funções de transferência lineares. Para o sistema linear é válido o princípio
da superposição, onde a saída desse sistema, em resposta a várias entradas
conhecidas, é igual à soma de todas as saídas individuais [21]. Com isso, para a
implementação do modelo do PSS2 no programa EDINCO, a estrutura foi
( )41
1
141sDDs
+×+
0
00
1 sTsTA
++
2
1
11sTsT
++
K4
3
11sTsT
++
111sA+ ∑
ω∆
111sB+Pe
4
43
1 sAsAA
++
7
6
1 sBB
+
maxSTV
STV
STmínV
∑+
+
+
−( )4
1
1
141sDDs
+×+
0
00
1 sTsTA
++
2
1
11sTsT
++
K4
3
11sTsT
++
111sA+ ∑
ω∆
111sB+Pe
4
43
1 sAsAA
++
7
6
1 sBB
+
maxSTV
STV
STmínV
∑+
+
+
−
37
dividida em três, conforme apresentado na figura 2.9, sendo que uma delas
representa o próprio modelo de estabilizador do tipo PSS1 (figura 2.9-c).
( )41
1
141sDDs
+×+
111sA+ω∆ 4
43
1 sAsAA
++
ADV
(a)
-( )4
1
1
141sDDs
+×+
111sB+Pe 7
6
1 sBB
+
BDV-∑
+
−
(b)
-0
00
1 sTsTA
++
2
1
11sTsT
++
K4
3
11sTsT
++
maxSTV
STV
STmínV
u
(c)Figura 2.9 - Diagramas de blocos com a separação da estrutura PSS2
Duas funções de transferência foram, então, consideradas. A primeira
corresponde aos diagramas (a) e (c) da figura 2.9 (VST/∆ω), e a outra
correspondente aos diagramas (b) e (c) (VST/Pe). Os parâmetros do diagrama (c)
são determinados preliminarmente.
38
2.5.1
Modelo de estabilizador com entrada simples (PSS1)
Este modelo é representado pela seguinte função de transferência (figura
2.6):
( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) Den
NumsTsTsTsTsTsTAK
uVST =
+×+×++×+×+×
=420
3100
11111
Numerador:
( ) ( ) 03001030310102
3103 KATATTAsKTTTTATTKsKTTTsNum +++++++=
Denominador :
( ) ( ) 14024042202
4203 +++++++= TTTsTTTTTTsTTTsDen
A referida FT pode ser representada por:
( )012
23
3012
23
3
asaasasbsbbsbssGS +++
+++=
onde:
( )( )
00
300101
30310102
3103
KAbTATTAKbTTTTATTKb
KTTTb
=++×=
++×==
10
4201
4042202
4203
=++=
++==
aTTTa
TTTTTTaTTTa
Considerando s=jω, temos:
( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) 012
23
3012
23
3
aajajajbbjbjbjjGS +++
+++=
ωωωωωωω
39
A função de transferência GS(jω) pode ser representada na forma
[A(ω)+jB(ω)]/C(ω), onde:
( ) ( ) ( ) 000220112
3113224
336 babababababababaA +−−+−−+= ωωωω
( ) ( ) ( ) ( )0110300312213
23325 babababababababaB −+−+−+−= ωωωω
( ) ( ) ( ) 20
2120
231
22
423
6 22 aaaaaaaaC ++−+−+= ωωωω
Substituindo os parâmetros, temos:
( ) ( )( )( )( )( ) ( )( )
0
20003142
0434132214231042312
4321000432421431321
0431321432421
20314243324121
4
43212
06
KATTATTTT
ATTTTTTTTTTTTTTTTTK
TTTTATATTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTT
TTTTTTTTTTTTTK
TTTTTKA
+
+×++−−
+×++++−−+×++−−
+
+×−−++×−−+
+×−−+++
+=
ω
ω
ωω
( ) ( ) ( )( )( ) ( )( )( )
( ) ( )( )0004231
0431321432421
00423143324121
04341322131422
031423
4321002
04324214313215
1
1
TAATTTTK
ATTTTTTTTTTTTTATTTTTTTTTTTT
TTTTTTTTTTTTTTTTTTK
TTTTTATTTTTTTTTTTTTKB
×−+×−−+
+
×++−−+×++−−−−
+×++++−−+×++−−
+×−+×−−+=
ω
ω
ωω
( ) ( ) ( ) ( ) 124
22
20
224
20
24
22
22
20
424
22
20
6 +++++++= TTTTTTTTTTTTC ωωωω
40
2.5.2
Modelo de estabilizador com dupla entrada (PSS2)
Cálculo da FT considerando apenas a presença do canal de desvio de
velocidade (Figura 2.9-a):
( )( )( )( )( )( )( )( ) Den
NumsDsDsDsDsAsA
DssAAVAD =++++++
++=
∆ 111141
143
11111141
ω
Numerador :
( ) 3413142 44 AADAsDAsNum +++=
Denominador :
( )( )( )( )( )
( ) 14446
4664
446
4
141
4111142
12
31
214
211141
3
41
314
311
2141
4
414
411
3141
5
4141
6
+++++++
++++
++++
+++
+=
AADsAADADADs
DDADADAAs
DDADADAAs
DADADAAs
DAAsDen
A referida FT pode ser representada por:
( )012
23
34
45
56
6012
2
asaasasasasasbsbbs
sGAD ++++++++
=
onde:
14
446
4664
446
4
44
0
1411
4111142
12
31
214
2111413
41
314
311
21414
414
411
31415
41416
30
4131
142
=++=
+++=
+++=
+++=
++=
=
=+=
=
aAADa
AADADADa
DDADADAAa
DDADADAAa
DADADAAa
DAAa
AbADAb
DAb
41
Considerando s=jω, temos:
( ) ( ) ( )( ) ( )13
35
502
24
46
6102
2
aaajaaaabjbbjGAD ωωωωωω
ωωω+−++−+−
++−=
Representando na forma G(jω)=[A(ω)+jB(ω)]/C(ω), temos:
( ) ( ) ( )( ) 00110220
2130422
4150624
626
8
bababababababababababaA
++−−
+−+++−−+=
ωωωωω
( ) ( ) ( ) ( )( )1001
1203213
1405235
25167
babababababababababaB
+−+−++++−−++−=
ωωωωω
( ) ( ) ( )( ) ( )( ) 2
02
1202
312
24042
35142606
532
46282
564102
612
2
22222
222
aaaa
aaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaC
++−
+−++++−−
+−+++−+=
ω
ωω
ωωωω
Substituindo os parâmetros, temos:
( )
( )3
412
42
134312
413
3143
3131
21431
2141
21
24
3144
5143
5131
41431
514
41
24
4141
31
2416
51
241
8
10
1520
2010101020
44
154151520
4
AAAADAAAA
DADAA
DAADAAADAADADA
DAADAA
DAAADADADAADAA
DAAA
++++−
+
−−
−−++
+
++
+−−−−
+=
ω
ω
ω
ωω
( ) ( )
( )( )43143
241
2131
2143
313
214
3
513
4143
4131
31431
414
31
24
3141
21
2415
51
24
5141
41
241
51431
7
10102010
41515
2015202010
44154
AAAAAAADAADAADADA
DADAADAA
DAAADADADAADAA
DADAADAADAAAB
+−−+−−−−
+
+++
+−−−−
++++−=
ωω
ω
ωω
42
( )( )( )( )( )( )
14
446
4664
446
4
21
24
21
2
24
21
21
21
21
24
41
4
61
41
24
41
21
21
24
21
6
81
61
24
61
21
41
24
21
8
81
24
81
21
61
24
21
10
81
24
21
12
+++
++++
++++
++++
+++
+=
AAD
AADADAD
DDADADAA
DDADADAA
DADADAA
DAAC
ω
ω
ω
ω
ω
ωω
Cálculo da FT considerando apenas a presença do canal de potência elétrica
(Figura 2.9-b):
z = y - x
y = x . D
x = Pe . B1 .B2
z = x .D - x = x.( D - 1 ) = Pe . B1 .B2.( D - 1 )
z /Pe = B1.B2.(D - 1)
Portanto,
−
+
+×
+
×
+
×
+
×
+
×
+
= 11
411
11
11
111
1
1
1
1117
6
1 sDDs
sDsDsDsBB
sBPeVBD
( )41
1
141sDDs
+×+
111sB+
Pe 7
6
1 sBB
+
∑+
−
( )1B ( )2B
( )D
x
y
x
x BDVz =
43
( )( )( )( )
−
+
+++
= 11
4111 4
1
1
71
6
sD
DssBsB
BPeVBD
Numerador:
( ) ( ) ( )216
2316
3416
4 64 DBsDBsDBsNum −+−+−=
Denominador:
( ) ( )( ) ( )
( ) 144464664
6444
711
7117112
12
1712
172
113
13
2171
317
311
41
43171
417
411
54171
6
+++++++++++
++++++++=
BBDsBBDBDBDsDBBDBDBDs
DBBDBDBDsDBBDBDBsDBBsDen
A referida FT pode ser representada por:
( )012
23
34
45
56
62
23
34
4
asaasasasasasbsbsbs
sGBD++++++
++=
onde:
2162
3163
4164
0
7111
7117112
12
1712
172
113
13
2171
317
311
414
417
3171
4115
41716
6
4
14
446
4664
644
4
DBb
DBb
DBb
aBBDa
BBDBDBDa
DBBDBDBDa
DBBDBDBDa
DBDBBDBa
DBBa
−=
−=
−=
=++=
+++=
+++=
++++=
++=
=
Considerando s=jω, temos:
( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 012
23
34
45
56
62
23
34
4
aajajajajajajbjbjbjjGBD ++++++
++=
ωωωωωωωωωω
Representando a FT na forma G(jω)=[A(ω)+jB(ω)]/C(ω), temos:
44
( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )20
2312240
4332442
6352644
846
10
babababa
bababababababaA
−+−+
++−−+−++−=
ωω
ωωωω
( ) ( ) ( ) ( )( )3021
3322341
5342543
74536
9
baba
babababababababaB
−
++−−+−++−=
ω
ωωωω
( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) 2
02
1202
312
24042
35142606
532
46282
564102
612
222222
222
aaaaaaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaC
++−+−++++−−
+−+++−+=
ωωω
ωωωω
Substituindo os parâmetros, temos:
( ) ( )( )( )( )( )2
162
21761
3176
3161
416
4
616
41761
5176
5161
6
61761
816
8
81761
10
6.
6202021
42144
4
DB
DBBBDBBDBBDB
DBDBBBDBBDBB
DBBBDB
DBBBA
ω
ω
ω
ω
ωω
+−−−−
+−++
++−
+=
( ) ( )( )( )( )2
1762
1613
163
31761
4176
4161
516
5
6176
6161
51761
7
8176
8161
9
6620
2021214
444
DBBDBBDB
DBBBDBBDBBDB
DBBDBBDBBB
DBBDBBB
−−−
++++
+++−
++=
ω
ω
ω
ωω
( ) ( )( )
( )( )( )( ) 14
446
4664
644
4
27
21
21
2
21
27
27
21
21
21
41
4
21
27
21
41
27
41
21
61
6
41
27
21
61
27
61
21
81
8
81
27
61
27
21
81
21
10
81
27
21
12
+++
++++
++++
++++
+++
+=
BBD
DBBBDBD
DBBDBDBD
DBBDBDBD
DBDBBDB
DBBC
ω
ω
ω
ω
ω
ωω