2 anos de incÊndios florestais no algarve sol, praia e terra queimada… incÊndios florestais no...
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2 ANOS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO ALGARVE2 ANOS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO ALGARVES
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A… INCÊNDIOS FLORESTAIS INCÊNDIOS FLORESTAIS
NO ALGARVENO ALGARVE
ANÁLISE SIMPLISTA OUANÁLISE SIMPLISTA OUANÁLISE INTEGRADA NO SEUANÁLISE INTEGRADA NO SEU CONTEXTO ECONÓMICO-SOCIALCONTEXTO ECONÓMICO-SOCIAL E AMBIENTALE AMBIENTAL
Nuno de Santos LoureiroNuno de Santos LoureiroFaculdade de Engenharia de Recursos NaturaisFaculdade de Engenharia de Recursos Naturais
Universidade do AlgarveUniversidade do Algarve
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USOS DO TERRITÓRIOpatrimónio da região (1995)
INTERIORversus
LITORAL
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Verões de 2003 e 2004
18% da área do Algarve atingida pelo fogo38% da área florestal do Algarve destruída
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Verões de 2003 e 2004
Nome Área ardida Ano Observações
Caldeirão 25717 ha 2004 1
Monchique (Agosto) 17431 ha 2003
Monchique (Setembro) 15308 ha 2003
Castro Marim 8191 ha 2004 2
Tavira (Fonte Salgada) 5531 ha 2004 3
Alcoutim 4136 ha 2003 4
Monchique 1539 ha 2004
Tavira (Picota) 489 ha 2004
Vila do Bispo 330 ha 2003
Portimão (Mexilhoeira Grande) 199 ha 2003
Faro (Pontal) 187 ha 2004
Observações:
1) Afectou os concelhos de Loulé, Silves e São Brás de Alportel, no distrito de Faro, e o concelho de Almodôvar, no distrito de Beja
2) Afectou também os concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António.
3) Afectou também o concelho de Vila Real de Santo António.
4) Afectou também o concelho de Castro Marim.
incêndios catastró-
ficos
pequenos incêndios
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A… ONDA DE CALOR
29 de JULHO A 14 AGOSTO DE 2003
A ocorrência de períodos prolongados com valores elevados da temperatura máxima do ar é um fenómeno que ocorre com alguma frequência em Portugal Continental.
Desde a década de 1940, em que existe informação meteorológica diária, em maior numero de estações, têm-se verificado ondas de calor, ainda que de extensão e duração variável; no entanto é na década de 90 que este acontecimento ocorreu com maior frequência (anos de 1990, 1991, 1992, 1995, 1997, 1998 e 1999).
De referir ainda que as maiores ondas de calor anteriormente registadas tiveram a duração de 10 dias (Castelo Branco em Julho de 1954 e Amareleja em Julho de 1991).
A actual que se iniciou a 29 de Julho e terminou a 14 de Agosto teve uma duração de 16 a 17 dias em grande parte das estações do interior.
Onda de calor (Warm-spell days) – número de dias por período, no qual em intervalos de pelo menos 6 dias consecutivos, a temperatura máxima é superior ao percentil 90, isto e, é superior ao valor da temperatura que ocorre em 10% do tempo ou que é susceptível de ser excedido em 10% do tempo.
www.meteo.pt
CAUSAS DOS INCÊNDIOS
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http://reports.eea.eu.int/climate_report_2_2004/en
CAUSAS DOS INCÊNDIOS
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CAUSAS DOS INCÊNDIOS
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CAUSAS DOS INCÊNDIOS
PORTUGALpaís de reflorestação
a área florestal de Portugal continental era, em 1870, de 5% do território
um século depois o valor era já de 30%por outro lado, outros 30% de território estavam ocupados com matos, ecossistemas de susceptibilidade aos incêndios bastante semelhante à do uso florestal
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CAUSAS DOS INCÊNDIOS
Particularidades da região norte-mediterrânicaParticularidades da região norte-mediterrânicacondições climatéricas semi-áridas afectando grandes áreas, secas periódicas, grande variabilidade pluviométrica e chuvadas repentinas e de grande intensidadesolos pobres e altamente erosionáveis, propensos à formação de crostas superficiais
relevo acidentado, com declives acentuados e paisagens muito diversificadas
grandes perdas no coberto vegetal devido a incêndios florestais frequentes
crise na agricultura tradicional associada ao abandono da terra e deterioração das estruturas de protecção do solo e de conservação da águaexploração não sustentável dos recursos hídricos, causadora de prejuízos ambientais graves, neles se incluindo a poluição química, a salinização e o esgotamento dos aquíferos
concentração da actividade económica no litoral, como resultado do crescimento urbano, da actividade industrial, do turismo e da agricultura de regadio
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um problema global de desertificação…
tempo
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estabilidade
estabilidade
incêndioincêndio
erosão hídrica do solo
recuperação do solo
por terrapor terraentende-se o ecossistema terrestre que compreende o solo,entende-se o ecossistema terrestre que compreende o solo,
a vegetação, outros componentes do biota e dos processos ecológicos ea vegetação, outros componentes do biota e dos processos ecológicos ehidrológicos que se desenvolvem dentro do sistemahidrológicos que se desenvolvem dentro do sistema
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um problema global de desertificação…(a acção do Homem, em sentido amplo)
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um problema global de desertificação…(a acção do Homem, em sentido amplo)
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INDISPENSÁVEL A ATITUDE PRÓ-ACTIVA?!
que futuro para o
território?
que cenários viáveis
existem?
que objectivos é
sensato perspectivar?
que actores considerar e
auscultar?
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INDISPENSÁVEL A ATITUDE PRÓ-ACTIVA?!
NÃO!!!
Não houve erros na prevenção dos incêndios.Não houve erros na afectação de meios.
Não houve erros na coordenação de meios.
Relatório Parlamentarda Comissão Eventual para os Incêndios Florestais,
2004
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INDISPENSÁVEL A ATITUDE PRÓ-ACTIVA?!
1. a necessidade de envolver as populações locais
1.1. propriedade privada1.2. os direitos e os deveres dos proprietários
2. o modelo de floresta
2.1. a opção das espécies versus a opção dos usos e da gestão2.2. usos múltiplos agro-silvo-pastoris: utopias e realidades
3. a prevenção
3.1. hipóteses e alternativas3.2. equipas e brigadas de sapadores florestais
4. o combate aos incêndios florestais
4.1. detecção4.2. primeira intervenção4.3. intervenção pesada
ESTRUTURANTE
ESTRUTURANTE
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INDISPENSÁVEL A ATITUDE PRÓ-ACTIVA?!
5. as novas tecnologias ao serviço da prevenção e combate
5.1. sistemas de informação geográfica (SIG)5.2. sistemas de posicionamento global (GPS)
5.3. sistemas de acompanhamento (IMAGENS DE SATÉLITE)5.4. sistemas de coordenação e comunicação
6. a formação
6.1. proprietários6.2. sapadores florestais
6.3. corporações de bombeiros6.4. protecção civil
6.5. forças militares e militarizadas
7. a sensibilização
7.1. públicos-alvo
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INDISPENSÁVEL A ATITUDE PRÓ-ACTIVA?!
DesertNet 2The participation of Portugal
Introduction
Nowadays, forest fires are becoming one of the most important land degradation and desertification active driving forces in
the Algarve region (South of Portugal – Csb Köppen climate classification – 5 000 km2). During the 2003 and 04 summers,
20% of the Algarve’s territory was touched by the fire and 40%
of its forest lands were burned.
Human olding and desertion, and traditional land use abandonment, as well as the several hot days – hot waves (> 35ºC), contribute to explain the recent increase
of fires in the Algarve, a phenomenon that founds a similar behaviour in other south and center regions of the country. Consequently, fires need to be understood as a global challenge, with strong environmental and socio-
economical consequences.
The changing climate (hotest and dryest conditions) is decreasing the competitivity of the Algarve’s farming. So, the future of the Algarve inland territory will need new
forest land uses or, if we will not be able to install them, the final steps of land degradation and desertification will arrive in one or two decades.
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INDISPENSÁVEL A ATITUDE PRÓ-ACTIVA?!
ActionsThe proposed strategy to reduce fires claim for several approaches:
1. land planningbetter uses to the burned areas
adaptation of the unburned areas to the new environmentaland socio-economical context
establisment of an efficient system of early fire detection and warning
2. use of new resources and technologiesto increase sucess of prevention and combat
GIS database and system
GPS facilitiesreal-time position of each ‘early combat team’ and ‘fire-man force’, knowed
by the ‘fire combat co-ordination team’land navigation of each ‘early combat team’ and ‘fire-man force’ during fire occurrences
communication facilities between each ‘early combat team’ and ‘fire-man force’, and the ‘fire combat co-ordination team’
3. formation to increase knowlegde offorest land owners
forest prevention and initial combat teams
fire-man forces
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4. involvement in the design and implementationof the new strategies of
municipalities (Alcoutim e Castro Marim)
‘Municipal Forest Fires Specialised Comissions’
regional departments of forest resources, agriculture and environment
forest land owners and similar associations
fire-man force voluntary corporations
local and environmental ONG
5. involvement in the ‘new attitude’ ofthe population, in general
land owners
local policy makers
regional policy makers
national policy makers
fire-man forces
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