2 aula 2 - direito civil i - parte geral - pessoa natural
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Disciplina: Direito Civil I Parte Geral
AULA 2 – Pessoa natural
Prof. Msc. João Paulo Rocha de MirandaProfessor Assistente do Curso de Direito do ICHS/UFMT – Campus AraguaiaAdvogado (UFMT) e Zootecnista (UFSM)Mestre em Direito Agroambiental (UFMT)Especialista em Sociedade e Desenvolvimento Regional (UFMT)Especialista em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (FESPMP-MT/UNIC)Membro Comissão Meio Ambiente OAB-MTMembro da Comissão Nacional de Meio Ambiente do CFMVZ
CONTATOS:E-mail: [email protected]
Blog: http://professormiranda.blogspot.com/
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“[...] é a aptidão genérica para
titularizar direitos e contrair
obrigações, ou, em outras palavras, é o
atributo necessário para ser sujeito de
direito.” (Pablo Stolze Gagliano)
PERSONALIDADE JURÍDICA
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PERSONALIDADE JURÍDICASujeito de Direito
Pessoa Natural ou Física
Praticando Atos e Negócios Jurídicos
PessoaJurídica
Praticando Atos e Negócios Jurídicos
Adquirida Personalidade
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AQUISIÇÃO DAPERSONALIDADE JURÍDICA
Teoria Natalista(Brasil)
Teoria da Concepção(França)
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Art. 2º, C.C. 2002
Nascimento com vida◦ Funcionamento do aparelho cardiorespiratório
◦ Clinicamente aferido pelo exame:
Docimasia hidrostática de Galeno:
Baseado na diferença de peso específico entre o pulmão que respirou e o que não respirou, mergulhados na água
AQUISIÇÃO DAPERSONALIDADE JURÍDICA
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Lei n. 6.015/73(Registros Públicos) ⇛ Art. 50
Registro obrigatório de todo nascimento em território nacional, no prazo:
◦ 15 dias
◦ 90 dias (lugares + 30km da sede do cartório)
REGISTRO DAPESSOA NATURAL
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AQUISIÇÃO DAPERSONALIDADE JURÍDICA
TeoriaNatalista
Personalidade surge com o nascimento com vida,
tendo o nascituro apenas expectativa de direito
(Maior parte da doutrina brasileira)
Teoria da Personalidade Condicional
Personalidade condicional que surge , na sua plenitude, com o nascimento com vida e se
extingue no caso de aborto do feto
(Arnoldo Wald; Oertmann; Miguel Maria de Serpa Lopes)
Teoria mais Moderna (em construção)
Personalidade do nascituro surge , apenas para direitos
personalíssimos (direito à vida ou a uma gestação saudável), com a concepção, sendo que os direitos patrimoniais estariam sujeitos ao
nascimento com vida (Gagiano; Diniz)
Teoria da ConcepçãoPersonalidade jurídica do
nascituro surge com a concepção
(Beviláqua; Teixeira de Freitas; Limongi França; e Francisco Amaral Santos)
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Adquirida personalidade jurídica
Capacidade de Direito
Todo ser humano tem capacidade de direito
CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO OU JURÍDICA
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Adquirida personalidade jurídica
Capacidade de Direito
Com capacidade deatuar pessoalmente
Capacidade de Fato
CAPACIDADE DE FATOOU DE EXERCÍCIO
Capacidade
Civil
Plena
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Capacidade
Legitimidade
Legitimação traduz
capacidade específica
Nem toda pessoa capaz tem legitimidade para determinado ato jurídico
Ex1: tutor não pode adquirir bens do tuteladoEx2: Irmãos, maiores, não podem se casar entre si
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INCAPACIDADE⇛ Falta de aptidão para praticar pessoalmente atos da vida civil
INCAPACIDADE
Falta de capacidade de fato
INCAPACIDADE ABSOLUTA
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1. Os menores de 16 anos;
2. Os que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
3. Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir a sua vontade.
ABSOLUTAMENTE INCAPAZESDE EXERCER PESSOALMENTE
OS ATOS DA VIDA CIVIL:
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⇓16 anos ⇛ Imatura para a órbita do direito
ECA ⇛ Criança < 12 anos
ECA ⇛ 12 anos < adolescente <18 anos
Absolutamente incapazes
Crianças e Adolescentes até 15 anos
1. OS MENORESDE 16 ANOS
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A incapacidade deve ser juridicamente reconhecida ⇛ INTERDIÇÃO (Arts. 1.177 a 1.186, CPC)
Declarada judicialmente a incapacidade
Os atos praticados pelo incapaz são
NULOS
2. Os que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a
prática desses atos
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Sem serem portadores de doença ou deficiência mental, estejam em estado de:
Paralisia mental total e temporária
Ex: Dependente de tóxico que esteja sob efeito do entorpecente, que o priva totalmente de discernimento
Ex: Pessoa que sofra acidente e esteja em coma
3. Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir a
sua vontade
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1. 16 anos < ADOLESCENTES < 18 ANOS;
2. Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
3. Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
4. Os pródigos;
5. Os índios ou silvícolas ???
INCAPACIDADE RELATIVA:
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Maioridade civil diminuiu de 21 para 18 anos
1. 16 anos < ADOLESCENTES < 18 ANOS
Maioridad
e Civil
Imputabilidade Pena
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Embriaguez habitual que reduza, sem privar totalmente, a capacidade de discernimento do indivíduo
Embriaguez patológica privando totalmente, a capacidade de discernimento do indivíduo
Equipara-se a doença mental
INCAPACIDADE ABSOLUTA
2. Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que, por deficiência
mental, tenham o discernimento reduzido
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Ex: Portadores da Síndrome de Down
Relativa incapacidade não objetiva segregar, mas proteger estes indivíduos
3. Os excepcionais, sem desenvolvimento mental
completo
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“[...] é aquele que desordenadamente gasta e destrói a sua fazenda, reduzindo-se à miséria por sua culpa.”
(BEVILÁQUA)
INTERDIÇÃO
SOMENTE SOBRE ATOS REFERENTES AO PATRIMÔNIO
Legitimidade ativa: Qualquer parente e MP
4. Os Pródigos
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C.C.-16 ⇛ Relativamente Incapazes
C.C.-02 ⇛ Legislação especial (Art. 4º,par. Único)
Estatuto do Índio (lei n. 6.001/73)
ABSOLUTAMENTE INCAPAZ
(VERIFICAR JUDICIALMENTE O DISCERNIMENTO OU NÃO DO ÍNDIO
5. SILVÍCOLAS OU ÍNDIOS
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Suprimento da Incapacidade
RepresentaçãoIncapacidade Absoluta
Representante pratica o ato no interesse do incapaz
AssistênciaIncapacidade Relativa
Relativamente incapaz pratica o ato jurídico juntamente com seu
assistente
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PRESSUPOSTO PROCESSUAL:quanto à capacidade
Capacidade de ser parte;
Capacidade de estar em juízo;
Capacidade postulatória.
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CAPACIDADE DE SER PARTE Refere-se à possibilidade de a pessoa
apresentar-se em juízo como demandante ou demandado em uma ação processual, isto é:
◦ Autor
◦ Réu.
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CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZOCAPACIDADE PROCESSUALLEGITIMATIO PROCESSUM
É a possibilidade da parte estar em juízo. Isto é, da parte na relação processual praticar atos do processo sem o acompanhamento de outra pessoa.
Tem "capacidade processual" aquele que puder agir sozinho em juízo, realizando atos processuais de forma autônoma, sem o apoio de assistente ou representante legal.
Exemplos: O recém-nascido; Os incapazes
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CAPACIDADE POSTULATÓRIA É a aptidão para requerer perante os órgãos investidos
da jurisdição.
Em regra⇛ privativa do advogado
Há exceções, em que a lei reconhece "capacidade postulatória" para a própria parte, como por exemplo:◦ habeas corpus
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CAPACIDADE DE SER PARTE
“Art. 7o Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo.”
(CPC)
Capacidades: de estar em juízo ⇚plus⇛ de ser parte
Sujeitos da relação processual devem ser:◦ Pessoa Física;
◦ Pessoa Jurídica.
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CAPACIDADE DE SER PARTEInício da Personalidade Civil
Essa espécie de capacidade⇛“personalidade civil”.
Pessoa natural⇛ nascimento com vida
◦ embora a lei ponha a salvo, desde a concepção os direitos do nascituro
Pessoa jurídica⇛ a partir do registro na Junta Comercial
Personalidade judiciária ⇛
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PERSONALIDADE JUDICIÁRIA
Lei Processual admite capacidade de ser parte: Conglomerados jurídicos
◦ Não tem personalidade jurídica
◦ Mas são tratados como se fossem pessoas
◦ Pessoas Formais
◦ Equivalem formalmente às pessoas
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PERSONALIDADE JUDICIÁRIA
Lei precisa indicar expressamente que o conglomerado possui capacidade de ser parte:
Art. 12, III, CPC;
Art. 12, V, CPC;
Art. 12, IX, CPC;
Art. 12, VII, CPC
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PERSONALIDADE JUDICIÁRIA Legislação atribui "capacidade para ser parte” a
determinados “entes despersonalizados”, tais como:◦ a massa falida;
◦ o condomínio;
◦ o espólio;
◦ a herança jacente;
◦ e certos órgãos públicos que não detém personalidade jurídica
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CAPACIDADE DE SER PARTEA capacidade de ser parte se materializa de 3 formas:
Personalidade Geral⇛ Pessoas Físicas
Personalidade Jurídica⇛ Pessoas Jurídicas
Personalidade Judiciária⇛Pessoas Formais
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PERSONALIDADE JURÍDICA DE ÓRGÃOS Violação de direito subjetivo dos órgão;
◦ Art. 61, § 1º, da CF/88;
◦ Art. 168, da CF/88
Invasão de competência por outro órgão.
![Page 34: 2 Aula 2 - Direito Civil i - Parte Geral - Pessoa Natural](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061206/54834159b4af9f797c8b4b8b/html5/thumbnails/34.jpg)
O Poder Executivo Municipal não repassou o recurso para a Câmara Municipal
Demanda: Câmara X Poder Executivo Municipal
Pólo Ativo = ?
Pólo Passivo = ?
Ação = ?
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SOLUÇÃO DEVE EVITAR MESMA PESSOA JURÍDICA EM DOIS PÓLOS
Demanda: Câmara X Poder Executivo Municipal
Se considerar a Personalidade Jurídica:
Pólo Ativo = Prefeitura
Pólo Passivo = Prefeitura
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SOLUÇÃO
Demanda: Câmara X Poder Executivo Municipal
Deve considerar a Personalidade Judiciária:
Pólo Ativo = Câmara Municipal
Pólo Passivo = Prefeitura
Ação: MS
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BOA TARDE!
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