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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

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ÍNDICE 1. Sobre este Relatório 3 1.1 Mensagem do Conselho de Administração 7 1.2 Indicadores Chave de Desempenho da APL

e Principais Acontecimentos em 2008 8

2. A nossa Visão de Sustentabilidade 10 2.1. Princípios da Sustentabilidade 10 2.2. Estratégia 11

3. Envolvimento com os Stakeholders 12 3.1. Os Stakeholders da APL 13 3.2. Colaboradores 13 3.3. Clientes 14 3.4. Sociedade Civil 15 3.5. Envolvimento com os stakeholders

– Objectivos concretizados e objectivos futuros 17

4. Relação Porto-Cidades 18 4.1. A APL e as Cidades 18 4.2. Relação com as Autarquias 18 4.3. Apoio Cultural 23 4.4. Relação Porto-Cidades

– Objectivos Concretizados e Objectivos Futuros 24

5. Navegação Segura e Não Poluente 25 5.1. Responsabilidade Ambiental

e Social no Transporte Marítimo 25 5.2. Recolha e Gestão dos Resíduos

Produzidos a Bordo de Navios 27 5.3. Navegação Segura e Não Poluente

- Objectivos Concretizados e Objectivos Futuros 28

6. Valorização do Estuário do Tejo 29 6.1. Contribuição da APL para a Conservação

do Estuário do Tejo 29 6.2. Combate à Erosão Estuarina

e Costeira e Gestão de Sedimentos Dragados 30 6.3. Valorização do Estuário do Tejo

- Objectivos Concretizados e Objectivos Futuros 32

7. APL no Presente 34 7.1. Descrição da Empresa 34 7.2. Desempenho Económico Directo 34 7.3. Desempenho Ambiental Directo 35 7.4. APL no presente

- Objectivos Concretizados e Objectivos Futuros 45

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese 1. Sobre este Relatório

ÂmbitoEste relatório síntese apresenta, de forma resumida, o desempenho e o cumprimento de objectivos pela Administração do Porto de Lisboa (APL) em matéria de sustentabilidade, durante o ano de 2008, avaliando, sempre que possível, as evoluções conseguidas face a 2007 e definindo metas de curto, médio e longo prazo.

A APL regula o funcionamento do Porto de Lisboa e promove a sua exploração económica, conservação e desenvolvimento, abrangendo o exercício das competências e prerrogativas de autoridade portuária e de gestão territorial, num modelo de Landlord Port.

O âmbito deste relatório corresponde a todas as actividades e instalações da APL, sobre as quais a APL exerce controlo operacional directo.

De forma a completar este relatório síntese, elaborámos dois documentos complementares: o Guia de Boas Práticas APL e as Tabelas de Desempenho 2008.

O Guia de Boas Práticas tem por objectivo fazer uma descrição mais completa sobre a abordagem de gestão e boas práticas da APL face aos temas englobados na estratégia de sustentabilidade da APL. A actualização deste documento será feita sempre que se justifique, face às evoluções que ocorram.

As Tabelas de Desempenho 2008 apresentam os valores do desempenho atingido em 2008 face aos descritores estabelecidos na estratégia e face aos restantes indicadores da Global Reporting Initiative (GRI), incluindo a respectiva Tabela GRI.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese Para uma consulta mais específica sobre governance e para informações extra, consulte também o Website da empresa e o Relatório e Contas de 2008.

Como foi elaboradoEste relatório tem por objectivo apresentar, de forma sintética, a abordagem de gestão e desempenho da APL, baseando-se nos princípios e indicadores da GRI, na sua versão 3.0, na carta para o desenvolvimento sustentável de cidades portuárias e na estratégia de sustentabilidade da empresa.

Este relatório foi elaborado em complementariedade com o Relatório de Boas Práticas e com as Tabelas de Desempenho. Só através da leitura dos três se poderá obter a avaliação completa do desempenho da APL face ao desenvolvimento sustentável.

O presente relatório foi elaborado de acordo com as directrizes da GRI (versão 3.0), para o nível de aplicação B.

O conteúdo deste relatório síntese respeita o princípio de materialidade, tendo sido seleccionado de acordo com as expectativas dos stakeholders, respeitando o contexto da sustentabilidade e a abrangência. A organização dos conteúdos teve por objectivo apresentar, para cada um dos eixos estratégicos, a abordagem de gestão, as linhas de acção, os indicadores chave, temas de destaque e avaliação do cumprimento dos objectivos estabelecidos e definição de objectivos futuros.

Nível de Aplicação C C+ B B+ A A+

Obrigatório Auto-declaração

Opcional Verificação por terceira

parte

Verificação da GRI

Resposta APL ao desenvolvimento sustentável

Leitura Breve Leitura Profunda

Abordagem de Gestão

Relatório Síntese 2008

Relatório Boas Práticas

Indicadores de DesempenhoTabelas de

Desempenho 2008

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Abordagem Linhas de Acção

Indicadores Chave

Tema Destaque

Avaliação da Concretização dos Objectivos Estabelecidos e Definição

de Objectivos Futuros

Linhas estratégicas

Envolvimento dos Stakeholders

Relação porto-Cidades

Navegação Segura e Não- Poluente

Valorização do Estuário do Tejo

APL no Presente

A qualidade dos conteúdos foi sujeita a uma análise interna dos mesmos, considerando os critérios de equilíbrio, comparabilidade, exactidão, periodicidade, clareza e fiabilidade.

Síntese

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese A quem se dirigeEste relatório dirige-se a todos os stakeholders da APL. O desenvolvimento desta publicação considerou a identificação das suas expectativas.

• PróximorelatórioO próximo relatório será publicado em 2010 e reportará a evolução do desempenho da APL em 2009, ao nível do cumprimento dos objectivos e respectivos resultados e práticas.

ContactosEm caso de dúvidas sobre esta publicação, contactar:

- Comandante Eduardo dos Santos: [email protected]

- Dr.ª Célia Barros: [email protected]

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese 1.1 Mensagem do Conselho de Administração

O objectivo de um relatório de sustentabilidade é comunicar aos stakeholders a estratégia desenhada e o desempenho atingido face às necessidades e expectativas das diferentes partes interessadas da empresa ou organização em questão.

O desenvolvimento do relatório de sustentabilidade da APL é um desafio de uma enorme complexidade, tendo em conta a quantidade e a diversidade de stakeholders que integram a actividade portuária e a gestão territorial de uma zona tão central e importante como a que está sob a jurisdição da APL.

Do porto de Lisboa dependem, directa e indirectamente, um elevado número de empregos, a sustentabilidade financeira de muitos fornecedores, o transporte eficiente e seguro de muitos dos bens consumidos na área da Grande Lisboa e de muitas exportações portuguesas. Por estes motivos, queremos que as operações de carga e descarga tenham um desempenho tão eficiente quanto possível.

O transporte marítimo de mercadorias é reconhecido como o mais eficiente em termos energéticos, não deixando por isso de ter importantes impactes e riscos que importa evitar e mitigar. Por essa razão, garantimos o máximo de segurança à navegação enquanto exigimos o maior respeito ambiental aos concessionários e outros operadores que operam no estuário que nos acolhe.

Lisboa é, cada vez mais, um destino de cruzeiros, o que constitui uma valorização turística da cidade e da cultura portuguesa. Consciente do nosso papel neste âmbito, queremos aumentar a atractividade do porto para estas actividades.

O porto de Lisboa localiza-se numa capital europeia, cuja população tem uma exigência crescente, quer relativamente às actividades do porto, quer

face às infra-estruturas que lhe são oferecidas para o lazer e usufruto das frentes de água. Por esse motivo, os espaços geridos pela empresa obedecem a critérios de grande qualidade e as diferentes actividades concessionadas são fiscalizadas com exigência.

Neste contexto, a APL pretende que o porto de Lisboa seja cada vez mais reconhecido como um porto de referência pela sua segurança, qualidade de serviço, inovação, logística, protecção ambiental e integração territorial.

Na elaboração deste segundo relatório encontrámos vários desafios, entre os quais avaliar a concretização da estratégia estabelecida, actualizando-a face aos desafios encontrados em 2008 e ao nosso objectivo de melhoria contínua.

Uma vez que queremos comunicar mais e melhor os nossos princípios estratégicos, foi feita uma segunda escuta junto dos stakeholders, que nos permitiu ajustar as linhas estratégicas e adequar os conteúdos às suas expectativas, tendo sido feito um esforço considerável em termos de abrangência do relatório.

Agradecemos todos os contributos dados, bem como a sua atenção para este relatório, o qual pretendemos que continue a ser um veículo transparente dos nossos esforços e conquistas. Pedimos também a sua colaboração activa através de um feedback sobre o trabalho desenvolvido e os resultados atingidos, com o qual poderemos prosseguir o nosso objectivo de melhoria contínua

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1.2 Indicadores Chave de Desempenho da APL e Principais Acontecimentos em 2008

Eixo estratégico Indicadores Principais acontecimentos em 2008

Envolvimento com os stakeholders

Unidade 2008 2007 ∆ 08/07

Colaboradores efectivos Nº 349 350 -0,3% A disponibilização a todos os colaboradores do “Guia do Colaborador”, com a dupla finalidade de permitir aos actuais efectivos aprofundar o conhecimento da organização e favorecer a integração de novos elementos que possam vir a ser admitidos.

Acidentes de trabalho Nº 14 14 0,0%

Acções de formação Nº 131 105 24,8%

Documentos criados no sistema de gestão documental

Nº 40.264 - -Em Maio de 2008 entrou em funcionamento um sistema electrónico de gestão documental interna da APL.

Páginas visitadas no portal da APL Nº 1.316.926 676.879 94,6%Disponibilização, no Portal da APL, de informação relativa a Navios, Mercadorias e Passageiros e da consulta das declarações sumárias.

Manifestos recebidos no PCOM/SDS Nº 4.016 - - Em Janeiro de 2008, a plataforma PCOM/SDS entrou em funcionamento. Desenvolvida pelos portos de Lisboa, Leixões e Sines e pela Direcção Geral das Alfândegas (DGAIEC), veio permitir o fluxo electrónico de informação relativo ao navio e à mercadoria e aos respectivos despachos.

Manifestos finalizados no PCOM/SDS % 64 - -

Navegação segura e não poluenteNavios com movimentação de águas de lastro

Nº 462 296 56,1% O sistema de Gestão de Resíduos de Navios da APL permite a recolha de resíduos 24 horas por dia, 365 dias por ano.

Navios com recolha de resíduos Nº 1.915 1.792 6,9%

Valorização do estuárioDragagens realizadas Nº 4 5 -20,0% Protocolo de cooperação estabelecido entre a APL e o INAG para

o aproveitamento das areias dragadas do Canal da Barra Sul do Estuário do Tejo para colocação na zona entre esporões da frente urbana da Costa da Caparica e restante zona da linha de costa, afecta à implementação do Plano de Pormenor das Praias Urbanas, e na Praia de S. João da Caparica.

Volume de sedimentos dragados m3 750.000 540.000 38,9%Pontos de amostragem caracterizados Nº 58 13 346,2%

Embarcações desmanteladas Nº 18 0 -

Relação porto-cidadesExtensão de frente linha de jurisdição km 205 205 - Participação na organização do IV Curso Relação Porto Cidade

subordinado ao tema “Sustentabilidade na Valorização das Frentes Ribeirinhas dos Estuários do Tejo e do Sado”.

Extensão acessível ao público % 76 76 -Estudantes recebidos em visitas de estudo Nº 1.341 968 38,5%

Síntese

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

APL no Presente Indicadores Principais acontecimentos em 2008

Operacional Unidade 2008 2007 ∆ 08/07

Navios entrados Nº 3.455 3.447 0,2% •Grandecrescimentonotráfegodepassageirosdecruzeiros;•Aprovaçãodo“CódigodeCondutaparaaActividadedeCruzeiros”,noâmbitodoFórumparaaSimplificaçãodeProcedimentos;

•ContinuaçãodostrabalhosdepreparaçãodafrentederiodeSanta Apolónia para acolher o novo, e imprescindível, terminal de Cruzeiros e o início do trabalho conjunto, com a Câmara Municipal de Lisboa e Sociedade Frente Tejo, para a definição conjunta do novo Terminal e respectivas acessibilidades para além da sua integraçãonazonaurbanaadjacente;

•ProjectoeacordorelativoaodesenvolvimentodoTerminaldeContentoresdeAlcântara;

•AssinaturadeProtocoloentreaAPL,aREFEReaAbertis,noâmbito da futura Plataforma Logística Lisboa Norte.

Movimento de contentores TEU 556.062 554.774 0,2%

Carga – Marítima e fluvialMilhares de

Ton.13.529 13.938 -2,9%

Passageiros – Via marítima Nº 407.504 305.185 33,5%

Passageiros – Via fluvial Nº 28.445.978 28.073.802 1,3%

Valor económico gerado Milhares de Euros

51.648 50.433 2,4%•Continuidadedocicloderesultadospositivos,apesardocenário

de crise.

Impactes ambientais directosElectricidade - Edifícios kWh 1.409.103 1.655.706 -14,9% •CompensaçãodasemissõesdeGEE;

•Aquisiçãodeilhasecológicasdeformaapromoveraseparaçãodos resíduos produzidos nos edifícios APL.

Gases com efeito de estufa Ton. CO2 3.667 3.647 0,5%Papel Kg 6.026 7.200 -16,3%

Síntese

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese 2. A nossa Visão de Sustentabilidade

2.1. Princípios da Sustentabilidade

Na Administração do Porto de Lisboa entendemos que conseguiremos atingir um nível de desenvolvimento sustentável do negócio da empresa se formos capazes de assegurar as melhores práticas de desempenho da actividade portuária, quer ao nível dos colaboradores e da organização, quer ao nível dos clientes, fornecedores e demais parceiros que connosco trabalham, em cumprimento dos princípios da responsabilidade social, ambiental e transparência, num profundo respeito pelos interesses das gerações actuais e futuras.

Princípio da responsabilidade SOCIAL

Consubstancia-se em iniciativas destinadas a manter uma relação de bem-estar e partilha com os colaboradores, clientes, fornecedores e comunidades locais. Os colaboradores são uma prioridade, reconhecemo-los como suporte e mais-valia que representam, tendo presente o permanente reconhecimento das variadas capacidades profissionais. O porto de Lisboa e o Estuário do Tejo são o traço comum que liga onze municípios. Continuaremos a enriquecer esta relação, constituindo um espaço aberto à comunidade e apoiando iniciativas nas áreas da educação, desporto, cultura e lazer. Como responsáveis pela gestão do porto, ambicionamos envolver os nossos clientes e fornecedores, encorajando-os a partilhar os nossos princípios. Por isso, pretendemos mostrar de forma inequívoca e transparente como gerimos os compromissos assumidos, para formular objectivos claros e partilhados, que melhorem o desempenho integrado do porto.

Princípio da responsabilidade AMBIENTAL

Visa uma cada vez melhor integração do porto nas envolventes urbana e natural, permitindo o desenvolvimento da nossa actividade e a integração mútua de interesses, num contexto futuro sempre mais exigente. O porto de Lisboa integra-se no Estuário do Tejo, a maior zona húmida da Europa Ocidental, que apresenta importantes valores naturais, espécies e habitats a preservar. Este estuário congrega a maior área metropolitana do país, pelo que a APL adopta uma atitude proactiva na defesa do ambiente estuarino.

Princípio da sustentabilidade ECONÓMICA

Visa garantir a autonomia orçamental, consagrada nos estatutos, e a capacidade da APL criar valor para as gerações actuais e futuras. Enquanto entidade administrante, a APL deve promover a competitividade do porto e a sua crescente importância socioeconómica a nível ibérico, privilegiando a racionalização dos seus recursos, a rentabilidade dos capitais próprios e, naturalmente, a sua capacidade de investir na permanente modernização do porto de Lisboa.

Princípio da TRANSPARÊNCIA

É o modo natural e aberto como desenvolvemos as nossas actividades, como encaramos as nossas ambições e como comunicamos os resultados que vamos alcançando.É também a forma como colocamos em discussão aberta as ideias e projectos de participação comum e ponderada, entre o porto e as comunidades envolventes.

Com este compromisso, pretendemos alcançar um estatuto de referência no conjunto de portos europeus e, por consequência, constituir-nos como um pólo aglutinador de vontades e de criação de riqueza para as empresas que, directa ou indirectamente, intervêm no negócio portuário.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese 2.2. Estratégia

Acreditamos que as gerações futuras têm o legítimo direito de poder usufruir de um porto de nível europeu ou mundial, com um ambiente que lhes proporcione estabilidade e as melhores condições de vida e de emprego. Pretendemos, por isso, desenvolver um porto de qualidade internacional, com impacto socioeconómico regional positivo, que possa representar um atractivo para a instalação de actividades diversas, suportado num bom ambiente de trabalho e em condições de operacionalidade sustentável.

O nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável traduz-se nas seguintes bandeiras:

Envolvimento com os stakeholders

Consideramos que os colaboradores e os parceiros são fundamentais para o desenvolvimento do porto nas suas múltiplas vertentes. Por essa razão, investimos na comunicação bidireccional com colaboradores e parceiros, promovendo a sua informação, formação e participação activa na vida da empresa.Conscientes da relevância do desempenho e da atitude da comunidade portuária no desenvolvimento do negócio portuário, é nosso propósito definir estratégias que suportem o crescimento do negócio, incorporando os objectivos, anseios, apoios e propostas dos nossos parceiros.

Relação porto-cidades

Tendo em conta a realidade geográfica do porto de Lisboa, pretendemos integrar, de forma qualificada, as áreas portuárias e urbanas, tendo em atenção as necessidades da actividade portuária e as expectativas das populações. O estabelecimento de protocolos e de acordos de parceria com os municípios, consolida e exponencia os bons resultados que paulatinamente temos vindo a obter, sobretudo através da participação na elaboração dos diversos instrumentos de gestão territorial, por nós entendidos como fundamentais com vista à articulação de objectivos e propósitos.Pretende-se promover a utilidade social do espaço sob jurisdição portuária, fortalecendo a identificação do cidadão com o porto, com os seus desígnios, as suas aspirações e os seus objectivos de desenvolvimento futuros.

Navegação segura e não poluente

O transporte marítimo é a forma de transporte que apresenta os melhores desempenhos em termos de sustentabilidade ambiental e energética, assumindo os portos uma importância estratégica no desenvolvimento de sistemas de transporte integrados e mais eficientes.Estamos empenhados em garantir a qualidade e a segurança do tráfego marítimo portuário, pelo que nos posicionámos na vanguarda da utilização de meios tecnológicos de apoio à navegação. Pretendemos assegurar, de forma cada vez mais eficaz e eficiente, a prestação de serviços à navegação, de modo a prevenir e minimizar incidentes de poluição marinha, incrementar o controlo sobre as recolhas de resíduos de navios, as descargas de águas de lastro, a movimentação de mercadorias perigosas e as emissões gasosas de navios. Queremos simultaneamente modernizar e adequar a nossa capacidade de resposta a situações de emergência, enquadrada no Sistema Nacional de Protecção Civil.

Valorização do Estuário do Tejo

Atentos às principais características biofísicas do Estuário do rio Tejo - o maior plano marítimo-fluvial da Europa e um dos de maior valor ecológico, constituindo um património cuja valorização, em todas as suas vertentes, é fundamental - pretendemos ter um conhecimento, cada vez mais aprofundado do equilíbrio dinâmico deste sistema e adoptar práticas de gestão que promovam a sua preservação e qualificação. Merecem a nossa particular atenção as questões relacionadas com o equilíbrio hidrodinâmico das barras do Tejo e zonas costeiras adjacentes e o incremento da qualidade ambiental do estuário, em sentido lato.Pretendemos, em estreita colaboração com as restantes entidades com responsabilidades no estuário, minimizar o passivo ambiental existente, estabelecer compromissos com base em estratégias de gestão com preocupações ambientais e potenciar o turismo.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese

3. Envolvimento com os Stakeholders

Os stakeholders são parte determinante na persecução das estratégias da APL. Neste sentido, a empresa identificou os grupos de stakeholders prioritários, tendo em conta o nível de implicação de cada segmento para a empresa e o nível de implicação da empresa para cada segmento.

A qualidade dos serviços prestados pela APL depende do desempenho dos seus colaboradores, que a empresa considera parte activa na concretização das suas bandeiras e dos seus princípios de sustentabilidade. Esta qualidade está também relacionada com a interacção com a restante comunidade portuária.

Comunidade Portuária de Lisboa

A Comunidade Portuária de Lisboa é o motor aglutinador de todos os intervenientes no negócio portuário, entre os quais se incluem associações ou empresas de serviços, reboques, concessionários, agentes de navegação, brokers, armadores, empresas de estiva, transitários, armazenagem/distribuição, reparação naval, outros fornecedores, transportadores rodoviários, fluviais e ferroviários e ainda entidades da administração pública (alfândegas, serviço de estrangeiros e fronteiras, serviços sanitários e veterinários).

A eficácia no cumprimento da missão da APL está associada à articulação contínua com os seus clientes directos e indirectos, numa relação de dependência. A empresa tem clientes directos muito diversos, como os concessionários portuários e não portuários, os agentes de navegação e os utilizadores das docas de recreio. Como clientes indirectos, encontram-se os carregadores/recebedores, os armadores, os operadores de linha, os passageiros dos cruzeiros e os passageiros fluviais, os transitários, os despachantes, os fornecedores dos navios e os operadores ferroviários e rodoviários e fluviais. O bom desempenho do porto de Lisboa permite reduzir os preços a que os bens de consumo chegam ao consumidor final. Nessa perspectiva, o consumidor final é também um cliente indirecto.

Regulamento de Aquisição e Locação de Bens e Serviços da APL

A APL, de forma a garantir transparência na relação com os fornecedores, desenvolveu o “Regulamento de Aquisição e Locação de Bens e Serviços da APL”.O regulamento, aprovado internamente em 2008, relativo à aquisição/locação de bens e serviços determina que os critérios de selecção e qualificação de fornecedores devam ser de carácter objectivo, devendo-se, em igualdade de circunstâncias, preferir entidades certificadas, designadamente em matéria ambiental e de qualidade.

Outros Portos Tutela

Universidades Comunidade Portuária

FornecedoresClientes Não PortuáriosClientes Portuários

Consumidores Finais Clientes de Cruzeiros

Clientes dosTransportes Fluviais

Utilizadores da Zona Ribeirinha

Clientes da Náutica de Recreio e

Marítimo-Turística

Envolvimento com os Stakeholders

Autoridades e Outras Entidades Públicas

Colaboradores e seus Representantes

Sociedade Civil

PlataformasLogisticas

Figura 1 – Stakeholders da APL

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese A relação da APL com todas as suas partes interessadas é pautada pela transparência, possibilitando à empresa a consolidação da confiança mútua e do desenvolvimento comum. Há um esforço no sentido de uma comunicação bidireccional permanente e adaptada à particularidade dos stakeholders.

Simultaneamente, verifica-se uma crescente importância e utilidade do Portal da APL para os seus stakeholders, visível pelo acréscimo de visitas ao mesmo.

Os indicadores chave deste eixo estratégico são apresentados juntamente com o destaque “colaboradores” sendo complementados pelos indicadores da tabela “Indicadores Chave de Desempenho APL e Principais Acontecimentos” apresentada no início deste relatório.À semelhança do relatório anterior, foi feita uma escuta junto dos stakeholders da empresa, com o intuito de identificar pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças relativos ao funcionamento do porto de Lisboa, à relação com a APL e aos desafios futuros. São de seguida apresentados os resultados da escuta relativamente à questão: “Até que ponto considera que o conteúdo apresentado no relatório (de 2007) é suficiente para avaliar o desempenho da empresa face ao seu envolvimento com os colaboradores e com os restantes stakeholders?”.Pretendemos alargar neste relatório a informação prestada, de forma a melhorar os resultados obtidos. Como destaque, neste relatório síntese, escolhemos apresentar o nosso envolvimento com os colaboradores, clientes e outros stakeholders.

Envolvimento da empresa com os colaboradores

Envolvimento da empresa com os restantes stakeholders

57% dos stakeholders internos bastante satisfeitos

43% dos stakeholders internos bastante satisfeitos

33% dos stakeholders externos bastante satisfeitos

50% dos stakeholders externos bastante satisfeitos

3.2. Colaboradores

O envolvimento com os colaboradores, o seu sentido de pertença e o seu empenho são fundamentais. A APL aposta numa comunicação que permite, de forma rápida e eficaz, o contacto e a ligação ao longo de toda a estrutura organizacional. Cada vez mais a satisfação e a motivação dos colaboradores são considerados factores de sucesso na competitividade das organizações. Com efeito, a valorização do capital humano, os talentos, o conhecimento e os recursos intelectuais e o reconhecimento como activo da empresa, contrastam com a visão mais conservadora, que os considera como um custo.A aposta da APL na segurança e na formação dos colaboradores tem crescido fortemente, como se pode verificar na tabela seguinte.

Estudo da Avaliação da Satisfação dos Colaboradores

Em 2008, foi realizado um estudo de avaliação da satisfação dos colaboradores, com o objectivo de aferir o índice de satisfação organizacional. Os resultados deste estudo são relevantes para a compreensão e resolução das dificuldades com que as empresas e seus colaboradores se deparam diariamente. De entre as questões levantadas obtiveram uma avaliação positiva: a dedicação e empenho pelaempresa;avontadedepermanecerligadoàempresa;oorgulhodepertenceràempresa;aimportânciadotrabalhoindividualparaosobjectivosdequalidadedaempresa;acontribuiçãodotrabalhodiárioparaosobjectivosglobaisdaempresa;osobjectivosadequadosepossíveisdealcançar;assimcomoaajuda,colaboraçãoeacooperaçãoentre colegas. Como pontos mais negativos foram indicadas: a reduzida aceitação de sugestões feitas por colaboradores e as poucas actividades desportivas, culturais e de convívio.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese2008 2007

Δ 2008-2007

Colaboradores efectivos 349 350 -0,3%

Acidentes de trabalho 14 14 0,0%

Número total de acçõesde formação

131 105 +24,8%

Número total participantesnas acções de formação

559 562 -0,5%

Índice de formação(média de horas de formação por colaborador)

28,4 11,7 +142,7%

O grande acréscimo no índice de formação verificado deve-se à adesão da APL ao Projecto RVCC – Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências –, bem como às várias alterações legislativas e às novas alterações no sistema informático.

Envolvimento com os colaboradores

•Desenvolveram-sediversasacçõesinternasparacriarum maior envolvimento com e entre os colaboradores, nomeadamente:

- Oferta de bilhetes para os colaboradores e respectivas famílias visitarem o Jardim Zoológico de Lisboa, no âmbito doapadrinhamentodoleão-marinhoMarduck;

- Distribuição de vouchers de 20 euros para refeições no HardRockCafé;

- Distribuição de peças de merchandising.•Foramorganizadosalgunsencontrosforadolocalde

trabalho, como o jantar na esplanada Kubo, oferecido a todososcolaboradores;

•Aequipadevelejadores,constituídaporcolaboradoresdaAPL,participounaRegatadoPortodeLisboa;

•Foramorganizadasvisitasdecolaboradoresanaviosdecruzeiros e à Torre VTS em Algés.

3.3. Clientes

No âmbito da gestão de clientes, o principal objectivo da APL continua a ser a orientação para a qualidade do serviço, procurando responder atempadamente a todas as solicitações, bem como o aprofundamento da comunicação e cooperação com a Comunidade Portuária de modo a potenciar o desenvolvimento do negócio portuário.

Auto-estradas Marítimas

A APL está a desenvolver presentemente um estudo sobre as auto-estradas marítimas. A ideia do projecto é avaliar a sustentabilidade económica de transferir tráfegos da rodovia para o modo marítimo, em curtas distâncias, bem como identificar potenciais portos parceiros e armadores que pretendam explorar essas linhas de navegação.

A APL analisa as reclamações de forma a melhorar o serviço prestado aos seus clientes, tendo no âmbito da gestão dominial, dado resposta com um prazo médio de sete dias a 66 reclamações.

Enquanto responsável pela gestão de resíduos de navios, a APL também recebe reclamações de vários intervenientes no processo, incluindo navios, agentes de navegação, armadores e operadores contratados. Em 2008 foram recebidas 32 reclamações dos navios, maioritariamente associadas à ausência de certificado de entrega de resíduos, ao atraso no início das operações e à cobrança de serviço de inspecção associado a operações de recolha de resíduos.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese Código de Conduta para a Actividade de Cruzeiros

No âmbito do Forúm para a Simplificação de Procedimentos foi aprovado o Código de Conduta para a Actividade de Cruzeiros, com o objectivo de estabelecer um conjunto de procedimentos relativos ao funcionamento dos terminais de cruzeiro e à recepção dos navios de cruzeiro.

Cerimónia de boas vindas aos navios de cruzeiro em 1ª escala no porto de Lisboa

A APL realiza cerimónias de boas vindas aos navios de cruzeiro em 1ª escala no porto de Lisboa e respectivos passageiros. Nestas cerimónias, os passageiros são recebidos com a actuação de músicos e artistas no cais, sendo-lhes também oferecidos brindes.Além de constituir uma estratégia de promoção comercial, esta prática permite à APL a criação de um elemento diferenciador reconhecido pelos operadores e, em simultâneo, transmitir uma imagem acolhedora do destino.

No caso dos clientes de cruzeiro, o Observatório do Turismo de Lisboa elabora anualmente, em colaboração com a APL, o estudo “Inquérito a Passageiros Internacionais de Cruzeiro” que avalia, entre outros aspectos, o grau de satisfação relativamente à escala no porto de Lisboa. De acordo com este mesmo estudo, o nível de satisfação com a visita a Lisboa é, para67%dosinquiridos,elevadooumuitoelevado;94,6%dosinquiridosrecomendariaLisboacomopontodepassagemdocruzeiro;eaqualidadedos serviços de acolhimento a passageiros no porto recebeu uma classificação de 3.69, numa escala de 1 (muito baixo) a 5 (muito elevado). De salientar que o número de passageiros de cruzeiro tem aumentado significativamente, sendo que, de 2007 para 2008, o aumento foi de 33,5% .

De forma a aumentar a qualidade e eficiência do serviço prestado aos clientes, a APL tem desenvolvido sinergias com portos parceiros, armadores e autoridades.

Em Janeiro de 2008, a plataforma PCOM/SDS entrou em funcionamento. Desenvolvida pelos portos de Lisboa, Leixões e Sines e pela Direcção Geral das Alfândegas (DGAIEC), veio permitir o fluxo electrónico de informação relativo ao navio e à mercadoria e aos respectivos despachos. Esta plataforma facilita todo o processo do despacho de navios, com mais-valias para os Agentes de Navegação e para as diversas Autoridades envolvidas no processo.

3.4. Outras formas de envolvimento

A APL tem também desenvolvido algumas acções e eventos no âmbito de variadas temáticas, com o intuito de fortalecer as relações com alguns dos seus stakeholders. Estas acções e eventos encontram-se descritos na tabela que se segue .

Para mais informações sobre indicadores relativamente aos movimentos portuários, por favor, consulte o capítulo “APL no Presente”.Para informação sobre os apoios relacionados com a cultura, por favor consulte o capítulo “Relação porto-cidades”.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

TEMÁTICAS DAS ACÇÕES/EVENTOS

Descrição das acções/eventos

Ambiente •ApoioaacçõesdelimpezadoarealesubaquáticadapraiadeSantoAmarodeOeiras;•ApoioaopasseiodebicicletaorganizadopelaDelfinusepeloGEOTA;•ApoioaoseminárioCoastwatch,organizadopeloGrupodeEstudodeOrdenamentodoTerritórioeAmbiente(GEOTA);•PresençadaAPLnoPortugalVerde08,consolidandoassuasresponsabilidadesdecaráctersocialeconsciênciaambiental.

Responsabilidade Social

•AAPLassociou-seao3ºFórumdaResponsabilidadeSocialdasOrganizaçõeseSustentabilidadequedecorreusobotema“Mercadossustentáveis e a ética nos negócios”, assinando a carta de princípios que deu origem à Rede Nacional de Responsabilidade Social das Organizações;

•AAPLcontinuaaapadrinharoMarduck,oleão-marinhoquevivenoJardimZoológicodeLisboa;•ApoioàFundaçãoPortuguesadeCardiologiaeoSANASatravésdaofertadeequipamentosalva-vidasnáutico.

Institucional •Apoioàorganizaçãodo“OpenDays”,umainiciativadaComissãoEuropeiaedoComitédasRegiõesque,em2008,foirealizada sobaégide“RegionsandCitiesinachallengingworld”econtoucomapresençade216regiõesecidadesdetodaaEuropa;

•ParticipaçãonaorganizaçãodoIVCursoRelaçãoCidadePorto“SustentabilidadenaValorizaçãodasFrentesRibeirinhas dosEstuáriosdoTejoedoSado”;

•AAPLestevepresentenaIntermodalSouthAmérica2008enaLogistrans2008,emMadrid,bemcomonasdiversasfeiras internacionaisdaactividadedeCruzeiros(como,porexemplo,oSeatradeMedCruise,Ferry&SuperyachtConvention);

•ApoioàFundaçãoOrientenumeventodeapresentaçãodasdançasdoDragãoeLeão;•Continuidadedoprograma“PortodeLisboaabertoàsescolas”,comcercade1600visitantesnacionaiseestrangeirosem2008,representandoumacréscimodemaisde7%facea2007;

•Visitasdecarácterportuário-300visitantesdeuniversidadesnacionaiseestrangeiras,eoutrasentidades,oriundosdevários paísescomoAngola,França,EUA,Tailândia,SuéciaeFinlândia;

•Visitasdecarácterambientaledesegurança-250visitantesàTorreVTSemAlgés,oriundosdecursosdeformaçãonáutica, ambiental e de cursos ligados a instituições militares e de segurança nacional.

Desporto •OfertaàAssociaçãoNavalAmorensedecincobarcos-dragãoecedênciagratuitadeumaáreaparaacostagemdasembarcaçõesnoâmbitodaRegatadeBarcos-Dragão2008,bemcomodolocalparaarealizaçãodoconvívioentreosdesportistas;

•AAPLassociou-seaindaadiversoseventosdesportivosquetiveramcomopalcoazonaribeirinha: -ApoioàrealizaçãodoTrialtodoAmbienteeMexa-senaMarginal2008; - Clube Desportivo Paço de Arcos: cedendo uma área para realização do 2º Torneio de Andebol de Praia e viabilizando o II Troféu Duarte

BelloemVela; -FederaçãoPortuguesadeRemo:aAPLcedeualgumasáreasemterraparaacçõesrelacionadascomoCampeonatoNacionaldeYolle; -FederaçãoPortuguesadeJetSki:cedendoumaáreapararealizaçãodocampeonatonacionalnapraiadeSantoAmarodeOeiras; -CâmaraMunicipaldoSeixal:cedênciadeparcelasdorionaBaíadoSeixalpararealizaçãodasXXVSeixalíadaseprovasdekitesurf; -MaratonaClubedePortugal:cedênciadeáreaparaalogísticadaprova18ªMeiaMaratonadeLisboa; -CâmaraMunicipaldeAlcochete:cedênciadeáreasparaarealizaçãodos“BeachGames”napraiadosMoinhos; -RugbyClubedeOeiras:cedênciadeparceladapraiadeSantoAmarodeOeiraspararealizaçãodoIIIBeachRugbydeOeiras; -AssociaçãodoGil:cedênciadeparceladapraiadosMoinhosemAlcochetepararealizaçãodoVIIIFestivalInternacionaldePapagaios; - Escola Secundária Sebastião e Silva: cedência de parcela da praia de Santo Amaro de Oeiras para realização de torneio de voleibol de

praia; -CâmaraMunicipaldeOeiras:IIGrandePrémiodejetskiemPaçodeArcos;CampeonatoNacionaldeSprintYolle;IIITravessiaAntónio

BessoneBastonorioTejo,daAssociaçãoPortuguesadeWakeboardeWakeskate,cedendoaAPLumaáreanapraia; -“OeirasBeachSoccer”napraiadeSantoAmarodeOeiras;AnimaçõesdeVerãonasPraias2008,realizadasemtodasaspraiasdo

concelhodeOeiras;CampeonatoNacionaldeVoleiboldePraiaemSantoAmarodeOeiras.

Síntese

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

3.5. Envolvimento com os stakeholders - Objectivos concretizados e objectivos futuros

LINHAS DE ACÇÃO Objectivos concretizados em 2008

Objectivos para 2009 Objectivos médio-longo prazo

Envolvimento com os colaboradores

•EstudodasatisfaçãodoscolaboradoresnaAPL.

•Elaboraçãodeumaestratégiadecomunicaçãointerna;

•Adopçãodeumsistemadeavaliaçãodedesempenhocomum a todas as administrações portuárias, no âmbito do EPAP.

Envolvimento com a comunidade portuária

•Incentivoàcomunicaçãobidireccionaldentrodacomunidade portuária, de forma a gerir o porto numa perspectiva de melhoria contínua.

•Sensibilizaçãodacomunidadeportuáriaparaostemasderesponsabilidadesocialereporting de sustentabilidade.

Envolvimento com os clientes

•Elaboração,peloObservatóriodoTurismodeLisboa,em colaboração com a APL, do estudo intitulado “Inquérito a passageiros internacionais de cruzeiro”.

•Avaliaçãocontínuadasatisfaçãodosclientesdeturismo.

Envolvimento com os fornecedores •Introduçãodoconceitode“comprasverdes”na

aquisição de bens e serviços.

•Reduçãodeprazosdepagamentoscomumametade45dias.Em2008,aAPLregistou 85 dias, pretendendo descer 15% por ano até atingir a meta. Deste modo, em 2009, a APL pretende praticar 72 dias de prazo de pagamentos, em 2010, 63 dias, etc.

Envolvimento com as universidade

•ProtocolodecooperaçãocomFaculdadedeEconomiada Universidade Nova de Lisboa, com o objectivo de proporcionar a frequência de estágios curriculares. Foram, também, proporcionados estágios a alunos de outras universidades.

•Promoçãodeestágiosaalunosdediversasuniversidades.

Envolvimento com a sociedade civil

•Familiarizaçãodasociedadecivilcomarealidadeda operação portuária e a importância que esta representaparaaAMLeparaopaís;

Ver também capítulo “relação porto-cidades”.

•AproximaçãodaAPLàsescolas,atravésdosmunicípios,promovendovisitasdeestudo.

Ver também capítulo “relação porto-cidades”.

Síntese

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese 4. Relação Porto-Cidades

4.1. A APL e as Cidades

A relação porto-cidades é uma bandeira da estratégia de sustentabilidade da APL, que procura a melhor forma de compatibilizar as necessidades da actividade portuária com uma crescente exigência de qualidade de vida da população dos 11 municípios que circundam o Estuário do Tejo: Alcochete, Almada, Barreiro, Benavente, Lisboa, Loures, Moita, Montijo, Oeiras, Seixal e Vila Franca de Xira. Trata-se também de uma forma privilegiada de compromisso e partilha com as comunidades estuarinas.A extensão de frente ribeirinha sob jurisdição da APL é 205 km, dos quais 76% está acessível ao usufruto da população. Em parte, a interdição (restantes 24%) está ligada à instalação de infra-estruturas portuárias e à necessidade de garantir critérios mínimos de segurança dentro das mesmas.

As zonas da área de jurisdição da APL sem ocupação ou vocação portuária não têm um modelo único de gestão, uma vez que a situação da frente de água dos diferentes concelhos é muito distinta, assim como a capacidade de intervenção da autoridade portuária em cada um deles.A política de modernização e revitalização do porto de Lisboa orienta-se por um conjunto de linhas de acção interligadas e interdependentes sintetizados na figura que se segue:

Relação com as Autarquias e outros

StakeholdersCultura eFormação

Náutica de Recreio e Actividade

Marítimo-Turística

Responsabilidade Ambiental e Social na Relação com as

Comunidades

Relaçãoporto - Cidades

Figura 2 – Relação Porto-Cidades – Linhas de Acção da APL

De forma a avaliar o desempenho da APL de acordo com estas linhas de acção escolhemos os indicadores chave apresentados na seguinte tabela.Tabela 2 – Relação Porto-Cidades – Indicadores Chave

RELAÇÃO PORTO-CIDADES Unidade 2008 2007Δ

2008-2007

Extensão de frente linha de jurisdição

km 205 -

Extensão acessível ao público

% 76 -

Estudantes recebidos em visitas de estudo

Nº 1.341 968 38,5%

Verificamos o aumento do número de estudantes recebidos em visitas de estudo.Relativamente ao conteúdo apresentado sobre este eixo estratégico, verifica-se uma grande discrepância entre a satisfação dos stakeholders internos e externos. Como resposta a este resultado, este conteúdo foi orientado no sentido de aprofundar a informação relativa à relação com as autarquias e o apoio cultural concedido.

Relação porto-Cidades

71% dos stakeholders internos bastante satisfeitos

33% dos stakeholders externos bastante satisfeitos

4.2. Relação com as Autarquias

A APL reconhece que a possibilidade dos municípios participarem na gestão de bens e infra-estruturas integradas no domínio público

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese do Estado sob jurisdição portuária, nas situações previstas pelo DL 100/2008, irá propiciar à APL uma melhor racionalização da sua actividade, que se centrará, fundamentalmente, na actividade portuária e nos aspectos que condicionam a navegabilidade ao nível do plano de água na área da sua jurisdição. Por esse motivo, a APL tem reforçado o diálogo com os 11 Municípios nos quais possui áreas de jurisdição.Tendo como objectivo a sua melhor integração nos tecidos urbanos, a APL aposta numa relação estreita e de negociação com as autarquias:

Acompanhando e contribuindo de forma activa para a elaboração de diversos planos, dos quais se destacam os PDM (em revisão), os planos depormenoreosdeurbanização;

Estabelecendo vários protocolos de gestão partilhada do território e dopatrimónioemalgumasáreassobsuajurisdição;

Intensificando o estabelecimento de candidaturas ao Programa Operacional Regional de Lisboa, no quadro da Política de Cidades - Parcerias para a Regeneração Urbana, na tipologia de Projectos de Valorização de Frentes Ribeirinhas e Marítimas.

Como facilmente se reconhecerá, as relações Câmara Municipal de Lisboa/APL, pela natureza das questões em apreço e pela extensão da área de jurisdição que a APL possui, assumem uma particular e inegável importância.De entre as questões em desenvolvimento merecem particular destaque:

Terminal de Alcântara, cujo projecto de ampliação continua a ser objecto de diversos estudos envolvendo o actual concessionário, a APL, a Refer e a CML. Sobre este tema foram levadas a cabo um conjunto de acções de relações públicas visando informar e esclarecer a opinião pública e os órgãos de comunicação social, sendo de destacar a realização de uma exposição na Gare Marítima de Alcântara, aberta ao público durante aproximadamente um mês. A exposição veio dar a conhecer alguns aspectos menos visíveis e debatidos deste

projecto, promovendo assim um melhor entendimento do mesmo. Esta iniciativa inscreveu-se numa lógica de responsabilidade social e de respeito e preocupação de cooperação activa com os nossos parceiros, comacomunidadeportuáriaecomasociedadecivil;

Parque de estacionamento subterrâneo do Cais do Sodré, cujo projecto de estruturas foi já devidamente reajustado à localização da nova estação elevatória, bem como o projecto das rampas de acesso compatibilizado com a nova solução viária aprovada. A recente decisão da CML, no sentido de ser adoptada a modalidade de concurso público para a concessão/construção do referido parque de estacionamento (450 lugares), solicitando à FrenteTejo que articule com a APL os procedimentos para o lançamento do referido concurso, vem finalmente dar solução a um problema de relevante interesse para a cidadeequesevemarrastandohájádemasiadotempo;

Zona da Matinha, cujo Plano de Pormenor abrangendo uma área de 317.206m2,obteveparecerfavoráveldaAPL;

Desenvolvimento do DL 75/2009, relativamente à participação do Município de Lisboa na gestão de bens e infra-estruturas integradas no domínio público do Estado sob jurisdição portuária, quando estão em causa áreas urbanas sem utilização portuária reconhecida actual ou futura.

Participação em associações de cidades portuárias

De forma a trocar experiências e encontrar as melhores práticas no relacionamento entre os portos e as cidades que os acolhem, a APL participa activamente em duas associações de portos e cidades portuárias: a AIVP e a RETE.A APL foi eleita presidente desta última associação – RETE – em Outubro de 2008, o que demonstra o compromisso da empresa com o tema.

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Autarquia Forma de cooperação

Lisboa Objectivo: Implementação de uma pista ciclável ribeirinha. Compromisso APL: 325 mil € para a construção da pista ciclável ribeirinha (correspondendo a metade do investimento).Outros temas em discussão: Negociações com a Câmara Municipal de Lisboa (CML) relativamente ao Terminal de Alcântara, novo terminal de cruzeiros em Santa Apolónia, Parque de estacionamento subterrâneo do Cais do Sodré, Zona da Matinha, desenvolvimento do DL 75/2009, relativamente à participação do Município de Lisboa na gestão de bens e infra-estruturas integradas no domínio público do Estado sob jurisdição portuária.No âmbito do Programa Operacional de Lisboa “Política de Cidades – Parcerias para a Regeneração Urbana”, a APL, a par de diversas entidades públicas, subscreveu, com a Câmara Municipal de Lisboa um protocolo de parceria local, com vista à candidatura do programa de acção “Ribeira das Naus – Reencontrar o Tejo”.A cooperação da APL neste âmbito não corresponde a uma participação financeira.

Moita Objectivo: Manter um espelho de água permanente entre a zona terminal do rio da Moita e numa parte da Frente Ribeirinha da Vila da Moita, assim como criar as condições favoráveis à diminuição das taxas de assoreamento no canal de navegação de acesso ao cais da Vila (candidatura no âmbito do Programa “Política de Cidades – Parcerias para a Regeneração Urbana”).Compromisso APL: 1.100 mil €.

Montijo Objectivo: requalificação do Cais dos Vapores e a regeneração do espaço público adjacente (candidatura no âmbito do Programa “Politica de Cidades – Parcerias para a Regeneração Urbana”).Compromisso APL: até 250 mil €.

Alcochete Objectivo: Requalificação da muralha da Av. D. Manuel I (candidatura no âmbito do Programa “Politica de Cidades – Parcerias para a Regeneração Urbana”).Compromisso APL: até 495 mil €.

Vila Franca de Xira

Objectivo: “Regeneração Urbana do Centro Histórico da Póvoa de Santa Iria”, qualificação do Espaço Público e do Ambiente Urbano, bem como o desenvolvimento económico, social e cultural do referido Centro Histórico da Póvoa de Santa Iria (candidatura no âmbito do Programa “Politica de Cidades – Parcerias para a Regeneração Urbana”).Compromisso APL:condiçãodeparceirono“ParqueUrbanodosAvieiros”;nãoestáprevistoqualquerencargofinanceiro.

Barreiro Objectivo: Candidatura da Câmara Municipal do Barreiro e APL, a ser presente ao Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo, abrangendo acções de combate à erosão e defesa costeira, nas áreas de Alburrica e Ponta do Mexilhoeiro, onde se localizam quatro caldeiras e respectivos moinhos de maré, a par de três moinhos de vento. A recuperação dos moinhos de maré, a produção de bivalves e o aproveitamento de energias renováveis, constituirão os eixos de desenvolvimento do projecto, que contará com a parceria de entidades privadas, públicas e universidades (candidatura no âmbito do Programa “Politica de Cidades – Parcerias para a Regeneração Urbana”).Compromisso APL: Compromisso financeiro até ao limite de 1,146 milhões €.

Síntese

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese Autarquia Forma de cooperação

Seixal Objectivo: Refuncionalização do antigo Terminal Fluvial do Seixal e a recuperação do Cais da Pedra do Seixal, propriedade da APL, remoção e o desmantelamento de dez embarcações da baía do Seixal (candidatura no âmbito do Programa “Politica de Cidades – Parcerias para a Regeneração Urbana”).Compromisso APL: esforço financeiro de 124 mil € (associadas à remoção e desmantelamento das embarcações).

Almada Objectivo: Plano de Urbanização da Frente Ribeirinha Nascente, prevendo, entre diversos equipamentos, um Terminal de Cruzeiros, um porto de Recreio e umanovaEstaçãoFluvialdeligaçãoaLisboaemarticulaçãocomaEstaçãodoMetroaosuldoTejo;continuaaaguardaroindispensávelparecerdaCCDR.

Benavente A Frente Ribeirinha do Concelho de Benavente encontra-se fortemente condicionada no seu ordenamento, atendendo a estar integrada na Reserva Natural do Estuário do Tejo, Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo e Sítio de Interesse Comunitário – Estuário do Tejo. Assim, no estudo preliminar sobre eventuais áreas de Concertação Estratégica, foi considerada a inclusão de toda a Frente Ribeirinha deste concelho, tendo sido considerado aconselhável a sua desafectação nos termos previstos do DL 100/2008.

Loures O aprofundamento e reforço das sinergias do Parque das Nações com o desenvolvimento do novo Parque do Oriente, através da nova travessia do Trancão como prolongamento do passeio Heróis do Mar, constituem prioridades e preocupações do Município de Loures.

Oeiras Objectivo: Continuidade do passeio marítimo de Paço de Arcos a Algés, recuperação da margem direita da ribeira do Jamor, objecto recente da apresentação do Projecto de Investimento Porto Cruz.

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Síntese 4.3. Apoio CulturalA actividade cultural é um vector fundamental na sociedade. Assumindo as suas responsabilidades sociais, a APL intervém activamente através de apoios e parcerias, proporcionando uma inter-actividade entre os cidadãos e o porto, expressas em formas artísticas e musicais.

Em 2008, e sob a égide da Fundação D. Manuel II, a Comissão “D. Carlos – 100 Anos”, levou a cabo diversas iniciativas, assinalando o centésimo aniversário do falecimento do Rei D. Carlos, entre as quais o Congresso “Mares da Lusofonia” realizado na Gare Marítima de Alcântara e patrocinado pela APL. Estas iniciativas deram a conhecer as múltiplas facetas deste homem de Estado, da cultura, da ciência e dos mares, que instituiu as bases da exploração portuária ao constituir a Administração do Porto de Lisboa na Carta de Lei de 11 de Março de 1907. Foi com imensa satisfação que a Administração do Porto de Lisboa acolheu este evento, num espaço que retrata a Lisboa ribeirinha e a vocação marítima e aventureira dos portugueses.

Ainda no âmbito cultural, a APL apoiou a realização do Festival dos Oceanos 2008, evento com diversões lúdicas, exposições e acções relacionadas com o meio aquático, permitindo a milhares de crianças aprender e consolidar os seus conhecimentos acerca da fauna marítima.

Em estrita colaboração com a Câmara Municipal de Oeiras, a APL apoiou o Festival de Ondas e Contos na praia da Torre, com sessões de leitura na praia para crianças e adolescentes, e o concerto de reggae na praia de Santo Amaro de Oeiras - espectáculo musical destinado a um público mais jovem, inserido no programa da Semana da Juventude de Oeiras, e que contou com a afluência de 9.000 pessoas. A APL cedeu ao Turismo de Lisboa uma área na zona ribeirinha da Junqueira, para realização de espectáculos de teatro de rua.

A APL teve a honra de patrocinar a edição e o lançamento do livro bilingue “Roteiro do Estuário do Tejo”, da autoria de José Gomes, médico e grande entusiasta da náutica de recreio. Foi com grande sentimento de satisfação que a APL se envolveu na edição desta obra ímpar, que se constitui como um verdadeiro serviço público para a náutica de recreio, tendo por certo um impacto positivo para os utilizadores do rio, nomeadamente no âmbito do turismo fluvial e da náutica desportiva e por constituir uma mais-valia socioeconómica para as populações ribeirinhas, através do aumento da utilização do estuário por embarcações residentes e estrangeiras.

A APL e a artista plástica Joana Vasconcelos assinaram um acordo de parceria, ao abrigo do qual a artista instalou o seu atelier no Edifício Gonçalves Zarco (Doca de Alcântara), em espaço cedido pela APL. Este acordo inscreve-se numa lógica de responsabilidade social e de apoio às artes, que tem sido imagem de marca da Administração do Porto de Lisboa desde a sua fundação.

A APL acolheu a sede de Candidatura “Tagus Universalis – Tejo Ibérico a Património Mundial”. Em Abril de 2008 a Associação Amigos do Tejo e a sua congénere espanhola Tajo Sostenible de Toledo assinaram um protocolo de geminação para, conjuntamente prepararem uma Candidatura única deste bem ibérico à UNESCO. No dia 11 de Setembro de 2008 teve lugar a declaração de intenções que conjuntamente fizeram ao nível internacional, no Pavilhão de Portugal na Expo Mundial de Saragoça, com a qual desde logo a APL se solidarizou. A Associação Amigos do Tejo foi indigitada para no nosso país promover a referida Candidatura, que ganha nova dinâmica com a cedência pela APL, de um espaço para acolher a sua sede internacional da “Tagus Universalis - Tejo Ibérico a Património Mundial”. É com orgulho que a Administração do Porto de Lisboa acolhe a sede desta importante Candidatura.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese 4.4. Relação Porto-Cidades – Objectivos Concretizados e Objectivos Futuros

LINHAS DE ACÇÃO Objectivos concretizados em 2008 Objectivos para 2009 Objectivos a médio-longo prazo

Relação com as autarquias e outros stakeholders

•Acompanhamentoecolaboraçãonarevisãodos planos municipais, designadamente do PU de Almada Nascente e da revisão dos PDM de AlcocheteedeVilaFrancadeXira;

•Estabelecernovosprotocolosdecolaboraçãoparaagestãoterritorialcomasautarquias;

•Darcontinuidadeàsintervençõesderecuperaçãodas frentes ribeirinhas (em especial nas Praias do Mexilhoeiro e da Alburrica, no Barreiro, e Talude-Muralha de Alcochete).

•EstabelecimentodenovasParceriasLocais,com a apresentação de candidaturas ao Programa Operacional Regional de Lisboa, no quadro da Política de Cidades - Parcerias para a Regeneração Urbana, na tipologia de Projectos de Valorização de Frentes Ribeirinhas eMarítimas;

•Conclusãodaintervençãoderecuperaçãodasfrentes ribeirinhas, designadamente das Praias do mexilhoeiro e de Alburrica.

•TrabalhoconjuntocomoaeroportodeLisboa,linhas aéreas, hotéis e outros operadores turísticos para atrair operadores e passageiros de cruzeiro.

•Criarumespaçodediálogoeconcertaçãocomosexecutivos municipais.

Cultura e Formação

•Versubcapítulo4.3. •Concepçãoedesenvolvimentodeumaplataforma digital criando uma aplicação em 3D interactiva, a integrar no portal do porto de Lisboa, a qual irá permitir, de forma virtual, mostrar a operação portuária de contentores e dar a conhecer, de forma apelativa e lúdica, mas responsável e eficaz, os múltiplos aspectos que envolvem esta área de actividade tão desconhecida da opinião pública, mas de tanta relevância para a economia nacional e internacional.

•Pretende-seinformarsobreaactividadeportuária e as estruturas operacionais com ela directamente relacionadas.

•Esteprojectoinicial,queabordaráaoperaçãoportuária contentorizada, será o arranque para um desígnio mais ambicioso que permitirá ter todas as áreas operacionais do porto referenciadas e trabalhadas, como a náutica de recreio, os cruzeiros, a preservação ambiental etc., acrescentando-se conteúdos à medida que vão sendo finalizadas obras e infra-estruturas (novo cais e terminal de cruzeiros de Santa Apolónia, por exemplo).

Náutica de recreio e actividade marítimo-turística

•Reestruturaçãodeequipamentosderecolhadeóleos usados.

•Divulgaçãojuntodosutentesdosmeiosderecepção de resíduos e da sua correcta utilização e da qualidade da água de consumo humano nas docas.

•ImplementaçãonadocadoBomSucessodeumsistema piloto de recolha de águas residuais das embarcações.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese LINHAS DE ACÇÃO Objectivos concretizados em 2008 Objectivos para 2009 Objectivos a médio-longo prazo

Gestão das zonas de areal

•Colocaçãodeplacascominformaçãooficialde praia interdita nas assim decretadas pela Administração Regional de Saúde (boa prática recorrente);

•Colocaçãodeplacascominformaçãooficialdepraia não vigiada em praias sem nadador-salvador e removidas pequenas embarcações abandonadas nosareais;

•Sinaléticanaspraiassobreaproibiçãodecães.

Gestão das águas de abastecimento

•Verificaçãodaqualidadedaáguanarededeabastecimento para consumo humano, com base noPCQA;

•Divulgaçãodoprimeirorelatóriodocontrolodaqualidade da água efectuado de 2005 a 2007.

•Verificaçãodaqualidadedaáguanarededeabastecimento para consumo humano, com base no PCQA.

Ruído e qualidade do ar

•Monitorizaçãodoruídodaempreitadadereabilitação e reforço dos cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco - 1ª Fase.

•Monitorizaçãodoruídodaempreitadadereabilitação e reforço dos cais entre Santa ApolóniaeoJardimdotabaco-1ªFase;

•Monitorizaçãodoruídodaempreitadadereabilitação e reforço dos cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco - 2ª Fase.

•Elaboraçãodeumplanodemonitorizaçãodaqualidade do ar e do ruído nas áreas portuárias operacionais, a fim de determinar o impacto da actividade nas zonas urbanas envolventes (2010).

Obras na áreade jurisdição

•Acompanhamentoambientalregulardasempreitadaseobrasdeparticularesemáreasobjurisdiçãoda APL.

•Estabelecimentodeumconjuntodecritériosnormativos das boas práticas ambientais a implementar em obra e aplicável quer às obras promovidas pela APL quer às obras de terceiros (2010).

Recolha de resíduos urbanos

•Maiorimplementaçãodeilhasecológicasparaqueosutilizadoresdoportopossamfazerumaseparação diferenciada dos resíduos.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese 5. Navegação Segura e Não Poluente

5.1. Responsabilidade Ambiental e Social no Transporte MarítimoA APL detém responsabilidade integrada da segurança e protecção portuárias (pessoas, equipamentos e bens), do controlo de tráfego marítimo (prevenção de acidentes e incidentes), da prevenção e do combate à poluição pelas actividades portuárias e navios, em toda a área de jurisdição.

A segurança e o ambiente são preservados no porto de Lisboa com o apoio e utilização do mais completo sistema portuário de VTMS (VesselTrafficManagementSystem),daassistênciaepilotagem(cujadisponibilidade e operacionalidade é garantida em 24 horas/dia) e de outros meios de intervenção para combater a poluição. Estes meios de intervenção estão integrados com outros sistemas, tais como: sistema de gestão da qualidade ISO 9001, implementado nos serviços de pilotagem edecontrolodetráfegomarítimoeportuário;oinovadorsistemadeavaliaçãodinâmicadoresguardosobaquilhadosnaviosDUKC(DynamicUnderKeelClearance);ossistemasdeassinalamentomarítimo;oplanodeemergênciainterno;acertificaçãoISPSdasinstalaçõesportuárias;osistemadeinspecçãonãointrusivadecontentores–ScannerRaioX;planodeprotecçãodoportodeLisboa;eoregulamentodaAutoridadePortuáriade Lisboa, que define as condições ambientais, de segurança portuária e da navegação.

Certificação ISPS - International Ship and Port Facility Code

AsnormasInternationalShipandPortFacilityCodedefinemosrequisitos mínimos de segurança para navios, portos e agentes governamentais. Foram estabelecidas em 2004 e descrevem as responsabilidades dos governos, empresas, pessoal de bordo e comunidade portuária na detecção de ameaças à segurança e na tomada de medidas preventivas contra incidentes que afectem os navios ou instalações portuárias..

A APL acredita que uma navegação não poluente deve ser garantida a dois níveis:

Controlando a poluição gerada no porto, gerindo as águas de lastro, fiscalizando os estaleiros navais para reparação de navios e embarcaçõeseamovimentaçãodegranéissólidos;

Reduzindo os impactes gerados em alto-mar, através da recolha de resíduos produzidos a bordo de navios.

Respondendo ao desafios acima estabelecidos, a APL estabeleceu as seguintes linhas de acção:

Recolha e gestão dos resíduos produzidos

pelos naviosFiscallização daságuas de lastro

Inventariação dos gases produzidos

pelos naviosMovimentação

dos granéis sólidos

Navegação Segura e Não Poluente

Fiscalizaçãodos estaleiros

Figura 3 – Navegação Segura e Não Poluente– Linhas de Acção da APL

Para além destas linhas de actuação, a APL é responsável pelo abastecimento de água aos navios.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese IMPACTES DO TRANSPORTE MARÍTIMO

NO PORTO EM ALTO-MAR

Impactes da navegação •Poluiçãodaáguadecorrentede: -Descargadeáguasdelastro(poluiçãomicrobiológica); -Libertaçãodetintasantivegetativas; -Operaçõesdedragagem; -Operaçõesdecargaedescarga; - Operações de reparação de navios.

•Poluiçãoatmosféricaresultantede: -EmissãodeGEEassociadaaoconsumodeenergia; -Libertaçãodepoeirasnacarga/descargadegraneissólidos; - Libertação de poeiras na reparação de navios.

•Emissãoderuído: -Nasoperaçõesdecarga/descarga; - Nas operações de reparação de navios.

•Produçãoderesíduosnasinstalaçõesenavios;•Intrusãonapaisagem(instalaçõesenavios);•Consumoderecursos;•Ocorrênciadeacidentes:

- Nas operações de carga/descarga (dependendo do níveldeperigosidadedasmercadorias); - Nas instalações portuárias (riscos naturais e tecnológicos); -De navegação.

•Consumoderecursos;•Poluiçãoatmosféricaresultantede

emissões de GEE, associadas ao consumo derecursos;

•Produçãoderesíduosnosnavios;•Intrusãonapaisagem;•Ocorrênciadeacidentesdenavegação.

Responsabilidade da APL •Fiscalizaçãodaoperaçãoportuária,incluindoafiscalizaçãodamovimentação de graneis sólidos e mitigação dos respectivos impactes;

•Fiscalizaçãoegestãodaságuasdelastro;•Recolhaegestãodosresíduosproduzidosabordodosnavios;•Fiscalizaçãodosestaleirosnavaisedareparaçãodenavioseembarcações;

•DesempenhoambientalnasinstalaçõeseequipamentosdaAPL(vercapítulo“APLnopresente”);

•AcçõesdeGestãodarelaçãoPorto-Cidades(vercapítulocorrespondente);

•Acçõesde“ValorizaçãodoEstuáriodoTejo”-(vercapítulocorrespondente).

•Recolhaegestãodosresíduosproduzidosabordodosnavios;

•Controlodaqualidadedaáguadeabastecimento aos navios.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese NAVEGAÇÃO SEGURA E NÃO POLUENTE

Unidade 2008 2007Δ

2008-2007

Navios com movimentação de águas de lastro

Nº 462 296 56,1%

Navios com recolha de resíduos

Nº 1.915 1.792 6,9%

Quantidade de resíduos recolhidos

Ton. 9.536 7.949 20,0%

A consulta de stakeholders feita aquando da elaboração deste relatório revelou que os mesmos ficaram satisfeitos com o conteúdo apresentado no Relatório de Sustentabilidade de 2007. De acordo com o feedback obtido, e face aos desenvolvimentos atingidos, decidimos neste eixo estratégico destacar a recolha e gestão dos resíduos produzidos a bordo.

Navegação Segura e Não Poluente

85% dos stakeholders internos bastante satisfeitos

67% dos stakeholders externos bastante satisfeitos

5.2. Recolha e Gestão dos Resíduos Produzidos a Bordo de Navios

De acordo com a implementação da Directiva Comunitária 2000/59/CE, a APL passou a ser responsável pela definição, implementação e gestão de um sistema de recolha de resíduos de navios e de carga, o que implica:

Prestação do serviço de recolha 24 horas por dia, 365 dias por ano, sem causar atrasos indevidos aos navios que escalam ou operam no porto;

Implementação de um sistema de tarifas sem fins lucrativos, que permita ressarcir o porto do custo das operações e que, simultaneamente,incentiveaentregaderesíduos;

Inspecção dos navios e da necessidade, ou não, de descarga de resíduosemportoantesdeempreenderviagematéaopróximoporto;

Implementação de um plano portuário de gestão de resíduos de navios e de carga que, tendo por base de organização a Norma ISO 14001, esquematize o sistema em procedimentos e defina a responsabilidade dos diversos intervenientes. Este plano é avaliado e aprovado pelo IPTM, que reporta os resultados à Comissão Europeia, e auditado pela Agência Europeia de Segurança Marítima.

Dada a extensão física do porto e os inúmeros cais existentes, a quase totalidade das operações de recolha de resíduos dos navios é efectuada por navio, ou seja, sem meios de recolha fixos no cais. Em termos de destino dado aos resíduos, a APL garante a valorização de todos os resíduos sólidos recicláveis recolhidos em contentores com capacidades iguais ou superiores a 6 m3.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese 5.3. Navegação Segura e Não Poluente - Objectivos Concretizados e Objectivos Futuros

Objectivos concretizados em 2008

Objectivos para 2009 Objectivos a médio-longo prazo

Recolha e gestão dos resíduos produzidos pelos navios

•Aprovaçãodoregulamentodegestãode resíduos de embarcações. Reforço das acções de inspecção nos cais. Redução de tarifário proposto para a descarga das águas sanitárias. Divulgação da iniciativa de entrega de materiais valorizáveis.

•Divulgaçãodirectaaosnaviosdosistema de recolha de resíduos da APL.

Fiscalização das águas de lastro

•Caracterizaçãodasituaçãoemtermosdeáguasdelastro,projectosemcolaboração com a IPTAM, FCL e IST.

•Aumentodasfiscalizaçõesdaságuasde lastro (2010).

Fiscalização dos estaleiros

•Diagnósticoambientalaosectorerevisão do licenciamento – elaboração de textos orientadores com os requisitos exigíveis para este sector, das ocupações do DPH e das obras, na perspectiva de planeamento, projecto eoperacional;

•Definiçãodemedidasdemelhoriaou de requalificação de estaleiros (já iniciado, a concluir em 2009).

•Diagnósticoambientalaosectorerevisãodolicenciamento–continuação(até2010).

Inventariação dos gases produzidos pelos navios

•Programadeinspecçõesabordodosnavios e caracterização do tipo de combustíveis consumidos (2010).

Fiscalização da movimentação de graneis sólidos

•Reforçarasacçõesdefiscalizaçãoaosterminais.

•Adoptarmedidasdemitigaçãodosimpactosnamovimentaçãodesucataenasoperaçõesdelimpezadepoisdamovimentaçãodegranéis;

•Criarguiasdeboaspráticasnomanuseamentodegranéissólidoscomocomplemento ou para revisão da regulamentação existente (até 2010).

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese 6. Valorização do Estuário do Tejo

6.1. Contribuição da APL para a Conservação do Estuário do Tejo

A APL está atenta às principais características biofísicas do estuário do Tejo, o maior plano marítimo-fluvial da Europa e um dos de maior valor ecológico. Pretende ter um conhecimento cada vez mais profundo do equilíbrio dinâmico deste sistema e adoptar práticas de gestão que promovam a sua preservação e qualificação. Adicionalmente pretende, em estreita colaboração com as restantes entidades, com responsabilidade no estuário, minimizar o passivo ambiental existente, estabelecer compromissos com base em estratégias de gestão ambiental e de promoção do turismo.

A grande diversidade morfológica do Estuário do Tejo dá origem a uma considerável diversidade de habitats e de espécies. A APL pretende compatibilizar os interesses conservacionistas do Estuário com as actividades portuárias. Com o objectivo de evitar a erosão estuarina, a APL promove diversos estudos de modelação e a monitorização sistemática de toda a área das barras do Tejo para, dessa forma, procurar manter o equilíbrio do sistema hidromorfodinâmico da zona.Como compete à APL manter as condições de navegabilidade na sua área de jurisdição é necessário realizar a dragagem dos canais navegáveis, cais, entre outros. A APL efectua com regularidade a caracterização dos sedimentos para conhecer a qualidade dos materiais a dragar e definir o seu destino final, sendo que caso não estejam contaminados, o seu destino privilegiado é a imersão no interior do estuário.De forma a garantir a qualidade ecológica da água do Estuário do Tejo, a APL pretende reduzir todas as descargas efectuadas de águas residuais não tratadas. A empresa garante também a limpeza das linhas de água

de modo a minimizar os efeitos dos episódios de cheia e garantir as condições de escoamento superficial na rede hidrográfica sob a sua jurisdição.No Estuário do Tejo e nas suas margens existe um passivo ambiental de embarcações abandonadas e em mau estado de conservação e actividades industriais portuárias que importa remediar. A APL tem procurado desbloquear legalmente as situações, de modo a desmantelar as embarcações abandonadas, e tem trabalhado no sentido de encontrar soluções com vista à remediação dos solos, sedimentos e águas subterrâneas contaminados.Em termos de desmantelamentos de embarcações foram conseguidos grandes resultados em 2008, pois foram removidas embarcações que se encontravam em deterioração há mais de 10 anos no estuário do Tejo.Por outro lado, de forma a salvaguardar o património de um estuário com 43 séculos de ocupação humana, as intervenções geridas pela APL são feitas com acompanhamento arqueológico.

Qualidade da Água Erosão BiodiversidadePassivo Ambiental

Passivo das ActividadesIndustriais Portuárias

Embarcações Abandonadas

Gestão de SedimentosDragados

Redução das Descargasno Estuário

ArqueologiaLimpeza das

Linhas de Águas

Valorização do Estuário do Tejo

Monitorização

Figura 4 – Valorização do Estuário do Tejo – Linhas de Acção da APL

Face às linhas de acção estabelecidas, a APL definiu os seus indicadores chave de acordo com a tabela a seguir apresentada.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese Tabela 5 – Valorização do Estuário do Tejo – Indicadores Chave

VALORIZAÇÃO DO ESTUÁRIO DO TEJO

Unidade 2008 2007Δ 2008-

2007

Campanhas de dragagens realizadas*

Nº 4 5 75,0%

Volume de sedimentos dragados*

m3 750.000 540.000 38,9%

Volume de areias reutilizadas para contribuição para o equilíbrio do sistema das barras e para a alimentação das praias adjacentes*

m3 1.968.900 387.240 408,4%

Pontos de amostragem caracterizados

Nº 58 13 346,2%

Embarcações desmanteladas

Nº 19 0 -

*Os valores incluem as dragagens da zona das barras associadas aos protocolos estabelecidos para alimentação artificial das Praias da Costa da Caparica.

Verificamos uma variação acentuada nos indicadores correspondentes ao número de campanhas e volume de sedimentos dragados, que são acompanhados por uma evolução muito acentuada na reutilização de areias e pontos de amostragem caracterizados.

Os resultados obtidos sobre a satisfação dos stakeholders face ao conteúdo apresentado neste eixo estratégico são bastante positivos: 86% dos stakeholders internos e 83% dos stakeholders externos

disseram estar bastante satisfeitos com o conteúdo apresentado relativamente à valorização do Estuário do Tejo.

Valorização do Estuário do Tejo

86% dos stakeholders internos bastante satisfeitos

83% dos stakeholders externos bastante satisfeitos

6.2. Combate à Erosão Estuarina e Costeira e Gestão de Sedimentos Dragados

A manutenção das condições de navegabilidade na sua área de jurisdição é da responsabilidade da APL, que procede à execução de dragagens nos canais navegáveis, cais, bacias de acesso e manobra e, ainda, nas docas.

Anualmente, são dragados, em média, cerca de 600.000 a 800.000 m3 de materiais lodosos no interior do estuário.

A APL privilegia a imersão destes materiais, quando não contaminados, no interior do estuário, tendo como objectivo a manutenção da sua carga sedimentar. Tal, reveste-se de particular importância para a génese e manutenção das vastas áreas entre marés, que caracterizam o Estuário do Tejo e das quais depende a sua riqueza ecológica.

Reconhecendo a complexidade do sistema hidromorfodinâmico da zona e a importância do seu equilíbrio para a manutenção das condições hidromorfológicas no estuário, a APL tem promovido diversos estudos de modelação. Complementarmente, é realizada a monitorização sistemática de toda a área das barras do Tejo, através da execução periódica de diversos levantamentos hidrográficos e da manutenção de um sistema de ondógrafos.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese Na área sob sua jurisdição, a APL não autoriza a extracção de inertes para fins comerciais, nem comercializa as areias dragadas. Tal prática tem como objectivo contrariar a tendência erosiva que actualmente se observa na zona costeira continental, procurando soluções que permitam o seu aproveitamento numa perspectiva de gestão sustentável do sistema.

Exemplo desta prática é o protocolo celebrado com o INAG e COSTAPOLIS, em 2007, para reforço das praias da Costa de Caparica, e que tem seguimento num novo protocolo estabelecido com o INAG em 2008. O processo de utilização das areias dragadas na zona das barras para enchimento de praias da frente atlântica do concelho de Almada, iniciado em 2007, foi repetido durante o verão de 2008 e, possivelmente, voltará a sê-lo em 2009 e 2010. A APL, aliás, tem todo um historial de situações similares das quais se destacam o protocolo com a Câmara Municipal de Cascais, em 2005, para alimentação artificial das praias da Costa do Estoril com recurso a areias dragadas no canal da barra e, em anos anteriores, a colocação das areias dragadas no canal da barra em frente das praias da Costa de Caparica. Destacam-se, igualmente, as situações de utilização das areias provenientes da referida dragagem na protecção do Forte do Bugio, de alimentação da praia de Santo Amaro de Oeiras e no reforço dos bancos da embocadura do Estuário do Tejo.

Com vista à correcta gestão ambiental dos sedimentos dragados, a APL efectua com regularidade a caracterização dos sedimentos existentes no estuário, nas zonas sujeitas a dragagens de manutenção, de forma a averiguar a qualidade dos materiais a dragar.

Finalmente, tendo como objectivo a redução da carga poluente no estuário, a APL iniciou a execução da ligação das águas residuais produzidas no Hotel Altis Belém, ao interceptor da SIMTEJO.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

6.3 Valorização do Estuário do Tejo - Objectivos Concretizados e Obejectios Futuros

LINHAS DE ACÇÃO Objectivos concretizados em 2008

Objectivos para 2009 Objectivos a médio-longo prazo

Combate à erosão estuarina

•Iníciodoestudoparaoconhecimentoda propagação da ondulação no canal da barra sul.

•Conclusãodoestudoparaoconhecimento da propagação da ondulação no canal da barra sul.

•Manutençãodamonitorizaçãodaregiãodasbarras(passoudeobjectivoaboapráticainstituída);•ManutençãodaestreitacolaboraçãocomoINAG,noâmbitodasatribuiçõesdaAPLconferidaspeloPOOCdeSintra-Sado,com

vista à alimentação artificial das praias da Costa de Caparica, na perspectiva do equilíbrio hidromorfodinâmico da região das barras do Tejo (passou de objectivo a boa prática instituída).

Gestão de sedimentos dragados

•Caracterizaçãodesedimentosparao aprofundamento do conhecimento sobre a qualidade dos sedimentos a dragar nas obras marítimas de adaptação da Doca de Pedrouços.

•Caracterizaçãodesedimentosnaszonas sujeitas a dragagens de manutenção promovidas pela APL.

•Caracterizaçõesdesedimentos,associadas a projectos de obras, designadamente, à 2.ª fase da reabilitação e reforço dos cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco e ao projecto de redefinição/regularização da Cala das Barcas, entre outros.

Conservação de biodiversidade no Estuário do Tejo

•CompromissoB&B.Colaboraçãocom o ICNB e outras entidades na implementação das acções previstas no Programa de Execução do PGRNET (contínuo).

•ConcretizaçãodosprojectosassociadosaoPORNET.RepresentaçãonoConselhoEstratégico da RNET e participação/acompanhamento da elaboração do Plano de Gestão da RNET.

Redução das descargas de águas residuais

•ColaboraçãocomaSIMTEJOeaSIMARSUL, na viabilização dos respectivos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais (passou a boa prática contínua).

•Conclusãodaligaçãodaságuasresiduais produzidas no Hotel Altis Belém,aointerceptordaSIMTEJO;

•Elaboraçãodeumplanodeintervençãocom vista à erradicação das descargas de águas residuais não tratadas no estuário, produzidas na área de jurisdição da APL.

•Desenvolvimentodosestudose projectos para a redução das descargas de águas residuais, incluindo a colaboração com a SIMTEJO, na elaboração do estudo de erradicação de descargas na frente ribeirinha de Lisboa.

Síntese

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

LINHAS DE ACÇÃO Objectivos concretizados em 2008

Objectivos para 2009 Objectivos a médio-longo prazo

Limpeza das linhas de água

•Manutenção,noâmbitodassuascompetências,doníveldeintervençãonestasenoutrassituaçõesidentificadascomocríticas.

Monitorização da qualidade das águas superficiais

•Planodemonitorizaçãodaqualidadeda água superficial incluindo três vertentes: docas de recreio, terminais portuários e dragagens (incluindo a imersão de materiais dragados). (2010)

Desmantelamento de embarcações abandonadas

•Planodeacçãoparadesmantelamentode embarcações abandonadas no porto deLisboa;

•Desmantelamentode19embarcações(cinco no Poço do Bispo, seis em Oeiras, oito no Seixal).

•Prevê-sequeem2009sejamdesmanteladas 25 embarcações:

•12noSeixal;1emAlhosVedros;9emPaçodeArcos;3emSantos.

Remediação do passivo ambiental das actividades industriais portuárias

•Elaboraçãodoestudodaviabilidadetécnicaeambientaldarecuperaçãodocanalda Siderurgia Nacional e, em seu resultado, pretende-se proceder à elaboração de umapropostadeacção(jáemcurso,aconcluirem2009);

•AcompanhamentodoPlanoEstratégicodaQUIMIPARQUE(jáemcurso,aconcluirem 2009).

Acompanhamento arqueológico das empreitadas

•Acompanhamentoarqueológicodaligação das redes de abastecimento de águas e drenagem de águas residuais aofuturoHotelAltisemBelém;

•Acompanhamentoarqueológicodaempreitada de reabilitação e reforço dos cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco - 1ª Fase.

•Acompanhamentoarqueológicodaempreitada de reabilitação e reforço dos cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco - 1ª Fase.

•Acompanhamentoarqueológicodaempreitada de reabilitação e reforço dos cais entre Santa Apolónia e o Jardim do tabaco - 2ª Fase.

Síntese

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese 7. APL no Presente

7.1. Descrição da Empresa

Nos termos do Decreto-Lei n.º 336/98, de 3 de Novembro, a APL, S.A. constitui uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos e tem por objecto a administração do porto de Lisboa, visando a sua exploração económica, conservação e desenvolvimento e abrangendo o exercício das competências e prerrogativas de autoridade portuária. Assim, e de acordo com os seus estatutos, assegurará o exercício das competências necessárias ao regular o funcionamento do porto nos seus múltiplos aspectos de ordem económica, financeira e patrimonial, de gestão de efectivos e de exploração portuária e ainda as actividades que lhe sejam complementares, subsidiárias ou acessórias.

A APL concluiu a sua transformação num modelo de autoridade portuária do tipo Landlord Port graças ao desenvolvimento, nos últimos anos, de um programa de concessões a operadores privados da generalidade das actividades portuárias. Hoje, a APL dedica-se à gestão dominial e ao exercício de outras funções de coordenação, facilitação e promoção essenciais para a manutenção e melhoria dos níveis competitivos do porto e dos parceiros da comunidade portuária de Lisboa.

Integrado na rede transeuropeia de transportes, o porto concilia nos seus domínios uma importante infra-estrutura logística multimodal que lhe confere a vantagem de ser o “porto de encontro” entre os meios de transporte marítimo, ferroviário e rodoviário.

Tabela 6 – Desempenho Operacional – Indicadores Chave

VALORIZAÇÃO DO ESTUÁRIO DO TEJO

2008 2007 Δ 2008/2007

Navios entrados (nº) 3.455 3.447 0,2%

Movimento de contentores (TEU)

556.062 554.774 0,2%

Carga total (milhares de Ton)

13.529 13.938 -2,9%

Passageiros navegação marítima

407.504 305.185 33,5%

Passageiros – via fluvial 28.445.978 28.073.802 1,3%

Para conhecer as competências, área de jurisdição e património da APL e a sua estrutura de governação consulte o Website da APL.

7.2. Desempenho Económico Directo

Os impactos directos compreendem os volumes de vendas e de prestações de serviços, salários, rendimentos, emprego e taxas e receitas fiscais gerado pela autoridade portuária e pelas firmas que executam as actividades portuárias. Constituem o primeiro ciclo de efeitos do porto sobre o sistema económico regional e são medidos directamente pelas características das entidades que constituem a comunidade portuária no seu sentido mais alargado – autoridade portuária, empresas que executam serviços para a autoridade portuária e empresas ligadas ao porto, incluindo as que movimentam carga no porto e as que desempenham outras actividades que permitem ou facilitam essa movimentação.

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese

Investimentosna comunidade Pagamentos ao Governo

Pagamentos para provedores de capital

Salários e Beneficios de Empregados Custos Operacionais

Valor Económico AcumuladoValor Económico Distribuido

Valor Económico Gerado

Impactos económicos directos finais

Figura 5 – APL no Presente – Desempenho económico - Linhas de Acção

Tabela 7 – Desempenho Económico - Indicadores Chave

DESEMPENHO ECONÓMICO - Indicadores Chave

Unidade 2007 Δ 2008/ 2007

Valor económico gerado 51.648 50.433 2,4%

Valor económico distribuído 47.703 46.079 3,5%

Custos operacionais 13.403 10.421 28,6%

Salários e benefícios de empregados

21.897 25.821 -15,2%

Pagamentos para provedores de capital

4.937 3.291 50.0%

Pagamentos ao Estado 5.459 4.886 11,7%

Investimentos na comunidade* 2.007 1.661 20,8%

Valor económico acumulado 3.945 4.354 -9,4%

* Em “Investimentos na comunidade” foram incluídos os custos tidos com as Agências Europeias.

Verifica-se a continuidade do ciclo de resultados positivos, apesar do cenário de crise.

7.3. Desempenho Ambiental Directo

Ao mesmo tempo que contribui para a redução dos impactos ambientais indirectos associados à sua actividade, a APL pauta a sua actividade por critérios de eficiência ambiental, seguindo as boas práticas na gestão e consumo de energia e emissões associadas, consumo de recursos e produção e gestão de resíduos, bem como no consumo de água e produção de águas residuais associadas.

Figura 6 – APL no Presente – Desempenho Ambiental - Linhas de Acção

7.3.1. Consumo de EnergiaFoi avaliado o consumo da energia da APL (electricidade, gasóleo e gás natural) associado a sete edifícios da APL, bem como o consumo de electricidade associado a três terminais de cruzeiros, quatro docas de recreio, iluminação pública nas áreas do concelho de Lisboa sob a jurisdição da APL e outros espaços e equipamentos de natureza variada. Não foi considerado o consumo de electricidade associado a clientes e espaços concessionados pela APL.

*Os dados apresentados neste sub-capítulo foram maioritariamente retirados do “Relatório de Emissões de GEE e Plano de Redução: Inventário de Emissões de GEE 2007|2008. Relatório Final. E.Value, 2009”

Consumo de Materiais e Produção do ResíduosEmissões de GEE

Desempenho Ambiental Directo

Consumo de Água e Produção de Águas ResiduaisConsumo de Energia

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Tabela 8 – Consumos de Energia – Edifícios

Unidade 2008 2007 Δ 2008/2007

Edifícios Administrativos da APL

Gasóleo litros 7.096 10.097 -29,7%

Gás natural Nm3 20.270 10.008 102,5%

Electricidade kWh 1.409.103 1.655.706 -14,9%

Terminais de cruzeiro kWh 816.390 762.359 7,1%

Docas de recreio kWh 728.052 746.979 -2,5%

Iluminação pública kWh 2.218.379 1.753.436 26,5%

Outros espaços e equipamentos kWh 61.336 117.468 -47,8%

Síntese

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese O consumo total de electricidade no ano 2008 foi de aproximadamente 5,23 GWh, o que representa um aumento de cerca de 4% face ao consumo referente ao ano de 2007, cerca de 5,04 GWh. A componente de iluminação pública, apesar de restrita ao Concelho de Lisboa, é aquela que apresenta maior peso na estrutura de consumo de electricidade: 35% no ano de 2007 e 42% no ano de 2008, com consumos de 1,75 GWh e 2,22 GWh, respectivamente. Em 2008, foi registado um aumento do consumo de electricidade nesta componente de 26%, face a 2007.Avaliou-se também a evolução de consumos na frota automóvel e marítima da APL.

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Tabela 9 – Consumos de Energia - Frota (litros)

2008 2007 Δ 2008/2007

Gasóleo Gasolina Gasóleo Gasolina Gasóleo Gasolina

Frota automóvel 46.196 13.662 66.674 19.688 - 30,7% - 30,6%

Frota marítima 187.045 16.771 200.669 3.600* -6,8% n.a.

* - Valores parciais atendendo a que não foi possível obter todos os dados relativos ao ano 2007

Síntese

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Síntese No que diz respeito aos consumos da frota automóvel, verifica-se uma redução generalizada dos consumos entre 2007 e 2008, tanto para o gasóleo como para a gasolina.Relativamente à frota marítima, verifica-se que o gasóleo representa a maioria do consumo de combustível, observando-se um decréscimo de 7% do consumo deste combustível. No que respeita à gasolina, os dados relativos ao ano de 2007 não estão completos, pelo que não é possível avaliar a evolução ocorrida entre os anos considerados.

7.3.2. Emissões de Gases com Efeito de Estufa

Os cálculos de emissões de gases com efeito de estufa consideram:

Emissões directas associadas à frota própria da APL – automóvel e marítima;

Emissõesindirectasenquantoconsumidorfinaldeenergiaeléctrica;

Emissões indirectas associadas a deslocações em serviço em frota de terceiros (avião, comboio, e rodoviário) e ao tratamento de resíduos e de águas residuais.

Foi também feita a avaliação da intensidade carbónica associada aos serviços da APL. Verifica-se que esta tem uma redução de cerca de 1,82%, sendo no entanto que as emissões totais de GEE apresentam um acréscimo de 0,54%.

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Tabela 10 – Emissões de Gases com Efeito de Estufa

2008 2007 Δ 2008/2007

Consumo de combustívelFrota própria (automóvel e marítima) 701 774 -9,4%

Edifícios da APL (caldeiras) 63 49 29,4%

Consumo de electricidade Edifícios da APL, iluminação pública, terminais, docas, outros espaços e equipamentos

2.460 2.367 3,9%

Outras emissões Deslocações em serviço em frota de terceiros, resíduos e águas residuais

443 457 -3,1%

Total (Ton CO2 eq) 3.667 3.647 0,5%

Intensidade carbónica (kg CO2/€) 0,071 0,072 -1,8%

Síntese

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Síntese De forma a compensar as suas emissões, a APL aderiu ao projecto CarbonoZero®, através da aquisição de créditos de carbono gerados pela área florestal situada na Companhia das Lezírias. Pretendeu-se compensar as emissões de gases com efeito de estufa produzida nos principais edifícios da APL e respectivas frotas automóveis, durante o período 1 de Agosto de 2007 a 31 de Julho de 2008.

7.3.3. Consumo de materiais e produção de resíduos

A análise de consumo de materiais restringiu-se ao consumo de papel A4 e rolos de plotter. Verifica-se um decréscimo acentuado no primeiro e uma estabilização no segundo. Os resíduos apresentados são os associados aos edifícios da APL e à actividade de limpeza urbana (os resíduos associados aos navios são descritos no capítulo “Navegação segura e não poluente).

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Tabela 11 – Consumo de Materiais e Produção de Resíduos

Unidades 2008 2007 Δ 2008/2007

Consumo de materiais Papel A4 kg 6.026 7.200 -16,3%

Rolos para plotter Nº 242 242 0,0%

Lâmpadas Nº 688 - -

Óleos litros 1.275 - -

BateriasNº 23 - -

kg 345 - -

Produção de resíduos Edifícios Ton 409 416 -1,7%

Limpeza Urbana Ton 3.357 4.345 -22,7%

Síntese

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Síntese Verificou-se que os resíduos sólidos urbanos indiferenciados representam mais de 90% do total de resíduos recolhidos, o que reflecte uma necessidade do aumento da percentagem de recolha selectiva quer ao nível dos edifícios APL, quer ao nível da limpeza urbana da zona envolvente.

7.3.4. Consumo de Água e Produção de Águas Residuais

Do volume total de água comprada à EPAL, são contabilizados os consumos dos clientes e do abastecimento de água a navios, pelo que, a diferença entre o volume total e os volumes destes dois tipos do consumo corresponde a um volume global da APL que inclui os consumos dos edifícios da APL, da náutica de recreio, da rega e das perdas para as quais não existem contadores diferenciados.A tabela que se segue apresenta também a quantidade de águas residuais geradas nas redes que servem os edifícios da APL e provenientes de descarga de navios.

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Tabela 12 – Consumo de Água e Produção de Águas Residuais (m3)

2008 2007 Δ 2008/2007

Consumo de águas Consumo total (água comprada à EPAL)

585.513 500.310 17,0%

Consumo clientes 254.928 285.567 -10,7%

Abastecimento a navios

105.980 90.531 14,6%

Volume global da APL: edifícios APL, náutica de recreio, regas e perdas

224.605 124.212 80,8%

Produção de águas residuais

Redes APL 22.995 22.995 0,0%

Síntese

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7.4. APL no presente - Objectivos Concretizados e Objectivos Futuros

Objectivos concretizados em 2008

Actualização – objectivos para 2009

Médio Prazo

Desempenho operacional e económico

•Definir,aprovaremanterumaestratégiadelongoprazo;

•Desenvolverplanodecomunicaçãoexterna que dê a conhecer a importância sócio-económica da APL.

•Realizarestudosobreaimagem/reputaçãodaAPL;

•Melhoraracapacidadedemovimentação de contentores.

Desempenho ambiental directo da APL

•Levantamentodasboaspráticasemrelação a consumos de água e energia, juntodostrabalhadoresdaAPL;

•Melhoriadosistemadegestãoderesíduos, traduzida na redução da produção e no aumento da recolha selectiva.

•ElaboraçãodoInventáriodeemissõesde GEE relativo aos edifícios e às frotas automóvel e marítima, bem como, aos serviçosprestadospelaAPL;

•ElaboraçãodoPlanodeReduçãodasEmissõesdeGEE;

•ProcedimentoparaarealizaçãodeumaAuditoria Ambiental aos edifícios e às frotas automóvel e marítima, bem como, aos serviços prestados pela APL abrangendo as valências de consumo de combustíveis, energia eléctrica, água, papel e outro economato, de produçãoerecolhaderesíduos;

•Colocaçãodeeco-pontosnasinstalaçõesadministrativasdaAPL;

•Promoçãodacompradecarroscommenores emissões de CO2.

•RealizaçãodeumaAuditoriaAmbiental;•ElaboraçãodeumProgramade

Redução de Consumos e Emissões com basenaAuditoriaAmbiental;

•Elaboraçãodeumestudosobreapossibilidade de produção de energia a partir de fontes renováveis na APL.

Síntese

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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

Síntese Ficha Técnica

Titulo: Relatório Síntese de Sustentabilidade 2008 da Administração do Porto de Lisboa

Propriedade: APL - Administração do Porto de Lisboa, S.A.

Consultores: Sair da Casca (SDC) – Consultoria em Desenvolvimento Sustentável