2º texto: material de apoio: professor: me célio dos...
TRANSCRIPT
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
1
2º TEXTO: MATERIAL DE APOIO: Professor: Me Célio dos Santos Vieira
O consumo consciente é uma virtude assim como o consumismo é uma patologia
Objetivos da aula: Desenvolver no aluno a capacidade para conhecer e analisar as questões básicas de produção decorrentes da escassez e das
possibilidades que decorrem na linha de produção das empresas no mercado, quanto à sua eficiência produtiva e de custos de
oportunidade. Apresentação gráfica das possibilidades e interpretação. Distinguir os problemas e saber como enfrentá-los utilizando as análises econômicas de solução. Alem de conhecer as forças que impulsionam o deslocamento da curva de possibilidade de
produção.
CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO (ou curva de transformação ou fronteira) Coeteris paribus1
A curva (ou fronteira) de possibilidade de produção – CPP expressa à capacidade máxima de produção da
sociedade, supondo pleno emprego dos recursos ou fatores de produção2 (Capital, trabalho terra,
capacidade empresarial, capacidade tecnológica) de que se dispõe em dado momento do tempo3.
A curva representa todas as possibilidades de produção que podem ser atingidas com os recursos e tecnologias existentes.
Lembrando que, enquando as necessidades e desejos humanos parecem insaciáveis, os recursos para atendê-los
permanecem escassos. É exatamente aí que está a essencia dos problemas economicos. Como os recursos são escassos,
seu emprego deve ser racional e as sociedades enfrentam, inicialmente, o problema de administrá-los bem. Primeiro, com
vistas à sua plena utilização; segundo, objetivando sua melhor combinação. Nesse sentido, face a limitação dos recursos
disponíveis, as economias devem procurar utilizá-los plenamente, portanto, não se justifica o subemprego desses recursos
ou a existencia da ociosidade.
Em economias de mercado, descentralizadas, a escolha sobre as alternativas de produção fica a cargo do
mercado. Já em economias planificadas, centralizadas, o deslocamento da CPP é feito conforme decisão de quem a
controla.
Suponhamos - um indivíduo, com alguma qualificação técnica possui uma fazenda com instalações, máquinas, equipamentos e um número fixo de trabalhadores.
Ele irá dedicar-se à agricultura, e para tanto terá que decidir o que e como produzir, isto é como seus recursos produtivos
serão distribuídos, quanta terra será destinada à pastagem, café, tomate, laranja, abacaxi etc. Será que deverá destinar
determinados espaços de terra somente para abacaxi, ou laranja? Poderia ter também cana de açúcar, etc. Como os
empregados serão dimensionados para esse trabalho. Vejam que não é muito fácil essa divisória de tarefas a ser executadas.
1 Coeteris paribus Expressão que designa situação em que mexendo em uma variável econômica, as demais variáveis mantém-se inalteradas, ou seja, ficam
congeladas – tudo o mais permanece constante - importante para poder equacionar situações econômicas diversas. 2 Terra – (definição clássica) indica não só as terras cultiváveis e urbanas, mas também os recursos naturais.
Trabalho – refere-se às faculdades físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm no processo produtivo. Capital – compreende as edificações, as fábricas, a maquinaria e os equipamentos.
Com o advento das grandes corporações, a Organização passou a ser considerada um quarto fator de produção, para fins de se explicar a acumulação de Capital ou
aumento da Riqueza. O qual pode-se dizer ‗Capacidade Empresarial‘ além de ‗Capacidade Tecnológica, portanto uma definição mais contemporanea. 3 Marco A. S. Vasconcellos e Manuel E. Garcia. Fundamentos de economia.
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
2
A CUVA DE – CPP- REPRESENTADA POR GRÁFICOS
É importante familiarizar-se com os gráficos, porque é uma ferramenta indispensável para o economista, administrador, contador, engenheiro, etc. O gráfico para os profissionais de várias áreas do conhecimento, em especial,
para os economistas, está para eles como está a bússola para os navegadores. O gráfico constitui uma linguagem visual que facilita a compreensão de diversas situações. Trata-se de uma
ilustração que mostra como é que dois ou mais conjuntos de informações, ou duas mais variáveis que se relacionam
mutuamente.
Usa-se o sistema de eixos cartesianos. O eixo vertical (ordenadas), e o eixo horizontal (abcissas).
Possibilidades de produção Alternativa
Tabela 1
Possibilidades Bens de Consumo Bens de Capital A 100 0
B 90 10
C 80 20
D 70 30
E 60 40
F 0 50
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA CPP –(Curva de Possibilidade de Produção) GRÁFICO - 1
B
E
N F
S 50
E
de 40
C D
A 30
P C
I 20
T B
A 10
L A
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Bens de consumo
Um gráfico é habitualmente uma curva contínua que une os espaços intermediários dos pontos expressos no quadro.
Os gráficos são um instrumento extraordinariamente importante na economia moderna. Eles permitem uma
representação rápida da relação entre duas variáveis.
Essa Curva representa o
limite máximo que se pode
produzir, utilizando-se o
pleno emprego dos
fatores de produção.
Portanto, qualquer ponto
ao longo da curva,
corresponde a uma
possibilidade de produção.
Curva da Fronteira (Limite): Qualquer ponto ao longo da curva
situação de – pleno emprego – ponto acima da Curva impossível
de se atingir, qualquer ponto abaixo ociosidade.
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
3
Para simplificar toda essa indecisão, vamos ater-nos a somente dois tipos de bens: abacaxi e laranja. (produção
de uma fazenda)
Quadro de possibilidades de produção em uma fazenda
Alternativas de Produzir4 Laranja Abacaxi
(Toneladas) =T5 (Toneladas) =T
A 0 8.000
B 1.000 7.000
C 2.000 6.000
D 3.000 5.000
E 4.000 3.000
F 5.000 0
Considerando esse cenário, pressupondo que esse fazendeiro decida produzir somente abacaxis, então ele poderá
ter uma produção máxima de 8000 T na alternativa A e zero produção de laranjas. Se optasse por produzir só laranjas,
alternativa F conseguiria produzir o máximo de 5000 T de laranjas e zero de abacaxi.
Lembrando que toda decisão envolve do outro lado uma renuncia. Quando se decide por produzir laranja ao invés
de abacaxi, se está renunciando a produção de deste para a produção daquele.
e por outro lado ele quiser produzir os dois produtos, então poderemos verificar as possibilidades (De B até E).
Figura 1 Abacaxi
Figura 2 Laranja
***
O que produzir ônibus, sapatos, abacaxi ou laranjas?
4 São as varias possibilidades de produzir bens, utilizando-se a capacidade máxima instalada da empresa. Combinando a produção de laranjas e abacaxi de forma
maximizada. 5 T = Toneladas
É uma tentativa de responder:
O que e quanto produzir?
Descobrindo a melhor
combinação dos fatores de
produção o ‗Ponto Ótimo‘ –
Otimização ou maximização da
produção. (A decisão de
produzir uma alternativa em
relação à outra envolve uma
renúncia, é o que se denomina
de ‗Custo de Oportunidade’.)
O que e quanto Produzir – Diante da limitação dos Recursos
Produtivos e ilimitados desejos e necessidades humanos.
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
4
Vamos deixar isso mais claro, vendo o gráfico abaixo:
Nas ordenadas teremos abacaxis e nas abcissas laranjas.
A
8000
B
7000
A C H
B 6000 G
A D
C 5000
A E
X 3.000
I F
0 1000 2000 3000 4000 5000
LARANJA (T)
Nesse gráfico (os pontos ao longo da curva representada por ABCDE) têm-se todas às possibilidades de
combinações possíveis entre laranjas e abacaxis, que podem ser estabelecidas, quando todos os recursos (fatores de
produção) estão plenamente sendo utilizados.6.
Na medida que aumenta a produção abacaxi diminui a produção de laranja e vice-versa (em pleno emprego dos fatores) Nas alternativas:
Ponto ‗0’ (Zero) indica situação de pleno desemprego (situação impraticável)
De (‘0’ a ‘A’) indica que todos os fatores de produção estão alocados para a produção de abacaxis; nenhum
fator de produção está alocado na produção na de laranjas. Ou seja, 8.000 T de abacaxis e zero T de laranjas.
De (0 a F) indica que todos os fatores de produção estão alocados na produção de laranjas; nenhum fator de
produção está alocado na produção de abacaxis. Ou seja, 5000 T de laranjas e zero T de abacaxis.
Ponto G - Quando um ponto está dentro (abaixo) da curva a economia está operando com capacidade ociosa ou
desemprego de recursos (fatores de produção sub-utilizados).
Ponto H - Quando o ponto está fora (acima) da curva há uma situação impossível de utilização de mais recursos
do que os disponíveis. Esse ponto somente será atingido com um aumento na CPP, que representará um acréscimo de fatores de produção, representando o desenvolvimento de uma sociedade.
6 Ao longo da curva (ABCDEF) todos os pontos significam que a empresa está se utilizando de sua máxima capacidade de produção de bens (Laranja e abacaxi), o
ponto ÓTIMO representa uma melhor combinação, ou seja, consegue produzir o máximo de laranja e abacaxi, no entanto, a decisão a ser tomada, da melhor
alternativa, dependerá, necessariamente, do mercado e a margem de contribuição de cada produto e o custo de produção de cada produto (preço dos insumos)
Qualquer uma das alternativas (A.B.C.D.E) significa utilização
plena dos fatores de produção:
H – Ponto inatingível com tais fatores de produção: 3500 de laranja e ao mesmo tempo 6.500 de abacaxi.
G – Representa desemprego dos fatores de produção
– ociosidade (Abaixo da capacidade instalada), ou seja,
fatores de produção sub-utilizados.
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
5
RESUMO: Curva de possibilidade de produção: Por serem os recursos escassos é necessário sacrificar total ou parcialmente a produção de outro bem qualquer utilizando da tecnologia e todos os recursos disponíveis, se decidir produzir outro bem qualquer, com o uso do
(PLENO EMPREGO DOS FATORES )
FINALIDADE: Demonstrar o conceito de escassez.
INDICA: Combinações máximas possíveis de produção de dois bens que podem ser obtidas. Quando a economia utiliza todos os seus
recursos produtivos de diferentes maneiras.
NA CURVA OS PONTOS (A,B,C,D,E,F): Representam níveis altamente eficientes de produção, significa que todos os recursos
produtivos estão sendo utilizados.
DENTRO DA CURVA (ponto G): Subemprego de fatores (capacidade ociosa), pois a sociedade poderia aumentar sua produção de
alimentos sem reduzir a produção de automóveis, ou vice-versa.
FORA DA CURVA ( ponto H ): Está fora da fronteira. Para atingir este ponto a Curva tem que se deslocar à direita (níveis mais
elevados de produção).
CUSTO DE OPORTUNIDADE: Mede o valor das oportunidades perdidas (renúncia) em decorrência da escolha de uma alternativa de
produção em lugar de outra também possível.
Eficiência Produtiva Em economia, o termo eficiência (ou eficiência econômica) significa que os recursos estão a ser usados da melhor
forma possível para satisfazer as necessidades desejos das pessoas. Dito de outra forma, a existência de eficiência é
sinônima de ausência de desperdício.
Um conceito derivado é o de eficiência produtiva: verifica-se eficiência produtiva quando, dados as tecnologias
de produção e dados os fatores de produção disponíveis numa economia, esta não consiga produzir maior quantidade de
um determinado bem sem sacrificar a produção de outro; quanto tal ocorre, significa que a economia está sobre a sua fronteira de possibilidade de produção. Ou seja, sempre que aumentar a produção de um determinado bem haverá que reduzir a quantidade de produção de outro bem. (Decidir aumentar a produção de bem ‗A‘ terá que renunciar parte da
produção do bem ‗B‘)
Em termos microeconômicos, a existência de eficiência produtiva significa que, tendo em conta a tecnologia
disponível e os preços dos fatores produtivos, determinada empresa conseguiu produzir o máximo de bens com o mínimo de fatores produtivos.
Em caso do exemplo acima da fazenda, ela estará funcionando de maneira eficiente sempre que aumentando a
produção de um bem e reduzindo a produção do outro bem.
Por exemplo: veja o ponto D, temos lá 5.000 T de abacaxis e 3.000 T de laranjas.
Se o fazendeiro decidisse aumentar a produção de laranjas, poderá passar a operar o ponto E, onde seriam produzidos 4.000 T de laranjas e somente 3000 T de abacaxis.
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
6
Esse aumento de 3.000 p/ 4.000 T só será possível se uma parte das terras fosse desviada para a produção de
laranjas, onde teríamos uma redução de 5.000 p/ 3.000 T de abacaxis.
Pode-se se dizer que a fazenda que estiver usando eficientemente seus recursos indicaria uma condição
favorável de pleno emprego.
NOTA:
A eficiência produtiva verifica-se quando não é possível a uma economia, dadas a tecnologia e as quantidades de
fatores produtivos disponíveis, ou seja, em situação de pleno emprego dos recursos produtivos, aumentar a produção de um determinado bem ou serviços sem reduzir a produção de um outro. Por outras palavras, eficiência produtiva
significa que a economia se encontra sobre a sua fronteira de possibilidades de produção. Pelo contrário, ineficiência produtiva significa que é possível produzir mais de um bem sem sacrificar a quantidade produzida de outros: a
ineficiência produtiva ocorre em situações de desemprego de fatores produtivos – ociosidade - ou em situações em
que a tecnologia disponível não está a ser utilizada da melhor forma.
NOTAS IMPORTANTES:
Crescimento Econômico: Consiste m elevação do produto agregado do pais (expansão do produto real ao longo do
tempo. Para isso duas condições devem ser preenchidas:
1ª Estabilidade Macroeconômica – (contas públicas ajustadas e inflação baixa) e
2ª) Estabilidade Política (cumprimento da legislação vigente)
Variáveis do crescimento econômico: Duas correntes:
1ª) Corrente acredita que acumulação de capital está centro do processo do crescimento econômico, logo para elevar o
crescimento econômico deve-se aumentar a taxa de poupança. Assim como, a elevação da eficiência do trabalho, ou seja,
Produtividade.
2ª) Corrente acredita que para o crescimento econômico deve-se investir em Formação de capital humano e acumulação
de conhecimento na geração de novas tecnologias – (investimento em educação e pesquisa) além de propiciar o
crescimento econômico também propicia desenvolvimento econômico. maior é a escolaridade maior é a renda da pessoa.
Desenvolvimento Econômico: Qualidade de vida da sociedade e as diferencias econômicas e sociais entre as pessoas.
Deslocamento da Curva de Possibilidade de Produção (A direita)
A curva de possibilidade de produção – CPP – se deslocada para a direita e para cima representará um crescimento da
(empresa ou país), ou seja, a empresa ou país estará crescendo Isso pode ocorrer fundamentalmente tanto em função do
aumento da quantidade física de fatores de produção como em função do melhor aproveitamento dos recursos já existente,
o que pode decorrer em função do progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e organizacional das empresas e
melhoria de qualificação da mão-de-obra, permitindo que se produza maior quantidade de ambos os bens.
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
7
Gráfico: Deslocamento da Curva de Possibilidade de Produção (A direita)
A
8000
B
7000
A C H
B 6000 G
A D
C 5000
A E
X 3.000
I F
0 1000 2000 3000 4000 5000
LARANJA (T)
Ponto H Ponto inatingível com tais fatores de produção: Ou seja, não dá para conseguir essa combinação de
produção de 3500 toneladas de laranja e ao mesmo tempo 6.500 toneladas de abacaxi.
Ponto G Representa desemprego dos fatores de produção – ociosidade, ou seja está se produzindo abaixo da
capacidade instalada da empresa (ou país).
No entanto se a curva deslocar para a esquerda e para baixo, empresa ou país estará decrescendo: ver exemplo
abaixo:
Deslocamento da Curva de Possibilidade de Produção (A esquerda)
Gráfico: Deslocamento da Curva de Possibilidade de Produção (A esquerda)
A
8000
B
7000
A C H
B 6000 G
A D
C 5000
A E
X 3.000
I F
0 1000 2000 3000 4000 5000
LARANJA (T)
Análise: Esta curva de possibilidade de produção – CPP – representa um decrescimento da (empresa ou país), pois
se deslocou para a esquerda e para baixo.
Deslocamento Positivo: Esta curva de
possibilidade de produção – CPP –
representa um crescimento da
(empresa ou país), pois se deslocou
para a direita e para cima.
Ponto impossível de se atingir na atual situação:
3500 de laranja e 6500 de abacaxi
Ociosidade: Desemprego dos fatores de produção
Deslocamento Negativo: Esta curva de
possibilidade de produção – CPP –
representa um decrescimento da
(empresa ou país), pois se deslocou
para a esquerda e para baixo.
Ponto impossível de se atingir na atual situação:
3500 de laranja e 6500 de abacaxi
Ociosidade: Desemprego dos fatores de produção
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
8
O deslocamento da CPP pode ocorrer pelas causas inversamente as que promovem crescimento. Ou seja,
Diminuição da quantidade física de fatores de produção- mau aproveitamento dos recursos já existente - ineficiência produtiva e organizacional mão-de-obra desqualificada, resultando em redução de quantidade produzida e baixa produtividade e qualidade.
O desenvolvimento de um país está mais relacionado à produtividade (fazer mais com menos) e da distribuição equânime
(equitativa) dessa produção a maior quantidade de pessoas possíveis. Portanto, o investimento em educação e pesquisa (C & T) 7 eleva a qualidade dos Seres Humanos, assim como, da eficiência na produção de bens e serviços, para satisfazer as necessidades e desejos da coletividade e aumentando, conseqüentemente a qualidade de vida e o bem-estar social e geral.
Custo da Educação é infinitamente menor do que o custo da falta de educação! O custo da falta de educação é infinitamente maior do que o custo da educação!
Educação um direito, um ato de coragem e de cidadania, que constrói
Violência um ato de covardia, que destrói
Custo de Oportunidade Conceito de Custo de Oportunidade8
O Custo de Oportunidade representa o custo associado a uma determinada escolha medido em termos da
melhor oportunidade perdida. Por outras palavras, o custo de oportunidade representa o valor que atribuímos à melhor alternativa de que prescindimos quando efetuarmos a nossa escolha.
O custo de oportunidade está desta forma, diretamente relacionado com o fato de vivermos num mundo de
escassez. De fato, é a escassez que nos obriga a efetuar escolhas o que implica prescindirmos de determinados bens quando optamos por outros e, portanto, implica a existência de um custo de oportunidade sempre que tomamos uma decisão.
O custo de oportunidade pode ser também visível numa situação de escolha entre consumo presente e
consumo futuro (isto é, poupança): consumo futuro implica necessariamente sacrifício de consumo presente, isto é, o custo de oportunidade da poupança é não mais do que a melhor opção em termos de consumo presente.
7 C & T – Ciência e Tecnologia
8 Outros conceitos relacionados: Vantagem Absoluta = A comparação entre produtores de um bem levando em conta sua produtividade. Vantagem
Comparativa = Comparação entre produtores de um bem com base em seus custos de oportunidades.(O qual demonstra que o comércio pode
melhorar a situação de todos)
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
9
Tendo em conta esta definição de custo de oportunidade, é fácil entender que não é obrigatório que este seja
traduzido em termos monetários. Para determinado indivíduo, o custo de oportunidade de uma ida ao cinema poderá ser uma saída com os amigos a um bar e tal não é necessariamente traduzível em termos monetários. Por este motivo, o
conceito de custo de oportunidade tem especial utilidade para avaliar alternativas quando os bens envolvidos não são comercializáveis como, por exemplo, a educação, a saúde, o ambiente ou a segurança
É, portanto, uma expressão utilizada para exprimir os custos em termo de alternativas sacrificadas. O que é isso?
Veja no mesmo exemplo da fazenda:
Se pegarmos o ponto C da curva (6.000 kg de abacaxis e 2.000kg de laranjas) e quisermos ir para o ponto D
aumentando a produção de laranja para 3.000kg – teríamos aqui conseguido o sacrifício de 1.000 T de abacaxis, e daí o
acréscimo de 1.000kg de laranjas e diminuição de 1.000 T de abacaxis - daí o que se chama custo de oportunidade.
NOTA:
O custo de oportunidade é um termo usado em economia para indicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo, até mesmo social, causado pela renúncia do ente econômico, bem como os benefícios que
poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicação
alternativa.
O custo de oportunidade foi definido como uma expressão "da relação básica entre escassez e escolha‖
Os custos económicos incluem, para além do custo monetário explicito, os custos de oportunidade que ocorrem pelo facto
dos recursos poderem ser usados de formas alternativas.
Em outras palavras: O custo de oportunidade representa o valor associado a melhor alternativa não escolhida. Ao se
tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais possibilidades, pois são excludentes, (escolher uma é recusar
outras). À alternativa escolhida, associa-se como "custo de oportunidade" o maior benefício NÃO obtido das possibilidades
NÃO escolhidas, isto é, "a escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam
proporcionar". O mais alto valor associado aos benefícios não escolhidos, pode ser entendido como um custo da opção
escolhida, custo chamado "de oportunidade".
Desemprego dos fatores de produção
Pode acontecer muitas vezes que a – empresa ou pais - estejam produzindo abaixo de suas possibilidades. Isso
ocorre quando os fatores de produção estão ociosos (terras inativas, trabalhadores e máquinas desocupadas). Ou seja,
produção abaixo da capacidade instalada da empresa.
Essa situação é representada pelo ponto (G) no interior da curva de possibilidades de produção, no gráfico.
Essa condição tende a elevar o custo de produção, principalmente, em função do custo fixo, o que naturalmente
recai no custo unitário do produto aumentando-o.
A produção de abacaxis e laranjas pode ser aumentada até alcançar a curva de possibilidade de produção – CPP-,
ou seja, atingir a eficiência produtiva usando todos os fatores de produção, considerando a capacidade instalada da
empresa, ou a capacidade de produção do país.
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
10
NOTA: Ficou evidenciado que com a curva de possibilidades de produção tem-se a noção clara da limitação dos fatores de produção em uma fazenda, isto acontece também em toda a cadeia produtiva mundial. É com este conhecimento que as
empresas de bens e serviços se movem. Aliado ao conhecimento da escassez vê os custos de oportunidades com maior e melhor clareza para a tomada de decisão para a empresa, no sentido de produzir mais e melhor – bens e serviços – para
atender mais amplamente possível as necessidades humanas.
Setores de Atividades econômicos
Objetivos da aula: Possibilitar ao aluno conhecer a constituição dos setores econômicos e suas principais características, a atuação dos agentes econômicos, a
importância do trabalho como atividade transformadora da vida da população – ativa e inativa – e a transformação do mundo.
Setores Econômicos: A economia de um país pode ser dividida em três grandes setores (Setor primário,
secundário e terciário) de acordo com os produtos produzidos, modos de produção e recursos utilizados. Estes setores
econômicos podem mostrar o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região.
SETOR PRIMÁRIO
Setor Primário – Constituído
pelas unidades produtoras que
utilizam intensamente os recursos
naturais, e não sofrem
transformações substanciais em seus produtos. Ex. atividades agrícolas,
pecuárias e extrativas, sejam minerais, animais ou vegetais.
Esse ramo da atividade produtiva está vinculado ao
desenvolvimento da agricultura, pecuária e extrativismo (Vegetal, mineral e animal) esse setor em geral produz matéria-prima para o abastecimento do setor industrial
A agricultura no Brasil é, historicamente, umas das principais bases da economia do país, desde os primórdios
da colonização até o século XXI, evoluindo das extensas monoculturas para a diversificação da produção.
Inicialmente produtora de cana-de-açúcar, passando pelo café, a agricultura brasileira apresenta-se como uma das maiores exportadoras do mundo em diversas espécies de cereais, frutas, grãos, entre outros.
Setor
Primário
Setor
Secundário Setor
Terciário
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
11
Desde o Estado Novo, com Getúlio Vargas, cunhou-se a expressão que diz ser o "Brasil, celeiro do mundo" -
acentuando a vocação agrícola do país.
Apesar disto, a agricultura brasileira apresenta problemas e desafios, que vão da reforma agrária às queimadas; do êxodo rural ao financiamento da produção; da rede escoadora à viabilização econômica da agricultura familiar:
envolvendo questões políticas, sociais, ambientais, tecnológicas e econômicas
SETOR SECUNDÁRIO
Setor Secundário -
Constituído pelas unidades
produtoras dedicadas às atividades
industriais, através das quais os
bens são transformados. É utilizado
o fator capital (Máquinas e
Equipamentos). Exemplo Indústria
Eletroeletrônica, Automotiva,
Alimentação, etc.
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo
produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do
século XIX.
Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos dias), a era da agricultura foi
superada, a máquina foi superando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações
entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.
Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a
acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico
vigente.
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
12
SETOR TERCIÁRIO
Setor Terciário – Constituído pelas
atividades comerciais e de prestação de
serviços, como Bancos, Escolas, Comércio,
Transporte, etc., de grande importância para o sistema econômico9.
OBS: O mundo está atravessando a terceira
revolução técnico-científico-informacional que
consiste em uma supervalorização da
informação, dessa forma as atuações econômicas contemporâneas estão aliadas às
relações comerciais e de informações e estes
tem crescidos de forma intensa.
O setor terciário é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento econômico. Quanto mais rica é uma região,
maior é a presença de atividades do setor terciário. Com o processo de globalização, iniciado no século XX, o terciário foi o
setor da economia que mais se desenvolveu no mundo.
Como atividades econômicas deste setor econômico, podemos citar: Comércio, educação, saúde, telecomunicações,
serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e
administrativos, transportes, etc.
NOTA: Abertura Econômica (1990-2003)
O governo Fernando Collor teve como principal lema a falência do projeto desenvolvimentista como motor de crescimento. Em particular, a baixa
qualidade dos automóveis e computadores nacionais, protegidos por altas barreiras alfandegárias foi utilizada como exemplo da incapacidade do
governo como grande empresário. A partir de então, observou-se uma crescente abertura comercial e uma série de privatizações. Diversas
empresas de baixa eficiência, principalmente do setor de informática, foram à falência enquanto a qualidade dos produtos disponíveis teve uma
melhora substancial.
A estabilidade monetária só foi alcançada com a implantação do Plano Real, em 1994, já no governo Itamar Franco. Como consequência do fim da
inflação e do fim do regressivo imposto inflacionário, houve uma melhora da renda sem precedentes para as classes mais baixas. O ministro da
fazenda, Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente com ampla margem. Sua presidência foi caracterizada por avanços nos processos de
modernização e redistribuição de renda.
A Lei de Responsabilidade Fiscal ajudou a controlar os gastos dos estados e municípios. Por outro lado, a insistência na política de câmbio fixo
valorizado gerou prejuízo na situação fiscal que culminou com o ataque especulativo e a implementação do regime de câmbio flutuante com Armínio
Fraga. A implementação de políticas redistributivas como Bolsa Escola e Bolsa Alimentação ajudou a reduzir a concentração de renda, porem com
efeitos muito inferiores aos do fim da inflação.
A política econômica do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, baseada no câmbio flutuante e numa política monetária austera visando o
controle da inflação, foi mantida no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Do ponto de vista fiscal, o controle do superávit se deu através de um
aumento substancial de arrecadação que contrabalanceou a significativa elevação nos gastos públicos. A unificação dos programas redistributivos
sob o nome de bolsa família foi a principal bandeira do governo Lula.
Apesar das reduzidas taxas de crescimento, principalmente comparadas com as obtidas entre 1948 e 1979, houve uma significativa redução da
desigualdade social no período entre 1990 e 2007 bem como uma melhora substancial em outros índices como os de escolaridade e de mortalidade
infantil.
9 Atualmente é o setor que mais emprega mão-de-obra. Enquanto que os setores primários e secundários, a mão-de-obra foi
substituída por máquina e equipamento – computadores, robôs – alta tecnologia – por isso emprega menos mão-de-obra.
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
13
Todos os setores da economia: Primário, secundário e terciário é constituído por pessoas (físicas – seres naturais - e
jurídicas - empresas).
População – é um conjunto de seres humanos que vivem em uma determinada área. Os seres humanos
transformam-se no mundo e transforma o mundo pelo trabalho. Logo, o trabalho é a parte fundamental de
desenvolvimento produtivo. É o trabalho que divide a população em: População ativa e inativa:
Marx compreende o trabalho, conseqüentemente, desvelando a relação homem—natureza:
O trabalho é, em primeiro lugar, um processo de que participam igualmente o homem e a natureza, e no qual o homem
espontaneamente inicia, regula e controla as relações materiais entre si próprio e a natureza. Ele se opõe à natureza como uma de
suas próprias forças, pondo em movimento braços e pernas, as forças naturais de seu corpo, a fim de apropriar-se das produções
da natureza de forma ajustada a suas próprias necessidades. Pois, atuando assim sobre o mundo exterior e modificando-o, ao
mesmo tempo ele modifica a sua própria natureza. Ele desenvolve seus poderes inativos e compele-os a agir em obediência à sua
própria autoridade. (MARX, O capital, I, p. 197-198)
Marx define o trabalho como categoria maior da condição humana.
POPULAÇÃO ATIVA POPULAÇÃO INATIVA
NOTA: Evidencia que a economia de um país (Nação) é dividida em três grandes setores econômicos: Primário, secundário e
terciário e que todos esses setores são constituídos por pessoas - físicas – seres naturais (humanos) - e jurídicas –
empresas – o total das pessoas físicas constitui a população (Ativa e inativa) e que é pelo trabalho pelo uso dos fatores de produção limitados produzimos bens e serviços para atender as necessidades humanas que são ilimitadas.
Ela intervém no processo produtivo
Empregados = todos que tem trabalho
remunerado ou afastado por doença/licença.
Desempregados = aqueles que têm
condições de idade e capacidade física e mental,
mas por alguma circunstancia não trabalham.
São aqueles que só consomem:
Aposentados, estudantes, donas-de
casa, incapacitados para trabalhar....
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
14
EXERCÍCIOS (Faça-os com dedicação com reflexão com paixão.)
1. O que significa a expressão em latim Coeteris paribus ? Explique-a.
2. No que constitui a curva de possibilidade de produção – CPP?
3. No que exatamente exprime o custo de oportunidade? De exemplo;
4. Que tipo de atividade explora o setor primário? O secundário? E o terciário?
5. Setor terciário é o mesmo que o Terceiro setor? Explique;
6. O que significa para a economia as expressões população ativa e população inativa?
►A partir do gráfico abaixo responda as próximas questões (de 7 a 20)
Curva de Possibilidade de Produção – CPP. (A curva que deve-se usar como parâmetro é a 1ª)
7. O que significa a alternativa da CPP (OF)?
8. O quer dizer o ponto (I) das possibilidades de produção no gráfico acima?
9. Qual a interpretação que se possa dar ao ponto (H) acima e a direita da CPP?
10. Explique o deslocamento da CPP para a direita e para cima?
11. O que significa quando a curva CPP deslocar para baixo e a esquerda?
12. O que significa ‗Custo de Oportunidade‘? Explique.
Deslocamento da
Curva da CPP para
a direita e para cima
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
15
13. Se decidir pela alternativa (OA) que impacto promove na alternativa (OF) do gráfico acima?
14. Que interpretação pode ser dada na CPP no ponto 0 (zero) da curva?
15. Quais são fatores responsáveis pelo deslocamento da CPP para direita e para cima?
16. Quais são fatores responsáveis pelo deslocamento da CPP para esquerda e para baixo?
17. O quer dizer Curva da Fronteira de Produção?
18. A hipótese da alternativa (A0) da CPP acima significa?
a) Os fatores de produção estão sendo alocados na produção de bens de capital com relativa capacidade de ociosidade;
b) Os fatores produtivos estão empregados na produção de bens de consumo; mas com reduzida capacidade de
atendimento as necessidades humanas;
c) Todos os fatores produtivos estão empregados na produção de bens de consumo;
d) Constitui o ponto de maximização dos bens de consumo;
e) Todos os fatores produtivos estão empregados na produção de bens de capital.
19. O ponto (G) representado pela CCP significa que:
a) Está-se empregando todos os fatores produtivos na produção de ambos os bens, de capital e de consumo;
b) Significa um ponto da CPP que os custos de produção reduziram;
c) Aponta para uma situação de baixo consumo de bens de recursos de capital;
d) Significa que se está utilizando mal os fatores produtivos na produção de bens de capital operando com capacidade
ociosa;
e) Significa que está operando em condições de desemprego dos fatores produtivos, operando com ociosidade.
20. Identifique a alternativa correta: A hipótese de produção da CPP acima, relativamente a alternativa (OF) designa:
a) Significa que está operando em condições de desemprego dos fatores produtivos, operando com ociosidade.
b) Constitui o ponto de maximização dos bens de consumo;
c) Todos os fatores produtivos estão empregados na produção de bens de consumo;
d) Aponta para uma situação de baixo consumo de bens de recursos de capital;
e) Todos os fatores produtivos estão empregados na produção de bens de capital.
21. Relativamente ao ponto ( I ) da CPP acima o que significa? a) Constitui o ponto de maximização dos bens de consumo;
b) Significa o ponto de nível médio de produção;
c) Está operando com ociosidade dos fatores de produção de ambas as linhas de produtos;
d) Todos os fatores produtivos estão empregados na produção de bens de consumo;
e) Ponto de maximização da produção de ambas as linhas de produtos.
22. A curva da CPP deslocada para a direita, conforme gráfico acama significa que:
a) Houve aumento da produção de bens de consumo;
b) Houve desemprego dos fatores de produção;
c) Houve crescimento da empresa ou pais;
d) Operando com ociosidade dos fatores produtivos;
e) Significa ineficiência no uso dos fatores produtivos.
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
16
23. VERDADEIRO ( ) OU FALSO ( ) Constituído pelas unidades produtoras que utilizam intensamente os recursos naturais, e
não sofrem transformações substanciais em seus produtos. Ex. atividades agrícolas, pecuárias e extrativas, sejam minerais, animais ou vegetais.
24. Considerando-se o ponto (H) o que se pode deduzir, referindo-se ao gráfico acima: a) Ponto de produção maximizada;
b) Ponto de inadequação de uso dos fatores produtivos; c) Ponto de ineficiência na produção de ambas as linhas de produtos;
d) Ponto impossível de se conseguir considerando os atuais fatores de produção;
e) Ponto ótimo de produção dos bens serviços para a disposição a sociedade para satisfazer suas necessidades.
25. A curva (ou fronteira) de possibilidade de produção – CPP expressa:
a) Capacidade máxima que a sociedade tem de produzir mais de um produto ao mesmo tempo;
b) Capacidade de produção da sociedade, empregando recursos na produção de bens e serviços para satisfazer as
necessidades humanas.
c) Capacidade máxima de produção da sociedade, empregando os fatores de produção em serviços.
d) Capacidade máxima de produção da sociedade, supondo pleno emprego dos recursos ou fatores de produção.
e) Aplicação dos recursos produtivos na produção de bens e serviços além da curva de possibilidade, pois os
recursos são escassos.
26. Falso ( ) ou verdadeiro ( ). Em economias de mercado, descentralizadas, a escolha sobre as alternativas de
produção fica a cargo do mercado. Já em economias planificadas, centralizadas, o deslocamento da CPP é feito
conforme decisão de quem a controla.
27. Construa o gráfico que represente a possibilidade de produção referente dados abaixo? Explique-o.
Possibilidades Bens de Consumo Bens de Capital
A 0 100
B 10 80
C 20 60
D 30 50
E 40 40
F 50 20
G 70 0
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
17
GRÁFICO da CPP
B
E
N
S
de
C
A
P
I
T
A
L
Bens de consumo
28. Explique o a CURVA no ponto determinado pela alternativa C.
29. Explique o a CURVA no ponto determinado pela alternativa .
30. Construa o gráfico que represente a possibilidade de produção referente dados abaixo? Explique-o.
Possibilidades Bens de Consumo Bens de Capital A 0 120
B 20 80
C 40 60
D 50 50
E 70 30
F 120 0
GRÁFICO da CPP B
E
N
S
de
C
A
P
I
A
L
Bens de consumo
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
18
31. Explique o a CURVA no ponto determinado pela alternativa B
32. Explique o a CURVA no ponto determinado pela alternativa E.
33. Explique o deslocamento da Curva de Possibilidade de Produção para esquerda do gráfico abaixo A
8000
B
7000
A C H
B 6000 G
A D
C 5000
A E
X 3.000
I F
0 1000 2000 3000 4000 5000
LARANJA (T)
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
19
TERCEIRO SETOR - (Brevíssima noções – Fragmentos textuais) – Leitura complementar
Não confundir o Terceiro setor com o setor terciário.
O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais. Pela
ineficiência do Estado, o setor privado começou a ajudar nas questões sociais, através das inúmeras instituições que compõem o chamado terceiro
setor. Ou seja, o terceiro setor é constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de
caráter público.
OSCIP é uma qualificação decorrente da lei 9.790 de 23/03/99. Para entender melhor o assunto, é preciso esclarecer outra questão em relação a
outro termo diretamente relacionado a OSCIP; as ONG's. (A sigla ONG, então, expressa genericamente, o conjunto de organizações do terceiro setor
tais como associações, cooperativas, fundações, institutos)
Do mesmo modo que OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, ONG – Organização Não Governamental, é uma sigla não um tipo
específico de organização.
A Lei 9.790 de 23/03/99, também conhecida como Lei do Terceiro Setor, é um marco na organização desse setor. Promulgada a partir de
discussões promovidas entre governo e lideranças de organizações não governamentais, esta lei é o reconhecimento legal e ofic ial das ONGS,
principalmente pela transparência administrativa que a legislação exige.
Pode-se dizer que o terceiro setor surgir em decorrência da ineficiência do Estado de um lado e de outro o mercado não conseguindo absorver um
contingente de pessoas que não tinham acesso aos serviços e bens de necessidades básicas e fundamentais. O terceiro setor trata-se de entidades
da sociedade civil.
Os principais personagens do terceiro setor são:
Fundações
São as instituições que financiam o terceiro setor, fazendo doações às entidades beneficentes. No Brasil, temos também as fundações mistas que
doam para terceiros e ao mesmo tempo executam projetos próprios.
Temos poucas fundações no Brasil. Depois de 5 anos, o GIFE - Grupo de Instituições, Fundações e Empresas - com heróico esforço, conseguiu 66
fundações como parceiras. No entanto, muitas fundações no Brasil têm pouca atuação na área social.
Nos Estados Unidos já existem 40.000 fundações, sendo que a 10º colocada tem 10 bilhões de dólares de patrimônio. Nossa maior fundação tem um
bilhão. ..
Devido à inflação, seqüestros de dinheiro e congelamentos, a maioria de nossas fundações não tem fundos. Vivem de doações anuais das empresas
que as constituíram. Em épocas de recessão, estas doações mínguam, justamente quando os problemas sociais aumentam.
O conceito de fundação é, justamente, o de acumular fundos nos anos bons para poder usá-los nos anos ruins. A Fundação Bradesco é um dos raros
exemplos de fundação com fundos.
Entidades Beneficentes
São as operadoras de fato, cuidam dos carentes, idosos, meninos de rua, drogados e alcoólatras, órfãos e mães solteiras; protegem testemunhas;
ajudam a preservar o meio ambiente; educam jovens, velhos e adultos; profissionalizam; doam sangue, merenda, livros, sopão; atendem suicidas às
quatro horas da manhã; dão suporte aos desamparados; cuidam de filhos de mães que trabalham; ensinam esportes; combatem a vio lência;
promovem os direitos humanos e a cidadania; reabilitam vítimas de poliomelite; cuidam de cegos, surdos-mudos; enfim, fazem tudo
Fundos Comunitários. .
Community Chests são muito comuns nos Estados Unidos. Em vez de cada empresa doar para uma entidade, todas as empresas doam para um
Fundo Comunitário, sendo que os empresários avaliam, estabelecem prioridades, e administram efetivamente a distribuição do dinheiro. Um dos
poucos fundos existente no Brasil, com resultados comprovados, é a FEAC, de Campinas.
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
20
Entidades Sem Fins Lucrativos. .
Infelizmente, muitas entidades sem fins lucrativos são, na realidade, lucrativas ou atendem os interesses dos próprios usuários. Um clube esportivo,
por exemplo, é sem fins lucrativos, mas beneficia somente os seus respectivos sócios. Muitas escolas, universidades e hospitais eram no passado,
sem fins lucrativos, somente no nome
ONGs Organizações Não Governamentais. .
Nem toda entidade beneficente ajuda prestando serviços a pessoas diretamente. Uma ONG que defenda os direitos da mulher, fazendo pressão
sobre nossos deputados, está ajudando indiretamente todas as mulheres.
Nos Estados Unidos, esta categoria é chamada também de Advocacy Groups, isto é, organizações que lutam por uma causa. Lá, como aqui, elas são
muito poderosas politicamente.
Empresas com Responsabilidade Social. .
A Responsabilidade Social, no fundo, é sempre do indivíduo, nunca de uma empresa jurídica, nem de um Estado impessoal. Caso contrário, as
pessoas repassariam as suas responsabilidades às empresas e ao governo, ao invés de assumirem para si. Mesmo conscientes disso, vivem
reclamando que os "outros" não resolvem os problemas sociais do Brasil.
Porém, algumas empresas vão além da sua verdadeira responsabilidade principal, que é fazer produtos seguros, acessíveis, produzidos sem danos
ambientais, e de estimular seus funcionários a serem mais responsáveis. O Instituto Ethos - organização sem fins lucrativos criado para promover a
responsabilidade social nas empresas - foi um dos pioneiros nesta área.
Empresas Doadoras. .
Uma pesquisa feita por nós revela que das 500 maiores empresas brasileiras, somente 100 são consideradas parceiras do terceiro setor. Das 250
empresas multinacionais que têm negócios no Brasil, somente 20 são admiradas. A maioria das empresas consideradas parceiras são pequenas e
médias e são relativamente desconhecidas pelo grande público.
Elite Filantrópica. .
Ao contrário de Ted Turner, Bill Gates e dos 54 bilionários que o Brasil possui, somente 2 são considerados bons parceiros do terceiro setor (Jorge
Paulo Lehman e a família Ermírio de Moraes). A maioria dos doadores pessoas físicas são da classe média. Esta tendência continua na classe mais
pobre. Quanto mais pobre, maior a porcentagem da renda doada como solidariedade.
Pessoas Físicas. .
No mundo inteiro, as empresas contribuem somente com 10% da verba filantrópica global, enquanto as pessoas físicas, notadamente da classe
média, doam os 90% restantes. No Brasil, a nossa classe média doa, em média, 23 reais por ano, menos que 28% do total das doações. As
fundações doam 40%, o governo repassa 26% e o resto vem de bingos beneficentes, leilões e eventos.
Imprensa
Até 1995, a pouca cobertura que a Imprensa fazia sobre o terceiro setor era, normalmente, negativa. Com a descoberta de que a maioria das
entidades é séria e, portanto, faz bom trabalhos, este setor ganhou respeitabilidade. Com isso, quadruplicou a centimetragem de notícias sobre o
terceiro setor. A missão agora é transformar este novo interesse em cobertura constante.
Empresas Juniores Sociais
Nossas universidades pouco fizeram para o social, apesar de serem públicas. É raro encontrar um professor universitário assessorando uma ONG
com seus conhecimentos. Nos últimos anos, os alunos criaram Empresas Juniores Sociais, nas quais os alunos das escolas de Administração ajudam
entidades. Algumas das mais atuantes são a FEA-Júnior da USP, a Júnior Pública da FGV, e os ex-alunos do MBA da USP. (Stephen Kanit)
Professor: Me Célio dos Santos Vieira
21
QUESTÕES PARA REFLEXÃO
34. Façam uma discernimento entre ‗Terceiro Setor e o Setor Terciário.
35. No que constitui o Terceiro Setor e quais são suas contribuições para a economia?
36. O que significa OSCIP?
37. Quais as motivações levaram o surgimento do Terceiro Setor?
38. O são Fundações? Explique
39. O que são Entidades Beneficentes?
40. O que exatamente são Empresas com Responsabilidade Social?
41. De que maneira um cidadão consciente pode contribuir para o Terceiro Setor?
42. Faça uma análise critica sobre o texto: ―No mundo inteiro, as empresas contribuem somente com 10% da verba filantrópica global,
enquanto as pessoas físicas, notadamente da classe média, doam os 90% restantes. No Brasil, a nossa classe média doa, em média, 23
reais por ano, menos que 28% do total das doações. As fundações doam 40%, o governo repassa 26% e o resto vem de bingos
beneficentes, leilões e eventos‖.
43. Faça uma Pesquisa sobre a ‗Contabilidade do Terceiro Setor‘ e traga para a sala de aula para promoção de um debate.
MINIDICIONÁRIO: Elencar aqui as expressões desconhecidas do texto e procurá-las no Dicionário, para torná-las conhecidas. 1. Economia política: Ciência que trata da produção, distribuição e consumo das riquezas de uma nação. (Sentido geral)
2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18.
19. 20. 21.
***
A PAZ custo muito menos do que a guerra!
Filosofia (do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria») é o estudo de
problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem;.