20 5 miguel torga gf

8/14/2019 20 5 Miguel Torga gf

1/100

11


2/100

22

Miguel TorgaMiguel Torga

O Homem, o Escritor, o Tempo,O Homem, o Escritor, o Tempo,

a Terra e a Democraciaa Terra e a Democracia

Diaporama de Lus Aguilar e Vitlia RodriguesDiaporama de Lus Aguilar e Vitlia RodriguesConcebido a partir do livro Fotobiografias de Clara Rocha.

Consulado-Geral de Portugal

em Montreal
http://min-nestrangeiros.pt/mne/http://www.instituto-camoes.pt/index.htmhttp://www.umontreal.ca/http://min-nestrangeiros.pt/mne/


3/100

33


O HomemO Homem
http://purl.pt/13860/1/adolfo-rocha.htm


4/100

44

Ter um destino

no caber no beroonde o corpo nasceu,

transpor as fronteiras

uma a umae morrer sem nenhuma.

Miguel TorgaIn Ferno de Magalhes,

Antologia Potica. Lisboa: Dom Quixote, 1999.


5/100

55

Miguel Torga(pseudnimo de Adolfo Correia Rocha)

nasceu em S. Martinho de Anta h cem anos,

a 12.08.1907 e morreu em Coimbra a 17.01.1995.

Nasci como um cabrito ou como um p de milho


6/100

66


7/10077

O destino plantou-me aqui

e arrancou-me daqui.E nunca mais as razes

me seguraram bem em nenhuma terra.


8/100

88

Os pais, Francisco Correia Rocha e Maria da

Conceio Barros, e a irm Maria


9/100

99

Em 1917, aos dez anos, vai para uma casa

apalaada do Porto, habitada por parentes dafamlia.

O pequeno criado ganhava quinze tostes por ms

e dormia num cubculo de campainha cabeceira.

Fardado de branco servia de porteiro, moo derecados, regava o jardim, limpava o p e polia

os metais da escadaria nobre, atendiacampainhas.Foi despedido um ano depois, devido constanteinsubmisso.


10/100

1010

Em 1918 vai para o Seminrio de

Lamego, onde viveu um dos anos

cruciaisda sua vida, tendo melhorado

os conhecimentos de portugus, da

geografia, da histria, aprendido o

latim e ganhado familiaridade com os

textos sagrados .

No fim das frias comunicou ao pai

que no seria padre.


11/100

1111

A grande aventura juvenil

1919

Foi ento enviado, aos dozeanos, para o Brasil (MinasGerais), a fim de trabalharnuma fazenda que pertencia

a um tio.


12/100

1212

Fazenda de Santa Cruz (Minas Gerais)


13/100

1313

Simples mquina de trabalho era o ltimo a deitar-

-me e o primeiro a erguer-me, sem domingos nemdias santos para que a engrenagem funcionasse comperfeio.

Carregar o moinho, mungir as vacas, tratar dos porcos, irbuscar os cavalos da cocheira ao pasto, limp-los e arre-los, rachar lenha, varrer o ptio e atender a freguesia quevinha comprar fumo, cachaa, carne seca, feijo, ou trocargro por fub; ir buscar o correio povoao; fazer aescrita da fazenda, verificar noite se as portas e as janelasestavam bem fechadas.


14/100

1414

Quatro anos decorridos o tio matriculou-ono Ginsio de Leopoldina.


15/100

1515

Em 1925, na convico de que ele havia de

vir a ser doutor em Coimbra, o tio

props-se pagar-lhe os estudos como

recompensa dos cinco anos de servio.


16/100

1616

Crescera por fora e por dentro. Aprendera a

objectivar a vida, embora sempre tivesse

sentido aquele cho como fabuloso e mgicoe aonde pudera ser selvagem e natural.


17/100

1717

Um dos seus ttulos de glria ter passado aadolescncia no Brasil,

o Brasil amei-o eu sempre, foi o

meu segundo bero, sinto-o na

memria, trago-o no pensamento.
http://purl.pt/13860/1/miguel-torga.htm


18/100

1818

De regresso a Portugal, fez em dois anos, os

cinco do primeiro e segundo ciclo do curso

liceal de sete.

No Liceu Jos Falco completou o terceiro

ciclo num s ano, ficando apto a cursar uma

Universidade.


19/100

1919

.

1928 - Adolfo Rocha estudanteuniversitrio da Faculdade deMedicina da Universidade de

Coimbra

A caneta que escreve e a que prescreve

revezam-se harmoniosamente na mesma mo.


20/100

2020

Uma pobre colectnea de

sonetos e canes que

mereceu apenas crticas

reprovativas e Torga nunca

reimprimiu.


21/100


22/100

2222

Foi com

Balada da Morgue

que, verdadeiramenteassinei pacto com

Orfeu.

Presena, 24, Janeiro 1930


23/100

2323

Em 1929, com 22 anos, deu

incio colaborao na revista

Presena,folha de arte ecrtica, com o poemaAltitudes.

A revista, fundada em 1927pelo grupo literrio avanado

de Jos Rgio, Gaspar Simes

e Branquinho da Fonseca, era

bandeira literria do grupo

modernista e era tambm,

bandeira libertriada

Revoluo Modernista.


24/100

2424

Golpe Militar de 1926

A interveno literria, j ento a

entendia Adolfo Rocha, como onico modo de combate

numa ptria que o cemitrio da

prpria lngua.


25/100

2525

Em 1930 rompe definitivamente com a revista

Presena, por razes de discordncia esttica erazes de liberdade humana.


26/100

2626

Adolfo Rocha e

Branquinho da Fonseca

fundam a revista Sinal,

que saiu em Julho de

1930.


27/100

2727

Publica o seu segundo livro em Junho de 1930.


28/100

2828

Em 1931, contista emPo zimo e poeta emTributo, Adolfo Rocha j aparecia a pblico em

edio de autor, como aconteceu comAbismo,no ano seguinte, e como aconteceria pela vida fora.


29/100

2929

Conclui o curso universitrio de medicina em 1933.

Na hora em que esperava merecer da vida a alegria

ntima do triunfo, sinto o medo do avesso qui o

terror fundo que no diz donde vem nem para onde

vai, anotou no dia da formatura. .


30/100

3030

Regressa a S. Martinho de Anta com fama de

revolucionrio.

Perdera definitivamente o lugar

privilegiadono seio da tribo.Estava sem estar.

Mudou-se, para Vila Nova, a meio do ano de 1934,concelho de Miranda do Corvo, distrito de Coimbra.


31/100

3131


A Vida FamiliarA Vida Familiar
http://purl.pt/13860/1/miguel-torga.htmhttp://purl.pt/13860/1/miguel-torga.htm


32/100

3232

Miguel Torga com a meque falece em 1948.


33/100

3333

Avida afectiva. A nica que vale a pena.

Casa com Andre Crabb em 1940, estudante denacionalidade belga - aluna de Estudos Portugueses,ministrados por Vitorino Nemsio em Bruxelas - que viera aPortugal para frequentar um curso de frias na Universidade

de Coimbra.


34/100

3434

Vou tentar ser bom marido,

cumpridor. Mas quero que

saibas, enquanto tempo, queem todas as circunstncias te

troco por um verso.

(A Criao do Mundo, V)


35/100

3535

Miguel Torga e a filha Clara Rocha,nascida em 3 de Outubro de 1955.


36/100

3636Dirio VII


37/100

3737

Apresentao da neta ao av,

que falece algumas semanas depois em 1955.


38/100

3838

Em 27 de Julho de 1990 celebra oscinquenta anos de casado. Os sins de queeu fui capaz contra os nos da vida.


39/100


40/100

4040

Adolfo Correia Rocha

aos 27 anos em 1934,

auto-define-se pelo pseudnimo que criou

Miguel e Torga


41/100

4141

MiguelHomenagem a dois

grandes vultos da

cultura ibrica:

Miguel de Cervantes

e Miguel de Unamuno

Joo Abel Manta


42/100

4242

Torga (Erica lusitanica)

Designao nortenha da urze,

planta brava da montanha,

que deita razes fortes sob a

aridez da rocha,de flor branca,

arroxeada ou cor de vinho.


43/100

4343

A Terceira Voz, em 1934

publicado por Miguel Torga,com prefcio de AdolfoRocha:

Somos irmos e temos a

mesma riqueza: despeo-mede cena e dou a minha

palavra de honra que noreapareo; a minha vozmudou porque o horizonte maior


44/100

4444

Em Janeiro de 1936 funda,

com Albano Nogueira,Manifesto, Revista de Arte e

Crtica:

Procurvamos um caminhode liberdade assumida onde

nem o homem fosse trado,

nem o artista negado, umaarte rebelde enraizada no

circunstancial.


45/100

4545

Afonso Duarte, Alvaro Salema, Bento de

Jesus Caraa, Branquinho da Fonseca,

Joaquim Namorado, Lopes Graa, Paulo

Quintela, Vitorino Nemsio acompanha-

vam-no nessa interveno contrria ao

individualismo presencista, alienado do real(que Eduardo Loureno identificou, em

1957, no Comrcio do Porto, com o artigo

Presena, ou aContra-Revoluo doModernismo Portugus ).

Fernando Pessoa tinha lugar, naquele

primeiro nmero, com o poemaNevoeiro.


46/100

4646

Pode considerar-se Miguel Torga

pioneiro e representante por

antonomsia da escrita diarsticaportuguesa, por ser, juntamente com

Virglio Ferreira, com Conta Corrente,

dos que lhe conferiram maior

significncia. ODirio torguiano, que o

autor publicou ininterruptamente entre

1941 e 1993, retrata o pulsar do autor

sobre o homem, o mundo e a vida, entre

3 de Janeiro de 1932 e 10 de Dezembro

de 1993.


47/100

4747

Morreu Fernando Pessoa. Mal acabei de

ler a notcia no jornal, fechei a porta do

consultrio e meti-me pelos montes a cabo.

Fui chorar com os pinheiros e com as

fragas a morte do nosso maior poeta de

hoje, que Portugal viu passar num caixo

para a eternidade, sem ao menos perguntar

quem era.In Dirio I (3 de Dezembro de 1935)
http://images.google.com/imgres?imgurl=http://br.geocities.com/prosapoesiaecia/pessoa1916.jpg&imgrefurl=http://br.geocities.com/prosapoesiaecia/pessoamestres.htm&h=491&w=374&sz=40&hl=en&start=1&um=1&tbnid=9S9zX1ns7UQz2M:&tbnh=130&tbnw=99&prev=/images%3Fq%3Dfernando%2Bpessoa%26ndsp%3D20%26svnum%3D10%26um%3D1%26hl%3Den%26sa%3DN


48/100

4848

NoDia de Cames de 1948, a propsito do artifcio da

figura de escritor oficial alheio alma colectiva, havia de

sugerir que Pessoa substitusse Cames, vastssimo poeta,mas cristalizado numa poca:


49/100

4949

Fernando Pessoa, culturalmente

considerado, no ser muito mais poeta

nacional deste sculo do que Cames?

Por ser o smbolo da Ptria e por ter envolvido

emblematicamente a glria do poeta. Glria pura

que, como poucas, merecia a graa desse pstumocalor materno. Ningum antes tinha realizado o

milagre de criar de raiz um Portugal feito de versos.


50/100

5050

Cames fez versos a martelo.


51/100

5151

Em 1937 comeou a imprimirA Criao do Mundo,gneseprogressiva, numaconscincia, da imagem da

realidade circunstancial, visode um mundo criado nossamedida, original e nico,

povoado de seres reais que otempo foi transformando em

fantasmas.


52/100

5252

Em 1937, colabora naRevista

de Portugal, de VitorinoNemsio
http://pt.wikipedia.org/wiki/1932http://pt.wikipedia.org/wiki/1932


53/100

5353

Bichos surge em 1940, reeditado poucodepois, tradues sucessivas paravariadssimas lnguas. Animais com sentirhumano ou seres humanos vestidos de

animais. Ou uma irmandade de animais ehomens. Tudo numa argamassa de vida. Oco Nero, o galo Tenrio, o jerico Morgado,o Ladino, o Ramiro. E a Madalena,caminhando na contra mo da contradioentre cultura e vida.


54/100

5454

1931 - Po zimo.

1931 - Criao do Mundo.1934- A Terceira Voz.1937- Os Dois Primeiros Dias.1938 - O Terceiro Dia da Criao do Mundo.1939 - O Quarto Dia da Criao do Mundo.

1940 - Bichos.1941 - Contos da Montanha.1942 - Rua.1943 - O Senhor Ventura.1944- Novos Contos da Montanha.

1945 - Vindima.1951 - Pedras Lavradas1974- O Quinto Dia da Criao do Mundo.1976- Fogo Preso.1981 - O Sexto Dia da Criao do Mundo.1982 - Fbula de Fbulas.

Fico
http://pt.wikipedia.org/wiki/1931http://pt.wikipedia.org/wiki/1931http://pt.wikipedia.org/wiki/1934http://pt.wikipedia.org/wiki/1937http://pt.wikipedia.org/wiki/1938http://pt.wikipedia.org/wiki/1939http://pt.wikipedia.org/wiki/1940http://pt.wikipedia.org/wiki/1941http://pt.wikipedia.org/wiki/1942http://pt.wikipedia.org/wiki/1943http://pt.wikipedia.org/wiki/1944http://pt.wikipedia.org/wiki/1945http://pt.wikipedia.org/wiki/1951http://pt.wikipedia.org/wiki/1974http://pt.wikipedia.org/wiki/1976http://pt.wikipedia.org/wiki/1981http://pt.wikipedia.org/wiki/1982http://pt.wikipedia.org/wiki/1982http://pt.wikipedia.org/wiki/1981http://pt.wikipedia.org/wiki/1976http://pt.wikipedia.org/wiki/1974http://pt.wikipedia.org/wiki/1951http://pt.wikipedia.org/wiki/1945http://pt.wikipedia.org/wiki/1944http://pt.wikipedia.org/wiki/1943http://pt.wikipedia.org/wiki/1942http://pt.wikipedia.org/wiki/1941http://pt.wikipedia.org/wiki/1940http://pt.wikipedia.org/wiki/1939http://pt.wikipedia.org/wiki/1938http://pt.wikipedia.org/wiki/1937http://pt.wikipedia.org/wiki/1934http://pt.wikipedia.org/wiki/1931http://pt.wikipedia.org/wiki/1931


55/100

5555

1928 - Ansiedade.1930 - Rampa.1931 - Tributo.1932 - Abismo.

1936- O Outro Livro de Job.1943 - Lamentao.1944- Libertao.1946- Odes.1948 - Nihil Sibi.1950 - Cntico do Homem.1952 - Alguns Poemas Ibricos.1954- Penas do Purgatrio.1958 - Orfeu Rebelde.1962 - Cmara Ardente.1965 - Poemas Ibricos.

Poesia
http://pt.wikipedia.org/wiki/1928http://pt.wikipedia.org/wiki/1930http://pt.wikipedia.org/wiki/1931http://pt.wikipedia.org/wiki/1932http://pt.wikipedia.org/wiki/1936http://pt.wikipedia.org/wiki/1943http://pt.wikipedia.org/wiki/1944http://pt.wikipedia.org/wiki/1946http://pt.wikipedia.org/wiki/1948http://pt.wikipedia.org/wiki/1950http://pt.wikipedia.org/wiki/1952http://pt.wikipedia.org/wiki/1954http://pt.wikipedia.org/wiki/1958http://pt.wikipedia.org/wiki/1962http://pt.wikipedia.org/wiki/1965http://pt.wikipedia.org/wiki/1965http://pt.wikipedia.org/wiki/1962http://pt.wikipedia.org/wiki/1958http://pt.wikipedia.org/wiki/1954http://pt.wikipedia.org/wiki/1952http://pt.wikipedia.org/wiki/1950http://pt.wikipedia.org/wiki/1948http://pt.wikipedia.org/wiki/1946http://pt.wikipedia.org/wiki/1944http://pt.wikipedia.org/wiki/1943http://pt.wikipedia.org/wiki/1936http://pt.wikipedia.org/wiki/1932http://pt.wikipedia.org/wiki/1931http://pt.wikipedia.org/wiki/1930http://pt.wikipedia.org/wiki/1928


56/100

5656

Peas de Teatro

1941 - "Terra Firme" e "Mar".

1947- Sinfonia.1949 - O Paraso.1950 - Portugal.1955 - Trao de Unio.
http://pt.wikipedia.org/wiki/1941http://pt.wikipedia.org/wiki/1947http://pt.wikipedia.org/wiki/1949http://pt.wikipedia.org/wiki/1950http://pt.wikipedia.org/wiki/1955http://pt.wikipedia.org/wiki/1955http://pt.wikipedia.org/wiki/1950http://pt.wikipedia.org/wiki/1949http://pt.wikipedia.org/wiki/1947http://pt.wikipedia.org/wiki/1941


57/100

5757

Tradues

Livros seus esto traduzidos para diversas lnguas,

algumas vezes publicados com um prefcio seu:espanhol, francs, ingls, alemo, chins, japons,croata, romeno, noruegus, sueco, holands,blgaro.

Prmios


58/100

5858

Prmios1969 - Prmio do Dirio de Notcias.1976 - Prmio Internacional de Poesia de Knokke-Heist.

1980 - Prmio Morgado de Mateus, ex-aecquo com CarlosDrummond de Andrade.

1981 - Prmio Montaigne da Fundao Alem F.V.S.

1989 --lhe imposta a condecorao de Oficial na Ordemdas Artes e Letras da Repblica Francesa.

1989 -Prmio Cames. O s m eus l ei tores mer eciam -no . (Miguel Torga)

1991 - Prmio Personalidade do Ano.1992 - Prmio Vida Literria da Associao Portuguesa de

Escritores.1993 - Prmio da Crtica, consagrando a sua obra.


59/100

5959

Prmio Vida Literria da Associao Portugesa de Escritores1992


60/100

6060

Se existe algum que escreve em portugus e

merece o Nobel Miguel Torga, no eu. Jorge Amado

Foi proposto para o Prmio Nobel em 1960.Sem xito, possivelmente por interferncias do Poder

de ento.

Voltar a ser considerado uns anos mais tarde, no lhe

tendo sido atribudo.


61/100

6161

1 Congresso Internacional de Miguel Torga

organizado pela Universidade Fernando Pessoaem 1994


62/100

6262

Uma literatura que produz, no mesmo sculo,dois vultos do calibre de Pessoa e Torga,

pode considerar-se

uma literatura de excelente sade.

Torrente BallesterIn Entrevista a Miguel Viqueira em 1986


63/100

6363

Hoje

sei apenas gostar

duma nesga de terra

debruada de mar.


64/100

6464


O PolticoO Poltico
http://purl.pt/13860/1/miguel-torga.htmhttp://purl.pt/13860/1/miguel-torga.htm


65/100

6565

A poltica para eles (os polticos)

uma promoo e,

para mim,uma aflio.


66/100

6666

Foi preso vrias vezes devido aos seus escritos,sendo a primeira em 1939, em Aljube.

A PIDE negar-lhe-ia , vrias vezes o pedido de visto

para sair do pas.

Andre Rocha suspensa do seu lugar acadmico,passou a fazer tradues e a ajudar o marido na sua

actividade profissional.


67/100

6767

Na Candidatura do General Humberto Delgado

1958


68/100

6868

Em 1967, assina um manifesto no qual pedida a aprovaode uma lei da Imprensa, a abolio da censura prvia e ainterposio de recurso no caso de apreenso de livros.


69/100

6969

Revoluo de 25 de Abril

Golpe militar. Assim eu acreditasse nos militares.

Estranha revoluo esta que desilude e humilha quem


70/100

7070

Estranha revoluo esta, que desilude e humilha quem

sempre ardentemente a desejou.

Estamos a viver em pleno absurdo, a escrever no livro da

Histria gatafunhos que nenhuma inteligncia poder

decifrar no futuro. Todas as conjecturas tm a mesmaprobabilidade de acerto ou desacerto. Jogamos numa

roleta de loucos, que tanto anda como desanda.O espectculo que damos neste momento o de ummanicmio territorial onde enfermeiros improvisados eatrevidos submetem nove milhes de concidados a umelectrochoque aberrante e desumano.

20 de Junho de 1975


71/100

7171

Sobre a descolonizao escreveria:

Fomos descobrir omundo em caravelas e regressmos

dele emtraineiras.Afanfarronice de uns, a incapacidade de outros e airresponsabilidade detodos deu este resultado: o fimsem a grandeza de uma grande aventura.

Metade dePortugal a ser o remorso da outra metade.


72/100

7272

Primeiras eleies livres em democracia


73/100

7373

Ramalho Eanes torna-se seu amigoe Torga d-lhe um conselho.

Seja srio, mas no se leve a srio.
http://photos1.blogger.com/blogger/5173/210/1600/eanes.1.jpg


74/100

7474

Conheceram-se depois do 25 de Abril,

quando Torga se afirmou como um dos

sustentculos do Partido Socialista nazona de Coimbra.
http://images.google.com/imgres?imgurl=http://en.wikivisual.com/images/b/b7/Ac.soares.jpg&imgrefurl=http://en.wikivisual.com/index.php/List_of_Portuguese_People&h=373&w=269&sz=17&hl=en&start=1&um=1&tbnid=50Q5MQdOTzeXDM:&tbnh=122&tbnw=88&prev=/images%3Fq%3Dtorga%2Be%2Bmario%2Bsoares%26svnum%3D10%26um%3D1%26hl%3Den%26lr%3Dlang_fr%257Clang_pt%26sa%3DN


75/100

7575

Nunca se filiou em partido algum:

ESCUSADO.

NO POSSO TER OUTRO PARTIDOSENO O DA LIBERDADE.

O meu partido o mapa de Portugal

Em Outubro de 1983 Samora Machel


76/100

7676

Em Outubro de 1983, Samora Machel,

Presidente de Moambique, visita

oficialmente Portugal.

Apresentados em Coimbra, Miguel

Torga fez questo de mostrar-lhe a

regio duriense percorrida de

helicptero na companhia do Presidenteportugus, em conversa fraterna acerca

das duas ptrias e da indissolubilidade

dos seus destinos.No dirio de 20 de Outubro de 1986

lamentaria o fim trgico e prematuro

daquela vida agitada e carismtica.


77/100

7777

Entrada de Portugal em 12 de Junho de 1985

no Mercado Comum

No apoia nem tem a mnima simpatia pela Unio Europeia.

Ela ofende o seu esprito patritico e o seu ideal de Ptria.Insurge-se contra a ideia dasubservincia s ordens de uma

Europa sem valores, incapaz de entender um povo que nela

sempre os teve... o repdio de um poeta portugus pela

irresponsabilidade com que meia dzia de contabilistas lhe

alienaram a soberania (...) e Maastricht h-de ser uma ndoa

indelvel na memria da Europa.


78/100

7878

tambm contra a regionalizao:

O mundo a braos com o drama das diversidadese ns, que h oitocentos anos temos a unidadenacional no territrio, na lngua, nos costumes ena religio, vamos desmioladamente destru-la?


79/100

7979


As ViagensAs Viagens


80/100


81/100

8181

Em Istambul em 1953


82/100

8282

Em 1954, No Centro Transmontano de S. Paulo (Brasil)


83/100


84/100

8484

No Mxico em 1983.

L, como c, um quadro no muda um homem. Mas um verso sim.


85/100

8585

Em Abril de 1987, no processo deassinatura da transmisso a curto

prazo da soberania de Macau,

Miguel Torga aceita falar nacelebrao do

Dia de Cames naquele

recanto da ptria, ltimos confins de

Portugal.

Macau, Gruta de Cames


86/100

8686

Em Hong-Kong

Em busca da presena portuguesa da qual s restam


87/100

8787

Em Goa

igrejas e baluartes


88/100

8888

Em 19 de Novembro de 1986, declama oitenta poemas paraEm 19 de Novembro de 1986, declama oitenta poemas parao disco comemorativo dos seus oitenta anos de vida queo disco comemorativo dos seus oitenta anos de vida que

sau a pblico em 30 de Junho do ano seguintesau a pblico em 30 de Junho do ano seguinte..


89/100

8989


Para os OutrosPara os Outros

Miguel Torga


90/100

9090

um poeta em que um pas se diz.Sophia de Mello Breyner Andresen

Torga podia escrever e publicar sem parar,mas ia construindo, ao mesmo tempo,

um dos monlogos mais radicais

de toda a poesia portuguesaEduardo Loureno

Reencarnao de um poeta mtico por excelncia

- daqueles que vive na intimidade das foras elementares(a terra, o sol, o vento, a gua)

para celebr-las com o seu canto.David Mouro Ferreira


91/100


92/100

9292

Nem sempre escrevi que sou

intransigente, duro, capaz de umalgica que toca a desumanidade.

[...] Nem sempre admiti que estava

irritado com este camarada eaquele amigo. [...] A desgraa que

no me deixam estar s, pensar s,

sentir s.


93/100

9393

O HOMEM ,por desgraa, uma solido:

Nascemos ss, vivemos ss emorremos ss.
http://purl.pt/13860/1/zoom-torga_y_189_t0.htm


94/100

A Morte
http://purl.pt/13860/1/zoom-torga_campa.htm


95/100

9595

E o Poeta morreu.

A sombra do cipreste pde enfim

Abraar o cipreste.O torro

Caiu desfeito ao cho

Da aventura celeste.

Nenhum tormento mais, nenhuma imagem

(No caixo, ningum podeFantasiar).

Pronto para a viagem

De acabar.

S no ouvido dos versos,

Onde a seiva no corre,Uma rima perdura

A dizer com brandura

Que um Poeta no morre.

Em 17 de Janeiro de 1995morrem o mdico Adolfo Rochae o poeta Miguel Torga. Ambosrepousam, sob uma nica lage,em campa rasa no cemitrio deS. Martinho de Anta.
http://purl.pt/13860/1/zoom-torga_campa.htmhttp://purl.pt/13860/1/zoom-torga_campa.htmhttp://purl.pt/13860/1/zoom-torga_campa.htm


96/100

9696

Grande parte deste diaporama foi construdo a partir do livro Fotobiografias

publicado pela sua filha Clara Rocha


97/100

9797

publicado pela sua filha, Clara Rocha.


99/100


100/100

DiaporamaConcepo e pesquisa

de

Vitlia Rodriguese Lus Aguilar

Dezembro de 2007

20 5 miguel torga gf

Documents