200+ da arquitetura brasileira

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Belo Horizonte Curitiba Brasília Cuiabá Fortaleza Manaus Natal Porto Alegre Recife Rio de Janeiro Salvador São Paulo [Org.] Andre Deak e Felipe Lavignatti

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Um guia / catálogo com 200 obras e profissionais representativos da arquitetura de cada uma das regiões do país (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste), com informações sobre dados históricos, matrizes étnicas, influências estéticas e culturais, curiosidades e processos criativos, materiais peculiares da região utilizados nos projetos arquitetônicos e na configuração urbanística, entre outros, apresentado em um conjunto de ferramentas transmidiáticas (website com mapa e informações georreferenciadas, aplicativo para aparelhos móveis, guia impresso, exposição itinerante, totem multimídia) capaz de apresentar ao público tanto o que já é reconhecido e consagrado quanto o que é tendência. Parte do projeto www.architech.org.br

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Page 1: 200+ da arquitetura brasileira

O livro 200+ da arquitetura brasileira apresenta um recorte específico e um panorama da arquitetura brasileira em 12 cidades, com foco nas obras mais importantes, passando por diversos períodos e escolas.

O que se encontrará neste volume são

200 obras de arquitetura brasileira,

das mais variadas épocas, dos mais

variados autores, com as mais variadas

técnicas construtivas. São trabalhos cheios

de significado, de simbologias, carregadas

de história e de contemporaneidade.

Valter CaldanaProfessor da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Belo Horizonte

Curitiba

Brasília

Cuiabá

Fortaleza

Manaus

Natal

Porto Alegre

Recife

Rio de Janeiro

Salvador

São Paulo

[Org.] Andre Deak e Felipe Lavignatti

200+

da arquitetura brasileira

Page 2: 200+ da arquitetura brasileira

Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Deak, Andre 200 + arquitetura brasileira / organizadores, Andre Deak e Felipe Lavignattti . -- 1. ed. -- São Paulo : Editora Olhares, 2014.

1. Arquitetura 2. Arquitetura - Brasil 3. Arquitetura - Brasil - História I. Deak, Andre. II. Lavignatti, Felipe.

ISBN 978-85-62114-37-3

14-06270 CDD-720.981

Índices para catálogo sistemático:1. Arquitetura brasileira : História 720.981

2. Brasil : Arquitetura 720.981

BELO HORIZONTEBRASÍLIA

CUIABÁCURITIBA

FORTALEZAMANAUS

NATALPORTO ALEGRE

RECIFERIO DE JANEIRO

SALVADORSÃO PAULO

818323846525860707494102

Page 3: 200+ da arquitetura brasileira

São Paulo 2014

[Org.] Andre Deak e Felipe Lavignatti

Page 4: 200+ da arquitetura brasileira

Isto se dá, como dizia Lúcio Costa, criador de Brasília e decano dos arquitetos e urbanistas brasileiros, certamente, por que a Arquitetura é parte fundamental da criação artística, é uma manifestação de vida, sendo uma espécie de “álbum de família” da humanidade. É através de seu conhecimento que podemos lembrar atos e fatos, entender costumes, podemos entender cultu-ras, podemos avaliar a capacidade de um povo, de uma cultura, em um dado momento histórico.

A Arquitetura pode, afinal, ser entendida como a expressão da capacidade do Homem de trans-formar sua realidade a partir de seu desejo e de sua opinião através da construção dos espaços do viver. Neste sentido a Arquitetura é invenção e patrimônio do Homem, testemunho vivo de sua capacidade empreendedora.

O que se encontrará neste volume são 200 obras de arquitetura brasileira, das mais variadas épocas, dos mais variados autores, com as mais variadas técnicas construtivas. São 200 obras cheias de significado, de simbologias, carregadas de história e de contemporaneidade.

Da Casa de José de Alencar em Fortaleza ao Edifício Pauliceia em São Paulo, da Praça da Alfân-dega em Porto Alegre ao Teatro Municipal em Manaus, estão registradas fotograficamente obras que compõem o cotidiano e constroem a identidade de cada uma destas cidades.

Uma das características mais importantes deste trabalho, que é acompanhado por um site e uma exposição, talvez seja o fato de que o seu grande critério de elaboração e seleção das obras e dos arquitetos foi a diversidade. Alargando o recorte temporal e espacial, indo muito além dos períodos e dos eixos econômicos e culturais mais conhecidos do Brasil, aqui e no exterior, o resultado obtido é uma mostra ampla e generosa, que permitirá ao leitor descobrir aspectos identificadores das riquezas de cada uma das cidades sede.

E, como se sabe, descobrir a cidade é, na verdade, uma das melhores formas de descobrir-se a si mesmo.

Valter Caldana

Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Viajar. Um sonho, um prazer, um desejo atávico da humanidade e uma possibilidade cada vez mais próxima de todos.

Todo viajante, seja qual for o motivo ou o meio pelo qual viaja, tem sempre algo em comum: ele está em busca de conhecer. São três os elementos através dos quais este viajante se liga à nova realidade que está vivenciando e que estabelecem as possibilidades de comparação e aprendi-zado: os costumes, a culinária e a paisagem.

Basta uma simples verificação em nossas experiências de viagem, e logo verificamos que es-tamos sempre atrás destes três elementos: observamos, comemos e contemplamos. E, deste modo, temos a sensação inenarrável de ter tomado posse, de ter conquistado, de ter desvenda-do. Qualquer relato de amigos ou familiares, ou qualquer sessão de fotos de viagem dos entes queridos nos colocam diante deste fato.

Há muitas formas de viajar. Talvez a mais singela e transcendente seja viajar através da leitura, através dos livros. É através da leitura que descobrimos novos mundos, que definimos novos caminhos, que exercitamos nossa capacidade de imaginar, de inventar, de viver intensamente. Se um bom livro não substitui uma viagem real ele pode, no mínimo, desvendar os mistérios que nela seriam, ou serão, encontrados.

Assim é este livro. Uma grande viagem pelo Brasil. Organizado pela equipe do Arte Fora do Mu-seu, que já vem desenvolvendo um trabalho de grande importância com relação à difusão maciça da cidade enquanto plataforma e suporte da História e da Cultura, indelevelmente associada à qualidade de vida do cidadão, o que se encontra aqui é o resultado de uma grande pesquisa realizada em doze capitais brasileiras.

E, se é verdade que viajamos para conhecer costumes, culinária e paisagem, este livro se dedica a um dos elementos mais significativos desta última, a Arquitetura. Quem vai a Atenas sem ver o Parthenon, a Paris sem ver a Torre Eiffel, a Londres sem ver o Big Ben? Quem vai a qualquer cidade sem ver o que ela oferece de importante e interessante do ponto de vista da Arquitetura e Urbanismo?

Uma viagem pelo Brasil

Page 5: 200+ da arquitetura brasileira

Belo Horizonte

BrasíliaCuiabá

Curitiba

FortalezaManaus

Natal

Porto Alegre

Recife

Rio de Janeiro

Salvador

São Paulo

O livro 200+ da arquitetura brasileira é um registro da pesquisa realizada pelo projeto Architech e fruto do que estivemos realizando nos últimos anos com a iniciativa de valorização da arte nos espaços públicos chamada Arte Fora do Museu (arteforadomuseu.com.br). Lá, mapeamos deze-nas de cidades em diversos países em busca de grafites, esculturas, murais e arquiteturas. Aqui, fizemos um recorte específico e um panorama da arquitetura brasileira em 12 cidades, com foco nas obras mais importantes, passando por diversos períodos e escolas.

Toda lista que se preze gera debates sobre justiças e injustiças entre os escolhidos. Essa não é diferente. Escolher apenas 200 obras no meio da rica produção encontrada no Brasil foi uma ta-refa difícil e sabemos que algumas obras significativas ficaram de fora, como a arquitetura barroca das cidades históricas mineiras, a fortaleza e a ponte emblemática em Florianópolis, a arquitetura alemã no sul do país, para ficarmos em apenas alguns exemplos. Listas são assim, provocativas. Nos concentramos em 12 cidades para abranger este número retratado aqui. Mas não é uma lista fechada, claro. Em nosso site você pode conferir bem mais que essas 200 obras e pode ainda sugerir alguma que não foi contemplada.

Como todos os trabalhos que desenvolvemos no Liquid Media Laab, acreditamos na inteligência coletiva e no conhecimento livre. Na prática, significa que preferimos trabalhar com indivíduos, coletivos ou empresas independentes, privilegiando assim os saberes e as economias locais (na quase totalidade dos casos, as fotografias são de profissionais das cidades em que estão as obras). Também escolhemos licenças livres, abertas, para que outras pessoas possam se apropriar deste conhecimento – sobretudo quando se trata de um trabalho realizado com verba pública.

Assim, todo o conteúdo do livro está disponível também online, gratuitamente, com permissão de reuso e remix, desde que o crédito seja devidamente reconhecido. Tudo está sob a licença creative commons zero international (domínio público). Acreditamos que a produção em rede e a generosidade intelectual são modelos de negócio possíveis. Cooperação em vez de concorrência. Produções descentralizadas e distribuídas, em vez de monopólios ou grandes corporações. Com-partilhar, em vez de manter.

O Architech também procura desenvolver um conceito transmídia de produção e distribuição: este livro é parte complementar de um site, uma exposição multimídia e apps para navegação em aparelhos móveis.

Saiba mais emarchitech.org.br | arteforadomuseu.com.br | liquidmedialaab.com

Page 6: 200+ da arquitetura brasileira

Porto Alegre Praça da Alfândega 61 / Mercado Público Municipal 62 / Chalé da Praça XV 62 / Confeitaria Rocco 63 / Casa de Cultura Mario Quintana 63 / Palácio Piratini 64 / Centro Cultural Usina do Gasômetro 64 / Cine Theatro Capitólio 65 / Santander Cultural 65 / Parque da Redenção 66 / Edifício Floragê 66 / Palácio da Justiça 67 / Estádio José Pinheiro Borda (Estádio Beira-Rio) 67 / Residência Leo Dexheimer 68 / Centro Administrativo do Estado 68 / Anfiteatro Pôr do Sol 69 / Fundação Iberê Camargo 69

Recife Mercado S. José 71 / Edifício Califórnia 71 / Edifício Holiday 72 / Edifício Acaiaca 72 / Parque Dona Lindu 73 / Itaipava Arena Pernambuco 73

Rio de Janeiro Museu Histórico Nacional 75 / Paço Imperial 76 / Museu Nacional/UFRJ 76 / Estádio do Maracanã / Teatro Carlos Gomes 77 / Ilha Fiscal 77 / Museu Nacional de Belas Artes 78 / Theatro Municipal 78 / Cine Odeon 79 / Edifício A Noite 79 / Edifício sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) 80 / Edifício Gustavo Capanema (Ministério da Educação e Saúde) 80 / Sede do Banco Boavista 81 / Conjunto Habitacional Pedregulho 81 / Edifício Seguradoras 82 / Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã) 82 / Museu de Arte Moderna (MAM) 83 / Parque Eduardo Guinle 84 / Sede do Jockey Clube do Brasil 84 / Banco Aliança 85 / Hospital da Lagoa 85 / Edifício Avenida Central 86 / Banco do Estado da Guanabara 86 / Edifício Manchete 87 / Sede da Petrobras 87 / Paisagismo da Praia de Copacabana (Avenida Atlântica) 88 / Sede do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) 89 / Centro Cândido Mendes 89 / Sambódromo da Marquês de Sapucaí 90 / Edifício Rio Branco 1 90 / Museu de Arte Contemporânea de Niterói 91 / Torre Almirante 91 / Hospital Sarah Kubitschek 92 / Cidade das Artes 93 / Museu de Arte do Rio (MAR) 93

Salvador Catedral Basílica de Salvador 95 / Paço Municipal 95 / Solar do Unhão 96 / Pelourinho 96 / Igreja e Convento de São Francisco 97 / Elevador Lacerda 97 / Edifício A Tarde 98 / Instituto do Cacau 98 / Estação de Hidroaviões 99 / Edifício Oceania 99 / Teatro Castro Alves 100 / Edifício Suerdieck 100 / Edifício Jequitaia 101 / Complexo Esportivo Cultural / Octávio Mangabeira (Arena Fonte Nova) 101

São Paulo São Paulo Igreja Nossa Senhora da Boa Morte 103 / Estação da Luz 104 / Edifício Vila Penteado (FAU-Maranhão) 104 / Pinacoteca 105 / Theatro Municipal 105 / Casa Modernista 106 / Casa Modernista 106 / Mercado Municipal 107 / Edifício Júlio Prestes 108 / Vila América 108 / Edifício do Antigo Banco de São Paulo 109 / Jockey Club de São Paulo 109 / Edifício Biológico 110 / Edifício Louveira 110 / Edifício Altino Arantes (Edifício do Banespa ou Banespão) 111 / Casa de Vidro 111 / Fundação Maria Luiza e Oscar Americano 112 / Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega (Palácio das Nações, Museu Afro Brasil) 112 / Edifício Montreal 113 / Edifício Triângulo 113 / Edifício Califórnia 114 / Edifício Eiffel 114 / Conjunto Nacional 115 / Edifício Pauliceia 115 / Pavilhão Ciccillo Matarazzo (Bienal) 116 / Planetário Aristóteles Orsini 116 / Edifício Lausanne 117 / Edifício Bretagne 117 / Shopping Center Grandes Galerias (Galeria do Rock) 118 / Edifício Sul-Americano 118 / Edifício Copan 119 / Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) 120 / Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) 120 / Casa Bola 121 / Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) 121 / Sesc Pompeia 122 / Centro Cultural São Paulo 122 / Memorial da América Latina 123 / Museu Brasileiro da Escultura (MuBE) 123 / Marquise da Galeria Prestes Maia 124 / Hotel Unique 124 / Auditório Ibirapuera 125 / Praça das Artes 126 / Edifício 360º 126 / Biblioteca Brasiliana 127 / Arena Corinthians 127

Belo Horizonte Museu Mineiro 9 / Praça da Liberdade 10 / Tribunal de Justiça 10 / Centro de Cultura de Belo Horizonte 11 / Igreja Nossa Senhora de Lourdes 11 / Automóvel Clube 12 / Casa do Baile 12 / Museu de Arte da Pampulha (Cassino da Pampulha) 13 / Complexo Arquitetônico da Pampulha 13 / Iate Clube da Pampulha 14 / Igreja da Pampulha 14 / Edifício Niemeyer 15 / Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa 16 / Estádio Governador Magalhães Pinto (Estádio Mineirão) 16 / Conjunto Governador Kubitschek 17 / Cidade Administrativa de Minas Gerais 17

Brasília Igrejinha Nossa Senhora de Fátima 19 / Plano Piloto 20 / Esplanada dos Ministérios (Eixo Monumental) 20 / Palácio do Planalto 21 / Congresso Nacional 21 / Cine Brasília 22 / Superquadras 22 / Rodoviária 23 / Torre de Televisão 23 / Teatro Nacional Cláudio Santoro 24 / Complexo Conic 24 / Catedral de Brasília 25 / Palácio Itamaraty 25 / Estádio Nacional Mané Garrincha 26 / Rodoferroviária 26 / Centro de Convenções Ulysses Guimarães 27 / Memorial JK 27 / Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves 28 / Templo da Boa Vontade 28 / Memorial dos Povos Indígenas 29 / Espaço Lúcio Costa 29 / Centro Cultural Banco do Brasil 30 / Sede da Procuradoria Geral da República 30 / Ponte Juscelino Kubitschek 31 / Museu Nacional 31

Cuiabá Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito 33 / Igreja do Nosso Senhor dos Passos 34 / Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (sobrado do Alferes Joaquim Moura) 34 / Arsenal de Guerra 35 / Museu do Rio Cuiabá 35 / Palácio da Instrução 36 / Museu Rondon 36 / Catedral Metropolitana 37 / Arena Pantanal 37

Curitiba Largo da Ordem 39 / Arcadas de São Francisco 40 / Casa Vermelha 40 / Palácio Garibaldi 41 / Paço da Liberdade 41 / Hospital São Lucas 42 / Memorial Árabe 42 / Jardim Botânico 43 / Ópera de Arame 43 / Palácio Hyogo 44 / Memorial da Cidade 44 / Estádio Joaquim Américo Guimarães (Arena da Baixada) 45 / Museu Oscar Niemeyer 45

Fortaleza Mercado Central de Fortaleza 47 / Casa de José de Alencar 48 / Estação João Felipe 48 / Theatro José de Alencar 49 / Ponte dos Ingleses 49 / Estádio Governador Plácido Castelo (Arena Castelão) 50 / TV Manchete Fortaleza 50 / Centro Dragão do Mar Arte e Cultura 51

Manaus Paço da Liberdade (Paço Municipal) 53 / Igreja da Matriz 54 / Mercado Municipal Adolpho Lisboa 54 / Teatro Amazonas 55 / Palácio da Justiça 55 / Palácio do Rio Negro 56 / Alfândega e Guardamoria 56 / Centro Cultural Usina Chaminé 57 / Arena da Amazônia 57

Natal Ponte Newton Navarro 58 / Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte 59 / Arena das Dunas 59

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Implementado em um prédio histórico onde funcionou o Senado mineiro, o museu retrata a arquitetura predominante na fundação de Belo Horizonte, exemplificando o estilo eclético com elementos neoclássicos.

Museu Mineiro

1895

Comissão Construtora de Belo Horizonte

Av. João Pinheiro, 342

Funcionários

#ecletismo

Belo Horizonte começou a ser desenhada a partir do século XIX com um projeto moderno para ser a nova capital de Minas Gerais. O objetivo era fazer um modelo contemporâneo e eclético que, ao mesmo tempo, tivesse toques dos estilos neoclássico, neorromânico e neogótico.

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Exemplar da arquitetura neogótica, inspirada no gótico tardio português, conhecido como estilo manuelino, o centenário Centro de Cultura de Belo Horizonte abriga biblioteca e coleções de objetos variados.

Concluída em 1923, a construção em estilo neogótico é composta por inúmeros detalhes que só podem ser notados de perto. Um dos principais cartões postais da cidade, foi considerada Basílica em 1958, por ato do Papa Pio XII.

Centro de Cultura de Belo Horizonte

Igreja Nossa Senhora de Lourdes

1914

Luiz Signorelli

Rua da Bahia, 1.149

Lourdes

#neogótico

1923

Clarentino Echarri

Rua da Bahia, 1.596

Lourdes

#neogótico

Projetada com a finalidade de se tornar o centro do poder executivo de Minas Gerais, a Praça da Liberdade começou a ser construída em 1895, englobando o Palácio do Governo e as Secretarias do Estado. Ao longo das décadas, a Praça incorporou prédios com estilos arquitetônicos variados, como o Edifício Niemeyer e a Biblioteca Pública, ambos de Oscar Niemeyer, além do Palácio Cristo Rei, em art déco, e do pós-moderno Rainha da Sucata.

Erguido em 1911, o edifício conta com arquitetura eclética sob influência neoclássica. Na fachada, frisos em baixo-relevo, feitos pelo escultor suíço-italiano João Morandi, representam alegorias à Justiça Romana.

Praça da Liberdade Tribunal de Justiça

1895-97 / 2010

Paul Villon

Praça da Liberdade

Funcionários

#ecletismo

1911

Rafael Rebecchi, José Dantas e Júlio Pinto

Av. Afonso Pena, 1.420

Centro

#ecletismo

Page 9: 200+ da arquitetura brasileira

1312

Com arquitetura influenciada pelo estilo de Le Corbusier, especialmente a fachada em vidro, destaca-se pelo salão de pé-direito duplo e pela construção sobre pilotis. O edifício é organizado em três blocos, todos interconectados. O cassino funcionou até 1946, quando o general Gaspar Dutra proibiu o jogo em todo o território nacional. A partir de 1957, passou a funcionar como Museu de Arte.

Construído durante o governo do então prefeito Juscelino Kubitschek, o projeto inaugura a modernidade arquitetônica em Belo Horizonte, com o objetivo de urbanizar a Pampulha. Para sua construção, JK convidou o jovem arquiteto Oscar Niemeyer e contou com a colaboração do paisagista Burle Marx, do pintor Cândido Portinari e dos escultores Alfredo Ceschiatti, Zamoiski e José Pedrosa. Instalado em uma área balizada por um lago artificial, o Complexo Arquitetônico da Pampulha é reconhecido mundialmente por sua arquitetura moderna. Seus principais monumentos são o Cassino (1942), a Casa do Baile (1942), o Iate Clube (1943) e a Igreja São Francisco de Assis (1944).

Museu de Arte da Pampulha (antigo Cassino da Pampulha)

Complexo Arquitetônico da Pampulha

1942

Oscar Niemeyer

Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585

Pampulha

#modernismo

1943

Oscar Niemeyer

Av. Otacílio Negrão de Lima, s/nº

Pampulha

#modernismo

Assinado por Luiz Signorelli, um dos mais importantes arquitetos atuantes na capital mineira na primeira metade do século XX, é considerado um dos prédios mais luxuosos da cidade, expressando o clima glamoroso vivido pela emergente sociedade da época.

Uma das atrações do Complexo Arquitetônico da Pampulha, a Casa do Baile foi implantada em uma pequena ilha às margens do lago, sendo seu acesso feito por meio de uma ponte de pedestres. Embora a forma livre não tenha sido uma novidade quando foi construída, a laje horizontal em concreto armado, disposta em linhas curvas sobre um espaço aberto, é considerada uma inovação de Oscar Niemeyer.

Automóvel Clube Casa do Baile

1929

Luiz Signorelli

Av. Afonso Pena, 1.934

Centro

#ecletismo

1942

Oscar Niemeyer

Av. Otacílio Negrão de Lima, 751

Pampulha

#modernismo

Page 10: 200+ da arquitetura brasileira

1514

Em estilo moderno, o projeto é famoso pelas curvas sinuosas, atribuídas à influência do barroco mineiro, remetendo-se à geografia serrana da região, mas aproximando-se também do expressionismo de Mendelssohn. Foi erguido uma década depois das obras do Complexo Arquitetônico da Pampulha.

Edifício Niemeyer

1954

Oscar Niemeyer

Praça da Liberdade, 01

Funcionários

#modernismo

A pequena capela com coro é considerada marco da arquitetura moderna brasileira, tendo sido a primeira vez que uma abóbada parabólica de concreto foi aplicada em um edifício sacro. Entretanto, o projeto escandalizou os conservadores da época, demorando anos para que as autoridades eclesiásticas permitissem a consagração da capela, devido à forma inusitada e às polêmicas em torno do painel de Cândido Portinari.

Iate Clube da Pampulha

Igreja da Pampulha (Igreja São Francisco de Assis)

Construído sobre pilotis, o projeto faz parte do Complexo Arquitetônico da Pampulha. A arquitetura se estende sobre a lagoa, com sala de estar, salão de dança e terraço no segundo pavimento, criando uma base suave para a cobertura em “V”. Os jardins são de autoria do paisagista Roberto Burle Marx.

1944

Oscar Niemeyer

Av. Otacílio Negrão de Lima, 3.000

Pampulha

#modernismo

1943

Oscar Niemeyer

Av. Otacílio Negrão de Lima, 1.350

Pampulha

#modernismo

Page 11: 200+ da arquitetura brasileira

1716

Conhecido popularmente como JK, foi construído com a intenção de assinalar a gestão de Juscelino Kubitschek e tornar-se um marco de identidade da capital mineira, por suas dimensões e inúmeras atividades que abrigaria. A inspiração de Oscar Niemeyer para o projeto foi a Unité d’Habitation, de Le Corbusier. O projeto original previa o funcionamento de um museu de arte moderna, repartições públicas e residências, além de comércio e serviços. Para facilitar o trânsito dos moradores, uma grande área de lazer seria instalada dentro das dependências do prédio.

Conjunto Governador Kubitschek

1970

Oscar Niemeyer

Rua dos Timbiras, 2.500

Santo Agostinho

#modernismo

2010

Oscar Niemeyer

Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/nº

#modernismo

Localizada na região norte de Belo Horizonte, a Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves foi criada com a intenção de centralizar as secretarias e demais órgãos do Governo Estadual, que antes estavam distribuídos em 53 endereços. Tratando-se de um projeto de Oscar Niemeyer, o complexo acabou se tornando um ponto turístico da capital. Todos os materiais são originários do próprio estado: ferro, cimento, areia e pedra.

Cidade Administrativa de Minas Gerais

Batizada oficialmente de Estádio Governador Magalhães Pinto, a arena multiuso recebeu status de emblema para a engenharia nacional graças aos inúmeros exemplos de evolução na construção civil. Na recente modernização do Mineirão, foram construídos cobertura, vestiários, novas arquibancadas, estacionamentos e esplanada. Foi reinaugurado em 2013, com 64,5 mil lugares.

Estádio Governador Magalhães Pinto

(Estádio Mineirão)

1965

Eduardo Mendes Guimarães e; BCMF,

Gaspar Pezzuti (original)

GPA&A, GMP (reforma)

Avenida Antônio Abrahão Caram, 1.001

Pampulha

#modernismo

1961

Oscar Niemeyer

Praça da Liberdade, 21

Funcionários

#modernismo

Principal biblioteca pública de Belo Horizonte, o edifício é um projeto em que várias soluções previstas não foram construídas. Destaque para a fachada curva, que acompanha o encontro do espaço aberto com a diagonal.

Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa

Page 12: 200+ da arquitetura brasileira

1918

Primeiro templo em alvenaria erguido em Brasília, a igreja é resultado de uma promessa feita pela primeira-dama Sarah Kubitschek, que pedia a cura de sua filha. Após a pedra fundamental em 26 de outubro de 1957, ela foi construída em cem dias. A arquitetura faz referência a um chapéu de freiras.

Igrejinha Nossa Senhora de Fátima

1958

Oscar Niemeyer

Conjunto D, Sgas 906

Asa Sul

#modernismo

Falar em arquitetura moderna brasileira sem citar a cidade de Brasília é um lapso imperdoável. Ela é a síntese de tal movimento e em sua concepção se encontram todos os princípios que norteiam os ideais de uma cidade moderna. Não somente na arquitetura de seus edifícios, mas também em sua organização espacial. Desde 1987, a cidade tornou-se Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, título concedido pela Unesco.

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Page 13: 200+ da arquitetura brasileira

2120

É onde está localizado o Gabinete Presidencial do Brasil. O prédio de quatro andares contém as marcas registradas de Oscar Niemeyer, com linhas curvas e retas, como também traços horizontais. As colunas exploram a leveza arquitetônica do projeto.

Inserido no meio da principal avenida da capital – o Eixo Monumental –, o Congresso ocupa também outros edifícios vizinhos. Uma passarela une os prédios do Anexo I da Câmara e do Senado. Com o formato da letra H, ele faz uma referência às preocupações daqueles que representam a população: homem, honra e honestidade. A obra com teto convexo pertence à Câmara dos Deputados, enquanto a construção côncava é do Senado.

Palácio do Planalto

Congresso Nacional

1960

Oscar Niemeyer

Praça dos Três Poderes

#modernismo

1960

Oscar Niemeyer

Praça dos Três Poderes

#modernismo

Vencedor do concurso para o projeto urbanístico de Brasília, promovido em 1957, o Plano Piloto leva a assinatura do arquiteto urbanista Lúcio Costa. Embora sua forma seja comparada a de um avião, foi inspirada no sinal da cruz. O traçado do Plano Piloto está disposto em dois eixos perpendiculares, abraçados pelo lago artificial Paranoá e por uma grande mancha verde.

Os 17 prédios desenhados para abrigar os ministérios na nova capital distribuem-se harmoniosamente ao longo do Eixo Monumental. Conhecida também como “corpo do avião” pelo desenho do Plano Piloto, a Esplanada dos Ministérios liga a Rodoferroviária de Brasília à Praça dos Três Poderes.

Plano Piloto

Esplanada dos Ministérios (Eixo Monumental)

1960

Oscar Niemeyer

Eixo Monumental, s/nº

#modernismo

1960

Lúcio Costa

Plano Piloto

#modernismo

Page 14: 200+ da arquitetura brasileira

2322

Rodoviária Torre de Televisão

Projetada no ponto de cruzamento entre os eixos Rodoviário (Norte-Sul) e Monumental (Leste-Oeste), a rodoviária foi idealizada como centro urbano de Brasília. Atualmente, é o principal terminal de ônibus urbanos do Distrito Federal, recebendo cerca de 700 mil passageiros por dia. Conta também com linhas interurbanas de municípios vizinhos em Goiás. Em 2001, foi inaugurada, em seu subsolo, a Estação Central do Metrô de Brasília.

Este projeto alia o lazer à funcionalidade, cedendo o espaço ao redor a uma tradicional feira de artesanato e à Fonte Luminosa. Do alto do mirante, a 75 m do chão, é possível observar a Esplanada dos Ministérios e admirar o projeto arquitetônico e urbanístico de Brasília. Em frente à torre de 224 m, uma escultura do artista plástico Alexandre Wakenwith ornamenta o local.

1965

Lúcio Costa

Eixo Monumental

#modernismo

1960

Lúcio Costa

Smas, trecho 4, conjunto 5/6

Asa Sul

#modernismo

Cine Brasília Superquadras

Inaugurada em 22 de abril de 1960, durante a comemoração da transferência da capital brasileira, é até hoje a sala de exibição sede do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Atualmente, o Cine Brasília tem capacidade para 607 espectadores.

As Superquadras são quarteirões com lados idênticos de aproximadamente 280 m, compostas por blocos verticais de quatro e sete andares, sustentados por pilotis que favorecem sua integração com o espaço externo.

1960

Lúcio Costa

SQS

Asa Sul

#modernismo

1960

Oscar Niemeyer

EQS 106/107

Asa Sul

#modernismo

Page 15: 200+ da arquitetura brasileira

2524

Catedral de Brasília

Palácio Itamaraty

Trata-se do primeiro monumento a ser criado em Brasília: sua pedra fundamental foi lançada em 1958, embora tenha sido inaugurada apenas em 1970. A forma circular garante que apresente o mesmo apuro estético visto sob qualquer ângulo. O teto do batistério remete a uma hóstia (pão) e a base, a um cálice do vinho.

Sede do Ministério das Relações Exteriores, possui o maior hall sem colunas do mundo, com área de 2.800 m2. Sua decoração une o antigo e o contemporâneo, mantendo a harmonia entre os estilos. No espaço ao redor do edifício, a escultura Meteoro, de Bruno Giorgio, ornamenta o espelho d’água. Com desenho de Oscar Niemeyer, a cobertura é sustentada por colunas externas, enquanto colunas internas sustentam as lajes de piso.

1970

Oscar Niemeyer

Esplanada dos Ministérios, Bloco H

Eixo Monumental

#modernismo

1970

Oscar Niemeyer

Esplanada dos Ministérios

Lote 12

#modernismo

Teatro Nacional Cláudio Santoro

Complexo Conic

A estrutura em formato de pirâmide irregular segue o critério de simplicidade e liberdade plástica. A fachada é ornamentada por uma composição de cubos e retângulos assinados por Athos Bulcão. O teatro é composto por três salas de espetáculos e há muitas obras de arte em seu interior. Foi reinaugurado em 1981, após reforma.

Localizado no Setor de Diversões Sul, é considerado o setor mais democraticamente diversificado da cidade, com comércio variado e de caráter popular. Igrejas, boates, sala de teatro, cinema, bares, sindicatos e lojas ocupam seus espaços. O nome deriva da construtora responsável pelos primeiros edifícios do setor, nos anos 1960.

1967

Lúcio Costa

SDS, Bloco A

Asa Sul

#modernismo

1966

Oscar Niemeyer

Setor Cultural Norte

Via N2

#modernismo

Page 16: 200+ da arquitetura brasileira

2726

Centro de Convenções Ulysses Guimarães

Memorial JK

Batizado de Centro de Convenções Ulysses Guimarães em 1992, em homenagem póstuma ao deputado morto naquele ano, possui 54 mil m2 de área construída, com cinco auditórios, 13 salas moduláveis e um pavilhão de exposições.

Dedicado ao ex-presidente e fundador da cidade de Brasília, Juscelino Kubitschek, foi encomendado a Oscar Niemeyer pela viúva do político. No local está o corpo de JK e um amplo acervo de objetos pessoais e documentos, além de sua biblioteca pessoal. Contém obras de Athos Bulcão, na área externa, um vitral sobre a câmara mortuária, desenhado pela artista Marianne Peretti, e uma escultura de 4,5 m de autoria de Honório Peçanha.

1981

Oscar Niemeyer

Eixo Monumental Oeste

Praça do Cruzeiro, Sargento

#modernismo

1979

Sérgio Bernardes

SDC, Eixo Monumental, Lote 05

Ala Sul

#contemporâneo

Estádio Nacional Mané Garrincha

Rodoferroviária

Com capacidade para 71 mil pessoas, a arena chama atenção com seus 288 pilares de 36 m de altura cada. Construída no Eixo Monumental, importante via de Brasília, está próxima a alguns ícones turísticos da cidade, como a Torre de TV e o Memorial JK. Seu projeto sustentável permite que a cobertura atue como ponto de captação de energia solar e de água, armazenada em reservatórios para até 10,5 milhões de litros.

Construída no lugar do antigo Aeroporto de Vera Cruz, tornou-se, em 1981, o principal terminal rodoviário para linhas interestaduais no Distrito Federal. A partir de 2010, quando a nova Rodoviária Interestadual de Brasília foi inaugurada, a Rodoferroviária deixou de receber os ônibus interestaduais.

1976

Lúcio Costa

Etr. Parque de Indústria e Abastecimento

#modernismo

1974

Ícaro de Castro Mello e

Eduardo Castro Mello

Setor de Recreação Pública Norte, s/nº

Asa Norte

#modernismo

Page 17: 200+ da arquitetura brasileira

2928

Memorial dos Povos Indígenas

Espaço Lúcio Costa

Projetado em forma de espiral, em referência à maloca redonda dos índios Yanomami, é um museu dedicado à cultura indígena brasileira, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2007, quando o arquiteto Oscar Niemeyer completou cem anos de idade.

Instalada na Praça dos Três Poderes, a construção subterrânea é uma homenagem de Oscar Niemeyer ao urbanista da cidade. Contém uma imensa maquete do Plano Piloto de Brasília, com 170 m2, além de documentos históricos da criação da capital.

1992

Oscar Niemeyer

Praça dos Três Poderes

Esplanada dos Ministérios

#modernismo

1990

Oscar Niemeyer

Eixo Monumental Oeste

Praça do Buriti

#modernismo

Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves

Templo da Boa Vontade

Situado na Praça dos Três Poderes, apresenta traços da arquitetura modernista de Oscar Niemeyer, cujas formas remetem a uma pomba. Erguido em homenagem àqueles com ideais de liberdade e democracia, foi batizado com o nome do presidente Tancredo Neves. Contém três pavimentos, dos quais destacam-se as obras Mural da Liberdade, de Athos Bulcão, o painel histórico Inconfidência, de João Câmara, o Livro dos Heróis, com os nomes dos homenageados, e os vitrais de Marianne Peretti, com a forma do mapa do Brasil.

Um dos pontos turísticos mais visitados de Brasília, o templo é composto de uma pirâmide com sete faces. Em seu topo, foi inserido o maior cristal puro encontrado no Brasil, com 40 cm de altura e 21 kg. O projeto valoriza os quatro elementos da natureza: água, ar, terra e fogo.

1986

R. R. Roberto

Lotes 75/76, Sgas 915

Asa Sul

#modernismo

1986

Oscar Niemeyer

Praça dos Três Poderes

#modernismo

Page 18: 200+ da arquitetura brasileira

3130

Ponte Juscelino Kubitschek

Museu Nacional

A obra atravessa o Lago Paranoá, conectando os bairros Lago Sul, Paranoá e São Sebastião à região central da cidade. Inaugurada em 15 de dezembro de 2002, rapidamente se tornou um ícone de Brasília, tendo sido eleita, no ano seguinte, a mais bonita do mundo pela Sociedade de Engenharia do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Parte do Conjunto Cultural da República, o museu está situado no mesmo espaço da Biblioteca Nacional. Com 13 mil m² de área, foi inaugurado em 15 de dezembro de 2006, aniversário de 99 anos de seu autor, o arquiteto Oscar Niemeyer.

2006

Oscar Niemeyer

Setor Cultural Sul, Lote 2

Esplanada dos Ministérios

#modernismo

2002

Alexandre Chan

Sobre o Lago Paranoá

#contemporâneo

Centro Cultural Banco do Brasil

Sede da Procuradoria Geral da República

A unidade da capital federal foi inaugurada em 2000, no Edifício Tancredo Neves, um conjunto arquitetônico de dois andares construído sobre pilotis e dividido em módulos. O projeto artístico é de Alba Rabelo Cunha.

Trata-se de quatro edifícios circulares interligados por passarelas. Três deles são revestidos com pele de vidro, elemento que aproxima a obra de Oscar Niemeyer do pós-modernismo, contrariando sua preferência pelo concreto armado.

2002

Oscar Niemeyer

Setor de Administração Federal Sul

Quadra 4, Lote 3

#modernismo

2000

Oscar Niemeyer

Setor de Clubes Sul

Trecho 2

#modernismo

Page 19: 200+ da arquitetura brasileira

3332

Um dos marcos de fundação da capital mato-grossense, é considerada a igreja mais antiga da cidade. Está localizada próxima do Córrego da Prainha, em cujas águas foram descobertas as minas de ouro que impulsionariam a colonização da região. Possui arquitetura de terra, a qual utiliza a terra crua como matéria-prima. A fachada simples, típica da arquitetura colonial brasileira, oculta a decoração barroca-rococó nos altares, caracterizada pela talha dourada e prateada, a única desse tipo no país.

Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito

1730

Praça do Rosário, s/nº

Lixeira

#colonial

A arquitetura da área urbana inicial de Cuiabá, como em outras cidades históricas brasileiras, é tipicamente colonial, recebendo com o tempo modificações e adaptações a outros estilos, como o neoclássico e o eclético. Em 1987, o centro foi tombado provisoriamente como Patrimônio Histórico Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, em 1992, esse tombamento foi homologado pelo Ministério da Cultura. Desde então, vários prédios antigos da cidade foram restaurados. A área tombada é a que mais preserva as feições originais. As antigas ruas de Baixo, do Meio e de Cima (hoje, respectivamente, as ruas Galdino Pimentel, Ricardo Franco e Pedro Celestino) e suas travessas ainda mantêm bem conservadas as características arquitetônicas das casas e sobrados.

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Page 20: 200+ da arquitetura brasileira

3534

Arsenal de Guerra Museu do Rio Cuiabá

Erguido para o conserto e fabricação de armas militares, o edifício neoclássico utilizou técnicas construtivas e materiais da região, que lhe conferiram características franco-lusitanas, bastante comuns nas construções oficiais da antiga capital brasileira, o Rio de Janeiro.

Antigo Mercado do Peixe, a obra perdeu as características originais ao longo do tempo. Em comemoração do seu centenário, foi restaurado em 1999, passando a abrigar o Museu do Rio Cuiabá “Hid Alfredo Scaff”, um amplo espaço cultural com restaurante, maquetes da antiga Cuiabá e peças de artes sacras.

1899

Av. Beira Rio, s/nº

Porto

#colonial

1832

Rua 13 de Junho, 315

Porto

#neoclássico

Igreja do Nosso Senhor dos Passos

Museu da Imagem e do Som de Cuiabá(sobrado do Alferes Joaquim Moura)

Construída no centro histórico de Cuiabá, tem planta típica das igrejas do período colonial, formada por nave e capela-mor, com um corredor lateral à esquerda e salas ao fundo, além da torre sineira, erguida na fachada principal.

Inaugurado em 2006 no antigo sobrado do Alferes Joaquim Moura, o Museu da Imagem e do Som de Cuiabá contém documentos fotográficos e sonoros que retratam a história da cidade desde 1910, com uma grande quantidade de fotos, discos em vinil, fitas VHS e fitas cassete.

Séc. XIX

R. Voluntários da Pátria, 75

Centro

#colonial

1792

R. Voluntários da Pátria, s/nº

Centro

#colonial

Page 21: 200+ da arquitetura brasileira

3736

Catedral Metropolitana Arena Pantanal

A catedral original foi erguida em 1722, com pau a pique, porém foi reconstruída e reformada diversas vezes ao longo dos séculos. Dedicada ao Senhor Bom Jesus, foi demolida em 1968, dando lugar a um templo novo e moderno, feito de concreto armado. Inaugurada em 1973, a nova catedral conta com pinturas modernas e duas torres com um relógio em cada, além de imagens religiosas do século XVIII.

Com característica inglesa e adaptado ao clima local, o estádio possui conceito sustentável e flexível para multiuso, atendendo à certificação Leed, que atesta a sustentabilidade da obra. Tem capacidade para 43.600 espectadores, com arquibancadas e cobertura desmontáveis.

2014

GCP Arquitetos

R. Professor Ranulfo Paes de Barros, s/nº

Verdão

#contemporâneo

1973

Praça da República, s/nº

Centro

#modernismo

Palácio da Instrução Museu Rondon

Fundado originalmente para ser um educandário, atualmente abriga um museu histórico e uma biblioteca. A obra segue a arquitetura de sua época, com alicerces em pedra canga e cristal e largas paredes de adobes.

Batizado em homenagem ao marechal mato-grossense Cândido Mariano da Silva Rondon, um defensor dos direitos dos índios, a edificação é acompanhada por uma casa indígena no modelo ovalado xinguano, inserida em meio aos coqueiros e à sombra de árvores típicas do cerrado.

1972

José Portocarrero

Av. Fernando Corrêa da Costa, s/nº

UFMT, Coxipó

#modernismo

1914

João da Costa Marques

R. Antônio Maria, 151

Centro

#neoclássico

Page 22: 200+ da arquitetura brasileira

3938

O local centenário abriga a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, a mais antiga da capital paranaense. O bebedouro, que servia às mulas e cavalos dos tropeiros que passavam por ali no século XVIII, ainda existe. Ele é construído em pedra e possui uma bacia metálica. A arquitetura da área ao redor tem influência portuguesa e alemã.

Largo da Ordem

Séc. XVIII

R. São Francisco, s/nº

São Francisco

#ecléticoO zoneamento urbano de Curitiba, integrado ao sistema de transporte, tem permitido um desenvolvimento arquitetônico e urbanístico tido, por certos analistas, como coeso e harmônico, sem os principais problemas das grandes metrópoles modernas. Obras como a Ópera de Arame viraram não só marcos arquitetônicos, como pontos turísticos e referências culturais da cidade.

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Page 23: 200+ da arquitetura brasileira

4140

Palácio Garibaldi

Paço da Liberdade

Antiga sede da Sociedade Italiana de Mútuo Socorro Giuseppe Garibaldi, o edifício em estilo eclético tem dois pavimentos e fachada principal com três vãos em arco pleno. O acesso é feito por uma pequena escadaria, que determina o alteamento de todo o corpo original do edifício.

Antiga sede da Prefeitura de Curitiba, é o único monumento do Paraná tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A arquitetura contempla detalhes neoclássicos e desenhos art nouveau.

1916

Cândido de Abreu

Praça Generoso Marques, 189

Centro

#neoclássico

1904

João de Mio (reforma)

Praça Garibaldi, 12

Alto São Francisco

#neoclássico

Arcadas de São Francisco

Casa Vermelha

As obras inacabadas da Igreja de São Francisco de Paula deram origem a este espaço, que reciclou as antigas ruínas. Revitalizadas em 1995, atualmente as arcadas abrigam comércio típico, com área para espetáculos e arquibancadas ao ar livre.

Localizada no Largo da Ordem, a Casa Vermelha abrigava lojas e sedes de firmas comerciais, tendo sido uma casa de ferragens antes de se tornar um espaço cultural administrado pela Fundação Cultural de Curitiba, função que adquiriu em 1993.

1891

Wilhelm Peters

Largo Coronel Enéas, 136

São Francisco

#neoclássico

1811

Largo Coronel Eneas

São Francisco

#ruínas #colonial

Page 24: 200+ da arquitetura brasileira

4342

Jardim Botânico Ópera de Arame

Um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, é inspirado nos jardins franceses. Porém, contém inúmeras espécies vegetais brasileiras e estrangeiras. Conta com duas estufas, sendo a principal delas em estrutura metálica constituída por três abóbodas art nouveau. A mata nativa é ponteada por trilhas para caminhada.

Constituído por estrutura tubular de aço e vidro, o espaço de 4.000 m2 foi construído em 75 dias, na cratera de uma pedreira desativada. Integrada à paisagem por meio de blocos de fundação apoiados diretamente na rocha, a Ópera é circundada por lago e cascata, sendo o acesso ao auditório feito por uma passarela sobre as águas.

1992

Domingos Bongestabs

Rua João Gava, 970

Pilarzinho

#pós-modernismo

1991

Abrão Assad

Rua Engenheiro Ostoja Roguski, 690

Jardim Botânico

#pós-modernismo

Hospital São Lucas Memorial Árabe

Assinado pelo renomado arquiteto curitibano João Batista Vilanova Artigas, trata-se de uma de suas primeiras obras. Como o projeto foi inserido em terreno relativamente pequeno e em declive, as rampas se tornaram elementos estruturantes, delimitando o pátio interno e dando acesso à paisagem externa.

Com 142 m2, é uma homenagem à cultura árabe. Tem a forma de um cubo, mas segue o estilo mourisco na abóbada, colunas, arcos e vitrais. Situado sobre um espelho d’água, possui um pedestal de mármore em seu interior, sobre o qual está uma escultura representativa de Gibran Khalil Gibran.

1972

Praça Gibran Khalil Gibran, s/no

Centro Cívico

#mourisco

1945

João Batista Vilanova Artigas

Av. João Gualberto, 1.946

Juvevê

#modernismo

Page 25: 200+ da arquitetura brasileira

4544

Estádio Joaquim Américo Guimarães (Arena da Baixada)

Museu Oscar Niemeyer

Remodelado, o Estádio Joaquim Américo Guimarães tem capacidade para 41 mil torcedores. Localizado próximo do centro da cidade, é considerado um dos mais modernos do Brasil. Sua construção data de 1914 e passou por duas grandes reformas, em 1999 e 2014.

Dedicado à exposição de artes visuais, arquitetura, urbanismo e design, o complexo tem 35.000 m2 de área construída e mais de 17.000 m2 de área expositiva, a maior da América Latina. O projeto arquitetônico combina linhas retas e curvas, concreto e áreas verdes, privilegiando tanto o neutro como o colorido. O museu foi criado após uma grande reforma, que adaptou o edifício, inaugurado em 1978, com a inclusão de um anexo popularmente conhecido como Olho.

2002

Oscar Niemeyer

R. Marechal Hermes, 999

Centro Cívico

#modernismo

1999

Carlos Arcos

Av. Presidente Getúlio Vargas, 1.895

Água Verde

#contemporâneo

Palácio Hyogo

Memorial da Cidade

Atual sede da Câmara de Comércio e do Instituto Cultural e Científico Brasil-Japão, o projeto da arquiteta Cristina Sato recebe influências da arquitetura japonesa. O palácio foi palco das primeiras homenagens ao casal imperial japonês em visita à cidade, em 1997.

Inaugurado em comemoração ao centenário de Curitiba, o espaço promove a memória, a arte e a cultura da cidade. A arquitetura, assinada por Fernando Popp e Valéria Bechara, homenageia o pinheiro, árvore símbolo da região. O projeto tem cobertura e laterais de vidro transparente, destacando-se entre as antigas construções do entorno.

1996

Fernando Popp e Valéria Bechara

R. Claudino dos Santos, 79

São Francisco

#pós-modernismo

1996

Cristina Sato

Av. Comendador Franco, 871

Jardim Botânico

#japonês

Page 26: 200+ da arquitetura brasileira

4746

O Novo Mercado Central, como é conhecido hoje, foi inaugurado em 1998. Em sua nova fase, passou a contar com 559 boxes, distribuídos em quatro pavimentos (um quinto pavimento é destinado ao estacionamento). Maior mercado da região Nordeste, possui escadas, rampas e elevador para facilitar o acesso de seus usuários.

Mercado Central de Fortaleza

1809 / 1998

Luiz Fiúza

Av. Alberto Nepomuceno, 199

Centro

#ecléticoO patrimônio arquitetônico de Fortaleza está concentrado no centro da cidade. Apesar de distante do centro, a Casa de José de Alencar é um patrimônio de grande valor histórico e cultural. A Casa foi o primeiro bem tombado de Fortaleza, no ano de 1964, por uma lei federal. Além da Casa onde nasceu um dos maiores escritores do Brasil, Fortaleza possui ainda outras obras arquitetônicas, como o prédio da Estação João Felipe, ponto de partida da estrada de ferro construída na seca de 1877.

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Page 27: 200+ da arquitetura brasileira

4948

Theatro José de Alencar Ponte dos Ingleses

Exemplar da arquitetura eclética no Brasil, possui estrutura de ferro europeia e fachada de alvenaria, onde estão o saguão, a bilheteria e o café. Parte da pintura homenageia o escritor cearense José de Alencar. A sala de espetáculo segue o estilo art nouveau, mas o neoclássico também foi aplicado ao local, que conta com auditório de 120 lugares, foyer, espaço cênico a céu aberto e um prédio anexo. O pátio interno tem jardins do paisagista Roberto Burle Marx.

Localizada na Praia de Iracema, em um dos mais famosos pontos turísticos da cidade, a ponte de 120 m de comprimento é ponto de observação de golfinhos, sendo bastante usada também para contemplar o pôr do sol.

1923

Lucas Bicalho

R. dos Cariris, s/nº

Praia de Iracema

#eclético

1910

Bernardo José de Melo

R. Liberato Barroso, 525

Centro

#art nouveau

Casa de José de Alencar

Estação João Felipe

A residência na qual o escritor José de Alencar viveu durante nove anos foi adquirida pela Universidade Federal do Ceará, em 1965, sendo mantida pela instituição até a atualidade. Com 9 ha, o sítio é composto pela “casinha”, pequena construção do conjunto original erguida em 1826, pelas ruínas do primeiro engenho a vapor do Ceará, pelo Museu Arthur Ramos, pela Pinacoteca Floriano Teixeira, pela Biblioteca Braga Montenegro e por um restaurante.

Embora o amplo edifício tenha se mantido praticamente inalterado desde a inauguração, no final do século XIX, a estação foi desativada recentemente para a construção de uma linha subterrânea. A estação foi construída no local do antigo cemitério de São Casemiro.

1880

Henrique Foglare

Praça Castro Carreira, s/nº

Centro

#neoclássico

1810

José Liberal de Castro (restauração)

Av. Washington Soares, 6.055

José de Alencar

#colonial

Page 28: 200+ da arquitetura brasileira

5150

Situado em uma antiga área portuária, o local possui 30.000 m2, contemplados com museus, teatro, anfiteatro, salas de cinema, auditório e planetário. A arquitetura é marcada por linhas arrojadas e possui uma área externa com um jardim de esculturas.

Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

1999

Fausto Nilo e Delberg Ponce de Leon

Rua Dragão do Mar, 81

Praia de Iracema

#modernismo

Estádio Governador Plácido Castelo (Arena Castelão)

TV Manchete Fortaleza

Batizada oficialmente de Governador Plácido Castelo, a Arena Castelão foi reformada, ampliada e modernizada para 2014. Com capacidade para 64.846 pessoas, conta com inovações tecnológicas, como 332 refletores para a iluminação de jogos noturnos e dois placares com telas de LED. O consumo eficiente de água e o melhor desempenho energético são algumas das novidades do estádio em prol da sustentabilidade.

O prédio projetado por Oscar Niemeyer era a sede da extinta TV Manchete na cidade. Atualmente, abriga a Rede TV!. Situado em um dos pontos mais altos e nobres de Fortaleza, tem boa estrutura física, apesar da aparência mal conservada.

1983

Oscar Niemeyer

Av. Antônio Sales, 2.666

Dionísio Torres

#modernismo

1973

José Liberal de Castro,

Gerhard Ernst Borman,

Reginaldo Mendes Rangel

e Marcílio Dias de Luna

R. Alberto Craveiro, 2.901

Castelão

#contemporâneo

Page 29: 200+ da arquitetura brasileira

5352

O prédio abriga a Prefeitura Municipal de Manaus. Dividido em três seções, apresenta características neoclássicas, com fachada em estilo greco-romano. Na parte central, há um pórtico com duas colunas e duas pilastras em estilo toscano, ornamentado pelo escudo de Manaus.

Paço da Liberdade (Paço Municipal)

1874

Praça Dom Pedro II, s/nº

Centro

#eclético

Manaus destaca-se pelo patrimônio arquitetônico e cultural construído nos tempos áureos da produção de borracha, com numerosos templos, palácios, museus, teatros, bibliotecas e universidades.

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Page 30: 200+ da arquitetura brasileira

5554

Teatro Amazonas

Palácio da Justiça

Embora a pedra fundamental desta obra tenha sido lançada em 1884, o Teatro foi inaugurado apenas 12 anos depois, ainda sem estar totalmente concluído. Sua construção demandou arquitetos, construtores, pintores e escultores, muitos dos quais vindos da Europa. Marca da arquitetura, a cúpula evoca a bandeira do Brasil, sendo composta por 36 mil peças francesas de escamas em cerâmica esmaltada e telhas vitrificadas. O luxuoso Salão Nobre apresenta estilo barroco, com pintura do italiano Domenico de Angelis no teto. Nas colunas do pavimento térreo, ornamentos prestam homenagem a dramaturgos e compositores clássicos.

Inspirado na arquitetura do II Império francês e do neoclassicismo inglês, o prédio segue o estilo eclético, com a mistura de vários ornamentos. O interior barroco contrasta com a fachada sóbria, na qual foi inserida a estátua de deusa grega da Lei e da Justiça, de olhos desvendados (nas representações tradicionais, estão vendados). Atualmente, o edifício abriga um Centro Cultural.

1900

Av. Eduardo Ribeiro, 833

Centro

#neoclássico

1896

Gabinete Português de Engenharia

e Arquitetura de Lisboa

R. Tapajós, 05

Centro

#neoclássico #eclético

Igreja da Matriz

Mercado Municipal Adolpho Lisboa

A Matriz de Nossa Senhora da Conceição é a primeira igreja da cidade. Com estrutura caracterizada por linhas retas em estilo neoclássico, suas escadarias assemelham-se a uma lira. Grande parte de seu material foi trazido da Europa, principalmente de Portugal.

Localizado no centro de Manaus, o Mercado Municipal é uma réplica do mercado Les Halles, de Paris, e leva a assinatura de Gustave Eiffel, mesmo arquiteto da Torre Eiffel e da Estátua da Liberdade. Com estrutura em ferro fundido, sustentada por 28 colunas, tem vitrais coloridos e segue o estilo art nouveau.

1883

Gustave Eiffel e Bakus & Brisbin

R. dos Barés, 46

Centro

#eclético

1878

Praça Oswaldo Cruz, s/nº

Centro

#neoclássico

Page 31: 200+ da arquitetura brasileira

5756

Centro Cultural Usina Chaminé

Originalmente construído para sediar a estação de tratamento de esgotos de Manaus, que nunca chegou a funcionar. Tombado em 1988, o prédio foi reformado e transformado em centro cultural. Com características neorrenascentistas, seu nome deriva da chaminé de 24 m, que se destaca na paisagem urbana.

1910

Av. Lourenço da Silva Braga, s/nº

Centro

#eclético

Arena da Amazônia

Com arquitetura inspirada na Floresta Amazônica, o estádio tem capacidade para 44,5 mil torcedores. Seu desenho remete a um cesto de palha indígena. A cobertura com membrana de politetrafluoretileno translúcida branca ajuda a diminuir a temperatura interna do estádio. Dentre as soluções sustentáveis, estão sistema de aproveitamento de água da chuva, estação de tratamento de esgoto e ventilação natural para redução do consumo de energia.

2014

Ralph Amann

Av. Constantino Nery, s/nº

Chapada

#contemporâneo

Palácio do Rio Negro

Alfândega e Guardamoria

Com arquitetura eclética, a antiga residência do comerciante de borracha alemão Waldemar Scholz foi transformada em centro cultural pelo governo do Amazonas, em 1997. A decoração traz mobiliário em estilo manuelino, português, inglês e imperial, além de peças em estilo oriental e art nouveau.

Em estilo eclético, os prédios possuem elementos medievalistas e renascentistas. Construídos por uma firma inglesa, seguem o modelo dos edifícios londrinos do início do século XX, com blocos de tijolos aparentes e pré-montados.

1906

Manaos Harbour Limited

R. Marquês de Santa Cruz, s/nº

Centro

#eclético

1903

Henri Joseph Moers

Av. 7 de Setembro, 1.546

Centro

#eclético

Page 32: 200+ da arquitetura brasileira

5958

Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte

Arena das Dunas

Reaberto em 2014, o parque de 64 ha conta com uma estrutura moderna de Oscar Niemeyer, como o monumento com 45 m de altura, que forma o memorial e mirante. Trata-se da única obra do arquiteto na cidade.

Com 77.783 m2 de área construída e capacidade para 42 mil pessoas, a arena multiuso é um dos estádios com o desenho mais inusitado do país, inspirando-se nas dunas. Sustentável, seu projeto aposta em reutilização de água da chuva e uso de energia solar, além de materiais de baixa manutenção.

2013

Populous

Av. Prudente de Morais, 5.121

Lagoa Nova

#contemporâneo

2008

Oscar Niemeyer

Av. Prudente de Morais, 8.981

Candelária

#modernismo

O grande destaque de Natal é o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, que conta com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer.

Ponte Newton Navarro

A Ponte Estaiada possui cerca de 1,8 km de extensão, passando sobre o Rio Potengi e ligando a Zona Norte à Zona Leste de Natal. Possui 500 m sustentados por cabos de aço presos a dois blocos centrais de 110 m de altura. A iluminação é do tipo cênica.

2007

Mario de Miranda

Sobre o Rio Potengi

#contemporâneo

Page 33: 200+ da arquitetura brasileira

6160

Com paisagismo de inspiração francesa e desenho geométrico, a histórica Praça da Alfândega surgiu com o núcleo inicial da cidade. Possui diversos monumentos e esculturas em seus recantos. Na época de sua construção, a praça fazia parte de um conjunto que compunha a porta de entrada da cidade.

Praça da Alfândega

1858

Praça da Alfândega

Centro Histórico

#ecléticoA arquitetura de Porto Alegre, como acontece com outras cidades atuais, mas dotadas de alguma história, é um mosaico de estilos antigos e modernos. Hoje, Porto Alegre divide sua atenção entre a preservação do seu patrimônio histórico e a renovação de sua paisagem urbana com exemplares significativos de arquitetura contemporânea, fazendo face aos desafios de crescimento de uma das maiores capitais do Brasil.

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Page 34: 200+ da arquitetura brasileira

6362

Confeitaria Rocco

Casa de Cultura Mario Quintana

Local privilegiado dos encontros da sociedade gaúcha, o prédio centenário tem estrutura mista de alvenaria de tijolos de barro e vigamento de ferro. Com 1.560 m2 distribuídos em quatro pavimentos, contém fachadas harmoniosas com sacadas e balcões em ferro trabalhado. As esquadrias externas continuam originais.

Primeiro grande edifício de Porto Alegre a utilizar concreto armado, possui dois blocos interligados por passarelas suspensas sobre a via pública. Projetado pelo arquiteto alemão Theodor Alexander Josef Wiederspahn, antes de se tornar espaço cultural nele funcionava o Hotel Majestic.

1918

Theodor Wiederspahn

Rua dos Andradas, 736

Centro

#eclético

1912

Salvador Lambertini

R. Riachuelo, 1.618

Centro

#eclético

Mercado Público Municipal

Chalé da Praça XV

Em estilo eclético, tendo sido construído originalmente em neoclássico, o edifício passou por um período extenso de restauração, entre 1990 e 1997. O projeto de reforma recebeu o Prêmio da 3ª Bienal Internacional de Arquitetura, na categoria Patrimônio Histórico. Atualmente, passa por obras de recuperação, em decorrência do incêndio que destruiu parcialmente parte do prédio histórico.

Ponto de encontro da boemia gaúcha, o local funciona atualmente como restaurante. Construído em estrutura de aço desmontável, madeira e vidro, seu projeto segue o estilo eclético, com elementos art nouveau.

1885

Praça 15 de Novembro, 01

Centro Histórico

#eclético

1869

Frederico Heydtmann

Largo Jornalista Glênio Peres, s/nº

Centro Histórico

#neoclássico

Page 35: 200+ da arquitetura brasileira

6564

Cine Theatro Capitólio

Santander Cultural

Atualmente em restauração, o edifício é Patrimônio Histórico do Município de Porto Alegre (1995) e do Estado do Rio Grande do Sul (2007). Em estilo eclético, a fachada e os espaços internos são ricos de ornamentos em relevo. É constituído por um bloco de esquina avantajado, tripartido, com uma entrada maior centralizada e outras menores nas laterais, protegidas sob projeções decoradas com frisos em motivos florais.

O edifício em estilo eclético combina elementos neoclássicos, art nouveau e barroco-rococó. Com 5.600 m2, foi sede de várias instituições bancárias. A partir de 2000, foi restaurado e adaptado para centro cultural. Constituído por cinco pavimentos e um subsolo, seu interior possui pé-direito de mais de 12 m e três imensas claraboias. Na fachada, destacam-se as grandes colunas lisas de capitéis coríntios.

1931

Theo Wiederspahn

R. 7 de Setembro, 1.028

Centro Histórico

#eclético

1928

Domingos Rocco

R. Demétrio Ribeiro, 1.085

Centro Histórico

#eclético

Palácio Piratini

Centro Cultural Usina do Gasômetro

Dado como concluído apenas em 1970, quase 50 anos após sua edificação, o palácio é a atual sede do Poder Executivo do Rio Grande do Sul. Com arquitetura predominantemente neoclássica, possui duas esculturas representativas da Agricultura e da Indústria na fachada, feitas pelo francês Paul Landowski, autor da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

Atualmente, este prédio de cinco andares é um grande centro cultural. Foi construído para a produção de energia elétrica à base de carvão mineral, tendo sido uma das primeiras edificações em concreto armado do Rio Grande do Sul. O complexo arquitetônico de 18.000 m2 recebeu esse nome devido à proximidade da Usina de Gás, o Gasômetro.

1928

Av. Presidente João Goulart, 551

Centro

#industrial

1921

Maurice Gras

Praça Marechal Deodoro, s/nº

Centro Histórico

#neoclássico

Page 36: 200+ da arquitetura brasileira

6766

Palácio da Justiça Estádio José Pinheiro Borda (Estádio Beira-Rio)

Primeiro palácio moderno construído em Porto Alegre, seu projeto foi escolhido por meio de concurso, vencido pelo arquiteto Luís Fernando Corona e o acadêmico Carlos Maximiliano Fayet. Inspirada em Le Corbusier, sua arquitetura é marcada por planta e fachada livres, estrutura independente, terraço-jardim e janelas longitudinais.

A modernização do tradicional estádio gaúcho chama atenção, principalmente, pela cobertura em estrutura metálica, com membrana confeccionada em politetrafluoretileno. A arquibancada foi reformada para estar mais próxima do gramado, com capacidade para 50 mil pessoas, podendo ser estendida para até 56 mil. No quesito sustentabilidade, reaproveita a água da chuva para irrigação, limpeza e uso em sanitários.

1969 / 2012

Ruy Tedesco e

Hype Studio Arquitetura (reforma)

Av. Padre Cacique, 891

Praia de Belas

#contemporâneo

1968

Luís Fernando Corona

e Carlos Maximiliano Fayet

Praça Marechal Deodoro, 55

Centro Histórico

#modernismo

Parque da Redenção Edifício Floragê

Conhecido como Parque Farroupilha, foi implementado em 1935, com anteprojeto de ajardinamento do arquiteto urbanista Alfred Agache, que criou um passeio, o grande lago e o parque como um todo. Atualmente, possui 40 ha e é patrimônio ambiental de Porto Alegre.

Assinado pelo renomado arquiteto paulista David Libeskind, o edifício está localizado em uma área nobre da capital gaúcha. Com apenas um apartamento por pavimento, de grande dimensão, cada fachada possui uma característica diferente, que distingue os setores de cada morada.

1963

David Libeskind

R. 24 de Outubro, 997

Independência

#modernismo

1935

Alfred Agache

Av. João Pessoa, s/nº

Bom Fim

#militar

Page 37: 200+ da arquitetura brasileira

6968

Anfiteatro Pôr do Sol

Fundação Iberê Camargo

Dedicado a espetáculos e eventos a céu aberto e gratuitos, situa-se no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, na orla do Lago Guaíba. Tem capacidade para cerca de 70 mil pessoas. Recebeu diversos shows durante os Fóruns Sociais de Porto Alegre no início dos anos 2000.

Criada em 1995 pela viúva do artista gaúcho Iberê Camargo, a fundação tem o objetivo de preservar e divulgar sua obra. Projetado pelo arquiteto português Álvaro Siza Vieira, o espaço inaugurado em 2008 recebeu o Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2002. Com área total de 8.250 m2, é a primeira construção no Brasil a utilizar concreto branco aparente, armado em toda a sua extensão, dispensando o uso de tijolos ou elementos de vedação.

2008

Álvaro Siza Vieira

Av. Padre Cacique, 2.000

Cristal

#pós-modernismo

2000

Av. Edwaldo Pereira Paiva, s/nº

Praia de Belas

#pós-modernismo

Residência Leo Dexheimer

Centro Administrativo do Estado

Destinada ao artista plástico Leo Dexheimer e sua família, a casa tem a predominância da alvenaria de tijolos, na qual a abóbada é o principal elemento compositivo. Linhas retas, curvas e diagonais marcam as relações geométricas entre planta e elevação. Em bom estado de conservação, substituiu a cor branca original pela amarela.

Também chamado de Centro Administrativo Fernando Ferrari, em homenagem ao economista e político de mesmo nome, o prédio está localizado no Largo dos Açorianos. Em forma de pirâmide, abriga diversas secretarias e outros órgãos da administração pública estadual.

1987

Charles René Hugaud, Ivanio Fontoura

e Leopoldo Constanzo

Av. Borges de Medeiros, 1.501

Praia de Belas

#modernismo

1972

Carlos Eduardo Dias Comas

R. Bororó, 710

Assunção

#eclético

Page 38: 200+ da arquitetura brasileira

7170

Mercado São José

Edifício Califórnia

Trata-se do mais antigo mercado público do Brasil e primeiro edifício pré-fabricado em ferro no país. Inspirado no mercado público de Grenelle, em Paris, conta com a mesma estrutura neoclássica dos mercados europeus do século XIX.

Um dos marcos da arquitetura moderna em Pernambuco, na época de sua construção era o arranha-céu mais alto de Recife, com 19 pavimentos. Os dois primeiros andares do prédio são ocupados por 18 lojas, além de uma padaria e um teatro.

1953

Acácio Gil Borsoi

R. Artur Muniz, 82

Boa Viagem

#modernismo

1875

Louis Lieuthier

Praça Dom Vital, s/nº

São José

#neoclássico

Além do belo casario colonial, Recife tem prédios assinados porgrandes arquitetos como Acácio Gil Borsoi, Delfim Amorim eOscar Niemeyer. É terra do Cobogó, um elemento vazadoinventado no século XX

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Page 39: 200+ da arquitetura brasileira

7372

Parque Dona Lindu

Itaipava Arena Pernambuco

Localizado no prestigiado bairro de Boa Viagem, o projeto conta com teatro, galeria e complexo de lazer, com quadra poliesportiva, ciclovia, pistas para cooper e skate e parque infantil. Possui também um pavilhão para exposições e restaurante.

Construído em São Lourenço da Mata, na região metropolitana de Recife, destaca-se pela acústica elaborada e por um desenho que proporciona maior proximidade entre os espectadores e o campo. Com padrão internacional, a arena tem capacidade para 46 mil pessoas e perfil multiuso. Dentre as soluções tecnológicas adotadas, utiliza geradoras alimentadas a gás para prover água aquecida.

2011

Oscar Niemeyer

Rua Setúbal, 1.139

Boa Viagem

#modernismo

2013

Daniel Fernandes

Av. Deus É Fiel, 01

Penedo - São Lourenço da Mata

#contemporâneo

Edifício Acaiaca

Edifício Holiday

Ícone da arquitetura pernambucana moderna, o prédio multifamiliar assinado pelo arquiteto português Delfim Amorim é referência na Avenida Boa Viagem. Com paredes externas revestidas em azulejo, adotou peitoris ventilados como solução para o clima da cidade.

Com formato de meia-lua, é um dos ícones da arquitetura moderna na capital pernambucana. Possui 416 apartamentos e pé-direito alto, com sete colunas de 36 m de profundidade para sustentação.

1957

Joaquim Rodrigues

R. Salgueiro, 73

Boa Viagem

#modernismo

1958

Delfim Amorim

Av. Boa Viagem, 3.232

Boa Viagem

#modernismo

Page 40: 200+ da arquitetura brasileira

7574

Situada em um ponto estratégico para a defesa da cidade, a Fortaleza de Santiago foi uma de suas primeiras edificações sob o controle português. Posteriormente, o prédio transformou-se em Arsenal de Guerra e na prisão do Calabouço. Atualmente, porém, restam apenas as fundações desses edifícios. Após uma grande reforma e outros usos, o local foi utilizado, em 1922, para sediar o Palácio das Grandes Indústrias da Exposição Internacional, em celebração ao Centenário da Independência. Naquele mesmo ano, o Museu Histórico Nacional foi inaugurado, e atualmente ocupa 3 mil m², onde são realizadas exposições permanentes que abrangem diversos períodos da História do Brasil, com acervo de cerca de 300 mil itens.

Museu Histórico Nacional

1603

Archimedes Memória e Francisque Cuchet, dentre outros

Praça Marechal Âncora, s/nº

Centro

#neocolonial

O Rio de Janeiro é onde surge a Escola Carioca, nome pelo qual parte da produção moderna da arquitetura brasileira é comumente identificada pela historiografia. Trata-se originalmente da obra produzida por um grupo radicado no Rio de Janeiro, que, com a liderança intelectual de Lúcio Costa (1902-1998) e formal de Oscar Niemeyer (1907-2012), cria um estilo nacional de arquitetura moderna: uma espécie de brazilian style, que se dissemina pelo país entre os anos 1940 e 1950, contrapondo-se ao international style, hegemônico até os anos 1930.

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Page 41: 200+ da arquitetura brasileira

7776

Teatro Carlos Gomes Ilha Fiscal

Um dos teatros mais tradicionais do país, atualmente comporta um público de 760 pessoas. Destacam-se os três foyers em estilo art déco, com piso em pastilhas e escadarias em mármore. Dispõe de dez camarins, sendo cinco individuais, distribuídos em quatro pavimentos.

Inaugurada em 1889 pelo então imperador D. Pedro II, a construção em estilo neogótico foi inspirada nos castelos do século XIV, em Auvergne, na França. Antiga propriedade do Ministério da Fazenda e do Ministério da Marinha, foi restaurada em 2001, recuperando as pinturas decorativas do teto, das paredes e do piso. Na parte externa, voltou a exibir a cor original. Conservam-se os salões para exposições, a coleção de vitrais e características como colunas, arcos, florões e símbolos imperiais.

1889

Adolfo Morales de los Rios

Av. Alfred Agache

Centro

#neogótico

1872

Praça Tiradentes, s/nº

Centro

#art déco

Paço Imperial Museu Nacional/UFRJ

Inicialmente utilizado como Casa dos Vice-Reis do Brasil, tornou-se sede dos governos do Reinado e do Império, após a chegada da corte de D. João VI à cidade e à transformação da colônia em Reino Unido a Portugal e Algarves. Restaurado na década de 1980, atualmente possui elementos originais mesclados a contemporâneos. O primeiro andar do prédio contém a Biblioteca Paulo Santos, com acervo de 6 mil volumes e 200 títulos de periódicos, a maioria especializada em arte e arquitetura luso-brasileiras. O Paço também recebe exposições e eventos culturais.

Conhecido como Paço de São Cristóvão, foi doado a D. João VI quando ele fixou residência no Brasil, em 1808. A partir de então, o edifício sofreu inúmeras adaptações e reformas, tendo sido habitado pela família imperial brasileira até a Proclamação da República (1889). Atualmente, o palácio abriga o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, instalado lá desde 1892. Trata-se do maior museu de história natural e antropológica da América Latina. Na área ao redor, funciona o parque da Quinta da Boa Vista e o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro.

1803

Manoel da Costa, John Johnson,

Pedro José Pézerát, Porto Alegre,

Bittencourt da Silva, Theodore Marx

e Paula Freitas

Quinta da Boa Vista, São Cristóvão

#neoclássico

1743

José Fernandes Pinto Alpoim

Praça 15 de Novembro, 48

Centro

#colonial

Page 42: 200+ da arquitetura brasileira

7978

Cine Odeon Edifício A Noite

Um dos raros cinemas de rua do Rio de Janeiro, possui uma sala de 600 lugares e um restaurante. É nele que são organizados o Festival do Rio, Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro e Anima Mundi.

Marco arquitetônico da cidade e antiga sede do jornal A Noite e da Rádio Nacional, o edifício utiliza a tecnologia do concreto armado, impulsionando a engenharia brasileira da época. Com 102 m de altura e 22 andares, foi influenciado pelo art déco, especialmente na fachada.

1928

Joseph Gire e Elisiário da Cunha Bahiana

Praça Mauá, 7

Centro

#art déco

1926

Ricardo Wriedt e Pablo César Benetti

Solange Libman (reforma)

Praça Floriano, 7

Cinelândia

#eclético

Museu Nacional de Belas Artes

Theatro Municipal

Um dos mais importantes museus de arte do Brasil, tem construção eclética, com fachadas em diferentes estilos: a principal, na Avenida Rio Branco, é inspirada na Renascença francesa; as laterais são mais simples, inspiradas na Renascença italiana; a posterior é um exemplo do neoclassicismo, com relevos ornamentais de Edward Cadwell Spruce. A decoração interna traz materiais nobres como mármores e mosaicos, estuques, cristais, cerâmicas francesas e estatuaria.

Localizado no centro da cidade, exerce desde a inauguração um importante papel para a cultura carioca e nacional, recebendo artistas, orquestras e companhias de balé. Com projeto inspirado na Ópera de Paris, foi restaurado ao estilo original e reaberto em 2010, com 219 mil folhas de ouro, 57 toneladas de cobre, 1.500 novas luminárias e mais de cinco mil lâmpadas.

1909

Francisco de Oliveira Passos

Praça Floriano, s/nº

Cinelândia

#neoclássico

1908

Adolfo Morales de los Rios

Av. Rio Branco, 199

Centro

#eclético

Page 43: 200+ da arquitetura brasileira

8180

Conjunto Habitacional Pedregulho

Localizado no bairro de São Cristóvão, o conjunto habitacional com 328 unidades foi construído sobre pilotis, solução arquitetônica que dribla o declive natural e proporciona vista para a Baía de Guanabara. No ginásio da escola que faz parte do complexo, há um grande painel de azulejos de Cândido Portinari.

1947

Affonso Reidy

R. Marechal Jardim, 450

São Cristóvão

#modernismo

Sede do Banco Boavista

Um dos projetos mais importantes de Niemeyer no Rio. Na fachada, há um painel em mosaico, de Paulo Werneck e no interior “A primeira missa no Brasil”, tela de Portinari, pintada no ano da inauguração do edifício.

1946

Oscar Niemeyer

Praça Pio X, 118

Centro

#modernismo

Edifício-Sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

Edifício Gustavo Capanema (Ministério da Educação e Saúde)

Utilizando-se de técnicas pioneiras apresentadas por Le Corbusier, o edifício buscou inspiração na arquitetura moderna. Com 13 andares, foi a primeira construção brasileira com brise-soleil, usado para reduzir o excesso de luz.

O projeto do edifício ensaia a utilização da arquitetura funcionalista de matriz corbuseana no país, além de introduzir novos elementos. Foi construído em um momento no qual o Estado tentava passar uma sensação de modernidade ao país, o que se refletiu no projeto do edifício.

1939

MMM Roberto

R. Araújo Porto Alegre, 71

Centro

#modernismo

1945

Lúcio Costa, Affonso Reidy, Carlos Moreira,

Ernani Vasconcellos, Leão, Oscar Niemeyer,

Le Corbusier (consultoria)

Rua da Imprensa, 16

Centro

#modernismo

Page 44: 200+ da arquitetura brasileira

8382

Obra de Affonso Reidy, destaca-se pela verdade estrutural ou brutalismo de sua concepção (utiliza os materiais in bruto). Também merece atenção a composição da sua estrutura, um peristilo moderno, e o térreo livre.

Museu de Arte Moderna (MAM)

1953

Affonso Reidy

Av. Infante Dom Henrique, 85

Parque do Flamengo

#modernismo #brutalismo

Edifício Seguradoras

Sua principal característica é a curva sinuosa com painéis do artista plástico Paulo Werneck, que introduziu os mosaicos de pastilhas cerâmicas na arquitetura brasileira. O edifício está bem descaracterizado de seu projeto original, com detalhes que foram retirados, como os brises de madeira.

1949

MMM Roberto

R.Senador Dantas, 74

Centro

#modernismo

Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã)

Batizado de Estádio Jornalista Mário Filho, mais popularmente conhecido como Maracanã, foi palco para grandes momentos do futebol brasileiro e mundial. Totalmente remodelado, possui 78 mil lugares e é considerado um dos estádios mais modernos e seguros do mundo. Com formato oval, mede 317 m em seu eixo maior e 279 m no menor, e tem 32 m de altura, equivalente a um prédio de seis andares.

1950

Daniel Fernandes (reforma)

R. Professor Eurico Rabelo

Maracanã

#contemporâneo

Page 45: 200+ da arquitetura brasileira

8584

Hospital da LagoaBanco Aliança

O hospital de 10 pavimentos tem paisagismo assinado por Roberto Burle Marx e mural de azulejos externo do artista plástico Athos Bulcão. Os pilotis em “V” ampliam o espaço livre entre os suportes estruturais.

A linguagem modernista (no coroamento) dialoga com a arquitetura colonial brasileira (com a presença das colmeias e azulejos), resultando em prédio discreto e contido. O térreo foi completamente modificado, não respeitando o desenho original.

1956

Lúcio Costa

Praça Pio X, 99

Centro

#modernismo

1958

Oscar Niemeyer

R. Jardim Botânico, 501

Jardim Botânico

#modernismo

Sede do Jockey Clube do Brasil

Assinado por Lúcio Costa, foi o primeiro edifício no país a utilizar alumínio anodizado em preto, material aplicado nas janelas. Sua construção emprega janelas de púlpito, tradicionais do barroco, mesmo assim se enquadrando no uso das cortinas de vidro da época.

1956

Lúcio Costa

Av. Presidente Antônio Carlos, 501

Centro

#eclético

Parque Eduardo Guinle

Construído na década de 1920 como um palacete neoclássico, numa área de 25 mil m2, hoje abriga a residência oficial do Governador do Estado. Nos anos 1950, foi alvo de um plano de urbanização desenvolvido por Lúcio Costa, então diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, com a inserção de prédios de apartamentos e galerias comerciais com uso de pilotis, cobogós de cerâmica e recuos irregulares. Materiais como pedra, madeira e barro, em contraste com o verde do parque, criam um ambiente de tranquilidade que lembra os conjuntos de superquadras que seriam projetados pelo arquiteto para Brasília, anos depois.

1954

Lúcio Costa

R. Gago Coutinho, 66

Laranjeiras

#modernismo

Page 46: 200+ da arquitetura brasileira

8786

Sede da Petrobras

Edifício Manchete

Apesar de ter sido construído na década de 1960, possui central de automação e outras soluções que lembram os modernos edifícios inteligentes. Sua arquitetura destaca-se pela volumetria e o hiper-racionalismo construtivista.

Antiga sede da Rede Manchete, da Revista Manchete e de todos os veículos cariocas da Bloch Editores, o edifício de fachada envidraçada tem 27 mil m² e 12 andares. Foi desativado em 2000 por conta da falência da empresa.

1966

Oscar Niemeyer

Rua do Russel, 744 e 766, 804

Glória

#modernismo

1969

Roberto Luiz Gandolfi, José Sanchotene,

Abraão Aniz Assad, Luiz Forte Netto,

Vicente de Castro Neto

e José Maria Gandolfi

Av. República do Chile, 65

Centro

#pós-modernismo

Banco do Estado da Guanabara

O edifício apresenta vigas horizontais de concreto aparente, tendência da época inspirada no brutalismo corbusiano. Foi construído para ser sede do Banco do Estado da Guanabara e atualmente abriga secretarias do Governo do Estado.

1963-65

Henrique Mindlin

R. Nilo Peçanha, 175

Centro

#modernismo

Edifício Avenida Central

Primeiro edifício construído em estrutura metálica do Rio de Janeiro, é considerado uma mudança estética na orientação dos arquitetos da cidade, que até então eram influenciados por Le Corbusier, dando espaço a grandes prédios de aço e vidro.

1961

Henrique Mindlin

Av. Rio Branco, 156

Centro

#modernismo

Page 47: 200+ da arquitetura brasileira

8988

Sede do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES)

Centro Cândido Mendes

A fachada de cortinas de vidro é inspirada no nova-iorquino Seagram Building. Uma de suas inovações construtivas é o núcleo de concreto com formas deslizantes. Junto com o Edifício da Petrobras e o do BNH, formava o que a população do Rio de Janeiro apelidou de “Triângulo das Bermudas”, pela falta de clareza da gestão pública durante a ditadura militar.

Inserido em posição de destaque em um local marcado por construções coloniais, o edifício destoa dos tradicionais cartões-postais ao redor da praça XV. Inaugurou na cidade a geração de arranha-céus com pele de vidro.

1977

Harry Cole

Rua da Assembleia, 10

Centro

#pós-modernismo

1974

Alfred Willer, Ariel Stelle,

José Ramalho Jr., José Sanchotene,

Leonardo Oba, Oscar Mueller

e Rubens Sanchotene

Av. Chile, 100

Centro

#pós-modernismo

Sob orientação do arquiteto e paisagista brasileiroRoberto Burle Marx, o alargamento da AvenidaAtlântica, na década de 1970, resultou na reforma datradicional calçada de pedras portuguesas,posicionando o desenho das ondas em sentidoparalelo ao comprimento da calçada. Para ascalçadas internas da orla, o paisagista desenhouformas abstratas.

Paisagismo da Praia de Copacabana (Avenida Atlântica)

1970

Roberto Burle Marx

Av. Atlântica

Copacabana

#modernismo

Page 48: 200+ da arquitetura brasileira

9190

Museu de Arte Contemporânea de Niterói

Torre Almirante

Assinado por Oscar Niemeyer, o moderno edifício de 16 m de altura destaca-se na paisagem fluminense. A base cilíndrica de 9 m de diâmetro sustenta a cobertura circular de 50 m de diâmetro e área de quase 2 mil m². O visitante é conduzido à entrada do museu por meio de uma sinuosa rampa externa de concreto vermelho, ao longo de 98 m. Na área externa, a leveza é proporcionada por um espelho d’água com 817 m² de superfície e 60 cm de profundidade.

Um dos edifícios mais sofisticados do Rio de Janeiro, possui vidros de última geração, com desempenho termo-acústico e lumínico de alta eficiência. Foi construído no lugar do Edifício Andorinha, comprometido após um incêndio em 1986.

2005

Pontual Associados e

Robert Stern Architects

Av. Almirante Barroso, 81

Centro

#contemporâneo

1996

Oscar Niemeyer

Mirante da Boa Viagem, s/nº

Boa Viagem, Niteró

#modernismo

Sambódromo da Marquês de Sapucaí

Edifício Rio Branco 1

Construída com o objetivo de ser um equipamento urbano permanente para os tradicionais desfiles das escolas de samba cariocas, a passarela tem estrutura em peças pré-moldadas de concreto, medindo cerca de 700 m de comprimento.

Em estilo neogótico, o centro empresarial chama atenção pela fachada decorativa simétrica, com arcos monumentais no lugar da cortina de vidro, popular na época. Foi construído no lugar da Casa Mauá.

1988

Edison Musa

Avenida Rio Branco, 1

Centro

#neogótico

1984

Oscar Niemeyer

R. Marquês de Sapucaí

Santo Cristo

#modernismo

Page 49: 200+ da arquitetura brasileira

9392

Cidade das Artes Museu de Arte do Rio (MAR)

O complexo cultural com 87.403 m² de área construída leva a assinatura do arquiteto francês Christian de Portzamparc, representante da arquitetura pós-moderna. Erigido a 10 m do chão, é um espaço amplo e arejado de fomento à cultura, com diversas salas de música, exposições, teatro e cinema.

O complexo do museu se estende por 15 mil m² e possui oito salas de exposições e cerca de 2.400 m², divididos em quatro andares. Seus dois prédios são unidos por meio de uma praça, uma passarela e cobertura em forma de onda, resultando em um conjunto harmônico.

2013

Paulo Jacobsen, Bernardo Jacobsen

e Thiago Bernardes

Praça Mauá, 5

Centro

#contemporâneo

2013

Christian de Portzamparc

Avenida das Américas, 5.300

Barra da Tijuca

#pós-modernismo

Produção caracterizada pela renovação da técnica, pelo compromisso com a economia, pelo diálogo com a natureza, pela elegância da forma, pelo rigor com as funções, pela riqueza dos espaços, pelo respeito, enfim, às exigências essenciais – físicas e psicológicas – do homem contemporâneo. Com o uso de componentes industrializados, as obras dos quatro edifícios Sarah-Rio ficaram prontas em apenas seis meses. Os ambientes contam com terraços com jardins, para banhos de sol dos pacientes. Para garantir o controle da entrada do sol, os espaços são protegidos por coberturas ondulas, com sheds. O projeto ainda buscou a opções pela ventilação natural, comprovadamente eficiente no combate a infecções hospitalares, evitando ambientes herméticos.

Hospital Sarah Kubitschek

2009

João Filgueiras Lima (Lelé)

Av. Embaixador Abelardo Bueno, 1.500

Barra da Tijuca

#pós-modernismo

Page 50: 200+ da arquitetura brasileira

9594

Catedral Basílica de Salvador

Última remanescente do conjunto arquitetônico do Colégio de Jesus, tem planta típica das igrejas luso-brasileiras. A capela-mor está entre duas capelas e corredores que dão acesso à sacristia. A fachada e o interior são revestidos em pedra de lioz, importada de Portugal.

1604

Praça 15 de Novembro,

Terreiro de Jesus, s/nº Pelourinho

#seiscentismo

Paço Municipal

Importante exemplar da arquitetura civil colonial brasileira, sua planta está inserida em torno de um pátio central. A escadaria, com degraus e corrimões de mármore, dá acesso ao Salão Nobre e ao Plenário Cosme de Farias. Recentemente reformado, passou a contar com memorial, que ocupa o andar térreo da ala sul do prédio.

1660

Praça Thomé de Souza, s/nº

Centro

#colonial

O Centro Histórico de Salvador, iconizado no bairro do Pelourinho, é conhecido pela sua arquitetura colonial portuguesa, com monumentos históricos que datam do século XVII até o século XIX, e foi declarado como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1985.

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Page 51: 200+ da arquitetura brasileira

9796

Igreja e Convento de São Francisco

Com todo o interior coberto em ouro, é uma das mais ricas igrejas do país e importante representante do estilo barroco. A história de São Francisco é narrada em painéis de azulejos e a óleo, enquanto as pinturas homenageiam Nossa Senhora. A nave central é cortada por outra menor, formando uma cruz. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo.

1708

Rua da Ordem Terceira

Pelourinho

#barroco

Elevador Lacerda

Inaugurado em 1873, foi o primeiro e mais alto elevador urbano do mundo, com 63 m. O estilo art déco da torre foi inspirado na aerodinâmica dos aviões, expressando a velocidade do elevador, que percorria 60 m em apenas 17 segundos. O projeto é do arquiteto dinamarquês Fleming Thiesen.

1873

Fleming Thiesen

Praça Municipal, s/nº

Centro Histórico

#art déco

PelourinhoSolar do Unhão

Principal atração turística do Centro Histórico de Salvador, o Pelourinho é constituído por construções dos séculos XVII, XVIII e XIX, recentemente restauradas. Com influências da cultura africana no cotidiano, é composto de ruas estreitas, íngremes e em paralelepípedos.

Restaurado pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi, que assina o projeto do Museu de Arte de São Paulo, este casarão é a sede do Museu de Arte Moderna da Bahia. Inspirada na cultura popular, Lina alterou o espaço interno, demolindo o segundo piso e criando um espaço vazio, onde inseriu uma grande escada de madeira. Na fachada, destacam-se as portas e janelas pintadas de vermelho.

1690/1969

Lina Bo Bardi (reforma)

Avenida Contorno, s/nº

#modernismo

Séc. XVII

Rua da Ordem Terceira de São Francisco

Centro Histórico

#colonial #barroco

Page 52: 200+ da arquitetura brasileira

9998

Estação de Hidroaviões

Desde 2003, o local abriga uma marina e uma loja de equipamentos náuticos. Trata-se de um dos primeiros exemplares da arquitetura moderna na cidade, apresentando linhas simples e despretensiosas. O apelo decorativo remete ao art déco.

1939

Ricardo Antunes

Av. Porto dos Tainheiros, 1.704

Ribeira

#modernismo

Edifício Oceania

Com nove pavimentos residenciais, é dividido em dois corpos: um comercial e recreativo, o outro habitacional. Possui influência do estilo art déco e referências náuticas diversas. A construção começou nos anos 30, mas teve de ser paralisada pelo atraso da chegada dos materiais vindos da Europa por causa da Segunda Guerra.

1942

Freire & Sodré

Av. Oceânica, s/nº

Barra

#modernismo

Instituto do Cacau

Edifício A Tarde

Influenciado pelo expressionismo alemão, este projeto do arquiteto belga Alexander Buddeus tem 16.250 m2, distribuídos em quatro pavimentos com pés-direitos altos. Seu estilo possui poucas aberturas, com linhas retas e quinas arredondadas.

Representante do estilo art déco, a sede do jornal A Tarde possui fachadas com decoração floral estilizada, produzida de forma seriada. Preserva em sua fachada o estilo original, mas suas partes internas sofreram algumas intervenções.

1924-30

E. Kemnitz & Cia

Praça Castro Alves, 5

Centro

#eclético

1933-36

Alexander Buddeus

Rua da Espanha, s/nº

Comércio

#modernismo

Page 53: 200+ da arquitetura brasileira

101100

Edifício Jequitaia

Antiga sede da Petrobras, o prédio contém as características básicas do modernismo, como planta livre, janelas em fita e estética sem muitos adornos. A demanda por instalações maiores foi a responsável pela mudança da sede para o bairro do Itaigara.

1961

Lev Smarcevski e Emmanuel Berbert

R. Engenheiro Oscar Pontes, 220

Calçada

#modernismo

Complexo Esportivo Cultural Octávio Mangabeira (Arena Fonte Nova)

Mantendo o formato original de ferradura, que permite montar e desmontar grandes estruturas com facilidade, sem prejudicar o gramado, tem capacidade para 50 mil pessoas. A cobertura é adequada ao clima da cidade, filtrando a luz do sol em até 70%, sem impedir a iluminação natural. Além disso, reutiliza a água da chuva para irrigação do gramado e uso nos sanitários.

2013

Marc Duwe e Claas Schulitz

Ladeira da Fonte das Pedras, s/nº

Nazaré

#contemporâneo

Edifício SuerdieckTeatro Castro Alves

Chama atenção pela borda arrendondada, como uma chaminé ao lado do prédio. A única alteração sofrida desde sua inauguração foi a substituição das antigas esquadrias de madeira por novas de alumínio.

Criado com a pretensão de ser um dos palcos mais importantes do Brasil, o projeto de arquitetura moderna e ousada recebeu menção honrosa na 1ª Bienal de Artes Plásticas de Teatro em São Paulo. Mantém os valores estéticos e históricos da estrutura existente, sendo um valioso patrimônio cultural.

1957

José Bina Fonyat e

Humberto Lemos Lopes

Praça 2 de Julho, s/nº

Campo Grande

#modernismo

1958

Walfrido dos Santos Luz (engenheiro)

Av. Estados Unidos, 161

Comércio

#modernismo

Page 54: 200+ da arquitetura brasileira

103102

Primeira igreja a funcionar 24 horas em São Paulo, a Nossa Senhora da Boa Morte foi construída em 1810 e está localizada no centro da cidade, a uma quadra da Praça da Sé. Foi reinaugurada em 2009, após mais de três anos de restauração.

Igreja Nossa Senhora da Boa Morte

Rua Do Carmo, 202

1810 #barroco

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São Paulo é onde surgiu a chamada Escola Paulista, arquitetura de base socialista, sendo a mais marcante do século XX. Tem em Vilanova Artigas e em seus seguidores alguns representantes com importância mundialmente reconhecida. A arquitetura moderna, marcada pela racionalidade, pelos materiais industrializados e brutos – concreto e vidro – e pela valorização da função e da estrutura, forma um rico acervo espalhado pela cidade.

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Page 55: 200+ da arquitetura brasileira

105104

Pinacoteca Theatro Municipal

Após a reforma conduzida por Paulo Mendes da Rocha na década de 1990, tornou-se uma das mais dinâmicas instituições culturais do país, integrando-se ao circuito internacional de exposições com a promoção de eventos culturais diversos e uma ativa produção bibliográfica.

Cenário de um dos movimentos culturais mais marcantes do Brasil, a “Semana de Arte Moderna de 22”, o Theatro Municipal tem arquitetura inspirada na Ópera de Paris, sendo que o exterior remete aos estilos renascentista e barroco. Em 2011, ano de seu centenário, o edifício foi totalmente restaurado e o palco, modernizado.

1911

Francisco de Paula Ramos de Azevedo e os

italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi

Praça Ramos de Azevedo, s/nº

República

#neoclássico

1905

Francisco de Paula Ramos de Azevedo

e Domiciano Rossi (original)

Paulo Mendes da Rocha (reforma)

Praça da Luz, 2

Luz

#neoclássico

Estação da Luz Edifício Vila Penteado (FAU-Maranhão)

Localizada no Jardim da Luz, a estação possui 7,5 mil m2 e integra a rede de transportes sobre trilhos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Inspiradas no Big Ben e na Abadia de Westminster, suas estruturas foram trazidas da Inglaterra. Atualmente, abriga também o Museu da Língua Portuguesa, inaugurado em 2006.

Trata-se de um palacete construído no início do século XX para abrigar a família do comendador Antonio Álvares Penteado, poderoso fazendeiro de café empenhado na industrialização paulista. A Vila Penteado foi doada à Universidade de São Paulo no final da década de 1930, com o fim específico de abrigar uma Faculdade de Arquitetura. O próprio edifício era considerado, desde seu projeto, como uma obra de arte, de autoria do arquiteto sueco Carlos Ekmam.

1902

Carlos Ekmam

R. Maranhão, 88

Higienópolis

#art nouveau

1901

Charles Henry Driver (projeto atual)

Av. Prestes Maia, 925

Centro

#eclético

Page 56: 200+ da arquitetura brasileira

107106

Importante centro de abastecimento e lazer, oferece grande variedade de produtos, desde hortifrutigranjeiros até algumas especiarias nele encontradas exclusivamente. Possui dois andares, nos quais estão distribuídos seus 12,6 mil m2.

Mercado Municipal

1933

Francisco de Paula Ramos de Azevedo

Rua da Cantareira, 306

Luz

#neoclássico

Casa Modernista

Casa Modernista

Entre as casas modernistas, esta foi a primeira de São Paulo. Era tão fora do comum o seu desenho na época que, para conseguir aprovação da prefeitura para a construção, o arquiteto teve de colocar ornamentos em sua fachada – mas não utilizou nenhum, alegando falta de recursos para a conclusão. Esta casa foi feita para o próprio arquiteto morar e utiliza uma arquitetura tipicamente moderna. A residência acabou virando um museu que pode ser visitado gratuitamente.

Uma das primeiras manifestações da arquitetura moderna no Brasil, a pequena casa segue princípios funcionais como não ter corredores para otimizar o espaço. Ficou em exposição de 26 de março a 20 de abril de 1930, contribuindo para a assimilação da nova estética pela opinião pública da época.

1930

Casa Modernista

R. Itápolis, 964

Consolação

#modernismo

1928

Gregori Warchavchik

R. Santa Cruz, 325

Vila Mariana

#modernismo

Page 57: 200+ da arquitetura brasileira

109108

Jockey Club de São Paulo

Edifício do Antigo Banco de São Paulo

Inaugurado em 1941, contém diversas obras de arte dentro do prédio e em suas fachadas (a maioria relacionada a cavalos). Tipicamente art déco, sua estrutura possui diversos pontos vazados, com grandes vãos transparentes. A localização da arquibancada possibilita uma visão não só das corridas, mas também de uma grande parte da cidade de São Paulo.

Um símbolo de seu tempo, o grande prédio se insere no cenário cosmopolita da cidade durante a era das grandes estruturas no centro de São Paulo. É um dos mais importantes patrimônios art déco preservados na cidade.

1938

Álvaro de Arruda Botelho

Rua 15 de Novembro, 347

Centro

#art déco

1941

Elisiário da Cunha Bahiana

Av. Lineu de Paula Machado, 1.263

Cidade Jardim

#art déco

Vila América

Um projeto ousado que propõe uma visão diferente de moradia para uma região cercada por prédios. As casas possuem dois ou três andares e suas fachadas variam, algumas voltadas para fora, outras voltadas para dentro, onde uma rua corta o quarteirão. As fachadas das casas voltadas para a Alameda Lorena perderam suas características originais com a ocupação pelo comércio.

1938

Flávio de Rezende Carvalho

Alameda Lorena, 1.257

Bela Vista

#modernismo

Estação Júlio Prestes

Inspirada nas estações Grand Central e Pennsylvania, ambas nos Estados Unidos, sua plataforma é feita com estruturas metálicas do Hangar do Zeppelin, no Rio de Janeiro. Desde 1999, abriga a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Para isso, o grande hall foi transformado em uma moderna sala de concertos, batizada de Sala São Paulo, e as demais dependências, em escola de música.

1938

Christiano Stockler das Neves

Praça Júlio Prestes, 148

bairro

#eclético

Page 58: 200+ da arquitetura brasileira

111110

Casa de VidroEdifício Altino Arantes (Edifício do Banespa ou Banespão)

Antiga residência da arquiteta Lina Bo Bardi e seu marido, Pietro Maria Bardi, a Casa de Vidro é um marco da arquitetura paulistana. Como o próprio nome sugere, a residência construída em terreno de 7.000 m2 integra-se ao paisagismo ao redor graças às paredes de vidro, que constituem três de suas faces. Situada em declive e sustentada por pilares, possui um volume único e horizontal. Atualmente, abriga o Instituto Bardi.

Inspirado no Empire States norte-americano, foi por muito tempo o prédio mais alto da cidade (em 2011 ainda era o terceiro) com 161,22 m, contando a antena no topo. Hoje, mesmo com a profusão de prédios desde sua fundação, ainda se destaca no skyline paulistano sendo um dos cartões-postais da cidade.

1947

Plínio Botelho do Amaral

Rua João Brícola, 24

Centro

#art déco

1951

Lina Bo Bardi

R. General Almério de Moura, 200

Morumbi

#modernismo

Edifício Louveira

Neste projeto residencial, os arquitetos João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi propuseram uma solução incomum para a fachada, voltada para um jardim no meio dos dois prédios (um de sete e outro de seis andares). Este espaço é quase uma extensão da Praça Vilaboim, com uma pequena grade separando o jardim da calçada. O conjunto foi construído em 1946. “Nessa época eu participava ativamente como militante do Partido Comunista, desenvolvendo uma prática leninista”, disse Artigas sobre o Louveira.

1946

João Batista Vilanova Artigas

e Carlos Cascaldi

Praça Vilaboim, 144

Pacaembu

#modernismo

Instituto Biológico

A construção começou em 1928 e foram utilizados materiais requintados do Brasil e de fora. Um dos prédios mais representativos do estilo art déco no país. A área tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) é de 122 mil m2.

1945

Mário Whately

Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1.252

Vila Mariana

#art déco

Page 59: 200+ da arquitetura brasileira

113112

Edifício Triângulo

Edifício Montreal

Um dos primeiros trabalhos de Niemeyer na cidade, se encaixa harmoniosamente nos quarteirões de grandes edifícios do centro. Logo em sua entrada, é possível ver um painel de Di Cavalcanti. Projetado em 1953 e 1954, era para ser envolto por três tipos de vidro. Porém, a prefeitura não aprovou e o projeto final foi distorcido. Finalizado sem controle, o Triângulo ficou deformado e distante do projeto original do arquiteto.

Primeira obra projetada por Niemeyer em São Paulo, em 1950. O arquiteto usa aqui o brise horizontal para proteção do sol, solução que seria utilizada também no Copan, seu prédio mais conhecido na cidade.

1954

Oscar Niemeyer

Av. Ipiranga, 1.284

República

#modernismo

1955

Oscar Niemeyer

Rua José Bonifácio, 24

Centro

#modernismo

Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega (Palácio das Nações, Museu Afro Brasil)

Dentro do Parque Ibirapuera, o único prédio com visitação interna garantida é o Pavilhão Manuel da Nóbrega, local da primeira Bienal de São Paulo e hoje ocupado pelo Museu Afro Brasil. É uma oportunidade de conhecer as obras de Niemeyer por dentro, com suas típicas formas e curvas.

1953

Oscar Niemeyer

Av. Pedro Álvares Cabral, Portão 10

Parque Ibirapuera, Moema

#modernismo

Fundação Maria Luiza e Oscar Americano

Antiga residência do engenheiro Oscar Americano e sua família, a casa foi transformada em fundação e doada ao município de São Paulo em 1974, junto com uma coleção de obras de arte e o extenso parque, que abriga principalmente espécies nativas da flora brasileira, como sibipirunas, pau-ferro, pau-brasil e jacarandás.

1953

Oswaldo Bratke

Av. Morumbi, 4.077

Morumbi

#modernismo

Page 60: 200+ da arquitetura brasileira

115114

Edifício Pauliceia

Conjunto Nacional

Marco da arquitetura moderna em São Paulo, o prédio simboliza a transição da avenida dos casarões para a dos espigões. No projeto original, era aberto tanto para a Avenida Paulista quanto para a rua São Carlos do Pinhal.

Um dos primeiros grandes edifícios modernos de São Paulo. O empresário argentino José Tjurs comprou a mansão que ficava no quarteirão em 1952, com o intuito de construir o Conjunto Nacional. Até então, a região da Paulista era praticamente só residencial. O prédio tem esta utilidade, mas também empresarial, comercial e de lazer, simulando uma minicidade. O edifício tem características públicas, ao permitir uma travessia entre as ruas, levando a calçada para dentro do complexo. Uma escada circular leva até um terraço com jardim e uma cúpula central.

1956

David Libeskind

Av. Paulista, 2.073

Jardim Paulista

#modernismo

1956

Jacques Pilon e Giancarlo Gasperini

Av. Paulista, 960

Bela Vista

#modernismo

Edifício Eiffel

O desenho do prédio lembra um livro em pé e serve de homenagem à Escola Normal Caetano de Campos, em frente à praça. A existência de apartamentos duplex, uma novidade na época, diferenciava o Eiffel. Possui um misto de moradia e comércio, assim como o Copan, inaugurado uma década mais tarde.

1956

Oscar Niemeyer

Praça da República, 177

República

#modernismo

Edifício Califórnia

A Galeria Califórnia foi projetada em 1951 e já foi considerada um dos locais mais charmosos da cidade. A sustentação em V, polêmica na época, tornou-se uma das principais características da obra do arquiteto. A passagem pelo meio do prédio se integra com a cidade, tornando-se um espaço público. Seu saguão conta com um painel em mosaico de Cândido Portinari.

1955

Oscar Niemeyer e Carlos Lemos

Rua Barão de Itapetininga, 255

República

#modernismo

Page 61: 200+ da arquitetura brasileira

117116

Edifício Bretagne

Edifício Lausanne

No Edifício Bretagne, percebe-se que não é só a forma e a função que fazem parte de um projeto arquitetônico. Artacho Jurado andava na contramão da arquitetura moderna que se implantava na cidade no meio do século XX. Ele construiu vários prédios com muitos ornamentos e cores, elementos pouco valorizados na época. O Bretagne, inaugurado em 1959, foi o primeiro edifício da cidade a contar com piscina. Vagas extras nas garagens foram projetadas pelo arquiteto, no intuito de serem alugadas para moradores da vizinhança, diminuindo assim o custo do condomínio de quem morava no prédio.

É um conjunto de dois prédios idênticos com um jardim comum na frente. As janelas são revestidas com lâminas que quebram o sol, possibilitando um melhor controle da luz. Na fachada que divide os dois prédios encontra-se uma pintura de Clóvis Graciano. O arquiteto – que também foi responsável pelo Edifício Itália – criou vários prédios de habitação coletiva. Seus desenhos se caracterizam pela arquitetura moderna padrão, com linhas simples, quase industriais.

1958

Adolf Franz Heep

Avenida Higienópolis, 101

Higienópolis

#modernismo

1959

João Artacho Jurado

Av. Higienópolis, 938

Higienópolis

#eclético

Planetário Aristóteles Orsini

O Planetário do Ibirapuera foi o primeiro a ser instalado na América Latina. Reforma de 2006 instalou projetores de última geração, da empresa alemã Carls Zeiss. É um patrimônio histórico, científico e cultural da cidade, tombado pelo Conselho Municipal de Tombamento e Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat).

1957

Eduardo Corona, Roberto G. Tibau

e Antônio Carlos Pitombo

Av. Pedro Álvares Cabral, Portão 3

Parque Ibirapuera, Moema

#modernismo

Pavilhão Ciccillo Matarazzo (Bienal)

O Ibirapuera foi inaugurado em 1954, nas comemorações dos 400 anos da cidade. Projetado três anos antes, o parque conta com uma marquise de desenho suave ligando todos os edifícios. Ao todo, são cinco construções de Niemeyer no local, além da própria marquise. Dentro da Oca existem três estrelas de cinco pontas que se sobrepõem. Este mesmo formato em semicírculo do prédio foi adotado no Congresso Nacional em Brasília. O Auditório foi o último a ser inaugurado, em 2004. A parede traseira do prédio pode ser aberta, possibilitando que os shows sejam vistos não só da plateia, mas também do gramado do parque. Na entrada do prédio, há uma obra de Tomie Ohtake.

1957

Oscar Niemeyer

Av. Pedro Álvares Cabral, Portão 3

Parque Ibirapuera, Moema

#modernismo

Page 62: 200+ da arquitetura brasileira

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Talvez o cartão-postal mais conhecido de São Paulo, o Copan foi projetado em 1951. Seu formato em S contrasta com a malha quadriculada da cidade. As dependências dividem apartamentos residenciais de vários tamanhos, lazer e comércio. O brise horizontal, já utilizado no Edifício Montreal, divide a visão dos apartamentos em três seções, cada uma oferecendo um recorte da paisagem. Seus números impressionam tanto quanto seu desenho: são 115 m de altura, 35 andares, além de dois subsolos e cerca de dois mil moradores em 1.160 apartamentos. É considerado o maior edifício residencial da América Latina.

Edifício Copan

1966

Oscar Niemeyer

Av. Ipiranga, 200

República

#modernismo

Edifício Sul-Americano

Composto por dois blocos, um horizontal, com cinco andares, que ocupa toda a área do terreno, e outro vertical com vinte andares. Destaca-se o terraço-jardim, projetado por Burle Marx. O conjunto é separado em seu exterior, mas por dentro é unificado.

1963

Rino Levi

Av. Paulista, 1.948

Bela Vista

#modernismo

Shopping Center Grandes Galerias (Galeria do Rock)

Inaugurado em 1963, ele recebe diversas tribos em seus andares. Ligado à cena musical, seu desenho abre um espaço no meio da calçada, trazendo a cidade para dentro do prédio e o prédio para dentro da cidade. Esta característica brasileira das galerias – o uso público de espaços privados – difere das europeias, inspiração de vários destes espaços em São Paulo. O arquiteto foi uma figura polêmica, que enriqueceu e faliu várias vezes, sendo responsável também pelo desenho do primeiro shopping center do país (Shopping Iguatemi).

1963

Alfredo Mathias

Av. São João, 439

República

#modernismo

Page 63: 200+ da arquitetura brasileira

121120

Casa Bola Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)

A estrutura esférica de 8 m de diâmetro chama atenção em meio às tradicionais construções do bairro. Revestida com placas de alumínio, a fachada remete à chegada do homem à Lua. Com três andares, a casa de 135 m² de piso é a residência do arquiteto que a projetou na década de 1970, Eduardo Longo.

Uma estrutura pesada no meio da Avenida Paulista, mas um grande símbolo da região. A ousadia de Rino Levi tem a intenção de chocar quem passa por ali. Ninguém deixa de notar o edifício, seja a pé, de carro, na mesma calçada ou do outro lado da rua. A intervenção de Paulo Mendes da Rocha no saguão de entrada do prédio respeitou o desenho original e abriu um espaço expositivo integrado com a calçada da avenida.

1979

Rino Levi e Paulo Mendes da Rocha

Av. Paulista, 1.313

Cerqueira César

#modernismo

1979

Eduardo Longo

Rua Amauri, 352

Jardim Europa

#modernismo

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP)

Um marco arquitetônico que prova o reconhecimento da FAU-USP a um de seus mais renomados ex-alunos. Os pilares do lado de fora do prédio causam uma ilusão de que o concreto está sendo sustentado por uma estrutura fina. Um dos principais formuladores do ensino da arquitetura na cidade, Artigas faz do prédio uma aula em cada andar.

1969

João Batista Vilanova Artigas

Rua do Lago, 876

Cidade Universitária

#modernismo

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)

O bloco suspenso no meio da Avenida Paulista causa espanto. O vão livre tem 74 m, considerado na época o maior do mundo. A estrutura abre um caminho no meio da calçada, transformando a área abaixo do museu em uma praça e preservando a visão para o centro da cidade. Mas o museu não é somente a estrutura suspensa. Existem pisos no subsolo. Por causa do terreno inclinado, esta estrutura não é totalmente subterrânea e possui janelas para a Avenida 9 de Julho. Inaugurado em 1968, é considerado a obra-prima da arquiteta Lina Bo Bardi e um dos maiores símbolos da cidade de São Paulo.

1968

Lina Bo Bardi

Av. Paulista, 1.578

Bela Vista

#modernismo

Page 64: 200+ da arquitetura brasileira

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Memorial da América Latina

Museu Brasileiro da Escultura (MuBE)

Projetado em 1987 e inaugurado em 1989, representa a retomada de obras do arquiteto na cidade. Abriga seis edifícios em 25.210 m² de área construída. A pintura branca do concreto e os vidros escuros unem esteticamente as edificações. Nem mesmo uma avenida consegue separar o conjunto arquitetônico – Niemeyer construiu uma passarela por cima dela, ligando as duas áreas.

Uma enorme viga pode ser vista logo em sua entrada, mas o grande destaque do seu desenho está debaixo da terra. O projeto arquitetônico foi escolhido por meio de concurso fechado e teve início em 1988, sendo inaugurado em 1995. O jardim leva a assinatura de Burle Marx. Paulo Mendes da Rocha venceu o Prêmio Pritzker em 2006.

1995

Paulo Mendes da Rocha

Av. Europa, 218

Jardim Europa

#modernismo

1989

Oscar Niemeyer

Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664

Barra Funda

#modernismo

Centro Cultural São Paulo

Considerado um dos principais espaços culturais da cidade, está localizado na região central e tem ligação direta com a Estação Vergueiro do metrô. Com biblioteca, teatro, salas de cinema, espaço para pequenos concertos, ateliês e área para exposições, tem 46,5 mil m² e um projeto arquitetônico que privilegia a horizontalidade e a fluidez de seus amplos setores.

1982

Eurico Prado Lopes e

Luiz Benedito de Castro Telles

Rua Vergueiro, 1.000

Paraíso

#pós-modernismo

Sesc Pompeia

Exemplo de como transformar uma ambiente pesado e fechado em algo de uso comum. Era uma fábrica que foi transformada em área de lazer e cultura, e ainda ganhou prédios anexos. As janelas destas novas estruturas possuem desenhos inusitados, orgânicos, fugindo das formas tradicionais quadriculares. A intervenção da arquiteta no ambiente consistiu até em um pequeno rio que atravessa um dos prédios da antiga fábrica.

1982

Lina Bo Bardi

Rua Clélia, 93

Pompeia

#pós-modernismo

Page 65: 200+ da arquitetura brasileira

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2005

Oscar Niemeyer

Av. Pedro Álvares Cabral, Portão 2

Parque Ibirapuera, Moema

#modernismo

Estava no projeto original desenhado por Oscar Niemeyer, em 1950, mas só começou a ser construído em 2002 sendo inaugurado em 2005. Com isso, em relação à proposta original do arquiteto, apenas a praça de acesso que separa o Auditório da Oca, e serviria como entrada principal para o parque, não saiu do papel.

Auditório Ibirapuera

Hotel Unique

Alguns veem no prédio um barco, outros uma melancia cortada. O certo é que a estrutura fina segurando outra imensa impressiona – assim como a do prédio do Masp, outro ícone da cidade. O espaço construído deixou uma calçada bastante afastada da rua na frente do hotel, ampliando o uso para os pedestres. Um espaço público em um local privado, possibilitando uma convivência pouco comum em hotéis.

2002

Ruy Ohtake

Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4.700

Jardim Paulista

#pós-modernismo

Marquise da Galeria Prestes Maia

Polêmico projeto que modificou radicalmente a Praça do Patriarca. Seus críticos dizem que a cobertura cobre a visão da igreja e que a sustentação ocupa um espaço importante da praça. Porém, a estrutura flutuante em cima da entrada da Galeria Prestes Maia tem um desenho suave, levando um respiro às linhas duras do centro da cidade.

2002

Paulo Mendes da Rocha

Praça do Patriarca

Centro

#contemporâneo

Page 66: 200+ da arquitetura brasileira

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Arena Corinthians

Conhecido popularmente como “Itaquerão”, o estádio de futebol é a nova sede dos jogos do Sport Club Corinthians Paulista. O projeto foi vencedor do VIII Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa em 2014 em duas categorias, o grande prêmio e projeto na área comercial.

2014

Aníbal Coutinho

Avenida Miguel Ignácio Curi, 111

Vila Carmosina

#contemporâneo

Biblioteca Brasiliana

Com mais de 20 mil m², a Biblioteca Brasiliana abriga o raro acervo de 17 mil títulos doado pelo bibliófilo José Mindlin à Universidade de São Paulo (USP). Inspirado em conceituadas bibliotecas internacionais, dentre elas a Biblioteca Beinecke de Manuscritos e Livros Raros, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e a Biblioteca Saint Geneviève, de Paris, o projeto conta com elementos sustentáveis que geram economia de energia elétrica.

2013

Eduardo de Almeida e

Rodrigo Mindlin Loeb

Rua da Biblioteca, s/nº

Cidade Universitária

#contemporâneo

Edifício 360º

Construído entre o Alto de Pinheiros e o Alto da Lapa, o premiado edifício proporciona vistas privilegiadas do entorno e da cidade. Com 22 andares, é constituído por 62 “casas suspensas com quintal”, distribuídas como cubos assimétricos que se encaixam.

2013

Isay Weinfeld

R. Caburiú, 1.150

Lapa

#contemporâneo

Praça das Artes

Com cerca de 28.500 m2, o local é resultado de uma restauração completa do edifício do antigo Conservatório Dramático e Musical para receber apresentações de dança e música. Seu desenho criou uma passagem pelo quarteirão, característica tradicional das antigas galerias do centro da cidade retomada aqui em um projeto moderno.

2012

Marcelo Ferraz, Francisco Fanucci

e Marcos Cartum

Av. São João, 281

Centro

#contemporâneo

Page 67: 200+ da arquitetura brasileira

Este livro foi composto em Aaux, impresso pela gráfica RR Donnelley sobre papel Offset 90g em julho de 2014.

Organização: Andre Deak e Felipe LavignattiEditor: Otavio NazarethProjeto gráfico: Daniel BritoProdução editorial: Tamara BaldassariRedação e Pesquisa: Lucie FerreiraFotografias: Beto Guimarães, Andre Deak, Maíra Acayaba, Pedro Prado de Padua, Richardson Pontone, Joana França, Helder Jean, Flavio Bertagnolli, Paulo Winz, Leo Caobelli, Andre S. Sampaio, Theo Marques, Alberto César Araújo, Helder Tavares, Pedro Rezende.Revisão: Jonas PinheiroImpressão: RR DonnelleyTradução (no site): Flavio Juliano e Eduardo SandriniProdução: Liquid Media LaabPatrocínio: Fundo Nacional de Cultura - Prêmio Cultura 2014

AgradecimentosLigia Ximenes, Flavio Juliano, Lou Bezerra, Daniela Gomes Pinto, Luiz Fukushiro, Pedro Moraes, Tiago Soares e todo #CRS2, Adriano Medeiros, Lucie Ferreira, Rodrigo Marcondes, Paulo Fehlauer, Leo Calbelli, Beto Guimarães, Maíra Acayaba, Pedro Prado de Padua, Richardson Pontone, Joana França, Helder Jean, Flavio Bertagnolli, Paulo Winz, Pedro Rezende, Andre S. Sampaio, Theo Marques, Alberto César Araújo, Helder Tavares, Valter Caldana, Lucas Girard, Moreno Zaidan Garcia e todo mundo da 23 Sul, Ana Chun, Gustavo Scatena, Roberta Carteiro, Estúdio Goma, Miguel Salvatore e Serralheria, Daniela Greeb e Vanessa Labigalini.

Pedro Kok: capa, 22b, 23a, 31b, 105a, 115b, 116b, 118b, 125 / Divulgação: 17b, 45a, 73b / Joana França: 13a, 14b, 15, 16b, 17a, 19, 20, 21, 22a, 23b, 24 a 31a, 80b, 84b, 88 / Richardson Pontone: 9 a 12, 13b, 14a, 16a / Alberto Araujo: 53 a 57 / Helder Tavares: 71, 72, 73a / Flavio Bertagnoli: 33 a 37 / Theo Marques: 39 a 44, 45b / Paulo Winz: 47 a 51 / Helder Jean: 58, 59 / Leo Caobeli: 61 a 69 / José Caldas: 75 / Pedro Prado de Padua: 76a, 77a, 78b, 79b, 80a, 81, 82a, 83, 84a, 85 a 87, 89, 90, 91b, 92, 93 / Halley Pacheco de Oliveira: 77b, 78a / Al Lemos: 79a / Daniel Basil: 82b / Rodrigo Soldon: 91a / Marcelo S. Sampaio: 95 a 101 / Beto Guimarães: 103, 104, 105b, 107, 108a, 122b, 126b, 127a / Maíra Acayaba: 106b, 111b, 112a, 121a, 126a / Felipe Lavignatti: 120b / Andre Deak: 106a, 108b, 109 a 111a, 112b a 115a, 116a, 117, 118a, 119, 120a, 121b, 122a, 123, 124 / Edson Lopes Jr.: 127b

Editora Olhares, 2014

Page 68: 200+ da arquitetura brasileira

Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Deak, Andre 200 + arquitetura brasileira / organizadores, Andre Deak e Felipe Lavignattti . -- 1. ed. -- São Paulo : Editora Olhares, 2014.

1. Arquitetura 2. Arquitetura - Brasil 3. Arquitetura - Brasil - História I. Deak, Andre. II. Lavignatti, Felipe.

ISBN 978-85-62114-37-3

14-06270 CDD-720.981

Índices para catálogo sistemático:1. Arquitetura brasileira : História 720.981

2. Brasil : Arquitetura 720.981

BELO HORIZONTEBRASÍLIA

CUIABÁCURITIBA

FORTALEZAMANAUS

NATALPORTO ALEGRE

RECIFERIO DE JANEIRO

SALVADORSÃO PAULO

818323846525860707494102

Page 69: 200+ da arquitetura brasileira

O livro 200+ da arquitetura brasileira apresenta um recorte específico e um panorama da arquitetura brasileira em 12 cidades, com foco nas obras mais importantes, passando por diversos períodos e escolas.

O que se encontrará neste volume são

200 obras de arquitetura brasileira,

das mais variadas épocas, dos mais

variados autores, com as mais variadas

técnicas construtivas. São trabalhos cheios

de significado, de simbologias, carregadas

de história e de contemporaneidade.

Valter CaldanaProfessor da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Belo Horizonte

Curitiba

Brasília

Cuiabá

Fortaleza

Manaus

Natal

Porto Alegre

Recife

Rio de Janeiro

Salvador

São Paulo

[Org.] Andre Deak e Felipe Lavignatti

200+

da arquitetura brasileira