2004/2005 gestão de energia em edifícios e na indústria 1 produção autónoma de energia Álvaro...
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2004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
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Produção Autónoma de Produção Autónoma de EnergiaEnergia
Álvaro Gomes
Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de ComputadoresGestão de Energia em Edifícios e na Indústria
222004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Produção de EE em 2000 (SEN)
GN (SEP); 14.06%
Carvão (SEP); 34.18%
Fuelóleo (SEP); 11.67%
Albufeira (SEP); 13.45%
Mini-hídrica (PRE); 1.36%
Eólica (PRE); 0.35% Hídrica
(SENV); 1.47%
Fio de água (SEP); 10.78%
RSU; 1.22%
Co-geração (PRE);
11.37%
Gasóleo (SEP); 0.09%
332004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Evolução da Potência no SEN (GW)Evolução da Potência no SEN (GW)Evolução da Potência no SEN (GW)Evolução da Potência no SEN (GW)
Fio de água
Albufeira
Fuelóleo
Carvão Gasóleo
Hídrica (SENV)
Gás natural
Co-geração (PRE)
Mini-hídrica (PRE)
Eólica (PRE)
442004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Vantagens da co-geraçãoVantagens da co-geraçãoA produção centralizada em grande escala pode ser A produção centralizada em grande escala pode ser pouco eficiente devido ao não aproveitamento da pouco eficiente devido ao não aproveitamento da energia térmica. Os sistemas de co-geração são, energia térmica. Os sistemas de co-geração são, usualmente, localizados e permitem o aproveitamento usualmente, localizados e permitem o aproveitamento de parte da térmica, aumentando a eficiência do de parte da térmica, aumentando a eficiência do processo de conversãoprocesso de conversãoBenefícios Benefícios
consumidor consumidor redução da factura com a EEredução da factura com a EEpotencial melhoria da qualidade de abastecimentopotencial melhoria da qualidade de abastecimentomaior grau de diversificação das fontes de energia maior grau de diversificação das fontes de energia
sociedade sociedade diversificação das fontes primárias de energiadiversificação das fontes primárias de energiamaior eficiência no uso da energia primária (redução da taxa maior eficiência no uso da energia primária (redução da taxa consumo das reservas de combustíveis) consumo das reservas de combustíveis) redução do impacte ambientalredução do impacte ambiental
sistema eléctricosistema eléctricoredução de pontasredução de pontasdescentralização da produção de energia eléctricadescentralização da produção de energia eléctrica
552004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Produção combinada de calor e Produção combinada de calor e electricidadeelectricidade
centrais
48% 52%
Energia final56%
Perdas 44%
caldeira
Electricidade18%
Tecnologiaconvencional
combustível 100%
Sistema de cogeração
Perdas 16%En. Térmica
60%Electricidade
24%
Cogeração
combustível 100%
Energia final84%
662004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Tecnologias …Tecnologias …Evolução da tecnologia dos motores, das turbinas Evolução da tecnologia dos motores, das turbinas e dos recuperadores de calor originou uma grande e dos recuperadores de calor originou uma grande diversidade de alternativas para co-geração diversidade de alternativas para co-geração turbinas/caldeirasturbinas/caldeiras
vapor, vapor, gásgás
motores de combustão internamotores de combustão internaDieselDieselGás natural (usualmente ciclo Otto – 4 tempos)Gás natural (usualmente ciclo Otto – 4 tempos)Dual - fuelDual - fuel
Outros Outros (alguns ainda em fase de desenvolvimento e (alguns ainda em fase de desenvolvimento e experimentação)experimentação)
Células de combustívelCélulas de combustívelMicro-turbinas (~30 – 300 kW)Micro-turbinas (~30 – 300 kW)……
772004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Tecnologias – turbina a gásTecnologias – turbina a gás
882004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Balanço de Balanço de energia numa energia numa turbina a gásturbina a gás
•Fácil manutenção
•Arranque rápido (relativamente)
•Grande fiabilidade
•Disponibiliza ET a elevadas temperaturas (500 – 600ºC)
•Compactas e com poucas vibrações
•Menos atractivas em processos com poucas necessidades térmicas
•Tempo de vida útil curto
•Só combustíveis líquidos e gasosos
992004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Tecnologias – turbina a vaporTecnologias – turbina a vapor
10102004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Balanço de Balanço de energia numa energia numa
turbina a vaporturbina a vapor
•Disponibiliza vapor à pressão atmosférica ou alta pressão
•Trabalham longos períodos de tempo sem necessidade de paragem
•Eficiência global elevada
•Tempo de vida elevado
•Investimento inicial elevado
•Emissão de poluentes
•Baixo rendimento em EE
•Arranque lento
•Reduzido número de aplicações
•Dependência de um tipo de combustível no dimensionamento
11112004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Ciclo combinadoCiclo combinado
12122004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Motores de combustãoMotores de combustão
13132004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Campos de aplicação:Campos de aplicação:
Indústria transformadoraIndústria transformadora HospitaisHospitais HotéisHotéis Estabelecimentos de ensino;Estabelecimentos de ensino; Piscinas;Piscinas; Edifícios de escritóriosEdifícios de escritórios Centros comerciaisCentros comerciais Distribuição domiciliária de calorDistribuição domiciliária de calor
14142004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Dimensionamento optimizado Dimensionamento optimizado para:para:
Obtenção de calor Obtenção de calor resposta às necessidades térmicas resposta às necessidades térmicas
importando/exportando EEimportando/exportando EE
Obtenção da EE Obtenção da EE utilizando caldeiras independentes para utilizando caldeiras independentes para
produzir o calor adicional, se necessárioproduzir o calor adicional, se necessário
Minimização de custos Minimização de custos (total anual: (total anual: investimento+manutenção+operação)investimento+manutenção+operação) resposta às necessidades mínimas de calor e resposta às necessidades mínimas de calor e
EE utilizando caldeiras independentes e EE utilizando caldeiras independentes e importando / exportando EE, se necessárioimportando / exportando EE, se necessário
15152004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Parâmetros a considerar:Parâmetros a considerar:
QuantidadeQuantidade Vapor (ton/h)Vapor (ton/h) Calor (kWh)Calor (kWh) EE (kWhe)EE (kWhe)
QualidadeQualidade PressãoPressão TemperaturaTemperatura TensãoTensão
Perfil do consumoPerfil do consumo Perfil anualPerfil anual Perfil diário (verão / inverno)Perfil diário (verão / inverno) Perfil diário de paragemPerfil diário de paragem
16162004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Projecto …Projecto …
Com os parâmetros identificados e Com os parâmetros identificados e quantificados e a opção tomada quantificados e a opção tomada relativamente à opção de relativamente à opção de dimensionamento, identificam-se as dimensionamento, identificam-se as tecnologias mais adequadas, seguindo-tecnologias mais adequadas, seguindo-se a avaliação técnico-económicase a avaliação técnico-económica
17172004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Execução do Projecto
Desenvolvimento do Caderno de EncargosDesenvolvimento do Caderno de Encargos
Consulta ao Mercado, Selecção de Fornecedor e Elaboração de Contratos.
Consulta ao Mercado, Selecção de Fornecedor e Elaboração de Contratos.
Execução do ProjectoExecução do Projecto
• Concepção da Central de Cogeração;
• Solicitação de Condições de Interligação ao SEP;
• Instrução do Processo de Licenciamento junto da DGE.
• Desenvolvimento de um documento de consulta para o fornecimento e montagem da central de cogeração, atendendo aos requisitos da instalação, processos envolvidos e exigências de performance da instalação.
• Consulta a fornecedores existentes no mercado;
• Relatório de comparação das propostas e Selecção;
• Contratos de Fornecimento e de Disponibilidade / Manutenção.
• Gestão da Obra;• Realização de Testes;• Aceitação da Obra;• Vistoria [DRME e EDIS]
Concepção e LicenciamentoConcepção e Licenciamento
Projecto de Co-geração
18182004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Alguns exemplosAlguns exemplos
19192004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Produção de frio por absorçãoProdução de frio por absorção
Aproveitamento do calor remanescente do Aproveitamento do calor remanescente do cogerador através de cogerador através de chillerschillers de absorção de absorção – isentos de CFC’s;– isentos de CFC’s;
Menores custos de manutenção (pois estes Menores custos de manutenção (pois estes chillerschillers funcionam segundo um princípio funcionam segundo um princípio químico – não têm partes móveis);químico – não têm partes móveis);
O seu elevado preço ainda é um entrave à O seu elevado preço ainda é um entrave à sua utilização, tal como o seu baixo COP sua utilização, tal como o seu baixo COP (tipicamente entre 0.6 e 1.4).(tipicamente entre 0.6 e 1.4).
20202004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Princípio de funcionamento geralPrincípio de funcionamento geral
21212004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Princípio de funcionamento geralPrincípio de funcionamento geral
Semelhante ao ciclo de compressão Semelhante ao ciclo de compressão (compressor - condensador - válvula de (compressor - condensador - válvula de expansão - evaporador - compressor);expansão - evaporador - compressor);
O compressor mecânico é substituído por um O compressor mecânico é substituído por um “compressor químico” (composto por uma “compressor químico” (composto por uma solução química, uma bomba e um permutador solução química, uma bomba e um permutador de calor).de calor).
22222004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
ClassificaçãoClassificação
Apenas turbinas conseguem gerar temperaturas Apenas turbinas conseguem gerar temperaturas aceitáveis para os aceitáveis para os chillerschillers de duplo e triplo efeito de duplo e triplo efeito
Os de meio efeito são demasiado caros e Os de meio efeito são demasiado caros e ineficientes para serem viáveisineficientes para serem viáveis
Tipo COP Temperaturas dealimentação °C
Meio-efeito 0.35 80 – 100
Efeito simples 0.70 120 – 132
Efeito duplo 1.1 150 – 170
Efeito triplo >1.6 170 – 200
23232004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
ExemploExemplo
2004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
2424
TRIGERAÇÃOTRIGERAÇÃO
Conversão realizada a partir de um único combustível em três “formas de energia” diferentes: electricidade, vapor ou água quente e água fria
25252004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Componentes do sistemaComponentes do sistema
Máquina primária: Máquina primária: Motores alternativos: ciclo “OTTO” ou ciclo Diesel;Motores alternativos: ciclo “OTTO” ou ciclo Diesel; Turbinas a gás ou a vapor;Turbinas a gás ou a vapor;
Recuperador de calor;Recuperador de calor;
ChillersChillers de absorção de efeito simples ou de de absorção de efeito simples ou de efeito duplo.efeito duplo.
Gerador de energia eléctricaGerador de energia eléctrica
26262004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Porquê trigeração?Porquê trigeração?
Permite compensar diferenças entre Permite compensar diferenças entre necessidades térmicas de Inverno e de Verão necessidades térmicas de Inverno e de Verão maximizando o aproveitamento da unidade de maximizando o aproveitamento da unidade de cogeraçãocogeração
Objectivo: produzir electricidade e AQS durante Objectivo: produzir electricidade e AQS durante todo o ano, calor no Inverno e frio no Verão para todo o ano, calor no Inverno e frio no Verão para climatização. climatização.
27272004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Resumo das vantagensResumo das vantagens
Eficiência global superior Eficiência global superior Diminuição de perdas de transporte de Diminuição de perdas de transporte de
energia devido à produção localenergia devido à produção local Emissões mais reduzidas de poluentesEmissões mais reduzidas de poluentes Podem em alguns casos ser aproveitados Podem em alguns casos ser aproveitados
resíduos industriais, domésticos e biomassaresíduos industriais, domésticos e biomassa Redução da potência em horas de ponta à Redução da potência em horas de ponta à
rede, reduzindo a necessidade do recurso a rede, reduzindo a necessidade do recurso a centrais menos eficientes ou à importação centrais menos eficientes ou à importação em períodos de pontaem períodos de ponta
28282004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Princípio de funcionamentoPrincípio de funcionamento
29292004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
VantagensVantagens Eficiência global do sistema muito superior à Eficiência global do sistema muito superior à
produção independente de cada uma das formas produção independente de cada uma das formas de energia (conseguem-se economias de 60% de de energia (conseguem-se economias de 60% de energia primária;energia primária;
Diminuição das perdas de transporte de energia Diminuição das perdas de transporte de energia devido à produção local;devido à produção local;
Emissões de NOx reduzidas em 25% em Emissões de NOx reduzidas em 25% em comparação com a produção de electricidade nas comparação com a produção de electricidade nas centrais térmicas e calor nas caldeiras tradicionais.centrais térmicas e calor nas caldeiras tradicionais.
Emissões de CO2 reduzidas em 30 a 60%;Emissões de CO2 reduzidas em 30 a 60%;
30302004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
Vantagens – continuaçãoVantagens – continuação
Redução da potência em horas de ponta à rede, Redução da potência em horas de ponta à rede, reduzindo a necessidade do recurso a centrais reduzindo a necessidade do recurso a centrais menos eficientes ou à importação em períodos menos eficientes ou à importação em períodos de ponta);de ponta);
Podem ser usados gases (Ex: metano) Podem ser usados gases (Ex: metano) resultantes de outros processos que de outra resultantes de outros processos que de outra forma seriam desaproveitados e lançados na forma seriam desaproveitados e lançados na atmosfera, destruindo a camada de ozono;atmosfera, destruindo a camada de ozono;
Investimentos facilmente recuperáveis no Investimentos facilmente recuperáveis no horizonte de 5 anos;horizonte de 5 anos;
31312004/20052004/2005 Gestão de Energia em Edifícios e na InGestão de Energia em Edifícios e na Indústriadústria
A co/trigeração em Portugal:A co/trigeração em Portugal:
Existem instalações de cogeração a funcionar Existem instalações de cogeração a funcionar desde há várias dezenas de anos em algumas desde há várias dezenas de anos em algumas indústrias, tendo aumentado significativamente indústrias, tendo aumentado significativamente o seu número a partir da publicação do DL o seu número a partir da publicação do DL 189/88.189/88.
No total, representam 9 % da produção nacional No total, representam 9 % da produção nacional de energia.de energia.
Existem alguns exemplos de instalações de Existem alguns exemplos de instalações de trigeração em funcionamento.trigeração em funcionamento.