2012 03 marco
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Ano XIII | 201 | Março 2012
Sociedade goiana se une para levantar expectativas em relação aos próximos
governos municipais
SSSSSSSSooocieddadde goiiianaaaa se une ppppara llevantar“O prefeito que queremos”
Dez passos para o crescimento dos municípios goianos
PIB agropecuário
Produtores ensinam como manter o gado bem alimentado na seca
Entressafra sem fome
Estado tem recorde de área plantadaciclo 2012
Super Safrinha
AGRICULTURA
99122635509912263550
PALAVRA DO PRESIDENTE
A revista Campo é uma publicação da Federação da
Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela
Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR,
com distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos
assinados são de responsabilidade de seus autores.
CAMPO
CONSELHO EDITORIAL
Bartolomeu Braz Pereira;
Claudinei Rigonatto; Eurípedes Bassamurfo da Costa
Editores: Francila Calica (01996/GO) e
Rhudy Crysthian (02080/GO)
Reportagem: Rhudy Crysthian (02080/GO) e
Leydiane Alves
Fotografi a: Jana Tomazelli Techio,
Larissa Melo
Revisão: Cleiber Di Ribeiro (2227/GO)
Diagramação: Rowan Marketing
Impressão: Gráfi ca Talento Tiragem: 12.500
Comercial: (62) 3096-2200
DIRETORIA FAEG
Presidente: José Mário Schreiner
Vice-presidentes: Mozart Carvalho de Assis; José Manoel
Caixeta Haun. Vice-Presidentes Institucionais: Bartolomeu
Braz Pereira, Estrogildo Ferreira dos Anjos. Vice-Presidentes
Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Pal-
hares Ribeiro. Suplentes: Wanderley Rodrigues de Siqueira,
Flávio Faedo, Daniel Klüppel Carrara, Justino Felício Perius,
Antônio Anselmo de Freitas, Arthur Barros Filhos, Osvaldo
Moreira Guimarães. Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa,
Vilmar Rodrigues da Rocha, Antônio Roque da Silva Prates
Filho, César Savini Neto, Leonardo Ribeiro. Suplentes: Arno
Bruno Weis, Pedro da Conceição Gontijo Santos, Margareth
Alves Irineu Luciano, Wagner Marchesi, Jânio Erasmo
Vicente. Delegados representantes: Alécio Maróstica, Dirceu
Cortez. Suplentes: Lauro Sampaio Xavier de Oliveira,
Walter Vieira de Rezende.
CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR
Presidente: José Mário Schreiner
Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Elias D’Ângelo Borges,
Osvaldo Moreira Guimarães, Tiago Freitas de Mendonça.
Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva,
Alair Luiz dos Santos, Elias Mourão Junior, Joaquim Saêta
Filho. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Edmar
Duarte Vilela, Sandra Pereira Faria do Carmo. Suplentes:
Henrique Marques de Almeida, Wanessa Parreira Carvalho
Serafi m, Antônio Borges Moreira. Conselho Consultivo: Bairon
Pereira Araújo, Maria José Del Peloso, Heberson Alcântara,
José Manoel Caixeta Haun, Sônia Maria Domingos Fernandes.
Suplentes: Theldo Emrich, Carlos Magri Ferreira, Valdivino
Vieira da Silva, Antônio Sêneca do Nascimento, Glauce
Mônica Vilela Souza.
Superintendente: Marcelo Martins
FAEG - SENAR
Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300
Goiânia - Goiás
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José Mário SchreinerPresidente do Sistema
FAEG/SENAR
É fundamental que os prefeitáveis e vereadoriáveis nos mu-nicípios goianos saibam aproveitar este momento conjuntural favorável de diálogo e discussão com o setor produtivo rural. Ao mesmo tempo, precisam estar à altura dos novos desafios demandados pelos produtores com um ritmo de crescimento prolongado, de geração de empregos, de redução da pobreza no campo, de acesso às linhas de crédito, de aumento da receita e da possibilidade da formatação de novas políticas públicas que atendam às necessidades do nosso setor.
Neste aspecto, o projeto “O Que Esperamos do Próximo Prefeito” assume uma importância no cenário de propostas dos governos municipais para a realização de uma política de for-talecimento e qualificação da gestão dos municípios, reunindo ações e programas de interesse dos produtores rurais goianos. O que se espera de um bom prefeito ou de um bom vereador é que esteja à altura de responder às necessidades de todas as es-feras de seu município, impulsionando políticas de democracia participativa e de inclusão social nas cidades que representam.
Pretendemos estimular um fortalecimento institucional para os próximos anos entre o setor rural e as prefeituras municipais para andarmos de mãos dadas na criação de projetos de ca-pacitação e assistência técnica, modernização administrativa, repasse de tecnologia e desburocratização do acesso aos re-cursos públicos. Queremos prefeitos e vereadores competentes e comprometidos com o setor, sem deixar de ter as qualidades permanentes e essenciais de um administrador público que está lá para servir ao bem comum.
Produtor engajado
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Março/2012 CAMPO | 3www.senargo.org.br
PAINEL CENTRAL
Prosa Rural
Milho salva safrinha
A especialista da Embrapa Gado de
Leite, Letícia Mendonça, afi rma que o
avanço na melhoria da qualidade do
leite deve ser rápido, em entrevista
exclusiva à Campo.
Grão puxa, para cima, área plantada com safrinha neste ano em Goiás.
Somados às áreas com algodão, sorgo e milheto, aumento chega a 3%
em relação à safrinha passada.
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Agenda Rural 06
Fique Sabendo 07
Cartão Produtor 14
Delícias do Campo
Campo Aberto
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Campo Responde 32
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Agrinho 2012
“Enquanto estiver na educação irei trabalhar o Agrinho com meus alunos”, a professora de Santa Helena, Alcilane Guerra Ferreira, participou da primeira etapa do Curso para Professores Multiplicadores do Agrinho. A meta é capacitar 3,5 mil educadores.
Faeg dá início à rodada de seminários do projeto “O Que Esperamos do Próximo Prefeito”. Iniciativa pretende formatar guia de ações para prefeitáveis e vereadoriáveis de 120 municípios goianos.
Produtores de olho nos prefeitosReprodução
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Agrinho 2012
osReprodução
4 | CAMPO Março/2012 www.sistemafaeg.com.br
Economia que vem do campo
Vacas gordas o ano todo
Plantas que dão lucro
Economista Mauro Lopes (de óculos à esquerda) acredita que o que leva um município a se destacar
mais do que o outro, em relação ao PIB agropecuário, é a competência dos produtores e a tecnologia.
Com a proximidade do período de estiagem,
produtores antecipam técnicas para manter o gado
bem alimentado para garanti a produção de leite.
Produtora dobrou
a renda com curso
do Senar, em
Goiás, e turbinou
os lucros da
família com o
processamento de
plantas medicinais
para a confecção
de sabonetes
artesanais.
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Nos próximos
dois meses serão
realizados os
seminários do
projeto “O que
esperamos do
próximo prefeito”.
Arte produzida por
Carlos Nascimento.
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Sociedade goiana se une para levantar expectativas em relação aos próximos
governos municipais
SSSSSSSSooocieddadde goiiianaaaa se une ppppara llevantar“O prefeito que queremos”
Dez passos para o crescimento dos municípios goianos
PIB agropecuário
Produtores ensinam como manter o gado bem alimentado na seca
Entressafra sem fome
Estado tem recorde de área plantadaciclo 2012
Super Safrinha
AGRICULTURA
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Março/2012 CAMPO | 5www.senargo.org.br
E X P E C T A T I V A S D O S E T O R
P R O D U T I V O R U R A L A O P R Ó X I M O P R E F E I T O
2 0 1 3 - 2 0 1 6
E X P E C T A T I V A S D O S E T O R
P R O D U T I V O R U R A L A O P R Ó X I M O P R E F E I T O
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AGENDA RURAL
09 a 13/04 10/04 10/04 10/04 11/04 11/04
11/04 11/04 11/04 12/04 12/04 12/04
Abertura Tecnoshow COMIGO 2012
Local: Rio Verde
Seminário Municipal “O que esperamos
do próximo Prefeito” Local: Sindicato Rural de Cabeceiras Informações:
(61) 3636-1037
Seminário Municipal “O que esperamos do
próximo Prefeito” Local: Sindicato Rural de Iporá Informações:
(64) 3674-1318
Seminário Municipal “O que esperamos do próximo
Prefeito” Local: Sindicato Rural de
Chapadão do CéuInformações: (64) 3634-1486
Seminário Municipal “O que esperamos do
próximo Prefeito” Local: Sindicato Rural de Rubiataba Informações:
(62) 3325-1221
Seminário Municipal “O que esperamos
do próximo Prefeito” Local: Sindicato Rural de
Paranaiguara Informações: (64) 3655-1253
Seminário Municipal “O que esperamos
do próximo Prefeito” Local: Sindicato Rural de
Divinópolis de GoiásInformações: (62) 3456-1264
Seminário Municipal “O que esperamos
do próximo Prefeito” Local: Sindicato Rural de Arenópolis Informações:
(64)3667-1530
Seminário Municipal “O que esperamos do
próximo Prefeito” Local: Sindicato Rural de Formosa Informações:
(61) 3642-2215
Capacitação do Programa Agrinho para Professores
MultiplicadoresLocal: Centro Pastoral Dom
Fernando, Goiânia (GO)Informações:
(62) 3545-2600
Reunião com a Comitiva de Empresários Portugueses em Conjunto com a Fieg e Acieg Local: Sede do
Sistema Faeg/Senar, Goiânia (GO) Informações:
(62) 3096-2200
Capacitação do Programa Agrinho para Professores
MultiplicadoresLocal: Sede do Sistema
Faeg/Senar, Goiânia (GO)Informações: (62) 3545-2600
2 de AbrilInício dos Seminários Regionais
“O que esperamos do próximo Prefeito”Local: Sindicato Rural de Cromínia
Descubra a data do evento em sua cidade no Sindicato Rural do município
9 de AbrilSeminário Municipal “O que esperamos do
próximo Prefeito” Local: Sindicato Rural de Serranópolis
Informações: (64) 3668-1176
Abril 20129 de Abril
Seminário Municipal “O que esperamos do próximo Prefeito”
Local: Sindicato Rural de São Luiz de Montes Belos
Informações: (64) 3671-1407no Sindicato Rural do município
6 | CAMPO Março/2012 www.sistemafaeg.com.br
FIQUE SABENDOARMAZÉM
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Software orienta gestão e irrigação do solo
PESQUISA
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), unidade Solos, divulgou em março a segunda versão do Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação (SiBCTI). O software orienta agricultores na classificação dos solos e melhores tipos de irrigação para uma área específica.
Além da versão eletrônica, as informações também estão disponíveis na versão impressa. O software,
responsável pelo cruzamento de dados e indicações do melhor tipo de irrigação foi estruturado para atender aos diversos níveis tecnológicos e de manejo praticados. A linguagem simplificada, segundo a Embrapa, possui vários graus de ajuda, possibilitando sua utilização mesmo que o usuário não seja um especialista. O software avalia o ambiente para irrigação, cruza informações do solo, da água, da planta e do sistema de irrigação escolhidos.
Manual de boas práticas
A elaboração do Manual de Boas Práticas Agropecuárias na Produção de Suínos tem por objetivo a criação de um conjunto de informações de aplicabilidade prática na atividade, primando pelo resultado técnico e econômico e pela qualidade do produto final. O cenário atual da atividade evidencia uma redução significativa nas margens de lucro e, por isso, produzir de forma economicamente eficiente passou a ser pré-requisito para a sobrevivência no setor.
A atividade passa por um processo de adaptação às exigências do mercado consumidor, preocupando-se cada vez mais com segurança alimentar, restrição ao uso de antimicrobianos, proteção ambiental e conceitos de bem-estar animal. Na suinocultura é necessária uma análise minuciosa dos dados zootécnicos, a extrapolação econômica dos mesmos, e acima de tudo, uma visão global de todo o processo de produção interno e externo. Os criadores podem solicitar um exemplar do material por meio do site www.abcs.org.br.
PESQUISA
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eloO presidente do Sistema Faeg/Senar,
José Mário Schreiner, participou no dia 13 de março, da abertura oficial das comemorações dos 60 anos da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Goiás), na Casa da Indústria, em Goiânia. O evento celebrou os registros históricos da entidade e prestou homenagem aos pioneiros que construíram o desenvolvimento industrial de Goiás. O presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, ressaltou a parceria da instituição no desenvolvimento de Goiás.
O governador do Estado, Marconi Perillo, participou do evento e aproveitou para falar da manutenção, recuperação e duplicação de rodovias, acesso aos
portos, alcooduto e situação das ferrovias que cortam Goiás. Ele disse que foi anunciada a retomada das obras do aeroporto da Capital e também destacada a importância das Parcerias Público-Privadas (PPPs) para o desenvolvimento do Estado e do País.
60 anos da Fieg
Março/2012 CAMPO | 7www.senargo.org.br
PROSA RURAL
Leydiane Alves | [email protected]
Aprodução de leite com qualidade tem que deixar de ser
um item “a mais” no pacote de atividades diárias do produtor e passar a ser condição fundamental. Essa é a afirmação da veterinária e analista de laboratório de microbiologia do leite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Leite), Letícia Mendonça. Mestre em Ciência Animal, pela Universidade Federal de Minas Gerais, ela defende que o Brasil precisa incorporar a cultura da qualidade do leite na rotina dos seus produtores, indústrias, governo, instituições de pesquisa, de extensão e também dos consumidores. Segundo ela, para que o avanço na melhoria da qualidade do produto seja rápido, é preciso que as informações técnicas alcancem quem realmente as utilizarão, ou seja, o produtor. A capacitação dos técnicos de extensão e, posteriormente, dos produtores precisa ser uma ação prioritária.
Revista Campo: O que falta realmente para que o produtor possa produzir leite com qualidade?Letícia Mendonça - Produzir leite com qualidade significa, antes de tudo, estar comprometido com a atividade; deve estar incorporado ao dia a dia do produtor. Isto significa por em prática as rotinas de higiene e sanidade necessárias para a produção de leite com qualidade, já bastante conhecidas e comprovadamente eficazes.
Revista Campo: Como produzir um leite com qualidade se falta infraestrutura adequada como estradas vicinais em condições de trafegabilidade e energia elétrica com estabilidade?Letícia Mendonça: Energia elétrica nas propriedades para manter os sistemas de ordenha e refrigeração de leite e estradas com condições de circulação durante todo o ano, para escoamento da produção, são dois fatores primordiais para manutenção da qualidade do leite. É preciso que os programas de eletrificação rural sejam devidamente aplicados. Quanto à manutenção das estradas vicinais, o empenho dos governos estadual e municipal é decisivo. Esses esforços conjuntos, associados aos programas
A busca pela qualidade do leite precisa ser prioridade
8 | CAMPO Março/2012 www.sistemafaeg.com.br
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de boas práticas envolvendo produção primária e indústria, poderão garantir um produto final de qualidade.
Revista Campo: O produtor de leite tem procurado fazer a sua parte com relação à melhoria da qualidade do produto. A senhora não acha que os demais elos da cadeia também não deveriam se empenhar mais para que isso ocorra?Letícia Mendonça: Todos os elos da cadeia devem se empenhar para melhorar a qualidade do leite brasileiro. Os resultados divulgados pelos laboratórios da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram que evoluímos muito pouco nesses últimos anos, o que significa que não houve
trabalho conjunto suficiente para que os objetivos fossem alcançados. É preciso criar a concepção de rede nas relações
de interação dos agentes e ações para o fortalecimento da cadeia do leite. Revista Campo: Por que a maioria das indústrias de laticínios ainda não remunera o produtor por qualidade?Letícia Mendonça: Assim como a cultura da busca pela qualidade do leite ainda está sendo internalizada pelos produtores, a implantação de programas de pagamento da qualidade precisa ser incorporada pelas indústrias. O cenário é positivo, e hoje, seis das dez maiores indústrias de leite do Brasil já adotam esses programas. As que ainda não o fazem, correm o risco de serem excluídas do mercado interno e externo. A qualidade do leite está diretamente relacionada ao rendimento industrial e ao tempo de vida de prateleira, além de ser um diferencial de competitividade.
LETÍCIA MENDONÇAEspecialista em Ciência Animal, pela Embrapa gado de Leite
“Leite de alto padrão de
“
qualidade é uma obrigação de todos nós que trabalhamos com essa matéria-prima
Março/2012 CAMPO | 9www.senargo.org.br
Revista Campo: Não deveríamos, a partir da IN 62, intensificar a discussão da remuneração por sólidos no Brasil?Letícia Mendonça - É uma tendência mundial e, por isso, a discussão sobre a remuneração por sólidos tem que ser feita independente da IN 62. O Brasil é um País extenso, com realidades de produção muito distintas. Temos diferentes sistemas de produção, com variadas raças, manejo nutricional, recursos forrageiros, índice pluviométrico, temperatura das regiões entre outras características. Quando consideramos todas essas variáveis, definir os valores de referência dos rebanhos brasileiros para proteína, gordura, extrato seco, entre outros, torna-se muito importante e será um diferencial para os programas de pagamento por qualidade.
Revista Campo: Os laboratórios que analisam a qualidade de leite no Brasil estão preparados para dar suporte aos produtores e indústrias no que se refere à análise de amostras?Letícia Mendonça - A Rede Brasileira de Laboratórios de Análise da Qualidade do Leite (RBQL), do Mapa, conta com oito laboratórios oficiais para realizarem as análises de leite exigidas pela IN 62. Esses laboratórios estão em constante processo de melhoria e, nos últimos três anos, receberam grande aporte de recursos do governo federal e parceiros, gerando capacidade de infraestrutura e mão de obra para dar suporte às indústrias e aos produtores de leite brasileiros.
Revista Campo: Como a Embrapa Gado de Leite pode contribuir para que os laboratórios possam avançar no que tange à melhoria da qualidade do leite no Brasil?
Letícia Mendonça: As pesquisas realizadas pela Embrapa Gado de Leite têm grande abrangência sobre todos os aspectos relacionados à produção do lácteo, incluindo novos métodos para diagnosticar doenças, análises laboratoriais e novos métodos terapêuticos e preventivos. A linha de pesquisa relacionada à saúde de glândula mamária é uma das mais avançadas. Os resultados de todos esses estudos são de grande valia para melhoria da qualidade do leite no Brasil.
Revista Campo: Quais os maiores entraves para que o Brasil possa produzir leite com qualidade como nos EUA, UE e Nova Zelândia?Letícia Mendonça - O Brasil precisa incorporar a preocupação pela qualidade do leite na rotina dos seus produtores, indústrias, governo, instituições de pesquisa, extensão e também dos consumidores. A produção de leite com qualidade tem que deixar de ser um item adicional no pacote de atividades diárias do produtor e da indústria e passar a ser condição fundamental. Leite de alto padrão de qualidade é uma obrigação de todos nós que trabalhamos com essa matéria prima. O grande entrave é a quebra de certos paradigmas e a mudança definitiva no modo de produção de leite no Brasil.
Revista Campo: Nos últimos anos, temos visto uma cobrança extremamente rígida sobre a qualidade dos produtos brasileiros por parte de países europeus, às vezes, muito acima dos padrões exigidos dentro desses próprios países. O que a senhora acha?Letícia Mendonça: Qualidade dos produtos lácteos significa segurança dos alimentos, ou seja, aqueles produtos de qualidade comprovada podem ser consumidos sem prejuízo para a saúde do consumidor, e mais
ainda, podem contribuir para a melhoria na nossa saúde e qualidade de vida. O mercado está cada vez mais exigente, e sem considerar questões minuciosas sobre comércio entre países, o Brasil precisará atender as exigências internacionais para se tornar um grande exportador de produtos lácteos. O fato de os parâmetros estabelecidos pela IN 62 para contagem de células somáticas e contagem bacteriana serem bastante semelhantes aos exigidos pelos países da Europa e dos Estados Unidos já é um bom começo para atingirmos esses mercados.
Revista Campo: Goiás foi um dos Estados que mais evoluíram na produção de leite nos últimos dez anos. Também evoluiu muito na busca pela melhoria da qualidade do produto. Na sua opinião, o que falta para que possamos avançar mais na excelência da qualidade dessa matéria-prima?Letícia Mendonça: Para que o avanço na melhoria da qualidade do leite seja rápido é preciso que as informações técnicas alcancem quem realmente as utilizarão, ou seja, o produtor. A capacitação dos técnicos de extensão e, posteriormente, dos produtores para as práticas de qualidade do leite precisa ser uma ação prioritária. Por isso, a realização de cursos, palestras, dias de campo, distribuição de cartilhas, acesso a conteúdos da internet e, principalmente, incentivo à assistência técnica oficial e privada para melhoria do manejo e da gestão das propriedades precisam ser reconhecidos como ações de maior relevância para o alcance dos objetivos. Transferir as tecnologias e difundir os conhecimentos que estão disponíveis é o caminho certeiro para a mudança que esperamos para o setor leiteiro. Acesso à informação é o caminho para a transformação.
10 | CAMPO Março/2012 www.sistemafaeg.com.br
MERCADO E PRODUTO
O mercado do milho foi, talvez, o que mais sofreu modificações nestes últimos anos. A presença do Brasil nas
exportações e a produção de grão safrinha fize-ram com que a precificação do cereal nas regiões produtoras brasileiras fosse influenciada não só pela dinâmica de oferta e demanda desta região, mas também pelos fatores mercadológicos internacio-nais. Sendo assim, para uma análise deste mercado é importante observamos um paralelo destes dois fundamentos.
Em todo País, a safra brasileira de milho deve alcançar a 61,7 milhões de toneladas, sendo que 35,8 milhões de toneladas na 1ª safra e 25,8 mi-lhões de toneladas na safrinha. Estimativas apon-tam que mais de 35% da 1ª safra já foi colhida e que mais de 90% da safrinha já foi semeada, com atraso registrado no Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Apesar das perdas causadas pela estiagem na porção Sul do País, a 1ª safra deve registrar uma produção semelhante à safra passada. No que diz respeito à safrinha, a área plantada deverá ser 14% superior. Diante de um quadro de boa oferta, as preocupações dos agentes se voltam pelo possível excedente do mercado interno, que poderá chegar a mais de 10 milhões de toneladas.
Além deste excedente, o plantio adiantado pode trazer uma colheita sucessiva entre safra de verão e segunda safra. Todo este volume estará disponí-vel em um momento muito curto. Neste período, a única ação que pode evitar a tendência negativa dos preços é um alto volume de exportação. Para que isso ocorra, será essencial um cenário mundial bastante favorável, já que entre março e agosto as exportações de soja serão a atividade principal das tradings.
No mercado internacional as atenções estão voltadas para o início da safra 2012/13 no hemisfério norte e, principalmente, no aumento da área plan-tada de milho nos EUA. Dentro deste panorama, o relatório de expectativa de área planta nos EUA, di-
vulgado pelo departamento de agricultura dos EUA (USDA, sigla em inglês) foi de grande importância.
Segundo este relatório, a área plantada com mi-lho pode ser de 38,79 milhões de hectares, a maior área plantada desde 1937, superior às expectativas do mercado. No caso da soja, o USDA surpreen-deu com uma estimativa de área de 29,91 milhões de hectares, redução de 1% em relação ao ano passado. Estimativa bem abaixo das expectativas do mercado.
Com esta redução, os preços da soja passam a contar com uma sustentação para a manutenção dos elevados patamares, o que pode pesar na de-cisão do produtor americano em definir a cultura a ser plantada, principalmente nas áreas de replantio. Diante disso, no cenário internacional, as posições do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) vêm sendo mantidas pelo estoques apertados nos EUA e pelos altos preços das posições da soja na bolsa.
O câmbio é outro fator que merece destaque na análise de mercado do milho. A moeda americana vem ganhando valor frente ao real nos últimos dias, fruto de uma valorização internacional do dólar e do aumento da taxa de juros do mercado brasileiro. Porém, esta desvalorização pode não se manter, isso porque a política de recuperação dos países desenvolvidos baseada em um alto volume de emissão de moedas e a dificuldade brasileira em manter uma taxa de juros baixa, são uma constan-te no cenário econômico atual e não favorecem a valorização do real.
Por fim, as condições climáticas serão determi-nantes para o resultado produtivo e para a for-mação de preço do milho safrinha. É importante que os produtores que possuem a safrinha em desenvolvimento fiquem atentos a evolução da safra americana e as exportações brasileiras. Qualquer mudança na safra americana e no milho safrinha brasileiro pode provocar um bom escoamento da safra brasileira e elevar o preço do milho. Caso con-trário, é indicado aproveitar os picos de preço, com a finalidade de uma maior proteção do risco.
Momento de atenção no mercado de milho
Leonardo Machado
é assessor técnico
da Faeg para a área
de cereais, fi bras e
oleaginosas.
Leonardo Machado | [email protected]
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Março/2012 CAMPO | 11www.senargo.org.br
DOVERLÂNDIA
O Sindicato Rural de Doverlândia promoveu, no dia 18 de janeiro, a entrega das 50 medalhas aos professores vencedores do Concurso Agrinho 2011. Cerca de 60 pessoas, além do presidente da Entidade, Bruno Heuser Higino da Costa, toda a diretoria executiva e o Secretário Municipal de Educação, Gilvan Moura, participaram do evento, realizado na sede do Sindicato. (Colaborou: Jackeline dos Reis)
Medalhas do Agrinho
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O Sindicato Rural de Doverlândia não para de trabalhar pelo produtor rural associado. Recentemente a entidade inaugurou suas novas instalações, reformada e com a nova faixada padronizada. Na ocasião, a diretoria aproveitou para apresentar as principais realizações da entidade em 2011 e homenagens aos ex-presidentes e pessoas que contribuíram para o crescimento das ações de representação dos produtores da região.
Sindicato reformado
SÁO JOÃO D’ALIANÇA
A pedra fundamental da nova sede do Sindicato Rural de São João D’Aliança foi lançada no dia 24 de fevereiro. O presidente do Sindicato, Justino Felício, foi o responsável pela abertura do evento, que teve a participação de toda a diretoria executiva do Sindicato e do superintendente do Senar, em Goiás, Marcelo Martins. A previsão é de que a obra seja concluída até o fim de dezembro desse ano. A nova sede passa a se chamar Casa de Cultura e terá diversos serviços para a população, como uma sala de inclusão digital, uma biblioteca e uma área destinada aos encontros da terceira idade e eventos ligados ao produtor rural. (Colaborou: Mara Lídia)
Pedra fundamentalAGRINHO
ITARUMÃ
O Sindicato Rural de São João D’Aliança entregou, no fim de fevereiro, as medalhas do Concurso Agrinho 2011, em uma solenidade realizada na Câmara Municipal da cidade. Ao todo, 26 alunos, além de professores, vencedores do concurso, foram homenageados. (Colaborou: Mara Lídia)
A diretoria do Sindicato Rural de Itarumã realizou no último dia 2 de março uma reunião com um grupo de produtores rurais, para o lançamento do ProgramaBalde Cheio no município. (Colaborou: Elson Freitas)
Sindicato entrega medalhas
Balde Cheio
12 | CAMPO Março/2012 www.sistemafaeg.com.br
PALMEIRAS DE GOIÁS
De 27 a 29 de fevereiro de 2012 foi realizado mais um treinamento do Senar para operar retroescavadeira em Palmeiras de Goiás. O curso foi uma sugestão do Sindicato Rural do município, que é proprietário de uma retro zero, adquirida em novembro de 2011. O treinamento já tem outra turma esperando com mais de 12 solicitações, para atender às vagas de emprego da região, que exigem certificados de treinamento.
Aluga-se uma retro
ANÁPOLIS
Anápolis foi palco, na primeira quinzena de março, doEncontro de Regionais Senar/Sebrae. O evento teve oobjetivo de integrar e nivelar os procedimentos dos programas realizados dentro das parcerias das duas instituições. As entidades atualizaram o conteúdo do convênio dos Programas Empreendedor Rural (PER), Programa Empreendedor Sindical (PES), Programa Empreendedor Jovem (Faeg Jovem) e Negócio Certo Rural.
Integração e Sebrae
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Há dois anos o Centro Especializado em Equoterapia e Reabilitação de Itumbiara atende pessoas portadoras de necessidades especiais no município. A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial do paciente. O tratamento proporciona o desenvolvimento das potencialidades, respeitando os limites e visando a integração do indivíduo na
sociedade.
Equoterapia e reabilitação O tratamento proporciona um bom equilíbrio emocional e corporal; desenvolve a estruturação temporal e a adequação espacial do indivíduo, bem como o equilíbrio psicoemocional e, principalmente, facilita sua adaptação ao meio, proporcionando uma maior independência nas atividades de vida diária e, consequentemente, melhorando sua qualidade de vida.O Centro faz parte do Projeto Crescer e atende a
comunidade com a ajuda voluntária de profissionais especializados nas áreas de Fisioterapia, Psicologia, Terapia Ocupacional e
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Agropecuário Doutor. Valdivino Vaz.
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Março/2012 CAMPO | 15www.senargo.org.br
Próximos de colher a safrinha deste ano, produtores goianos calculam um aumento de 3% de área plantada
em relação ao ano passado Leydiane Alves | [email protected]
Safrinha recorde
A corrida contra o tempo já co-meçou para os produtores que plantaram a safrinha neste ci-
clo agrícola. Nos próximos dois meses as lavouras serão colhidas. A novidade é que, segundo estimativas da Com-panhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a colheita será recorde este ano. Um aumento de 3% de área plantada em relação ao ci-clo passado, que já registrou excelen-tes resultados.
As principais culturas semeadas em modalidade safrinha são o milho, milheto, sorgo e algodão. O milheto ocupa menor área plantada. O princi-pal responsável pelo aumento da área plantada com safrinha este ano foi o milho, que registrou 591,6 mil de hec-tares, ante os 539,3 mil hectares cul-tivados no ano passado. Segundo da-dos da Conab e Faeg, a expectativa de
SAFRINHA
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Produtor Silomar, do Sudoeste goiano, planta milho safrinha desde 2004
área para o algodão safrinha é de 22,5 mil hectares; foram plantados 23,1 mil hectares no ciclo passado. Para o sorgo houve também uma pequena queda, de 322,6 mil hectares para 298,1 mil hectares este ano.
A safrinha é a modalidade que su-cede o plantio da cultura de verão. A técnica consiste em utilizar uma cultu-ra no verão que possa ser colhida mais antecipada possível - dezembro, janei-ro ou fevereiro - e uma cultura safrinha que possua uma boa tolerância em rela-ção à estiagem. Enquanto a colheitadei-ra retira a soja da lavoura, o trator vem atrás preparando para a safrinha.
Segundo o assessor técnico da Faeg, para área de cereais, fibras e olea-ginosas, Leonardo Machado, essa mo-dalidade de cultivo vem crescendo nas diferentes regiões produtoras de Goiás. A princípio, esta técnica de cultivo, era exclusiva da região Sudoeste. No en-
tanto, atualmente, a safrinha é cultiva-da na região Sul e Entorno de Brasília.
Ele conta que a técnica, no início, consistia em aproveitar os resíduos de fertilizantes da cultura de verão, o que reduzia muito o custo de produção da safrinha. “No entanto, com o profissio-nalismo desta modalidade de plantio, o uso de tecnologia na safrinha vem crescendo, e hoje é muito semelhante às ferramentas tecnológicas usadas na safra de verão.”
O cultivo safrinha, além de possuir ganhos técnicos, como rotação de cul-turas, permite ao produtor um maior aproveitamento de sua área, o que im-plica numa redução no custo da terra em seu custo de produção. O que faz com que seu ponto de equilíbrio de lucro seja mais facilmente alcançado. “Os ganhos do cultivo safrinha são tanto econômicos, como técnicos”, avalia o assessor.
16 | CAMPO Março/2012 www.sistemafaeg.com.br
Além da expansão da modalidade de milho safrinha no Estado, pode-se destacar outra mudança em relação a este cultivo. “No início do desenvol-vimento desta técnica, praticamente não ocorria a utilização de insumos de produção como defensivos agríco-las e fertilizantes. No entanto, surgiu a necessidade de se alcançar maiores produtividades, o que fez o produtor utilizar cada vez mais insumos”, expli-ca o técnico.
Cinquenta por cento da produção de milho de Silomar Cabral Faria, de Jataí, Sudoeste goiano, já foi fixa-da. Segundo o produtor, que plantou 400 hectares, a saca vai sair por R$ 20, o restante da comercialização da produção ele prefere acompanhar o mercado. “Prefiro esse tipo de venda para poder controlar meu lucro, já que eu gasto R$ 13 por saca”, conta. Silo-mar planta safrinha desde 2004. Ele afirma que o milho tem uma melhor rentabilidade, se comparado ao sorgo e ao milheto.
Para ele, os pontos positivos de plantar na safrinha estão ligados ao aproveitamento de mão de obra e má-quinas, cobertura de solo e possibili-dade de ter uma segunda receita no ano. “Mas em compensação, o lado negativo é o risco.” Ele explica que para garantir uma boa produtividade é preciso começar a plantar entre 15 de janeiro e 15 de fevereiro.
Para Silomar, plantar na safrinha tem variadas vantagens. “O produtor faz mais um plantio no ano, tendo um aproveitamento mais racional do solo. Além de ajudar a pagar a conta do ar-rendamento da terra já que em nossa região está super caro.” Para ele, uma desvantagem é o alto risco, já que em
anos que as chuvas param mais cedo a produção é menor ou, em muitos ca-sos, nem produz.
José Roberto Brucceli, produtor de milho, compartilha da mesma opinião de Silomar. Para ele, o plantio deve começar o mais cedo possível. “É por isso que tem que usar uma variedade de soja muito precoce na área que for plantar a safrinha. A época boa é na segunda quinzena de janeiro até 15 de fevereiro. Depois desse dia a pro-dutividade já entra em uma contagem regressiva de um saco por hectare ao dia.”
Ele conta que começou a plantar nessa época somente depois que a sa-frinha foi viabilizada na região de Cer-rado. “Isso aconteceu em 1991, após a introdução do sistema de plantio dire-to na palha.” Ele optou pela cultura do milho, mas conta que poderia ter es-colhido o algodão ou feijão. “Mas acho que o maior patrimônio do agricultor é a terra. O algodão e o feijão são disse-minadores de mofo branco e vai criar problemas à longo prazo. Já o milho, como é uma gramínea, faz com a soja uma meia rotação e quebra o ciclo de algumas doenças, sem dizer que você aproveita as mesmas máquinas para plantar e colher o milho”, avalia.
Produção fi xada
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O produtor, Luiz Renato Sa-parolli, planta safrinha de algodão adensado no Sudoeste goiano desde 2009, ano em que a técnica começou a ser difundida e implementada por um grande número de produtores de algodão. “Naquele ano foi uma ati-vidade experimental, porém conclui que seria interessante e viável desen-volver esta tecnologia.”
A cultura de safrinha de algodão sobre feijão é desenvolvida por um grupo seleto de produtores que pos-suem uma tecnologia muito sofistica-da para desenvolver as ferramentas necessárias para viabilizar todas as atividades necessárias há mais de dez anos. Segundo Luiz Renato, a cultura de algodão safrinha adensado é uma atividade recente, com duas safras comerciais apenas. A busca, atual-mente, é encontrar um caminho al-ternativo à crise do algodão, que vem reduzindo sua área plantada. “Con-vém lembrar que Goiás já plantou quase 150 mil hectares de algodão e, atualmente, não chegamos a 100 mil hectares.”
O plantio de algodão safrinha é sempre de forma direta, sobre o fei-jão ou soja. De acordo com Luiz, já houve algumas tentativas de plantar algodão safrinha sobre milho, mas o resultado foi negativo. “O algodão safrinha segue o mesmo manejo que o algodão convencional até porque tem características muito parecidas e as populações por hectares são se-melhantes, ou seja, perto de 100 mil plantas finais por hectare, pode haver uma pequena variação dependendo da cultivada.”
Algodão adensado
Março/2012 CAMPO | 17www.senargo.org.br
Curso de Capacitação para Professores Multiplicadores do Programa Agrinho 2012 segue
até junho. Mudanças na premiação agradam professores e alunos
Rhudy Crysthian | [email protected]
Agrinho capacita professores
O Sistema Faeg/Senar deu início no último dia 26 de março ao Curso de Capaci-tação para Professores Multiplicadores
do Programa Agrinho deste ano. O evento faz parte do cronograma de ações do Programa Agrinho 2012 que estimula e premia projetos pedagógicos e trabalhos escolares para
alunos e professores do ensino fundamental da rede pública de ensino em Goiás. O presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, fez a abertura do evento em Goiânia, no Centro Pastoral Dom Fernando. Os treinamentos com os professores seguem até o dia 28 de junho.
Serão 15 etapas.
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AGRINHO
18 | CAMPO Março/2012 www.sistemafaeg.com.br
Este ano, o Sistema Faeg/Senar estima ca-pacitar mais de 3,5 mil educadores de todo o Estado. Em 2011 o total de profissionais capa-citados girou em torno de três mil. Ao todo serão 170 municípios envolvidos. As inscrições dos trabalhos serão entre os dias 10 de setem-bro e 10 de outubro. A coordenadora do Pro-grama Agrinho, Maria Luiza Bretas, conta que, este ano, o Concurso apresentará algumas mu-danças na premiação. Em vez de premiados os cinco primeiros colocados de cada categoria, receberão prêmios os autores dos melhores projetos das oito macrorregiões do Estado.
Os oito vencedores nas categorias Escola Agrinho e Experiência Pedagógica ainda con-correm entre si na disputa dos grandes prê-mios finais: um kit multimídia completo para a escola e um carro zero km para a professora autora da melhor experiência pedagógica. A premiação está marcada para o dia 6 de de-zembro. “Essa regionalização da premiação possibilitará um envolvimento ainda maior dos professores, o que deve estimular a produção de projetos e trabalhos por parte dos alunos”, espera a coordenadora do Programa.
De acordo com ela, a satisfação quanto aos resultados do Agrinho contribuiu para o suces-so do Programa desde sua implantação. “A di-vulgação ‘boca-a-boca’ do programa por parte dos professores contribui de forma significa-tiva para alcançarmos resultados satisfatórios dentro do Programa”, garante. Segundo Maria Luiza, o Agrinho é um modificador de com-
portamentos e de atitudes que ultrapassa os muros da escola e envolve toda a comunidade. “Os tema do Agrinho encorajam os participan-tes a mudarem o comportamento e atuarem com mais responsabilidade socioambiental”. Este ano, o tema do Agrinho é “Empreende-dorismo e Meio Ambiente”.
A professora Alcilane Guerra Ferreira, da Escola Estadual Narciza Costa Leão Municipa-lizada, em Santa Helena, Sudoeste goiano, foi uma das participantes desse primeiro dia de treinamento. Ela afirma que quando volta para sua cidade e multiplica para as outras profes-soras o conhecimento adquirido na formação em Goiânia, percebe uma aceitação muito grande entre essas profissionais envolvidas no Programa. “A praticidade dos temas relacio-nados à saúde, alimentação, preservação am-biental e higiene ajudam muito na aceitação por parte dos professores e, em consequência, dos alunos”, comenta.
Ela trabalha com o Agrinho há três anos e conta que a facilidade em envolver a comuni-dade nos projetos é uma característica ímpar do Programa que contribui cada vez mais para a participação de novos profissionais e alunos. “A temática do Programa facilita o processo de aprendizado nas salas de aula. Enquanto eu estiver na educação irei trabalhar o Agrinho com meus alunos”, garante. , g
Laris
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Há três anos trabalhando o Agrinho com alunos, a professora Alcilane Guerra, de Santa Helena, afi rma que enquanto estiver na educação vai continuar no Programa
Setor estima segunda maior produção de sua história. Estiagem no fi m do ano impossibilitou melhor produtividade Leydiane Alves | [email protected]
Palmeiras lança colheita de grãos
SAFRINHA
20 | CAMPO Março/2012 www.sistemafaeg.com.br
Produtores rurais já deram iní-cio à colheita de grãos do ciclo 2011/2012. O lançamento da co-
lheita foi realizado no dia 7 de março, em Palmeiras de Goiás. Só na fazen-da Califórnia, parte da plantação de 1.680 hectares de soja foi colhida.
Mais de 200 pessoas, além dos membros da prefeitura do município, do Sindicato Rural, da Agência Goia-na de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Ema-ter) de Goiás, estiveram presentes no evento.
Segundo o presidente do Sindica-to, César Savini Neto, o evento deu o pontapé inicial na colheita da safra em Goiás. “A partir de agora, em todo Estado, está sendo feita a colheita, principalmente da soja, que é a nossa principal commodity.” Além do presi-dente do Sindicato Rural de Palmeiras, o Secretario da Agricultura, Antônio Flávio Camilo de Lima, o prefeito mu-nicipal, Alberane Marques e o depu-tado estadual José Vitti participaram do lançamento da colheita de grãos na região.
Safra promissoraDe acordo com o técnico da Faeg
para área de cereais, fibras e oleagino-sas, Leonardo Machado, a safra goia-na de soja começa a colher a segunda maior produção de sua história, ficando atrás somente da safra 2010/11.
Apesar do aumento da área plan-tada em relação à safra passada, a es-tiagem no início do ano não permitiu uma produtividade superior ao último ano agrícola, o que culminou no resul-tado abaixo do que foi colhido em 2011. “No entanto, a safra tem se mostrado bastante promissora na questão eco-nômica, uma vez que grande parte dos produtores conseguiu aproveitar os períodos de elevados preços no inicio da safra e comercializaram antecipada-mente sua produção”, disse.
Para Leonardo, o destaque é para o elevado potencial produtivo da soja cul-tivada em Goiás. “A produção goiana é marcada por um alto uso de tecnologia, tanto no momento da construção de sua produtividade (utilização de sementes de alta qualidade e eficiente utilização de fertilizantes) como na defesa desta
(utilização eficiente de defensivos agrí-colas).” O sexto levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta que, para esta safra, a produção de soja, em todo Brasil, alcan-ce 68,7 milhões de toneladas, inferior em 8,7% ao volume de 75,32 milhões de toneladas da anterior. Segundo a Conab o resultado se deve, especialmente, às condições climáticas, adversas e pontu-adas por estiagens nos principais esta-dos produtores da região Sul do País. A área de plantio totaliza 24,9 milhões de hectares, acréscimo de 3,3% ou 791 mil hectares sobre a realizada em 2010-11, com 24 milhões de hectares.
Em relação ao destino da safra, de acordo com levantamentos da agên-cia Safras e Mercado, 53% do volume ofertado da soja brasileira é exportado e 42% serão processados. Do total pro-cessado, serão produzidos um total de 28,7 milhões de toneladas de farelo de soja e 7 milhões de toneladas de óleo de soja. “No estado de Goiás estima-se que o volume de processamento seja maior, devido à elevada capacidade de proces-samento do estado”.
O presidente do Sindicato Rural de Palmeiras de Goiás, César Savini, Secretario da Agricultura, Antônio Flávio, Prefeito de Palmeiras, Alberane Marques e o deputado estadual José Vitti participaram do lançamento da colheita de grãos dessa safra na região.
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O que esperamos do próximo prefeito
Faeg lança rodada de debates do projeto que pretende criar um elo direto entre o setor produtivo
rural e os futuros prefeitos dos municípios goianosRhudy Crysthian | [email protected]
CIDADANIA
Março/2012 CAMPO | 23www.senargo.org.br
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A agropecuária configura-se em um importante núcleo fomentador das economias
dos municípios goianos e do Estado. Dessa forma, a Federação da Agri-cultura e Pecuária de Goiás (Faeg) lançou, no último dia 14 de março, a rodada de seminários que irão dar origem a Agenda de Desenvolvimen-to Municipal - expectativas do setor produtivo rural em relação à próxi-ma gestão pública municipal 2013-2016, o projeto O Que Esperamos do Próximo Prefeito.
A série de seminários regionais deve acontecer em cerca de 120 mu-nicípios goianos entre os meses de abril e maio. Durante essas reuniões serão formados grupos de trabalho que irão definir diretrizes e apon-tar as principais necessidades do setor em cada uma dessas cidades. O resultado desse documento será apresentado, no segundo semestre, aos prefeitáveis e vereadoriáveis dos municípios onde os seminários acon-teceram.
De acordo com o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, o objeti-vo do projeto é reafirmar a postura cívica e cidadã dos produtores ru-rais e ampliar o diálogo entre setor agropecuário, sociedade e governos municipais, bem como ampliar o di-álogo entre o setor produtivo rural e o poder público regional. “Quere-mos mostrar que o produtor repre-senta um segmento comprometido com a comunidade a qual pertence e trabalha arduamente para melhorar esse ambiente onde está inserido”, defende.
TemasPara a formatação
do documento final que será elaborado pelos pro-dutores goianos e apre-sentado aos candidatos ao cargo de prefeito e vereador de seus respec-
tivos municípios, a Federação irá pro-mover uma série de estudos e debates embasados nas reais necessidades dessas regiões no que se refere à edu-cação e qualificação profissional, saú-de e promoção social, infraestrutura e logística, empreendedorismo e meio ambiente, política agrícola municipal e gestão pública participativa.
O resultado desse documento con-terá as ações estratégicas dos diferen-tes segmentos econômicos e sociais,
assim como as políticas pú-blicas que irão orientar a atuação da administração pública municipal e das câmaras de vereadores nos quesitos levantados pelos produtores. Com os documentos em mãos, os
Sindicatos Rurais realizarão sabatinas com os candidatos à prefeitura e câma-ra de vereadores poderão conhecer um pouco mais das propostas de governo de cada candidato.
O gerente da unidade de desen-volvimento do Sebrae Goiás, Joel Rodrigues Rocha, que participou do lançamento do Projeto, destacou a importância da iniciativa e disse que o setor produtivo rural pode andar de mãos dadas com a classe empresa-rial para alcançar maior abrangência, já que os dois setores dependem um do outro. “O produtor rural está em uma ponta da produção e o empresário e comerciante está do outro lado do balcão pronto para negociar o produto resultado do trabalho do homem do campo.
Para José Mário, a participação dos produtores é importante na elaboração de metas para os prefeitáveis
24 | CAMPO Março/2012 www.sistemafaeg.com.br
Durante o lançamento do Projeto em Goiânia produtores rurais e líderes sindicais que participaram do evento puderam tirar dúvidas sobre a orga-nização, realização e papel de cada integrante envolvido na iniciativa. O produtor rural de Cabeceiras, Joaquim Cardoso, comentou que onde mora, a relação dos produtores e do setor em geral com a administração pública da atual gestão é bastante positiva. “A prefeitura da nossa cidade sempre aten-de nossos anseios e ouve os produtores da região”, garante.
Segundo ele, essa relação amigá-vel entre setor produtivo rural e gestão municipal pode ser multiplicada para outras cidades com a realização desse projeto O Que Esperamos do Próximo Prefeito. Joaquim acredita que todos têm a ganhar com a ideia.
Os produtores pretendem manter um diálogo direto com os prefeitos e vereadores independente de partidos. Dessa forma, a classe produtiva rural se torna mais forte para assumir um papel de protagonismo no novo ciclo de desenvolvimento regional onde está inserida. Esse novo relacionamento pre-
tende agregar valor à união entre setor produtivo rural e administração muni-cipal.
Segundo o consultor da Faeg, Ar-thur Toledo, o objetivo dos encontros transcende a formatação de uma agen-da de propostas para um plano de governo municipal, mas define uma estratégia de cidadania com toda a po-pulação reunida para construir o futuro dessas comunidades. “Vamos integrar todas as entidades representativas do interior do Estado para nortearmos as ações estratégicas das bases das polí-ticas públicas que irão orientar cada gestão desses municípios envolvidos”, disse.
OutrosEm 2010, a Confederação da Agri-
cultura e Pecuária do Brasil (CNA) de-senvolveu um ciclo de seminários regio-nais para a elaboração do documento O Que Esperamos do Próximo Presidente 2011-2014 e, da mesma forma, a Faeg, juntamente com os Sindicatos Rurais, elaborou oito seminários regionais e um encontro estadual, que culminaram em um documento denominado Documen-
to Goiás – Expectativas do Setor Pro-dutivo Rural ao Próximo Governador 2011-2014.
Em continuidade a esta estratégia de ampliar o diálogo entre o setor pro-dutivo rural, a sociedade e os governos, a Faeg e os Sindicatos Rurais propõem esse projeto voltado às eleições munici-pais de 2012 em seus respectivos mu-nicípios. “Essa iniciativa é fundamental para a melhoria da qualidade de vida no meio rural e urbano, porque a co-munidade é quem constrói e define o que precisa. É um projeto da comunida-de e será abraçado por ela”, esclarece Arthur.
O presidente da Faeg, José Mário, exemplificou a importância da partici-pação do setor produtivo nas esferas públicas, já que, segundo ele, todas as decisões que envolvem o setor são oriundas de políticas públicas eficientes ou não. “Antes de começarmos a tra-balhar mais próximos às questões polí-ticas de interesse do setor, contávamos com 14 deputados estaduais compro-metidos com as questões rurais. Hoje, esse número saltou para 31 parlamenta-res dos 41 que compõem aquela Casa”.
Laris
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Produtores abraçam o Projeto
O consultor da Faeg, Arthur Toledo, fala aos produtores detalhes da iniciativa
Março/2012 CAMPO | 25www.senargo.org.br
Produtores rurais e autoridades se reúnem para traçar os rumos do agronegócio goiano
Leydiane Alves | [email protected]
Agronegócio impulsiona PIB
Infraestrutura e logística, marcos re-gulatórios, conhecimento, seguran-ça jurídica e fortalecimento das ca-
deias produtivas locais, foram algumas das dez diretrizes firmadas no evento Mesa-redonda, o PIB e o Agronegócio. Essa é uma ação da Organização Jay-me Câmara, junto com a Faeg, Agopa e Fundepec. O objetivo é colaborar para que a soma de esforços de entidades e governos, aliados à capacidade em-preendedora do produtor rural, pos-sam garantir maior competitividade ao agronegócio goiano e brasileiro. Dos dez maiores PIBs municípais goianos, sete têm a economia baseada no setor
agropecuário, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Gestão e Plane-jamento. Diversos prefeitos, secretá-rios e presidentes de Sindicatos Rurais marcaram presença.
De acordo com o jornalista, Wan-derley de Faria, do Jornal O Popular, mediador da Mesa-redonda, Goiás se destaca no cenário econômico do País e mundial, identificando suas vocações e focando em negócios aos quais pode agregar valor, consolidando como uma opção de modelo de desenvolvimento para o Brasil. “Mesmo diversifican-do sua economia nos próximos anos, 65% do Produto Interno Bruto (PIB)
goiano vêm do agronegócio. Em 2009, um ano de crise, a economia goiana cresceu 0,9%, enquanto o PIB agrope-cuário cresceu 6,9%”, disse.
Para o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, muitos municípios se destacam na produção agropecuária e, algumas vezes, outros vizinhos não conseguem se desenvolver da mesma forma. “É importante uma discussão como essa, onde possamos visualizar situações que ocorrem em certas re-giões, para que a agropecuária possa crescer de forma geral.”
na inovação tecnológica e em um solo bastante favorável”, salientou.
PERFIL SOCIAL
O especialista em agronegócio, Mauro Lopes, defende que a transferência de tecnologia é a principal ferramenta para o desenvolvimento do agronegócio
Laris
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26 | CAMPO Março/2012 www.sistemafaeg.com.br
Segundo o economista e doutor em agropecuária da Fundação Getúlio Vargas (FVG), Mauro Lopes, pales-trante do evento, foi feito um levan-tamento em Goiás e verificado que a classe A/B são as principais da agri-cultura brasileira, em condições muito mais favoráveis que o resto dos Esta-dos do Brasil. “Com a incorporação da tecnologia, Goiás está apresentando resultados espetaculares na área do crescimento agrícola. Mas não é o su-ficiente, nós temos que ver o capital social e a infraestrutura.”
Para ele, o que leva um municí-pio a se destacar mais do que o ou-tro, em relação ao PIB agropecuário, são a competência dos produtores e a tecnologia. “Um produtor não ado-ta uma tecnologia sem perceber uma vantagem de diferenciação em relação às tecnologias mais simples.” Para ele, a gestão financeira no Estado é boa.
As 10 diretrizes defi nidas no evento
1) Infraestrutura e Logística;2) Marcos Regulatórios (legislação trabalhista,
ambiental e sanitária);3) Conhecimento: Assistência Técnica, Qualificação Profissional, Pesquisa Agropecuária e Educação Formal;4) Segurança Jurídica; 5) Fortalecer Cadeias Produtivas Locais; 6) Política Agrícola Estadual; 7) Desoneração Tributária e Incentivos Fiscais e Financeiros;8) Diagnóstico das Potencialidades Municipais; 9) Representatividade e Capital Social nos Municípios;10) Ampliar Políticas Sociais que Atendam o Campo.
LEITE
Com a proximidade da estiagem, produtores encontram difi culdades para garantir a alimentação do rebanho.
Os custos da alimentação é o grande desafi oLeydiane Alves | [email protected]
Produção ameaçada
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A produção de pastagem é dire-tamente vinculada ao período de chuvas, aproximadamen-
te seis meses, podendo variar para mais ou menos. Com a aproximação da estiagem, os pastos começam a diminuir seu crescimento. Segundo a engenheira agrônoma, Fernanda Mara Cunha Freitas, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Gado de leite, em média, estima-se que a produção anual total de uma pastagem, distribui-se em torno de 80% nas águas e 20% na seca, quando os fatores de crescimentos (luz, água
e temperatura), não estão adequados. Com a paralisação do crescimen-
to das gramíneas, muitos produtores enfrentam dificuldades para alimentar o rebanho e manter a atividade leitei-ra em crescimento neste período. De acordo com a engenheira agrônoma, a maior dificuldade é a escassez de alimento nos períodos críticos, como junho, julho e agosto. Pois a cada mês que se avança na seca, a procura do volumoso aumenta, com isso, super-valorizando o preço do produto.
A engenheira da Embrapa alerta para o aumento dos custos de produ-
ção de matérias-primas para a dieta dos animais nesse período da entres-safra. “Os custos influenciam no su-cesso da produção, pois qualquer des-lize em relação ao controle de caixa, poderá acarretar em prejuízo. No caso de optar por produção de silagem o custo é alto, principalmente, quando há erros no processo, que acarretam perdas e um aumento significativo no custo do material final.”
Segundo Fernanda, no período da entressafra, para a produção de lei-te, não existe meio termo, é preciso fazer a suplementação, substituindo
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gradativamente a pastagem por uma forrageira. A melhor forragem para essa substituição é a que se adapta à condição financeira do produtor e que ele tenha experiência do cultivo. “Te-mos como alternativas ao pasto a ca-pineira, as silagens, os fenos e a cana--de-açúcar.” Porém, Fernanda lembra que, mudanças na alimentação feitas de forma abrupta, podem modificar a qualidade do leite, pois toda vez que muda a alimentação de um ruminante, a fauna e flora ruminal sofre modifica-ções. “Toda alteração na alimentação deve ser precedida de um período de adaptação de no mínimo duas sema-nas. Para evitarmos emagrecimento dos animais e, consequentemente, perdas de qualidade e quantidade do leite.”
Fernanda afirma que a proteína e a energia são importantes para a produção, manutenção, crescimento e sistema de defesa contra doenças. “As fontes energéticas para os ani-mais são geralmente carboidratos, de 50% a 80% e lipídeos, na ordem de 5%. A grande maioria da energia das forragens provém dos carboidratos, que podem ser divididos em açúcares simples, de reservas e estruturais ou fibrosos.”
Fernanda orienta que planejar é sempre a melhor saída para o empre-sário rural, porém, a execução do pla-nejado, também merece uma atenção. Para ela, na entressafra a gestão da propriedade deve ser mais criteriosa. “Vê-se muito nesta época os produ-tores se desfazendo de seus animais, seja para fazer caixa ou diminuir “bo-cas”. Porém, tal estratégia terá uma re-percussão no futuro dessa atividade, visto que alguns desses animais são para reposição de plantel.”
A engenheira afirma que é preci-so eliminar animais improdutivos e machos, quando não se faz recria de tourinhos. “O que chamamos de des-
O gerente de estudos técnicos e econômicos da Faeg, Edson Novaes, ressalta que a sazonalidade da pro-dução é preponderante na entressa-fra. “Na região Centro-Sul, os preços do leite tendem a ser maiores nos meses de abril a setembro, devido à redução das chuvas, o que diminue também a abundância de pastagens, fazendo com que o produtor encontre
Opinião
outras formas de produzir alimentos para a vaca. Isso faz cair a produção e encarecer os custos.” Edson ressal-ta que, o contrário acontece na região Sul do país onde, de maio a outubro o período de safra, com maior abun-dância de pastagens e excesso de produção, contribuindo para a queda dos níveis de preços.
Luiz Batista faz parte do número de produtores que enfrenta proble-mas na entressafra do leite. Em sua propriedade, localizada em Itaberaí, ele mantém a produção de 1,9 mil litros ao dia, com a manutenção de 126 vacas em lactação. O produtor afirma que quando os animais não têm mais comida natural, os pecu-aristas são obrigados a armazenar alimento em forma de silagem. “Em consequência da falta de pasto, a produção leiteira pode cair até 50%”, explica. Para ele, o principal proble-ma é a dificuldade e o preço de mão de obra para alimentar os animais no cocho, além da elevação dos custos com alimentação, ração e outros concentrados.
carte, porém observamos que animais jovens (novilhas) são descartados, pois não há na propriedade alimenta-ção forrageira suficiente.” Ela acres-centa que não existe uma receita para a manutenção da produção de leite, no período de seca, cada propriedade tem sua característica peculiar. “Não podemos trabalhar todas as proprie-dades com um padrão de manejo, mas indicar pontos de partida. O produtor de leite deve se ater aos detalhes de sua atividade, estar presente e fazer de sua propriedade uma empresa.”
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O produtor Luiz Batista começa a armazenar silagem para alimentar o rebanho antes de começar o período de entressafra de pasto.
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O pecuarista relata que fora da seca, usa como alimento o pasto rotacionado de capim Mombaça ou Braquiarão. No período da entres-safra ele opta pelo uso da silagem de milho ou sorgo, cana-de-açúcar, caroço de algodão, complementan-do com ração. Para ele, o fato de intercalar pasto e outros tipos de alimentos pode influenciar direta-mente na qualidade do leite. “Quan-do os animais estão em regime de pasto, os níveis de gordura e pro-teína são diminuídos. Além disso, o período chuvoso é desfavorável também porque geralmente eleva a Contagem das Células Somáticas (CCS) e Unidade Formadora de Co-lônias (UFC), devido ao barro que se acumula em consequência das chuvas.”
Para que a produção de leite não seja prejudicada no período da seca, Luiz avalia que o produtor precisa guardar da comida de qualidade na época das chuvas e em quantidade suficiente não somente para a ma-nutenção corporal do animal, mas também para manter ou até aumen-tar a produção, seja na forma de silagem ou plantando cana. “Outra ação que pode ajudar é a irrigação de pastagem, o que minimiza a ne-cessidade de silagem ou de cana--de-açúcar. No entanto, é uma tec-nologia ainda pouco utilizada e de custo de implantação elevado.”
Para Luiz, os pecuaristas devem procurar estratégias de alimentação na entressafra que deem continui-dade na manutenção da qualidade do leite. “A estratégia de alimenta-ção que a maioria dos produtores de leite usa na entressafra é o cha-mado semiconfinamento, onde os animais ficam na área de cocheiras durante o dia, quando são alimenta-dos com algum tipo de volumoso, e no período noturno vão para os pastos se alimentar do capim que possa ter sobrado do período chu-voso”, conta.
Para não ter problemas com ali-mentação do gado leiteiro, o pecua-rista Joel Natal de Sousa, de Silvânia, escolheu usar silagem na alimentação dos animais o ano todo. Ele acredita que produzir o alimento do próprio gado é mais lucrativo. “Produzir é me-lhor porque eu vou gastando de acordo com o desenvolvimento da plantação.” Segundo ele, seu gasto com a silagem fica em torno de R$ 60 a tonelada, sendo que gasta por dia 900 quilos de silo para alimentar todo o gado.
De acordo com ele, muitos produ-tores preferem usar o pastejo rotacio-nado como forma de alimentação, mas garante que essa saída não é a melhor. “Pastagem necessita de adubo, água e luz. Então não compensa porque são muitos fatores extras que influenciam diretamente na qualidade do leite. Já o silo garante um alimento bom durante todo o ano”, acredita.
Joel produz em média 12 mil litros de leite por mês, um lucro de R$ 8,5 mil mensalmente. Ele conta que na época da entressafra, ao contrário de muitos produtores, seu gado leiteiro produz mais. Um dos motivos é a nu-trição constante do animal com o silo. A oscilação do uso de silo e do pasto, não mantém uma boa produção. “As
vacas são como máquinas, se forem tratadas constantemente com silagem boa, vão sempre produzir”, observa.
Mercado Goiás é o quarto maior produtor de
leite. Em 2010, o Estado produziu 3,19 mil litros de leite, em 2011 esse núme-ro subiu para 3,36 mil litros. Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, o leite foi responsável, em 2008, por R$19 milhões do Valor Bru-to da Produção (VBP), 30% a mais que em 2007, quando somou um total de R$ 15,04 bilhões.
O gerente de estudos técnicos e econômicos da Faeg, Edson Novaes, ressalta que na entressafra de pasto, especula-se sobre como será o merca-do para a próxima entressafra e para o restante do ano. Começa um trabalho por parte das indústrias de laticínios na condução de estratégias para ga-rantir a oferta de matéria-prima para o período. Para auxiliar o produtor sobre esse e outros problemas relacionados à produção leiteira o Sistema Faeg/Senar realizou, nos meses de março e abril o 3° Goiás Leite – Seminários Regionais de Pecuária de Leite. Foram oito encontros em diferentes municí-pios goianos durante o período.
Silagem o ano todo
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Joel Natal alimenta o rebanho com silagem o ano todo.
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E X P E C T A T I V A S D O S E T O R
P R O D U T I V O R U R A L A O P R Ó X I M O P R E F E I T O
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E X P E C T A T I V A S D O S E T O R
P R O D U T I V O R U R A L A O P R Ó X I M O P R E F E I T O
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E X P E C T A T I V A S D O S E T O R P R O D U T I V O R U R A L A O P R Ó X I M O P R E F E I T O 2 0 1 3 - 2 0 1 6
A G E N D A D E D E S E N V O L V I M E N T O M U N I C I P A L PROGRA
MAÇÃ
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CROMÍNIA SUL/SUDESTE 02/04/2012 Sindicato RuralPALMEIRAS DE GOIÁS CENTRAL 03/04/2012 Parque AgropecuárioBELA VISTA DE GOIAS CENTRAL 04/04/2012 Parque Agropecuário
SÃO LUIS DE MONTES BELOS OESTE 09/04/2012 Auditório Fac. Montes BelosSERRANÓPOLIS SUDOESTE 09/04/2012 Auditório da Comigo
BOM JESUS DE GOIAS SUL/SUDESTE 10/04/2012 Sindicato RuralCABECEIRAS ENTORNO DO DF 10/04/2012 Centro Comunitário
CHAPADÃO DO CEU SUDOESTE 10/04/2012 Câmara MunicipalIPORÁ OESTE 10/04/2012 Mansão Verde
ARENÓPOLIS OESTE 11/04/2012 Assoc. Prod. Ribeirão Areias (APA)FORMOSA ENTORNO DO DF 11/04/2012 Parque de ExposiçõesGOIATUBA SUL/SUDESTE 11/04/2012 Sindicato RuralINHUMAS CENTRAL 11/04/2012 Parque Agropecuário
PARANAIGUARA SUDOESTE 11/04/2012 Câmara MunicipalAPORÉ SUDOESTE 12/04/2012 Câmara MunicipalITAUÇU CENTRAL 12/04/2012 Salão Paroquial
JOVIÂNIA SUL/SUDESTE 12/04/2012 Sindicato RuralPIRANHAS OESTE 12/04/2012 Salão Comunitário
FAZENDA NOVA OESTE 13/04/2012 A CONFIRMARITABERAÍ CENTRAL 13/04/2012 Sede ACIAPI/CDL
ITAJÁ SUDOESTE 13/04/2012 A CONFIRMARPADRE BERNARDO ENTORNO DO DF 13/04/2012 A CONFIRMAR
GUAPÓ CENTRAL 16/04/2012 Lagoa Park ShowITARUMA SUDOESTE 16/04/2012 A CONFIRMAR
CAÇU SUDOESTE 17/04/2012 Parque de ExposiçõesCORUMBÁ DE GOIAS ENTORNO DO DF 17/04/2012 A CONFIRMAR
DOVERLÂNDIA OESTE 17/04/2012 Sindicato RuralTRINDADE CENTRAL 17/04/2012 Rancho Santa FéANICUNS CENTRAL 18/04/2012 A CONFIRMAR
CACHOEIRA ALTA SUDOESTE 18/04/2012 Parque de ExposiçõesCAIAPÔNIA OESTE 18/04/2012 Parque de Exposições
COCALZINHO DE GOIÁS ENTORNO DO DF 18/04/2012 Câmara MunicipalITUMBIARA SUL/SUDESTE 18/04/2012 Sindicato RuralALEXÂNIA ENTORNO DO DF 19/04/2012 Clube Nova Flórida
BURITI ALEGRE SUL/SUDESTE 19/04/2012 Sindicato RuralCEZARINA CENTRAL 19/04/2012 Quadra Poliesportiva
SÃO JOÃO DA PARAÚNA OESTE 19/04/2012 Câmara MunicipalSÃO SIMÃO SUDOESTE 19/04/2012 A CONFIRMAR
BOM JARDIM DE GOIÁS OESTE 20/04/2012 AABBGOUVELÂNDIA SUDOESTE 20/04/2012 CooperativaMORRINHOS SUL/SUDESTE 20/04/2012 Sindicato Rural
PIRENÓPOLIS ENTORNO DO DF 20/04/2012 A CONFIRMARSÃO FRANCISCO DE GOIAS CENTRAL 20/04/2012 A CONFIRMAR
VARJÃO CENTRAL 24/04/2012 Salão ParoquialPONTALINA SUL/SUDESTE 02/05/2012 Sindicato Rural
CALDAS NOVAS SUL/SUDESTE 03/05/2012 CTC - Caldas Thermas ClubeMONTIVIDIU SUDOESTE 03/05/2012 Salão ParoquialPIRACANJUBA SUL/SUDESTE 04/05/2012 Loja MaçonicaRIO VERDE SUDOESTE 04/05/2012 Sindicato RuralAURILÂNDIA OESTE 07/05/2012 A CONFIRMAR
FIRMINÓPOLIS OESTE 08/05/2012 Escola ISOSANTA RITA DO ARAGUAIA SUDOESTE 08/05/2012 Câmara MunicipalCAMPO ALEGRE DE GOIÁS SUL/SUDESTE 09/05/2012 Sindicato Rural
PORTELÂNDIA SUDOESTE 09/05/2012 CRCP Clube Recreativo Corrego da PorteiraSANCLERLÂNDIA OESTE 09/05/2012 A CONFIRMAR
CATALÃO SUL/SUDESTE 10/05/2012 Loja MaçônicaJATAÍ SUDOESTE 10/05/2012 Tattersal do Parque de Exposições
GOIANDIRA SUL/SUDESTE 11/05/2012 AABBJAUPACI OESTE 11/05/2012 Tattersal de Leilões
CORUMBAÍBA SUL/SUDESTE 15/05/2012 Câmara MunicipalCRISTALINA ENTORNO DO DF 15/05/2012 AABBLUZIANIA ENTORNO DO DF 16/05/2012 AABB
VICENTINÓPOLIS SUL/SUDESTE 16/05/2012 Centro ComunitárioINACIOLÂNDIA SUL/SUDESTE 17/05/2012 Sindicato Rural
MINEIROS SUDOESTE 17/05/2012 Churrascaria Centro OesteANÁPOLIS CENTRAL 23/05/2012 A CONFIRMAR
Municípios Região Data Local
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PREF
EITO
CAMPO RESPONDE
Envie suas dúvidas para [email protected]. Não se esqueça de colocar nome completo, a região onde mora e a cultura que produz. Envie-nos também fotos do assunto que pretende obter resposta.
Minha mãe tem 55 anos e é trabalhadora rural, mas nunca contribuiu com a Previdência Social, quais os documentos ela precisa ter para dar entrada na aposentadoria. Na condição de não ter contribuído o que ela deve fazer para se aposentar?Wilian Araújo
Para que ocorra o deferimento da aposentadoria a pessoa deverá contribuir mensalmente com a Previ-dência Social, na condição de empregado ou como contribuinte individual. A única exceção que existe é para pessoas que possuam terra com tamanho inferior a quatro módulos fiscais e trabalham nela com a ajuda apenas da família. No seu caso a apo-sentadoria não será deferida.
Gostaria de saber se a Lei Florestal já foi sancionada e como ficou a exigência para a Reserva Legal, bem como a data limite para averbação/registro em cartório. Possuo uma área de 73 hectares no município de Mairipotaba, Sul goiano. Sou obrigado a ter 20% de mata? Na Declaração do Imposto Territorial Rural (ITR), caso não tenha a área averbada o sistema impede o processamento da mesma?Manoel Alves de Faria
O novo Código Florestal não foi sancionado, ainda depende de uma última votação na plenária da Câmara dos Deputados. O prazo de averbação da Reserva Legal vence dia 11 de abril. Quanto às mudanças da obrigatoriedade da averbação da sua reserva legal, de acordo com o tamanho da sua propriedade, assim que o novo Código Florestal for sancionado, ele irá isentar o registro da Reserva Legal em propriedades abaixo de quatro Módulos Fiscais, ou seja, como em sua região quatro Módulos Fiscais equivalem a 140 hectares, no seu caso, você estará isento, mas somente depois da aprovação do Novo Código Florestal. Portanto, atualmente, você é obrigado a registrar sua reserva.
A média de pagamento pelo arrendamento de terras para usi-nas em Goiás gira em torno de 12 toneladas por hectare, sendo utilizado como parâmetro de construção de preço final o Con-secana SP. De acordo com as características apresentadas, esse valor pode ser bem maior e passível de negociação com a usina que pretende fazer o arrendamento. O preço final negociado varia de acordo com a região, usina instalada, qualidade do solo, proximidade com a usina, etc. Demais situações como as citadas podem ser fatores de construção de um melhor preço pelo arrendamento.O e-mail: [email protected]
CONSULTORA: ROSIRENE CURADO, assessora jurídica da Faeg.CONSULTOR: MARCELO LESSA, assessor técnico da Faeg
para a área de meio ambiente.
CONSULTOR: ALEXANDRO ALVES, assessor técnico da Faeg para a área de cana-de-açúcar e bioenergia.
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Tenho 220 hectares planos e arrendados com cana-de-açúcar, em processo de renovação, e disponho de mais 220 hectares planos e 300 hectares com declividade média de 7% que devo negociar na renovação. A distância mais longa da recepção da usina é de cinco quilô-metros. Qual é o arrendamento justo, conside-rando atualmente o fornecimento de energia elétrica pela usina, a produção da terra sob fertirrigação por declividade e o direito de passagem de dutos para irrigação de terceiros? Jorge Filho
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DELÍCIAS DO CAMPO
Receita elaborada por Sílvia Vieira instrutora do treinamento em Processamento de Peixes do Senar, em Goiás.
ALMÔNDEGAS DE PEIXEINGREDIENTES:1 kg de filé de peixe moído;250g de polpa de peixe;100 ml de farinha de aveia;100 ml de farinha de rosca;200 ml de proteína texturizada de soja fina;100 ml de água;200 ml de toucinho picado em cubos pequenos;2 colheres (sopa) de sal;3 colheres (sopa) de salsinha picada;1 colher (chá) de urucum e3 dentes grandes de alho amassados.
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Envie sua sugestão de receita para [email protected] ou ligue (62) 3096-2200.
Sirva com arroz branco e uma saladinha
DICA
PREPARO: Hidratar a proteína de soja com a água e deixar reservado por 30 minutos. De-pois misturar todos os outros ingredientes e em seguida modelar as almôndegas. Colocar em uma panela com óleo frio acrescentando 200 ml de água ao óleo, levar ao fogo e deixar fritar até dourar.
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Com o curso de Processamento de Ervas Medicinais oferecido pelo Senar, em Goiás,
produtora dobrou a renda familiar e planeja montar uma micro empresa
Leydiane Alves | [email protected]
Dinheiro que nasce de planta
CASO DE SUCESSO
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Aumentar a renda da família em até 100%. Esse foi objetivo al-
cançado por Anália Fernandes de Castro. A produtora rural de Piracanjuba fez o curso de Cultivo e Processamento de Plantas Medicinais ofereci-do pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Goiás, em janeiro desse ano e já colhe os frutos oferecidos pelo aprendizado extra. Com a venda dos sabonetes, ela con-seguiu mudar a realidade da família.
De acordo com Anália, ela já tinha feito diversos cursos pelo Senar, mas até então, ne-nhum tinha chamado tanto sua atenção. “Sempre gostei muito do aprendizado oferecido pelo Senar, mas nunca tinha levado isso para a minha rotina.” Ela conta que foi convidada pelo Sindicato Rural de Piracanjuba para fazer o curso e quando soube que nas aulas iria aprender a fazer sabonetes, viu a oportunidade de ganhar dinheiro extra. “Fiquei muito interessada com a ideia”, lembra.
A produtora fez o curso há dois meses, e mesmo com pouco tem-po, os lucros de Anália cresceram de uma forma que nem ela espera-va. “Comecei a fazer os sabonetes para vender nas fazendas vizinhas e para conhecidos. As pessoas gosta-ram tanto do produto que acabavam fazendo propaganda. E foi isso que me ajudou muito.”
Ela faz em média 300 sabonetes por mês, isso quando não tem pe-didos especiais. Quando Anália tem encomendas esse número pode até dobrar. “A freguesia cresceu tanto que estou até pegando encomendas para casamentos e aniversários” Ela geralmente vende nas casas de Piracanjuba, e até supermercados já se interessaram pelos produtos de Amália. “Imagino que daqui a
um curto espaço de tempo já estarei revendo para comércios da cidade”, diz.
Anália avalia a oportunidade como transformadora. “Com certe-za mudou totalmente a minha vida. Agradeço a bendita hora que esse conhecimento veio até mim. Até planos eu posso fazer, porque sei que terei sempre essa renda extra, que se tornou fundamental no meu orçamento familiar.” Ela conta que ga-nhava em
média R$ 300 por mês ti-rando leite em propriedades vizinhas, mas desde que so-freu um problema cardíaco ficou proíbida de exercer a atividade.
Segundo a produtora, ela passou a trabalhar somen-te em casa, fazendo doces e revendendo. “O dinheiro estava muito pouco. Com as vendas dos doces eu tira-va uma quantia equivalente a R$ 250. Já com os meus sabonetes esse valor subiu para R$ 500, um aumento que foi grandioso em minha vida”, avalia.
Anália garante que esse é só o começo do negócio. “Minha intenção é aumen-tar a produção ainda mais. Já penso em contratar um funcionário para me ajudar a levar esse pensamento adiante.” Ela acrescenta que
quando uma pessoa tem um sonho na vida, deve lutar por ele até o fim. “Sempre tive vontade de montar meu próprio negócio, mas não ima-ginava como. Esse curso valorizou a minha vida. Hoje eu posso dizer que já sou uma pessoa realizada. E aconselho a todos que tenham um sonho não deixem passar as opor-tunidades. De repente, a concretiza-ção está na realização de um sim-
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Em dois meses, Anália Fernandes, dobrou sua renda e pretende comercializar seu produto na rede de supermercados da cidade
Março/2012 CAMPO | 35www.senargo.org.br
CURSOS E TREINAMENTOS
EM FEVEREIRO, O SENAR PROMOVEU
315 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL
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Na área de
agricultura
Em ativida-
de de apoio
agrossilvipas-
toril
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Na área de
silvicultura
14
Na área de
agroindústria
6
Na área de
aquicultura
6
Na área de
pecuária
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Em atividades
relativas à
prestação de
serviços
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Frango caipira, uma atividadelucrativa
Caro
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67 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL
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Alimentação
e nutrição
Organização
Comunitária
6
Saúde e
Alimentação
3
Prevenção
de acidentes
6
Artesanato
17
PRODUTORES E
TRABALHADORES
RURAIS
CAPACITADOS
4509
Possuir uma propriedade rural não é para qualquer pessoa. Manter essa propriedade se torna bastante com-plicado devido aos altos custos de manutenção. Por esse motivo, é fundamental que a propriedade seja aproveitada ao máximo na sua totalidade aumentando ainda mais a renda e tornando a atividade lucrativa. Uma boa alterna-t iva é a produção de pequenos e médios animais, princi-palmente, quando a atividade principal é a bovinocultura em geral, onde sempre há disponibilidade de espaço para o desenvolvimento de uma segunda e, quem sabe, terceira atividade.
Para aproveitar espaços ociosos na propriedade, a cria-ção de pequenos animais se tornou uma importante fonte de renda para vários produtores rurais. Uma pequena área dentro de uma propriedade rural e um galpão pode mudar a vida de muitos produtores. O caminho para t ransformar essa est rutura em uma fonte sustentável de renda pode ser norteado pelo Senar, em Goiás, por meio do t reinamento
Avicultura Básica – pequeno porte. Para part icipar desse t reinamento, o interessado deve ter idade mínima de 18 anos. O treinamento tem duração de 24 horas com 16 vagas em cada turma.
Para mais informações sobre os treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar, em Goiás, o contato é pelo telefone: (62) 3545-2600 ou pelo site: www.senargo.org.br
Wanessa Neves de Faria
Março/2012 CAMPO | 37www.senargo.org.br
CAMPO ABERTO
Quando pensamos em avanços tecnológicos estamos acostumados
a ouvir conceitos como conectividade, dispositivos 2.0, smartphones, GPS, entre outros. Mas os benefícios dessa evolução não estão restritos ao meio urbano. No campo, a tecnologia é utilizada para auxiliar o produtor a obter diagnósticos mais rápidos e assertivos além de promover chats e fóruns virtuais na busca por melhores soluções agrícolas. Com esse auxílio, além de manter a saúde da lavoura, o produtor adquire novos conhecimentos e protege o meio ambiente já que evita o uso desnecessário de defensivos agrícolas.
Desde 2009 está disponível aos agricultores um serviço composto por um microscópio digital - capaz de aumentar a imagem em até 200 vezes - e um software com banco de dados e imagens das principais pragas e doenças existentes nas plantações, intitulado Digilab. Ao suspeitar que algum problema esteja ocorrendo na lavoura, o técnico recolhe algumas amostras das plantas, como folhas, hastes ou raízes. Ele realiza uma avaliação comparativa entre o material coletado e as imagens da biblioteca virtual. O software foi desenvolvido com base na literatura especializada e com o apoio de pesquisadores universitários.
O banco de dados contempla 33 diferentes pragas, 138 tipos de doenças e 89 espécies de ervas daninhas separadas em 16 culturas. A tecnologia já está presente em 40% do território nacional. Nos últimos dois anos já foram capturadas mais de 40 mil imagens, das quais 12 mil foram catalogadas e seis mil publicadas na biblioteca virtual do serviço.
Recentemente, o Digilab evolui para a tecnologia 2.0. O termo 2.0 designa a segunda geração de comunidades e serviços que utiliza a Internet como plataforma de conectividade. O novo software é mais ágil no diagnóstico de alvos no campo. Um sistema de navegação intuitivo, de fácil manuseio, permite a troca rápida de informações. A atualização tornou a nova versão compatível com a maioria dos sistemas operacionais.
Outra inovação é a presença de um GPS acoplado ao hardware do equipamento que possibilita georreferenciar a saúde de determinadas culturas do País, da região e até mesmo da propriedade dos usuários. A meta é de que em pouco tempo todos os alertas diagnosticados estejam disponíveis em um roteiro de ocorrências, que será visualizado através de um mapa, via satélite. Além do conceito 2.0, o Digilab também oferece uma ferramenta para que haja mais
mobilidade no campo. A versão mobile é um aplicativo disponível aos usuários de smartphones com sistema operacional androide. Ele pode ser utilizado para fotografar pragas, doenças e plantas daninhas, com resposta automática.
Um dos principais ganhos que o Digilab traz para a agricultura brasileira é a conectividade. Todos os usuários podem trocar informações entre si por meio da comunidade Top Ciência. O grupo virtual realiza periodicamente chats e fóruns de discussões sobre assuntos pertinentes ao manejo de cultivos. O intercâmbio de informações permite ao usuário entender melhor as ocorrências encontradas, além de conhecer novas formas de manejo e controle de pragas, doenças e plantas daninhas.
Inovações como estas são um reflexo da mudança nas formas de interação entre pessoas, que cada vez mais utilizam ferramentas de características mais participativas e menos unilaterais. A iniciativa também fomenta o conceito de Agricultura de Excelência, que viabiliza melhores práticas no setor por meio de relacionamento, proximidade, ferramentas e educação, com a finalidade de contribuir para o aumento de produtividade, qualidade e rentabilidade nas lavouras.
Agricultura 2.0
Melissa Guarnieri é
coordenadora de co-
municação e serviços
de relacionamento
com o cliente da uni-
dade de proteção de
cultivos da Basf.
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ulga
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