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Sant’Ana do Livramento, SEGUNDA-FEIRA, 4 de janeiro de 2016, Edição 1537- Publicação semanária AUTO-PERFIL Páginas 2 e 3 MOTOMUNDO Página 6 TESTE Páginas 4 e 5

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Sant’Ana do Livramento, SEGUNDA-FEIRA, 4 de janeiro de 2016, Edição 1537- Publicação semanária

AUTO-PERFILPáginas 2 e 3

mOTOmUndOPágina 6

TESTEPáginas 4 e 5

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Jornal da SemanaPublicação semanária publicada pela

JB Empresa Jornalística Ltda.CNPJ: 73752180/0001-31

DireçãoAntônio Badra Kamal Badra

DiagramaçãoJonathan Almeida

ImpressãoGráfica Jornal A Plateia

Noticiário Auto Press® editado pela Carta Z Notícias Ltda - Rio de Janeiro/RJ

Rua Almirante Barroso 358, esquina rua Uruguai

Cep: 97.574-020 E-mail: [email protected] Fone/fax: Redação: (55) 3242 2939

Circulação: (55) 3242 5533 Comercial: (55) 3242 5654

Sant’Ana do Livramento-RS/Brasil

A queda por volta de 25% no mercado auto -motivo nacional em 2015 provocou expectativas nada animadoras para 2016. Mesmo quem ca-minhou na contramão da crise prefere manter a cautela na hora de plane-jar as estratégias diante de um período de incertezas. “Nos mantemos em aler-ta com as dif iculdades atuais. Os planos para o início das operações de nossa segunda fábrica de automóveis no país, na ci-dade de Itirapina, em São Paulo, foram revisados e a nova data será definida de acordo com a evolução do mercado”, explica Pau-lo Takeuchi, diretor de Relações Institucionais da Honda South America.

O mais cu r ioso é que a Honda cresceu cerca de 14% ao longo de 2015, com o lançamento bem-sucedido do utilitá-rio esportivo compacto HR-V. Os planos da fa-bricante eram colocar a unidade de Itirapina em funcionamento já no final de 2015, mas agora não há qualquer previsão de inauguração. A planta recebeu investimentos de R$ 1 bilhão, incluin-do aquisição do terreno, compra de equipamentos e construção das instala-ções. A Toyota não cresceu no ano passado – a que-da foi de cerca de 8%¨–, mas já se prepara para aumentar a produção do compacto Etios na fábrica de Sorocaba, em São Pau-lo. “Vamos passar das 74 mil unidades anuais para 108 mil”, avisa Ricardo Bastos, diretor adjunto de

Setor automotivo já espera retração diante das indefinições de 2016

POR MÁRCIO MAIOAUTO PRESS

Relações Públicas e Gover-namentais da Toyota no Brasil. A marca se prepara ainda para inaugurar, já no primeiro semestre deste ano, uma nova fábrica de motores em Porto Feliz, também em São Paulo.

M a s h á q u e m acredite, pelo menos, na estabilidade dos números em 2016. “Quando tiver-mos uma definição políti-ca e econômica e informa-ções sobre ajuste fiscal, o mercado deve se acalmar e encerrar o ano, no mínimo, com os mesmos resultados de 2015”, aponta o analista

automotivo Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automo-tive. E se o ano passado foi marcado pela proliferação de SUVs, 2016 reserva boas apostas no segmento de picapes. A Toyota já reno-vou a Hilux e a Renault lançou a Duster Oroch em 2015, mas ambas recebem novas versões com novi-dades nos trens de força para os próximos meses. Além disso, já se espera no Brasil a reestilização da Ford Ranger, a nova geração da Nissan Frontier e, em fevereiro, a chegada da mais nova integrante

na categoria: a Fiat Toro, que usa a plataforma do Jeep Renegade e é u m pouco maior que a Renault Duster Oroch – tem um tamanho próximo ao de antigas picapes médias, como a Chevrolet S-10 e Ford Ranger vendidas no país até a década passada. “Essa nova configuração é meio que um balão de ensaio no Brasil. Não dá para saber o que vai acon-tecer, mas pode ser que apresente bons resultados e atinja alguns consumi-dores dos SUVs. Afinal, são praticamente utilitários

esportivos com caçamba”, analisa Garbossa.

A Fiat ainda pro-moverá mais um lança-mento i mp or t a nte em 2016, entre o fim do pri-meiro e o início do se -gundo semestre. Trata-se de um subcompacto, pos-sivelmente chamado de Mobi, que fará a função de modelo de entrada, hoje ocupada pelos hatches Uno Vivace e Palio Fire. A Chery também ampliará sua aposta nos subcom-pactos, com a nacionali-zação de seu QQ, enquanto a conterrânea Lifan deve

trazer, já no primeiro se-mestre, o crossover com-pacto X50, que é menor que o carro-chefe da marca por aqui, o SUV X60. Outra a investir no segmento dos crossovers é a Nissan, que nega, mas tem planos de lançar o utilitário compac-to Kicks, construído sobre a mesma plataforma dos compactos March e Versa, já fabricados em Resende, no interior do Rio de Ja-neiro. Outro modelo neste segmento que pode surgir por aqui no Salão de São Paulo, em outubro, é o ix25, disposto a pegar caro-

Autoperfil

Desastre anunciado

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na nos bons resultados de concorrentes como o Jeep Renegade e o Honda HR-V. Estes dois, aliás, devem seguir 2016 travando uma disputa acirrada pelo pri-meiro lugar nas vendas de SUVs no Brasil. “Será nosso pr i mei ro a no cheio de produção e com 200 con-cessionárias trabalhando a pleno vapor. Estamos bem otimistas em relação ao nosso crescimento de participação no mercado”, diz Sérgio Ferreira, diretor geral da Chrysler Brasil e da Jeep para a América Latina.

Entre os médios, os mais esperados no Bra-sil em 2016 são as novas gerações do C hev rolet Cruze e do Honda Civic. Há ainda chances do Nis-

san Sentra ser vendido com o recente face -li f t apresentado nos Estados Unidos, mas isso só deve acontecer no fim do ano, como linha 2017. Outra novidade da marca deve ser a nova geração do sedã méd io - gra nde A lt i ma, lançada em setembro úl-timo, nos Estados Unidos. A Volkswagen, que come-çará este ano a comerciali-zação do hatch Golf nacio-nal, se prepara para trazer, nas próximas semanas, o sedã médio-grande Passat, enquanto a Ford promete para este ano a chegada da nova geração do Edge, SUV médio-grande que divide a plataforma com o sedã Fusion e foi mostrado na edição de 2014 do Salão de São Paulo.

Quem vive dias melhores no Brasil é o segmento de carros premium. Ao contrário do mercado generalista, os veículos de luxo cresceram cerca de 20% em vendas em 2015 e os bons resultados recentes repercutem neste ano, com a nacionalização de novos modelos. “A cons-trução de nossa fábrica está dentro do planejado e sua inauguração está programada para o primeiro trimestre de 2016”, avisa Dirlei Dias, gerente sênior de Marketing e Vendas de Automóveis da Mercedes-Benz do Brasil. A marca alemã começará produzindo o crossover GLA e o sedã Classe C na unidade de Iracemápolis, em São Paulo.

A BMW também se prepara para ampliar seu portfólio de modelos brasileiros na unidade de Araquari, em Santa Catarina. De lá, além do hatch Série 1, do sedã Série 3, do utilitário X3 e do Mini Countryman, passará a sair da linha de produção neste ano a nova geração do crossover X1 e o X4. A Audi, que iniciou sua produção local com o A3 sedã recentemente, vai fabricar também o crossover Q3 na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná. “Também traremos novidades na linha de produ-tos, com lançamentos que chegarão à nova geração do superesportivo R8”, promete Jörg Hofmann, presidente e CEO da Audi do Brasil.

A Jaguar Land Rover atua numa faixa de preços superior à dos modelos de entrada das concorrentes

alemãs, mas também se prepara para iniciar sua linha de produção local. Da fábrica de Itatiaia, no Rio de Janeiro, sairão o novo Land Rover Range Rover Evoque, em sua versão reestilizada, e o Discovery Sport. A Jaguar ainda reserva para 2016 a chegada do crossover F-Pace e da nova geração do sedã XF. Já a Porsche, que assumiu diretamente as operações no Brasil em 2015, venderá o novo Porsche 911 ainda neste primeiro trimestre do ano, em versão de entrada e com motor turbo de 370 cv. Mas potência mesmo tem o icônico Dodge Challenger Hellcat, com incríveis 717 cv e que tem sua importação estudada para cá, prevista para sair até o fim do ano.

De qualquer forma, não há uma expectativa de forte crescimento no segmento premium em 2016. Pelo menos não comparado ao registrado em 2015. “Quando começarem a importar veículos com os valores de câmbio atuais, vai ser difícil manter os mesmos preços”, avalia o consultor Paulo Roberto Garbossa. De fato, os reajustes serão uma realidade. “Prevemos acréscimo de 6 a 10% em toda a linha de produtos já a partir deste mês”, entrega Dirlei Dias, da Mercedes-Benz. O presidente da Audi é mais otimista, porém não tanto. “Temos espaço para crescer, mas fatores como a flutuação cambial têm um impacto significativo sobre nossas operações”, justifica Jörg Hofmann.

Luxo “on demand”

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Foguete de bolso

O Fiat 500 já é um “fun-car” por na-tureza. Mas

sua configuração de topo acentua o que de mais divertido o subcompacto da marca italiana tem a oferecer: uma esporti-vidade surpreendente. Afinal, na versão Abar-th, o carrinho pesa 1.164 kg e é empurrado por nada menos que 167 cv. E é justamente a relação peso/potência de 6,79 kg/cv o melhor trunfo da variante Abarth – depar-tamento de competição desportiva da Fiat criado depois que a fabrican-te comprou, em 1971, a marca de automóveis de corrida Abarth.

O propu l s or é o mesmo 1.4 16V Mul-tiAir, que rende no 500 Cabrio Automático 105 cv. No Abarth, porém, ele ganha o reforço de um turbo de até 1,24 bar, filtro de ar de alto fluxo e coletor de escape oti-mizado de dupla saída. Para manter tamanha força sob controle, entra em ação uma suspensão esportiva e tecnologias voltadas para a seguran-ça. Além disso, há toda uma preparação estética que envolve saias late-rais, spoiler avantajado sobre o vidro traseiro e para-choques dianteiro e traseiro mais robus-tos – o modelo também cresceu 6 cm em relação ao 500 “civil”. O brasão do escorpião, símbolo da Abarth, aparece em diversos lugares de fora e de dentro – até mesmo no motor e no cubo das rodas, que têm aro 16 e recebem pneus 195/45.

O interior tam-bém se destaca. Além do brazão vermelho e amarelo do escorpião centralizado no volan-te, o carro tem painel em cristal líquido com velocímetro digital. Nas laterais, dois medidores

Configuração “nervosa” Abarth dá desempenho de bólido ao subcompacto Fiat 500

POR MÁRCIO MAIOAUTO PRESS

em barras mostram, à esquerda, um modesto conta-giros, e à direita, para manter o equilíbrio estético, um exagerado marcador de combustí-vel.

Os bancos espor-tivos, no estilo concha, têm apoio de cabeça in-tegrado. O revestimento é em couro preto e, para i nc rementa r o v isua l de bólido, há pespontos

em vermelho. A mesma combinação é usada na alavanca do câmbio e no volante. Todos os plásti-cos são em preto, exceto o charmoso aplique no painel, na cor da carroce-ria, típico do 500. E, como não poderia deixar de ser, as pedaleiras em alumí-nio reforçam a atmosfera agressiva do habitáculo.

Mas o melhor do 500 Abarth está mesmo

sob o capô. Os 167 cv do propulsor 1.4 16V Mul-tiAir Turbo são acompa-nhados pelo generoso torque de 23 kgfm, que fica pleno na faixa entre 2.500 e 4 mil giros. Ele trabalha em conjunto com um câmbio manual de cinco velocidades e, com essas especificações, o Abarth sai do zero e chega aos 100 km/h em apenas 6,9 segundos. Já a

velocidade máxima fica em 214 km/h.

Os itens de série englobam alguns volta-dos para a segurança. Há controles eletrônicos de tração com transferência de torque entre as rodas e de estabilidade confi-gurável em três níveis. Um botão “Sport” amplia dos 0,8 bar normais para 1,24 bar a pressão do tur-bo e sete airbags estão

disponíveis – frontais, laterais, de cortina e de joelhos para motorista. A lista de opcionais é cur-ta: há apenas teto solar panorâmico e som Beats. O preço inicial parte de R$ 94 mil, mas completo chega a R$ 100.335. Não é barato, mas a compra de um automóvel com essas características não con-templa qualquer critério racional.

Teste

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5Teste

Visualmente, o Fiat 500 Abarth não chega a chamar tanta atenção, comparado com outras configurações do modelo. Ele tem elementos que inserem certa agressividade ao seu design, mas o estilo retrô e simpático prevalecem a ponto de ficar até difícil acreditar que o carro seja capaz de um desempenho tão instigante. Apesar das muitas indicações de que se trata de um Abarth – há escorpiões espalhados por todo o carro –, é o ronco rouco do motor o responsável por dar a maior pista de até onde a versão consegue chegar. O banco esportivo em concha recebe o motorista bem e o volante parece do mesmo tamanho que as outras

versões – o que é uma pena, porque se fosse um pouco menor estaria mais próximo da realidade de um bólido. Afinal, tudo no modelo é diminuto, principalmente o es-paço. Trata-se de um carro para duas pessoas na frente e, talvez, crianças no assento traseiro – mas com duas portas, manusear cadeirinhas infantis é nada prático ali. Já a posição do câmbio, assim como em qualquer 500, encaixa bem na mão e torna as trocas de marchas mais confortáveis. O acelerador responde bem. Basta pressioná-lo com vontade e esperar poucos instantes para ver os giros subirem rápido. Há um pequeno “turbo lag”, mas é pou-

co perceptível. É uma direção extremamente instigante, principalmente quando se aperta o botão “Sport”. Ele faz a pressão do turbocompressor aumentar de 0,8 bar para 1,24 bar na faixa de torque, entre 2.500 rpm e 4 mil giros. A suspensão esportiva garante uma estabilidade ímpar e quase não se vê intervenção do controle eletrôni-co de estabilidade. Ela até cobra um pouco do conforto, mas nada tão distante de muitos modelos que não têm a mesma potência do 500 Abarth. Um dos pontos fortes do carro é sua desenvoltura também no trânsito urbano. Além do tamanho perfeito para as grandes cidades, sua agilidade chama atenção nos engarrafamentos cotidianos.

Opção diminuta

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6 MotoMundo

Ganho colateral

O a n o d e 2 016 pr o -m e t e a l -g u m a l í -

vio para o mercado de duas rodas. Depois de sequentes quedas nas v e n d a s n o s ú l t i m o s anos e retração de apro-x imadamente 12% ao longo de 2015, a expec-tativa é de estabilidade p a r a o s pr óx i mo s 12 meses. Possivelmente até com algum cresci-mento, ainda que bem p e queno. “No s s a p o -s iç ã o é de que s e r ã o produzidas 1,28 milhão de motos. Isso significa mais ou menos 0,8% a mais que em 2015 e é essa ta mbém a nossa projeção para as ven-das”, aponta José Edu-ardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo.

Um pensamen-to é geral: o fim do pe-ríodo de “vacas magras” depende do cenário po-lítico e econômico na-ciona l. Mas há quem defenda que a própria crise que o Brasil en-frenta possa favorecer o me r c a do de mo to -c ic le t a s . Pe lo me no s em algumas categorias específicas. “Com o au-mento dos preços dos combustíveis e a varia-ção cambial, as pessoas podem começar a optar mais pelas motos de en-trada e scooters para se locomoverem”, analisa Alexandre Cury, diretor comercial da Moto Hon-da, que já confirmou a produção no Brasil da scooter SH 300i.

C u r y n ão e s t á s o z i n ho nes s e rac io -cínio. “Quem não tem mais dinheiro para ad-quirir um automóvel já começa a partir para a

Crise e perda de poder aquisitivo no Brasil geram otimismo no segmento de duas rodas

POR MÁRCIO MAIOAUTO PRESS

habilitação em catego-ria A. Existe uma migra-ção de consumidores”, garante o analista au-tomotivo Paulo Roberto Garbossa, da ADK Auto-motive. Talvez por isso, outras scooters disputa-rão espaço no mercado brasi lei ro em 2016. A Dafra vai vender a SYM Fiddle III, apresentada no Salão de Duas Rodas 2015 e fruto da parceria com a marca taiwanesa SYM – a mesma da Ci-tycom 300i. Já a Yamaha pretende brigar com a recém-renovada Honda PCX com a NMAX 160. Outra novidade da japo-nesa será a nova geração d a esp or t iv a Y ZF -R1, que recebe novo motor de quat ro c i l i nd ros e 998 cc e entrega 200 cv de potência, 18 a mais que a anterior.

D e q u a l q u e r forma, uma movimen-tação global que já co-meçou em 2015 deve se ma nter em 2016 e ref letir no cenário de duas rodas naciona l: marcas premium, que sempre concentraram seus modelos no seg-mento de alta cilindra-da, passam a dar mais atenção aos modelos de médio porte. A BMW, por exemplo, se prepara para vender e montar em Ma nau s, a pa r t i r do segundo semestre, a G310 R. Já a Ducati ain-da não estipulou datas, mas pretende montar e comercializar no país a nova Scrambler 400 Sixty2, apresentada no último Salão de Milão. Até a Roya l E n f ield , centenár ia marca in-glesa que pertence ao grupo indiano Eicher, est uda t ra z er a ret rô Continental GT, relei-tura do modelo lançado em 19 65 c om 250 c c , agora com motor mo-nocilíndrico de 535 cc, refrigerado a ar e capaz de desenvolver 29 cv de potência.

M a s i s s o n ã o significa que as motos mais pesadas serão dei-xadas de lado. A Honda

mesmo, que detém qua-se 80% do mercado na-cional, vai comerciali-zar a maxitrail aventu-reira CRF 1000L Africa Twin no país, com forte pegada “off road”. Já a Ducati se prepara para ampliar consideravel-me nte s e u p or t f ól io nesse segmento, com as superesportivas Pani-gale 1299 e 959 e ainda a maxitrail Multistrada 120 0, a lém de nov a s versões da Scrambler 800. A Triumph, marca que “descobriu” o filão retrô, vai rivalizar com o mo de lo d a D uc at i com a nova integrante da l inha Bonnev ille, que de v e de s e mb a r-car por aqui em maio: a St re e t Tw i n , que é equ ipada com motor de dois cilindros e 900 cc. A Kawasaki é outra que seguirá sua aposta em modelos superes-portivos. “Teremos, na verdade, lançamentos para a cidade, a estrada, as pistas e até para a água. No Salão de Duas Rodas, tivemos a prévia da ZX-10R e da H2R, que serão comercializadas em breve”, avisa Mau-ro Fer ra z , gerente de Venda s da K awa s a k i Motores do Brasil.

Na cont ra mão de s s e mo v i me nto, a Tr a x x s ó s e at r e ve a prometer uma novida-de para 2016: renovar a Sky 125. “Outros lança-mentos dependerão do c e n á r io e c onôm ic o ”, informa, cauteloso, o g e r e nte Come r c i a l e de Marketing da mar-ca, Zoghby Koury. Mas u m a mu d a n ç a p o d e ajud a r a e mb a l a r a s vendas de ciclomoto-res, segmento em que a fabricante atua: a redu-ção do valor do Dpvat para esses veículos. An-tes, os donos de motos de até 50 cc pagavam os mesmos R$ 292,01 cobrados para modelos maiores. Agora, esse va-lor caiu para R$ 134,66. Um incentivo que pode favorecer a categor ia daqui para a frente.

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A nova geração da Nissan Frontier já é vendida na Argentina, importada do México. Em 2016, a picape deve começar a ser produzida na fábrica argentina da Renault, em Córdoba. Por enquanto, ela só está sendo comercializada na versão LE, equipada com motor 2.3 biturbodiesel de 190 cv e 45,9 kgfm de torque a 3.750 rpm. O trem de força é completado por uma caixa manual de seis marchas com tração traseira ou integral com reduzida e bloqueio de diferencial ou transmissão automática de sete velocidades e tração integral.

O preço começa em 593 mil pesos, cerca de R$ 176 mil, mas pode chegar a 693 mil pesos, equivalentes a R$ 206 mil. Na lista de itens de série estão airbag duplo, freios ABS, controle eletrônico de estabilidade, assistente de partida em rampas, controle de cruzeiro, bancos dianteiros com aquecimento, ajuste elétrico do banco do motorista, revestimentos em couro, partida e acesso ao carro sem chave e central multimídia com tela de cinco polegadas, entre outros. A previsão é de que a nova geração da Frontier comece a ser vendida por aqui ainda em 2016.

A Hyundai planeja apresentar no segundo semestre de 2016, no Salão de São Paulo, seu novo SUV ix25. Esse nome, na verdade, ainda não foi definido, já que o modelo é conhecido na Ásia como Creta e há grandes chances de ser ser batizado de HB25 por aqui – devido ao tamanho sucesso da linha HB20 no Brasil e a possível produção nacional.

A intenção é brigar no segmento que mais cresce no país e mirar justamente nos líderes Honda HR-V e Jeep Renegade, além dos já desgastados Ford EcoSport e Renault Duster. Ligeiramente maior que a concorrência, mas com peso na faixa dos 1.200 kg, o modelo é equipado com mesmo motor 1.6 de 128 cv e 15,4 kgfm do HB20 e que também será usado pelo Kia KX3, previsto para desembarcar aqui neste ano e com quem o ix25 divide a plataforma.

Após o anúncio da General Motors sobre o fecha-mento da fábrica da Holden na Austrália, o empresário Guido Dumarey, da Bélgica, quer salvar a produção do Holden Commodore, sedã de referência para os australianos. A intenção de Dumarey é comprar as ins-talações e os direitos sobre a produção do modelo. O empresário já salvou outras marcas da falência, como a Punch Powertrains – que produz a caixa de câmbio dos Commodore com motores de seis cilindros –, a fabricante de rodas BBS e a marca de empilhadeiras Still.

Caso a proposta de compra seja aprovada pela justiça australiana, o empresário belga deve retrabalhar o modelo. Tanto a versão sedã quanto a perua, para se-rem vendidos também em outros países. O Commodore chegou a ser comercializado no Brasil sob o nome de Omega, entre 1999 e 2014, através da subsidiária Che-vrolet. O sedã grande da Holden também compartilhou sua plataforma com a primeira geração do Camaro vendida por aqui.

Caçamba renovada

Briga acirrada

Salvação possível

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Carga de expectativas

Q u a n d o 2 0 15 c o -meçou, as e x p e c t a -

t iv a s no mercado de caminhões apontavam estabilidade diante da queda regi st rada em 2014, de cerca de 12%. Mas a realidade foi bem d i ferente. A ret ração chegou à casa dos 50%, algo inimaginável até ent ão. Um resu lt ado que ac ab a p or g e r a r

Previsões para 2016 são variadas e instabilidade econômica preocupa executivos do setor de caminhões

POR MÁRCIO MAIOAUTO PRESS

muita cautela na hora de tentar especular so-bre o compor tamento da indústria em 2016. “ Mu i t o d i f í c i l f a z e r previsões no ambien-te econômico em que v ivemos hoje. O Bra-sil precisa de medidas macroeconômicas que controlem a inflação e as elevadas taxas de ju-ros. Temos de retomar o crescimento econômico e despertar a confiança dos investidores para realizar novos negócios no país”, aponta Roberto L e onc i n i , v ic e -presi-de nte de Ma rk e t i ng , Vendas e Pós-Venda de Ca m i n hões e Ô n ibu s da Mercedes-Ben z do Brasil.

Mesmo com os m au s r e s u lt a do s , h á quem adote uma visão otimista. “Acreditamos que teremos um cenário m a i s a n i m ador, c om início da estabilidade

política e consequentes medidas que ajudarão o Brasil a impulsionar a economia e, sobretudo, a con f iança dos com-pr ador e s . É pr ov áve l que enxerguemos um leve c re s c i mento, de 3% a 5%, a partir do se-gundo semestre”, torce Ricardo Alouche, vice--presidente de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America. Ricardo Barion, diretor de Marketing da Iveco para a América Latina, engrossa o coro. Mes-mo sem citar números, o e xe c ut ivo t a mb é m pre vê temp o s meno s difíceis. “Devemos ter uma leve melhora em segmentos que atual-mente registram quedas expressivas, como o de pesados. O mercado es-ta rá ma is adaptado à nova realidade econô-mica”, avalia.

Na c ont r a m ão

desse pen sa mento, a Scania não vislumbra crescimento. Ao con-trário: a marca sueca já espera uma retração sign i f icat iva na s ca-tegorias em que atua. “ I m a g i n a m o s qu e o mercado acima de 16 toneladas, fat ia rela-tiva aos semipesados e pesados, deverá ser 10% menor do que foi em 2015”, antevê Victor Ca r v a l ho, d i retor de Vendas de Caminhões da Scania no Brasil. Por isso mesmo, a estraté-gia da fabricante deve per ma necer próx i ma à maior parte do setor: concentrar o máximo de s e r v iço s p o s s í ve l para ofertar aos clien-tes e, assim, garantir perdas menores com o incremento dos resul-t ado s do p ó s -ve nd a . “Vamos trabalhar cada vez mais com propostas estruturadas, que en-

globem produto, servi-ço, solução financeira e seguro”, entrega Victor.

A M e r c e d e s --Benz também promete intensificar a atenção n a rel aç ão c om seu s c l i e nt e s e m 2 016 . A marca alemã antecipa algumas das novidades pla nejada s pa ra este ano. “Teremos três no-vos serviços diferencia-dos. O ‘Veloz’, serviço rápido de manutenção em até u ma hora no concessionár io, além de oficinas próprias nas instalações de grandes f rot istas e em postos de c ombu s t ívei s n a s estradas, em parceria inédita com a rede Ipi-ranga”, adianta Roberto Leoncini.

Alguns fatores, no entanto, podem aju-dar o Brasil a conquis-t a r a lgu m a me l hor a ne s s e s e gme nto. E o principal é uma una-

nimidade na l ista de estímulos para o cres-cimento nas vendas de caminhões: o incentivo do p oder públ ico. “A apr ov aç ã o do a j u s te f i s c a l , o a nú nc io de concessões feito pelo Governo Federal e uma s a f ra recorde podem trazer a confiança de volta ao mercado”, pon-tua Barion, da Iveco. Além disso, outra ques-tão que já virou clichê na batalha pelo lucro na indústria de cami-nhões é a do financia-me nto. D e qu a lque r forma, todas as fabri-cantes garantem que os números atuais são suficientes para deixar o Brasil na lista de suas prioridades globais. “O mercado bra si lei ro é muito forte e a Iveco aposta que o país possui todas as condições para crescer, com bases fir-mes”, defende Barion.