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Sant’Ana do Livramento, SEGUNDA-FEIRA, 12 de outubro de 2015, Edição 1525- Publicação semanária AUTO-PERFIL Páginas 2 e 3 MOTOMUNDO Página 6

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Sant’Ana do Livramento, SEGUNDA-FEIRA, 12 de outubro de 2015, Edição 1525- Publicação semanária

AUTO-PERFILPáginas 2 e 3

mOTOmUndOPágina 6

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Segunda . 12 de outubro de 2015

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Jornal da SemanaPublicação semanária publicada pela

JB Empresa Jornalística Ltda.CNPJ: 73752180/0001-31

DireçãoAntônio Badra Kamal Badra

DiagramaçãoJonathan Almeida

ImpressãoGráfica Jornal A Plateia

Noticiário Auto Press® editado pela Carta Z Notícias Ltda - Rio de Janeiro/RJ

Rua Almirante Barroso 358, esquina rua Uruguai

Cep: 97.574-020 E-mail: [email protected] Fone/fax: Redação: (55) 3242 2939

Circulação: (55) 3242 5533 Comercial: (55) 3242 5654

Sant’Ana do Livramento-RS/Brasil

Até o início deste ano, o Ford EcoSport tinha uma trajetória razoavelmente tranquila no mercado bra-sileiro. O modelo dividia o segmento de utilitários esportivos compactos com o Renault Duster – o me-xicano Chevrolet Tracker não chega a ameaçar nin-guém – e levava uma vida sossegada. Até que, nos idos de março, começaram a surgir rivais como Hon-da HR-V, Jeep Renegade e Peugeot 2008. Além de atraírem por serem mais novos, os recém-chegados trouxeram bastante tec-nologia embarcada e pre-ços competivivos, o que acirrou a disputa. A Ford buscou, então, pequenos bolsões no segmento que pudessem reanimar suas vendas. Foi assim que surgiram as versões SE e FreeStyle 1.6 AT, com um trem-de-força composto pelo motor 1.6 TICVT e o câmbio automatizado de dupla embreagem já usa-dos no Fiesta.

O objetivo da fa-bricante foi disponibilizar um modelo recheado de eletrônica e com câmbio automático a preços mais acessíveis que os rivais. O marketing da Ford de-tectou que 92% dos SUVs compactos automáticos vendidos custam acima dos R$ 75 mil – inclu-sive porque o Peugeot 2008 é a única oferta de modelo com transmissão automática abaixo desse valor. Até agora. O EcoS-port SE 1.6 AT começa em R$ 68.690 na versão com rodas de ferro – específica para vendas diretas – e R$

Ford reage aos SUVs compactos rivais com a versão 1.6 com câmbio automatizado do EcoSport

POR EDUARDO ROCHAAUTO PRESS

71.900 com rodas de liga leve.

A versão SE já vem recheada com os equi-pamentos considerados mínimos no segmento: ar, direção, vidros dianteiros, travas e espelhos elétricos, farol de neblina, controle de cruzeiro, engates para cadeirinhas infantis com isofix e sistema multimídia Sync. Ele ainda herda a plataforma eletrônica do modelo com motor 2.0, que inclui controle de tração e estabilidade, assistente de

partida em rampa e chave eletrônica, que permite programar a velocidade máxima do carro.

A v e r s ã o m a i s completa do EcoSport au-tomático de entrada é a FreeStyle, que começa em R$ 76.900. Ela adiciona vidros elétricos traseiros, que possibilitam o fun-cionamento do sistema de fechamento e abertura global, rodas aro 16 e sen-sor de estacionamento tra-seiro. Há ainda a FreeStyle Plus, que inclui airbags

laterais e de cabeça – além dos obrigatórios frontais – e bancos de couro.

Além da eletrô-nica embarcada, a grande novidade do EcoSport 1.6 AT é o trem-de-força. O propulsor Sigma 1.6 16V é o mesmo que equipa a versão mais simples do modelo, a SE 1.6 manual, que rende 110/115 cv, com gasolina/etanol. Mas aqui ele tem um cabeçote de alumínio com comando de válvulas variáveis, pistão com saia grafitada, tuchos

polidos, bomba de óleo variável e trabalha com óleo de menor viscosidade. Tudo isso eleva a potência para 126/131 cv – mais até que no Fiesta, onde rende 125/128 cv. Este propulsor é acompanhado por uma transmissão de dupla em-breagem e seis marchas.

Com o EcoSport 1.6 AT, a Ford acredita que possa voltar a marcar pre-sença na festa dos SUVs compactos, dominada por ela por mais de um déca-da. Afinal, este é um raro

nicho do mercado onde não há crise. De fevereiro a agosto, o segmento mais que dobrou: passou dos 4,3% dos carros empla-cados no país para 9,7%. Nesse mesmo intervalo de tempo, o EcoSport ficou na mesma participação geral, em torno de 1, 4%. Isso significa dizer que, em uni-dades vendidas, o modelo acompanhou a perda geral do mercado brasileiro, de aproximadamente 20%. Já estava mesmo na hora de reagir.

Autoperfil

Tática de sobrevivência

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3Autoperfil

Bento Gonçalves/RS – Os 16 cv a mais que o EcoSport 1.6 AT tem em relação à versão 1.6 16V já seriam suficientes para animar o SUV da Ford. Mas além da potência, a entrada em cena do câmbio automatizado de dupla embreagem tornou o EcoSport ágil e bem disposto. Mais ágil até que as versões 2.0, que têm outros 16 cv a mais, mas também 40 kg adicionais. O motor Sigma Ti-VCT sobe de giro rápido e empurra o utilitário com determinação, mesmo com quatro adultos a bordo.As mudanças sequenciais em modo manual apresen-tam um pequeno delay entre a ordem e a realização da troca. Mas é fácil se adaptar a essa demora. Basta antecipar um pouco o momento da mudança. Difícil é recorrer ao incômodo botão de trocas na lateral da alavanca de câmbio. A Ford diz que não coloca paddle shifts atrás do volante porque o consumidor usa por um tempo e depois abandona. No caso do botão, a desis-tência ocorreu no meio do primeiro test-drive. Com a marcha em D, o EcoSport assume um comportamento cordato. E era isso mesmo que a Ford queria oferecer: um carro que pode ser conduzido sem esforço.Este lado mais confortável do EcoSport é favorecido ainda pelo acerto de suspensão, capaz de filtrar bem as irregularidades do piso. Por outro lado, o tratamento acústico não consegue deixar os ruídos de motor e de rolagem de fora. O acabamento em geral é razoável. Os tecidos de revestimento são corretos, mas há uma enorme quantidade de plásticos rígidos em torno dos passageiros. Nada disso era muito levado em conta exa-tamente por falta de referências, mas agora a régua do segmento subiu. Talvez a Ford até preferisse esperar a implementação da fase 2 da geração – que geralmente ocorre com quatro anos – para incrementá-la com o novo motor, mas foi atropelada pela necessidade de revitalizar as vendas.Com três anos de lançado, o EcoSport de segunda ge-ração começa a ficar com o visual um pouco cansado e ligeiramente desatualizado internamente. O sistema de conectividade impressionava em 2012, mas hoje parece tímido. Principalmente por conta do acanhado visor do Sync, sobre o console central, que tem apenas 5 polegadas – hoje, até os celulares são maiores que isso.

Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.596 cm³, quatro cilindros em linha, duplo comando no ca-beçote, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas na admissão e no escape. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.Transmissão: Câmbio automatizado com dupla em-breagem e mudanças sequenciais de seis marchas à frente e uma a ré com tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.Potência máxima: 126 cv e 131 cv com gasolina e etanol a 6.500 rpm.Torque máximo: 15,4 kgfm a 4.250 rpm e 16,1 kgfm a 5.000 rpm com gasolina e etanol.Diâmetro e curso: 79,0 mm X 81,4 mm com taxa de compressão de 12,0:1.Aceleração 0-100 km/h: 11,8 com etanol.

Marcha de conforto

Ford EcoSport 1.6 AT

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Na alta rodaO dólar está em alta. E

o mercado de motocicle-tas premium também. Mesmo em um ano ne-fasto como o de 2015, os segmentos mais luxuosos conseguiram se manter acima da linha d’água, com vendas similares às do ano passado. As coisas podem até mudar face à crise cambial, mas o porto seguro ainda está nos modelos da ponta do iceberg. E foi aí que as fabricantes fizeram suas maiores apostas durante o Salão Duas Rodas 2015, montado no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo, entre 7 e 12 de outubro.

Nessa lógica, a Triumph apresentou sua campeã de vendas Tiger 800 na versão mais cara e completa, a XCa. Ela vem com todo arsenal eletrônico, faróis de ne-blina em leds e assento com aquecimento, entre outras coisas. A BMW também trouxe a quarta versão de sua esportiva S1000, que tem motor de quatro cilindros em linha. Trata-se da S1000 XR, que mistura concei-tos de esportiva, bigtrail e turismo e chega por R$ 68.900. Já a italiana Du-cati anunciou o início das vendas da Scrambler por R$ 36.900, para brigar na mesma faixa da Triumph Truxton.

Marcas que tra-balham com motos pe-quenas, como a Dafra e a Traxx, fizeram investi-mentos modestos para o Salão. A Dafra ainda tenta acrescentar um pouco de glamour criando concei-tos para os modelos, como a custom Horizon 150 e a simpática scooter retrô Fiddle III 125. Já a Traxx, que tinha apresentado sua linha de 250 cc no meio do ano, apostou na Sky 125 Plus, versão um pouco mais caprichada de sua moto de briga.

Depois de muitos anos absoluta no merca-do de custom, a Harley--Davidson finalmente se deparou com sua rival histórica. A Indian de-sembarca no Brasil tam-bém disputando os bolsos

Fabricantes de motocicletas focam nos modelos de luxo no Salão Duas Rodas 2015

POR EDUARDO ROCHAAUTO PRESS

mais bem-fornidos do país. O modelo de entrada é a Scout, que parte de R$ 49.990, e a mais tradicional da marca é a Chief Classic, que começa em 79.990. As demais versões, todas baseadas na Classic, vão daí para cima.

A Harley, no en-

tanto, acredita que seus se-guidores serão fiéis. Tanto que anunciou um aumen-to médio de 25% nos pre-ços de seus modelos para compensar sua balança de pagamentos – segundo a fabricante, 90% de seus custos são em dólar, mes-mo para modelos feitos em

Manaus. A marca norte--americana apresentou a Iron 883 e a Forty Eight, da linha Sportster, com suspensão refeita e visual novo.

Até por antigui-dade no mercado, Honda e Yamaha se sentiram em casa e apresentaram vá-

rias novidades. A Yamaha trou xe a nova geração da superesportiva R1 e a versão carenada da MT-09, a Tracer. Já a Honda mos-trou que quer continuar hegemônica no mercado brasileiro e mirou vários alvos. Apresentou a nova CB 250 Twister e renovou

a PCX. E ainda decidiu voltar a investir no seg-mento das maxitrails com a carismática CRF 1000 African Twin e continua sua trajetória de formar um mercado para scooter maiores e melhores com a SH 300i – as duas serão produzidas em Manaus.

Teste

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BMW – A fabricante alemã levou a S1000 XR, uma crossover baseada na esportiva da marca. Ela mistura características de esportiva, turismo e aventureira, como suspensão eleva-da, muita potência e ciclística equi-librada. Ela é equipada com motor 4 cilindros em linha, seis marchas e 160 cv de potência e 11,4 kgfm de torque. Ela chega ao mercado em meados de novembro. A BMW apresentou, em première mundial, a Concept Stunt G 310. A moto-conceito foi desen-volvida com a ajuda do tetracampeão mundial de wheelie Chris Pfeiffer e é um ensaio da marca alemã para a criação de um modelo entre 300 e 500 cc, inédito na história da fabri-cante.

Dafra – A Dafra não representa mais a marca MV Agusta – que pas-sa a ter escritório próprio no Brasil. Por isso, voltou suas atenções para a associada KTM, cujos modelos Duke 200 e 390 já saem de suas linhas em Manaus. Enquanto isso, mantém a aposta na parceria com a taiwanesa SYM, através da scooter Fiddle III. O modelo chega em fevereiro de 2016 e investe no charme do design retrô com pintura bicolor, lanterna em leds e detalhes como porta-luvas com chave, entrada USB, espaço sob o banco para capacete e freios combi-nados. O motor de 125 cc rende 10,3 cv. A custom Horizon ganha também uma versão com motor de 150 cc de 12,8 cv. Ela chega no final de outubro ao mercado ao preço de R$ 7.990.

Ducati – A marca italiana, contro-lada pela Audi, trouxe para o Salão a emblemática Scrambler. O modelo de design retrô tem quatro versões básicas e muitos acessórios para per-sonalização. Por enquanto, apenas a Icon está à venda, por R$ 36.900. A Scrambler traz um motor de 803 cc com dois cilindros em L e comando de válvulas desmodrômico, que ren-de 75 cv. A Ducati apresentou tam-bém a nova Multiestrada 1.200, com um motor Testastreta com sistema de válvulas variáveis, com 160 cv.

Harley-Davidson – A marca norte--americana renovou a linha Sportster no visual e na dinâmica. Os modelos Iron 883 e Forty Eight passaram por um tratamento estético e ganharam novos amortecedores dianteiros e traseiros. Outra novidade é na família Softail, que passa a trabalhar com o motor de 103 polegadas cúbicas – 1,7 litro. Os modelos CVO também ganharam novos recursos, como mo-nitor de pressão dos pneus e trava-mento integrado à chave presencial.

Honda – A marca japonesa mostrou que vai estender sua área de atuação no mercado. Para começar, vai voltar a investir nas maxitrails – depois da fraca experiência com a Varadero.

Agora vai fabricar em Manaus, a partir de março de 2016, a lendária African Twin, uma moto ágil, robusta e de bom porte. A segunda aposta é nas scooter de média cilindrada, com a SH 300i. Já se considera que se a Honda investir nas scooters, como parece ser a intenção, em cinco anos o mercado deve passar dos atuais 3,7% das vendas para perto de 15%. A marca japonesa ainda apresentou as novas CB 250 Twister e PCX 150.

Indian – A arquirrival da Harley--Davidson chega ao Brasil, com pro-dução em Manaus, com seus modelos mais representativos. São Chief Clas-sic e Chief Vintage, com preços de R$ 79.990 e R$ 89.990, que chegam às quatro concessionárias da marca em novembro. Assim como a Scout, que é o modelo de entrada da marca e sai por R$ 49.990. Em 2016 chegam mais dois modelos: Chieftain, que deve ter preço semelhante ao da Vintage, e a Roadmaster, que é a mais cara da linha Indian. A previsão da marca é vender 800 motocicletas em 2016, sendo 400 delas da Scout.

Traxx – A marca chinesa já havia lançado em meados deste ano a sua nova família Fly e SST, de 150 e 250 cc. Sobrou pouco para o Salão Duas Rodas. O único modelo com alguma novidade foi a cub Sky 125 Plus. A moto recebeu ligeiras mudanças no visual e novo painel. O motor tem 8,8 cv e trabalha com um câmbio rotativo semiautomático de quatro marchas.

Triumph – A marca inglesa voltou a apostar em sua campeã de vendas, a Tiger 800. Agora, a Triumph trouxe a versão mais completa de todas, a XCa, e uma versão Low Seat da XRx, 5 cm mais baixa que a versão normal. A XCa traz uma série de itens visuais e de conforto, como manopla e assen-tos aquecidos, faróis de neblina em leds, encaixe para celular ou GPS, três tomadas 12V e detalhes em alumínio. O modelo recém-iniciou a produção em Manaus e vai custar R$ 51.500.

Yamaha – A maior rival da Honda no Brasil e no mundo continua in-vestindo em trazer produtos mais sofisticados. Neste ano, que marca os 60 anos da divisão de motocicle-tas da empresa, diversos modelos vão receber uma pintura tradicio-nal em amarelo e preto. É o caso da nova R1, superesportiva ícone da marca japonesa, que chega em nova geração com o clássico motor crossplane de 1.000 cc e 200 cv de potência. A Yamaha trouxe ainda a versão Tracer, carenada, da MT-09, que vai custar R$ 45.990. Outro modelo importante para a marca é a Factor 150. Ela vai custar R$ 7.390. Caso receba freio a disco dianteiro e rodas de liga leve, o valor sobre para R$ 7.990.

Os destaques do Salão Duas Rodas

Teste

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6 MotoMundo

Manaus/AM - No Brasil, apesar da forte crise no segmento de duas rodas, as fabricantes já perceberam o bom potencial das motos de média cilindrada. A Honda, por exemplo, cons-tatou que 10% do mercado nacional hoje é dominado por modelos entre 250 cc e 500 cc. E ainda que 45% de todas as motos comercia-lizadas são nakeds. Com isso, na hora de se adaptar à segunda fase do Promot 4 – Programa de Controle da Poluição do Ar por Motoci-clos e Veículos Similares –, que passa a vigor no Brasil a partir de 2016, optou por descontinuar sua CB 300R e lançar a nova CB 250 Twis-ter. E não se trata de um retorno da antiga Twister 250. Dela, a nova street da marca japonesa conserva apenas o nome e a cilindra-da, já que o projeto é novo – planejado especialmente para o Brasil e sua atual conjuntura econômica.

O motor de 249,5 cm³ é um monocilíndrico SOHC (Single Over Head Ca-mshaft) 4 tempos, com ar-refecimento a ar, injeção de combustível PGM-Fi (Pro-grammed Fuel Injection) e flex. A transmissão é de seis velocidades e a potência chega a 22,4 cv quando o modelo é abastecido com gasolina e 22,6 cv com eta-nol, ambos em 7.500 rpm. Já o torque máximo se man-tém o mesmo com os dois combustíveis, em 2,24 kgfm a 6 mil rpm. Com peso total de 137 kg na versão STD e 139 kg com ABS, a CB 250 Twister consegue relação peso/potência de 6,1 kg/cv. O chassi, do tipo diamante, foi produzido em tubos de aço com dupla trave. A suspensão dianteira possui

Honda renova visual da PCX e diminui motor para favorecer exportações e se adequar às regras de emissões de poluentes

POR MÁRCIO MAIOAUTO PRESS

No centro da metagarfo telescópico, com cur-so de 130 mm, e a traseira é do tipo monoamortecida, com amortecedor de mola dupla de 108 mm de curso. Segundo a Honda, o meca-nismo garante segurança e mais leveza na absorção de impactos. Já o tanque de combustível comporta 16,5 litros. Visualmente, as semi-carenagens late-rais e rabeta esboçam uma personalidade esportiva. Os defletores integrados remetem a modelos de maior porte e o guidão tem posicionamento mais elevado, que de acordo com a Honda beneficia a ergonomia. A posição de pi-lotagem é favorecida ainda pelo assento com 78 cm de altura do solo. Já o painel de instrumentos é blackout e totalmente digital. Ali ficam indicadores como tacômetro, velocímetro, hodômetro total e parcial, relógio marcador de nível de combustível e luzes de injeção eletrônica. Farol e lanterna traseira estão equipados com lâmpadas em leds, que exigem me-nos do sistema elétrico. A esportividade ainda é acentuada pelo escape le-vemente inclinado e pelas novas rodas de liga leve, que acompanham pneus radiais sem câmara Pirelli Diablo Rosso, exclusivos do modelo, cujas medidas são 110/70R-17 na dianteira e 140/70R-17 na traseira. Já os freios são a disco de 276 mm na dianteira e 220 mm na traseira, com versão dis-ponível com sistema ABS.

A i nt e nç ã o d a marca era substituir a CB 300R com um produto que entregasse desempenho praticamente igual, mas preço que não se distan-ciasse muito da anteces-sora, que começa em R$ 12.736 e chega a R$ 14.518 com ABS. A Twister chega por R$ 13.050 na versão standard e R$ 14.550 no modelo com ABS. E um dos principais atrativos do lan-çamento é o prazo de três anos de garantia, com troca de óleo grátis em sete revi-sões. Com esses atributos, a expectativa é conseguir emplacar 40 mil unidades por ano.

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7AutotalA Yamaha aproveitou o Salão de Duas

Rodas de São Paulo para apresentar a nova Factor 150. O modelo recebeu algumas alterações em seu visual. Entre as principais novidades estéticas, estão o farol dianteiro e a carenagem lateral exclusivos e a lanterna traseira bipartida – herdada da Fazer. Já o painel é total-mente digital e conta com indicações do conta-giros e troca de marchas.

Outra novidade fica no motor da street. Agora, a Factor passa a contar com o mesmo “powertrain” da Fazer 150, porém com pequenos ajustes para ficar mais econômico. O propulsor é um

monocilíndrico de 149,3 cm³, capaz de render 12,4 cv de potência e 1,29 kgfm de torque. A nova Yamaha Factor 150 será comercializada em duas versões. A configuração batizada de E conta com rodas raiadas e freio a tambor e estará disponível em três opções de cores para carroceria: branco, preto e vermelho. O preço está estipulado em R$ 7.390. Já a configuração ED tem rodas de liga leve e freio a disco na roda dianteira e opção de cor laranja para a carenagem, por R$ 7.990. Ambos os modelos devem ter ven-das disponíveis já na segunda quinzena de outubro.

A atual geração da Toyota Hilux se despedirá da América do Sul neste mês. A partir de 2 de novembro, será iniciada a fabricação da oitava geração da picape média da marca japonesa. Com isso, está cada vez mais próximo o desembarque do modelo renovado ao Brasil, o que deve acontecer ainda em novembro. Embora tenha sofrido poucas mudanças em seu visual – faróis com desenho mais agressi-vos e um toque de modernidade com luzes diurnas de leds, além de para-choques mais encorpados e rodas com novo de-

sign –, a nova Hilux se aproxima ainda mais dos carros de passeio. Tecnologias foram incorporadas à picape média, como partida do motor e abertura das portas por botão, ar-condicionado automático e novo sistema multimídia. Houve ainda um aproveitamento do espaço interno, gerado pelo aumento de 1,9 cm na área para os ombros, 0,8 cm para o encosto da cabeça e 3,5 cm para os joelhos. Além disso, há saídas de ar exclusivas, bancos rebatíveis e apoio de braço central, além de uma oferta de até sete airbags.

A Mercedes-Benz aproveitou o São Paulo Boat Show para apresentar ao público brasileiro dois de seus próximos lançamentos para o Brasil: o inédito GLE 350d e o SLK 300. A dupla chega ao mercado nacional já no mês que vem, com preços de R$ 369.900 e R$ 254.900, respectivamente. O conversível carrega sob o capô um 2.0 litros quatro cilindros capaz de render 245 cv e é equipado com transmissão automática de nove veloci-dades. Já o utilitário tem motor 3.0 V6 de 258 cv, também com câmbio automático

de nove marchas. O GLE 350d sai de fábrica com ar-

-condicionado digital de três zonas, bancos dianteiros com ajustes elétricos e memória, teto solar elétrico, câmara de ré, sistema de detecção de fadiga, controles dinâmicos de estabilidade e tração e assistente de partida e descida em rampas. O SLK 300 traz sensores de estacionamento, sistema de detecção de fadiga, controles eletrônicos de es-tabilidade e tração e revestimentos em couro bicolor

Aproveitando o bom momento de SUVs nas vendas globais, a BMW aca-ba de anunciar a inédita versão M – da divisão esportiva da marca – para o X4. O modelo passa a contar com visual e comportamento mais “apimentado”. No design, o utilitário esportivo se diferencia das variantes “civis” através das rodas de 19 polegadas com desenho exclusivo, para-choques e retrovisores com deta-lhes em grafite e saídas de escapamento cromadas. No interior, as soleiras das por-tas recebem a nomenclatura da versão e volante esportivo.

Para justificar o desempenho, o motor V6 de 3.0 litros passa a render 360 cv e 47,3 kgfm de torque – aumento de

54 cv e 6,6 kgfm em relação à configu-ração X4 xDrive35i, na qual se baseia. O propulsor trabalha em conjunto com uma transmissão automática de oito velocida-des e, juntos, conseguem fazer o utilitário cumprir o zero a 100 km/h em apenas 4,9 segundos. O chassi também recebeu melhorias, com molas mais rígidas, barras estabilizadoras, amortecedores adaptati-vos e direção recalibrada. A BMW ainda informou que o X4 M teve a tração inte-gral reprogramada, para gerar um pouco mais de força para as rodas traseiras. O novo X4 M tem previsão de chegar nos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2016, mas não tem data confirmada para desfilar em solo verde e amarelo.

A Mitsubishi apresentou a reestiliza-ção do Lancer nos Estados Unidos. O três volumes ganhou um visual mais “manso” em sua linha 2016, perdendo o ar agressivo da dianteira criado pelo nariz pontiagudo chamado de tubarão pela marca. O para-choque da frente foi remodelado e passa a contar com luzes diurnas de leds, bem próximas ao farol de neblina. As rodas de liga leve ganharam novo design e também pigmentação.

No interior, o console central do painel foi redesenhado e os bancos ganham novos tecidos. No campo da mecânica, o sedã médio passa a contar com a nova geração do câmbio CVT, que sofreu melhorias para otimizar o tempo nas trocas de marchas e o consumo de combustível. Em solo americano, o Mitsubishi Lancer possui duas motori-zações – 2.0 de 160 cv e 2.4 de 170 cv. A transmissão pode ser automática do tipo CVT ou manual de cinco velocidades.

De cara nova

“Hermana” cargueira

Estreia dupla

Esportividade útil

Sedã renovado

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8 TransMundo

A queda constante no setor automotivo nacional é motivo de dor de cabeça para diversos fabrican-tes, principalmente os de caminhões. Mas a DAF é uma exceção à regra. A marca holandesa cresce, aos poucos, no mercado nacional. Da fábrica, lo-calizada em Ponta Grossa, no Paraná – a primeira erguida fora da Europa –, já foram vendidas 600 unidades da linha XF, a única em comercialização atualmente, nos dois anos de trabalho. Mas o portfó-lio está prestes a ganhar reforços. “Vamos ampliar nossa atuação com a li-nha CF, que contemplará também versões em 4X2. Desta forma, já prevemos um avanço maior da mar-ca no cenário brasileiro”, antecipa Luis Gambim, diretor comercial da DAF Caminhões do Brasil. O executivo explica, na en-trevista a seguir, como está o cronograma de ex-pansão da rede de conces-sionários e qual é a proje-ção de crescimento com as novidades no portfólio da marca, que tem hoje 2,3 % de market share no segmento de pesados no Brasil.

P – Qual o balanço que vocês fazem desses dois anos de produção no Bra-sil?

R – Muito positivo, até porque a DAF trabalha com uma visão de lon-go prazo. Chegamos em 2011, sem uma fábrica no Brasil. Anunciamos o investimento de US$ 320 milhões e em 2013 já tínhamos a fábrica cons-truída. Nossa produção da linha XF foi iniciada em 2 de outubro de 2013. Agora, temos novos modelos de caminhões sendo lança-dos e uma rede de con-cessionários estabelecida. Somos otimistas, até por-que confiamos que temos

DAF Caminhões deve fechar 2015 com 2,5% de market share entre os pesados e a expectativa é dobrar a participação até 2016

POR MÁRCIO MAIOAUTO PRESS

Acerto de contas

um produto premium. O mercado é grande e nós somos uma empresa ainda pequena no Brasil, com 220 funcionários. Temos uma estrutura com custos reduzidos em comparação com outras fabricantes. Assim, enfrentamos esse momento com uma tran-quilidade diferente delas.

P – Então o atual mo-mento de crise no setor pode ser benéfico para a DAF?

R – Essa fase é propícia, porque nos dá tempo de estruturarmos a marca e darmos treinamento para nossas equipes e conse-guir, no futuro, atender cada vez mais clientes. Nosso produto tem ro-bustez e oferece conforto,

além de custo operacional baixo. Muitos dos nossos clientes que efetuaram a primeira compra já re-tornaram para adquirir novos veículos. Emplaca-mos nesses dois anos 600 caminhões. For mando equipe e rede de conces-sionários cada vez mais consistentes e com nível de relacionamento com clientes muito grande. Nossa evolução no merca-do é mesmo uma questão de tempo. E nos próximos anos será bem forte.

P – Quais são as apostas de vocês para esse cresci-mento?

R – Já incrementamos nossas versões do XF, que englobavam motorizações 410 cv e 460 cv, com um

propulsor de 510 cv, há dois meses. Vamos entrar no mês que vem em um novo segmento, com a linha CF, na configuração 4X2. É um caminhão to-talmente consolidado na Europa que também será oferecido na versão 6X2, com motores de 360 cv e 410 cv e adequados para curtas e médias distâncias. Isso vai ampliar nossa visibilidade e possibilitar que a gente atue em uma fatia maior do mercado. Nossa projeção é fechar 2015 com 2,5% de market share entre os pesados e temos a ambição de chegar a 5% em 2016.

P – Como está a expan-são da rede de concessio-nários da DAF?

R – Nós contamos hoje com 20 pontos espalha-dos pelo Brasil. Temos um sistema de assistência em vans equipadas com todo o ferramental disponível para atender nossos cami-nhões. Nosso cronograma de crescimento prevê a abertura de mais cinco

pontos até o fim do ano e, a partir de 2016 que vem, 10 a cada ano. Com isso, a previsão é fechar 2020 com 75 pontos no país. Temos postos avançados de serviços estrategica-mente posicionados para dar suporte às regiões sem concessionários.